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Técnico em 
Enfermagem
 
Módulo I
EPIDEMIOLOGIA E PROCESSOS PATOLÓGICOS
Introdução ao Estudo da Patologia e Processo geral da lesão
Profª.MS. Karolina Marques Rodrigues
De modo prático, a Patologia pode ser conceituada como a ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que as produzem, e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam. 
A patologia se dedica ao estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais em células, tecidos e órgãos que constituem a base das doenças. Por meio do uso de técnicas moleculares, microbiológicas e morfológicas, a patologia tenta explicar os porquês e as causas dos sinais e sintomas manifestados pelos pacientes, fornecendo, portanto, uma base racional para a terapêutica e os cuidados clínicos
A Patologia divide-se em dois grandes ramos:
Geral: estuda os processos patológicos gerais dando ênfase à lesão em si, suas causas e efeitos nas células e tecidos.
 
Específica: estuda as lesões nos diferentes aparelhos e sistemas, correlacionando-as com achados clínicos e laboratoriais.
Os quatro aspectos de um processo de doença que formam o cerne da patologia são: 
Sua causa (etiologia), 
Os mecanismos bioquímicos e moleculares do seu desenvolvimento (patogenia ou patogênese), 
As alterações estruturais provocadas nas células e órgãos do corpo (alterações morfológicas) e, 
As consequências funcionais dessas alterações (manifestações clínicas).
Etiologia – Causas
• Exógenas: fatores externos que geram a doença (ex: pneumonia, gripe, malária) 
• Endógenas: fatores genéticos para desenvolvimento de determinadas doenças, doença auto-imune. 
• Idiopáticas: causas desconhecidas 
Patogenia: A patogenia se refere à sequência de eventos celulares, bioquímicos e moleculares que decorrem da exposição das células ou tecidos a um agente lesivo
Alterações Morfológicas: As alterações morfológicas referem-se às alterações estruturais nas células ou tecidos que são ora características de uma doença, ora diagnósticas de um processo etiológico. Tradicionalmente, a patologia diagnóstica, na sua prática, usa a morfologia para determinar o tipo da doença e acompanhar sua evolução.
Perturbações Funcionais e Manifestações Clínicas: Os resultados das alterações genéticas, bioquímicas e estruturais nas células e tecidos são anormalidades funcionais, as quais provocam as manifestações clínicas (sinais e sintomas) das doenças, bem como a sua progressão (curso clínico e consequências). Assim, as correlações clinico patológicas são muito importantes no estudo de doenças. Praticamente todas as formas de doenças começam com alterações moleculares ou estruturais nas células. 
Lesão e adaptação celular
Ocorre quando a célula sofre um processo agressivo, no qual a célula pode adaptar-se ao agente agressor ou não.
 Se adaptando ao agente agressor visando manter a homeostase (equilíbrio) a célula busca reagir, superar e adaptar-se a nova condição caso isso não aconteça haverá morte celular
As causas mais frequentes de lesão celulares são: 
Hipóxia; 
Anóxia; 
Agentes físicos (temperatura, radiações); 
Drogas e agentes químicos; 
Agentes biológicos (bactérias, fungos, protozoários); 
Reações imunológicas (doenças autoimune); 
Distúrbios genéticos; 
Distúrbios nutricionais .
Lesão e adaptação celular
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES
Nos casos em que a célula agredida não está adaptada, tendo seu metabolismo reduzido e, portanto, sua função celular diminuída, diz-se que a célula apresenta uma alteração regressiva, ou degeneração. 
As degenerações se situam entre a célula normal e a morte celular. 
Como há diminuição da função celular, é compreensível que se acumule dentro da célula, ou mesmo fora dela, uma série de substâncias que são produtos de um metabolismo perturbado. 
Deste modo, as lesões degenerativas são classificadas de acordo com o tipo de substância acumulada.
Acúmulo de água - (degeneração hidrópica) 
Essa alteração se caracteriza pelo acúmulo de água no citoplasma celular e ocorre mais frequentemente nas células que compõe os tecidos, principalmente do rim, fígado e coração. 
A degeneração hidrópica ocorre em função do comprometimento da regulação do volume celular, que é um processo basicamente centrado no controle das concentrações de sódio e potássio no citoplasma. 
Com acumulo de água dentro e fora da célula gerando edema. 
Acúmulo de lipídios (degeneração gordurosa – esteatose)
Refere-se ao acúmulo anormal de lipídios no interior das células. 
O fígado por ser um órgão diretamente relacionado com o metabolismo lipídico (gorduras), encontra-se mais comumente a esteatose. 
As principais causas da esteatose são: a obesidade, o alcoolismo, e o sedentarismo.
É uma lesão reversível, desde que tratado a causa principal do desenvolvimento do quadro, a célula volta ao tamanho e função normal. 
Em casos mais grave a esteatose pode evoluir para um quadro de cirrose hepática.
Este tipo de degeneração resulta da ação de substâncias irritantes com intensidade moderada. 
Depósito de proteínas no tecido conjuntivo fibroso e na parede dos vasos 
Ex. Quelóides, processo de cicatrização originada de processos inflamatórios
Acúmulo de proteínas (Degeneração Hialina)
Ocorre pela hiperprodução de muco pelas células mucíparas dos tratos digestório e respiratório, levando-as a se abarrotarem de glicoproteínas, podendo inclusive causar morte celular ou pela síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinomas, as quais geralmente extravasam para o interstício e conferem ao mesmo aspecto de tecido mucóide.
Acúmulo de muco
Acúmulo anormal de glicogênio nas células, decorrente de distúrbios metabólicos. Nos hepatócitos, ocorre por hiperglicemia, doença metabólica induzida por fármacos (ex: corticosteróides); deficiência enzimática relacionada a doenças de armazenamento de glicogênio, ou por tumores hepatocelulares; um exemplo clássico desta patologia é a DIABETES MELITUS
Acúmulo de açúcar
Diabetes tipo 1 – paciente insulinodependente, pela ausência de produção de insulina pelo pâncreas. 
Diabetes tipo 2 – ocorre uma resistência a insulina produzida.
Em ambos os casos vai ocorrer o acumulo de glicose no exterior da célula, levando a uma hiperglicemia e a um acumulo de glicogênio
Adaptação celular 
Situação pela qual as células continuam a realizar suas funções apesar das condições ambientais alteradas e dos agentes estressantes sejam eles fisicos, quimicos ou biológicos.
Adaptações são alterações reversíveis no tamanho, número, fenótipo, atividade metabólica ou funções das células, em resposta a modificações em seu meio ambiente. Tais adaptações podem assumir várias formas distintas. 
Caso a reserva celular seja suficiente e o corpo não perceba anormalidades, a célula se adapta por (atrofia, hipertrofia, hiperplasia, metaplasia ou displasia) com um crescimento celular controlado. 
Caso a reserva celular não seja suficiente a célula morre (necrose ou apoptose).
Distúrbios do Crescimento e da 
Diferenciação Celular
Hipertrofia
Atrofia 
Hiperplasia 
Metaplasia 
Displasia 
Neoplasias
Hipertrofia: A hipertrofia refere-se ao aumento do tamanho das células que resulta no aumento do tamanho do órgão afetado. O órgão hipertrofiado não possui novas células, apenas células maiores.
Hipertrofia fisiológica:
Na qual ocorre um aumento da demanda
Hipertrofia compensatória:
Aumento do volume celular para ocupar o espaço de células não funcionais, como um rim que dobra de tamanho.
Hipertrofia patológica:
Ocorre em resposta a uma doença que gera sobrecarga em um órgão
Hiperplasia: A hiperplasia é definida como um aumento no número de células em um órgão ou tecido em resposta a um estímulo. Embora hiperplasia e hipertrofia sejam processos diferentes, frequentemente elas ocorrem juntas e podem ser induzidas pelos mesmos estímulos externos. Hiperplasia somente ocorre em tecidos que contêm células capazes de se dividir, aumentando, portanto, o número de suas células. Ela pode ser fisiológica ou patológica.
HIPERPLASIA FISIOLÓGICAOcorre devido a ação de hormônios ou fatores de crescimento;
Quando há necessidade de aumentar a capacidade funcional dos órgãos hormônio sensíveis (proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez, geralmente acompanhada por aumento - hipertrofia - das células epiteliais glandulares)
Quando há necessidade de aumento compensatório após lesão ou ressecção (Em indivíduos que doam um lobo do fígado para transplante, as células que permanecem proliferam de modo que o órgão cresça e retorne, em pouco tempo, ao seu tamanho original)
HIPERPLASIA PATOLÓGICA
A maioria das formas de hiperplasia patológica é causada pela ação excessiva ou inapropriada de hormônios ou fatores de crescimento sobre suas células-alvo. 
A hiperplasia endometrial é um exemplo de hiperplasia anormal induzida por hormônio. Normalmente, após a menstruação, há um surto rápido de atividade proliferativa no endométrio que é estimulado por hormônios hipofisários e pelo estrogênio ovariano. Ela permanece até sua parada, pelos níveis crescentes de progesterona, em geral cerca de 10 a 14 dias antes do fim do ciclo menstrual. Em alguns casos, no entanto, o equilíbrio entre estrogênio e progesterona é perturbado, o que resulta em aumento na quantidade de estrogênio, com consequente hiperplasia das glândulas endometriais. Essa forma de hiperplasia patológica é uma causa comum de sangramento menstrual anormal.
CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR!!
Atrofia: Atrofia é definida como a redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da diminuição do tamanho e do número de células. A atrofia pode ser fisiológica ou patológica
A atrofia fisiológica é comum durante o desenvolvimento normal. Algumas estruturas embrionárias, como a notocorda e o ducto tireoglosso, sofrem atrofia durante o desenvolvimento fetal. 
A diminuição do tamanho do útero, que ocorre logo após o parto, é uma outra forma de atrofia fisiológica. 
Atrofia patológica: É a redução do volume celular que ocorre devido a uma diminuição na carga de trabalho (desuso), diminuição do suprimento sanguíneo, insuficiência de nutrientes, envelhecimento e compressão.
Redução da carga de trabalho (atrofia de desuso). Quando um osso fraturado é imobilizado com um molde de gesso ou quando um paciente é restrito a repouso absoluto no leito, rapidamente sobrevém atrofia dos músculos esqueléticos
Perda da inervação (atrofia por denervação). O metabolismo e função normais do músculo esquelético dependem de sua inervação. Uma lesão dos nervos leva à atrofia das fibras musculares por eles inervadas
Diminuição do suprimento sanguíneo. Uma redução do suprimento sanguíneo (isquemia) para um tecido em consequência de doença oclusiva arterial que se desenvolve lentamente resulta em atrofia do tecido. Na senescência, o cérebro sofre atrofia progressiva, principalmente por causa da redução do suprimento sanguíneo causada pela aterosclerose, Isso é denominado atrofia senil, que afeta também o coração
Metaplasia: Pode ser definida como o processo pelo qual uma célula e/ou um tecido perdem suas características específicas e adquirem outras adaptadas ao agente estressante. 
Em fumantes as células ciliadas e produtoras de muco são substituídas por células escamosas e mais resistentes;
Esse tecido então perde suas características propias de produção de muco e cílios de proteção;
Portanto, a metaplasia epitelial é uma faca de dois gumes e, na maioria das circunstâncias, representa uma alteração não desejada. Além disso, as influências que predispõem à metaplasia, se persistentes, podem iniciar a transformação maligna no epitélio metaplásico
A lesão celular ocorre quando as células são estimuladas tão intensamente que não são mais capazes de se adaptar ou quando são expostas a agentes naturalmente nocivos ou são prejudicadas devido a anormalidades intrínsecas. A lesão pode progredir a partir de um estágio reversível e culminar na morte celular.
Lesão Celular Irreversível – apoptose e necrose
Lesão Celular Irreversível – Apoptose
A apoptose ou morte celular programada é um tipo de lesão celular irreversível, no qual a célula se “autodestrói”, com a finalidade de manter a homeostase e regular fisiologicamente função e tamanho dos tecidos;
Situações de corte no suprimento de hormônios estimulatórios (ex.menopausa) 
Tecidos onde há uma constante renovação celular (pele, sangue); 
Após uma resposta imunológica do organismo a um agente biológico (doenças hepatobiliares)
Lesão Celular Irreversível – Necrose
Necrose: morte celular e tecidual causada por agentes patológicos, físicos ou químicos. 
Esse processo é precedido por um processo inflamatório local 
Isquemia (diminuição do aporte sanguíneo para um determinado tecido) 
Traumatismos Graves 
Agentes Infecciosos (fungos, bactérias e vírus)
Tipos de Necrose
Necrose Coagulativa ou Isquemica: causada por isquemia ( diminuição ou suspensão de aporte sanguíneo para determinada região). 
Ex. Infarto cardíaco, renal ou do fígado 
Área do infarto é pálida (ausência de circulação);
Textura firme do tecido afetado;
Bem delimitado ao tecido normal
Tipos de Necrose
Necrose Liquefativa: os tecidos danificados apresentam-se desorganizados, muitas vezes com líquidos resultado de uma inflamação purulenta. 
Ex. Tecido do Sistema Nervoso 
Órgão com consistência mole;
Formação de cavidade;
Pode haver presença de pus
Tipos de Necrose
Necrose Caseosa: possui coloração branco amarelado, semelhante a queijo daí vem o nome caseosa. 
Ex. Tuberculose Pulmonar 
Tipos de Necrose
Necrose Gordurosa: acomete tecidos gordurosos, conhecida também como esteatonecrose. 
Ex. Pâncreas, Tecido Mamário 
Necrose Gangrenosa ou Gangrena: São muito comuns em extremidade onde haja diminuição ou perda de aporte sanguíneo por alguma razão: 
Alterações vasculares em diabéticos 
Congelamentos 
Tromboses 
Traumatismos diversos

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