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Carla Bertelli – 4° Período – Compreender a fisiologia, fatores influentes, sinais e sintomas, diagnóstico e tratamento do climatério e menopausa A menopausa natural é definida como a cessação permanente dos períodos menstruais (envelhecimento reprodutivo), determinada retrospectivamente após uma mulher ter experimentado 12 meses de amenorreia sem qualquer outra causa patológica ou fisiológica óbvia. Ocorre em uma idade média de 51,4 anos e é um reflexo da depleção folicular ovariana completa, ou quase completa, com hipoestrogenemia resultante e altas concentrações de hormônio folículo estimulante (FSH) A transição menopausal (perimenopausa) ocorre após os anos reprodutivos, mas antes da menopausa, e é caracterizada por ciclos menstruais irregulares, alterações endócrinas e sintomas como ondas de calor. Inúmeros fatores influenciam a cronologia do UCM em cada mulher. Fatores genéticos e familiares são dados importantes. A çã se refere aos processos de envelhecimento reprodutivo que envolvem alteração do ciclo menstrual, irregularidade menstrual e ruptura dos padrões hormonais reprodutivos normais e mecanismos de feedback que caracterizam os ciclos férteis de mulheres entre 40 e 50 anos. Os padrões de produção de hormônios reprodutivos são alterados de modo que os ciclos se tornam mais curtos e a produção de progesterona diminui. Os níveis de FSH se elevam porque o reservatório folicular remanescente exige cada vez mais estimulação para produzir um folículo pré- ovulatório. Por fim, o FSH não consegue manter a foliculogênese e a menstruação se torna irregular. Como a reserva ovariana aumenta e diminui durante esse período de transição, os ciclos não são interrompidos abruptamente. Em vez disso, os ciclos ovulatórios e anovulatórios geralmente se alternam de modo aleatório. Esse processo resulta em flutuações hormonais que podem ser debilitantes para muitas mulheres. Desse modo, os sintomas da menopausa não aparecem simplesmente com o UCM, ocorrendo em geral durante toda a transição, embora possam ser intensificados com o passar do tempo. A transição da menopausa (ou perimenopausa) começa, em média, quatro anos antes do período menstrual final (FMP). A determinação da proximidade de uma mulher de seu UCM tem implicações importantes para a saúde geral de várias maneiras. • – A mulher passará um período maior da sua vida em um estado de deficiência relativa de estrogênio, que terá consequências na sua saúde óssea e pode ter consequências também para sua saúde cardiovascular. • – A mulher é mais propensa a doenças relacionadas ao estrogênio, tais como cânceres de mama e de endométrio. Não existe um exame complementar definitivo que consiga prever o UCM de modo confiável. No entanto, o nível sérico do hormônio antimulleriano (AMH), é um representante confiável da reserva ovariana. Se o nível de AMH estiver baixo, isso ajuda a fazer uma estimativa de cronologia do UCM. Diretrizes atuais para o manejo da menopausa concordam apenas que o tratamento sintomático é indicado para essa transição normal da vida. O cérebro é rico em receptores de estrogênio e especulasse que a sinalização do receptor de estrogênio medeie múltiplos processos-chave no SNC, incluindo, mas não se limitando, a efeitos neurotróficos e neuroproteção. Menopausa e avanço na idade impõem efeitos adversos no SNC. Estudos demonstram as diferenças sexuais na estrutura e na função do hipocampo e no lobo temporal, que se acredita estar relacionada às diferenças nos efeitos organizacionais e ativacionais do estradiol no desempenho da memória. As diferenças estruturais mediadas pelo estrogênio no hipotálamo sejam traduzidas em função executiva superior nas mulheres. Consequentemente, ansiedade e alterações de humor são mais comuns em mulheres na perimenopausa e nas mulheres que entraram recentemente na menopausa, sobretudo aquelas com história pregressa de disfunção do humor. Carla Bertelli – 4° Período A saúde óssea é significativamente afetada pelos esteroides gonadais. Durante a transição da menopausa, as concentrações séricas de estradiol e estrona diminuem até 90%. Esse processo é acompanhado por um período de perda óssea acelerada e progressiva. Aumenta-se a atividade osteoclástica, reabsorção óssea acelerada e taxas atenuadas de remodelagem óssea. Ganho ponderal e alteração da distribuição de gordura são queixas comuns das mulheres na perimenopausa e na menopausa. É importante salientar que o tecido adiposo, um órgão endócrino, expressa receptores de estrogênio e especula-se que o estrogênio aumente a lipólise de adipócitos. Desse modo, é razoável teorizar que a menopausa impulsiona alterações fisiopatológicas do tecido adiposo. É um desafio distinguir as manifestações relacionadas ao envelhecimento daqueles referentes à menopausa. Existem quatro sintomas fundamentais que são considerados como diretamente relacionados à menopausa, com base na associação desses sintomas com a transição e a capacidade de serem tratados com hormônios; consistem em sintomas vasomotores/ondas de calor, ressecamento vaginal, transtornos do sono e transtornos do humor/cognitivos. • – Ondas de calor e sudorese noturna • – Ressecamento, irritação crônica ou sensação de queimação na vagina e na vulva; as mulheres sexualmente ativas relatam falta de lubrificação com tentativa de relação sexual, dor durante a relação sexual ou sangramento após a relação sexual. Polaciuria, uretrite e infecções urinárias frequentes também podem ocorrer. Acredita-se que todos esses sintomas sejam consequentes a hipogonadismo e ausência de exposição do epitélio vaginal e do sistema urinário ao estrogênio. • – Incluem a apneia do sono e a síndrome das pernas inquietas (SPI). • ó – Deterioração do humor, sintomas depressivos A terapêutica inclui medidas de ordem geral, orientação dietética, apoio psicológico e tratamento medicamentoso. Este, por sua vez, pode ser hormonal ou não As opções hormonais devem ser reservadas para mulheres com SVM que comprometam a qualidade de vida. As terapias hormonais incluem estradiol, estrogênios e, quando as mulheres têm útero, progestina. Os riscos e efeitos colaterais da terapia hormonal são modulados pela via de administração, pela formulação hormonal, pela idade, pelo período de tempo transcorrido desde o UCM e pela existência ou não de útero, bem como morbidades coexistentes tais como doença cardiovascular, demência e diabetes melito. A ocorrência de neoplasia uterina aumenta em condições de exposição crônica ao estrogênio sem oposição em mulheres com o útero intacto. Portanto, a indicação primária da terapia de progesterona durante a menopausa é a prevenção de hiperplasia endometrial induzida pelo estradiol e câncer. Entre as comumente prescritas estão acetato de (progesterona nativa). A progestina administrada de modo contínuo ou sequencial fornece proteção endometrial adequada. Risco de câncer de mama e terapia hormonal da menopausa são relatados tanto no ensaio clínico de controle randomizado como nos estudos observacionais. Diferentes tipos de formulações hormonais da menopausa, a duração da terapia e o período em que a terapia hormonal da menopausa é iniciado podem modificar e aumentar o risco para o câncer de mama. Tratamento Medicamentoso Não Hormonal – Pacientes com contraindicação à terapêutica hormonal, mulheres sintomáticas cuja resposta à terapia hormonal Carla Bertelli – 4° Período seja insatisfatória, vigência de efeitos colaterais à terapia hormonal (TH) e pacientes que não aceitam a TH. Vários medicamentos, como os agentes antidopaminérgicos, antidepressivos, hipnossedativos, vasoativos e os que atuam no eixo hipotalâmico-hipofisário (Tabela 1), podem combater os sintomas vasomotores, mas não melhoram outrasconsequências do hipoestrogenismo. Entre elas, citam-se os agentes antidopaminérgicos, antidepressivos, hipnossedativos, vasoativos e os que atuam no eixo hipotalâmico-hipofisário Terapia Hormonal – Em geral, na redução dos níveis dos esteroides ovarianos (progesterona e estrógenos), a terapêutica consiste, fundamentalmente, na hormonoterapia, que deve ser individualizada de acordo com as necessidades da paciente3 A terapia estroprogestativa apresenta alguns pontos negativos, como fenômenos tromboembólicos, doença cardiovascular e câncer hormônio-dependente, principalmente o mamário ç – As mulheres na pré-menopausa correm risco reduzido de eventos cardiovasculares em comparação com homens da mesma idade e mulheres após a menopausa, sugerindo que o estradiol medeie a cardioproteção observada nas mulheres antes da menopausa. ó – O risco aumentado de tromboembolismo venoso (TEV) com o uso de estrogênio oral é bem documentado. Além disso, o risco de TEV aumenta nas mulheres que usam estrogênio e progestina combinados ou terapia hormonal apenas com estrogênio. O risco de tromboembolismo aumenta com o avanço da idade e está relacionado à via de administração e à dose de estradiol. çã – Estudos observacionais investigando o efeito da terapia hormonal na cognição sugeriram que a terapia hormonal foi benéfica para a função cognitiva. Por outro lado, o WHI Memory Study relatou um aumento na incidência de demência em mulheres acima de 65 anos que iniciaram a terapia hormonal. ó – Os sintomas genitourinários não diminuem com o tempo. Portanto, tratamento prolongado é necessário para preservar a qualidade de vida – As mulheres que usam a terapia hormonal combinada de estrogênio e progestina durante mais de 5,6 anos demonstraram risco aumentado de câncer de mama invasivo. As mulheres que continuam a usar além de 4 a 5 anos devem ser monitoradas cuidadosamente. No entanto, para muitas mulheres saudáveis, os hormônios não precisam ser descontinuados desde que haja uma indicação clínica. Isso é especialmente verdadeiro para mulheres que estejam se aproximando de 5 a 10 anos de terapia hormonal e continuem a apresentar sintomas significativos. Para essas mulheres poderiam ser tentadas as opções não hormonais; se os efeitos não forem satisfatórios, terapia hormonal prolongada pode ser necessária para preservar a qualidade de vida. çã – Muitas mulheres optam por interromper os hormônios após o pior dos sintomas da menopausa ter diminuído. Os sintomas parecem ser subjetivamente piores no ano anterior ao UCM e até 2 anos depois. Para a maioria das mulheres, as doses hormonais podem ser reduzidas, seja diminuindo lentamente a dose dos hormônios ou interrompendo abruptamente o uso dos mesmos. Existem evidências limitadas sugerindo que a estratégia de redução lenta da medicação seja menos perturbadora, mas não leva necessariamente a uma proporção maior de mulheres que interrompem com sucesso a terapia hormonal. Existem muitos medicamentos de prescrição não hormonais que podem ser usados para tratar as ondas de calor em mulheres que não possam ou não queiram usar hormônios. Para os sintomas vaginais ou a SGM existem menos opções. Os tratamentos não hormonais que são recomendados incluem hidratantes vaginais (que devem Carla Bertelli – 4° Período ser usados regularmente para serem efetivos) e lubrificantes vaginais, que são úteis especificamente durante a relação sexual. Pouca atenção foi dada à composição exata desses produtos, que são de venda livre. O tratamento não hormonal dos transtornos disfóricos inclui psicoterapia e antidepressivos, com ou sem ansiolíticos associados, se necessário. Para os transtornos disfóricos moderados a graves, a terapia hormonal não deve ser a primeira opção. Menopausa é a cessação dos ciclos menstruais. Como ocorre com a menarca, é basicamente um processo, em vez de um evento isolado. A maioria das mulheres para de menstruar entre 48 e 55 anos. A perimenopausa (poucos anos em torno da menopausa) precede a menopausa em aproximadamente 4 anos e caracteriza- se por irregularidade menstrual e outros sintomas da menopausa. Climatério é um termo mais abrangente; refere-se a toda a transição ao estágio não reprodutivo de vida. A expressão insuficiência ovariana prematura descreve o que acontece com cerca de 1% das mulheres, que entram na menopausa antes dos 40 anos. As que não menstruaram por 1 ano inteiro ou apresentam níveis persistentemente altos de FSH (> 20 mUI/μℓ) estão na menopausa. Alterações funcionais- A menopausa é causada pela cessação gradativa da função ovariana e pela redução resultante dos níveis de estrogênio. Embora os estrogênios originados do córtex suprarrenal continuem a circular no corpo das mulheres, não são suficientes para manter as características sexuais secundárias da mesma maneira que os estrogênios ovarianos. Por essa razão, os pelos corporais, a elasticidade da pele e a gordura subcutânea diminuem. As mamas tornam-se pendulares com a redução da massa de tecidos, restando apenas ductos, gordura e tecido conjuntivo. Os ovários e o útero diminuem de tamanho e o colo do útero e a vagina tornam-se pálidos e friáveis. O pH vaginal aumenta: em geral, pH maior que 4,5 indica deficiência de estrogênio. Entre os problemas que podem resultar da atrofia do sistema urogenital estão ressecamento vaginal, incontinência urinária de esforço, urgência urinária, noctúria, vaginite e infecções urinárias. Algumas mulheres podem achar as relações sexuais dolorosas e traumáticas, ainda que seja útil usar algum tipo de lubrificante vaginal. Um creme vaginal de estrogênio pode ser recomendado para tratar o ressecamento e a atrofia da vagina. Ainda existem controvérsias quanto às vantagens e desvantagens de uma quantidade pequena de estrogênio transdérmico (mais provavelmente um gel ou spray) para atenuar as queixas vulvovaginais. Alguns especialistas acreditam que o gel ou spray transdérmicos sejam mais eficazes que um adesivo e causem menos riscos à saúde. Em nível sistêmico, as mulheres podem ter instabilidade vasomotora significativa secundária à redução dos níveis dos estrogênios e aos aumentos relativos dos outros hormônios, inclusive FSH, LH, GnRH, di-hidroepiandrosterona, androstenediona, epinefrina, corticotrofina, β-endorfina, hormônio do crescimento e peptídeo relacionado com o gene da calcitonina. Essa instabilidade pode causar “fogachos” (ou ondas de calor), palpitações, tontura e cefaleias à medida que os vasos sanguíneos dilatem. Apesar da coexistência com essas alterações bioquímicas, a causa básica dos fogachos é desconhecida. Existem variações substanciais quanto ao início, à frequência, à gravidade e à duração do período em que as mulheres têm ondas de calor. Quando ocorrem à noite e acompanhados de transpiração significativa, os fogachos são descritos como sudorese noturna. Insônia e despertares frequentes em consequência dos sintomas vasomotores podem causar privação de sono. Algumas mulheres podem ter irritabilidade, ansiedade e depressão em consequência dos episódios incontroláveis e imprevisíveis. Além das alterações que acompanham diretamente a cessação da função ovariana, ao longo dos anos ocorrem outras que afetam a saúde e o bem-estar das mulheres pós-menopausa. Entre as consequências da privação crônica de estrogênio estão osteoporose secundária a um desequilíbrio da remodelação óssea (i. e., a reabsorção óssea ocorre a uma taxa mais acelerada que a formação) e aumento do risco de doença cardiovascular (a aterosclerose é acelerada), principal causa da morte de mulheres após a menopausa. Outros riscos potenciais à saúde, que refletem o envelhecimento e a cessação da função ovariana, incluem déficit visual secundário à degeneração macular e disfunção cognitiva çã - Ao longo das últimasquatro décadas, o tratamento de reposição hormonal (TRH) tem sido prescrito com frequência às mulheres na pós-menopausa. Inicialmente, era usado apenas para atenuar os sintomas e depois como profilaxia da osteoporose. Durante a década de 1990, evoluiu à condição de reposição de um hormônio vital perdido em razão da falência dos órgãos endócrinos (menopausa). Esse tratamento era oferecido rotineiramente a todas as mulheres depois da menopausa com base nas evidências crescentes de que trazia efeitos benéficos profiláticos em diversas áreas. Durante esses anos, dados fornecidos por estudos de acompanhamento revelaram redução de 50% nos índices de mortalidade por cardiopatia coronariana (CC) entre as mulheres que se submetiam ao TRH. Outras vantagens atribuídas ao tratamento eram redução dos riscos de disfunção neurocognitiva, perda de densidade óssea e doença periodôntica O tipo de TRH prescrito era determinado pelo útero normal. As mulheres nessa situação recebiam uma combinação de estrogênio e progesterona (EPT), enquanto as pacientes que tinham retirado o útero usavam apenas estrogênio (ET). O acréscimo de progesterona ao TRH era o protocolo estabelecido para mulheres com útero intacto, em vista da associação demonstrada na década de 1970 entre ação desimpedida do estrogênio e desenvolvimento de câncer de endométrio. A ação desimpedida do estrogênio pode resultar no desenvolvimento de hiperplasia endometrial, que, em alguns casos, pode aumentar o risco de câncer de endométrio. O TRH que inclui estrogênio e progesterona não está associado a esse tipo de câncer. Quando administrada a intervalos cíclicos (tratamento sequencial contínuo com estrogênio-progesterona [TSCEP]), a progesterona é acrescentada por 12 a 14 dias para estimular a maturação de qualquer endométrio que tenha sido desenvolvido em resposta ao estrogênio. A interrupção da administração provoca desprendimento do endométrio (i. e., sangramento cíclico). Quando o TRH é usado continuamente, uma dose pequena de progesterona é acrescentada ao esquema diário de estrogênio. Essa exposição contínua à progesterona inibe o desenvolvimento do endométrio. Por fim, o tratamento prolongado combinado com estrogênio e progesterona (TCCEP) não causa sangramento. Contudo, pode estar associado a sangramentos irregulares e manchas de sangue Carla Bertelli – 4° Período até que o revestimento endometrial esteja atrofiado. A prevenção da hiperplasia endometrial por desprendimento do endométrio desenvolvido ou por impedimento de seu desenvolvimento reduz o risco de câncer do endométrio. Hoje em dia, essa proteção é considerada quando se comparam os riscos e os benefícios do TRH. Goldman, Lee e Andrew I. Schafer. Goldman-Cecil Medicina . Disponível em: Minha Biblioteca, (26ª edição). Grupo GEN, 2022. Martins, Mílton de, A. et al. Clínica Médica, Volume 1: Atuação da Clínica Médica, Sinais e Sintomas da Natureza Sistêmica, Medicina Preventiva, Saúde da Mulher, Envelhecimento e Geriatria, Medicina Física e Reabilitação, Medicina Laboratorial na Prática Médica . Disponível em: Minha Biblioteca, (2ª edição). Editora Manole, 2016. Manifestações clínicas e diagnóstico da menopausa. (n.d.). Retrieved November 1, 2022, from https://www.uptodate.com/contents/clinical- manifestations-and-diagnosis-of- menopause?search=climat%C3%A9rio&source=search _result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display _rank=1
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