Estudo Dirigido Osteichthyes-Hadassa de Oliveira-Diurno

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA 
 
 
 
NOME: HADASSA DE OLIVEIRA 
 
Zoologia III – Estudo Dirigido Osteichthyes 
 
01. O que é um ‘peixe” e como podem ser definidos? 
R: Peixes são vertebrados aquáticos que possuem brânquias por onde 
realizam as trocas gasosas, são tipicamente ectotérmicos, possuem o corpo 
fusiforme e membros modificados em nadadeiras ou barbatanas sustentadas 
por raios ósseos ou cartilaginosos e, a maioria possui o corpo coberto por 
escamas. Podem ser definidos como peixes pulmonados, peixes ósseos, 
peixes cartilaginosos e peixes sarcopterígios. 
 
02. Defina um Actinopterygii com base em dois caracteres autapomórficos. 
Faça o mesmo com Teleósteos. 
R: Actinopterygii → peixes com nadadeiras raiadas e sustentadas por raios 
ósseos. Musculatura dos apêndices dentro do corpo e especialização de 
musculatura nas maxilas. 
 
Teleósteos → cecos pilóricos, raios das nadadeiras em número igual aos seus 
elementos de suporte. 
 
03. Quais as funções atribuídas as bexigas natatórias? Qual sua relação com 
os pulmões? 
R: A bexiga natatória é um órgão presente em peixes ósseos que possui a 
função de controlar a flutuabilidade desses peixes, além de que em algumas 
espécies, ela pode ter função de trocas gasosas para a respiração. Sua relação 
com os pulmões é que em alguns peixes, a função de realizar trocas gasosas 
não se dá pela bexiga natatória, uma vez que esses não apresentam pulmões 
e essa estrutura constituída por paredes permeáveis aos gases, atua na 
respiração no lugar dos pulmões. 
 
04. O que são ossículos de Weber e em quais grupos ele ocorre? 
R: Os ossículos de Weber são uma série de pequenos ossos que permitem 
que um grupo de peixes ouça sons de baixa intensidade em uma amplitude de 
frequência muito maior do que outro peixes teleósteos. A recepção desses 
sons inicia-se na bexiga natatória, que ao vibrar, transmite os sons para a 
orelha interna por meio desses ossículos. Esses ossículos ocorrem no grupo 
de ostariofíseos, um gripo de teleósteos que inclui as carpas, os lambaris e 
bagres. 
 
 
05. O que são espécies anádromas e catádromas, cite exemplos. 
R: Espécies anádromas são aquelas que vivem a fase adulta nos mares e 
oceanos, mas passam uma fase da vida em rios, como por exemplo, na época 
de reprodução. Dentre as espécies anádromas estão algumas lampreias e o 
salmão. Já as espécies catádromas são aquelas que vivem o período de vida 
adulto em rios e migram para o mar para se reproduzirem, como é o caso da 
enguia-europeia e o peixe solha-das-pedras. 
 
06. Sobre a circulação dupla, onde (em que grupo taxonômico) ela surgiu e 
qual a importância dela para a evolução dos vertebrados? 
R: A circulação dupla surgiu nos peixes pulmonados e amniotas. Ela é 
importante para a evolução dos vertebrados, uma vez que permite um 
mecanismo independente entre dois circuitos: um contendo sangue 
desoxigenado e outro contendo sangue oxigenado. Por serem independentes, 
podem circular concomitantemente no corpo do animal por vias separadas 
favorecendo o transporte de oxigênio por todo o corpo do animal de forma mais 
efetiva para os animais não aquáticos. 
 
07. Em relação a percepção sonora, quais diferenças são observadas entre 
os vertebrados aquáticos e terrestres, durante este período de transição 
entre ambientes aquáticos e terrestres. 
R: São observadas diferenças no que diz respeito a anatomia e composição 
do ouvido interno nos diferentes animais desse período de transição. 
Apresentando, animais aquáticos com alguns dos teleósteos com a 
especialização por meio dos ossículos de Weber, maior capacitação sonora 
em relação aos outros peixes; já alguns anfíbios como o grupo Urodela, ainda 
não possuem membrana timpânica e possuem a columela e opérculo 
fusionados e pouca sensibilidade auditiva; os anuros, por sua vez, já possuem 
ouvido médio, membrana timpânica, columela, e um ossículo que fica preso à 
membrana timpânica e à parede do sáculo do ouvido, que por sua vez se 
envagina originando uma estrutura chamada lagena que também é importante 
para a audição desses animais. 
 
08. Os teleósteos são o grupo de vertebrados aquáticos com maior riqueza 
(= n. de espécies) entre todos os vertebrados viventes. Comente três 
características que teriam favorecido essa riqueza. 
R: Presença de escamas cicloides e ctenoides, leves, delgadas e flexíveis; 
formato simétrico da cauda homocerca concentrou as contrações musculares 
na cauda, possibilitando maior velocidade; nadadeira dorsal modificada para 
uma estrutura flexível e especializada; refinamento no controle da reabsorção 
e secreção de gás na bexiga natatória; modificação na suspensão das 
mandíbulas criando um aparato de sucção sofisticado; arcos branquiais 
diversificados em mandíbulas faríngeas para mastigar, triturar e moer. 
 
 
 
 
 
09. Em relação à sustentação de um corpo em ambiente aquático e ambiente 
terrestre, quais as principais mudanças envolvidas nesta transição 
água/terra? 
R: As principais mudanças envolvem a substituição das nadadeiras por 
membros articulados, a realocação da posição desses membros para permitir 
a sustentação do corpo, além do surgimento dos dígitos para favorecer o 
equilíbrio e sustentação e do desenvolvimento de articulações e musculaturas 
que favoreçam o movimento de andar desses animais. 
 
10. Construa um cladograma que represente as relações filogenéticas entre 
os seguintes terminais: Dipnoi, Panderichthys, Tiktaalik, Ichthyostega, 
Acanthostega, Actinistia, Osteolepiformes e Tetrapoda na evolução dos 
tetrápodes, citando pelo menos uma sinapomorfia para cada clado 
formado. (Leia pág. 11, 197 a 200 de “a vida dos vertebrados”) 
Texto: Sarcopterygii: conquista do meio terrestre Amphibia. Trajano. USP 
sites: http://evolution.berkeley.edu/evolibrary/article/evograms_02 
http://pergunte.evolucionismo.org/post/140901249306 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Temnospondyli 
https://netnature.wordpress.com/2018/04/17/a-historia-evolucionariados-
tetrapodes-porque-o-tiktaalik-roseae-e-tao-importante/ 
 
R: 
 
 
 
 
Sinapomorfias: a- Caixa craniana dividida por uma articulação transversal em 
dobradiça no topo do crânio, centros vertebrais delgados e notocorda 
http://evolution.berkeley.edu/evolibrary/article/evograms_02
http://evolution.berkeley.edu/evolibrary/article/evograms_02
http://evolution.berkeley.edu/evolibrary/article/evograms_02
http://pergunte.evolucionismo.org/post/140901249306
http://pergunte.evolucionismo.org/post/140901249306
http://pergunte.evolucionismo.org/post/140901249306
https://pt.wikipedia.org/wiki/Temnospondyli
https://pt.wikipedia.org/wiki/Temnospondyli
https://netnature.wordpress.com/2018/04/17/a-historia-evolucionaria-dos-tetrapodes-porque-o-tiktaalik-roseae-e-tao-importante/
https://netnature.wordpress.com/2018/04/17/a-historia-evolucionaria-dos-tetrapodes-porque-o-tiktaalik-roseae-e-tao-importante/
https://netnature.wordpress.com/2018/04/17/a-historia-evolucionaria-dos-tetrapodes-porque-o-tiktaalik-roseae-e-tao-importante/
https://netnature.wordpress.com/2018/04/17/a-historia-evolucionaria-dos-tetrapodes-porque-o-tiktaalik-roseae-e-tao-importante/
https://netnature.wordpress.com/2018/04/17/a-historia-evolucionaria-dos-tetrapodes-porque-o-tiktaalik-roseae-e-tao-importante/
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https://netnature.wordpress.com/2018/04/17/a-historia-evolucionaria-dos-tetrapodes-porque-o-tiktaalik-roseae-e-tao-importante/https://netnature.wordpress.com/2018/04/17/a-historia-evolucionaria-dos-tetrapodes-porque-o-tiktaalik-roseae-e-tao-importante/
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proeminente, cauda dificerca, lobo carnoso na segunda dorsal e anal e 
escamas com cristas longitudinais. 
b- Pulmão, circulação dupla e nadadeiras pares lobadas. 
 
c- Capa completa de esmalte “verdadeiro” nos dentes, dentição labirintodonte, 
costelas que se projetam ventralmente a partir da coluna e não dorsalmente. 
 
d- Osso de um membro grande articulado a dois ossos menores, narina 
conectada à boca, perda das nadadeiras dorsal e anal. 
 
e- Cotovelos que sustentam o peso, pescoço e pulso dobrado, perda de ossos 
cranianos. 
 
f- Membros anteriores e posteriores com dígitos, pélvis anexada ao resto do 
esqueleto, perda das escamas ósseas espessas que cobriam o dorso, perda 
das brânquias e barbatana caudal reduzida. 
 
11. Comente as hipóteses que explicariam evolução de um animal vertebrado 
aquático para a ocupação do ambiente terrestre? 
R: A hipótese clássica que apresenta explicações sobre a evolução de um 
vertebrado aquático para a ocupação do ambiente terrestre defende a ideia de 
que condições climáticas foi o que impulsionou essa evolução, por meio de 
estiagens sazonais durante o devoniano. Com isso, alguns animais poderiam 
ter ficado presos em lagoas/brejos na seca e com o passar do tempo 
desenvolveram membros que os possibilitassem rastejar até outro lago, 
tornando crescente a habilidade terrestre. 
Já outra hipótese, denominada ecológica, sugere que por necessidade de fugir 
de predadores, as formas juvenis de alguns animais aquáticos tenham passado 
a ocupar águas rasas. Por conta disso, ao longo do tempo, começaram a 
desenvolver membros que favorecessem o rastejamento em vegetação e que 
os proporcionasse a levantar para facilitar a respiração. Dessa foram, essas 
espécies teriam iniciado a ocupação de nichos vagos nos ecossistemas 
terrestres. 
 
12. Cite e comente cinco sinapomorfias de Lissamphibia; R: 
1. Respiração cutânea, pulmonar, branquial ou bucofaringeana → 
presente pelo menos três tipos simultâneos em qualquer fase da vida. 
 
2. Sistema de papilas da orelha interna → sensível a frequências menores 
que 1000Hz. 
 
3. Complexo operculum-columella → ossos envolvidos na transmissão de 
sons do tímpano e vibrações do solo para a orelha interna. 
 
4. Bastonetes verdes → suplementam a atividade dos cones captando luz 
de intensidade intermediária ou baixa. 
 
5. Dentes pedicelados → coroa de pedicelo compostos por dentina não 
calcificada ou por tecido conjuntivo fibroso. 
 
13. Comente a frase “os anfíbios foram os primeiros vertebrados a ocuparem 
o ambiente terrestre”. 
R: Essa afirmativa é parcialmente verdadeira. Pois os anfíbios que essa 
afirmativa se refere, não são os anfíbios modernos mais conhecidos, mas sim, 
os tetrápodes na fase inicial, na época do Devoniano e após o 
desaparecimento desses animais que começou a surgir a linhagem dos 
anfíbios atuais. Sendo assim, para considerarmos essa frase correta, é 
necessário assumir que o termo “anfíbios” está fazendo referência a esses 
antigos animais, já extintos. 
 
14. Se o desenvolvimento indireto é importante para os anfíbios, por que 
tantas espécies de anfíbios atuais perderam o estágio larval? 
R: Pois, apesar do desenvolvimento indireto ser importante e ter suas 
vantagens, ele também possui desvantagens como a competição e predação. 
Girinos possuem maior vulnerabilidade do que o indivíduo já mais desenvolvido 
e isso faz com que a competição pela sobrevivência no ambiente em que 
eclodiram dos ovos e também a susceptibilidade à predadores é maior. 
 
15. Compare as três Ordens de Lissamphibia quanto a forma de comunicação 
e percepção do meio. 
R: 
1. Urodela → Presença de sulcos nasolabiais que proporcionam um 
reconhecimento a químico do alimento, de parceiros e de intrusos no 
território. 
 
2. Gymnophiona → tentáculos no focinho que ajudam na percepção do 
meio, não possui olhos. 
 
3. Anura → vocalização é a principal forma de comunicação e são 
utilizados para atrair fêmeas, afugentar competidores sexuais e 
predadores. 
 
16. A neotenia é uma característica comum em anfíbios. Defina neotenia e 
indique em quais grupos ela ocorre. 
R: Neotenia é o processo evolutivo e que o desenvolvimento do organismo é 
mais lento em relação à maturação sexual, ou seja, um indivíduo atinge a 
maturidade sexual, mas ainda possui características morfológicas de um 
préadulto ou estágio larval. Ela ocorre nos grupos de Urodela 
 
17. Quais as principais diferenças reprodutivas entre as três Ordens (ou 
grupos) de anfíbios viventes. 
R: 
1. Urodela → fertilização pode ser externa com ovos e larvas aquáticos; 
ou a fertilização pode ser interna com ovos e larvas aquáticas ou ovos 
terrestres e larvas aquáticas, ou ovos terrestres e larvas terrestres, ou 
ovos terrestres com desenvolvimento direto, ou ainda os ovos podem 
ser retidos nos ovidutos (viviparidade). Em algumas famílias aquáticas 
a fecundação é externa e sem espermatóforo e nas demais, é interna e 
com transferência de espermatóforos. O reconhecimento intersexual é 
por meio de sinais de corte e feromônios. 
 
2. Gymnophiona → procura por parceiros por produção de feromônios; uso 
dos tentáculos sensoriais e olfato para recepção do parceiro; contato 
para a cópula; fecundação interna e a externa é desconhecida; vivíparos 
ou ovíparos e algumas espécies põem ovos e os incubam; o embrião 
nos ovos pode se desenvolver de forma direta ou indireta e os ovos são 
terrestres; no caso dos vivíparos, os juvenis podem ser terrestres com 
desenvolvimento direto ou aquáticos com desenvolvimento indireto; 
 
 
3. Anura → vocalização como principal modo de atração das fêmeas, os 
hormônios associados a ovulação sensibilizam as células do sistema 
auditivo. Fecundação externa, por meio do sistema amplexo e 
fecundação interna por meio de cópula. A fecundação interna pode ter 
desenvolvimento por oviparidade ou viviparidade, enquanto que na 
fertilização externa os ovos podem ser aquáticos, terrestres ou arbóreos 
e se desenvolverem de forma direta ou indireta, com diversas variações 
de ciclos. 
 
18. Entre as ordens viventes de anfíbios existe uma grande diferença no 
número de espécies, com os anuros apresentando a maior riqueza 
conhecida. Baseado no que se conhece das três Ordens (Anura, Urodela 
e Gymnophiona) comente até três caracteres que podem ter beneficiado 
os anuros a termaior sucesso evolutivo; 
R: 
1. Diversas formas de locomoção → podem saltar com movimentos 
simultâneos das pernas traseiras, nadar com movimentos simultâneos 
ou alternando as pernas e andar ou escalar com movimentos alternados 
das pernas. Proporcionado pela sua morfologia especializada. 
 
2. Olhos grandes olhos localizados rostralmente na cabeça, permitindo 
uma visão binocular. 
 
3. Diversidade das formas de reprodução. 
 
4. Capacidade de produção de venenos.