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Higiene e Inspeção do Ovo Legislação base para inspeção de ovos. Decreto 9.013/2017 RIISPOA – atualizado pelo decreto 10.468/2020. Portaria 1, de 21 de fevereiro de 1991 –normas gerais da inspeção de ovos e derivados. Resolução CIPOA nº 5, 05 de julho de 1991 –padrão de identidade e qualidade de ovo integral. •Ovo: art. 218, 219 e 453, RIISPOA, 2017. -O termo ovo é o de galinha em casca. -Ovos de outras espécies, especificar outras espécies (exemplo: ovo de peru; ovo de codorna) Art. 219: ➤Estabelecimento é responsável por garantir a identidade, qualidade e a rastreabilidade dos ovos, desde sua obtenção na produção primária até a recepção no estabelecimento, incluindo transporte. §1º O estabelecimento que recebe ovos oriundos da produção primária deve possuir cadastro atualizado de produtores. §2º O estabelecimento que recebe ovos da produção primária é responsável pela implementação de programas de melhoria da qualidade da matéria-prima e de educação continuada dos produtores. Art. 223 abrange os seguintes procedimentos: ➜Apreciação geral do estado de limpeza e integridade da casca. ➜Exame de ovoscopia (faz parte da inspeção). ➜Classificação dos ovos. ➜Verificação das condições da higiene e integridade da embalagem. Granja avícola (art. 20): -Destinada a produção, à ovoscopia, classificação, ao acondicionamento, rotulagem, armazenamento, expedição de ovos. -Esses ovos devem ser exclusivamente de sua própria produção e destinados à comercialização direta. -Pode vender para unidades de beneficiamento. (mas com isso eles deixam de ser granja) -Registro junto ao Serviço Oficial de Saúde Animal – Art. 222 RIISPOA/2017. Usina de beneficiamento (art. 20): -Destinada a produção, recepção, ovoscopia, classificação, industrialização, acondicionamento, rotulagem, armazenamento, expedição de ovos e derivados. -Pode apenas receber ovos e expedir ovos, não é obrigatório produzir derivados. *Aqui os produtores vendem seus ovos para a usina. O ovo que não passa pela usina de beneficiamento pode estar podre. Ovoscopia (art. 45): é realizada por veterinários e funcionários Avaliação: → Forma. → Textura. → Sujidades. → Ruptura ou trincas. → Tamanho da câmara de ar. → Gema dupla. → Manchas. -Principais alterações: ✓ Trincado. ✓ Fungo. ✓ Ruptura de gema. ✓ Manchado de sangue. ✓ Anel de sangue. ✓ Contaminação externa. ✓ Contaminação mista. ✓ Fecundação. Ovo fresco (art. 221): ➜Não conservados por qualquer processo. ➜Classificação em categorias A e B. ➜Classificação por peso. Ovo categoria A (art. 225): ✓ Casca e cutícula: Forma normal, lisa, limpa e intactas. ✓ Câmara de ar: Altura máxima de 6mm e imóvel. ✓ Gema: Visível a ovoscopia, somente sob a forma de sombra, com contorno aparente, movendo-se ligeiramente em caso de rotação do ovo, mas regressando à posição central. ✓ Clara límpida e translúcida: Sem manchas, turvação e com as calazas intactas. ✓ Cicatrícula: Desenvolvimento imperceptível. Classificação por peso (RTIQ): Pequeno (peso entre 45g e 49g por unidade). Médio (peso entre 50g e 54g por unidade). Grande (peso entre 55g e 59g por unidade). Extra (peso entre 60g e 65g por unidade). Jumbo (peso mínimo de 66g por unidade). Industrial (peso abaixo de 45g por unidade). Características da qualidade do ovo: -Externas: Peso, forma, características da casca. -Internas: Grau de frescor. Peso: ➢ Não é uma característica genética. ➢ No segundo ano de postura da ave os ovos tendem a ser 10-15% mais pesados no segundo de postura da ave. ➢ Melhoramento genético para aumentar o peso do ovo e não cause sobrecarga do aparelho reprodutor. ➢ Altas temperaturas, enfermidades, carência de aporte proteico e hídrico interferem no peso do ovo. Forma: ➢ Elíptica típica. ➢ Característica marcadamente genética. ➢ Formas anormais favorecem danos mecânicos durante transporte e embalagem. Casca: ➢ Lisa, homogênea, sem saliências, rugas ou qualquer defeito. ➢ Diferenças de transparência são consideradas normais e resultantes de distribuição irregular de umidade. Alterações da casca: Falta de casca ou constituição anormal. Ovos refugos: casca deformada e conteúdo normal. Envelhecimento do ovo: características de um ovo velho ➢ Gema pouco proeminente. ➢ Liquefação da clara. ➢ Desestabilização da clara. ➢ Na ovoscopia descentralização da gema e aumento da câmara de ar. Alterações na qualidade do ovo: Perda de água por evaporação: Alterações das atividades enzimáticas próprias e aumento da atividade microbiana. Aumento da câmara de ar: Redução específica do ovo (ovo vai boiar quando submerso em água. -Ação enzimática: Concentração de componentes (amoníaco e fosfatos hidrossolúveis), alteração de sabor e alteração das estruturas morfológicas (clara mais fluida). -Perda de CO2 através de poros: pH tende a valores alcalinos. -Redução turgidez da gema: Descentralização e desligamento das calazas. -Redução das propriedades antimicrobianas: Aumento da ocorrência de multiplicação microbiana. Ovos impróprios para consumo (art.500): Gema aderente a casca, gema rompida, manchas escuras ou de sangue alcançando a clara, presença de embrião com mancha orbitária ou adiantando estado de desenvolvimento. / Mumificação ou estejam secos por outras cascas. / Podridão vermelha, escura ou branca. / Contaminação por fungos, externa ou interna. / Sujidades externas por materiais estercorais ou tenham tido contato com substâncias capazes de transmitir odores ou sabores estranhos. / Rompimento da casca, das membranas e estejam sujos. / Ovos submetidos a incubação. •Ovo na categoria B: -Considerados inócuos (que não causam prejuízo a saúde), mas não se enquadrem na categoria A. -Apresentarem manchas sanguíneas pequenas e pouco numerosas na clara e na gema. -Serem provenientes de estabelecimentos avícolas de reprodução que não foram submetidos ao processo de incubação. -Esses ovos não podem ir a consumo direto, apenas para derivados de ovos. Derivados de ovos (art. 352): ➜Obtido após eliminação da casca e membranas. ➜Pasteurização. ➜Podem ser líquidos, concentrados, desidratados liofilizados, resfriados, congelados, ultracongelados, coagulados. ➜Podem se apresentar de outras formas utilizadas como alimento seguindo as normas do DIPOA. Pasteurização: ➤Pasteurizadores de placas. ➤Rigorosamente atingir tempo e temperatura para cada produto a ser processado. ➤Segurança sanitária. ➤Clara de ovo: 56,7ºC/ 3,5 minutos ou 55,5ºC/ 6,0 minutos. ➤Ovo integral: 60,0ºC/ 3,5 minutos. ➤Misturas com ovo integral (98% ovo):61,0ºC/ 3,5 minutos. -Ovo integral salgado: 63,5ºC/ 3,5 minutos. -Ovo integral doce: 61,0ºC/ 3,5 minutos. -Gema pura: 61,0ºC/ 3,5 minutos ou 60,0ºC/ 6,2 minutos. -Gema doce: 63,5ºC/ 3,5 minutos ou 62,0ºC/ 6,2 minutos. -Gema salgada: 63,5ºC/ 3,5 minutos ou 62,0ºC/6,2 minutos. Critérios de julgamento e destinação de ovos (art. 227 e 228): ➜Ovos trincados ou quebrados, mas que mantém membrana testácea intacta são destinados a industrialização tão rapidamente quanto possível. ➜É proibida a utilização e lavagem de ovos sujos e trincados para a fabricação de derivados dos ovos. Pontos importantes de controle da inspeção (art. 229, 230 e 232): ➜Ovos destinados à produção de derivados devem ser lavados e secados previamente à quebra. ➜Os ovos devem ser armazenados e transportados em condições que minimizem as variações de temperatura. ➜Os aviários, as granjas e as outras propriedades avícolas nas quais estejam, grassando doenças zoonóticas com informações comprovadas pelo serviço oficial de saúde animal não podem destinar sua produção de ovos ao consumo na forma que se apresenta. ➜Apreciação geral do estadode limpeza/integridade da casca. ➜Ovoscopia. ➜Classificação dos ovos. ➜Verificação das condições de higiene e integridade da embalagem. Agentes frequentes envolvidos com doenças por ovos: -Salmonella spp. -Escherichia coli. -Shigella spp. -Yersinia spp. -Entre outros agentes. -Programas nacionais de sanidade e biosseguridadede alimentos. Atribuições técnicas do médico veterinário em usinas de beneficiamento: ↪Criar facilidades para o serviço oficial realizar a inspeção. ↪Garantir que o estabelecimento disponha de água potável e equipamentos de tratamentos de água. ↪Orientar a iluminação e ventilação atendendo as necessidades de funcionamento. ↪Orientar quanto ao controle de insetos e roedores. ↪Orientar que o estabelecimento tenha os equipamentos necessários para ovoscopia, classificação dos ovos e encaminhamento de amostras para exames laboratoriais. ↪Orientar para que todos os produtos do estabelecimento sejam acompanhados por certificados sanitários e transportados em veículos apropriados. ↪Controlar a temperatura nas câmaras frias. ↪Emitir documento que ateste a qualidade dos ovos. ↪Emitir documento que atestem a padronização dos ovos para consumo. •Ovos lavar ou não lavar: -Ovo deve ser lavado antes da quebra industrial e processamento. -Não devem ser lavadas para a conservação em casca (lavar apenas quando for usar) -Óleo mineral na produção. (após a lavagem ele recebe uma camada de óleo mineral.)
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