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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
AULA 1 – NOÇÕES GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º
Inciso XIII - é livre o exercício de qualquer 
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Lei 8.906/1994
Art. 8º Para inscrição como advogado é 
necessário:
I - capacidade civil;
II - diploma ou certidão de graduação em 
direito, obtido em instituição de ensino 
oficialmente autorizada e credenciada;
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, 
se brasileiro;
IV - aprovação em Exame de Ordem.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
EXAME DE ORDEM
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
1ª Fase
Direito Administrativo (6 questões), 
Direito Civil (7), Direito Processual Civil (7), 
Direito Constitucional (7), 
Direito Empresarial (5), 
Código de Ética e Estatuto da OAB (8), 
Direito Penal (6), Direito Processual Penal (6), 
Direito do Trabalho (6), Direito Processual do Trabalho (5), 
Direito Tributário (5), 
Direito Ambiental (2), 
Direito do Consumidor (2), 
Estatuto da Criança e do Adolescente (2), 
Direito Internacional (2), 
Direitos Humanos (2) e 
Filosofia do Direito (2)
2 ª Fase
Direito Administrativo, 
Direito Civil, 
Direito Constitucional, 
Direito Empresarial, 
Direito Penal, 
Direito do Trabalho ou 
Direito Tributário.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
XXXIII 2021.2 EXAME DE ORDEM
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Plano de ensino
1. NOÇÕES GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
• Origem do Direito Administrativo. • Estado: estrutura e poderes. • Fontes do Direito Administrativo
2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO: REGIME JURÍDICO E INTERESSE PÚBLICO 
• Regime jurídico • Princípio do interesse público 
3. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO: PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS E IMPLÍCITOS 
• Princípios explícitos do Direito Administrativo • Princípios implícitos do Direito Administrativo
4. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: REGULAMENTAR, HIERÁRQUICO E DISCIPLINAR 
• Uso e abuso do poder • Poder regulamentar • Poderes hierárquico e disciplina
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Plano de ensino
5. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
• Conceito de polícia administrativa • Características da polícia administrativa
6. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA: PESSOAS JURÍDICAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E ÓRGÃO PÚBLICO 
• Pessoas jurídicas na Administração Pública • Órgão público
7. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
• Organização administrativa • Autarquias • Fundações públicas
8. ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA: EMPRESAS PÚBLICAS, SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E OUTROS 
• Empresas públicas • Sociedades de economia mista • Outras pessoas vinculadas à Administração Pública
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Plano de ensino
9. AGENTES PÚBLICOS: CLASSIFICAÇÃO E ACESSO A CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES 
• Classificação dos agentes públicos • Acesso a cargos, empregos e funções
10. AGENTES PÚBLICOS: DISCIPLINA CONSTITUCIONAL 
• Ingresso no quadro de servidores • Sistema constitucional de remuneração • Regras constitucionais sobre agentes 
públicos
11. AGENTES PÚBLICOS: DISCIPLINA LEGAL E RESPONSABILIDADE 
• Lei n. 8.112/1990 • Responsabilidade dos agentes públicos
12. ATO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, REQUISITOS E ATRIBUTOS 
• Conceito • Fato e atos administrativos • Requisitos e atributos
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Plano de ensino
13. ATO ADMINISTRATIVO: CLASSIFICAÇÃO E ESPÉCIES 
• Classificação dos atos administrativos • Espécies de atos administrativos
14. ATO ADMINISTRATIVO: EXTINÇÃ O (INVALIDAÇÃO E REVOGAÇÃO) 
• Extinção do ato administrativo • Invalidação e revogação
15. PROCESSO E PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
• Conceitos de processo e procedimento administrativo. • Meios investigatórios preliminares ao processo 
administrativo disciplinar
16. PROCESSO E PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
• Princípios que regem o processo administrativo; • Fases do processo administrativo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
• FILHO, CARVALHO, José Santos. Manual de Direito Administrativo, 32ª 
edição. Atlas, 02/2018. [Minha Biblioteca].
• GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo 17ª edição. Saraiva, 11/2011. 
[Minha Biblioteca]. 
• PIETRO, DI, Maria Zanella. Direito Administrativo 31ª edição. Forense, 
02/2018. [Minha Biblioteca].
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Oficial da PMESP (1998-2022)
Mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem 
Pública/CAES - 2019Mestre em Direito pelas FMU - 2015
Pós-graduado em Direito Constitucional pela UNISUL - 2007
Graduado em Direito pela Universidade São Francisco - 2003
Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública –
2001
Professor de Inteligência Policial – Pós-graduação stricto sensu
CAES/PMESP – 2020/2022
Professor de Direito Constitucional / Direitos Humanos na 
APMBB / Polícia Comparada(2016-2022)
Professor de Direito Constitucional, Ciência Política e Direito 
Administrativo no curso de Graduação em Direito da FMU 
(2015-2022)
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Maquiavel
• Cria a teoria de como se constitui o Estado 
Moderno (principados e Republicas)
• Política separada da religião
• O Estado segue suas próprias leis.
• As coisas como elas são, a realidade 
política e social como ela é, são a verdade 
efetiva
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Le roi ne peaut
mal faire
(O rei não pode errar)
Quod regi 
placuit lex est
(O que agradou ao rei é a lei)
DIREITO ILIMITADO PARA ADMINSTRAR
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Celso Antônio Bandeira de Mello 
“o Direito Administrativo nasce com o Estado de Direito. Nada 
semelhante àquilo que chamamos de Direito Administrativo existia 
no período histórico que precede a submissão do Estado à ordem 
jurídica. 
Antes disso, nas relações entre o Poder, encarnado na pessoa do 
soberano, e os membros da sociedade, então súditos – e não 
cidadãos –, vigoravam ideias que bem se sintetizam em certas 
máximas clássicas, de todos conhecidas, quais as de que quod 
principi placuit leges habet vigorem: ‘o que agrada ao príncipe tem 
vigor de lei’.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
O Direito Administrativo, como ramo autônomo, nasceu em fins do século XVIII e 
início do século XIX, o que não significa que inexistissem anteriormente normas 
administrativas.
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
NOÇÕES GERAIS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Declaração de Direitos do Homem e 
do cidadão
Art. 16.º “Toute Société dans 
laquelle la garantie des Droits n’est 
pasassurée, ni la séparation des 
Pouvoirs déterminée, n’a point de 
Constitution” 
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Contribuição do Direito Francês
O apego ao princípio da separação 
de poderes e a desconfiança em 
relação aos juízes do velho regime 
serviram de fundamento para a 
criação, na França, da jurisdição 
administrativa (o contencioso 
administrativo), ao lado 
da jurisdição comum, instituindo-
se, dessa forma, o sistema da 
dualidade de jurisdição.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Direito Administrativo - como sistema jurídico de normas e 
princípios, somente veio a lume com a instituição do Estado de 
Direito, ou seja, quando o Poder criador do direito passou 
também a respeitá-lo. Nasce juntamente com os movimentos 
constitucionalistas.
Através do novo sistema, o Estado passava a ter órgãos 
específicos para o exercício da administração pública e, por 
via de consequência, foi necessário o desenvolvimento do 
quadro normativo disciplinador das relações internas da 
Administração e das relações entre esta e os administrados.
“L’État c’est moi”
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
NOÇÕES GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O conteúdo do Direito Administrativo varia no tempo e no espaço, 
conforme o tipo de Estado adotado.
No chamado Estado de Polícia, em que a finalidade é apenas a de 
assegurar a ordem pública, o objeto do Direito Administrativo é bem 
menos amplo, porque menor é a interferência estatal no domínio da 
atividade privada. 
O Estado do Bem-estar é um Estado mais atuante; ele não se limita a 
manter a ordem pública, mas desenvolve inúmeras atividades na área 
da saúde, educação, assistência e previdência social, cultura, sempre 
com o objetivo de promover o bem-estar coletivo. Nesse caso, o 
Direito Administrativo amplia o seu conteúdo, porque cresce a 
máquina estatal e o campo de incidência da burocracia administrativa.
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
• Aproveite os próximos 30 minutos e invista um pouco do seu tempo para conhecer o plano de 
governo de cada um dos três principais candidatos ao Estado de SP para as eleições de 2022.
• São propostas do governo para o cidadão. Nestes documento podemos encontrar muito daquilo 
que é a essência do Direito Administrativo.
Atividade de Reconhecimento do Direito 
Administrativo em Sala de Aula
• Observe a preocupação 
de sujeição plena do 
Estado em servir o 
cidadão.
• Perceba, pelas 
propostas as atribuições 
pretendidas pela 
máquina administrativa.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
No direito brasileiro, constituem objeto do Direito Administrativo:
• Administração Pública, pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas, que exercem a
função administrativa do Estado;
• as entidades do chamado “terceiro setor”, como as organizações sociais, as organizações dasociedade civil de interesse público – OSCIPS;
• o regime jurídico administrativo, abrangendo as prerrogativas, privilégios e poderes da
Administração;
• os vários desdobramentos do poder de polícia e do princípio da função social da
propriedade;
• os meios de atuação da Administração Pública, abrangendo os atos e contratos
administrativos, inclusive o processo da licitação e também os convênios, os termos de
parceria, os contratos de gestão e outros instrumentos congêneres;
• os bens públicos das várias modalidades e respectivo regime jurídico, inclusive quanto às
formas de sua utilização por particulares;
• a responsabilidade civil do Estado;
• a improbidade administrativa.
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Estado - pessoa jurídica de direito público (capaz de adquirir direitos e 
contrair obrigações na ordem jurídica).
Código Civil
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
Constituição Federal 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
RULE OF LAW
• Estado de direito com sujeição do próprio Estado as leis por ele criadas (*CD);
• Observância de processos justos e legalmente regulados;
FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Ano: 2018 Banca: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP
Prova: VUNESP - FAPESP - Procurador – 2018
Sobre a origem do Direito Administrativo, é correto afirmar que
A) se deu no período que antecedeu a Revolução Francesa, século XVI, época em que a gestão pública era 
legalmente incondicionada.
B) é atribuída à corrente do jusnaturalismo segundo a qual os súditos submetiam-se à lei como resultado da 
vontade suprema do rei ou monarca.
C) adveio da consagração do sistema de dualidade de jurisdição, adotado desde o século XVIII nos países 
anglo-saxões.
D) foi estimulada por autores contratualistas que defenderam a diminuição do arbítrio estatal por meio da 
submissão do Poder Público à lei como resultado da vontade geral ou da divisão das funções estatais entre 
diferentes órgãos.
E) resultou da adoção de Constituições escritas prevendo o exercício moderado do poder e jurisdição una, 
conforme o modelo francês produto da revolução.
FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Ano: 2018 Banca: Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista - VUNESP
Prova: VUNESP - FAPESP - Procurador – 2018
Sobre a origem do Direito Administrativo, é correto afirmar que
A) se deu no período que antecedeu a Revolução Francesa, século XVI, época em que a gestão pública era 
legalmente incondicionada.
B) é atribuída à corrente do jusnaturalismo segundo a qual os súditos submetiam-se à lei como resultado da 
vontade suprema do rei ou monarca.
C) adveio da consagração do sistema de dualidade de jurisdição, adotado desde o século XVIII nos países 
anglo-saxões.
D) foi estimulada por autores contratualistas que defenderam a diminuição do arbítrio estatal por meio da 
submissão do Poder Público à lei como resultado da vontade geral ou da divisão das funções estatais entre 
diferentes órgãos.
E) resultou da adoção de Constituições escritas prevendo o exercício moderado do poder e jurisdição una, 
conforme o modelo francês produto da revolução.
FMU 2021-II DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FEDERALISMO
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
Hereditariedade
Vitaliciedade
Não Representatividade popular
Irresponsabilidade
dEletividade
Temporalidade
Representatividade popular
Responsabilidade
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
PRESIDENCIALISMO
Independência entre os Poderes
Chefia Monocrática
Mandato por prazo certo
Responsabilidade perante o povo
PARLAMENTARISMO
Interdependência entre os Poderes
Chefia dual
Mandatos por prazo indeterminado
Responsabilidade perante o parlamento
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU 2021-I Teoria da Constituição e dos Direitos Fundamentais Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATOFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
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Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
FMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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ESTADO – Poderes (decorrente da sua soberania)
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, 
o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
As funções exercidas pelos poderes (que não são exclusivas) tem 
caráter político.
• Típicas
• Atípicas – exemplos: PJ art. 96; PL art. 52; PE art. 62.
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FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Separação dos Poderes
O Poder é único e 
indivisível e para seu 
exercício era conveniente 
estabelecer uma divisão de 
competências entre os três 
órgãos diferentes do 
Estado.
Acentuou mais o 
equilíbrio do que a 
separação dos 
poderes
Constituição do Estado de Sergipe
Art. 61. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham 
sobre: 
III - organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária; 
Art. 115. O Conselho Estadual de Justiça é o órgão de controle externo da atividade 
administrativa e do desempenho dos deveres funcionais do Poder Judiciário e do 
Ministério Público. 
Parágrafo único. Lei complementar definirá a organização e funcionamento do 
Conselho Estadual de Justiça, em cuja composição haverá membros indicados pela 
Assembleia Legislativa, Poder Judiciário, Ministério Público e Conselho Seccional da 
Ordem dos Advogados do Brasil”
ADI 197/14
FMU 2019-II TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS PROF. LUÍS MARGATO
Separação dos Poderes
O Poder é único e 
indivisível e para seu 
exercício era conveniente 
estabelecer uma divisão de 
competências entre os três 
órgãos diferentes do 
Estado.
Acentuou mais o 
equilíbrio do que a 
separação dos 
poderes
Súmula 649
É inconstitucional a criação, por Constituição Estadual, 
de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário 
do qual participem representantes de outros poderes 
ou entidades.
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Separação dos Poderes
O Poder é único e 
indivisível e para seu 
exercício era conveniente 
estabelecer uma divisão de 
competências entre os três 
órgãos diferentes do 
Estado.
Acentuou mais o 
equilíbrio do que a 
separação dos 
poderes
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Separação dos Poderes
O Poder é único e 
indivisível e para seu 
exercício era conveniente 
estabelecer uma divisão de 
competências entre os três 
órgãos diferentes do 
Estado.
Acentuou mais o 
equilíbrio do que a 
separação dos 
poderes
Executivo - Art. 84 II 
Legislativo – Art. 51 IV e 52 XIII
Judiciário – Art. 99
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Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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Direito Administrativo - o conjunto de normas e princípios que, visando sempre 
ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do 
Estado e entre este e as coletividades a que devem servir. (José do Santos 
Carvalho Filho)
Direito Administrativo - o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, 
agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração 
Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens e meios de que 
se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. (Maria Sylvia 
Zanella Di Pietro)
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Direito Administrativo Emergencial?????
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Direito Administrativo Emergencial?????
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Objetivos da aula:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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Fontes do Direito Administrativo
• Constituição Federal (Art. 37) (Bloco de Constitucionalidade);
• Leis (art. 59);
• Atos Normativos (resoluções, portarias, instruções, circulares, 
regimentos, ordens de serviço Art. 84, 87...);
• Jurisprudência (súmulas vinculantes) (Art. 102, 103 + 1035;
• Doutrina;
• Princípios Gerais do Direito.
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Fontes do Direito Administrativo
Constituição Federal (Bloco de Constitucionalidade);
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MARGATO
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Fontes do Direito Administrativo
• Constituição Federal (Art. 37) (Bloco de Constitucionalidade);
• Leis (art. 59);
• Atos Normativos (resoluções, portarias, instruções, circulares, 
regimentos, ordens de serviço Art. 84, 87...);
• Jurisprudência (súmulas vinculantes) (Art. 102, 103 + 1035);
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário 
quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto 
de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo 
Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; (§8º)
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Fontes do Direito Administrativo
• Constituição Federal (Art. 37) (Bloco de Constitucionalidade);
• Leis (art. 59);
• Atos Normativos (resoluções, portarias, instruções, circulares, 
regimentos, ordens de serviço Art. 84, 87...);
• Jurisprudência (súmulas vinculantes) (Art. 102, 103 + 1035);
• Doutrina;
• *Costume não é fonte relevante do Dir. Adm (Maria Sylvia)
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Fontes do Direito Administrativo
• Princípios Gerais do Direito.
Os princípios desempenham papel relevante na interpretação das leis e na busca do equilíbrio 
entre as prerrogativas do poder público e os direitos do cidadão.
Princípios como os da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da 
vedação de enriquecimento ilícito, da igualdade dos administrados diante dos serviços 
públicos e dos encargos sociais, da proporcionalidade dos meios aos fins, da segurança 
jurídica, constituem garantias fundamentais, inerentes à liberdade e segurança da pessoa 
humana. Princípios como o da continuidade do serviço público, da mutabilidade dos 
contratos, da executoriedade das decisões administrativas, da autotutela, são essenciais para 
assegurar a posição de supremacia da Administração Pública em benefício do interesse 
público.
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Fontes do Direito Administrativo
• Princípios Gerais do Direito.
HC – 124.306 - a interrupção da gravidez até o terceiro mês de 
gestação não pode ser equiparada ao aborto
Justificativas. Barroso destacou que em países desenvolvidos e democráticos, como Estados Unidos, Portugal, 
França, Itália, Canadá e Alemanha, a interrupção da gravidez no primeiro trimestre não é considerada crime. 
“É dominante no mundo democrático e desenvolvido a percepção de que a criminalização da interrupção 
voluntária da gestação atinge gravemente diversos direitos fundamentais da mulher, com reflexos visíveis 
sobre a dignidade humana”, ressaltou. “Durante esse período (da gravidez), o córtex cerebral – que permite 
que o feto desenvolva sentimentos e racionalidade – ainda não foi formado nem há qualquer potencialidade 
de vida fora do útero materno.” O ministro do Supremo ainda elencou uma série de direitos fundamentais que 
seriam incompatíveis com a criminalização do aborto até o terceiro mês de gestação: os direitos sexuais e 
reprodutivos da mulher; a integridade física e psíquica da gestante; e a igualdade da mulher, “já que 
homens não engravidam e, portanto, a equiparação plena de gênero depende de se respeitar a vontade da 
mulher nessa matéria”.
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Contraditório - prática
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Objetivos da aula 1:
• Compreender a origem do Direito Administrativo.
• Entender o Estado e suas estruturas de 
competência.
• Entender os poderes e suas funções.
• Definir o Direito Administrativo.
• Identificar as fontes do Direito Administrativo.
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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
AULA 2 
FMU 2021-I DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.brFMU DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Me. LUÍS MARGATO luis.margato@fmu.br
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Objetivos da aula 2:
• Analisar a diferença entre o regime jurídico de 
Direito Privado e o regime jurídico administrativo 
• Compreender a doutrina tradicional da 
supremacia do interesse público 
• Compreender a doutrina contemporânea de 
crítica à supremacia do interesse público
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REGIME JURÍDICO
Regime Jurídico – Determinado conjunto de normas e princípios jurídicos* (tem peso de norma – Abstrato e Genérico
e as leis devem se adequar aos princípios) que irão reger com exclusividade uma determinada relação jurídica.
Princípios são regras gerais que a doutrina identifica como condensadoras dos valores fundamentais de um sistema.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, princípio é mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele,
disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o espírito e servindo de critério para
exata compreensão e inteligência delas, exatamente porque define a lógica e a racionalidade do sistema normativo,
conferindo-lhes a tônica que lhe dá sentido harmônico”. E completa: “violar um princípio é muito mais grave do que
violar uma norma. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório,
mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão
do princípio violado, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais
*Princípios de Direitos Fundamentais são suprapositivos
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Regime Administrativo – é o conjunto de normas e princípios especiais e próprios da administração de direito público que 
só pode ser empregado para o atendimento de interesses públicos e coletivos. Desse regime, decorrem dois grandes 
princípios que implicam em prerrogativas e sujeições
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A supremacia do interesse público sobre o privado, também
chamada simplesmente de princípio do interesse público ou da
finalidade pública implica em afirmar que os interesses da
coletividade são mais importantes que os interesses individuais,
razão pela qual a Administração, como defensora dos interesses
públicos, recebe da lei poderes especiais não extensivos aos
particulares. A outorga dos citados poderes projeta a
Administração Pública a uma posição de superioridade diante do
particular.
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Regime Jurídico Administrativo
• Direito Público. Implica em prerrogativas e sujeições da Administração 
Pública
Exemplo – Autoexecutoriedade / desapropriação / impossibilidade de 
perda de bens por usucapião (imprescritibilidade dos bens públicos) / 
presunção de legitimidade dos atos administrativos / Poder de Polícia
Princípio da supremacia do interesse público
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O princípio da indisponibilidade do interesse público enuncia que
os agentes públicos não são donos do interesse por eles defendido.
Assim, no exercício da função administrativa os agentes públicos
estão obrigados a atuar, não segundo sua própria vontade, mas do
modo determinado pela legislação. Como decorrência dessa
indisponibilidade, não se admite tampouco que os agentes
renunciem aos poderes legalmente conferidos ou que transacionem
em juízo.
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Regime Jurídico Administrativo
• Direito Público. Implica em prerrogativas e sujeições da Administração 
Pública
Exemplo – Concursos públicos / licitações
Princípio da indisponibilidade do interesse público
O Cebraspe confirmou o 
número de candidatos 
inscritos no concurso PF 2021 
(Polícia Federal).
Para delegado são 27.751 
candidatos para 123 vagas 
(225,6 candidatos/vaga)
salário: R$ 23.692,74
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Ano: 2006 Banca: ESAF Órgão: CGU Prova: ESAF - 2006 - CGU - Analista de 
Finanças e Controle
Entre os princípios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se 
destacar o de que:
A) a Administração prescinde de justificar seus atos.
B) ao administrador é lícito fazer o que a lei não proíbe.
C) os interesses públicos e privados são eqüitativos entre si.
D) são inalienáveis os direitos concernentes ao interesse público.
E) são insusceptíveis de controle jurisdicional, os atos administrativos.
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Ano: 2006 Banca: ESAF Órgão: CGU Prova: ESAF - 2006 - CGU - Analista de 
Finanças e Controle
Entre os princípios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se 
destacar o de que
A) a Administração prescinde de justificar seus atos.
B) ao administrador é lícito fazer o que a lei não proíbe.
C) os interesses públicos e privados são eqüitativos entre si.
D) são inalienáveis os direitos concernentes ao interesse público.
E) são insusceptíveis de controle jurisdicional, os atos administrativos.
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Crítica ao Princípio da Supremacia do Interesse Público
Nos últimos anos a supremacia do interesse público sobre o privado deixou de ser uma
unanimidade entre os estudiosos pelos seguintes argumentos:
a) a fluidez conceitual da noção de “interesse público” favorece arbitrariedades ofensivas à
democracia e aos valores fundamentais;
(ou interesses privados daqueles que controlam o Estado? - Eros Grau)
b) a ideia de supremacia do interesse público desconsidera a relevância atribuída pela
Constituição a todo o conjunto de direitos fundamentais;
c) interesse público e interesse privado não são antagônicos, mas pressupõem-se
mutuamente;
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Crítica ao Princípio da Supremacia do Interesse Público
“Como se pode falar de bem comum quando frequentemente poderosos interesses
particulares se fazem presentes no Estado? Por que o governo do interesse público não age
no interesse da maioria?”
A premissa de uma perspectiva materialista precisa admitir que o Estado não é
propriamente uma estrutura ou organização levantada conscientemente pelas pessoas a
partir de objetivos claramente delimitados, e, muito menos, trata da “corporificação do
bem-estar comum”; é, na verdade, resultado da própria luta de classes incidente sobre os
agentes, na “luta pelo subproduto”
1. HIRSCH, Joachim. Teoria materialista do Estado: processos de transformação do sistema capitalista de Estado. Rio de Janeiro: Revan, 2010, p. 9.
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Crítica ao Princípio da Supremacia do Interesse Público
Descortina-se o argumento liberal, encampado por juristas e pensadores liberais, que separa ficticiamente
Estado e sociedade civil, denunciando que essa suposta autonomia estatal tem o objetivo de “encobrir e
passar a ideia da incrível falácia de que o estado não participa da vida econômica, dos interesses sociais e
dos conflitos de classes”.
Não se trata, contudo, de uma visão de imediata supressão do Estado, tão mítica quanto a ideia de atuação
estatal para o “bem comum” neutro, mas de edificar um Estado democrático controlado e subordinando à
sociedade civil, sobretudo que leve em conta a perspectiva periférica da América Latina, resgatando-se, na
posição e Wolkmer, as peculiaridades e a experiência histórica de “povos subdesenvolvidos, dependentes e
espoliados que buscam a emancipação, a libertação, a modernização e o amadurecimento democrático”.
Esse avanço só poderá ocorrer sob a lógica crítica, na qual se refutam construções abstratas de neutralidade,
bem como de “desaparecimento” do caráter repressivo do Estado, pugnando-se por um Estado assentado em
bases populares e comprometido com o projeto histórico das maiorias.
WOLKMER, Antonio Carlos. Elementos para uma crítica do Estado. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1990, p. 58-
59.
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(2018 – FCC – PGE-TO) Acercadas modernas correntes doutrinárias que buscam repensar o Direito
Administrativo no Brasil, Carlos Ari Sundfeld observa: “Embora o livro de referência de Bandeira de
Mello continue saindo em edições atualizadas, por volta da metade da década de 1990 começou a
perder aos poucos a capacidade de representar as visões do meio – e de influir [...] Ao lado disso,
teóricos mais jovens lançaram, com ampla aceitação, uma forte contestação a um dos princípios
científicos que, há muitos anos, o autor defendia como fundamental ao Direito Administrativo [...]”
(Adaptado de: Direito administrativo para céticos, 2ª ed., p. 53) O princípio mencionado pelo autor e
que esteve sob forte debate acadêmico nos últimos anos é o princípio da:
A) presunção de legitimidade dos atos administrativos;
B) processualidade do Direito Administrativo;
C) supremacia do interesse público;
D) moralidade administrativa;
E) eficiência.
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(2018 – FCC – PGE-TO) Acerca das modernas correntes doutrinárias que buscam repensar o Direito
Administrativo no Brasil, Carlos Ari Sundfeld observa: “Embora o livro de referência de Bandeira de
Mello continue saindo em edições atualizadas, por volta da metade da década de 1990 começou a
perder aos poucos a capacidade de representar as visões do meio – e de influir [...] Ao lado disso,
teóricos mais jovens lançaram, com ampla aceitação, uma forte contestação a um dos princípios
científicos que, há muitos anos, o autor defendia como fundamental ao Direito Administrativo [...]”
(Adaptado de: Direito administrativo para céticos, 2ª ed., p. 53) O princípio mencionado pelo autor e
que esteve sob forte debate acadêmico nos últimos anos é o princípio da:
A) presunção de legitimidade dos atos administrativos;
B) processualidade do Direito Administrativo;
C) supremacia do interesse público;
D) moralidade administrativa;
E) eficiência.
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Regime Jurídico de Direito Privado – conjunto de normas e princípios comuns que vão 
reger relações jurídicas que envolvem apenas interesses privados, que são em regra 
disponíveis não dependem e nem decorrem de lei. Prepondera a Autonomia da vontade.
Administração Pública de Regime Privado – Empresas Públicas e Sociedades de Economia 
Mista exploradoras de atividades econômicas estão sujeitas ao mesmo regime privado 
das demais empresas concorrentes apesar de estarem sujeitos a licitação, concurso e 
prestação ao tribunal de contas, entre outras.
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: DPE-MS Prova: VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público
A expressão regime jurídico-administrativo é utilizada para designar
A) os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a 
Administração Pública.
B) o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração Pública e 
que não se encontram nas relações entre particulares.
C) as restrições a que está sujeita a Administração Pública, sob pena de nulidade do ato 
administrativo, excluindo-se de seu âmbito as prerrogativas da Administração.
D) as prerrogativas que colocam a Administração Pública em posição de supremacia 
perante o particular, excluindo-se de seu âmbito as restrições impostas à Administração.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/dpe-ms
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-dpe-ms-defensor-publico
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: DPE-MS Prova: VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público
A expressão regime jurídico-administrativo é utilizada para designar
A) os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a 
Administração Pública.
B) o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração Pública 
e que não se encontram nas relações entre particulares.
C) as restrições a que está sujeita a Administração Pública, sob pena de nulidade do ato 
administrativo, excluindo-se de seu âmbito as prerrogativas da Administração.
D) as prerrogativas que colocam a Administração Pública em posição de supremacia 
perante o particular, excluindo-se de seu âmbito as restrições impostas à Administração.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/vunesp
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/dpe-ms
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/vunesp-2014-dpe-ms-defensor-publico
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MARGATO
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Regime Jurídico de Direito Público – conjunto de normas e princípios jurídicos constitucionais que irão reger relações 
jurídicas que envolvem interesses públicos (regido pelo princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e o 
princípio da indisponibilidade do interesse público que tem o poder dever do Estado em atendê-lo).
Neste Regime sempre haverá a dependência e decorrência de prévia lei autorizadora.
Prepondera a obrigatoriedade do cumprimento da lei independente da vontade
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto
No âmbito do direito administrativo, segundo a doutrina majoritária, a autoexecutoriedade dos atos 
administrativos é caracterizada pela possibilidade de a administração pública
A) anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, sem necessidade de controle 
judicial.
B) assegurar a veracidade dos fatos indicados em suas certidões, seus atestados e suas declarações, o que 
afasta o controle judicial.
C) impor os atos administrativos a terceiros, independentemente de sua concordância, por meio de ato 
judicial.
D) executar suas decisões por meios coercitivos próprios, sem a necessidade da interferência do Poder 
Judiciário.
E) executar ato administrativo por meios coercitivos próprios, o que afasta o controle judicial posterior.
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Regime Jurídico de Direito Público – conjunto de normas e princípios jurídicos constitucionais que irão reger relações 
jurídicas que envolvem interesses públicos (regido pelo princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e o 
princípio da indisponibilidade do interesse público que tem o poder dever do Estado em atendê-lo).
Neste Regime sempre haverá a dependência e decorrência de prévia lei autorizadora.
Prepondera a obrigatoriedade do cumprimento da lei independente da vontade
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto
No âmbito do direito administrativo, segundo a doutrina majoritária, a autoexecutoriedade dos atos 
administrativos é caracterizada pela possibilidade de a administração pública
A) anular seus próprios atos, quando eivados de vícios queos tornem ilegais, sem necessidade de controle 
judicial.
B) assegurar a veracidade dos fatos indicados em suas certidões, seus atestados e suas declarações, o que 
afasta o controle judicial.
C) impor os atos administrativos a terceiros, independentemente de sua concordância, por meio de ato 
judicial.
D) executar suas decisões por meios coercitivos próprios, sem a necessidade da interferência do Poder 
Judiciário.
E) executar ato administrativo por meios coercitivos próprios, o que afasta o controle judicial posterior.
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Regime Jurídico da Administração
Direito Privado
• Todas as Sociedades de 
Economia Mista
• Todas as Empresas Públicas (se 
prestar serviço público passa a 
ter um regime misto)
• Fundações Públicas (misto)
Direito Público
Todos os órgãos da Administração 
direta;
Todas as autarquias;
Regra: fundação Pública e 
Associação Pública
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A Administração Pública se submete a regime jurídico de direito privado ou a regime jurídico de direito público?
A Constituição ou a lei definirá!
Sociedade de economia mista e empresas públicas
• Explora atividade econômica
• Produção de Bens (ex: Petróleo / Petrobras) e serviços (ex: banco / BB)
• Busca lucro
• Possibilidade – Art. 173
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando 
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
• Direito Privado 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem 
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: 
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e 
tributários;
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REGIME JURÍDICO
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito 
de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da 
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADI nº 
2.135)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de 
política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores 
designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) (Vide ADI nº 2.135)
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REGIME JURÍDICO
O Tribunal, por maioria, vencidos os Senhores Ministros Nelson Jobim, 
Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa, deferiu parcialmente a 
medida cautelar para suspender a eficácia do artigo 39, caput, da 
Constituição Federal, com a redação da Emenda Constitucional nº 
19, de 04 de junho de 1998, tudo nos termos do voto do relator 
originário, Ministro Néri da Silveira, esclarecido, nesta assentada, que 
a decisão - como é próprio das medidas cautelares - terá efeitos ex
nunc, subsistindo a legislação editada nos termos da emenda 
declarada suspensa.
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A Administração Pública pode submeter-se a regime jurídico de direito privado ou a 
regime jurídico de direito público.
Posicionamento dos Tribunais
Súmula 556
É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte sociedade de
economia mista.
Súmula 508
Compete à Justiça Estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que
for parte o Banco do Brasil S.A.
Súmula 517
As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém
como assistente ou opoente.
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DIREITO 
ADMINISTRATIVO
A ULA 3 
PRINCÍP IOS DO DI R E I TO A DM I NI ST RAT IVO
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Objetivos da aula 3:
• Identificar o papel dos princípios no direito 
contemporâneo 
• Analisar conteúdo e consequências jurídicas dos 
princípios elencados no art. 37, caput, da CF
• Analisar conteúdo e consequências jurídicas de 
outros princípios aplicáveis à Administração 
Pública
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“O agente público não só tem que 
ser honesto e probo, mas tem que 
mostrar que possui tal qualidade. 
Como a mulher de César” 
(RE 160.381/SP, SEGUNDA TURMA, 
DJ de 12/8/1994).
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Logicamente, não cabe ao Poder 
Judiciário moldar subjetivamente a 
Administração Pública, porém a 
constitucionalização das normas básicas 
do Direito Administrativo permite ao 
Judiciário impedir que o Executivo 
molde a Administração Pública em 
discordância a seus princípios e 
preceitos constitucionais básicos, pois a 
finalidade da revisão judicial é impedir 
atos incompatíveis com a ordem 
constitucional, inclusive no tocante as 
nomeações para cargos públicos, que 
devem observância não somente ao 
princípio da legalidade, mas também 
aos princípios da impessoalidade, da 
moralidade e do interesse público.
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“Pelo princípio da moralidade administrativa, não bastará ao 
administrador o cumprimento da estrita legalidade;deverá 
ele, no exercício de sua função pública, respeitar os princípios 
éticos de razoabilidade e Justiça, pois a moralidade constitui, a 
partir da Constituição de 1988, pressuposto de validade de todo 
ato da Administração Pública”
A Constituição Federal permite a apreciação dos atos 
administrativos discricionários pelo Poder Judiciário, quando o 
órgão administrativo utilizar-se de seu poder discricionário para 
atingir fim diverso daquele que a lei fixou, ou seja, quando ao 
utilizar-se indevidamente dos critérios da conveniência e 
oportunidade, o agente desvia-se da finalidade de persecução 
do interesse público. 
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“O presidente me disse mais de uma vez, expressamente, que 
queria ter uma pessoa do contato pessoal dele que ele pudesse 
ligar, colher informações, colher relatórios de inteligência, seja 
diretor-geral, superintendente e realmente não é o papel da 
Polícia Federal prestar esse tipo de informação. As 
investigações têm que ser preservadas. Então o grande 
problema não é quem entra mas porque alguém entra”
Princípios expressos – Previsão Constitucional – Ver voto Alexandre de Moraes
Objetivo do ato administrativo – interesse público (se afastar disso é desvio de finalidade)
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1) Legalidade – Art. 37 c/c Art. 5º II
“Só faz o que a lei expressamente determina”. Logo a edição de qualquer ato
administrativo pressupõe uma lei anterior que a sustente.
O exercício da função administrativa não pode ser pautado pela vontade da
Administração ou dos agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar
a vontade da lei.
Os atos administrativos:
A) Não podem contrariar a lei
B) Só pode ser praticados mediante autorização legal
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1) Legalidade – Ato administrativo deve ser expedido secundum legem.
Somente a lei pode inovar originariamente na ordem jurídica
Lei 9.784/99 Art 2º, §ú, inc I (princípio da juridicidade)
Se a administração exigir ato não previsto em lei, o judiciário pode ser
questionado?
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A jurisprudência do STF entende que a exigência de avaliação psicológica ou teste psicotécnico, como requisito 
ou condição necessária ao acesso a determinados cargos públicos de carreira, somente é possível, se houver lei 
em sentido material (ato emanado do Poder Legislativo) que expressamente a autorize, além de previsão no 
edital do certame.
Ademais, o exame psicotécnico necessita de um grau mínimo de objetividade e de publicidade dos atos 
em que se procede. A inexistência desses requisitos torna o ato ilegítimo, por não possibilitar o acesso à 
tutela jurisdicional para a verificação de lesão de direito individual pelo uso desses critérios.
Súmula vinculante 44 (08/04/2015)
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
Súmula 686 (24/09/2003)
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
Referências - Constituição Federal de 1988, art. 5º, II; e 37, I.
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LEI COMPLEMENTAR Nº 1.291, DE 22 DE JULHO DE 2016
DAS ETAPAS
Artigo 4º - Os concursos públicos, independentemente do Quadro, obedecerão às seguintes etapas:
I - exames de conhecimentos, constituídos de prova objetiva e dissertativa, com grau de dificuldade correspondente ao nível de
ensino exigido para ingresso à respectiva carreira;
II - exames de aptidão física, com o intuito de avaliar as condições físicas mínimas para o desempenho do cargo público referente
ao Quadro;
III - exames de saúde, que compreenderão exames médicos, odontológicos e toxicológicos;
IV - exames psicológicos, destinados à avaliação das características cognitivas e de personalidade do candidato para o
desempenho adequado das atividades inerentes à carreira pretendida, de acordo com os parâmetros do perfil psicológico
estabelecido para o exercício;
V - avaliação da conduta social, da reputação e da idoneidade, realizada de forma sigilosa por intermédio de investigação social
de órgão técnico da Polícia Militar do Estado de São Paulo, objetivando averiguar os fatos atuais e pregressos relativos ao
candidato em seus aspectos social, moral, profissional e escolar, quanto à compatibilidade para o exercício do cargo;
VI - análise de documentos, visando à comprovação dos requisitos exigidos para o cargo público pretendido;
VII - análise de títulos, visando à apuração da respectiva pontuação obtida pelo candidato.
§ 1º - As etapas previstas neste artigo terão o seguinte caráter:
1 - eliminatório e classificatório: inciso I;
2 - eliminatório: incisos II a VI;
3 - classificatório: inciso VII.
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Leitura do Acórdão TJSP
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CF - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I — exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
RE n. 560.900, em que resultou a seguinte tese de repercussão geral: “sem previsão 
constitucionalmente adequada e instituída por lei, não é legítima cláusula de edital de 
concurso público que restrinja a participação de candidato pelo simples fato de 
responder a inquérito ou a ação penal”. (5 de fevereiro de 2020)
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2) Impessoalidade – Duas perspectivas 
Exemplos: concurso público / licitação
A Administração é obrigada a tratar os administrados de forma neutra/impessoal/imparcial.
Desta maneira, a Administração está proibida de estabelecer discriminações gratuitas. 
Ela pode discriminar? Sim, mas não de forma gratuita. As discriminações legítimas são aquelas que 
visam manter o interesse público e a finalidade pública.
O que significa discriminar? 
Significa tratar a pessoa de forma diferente das demais. 
Quando a Administração discrimina? 
- quando privilegia !
Só será possível discriminar para preservar o interesse público.
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LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014.
Reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de 
cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações 
públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União.
Art. 1º Ficam reservadas aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos para 
provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito d a administração pública federal, das 
autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas 
pela União , na forma desta Lei.
Art. 2º Poderão concorrer às vagas reservadas a candidatos negros aqueles que se autodeclararem pretos ou 
pardos no ato da inscrição no concurso público, conforme o quesito cor ou raça utilizado pela Fundação 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Art. 3º Os candidatos negros concorrerão concomitantemente às vagas reservadas e às vagas destinadas à 
ampla concorrência, de acordo com a sua classificação no concurso.
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Impessoalidade na propaganda dos atos de 
governo – é a situação descrita no art. 37, 
parágrafo 1º da CF. Não podem constar: nomes, 
imagens e símbolos que representem promoção 
pessoal do Administrador (Especialmente em 
reeleições para o executivo). 
CF/88 – art. 37 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, 
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá 
ter caráter educativo, informativo ou de 
orientação social, dela não podendo constar 
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem 
promoção pessoal de autoridades ou servidores 
públicos. 
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Apelação Cível n. 1012844/73.2018.8.26.0053
A vinculação de campanhas publicitárias como uso de slogan pessoal e não dos símbolos da Prefeitura 
Municipal, em eventos oficiais, como forma de propaganda individual e consolidação de seu nome no 
cenário político, claramente sugere autopromoção, o que caracteriza ato de improbidade administrativa. 
Patenteada a violação aos princípios da Administração Pública elencados no artigo 37 da Constituição 
Federal de 1988
Deste modo, além do dever de respeito aos princípios básicos da Administração Pública há que se 
harmonizar o princípio da publicidade aos princípios da impessoalidade e da moralidade, estabelecendo-se 
que a publicidade dos atos de governo não pode configurar promoção pessoal de Agentes Públicos, 
porquanto os atos praticados pertencem ao Poder Público e não ao agente que o representa.
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas governamentais que decorre do parágrafo 
1º, artigo 37, CF/88, há de ser impregnada de caráter exclusivamente educativo, informativo ou de 
orientação social, sendo absolutamente vedada a publicação de informativos que visem ao proveito 
individual do administrador e não ao coletivo.
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CF - Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, 
Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-
ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios 
e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de 
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para 
este fim. 
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3) Moralidade - Direito X Moral
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a 
prisão especial, à disposição da autoridade 
competente, quando sujeitos a prisão antes de 
condenação definitiva:
...
VII - os diplomados por qualquer das faculdades 
superiores da República;
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3) Moralidade - Administração está proibida de 
praticar atos imorais. 
A CF refere-se à moralidade administrativa como 
aquela intimamente ligada à preservação do interesse 
público.
Art 5º
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor 
ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando 
o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência;
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3) Moralidade - Administração está proibida de praticar atos imorais. 
A CF refere-se à moralidade administrativa como aquela intimamente ligada à preservação do interesse público.
CF/88 – art. 37 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou 
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, 
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
Súmula vinculante 13 (21/08/08)
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia 
ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na 
administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal
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Exceções ao nepotismo
• Não alcança servidores de provimento efetivo (quando relacionado a cargo
público permanente, que garanta, após o cumprimento do estágio
probatório, estabilidade ou vitaliciedade ao seu titular)
• Cargo públicos de natureza política (ministros e secretários de estado

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