Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ALM/FAFAR/UFMG Disciplina: Bromatologia - ALM027 Curso: Farmácia - 5º período Alimentos Funcionais Revisão: 01/2018 Profa. Lucilene Rezende Anastácio Histórico Conceitos Legislação Fibras Ômega 3 Carotenóides Fitoesteróis Polióis Proteína de soja Prebióticos Probióticos Compostos fenólicos O que são? Para quê servem? ˝alimentos funcionais˝ ALEGAÇÕES NÃO PERMITIDAS Introduzido no Japão Meados dos anos 1980 Referência a Alimentos designados ˝para uso específico de saúde˝ o FOSHU: foods for specified health use Trazem selo de aprovação do Ministério da Saúde japonês Alimentos usados como parte de uma dieta normal que demonstram benefícios fisiológicos ou reduzem o risco de doenças crônicas, além de suas funções básicas nutricionais Rosa COB, Costa NMB. Alimentos funcionais: histórico, legislação e atributos. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2ª. Ed: Rio de Janeiro, 2016 American Dietic Association (ADA) Alimentos fortificados e modificados = funcionais o Efeitos potencialmente benéficos sobre a saúde quando consumidos como parte de uma dieta variada, em níveis efetivos Propriedade funcional atribuída a um alimento Jurisdições estrangeiras Canadá, EUA, União Europeia e Austrália Definições de gêneros alimentícios que contêm ingredientes naturais que atuam para melhorar certas vias metabólicas É aquela relativa a ação metabólica ou fisiológica em que a substância (podendo ser nutriente ou não), presente no alimento, tem no crescimento, desenvolvimento, na manutenção e em outras funções normais no organismo Rosa COB, Costa NMB. Alimentos funcionais: histórico, legislação e atributos. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2ª. Ed: Rio de Janeiro, 2016 Países Definições de alimentos funcionais Canadá (Health Canad) Componentes alimentares que trazem benefícios fisiológicos comprovados ou reduzem o risco de doença crônica, além de suas funções nutritivas básicas. Um alimento funcional é semelhante a uma alimento convencional e seus componentes ativos estão presentes naturalmente no alimento EUA (Insitute of Food Thechnologists) Alimentos e componentes alimentares que, além da nutrição básica, trazem benefício à saúde (para população desejada). Essas substâncias fornecem nutrientes essenciais muitas vezes além da quantidade necessária para manutenção, crescimento e desenvolvimento normais e/ou outros componentes biologicamente ativos que trazem benefícios de saúde ou têm efeitos fisiológicos desejáveis Japão (Japanese Department of Health) Alimentos que, com base no conhecimento acerca da relação entre alimento e seus componentes e saúde, podem trazer certos benefícios à saúde; recebem um selo de certificação que garante aos indivíduos que deles fazem uso um benefício específico para a saúde União Europeia (European Comission, Health and Consumer Protection) Alimento que, além do seu valor nutritivo, comprovadamente beneficia uma ou várias funções do organismo, de modo a melhorar o estado de saúde e bem−estar dos indivíduos e/ou reduzir o risco de doença Austrália (National Center of Excellence in Functional Foods) Alimentos que correspondem às demandas dos consumidores em relação à saúde geral e ao bem−estar e previnem ou revertem as condições que comprometem a saúde Apenas no Japão a expressão ˝alimento funcional˝ é definida por lei Legislação brasileira não define ˝alimento funcional˝ Mas avalia a aprova Estabelece diretrizes para o Utilização o Condições de registro para os alimentos com alegação de propriedade funcional e/ou de saúde Alegação de propriedade funcional • Papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente desempenha no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano Alegação de propriedade de saúde • Afirma, sugere ou implica a existência de relação entre o alimento ou ingrediente e uma doença ou condição relacionada com a saúde Rosa COB, Costa NMB. Alimentos funcionais: histórico, legislação e atributos. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2ª. Ed: Rio de Janeiro, 2016 1999 • Portaria n. 15 • Comissão técnico−científica de Assessoramento em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos • Subsidiar Diretoria de Alimentos e Toxicologia Posteriormente CTCAF foi alterada para: • Comissão de Assessoramento Tecnocientífico em Alimentos com alegação de propriedade funcional em Alimentos com alegação de propriedade funcional e/ou de saúde e novos alimentos Rosa COB, Costa NMB. Alimentos funcionais: histórico, legislação e atributos. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2ª. Ed: Rio de Janeiro, 2016 Princípios que norteiam as ações da CTCAF são Avaliação de segurança e análise de risco com base em critérios científicos Avaliação da eficácia da alegação com base em evidências científicas Não definir alimento funcional, e sim aprovar alegações de propriedade funcional de alimentos Avaliação caso a caso, com base em conhecimentos científicos atuais A empresa é responsável pela comprovação da segurança do produto e da eficácia da alegação Rosa COB, Costa NMB. Alimentos funcionais: histórico, legislação e atributos. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2ª. Ed: Rio de Janeiro, 2016 Princípios que norteiam as ações da CTCAF são As alegações devem estar em consonância com as diretrizes das Políticas de Saúde do Ministério da Saúde o Ex. PNAN (Política Nacional de Alimentação e Nutrição) e Política de Promoção da Saúde Decisões já tomadas podem ser reavaliadas com base em novas evidências científicas As alegações não podem fazer referência à prevenção, tratamento ou cura de doenças o Decreto de lei n°986/1969, o item 3.5 da RDC 18/1999 e o item 3.1 da RDC 259/2002 As alegações devem ser de fáceis entendimento e compreensão pelos consumidores Rosa COB, Costa NMB. Alimentos funcionais: histórico, legislação e atributos. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2ª. Ed: Rio de Janeiro, 2016 • Regulamento técnico de procedimentos de registro de alimentos e/ou novos ingredientes RDC 16 de 30 de abril de 1999 • Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as Diretrizes Básicas para a Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos RDC 17 de 30 de abril de 1999 • Diretrizes básicas para análise e comprovação de propriedades funcionais e ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos RDC 18 de30 de abril de 1999 • Aprova o regulamento técnico de procedimentos para registro de alimento com alegação de propriedades funcionais e ou de saúde em sua rotulagem RDC 19 de30 de abril de 1999 São aprovadas para o produtos final que contenha Ingredientes ou componentes dos alimentos Nutriente ou não nutriente do alimento relacionados à propriedade funcional e/ou de saúde Alegação de propriedade funcional descrever o papel fisiológico do nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento e nas funções normais do organismo Alegações de propriedade de saúde referência à manutenção geral da saúde e à redução do risco de doenças Alimentos Com Alegações de Propriedades Funcionais e ou de Saúde. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/alimentos/alegacoes. Atualizado em: 22/12/2016 http://portal.anvisa.gov.br/alimentos/alegacoes É necessário que conste Denominação do produto Consumo previsto ou recomendado pelo fabricante Finalidade, condições de uso e valor nutricional, quando for o caso Evidências científicas aplicáveis, conforme o caso, à comprovação de eficácia da alegação o Descrição científica dos ingredientes o Descrição do método analítico para avaliação dos componentes objetos da alegação o Composiçãoquímica com caracterização molecular, quando for o caso, e/ou formulação do produto o Ensaios bioquímicos o Ensaios nutricionais, fisiológicos e/ou toxicológicos em animais de experimentação o Estudos epidemiológicos o Ensaios clínicos o Evidências abrangentes da literatura científica, órgãos internacionais de saúde e legislação internacionalmente reconhecida de propriedades e características do produto o Comprovação de uso tradicional, observado na população, sem associação de dano à saúde Informações documentadas sobre aprovação de uso do alimento ou ingrediente em outros países, blocos econômicos, Codex Alimentarius e outros órgãos internacionais As alegações de propriedade funcional e de saúde devem estar baseadas em ensaios clínicos conduzidos com metodologia adequada ou em estudos epidemiológicos. Os resultados desses estudos devem demonstrar, de forma consistente, a associação entre o alimento ou seu constituinte e o efeito benéfico à saúde, com pouca ou nenhuma evidência em contrário. É fundamental que a substância ou constituinte para o qual é feita a solicitação de alegação comprovadamente possua a mesma especificação daquela utilizada nos estudos apresentados. Estudos em modelos animais, ex vivo ou in vitro, podem ser apresentados como informações de suporte para a relação proposta, mas não são suficientes para substanciar qualquer tipo de alegação. Alimentos Com Alegações de Propriedades Funcionais e ou de Saúde. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/alimentos/alegacoes. Atualizado em: 22/12/2016 http://portal.anvisa.gov.br/alimentos/alegacoes ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADE FUNCIONAL: é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADE DE SAÚDE: é aquela que afirma, sugere ou implica a existência de relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde Alegação de propriedade funcional RDC 18/1999 Alegação de propriedade funcional ✓ Permitida em caráter opcional ✓ O alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais ou de saúde pode, além de funções nutricionais básicas, quando se tratar de nutriente, produzir efeitos metabólicos e ou fisiológicos e ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica ✓ São permitidas alegações de função e ou conteúdo para nutrientes e não nutrientes, podendo ser aceitas aquelas que descrevem o papel fisiológico do nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento e funções normais do organismo, mediante demonstração da eficácia. RDC 18/1999 Alegação de propriedade funcional ✓ No caso de uma nova propriedade funcional, há necessidade de comprovação científica da alegação de propriedades funcionais e ou de saúde e da segurança de uso, segundo as Diretrizes Básicas para Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos ✓ As alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, ao papel fisiológico dos nutrientes e não nutrientes e à redução de risco a doenças. Não são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura ou prevenção de doenças RDC 40/2000 Alegação de propriedade funcional ✓ No caso de uma nova propriedade funcional, há necessidade de comprovação científica da alegação de propriedades funcionais e ou de saúde e da segurança de uso, segundo as Diretrizes Básicas para Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos ✓ As alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, ao papel fisiológico dos nutrientes e não nutrientes e à redução de risco a doenças. Não são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura ou prevenção de doenças RDC 40/2000 QUAIS ALIMENTOS VOCÊS JÁ VIRAM QUE FAZEM ALEGAÇÕES DE PROPRIEDADE FUNCIONAL E/OU DE SAÚDE? SUPLEMENTO ALIMENTAR produto para ingestão oral, apresentado em formas farmacêuticas, destinado a suplementar a alimentação de indivíduos saudáveis com nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos, isolados ou combinados. RDC 240, 2018 Data: Quarta-feira 31 de outubro de 2018 às 14:00 Local: Auditório Aluísio Pimenta, Faculdade de Farmácia da UFMG Av. Presidente Antônio Carlos, 6627 - Campus Pampulha Evento gratuito. Vagas limitadas. Não é necessário inscrição prévia. Informações: lucilene@farmacia.ufmg.br Seminário: Simone de Oliveira Reis Rodero Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária Gerência Assistente da Avaliação de Riscos e Eficácia Gerência Geral de Alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Realizaçã o: Apoio: Alegação de propriedade funcional ✓ Alegações permitidas Anvisa. Alegações de propriedade funcional e de saúde. 14 de março de 2016. Disponível em: Acesso em:http://portal.anvisa.gov.br/ EPA e DHA •O consumo de ácidos graxos ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis Fibras •As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis Beta glucano •Este alimento contém beta glucana (fibra alimentar) que pode auxiliar na redução do colesterol. Seu consumo deve estar associado à uma alimentação equilibrada e baixa em gorduras saturadas e a hábitos de vida saudáveis Alegação de propriedade funcional ✓ Alegações permitidas Anvisa. Alegações de propriedade funcional e de saúde. 14 de março de 2016. Disponível em: Acesso em:http://portal.anvisa.gov.br/ Zeaxantina • A zeaxantina tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Licopeno • O licopeno tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis Luteína • A luteína tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis Alegação de propriedade funcional ✓ Alegações permitidas Anvisa. Alegações de propriedade funcional e de saúde. 14 de março de 2016. Disponível em: Acesso em:http://portal.anvisa.gov.br/ Dextrina resistente • As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis FOS • Os frutooligossacarídeos – FOS (prebiótico) contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Goma guar • (parcialmente hidrolizada) As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis Alegação de propriedade funcional ✓ Alegações permitidas Anvisa. Alegações de propriedade funcional e de saúde. 14 de março de 2016. Disponível em: Acesso em:http://portal.anvisa.gov.br/ Inulina • A inulina (prebiótico) contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis Lactulose • A lactulose auxilia o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis Polidextrose • As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis Alegação de propriedade funcional ✓ Alegações permitidas Anvisa. Alegações de propriedade funcional e de saúde. 14 de março de 2016. Disponível em: Acesso em:http://portal.anvisa.gov.br/ Phisilium • Psillium (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de gordura. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibradae hábitos de vida saudáveis Quitosana • A quitosana auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis Fitoesteróis • Os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis Alegação de propriedade funcional ✓ Alegações permitidas Anvisa. Alegações de propriedade funcional e de saúde. 14 de março de 2016. Disponível em: Acesso em:http://portal.anvisa.gov.br/ Polióis • Manitol / Xilitol / Sorbitol não produz ácidos que danificam os dentes. O consumo do produto não substitui hábitos adequados de higiene bucal e de alimentação Probióticos • A alegação de propriedade funcional ou de saúde deve ser proposta pela empresa e será avaliada, caso a caso, com base nas definições e princípios estabelecidos na Resolução n. 18/1999. Soja • O consumo diário de no mínimo 25 g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis". Alegações não permitidas portal.anvisa.gov.br FIBRAS Não é digerida pelas enzimas digestivas de humanos Capaz de promover diversos benefícios em virtude de Características de solubilidade, fermentabilidade e viscosidade o Perda de peso e obesidade o glicemia pós-prandial o constipação o risco de doenças cardiovasculares o Crescimento de micro-organismos benéficos Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. Promove Saciedade Aumenta trânsito intestinal Reduz colesterol Torna lenta a absorção de glicose Baseadas nas técnicas analíticas e características nutricionais/fisiológicas Codex Alimentarius Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. Polímeros de carboidratos de três ou mais unidades monoméricas que não são hidrolisados pelas enzimas no intestino delgado Disponíveis em alimentos Ex. celulose, hemicelulose, betaglucano, pectina, gomas, mucilagens Obtidos de matérias cruas por extração Ex. amido quimicamente modificado, dextrinas resistentes, goma guar, goma arábica Sintéticos Ex. Polidextrose, metilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose Anvisa, portaria n. 41/1998 Material comestível de origem vegetal que não é hidrolisado pelas enzimas no trato digestório humano Determinado analiticamente pelo métodos enzimático- gravimétrico Importância Conhecer seu papel fisiológico o Aplicação e utilização: clínica e indústria de alimentos Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. Falta de consenso entre as definições Nem toda fibra é carboidrato – lignina (polifenol) Nem toda fibra é de origem vegetal – quitina e quitosana (estrutura da carapaça de crustáceos e de leveduras) Classificação por efeitos fisiológicos • Celulose • Algumas Hemiceluloses • Lignina Insolúveis Não viscosas Parcialmente fermentáveis • Pectinas • Gomas • Mucilagens • Beta glucano Solúveis Viscosas Fermentáveis • Frutooligossacarídeo (FOS) • Inulina • Oligossacarídeos Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. Naturalmente presente em Processamento interfere na quantidade de fibras Cereais Frutas e hortaliças Leguminosas Oleaginosas Farinha de trigo refinada 2,5g/100g Farinha de trigo integral 12,0g/100g Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. Ingestão adequada (Instituto de Medicina, 2002) Baseada em estudos epidemiológicos prospectivos o Correlacionaram consumo de fibras e incidência de doenças cardiovasculares Independente da etapa de vida ou estado fisiológico Ex. Necessidade de 2.000kcal = 28g de fibras ANVISA (RDC 360/2002) 14 g/1.000 kcal 25g/dia 1 concha média cheia de feijão (140g) 50% caldo = 6g de fibra 2 colheres de servir de arroz integral (90g) = 2,4 g de fibra 1 unidade de caqui (100g) = 6,5g de fibra 1 unidade de goiaba (170g) = 10,7 g de fibra 1 unidade de laranja (140g) = 5,6 g de fibra 1 unidade de tomate (110g) = 2,5g de fibra 1 cenoura pequena (55g) = 2,0g de fibra 1 folha de couve (20g) = 0,5g de fibra 3 colheres de sopa de aveia (40g) = 3,6 g de fibra Fo n te :T A C O ,2 01 1. Farinha de banana verde 10g = 1,1g de fibra Chia 10g = 3,8g de fibra Farinha da casca de maracujá 10g = 6,6 g de fibra Farinha da soja 10g = 2,0 g de fibra Farinha de linhaça 10g = 2,7 g de fibra 1 sachê (5,85 g) = 3,3 g de fibra Fo n te :T A C O ,2 01 1. U SD A . Bem vital Fibras FOS R$56,20/250g Bem Vital Multifibras Fibra de trigo (celulose e hemicelulose), FOS e inulina. R$61,85/300g Fiber Mais Goma Guar Parcialmente Hidrolisada e Inulina. 10g = 8,6g R$68,56/260g Tamarine Fibras Inulina, Polidextrose e FOS. R$98,18/260g Nova Fibra Inulina, Polidextrose e FOS. R$133,0/225g Dietas pobres em fibras podem estar associadas Constipação intestinal Diverticulose Câncer do intestino grosso Diabetes mellitus Obesidade Doenças coronarianas Indivíduos que consomem grandes quantidades de fibra Menor risco de desenvolverem o Doenças cardiovasculares, acidente vascular encefálico, hipertensão, diabetes mellitus, obesidade Possuem melhor o Perfil lipídico e pressão arterial, perda de peso e menor incidência de distúrbios gastrointestinais Consumo de fibra alimentar consumo de outros componentes da dieta Dificuldade em se estabelecer relação clara entre o consumo unicamente de fibra e a incidência dessas enfermidades Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60.c Fermentação das fibras Implicados em muitos dos efeitos fisiológicos das fibras Fibras AGCC: ácidos graxos de cadeia curta Propionato ButiratoAcetato Baixo consumo de fibras Associado à constipação intestinal o Material fecal firme e duro Difícil de ser eliminado Provoca sangramento Desenvolvimento de varizes (hemorroidas) Contribui pouco para o peristaltismo Pode contribuir para formação de divertículos Diverticulose Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60.c Martinês AP, Azevedo GR. Tradução, adaptação cultural e validação Bristol Stool Form Scale para população brasileria. Rev Latino Americana de Enfermagem v20, n.3, p. 17. 2012 Escala Bristol de consistência das fezes. Fibras não são digeridas pelas enzimas de humanos Fibras chegam ao cólon e contribuem para o o ↑ volume das fezes o ↑ da hidratação das fezes Resíduos de fibra não degradada ↑ retensão de água das fezes Fermentação = ↑ da massa microbiana ↑ peristaltismo e consequentemente, frequência de evacuações Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentosfuncionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60.c Efeito > de fibras insolúveis (farelo de trigo grosso) Estudos epidemiológicos Câncer no intestino grosso e ↓ ingestão de fibras Coorte de indivíduos entre 50 e 71 anos o Consumo de grãos integrais foi inversamente associado ao risco de câncer intestinal Mecanismo ↓ tempo de trânsito intestinal o ↓ possibilidade de interação com a mucosa intestinal de Pró−carcinógenos e promotores de tumores Schatzkin A et al. Am J Clin Nutr 2007; 85(5): 1353−60. Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60.cc Mecanismo Fermentação das fibras = ↓ pH intestinal o = ↓ da atividade de enzimas microbianas e a produção de ácidos biliares secundários (especialmente o litocólico) Fermentação das fibras a AGCC o Ácido butírico Estimula a proliferação celular no cólon Ingestão de fibra também está associada ao risco de Câncer de estômago o ↑ ingestão de 10g de fibra = ↓ risco de 44% Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60.cc Zhang Z et al. Gastroenterology 2013; 145(1): 113−20. Dietas ricas em fibra = proteção contra DAC ↓ lipídeos plasmáticos Efeito restrito às fibras solúveis o Betaglucana, mucilagens, pectinas e gomas o Ex: aveia, feijão, frutas cítricas Mecanismos Eliminação de sais biliares Modulação da HMG CoA redutase (propionato) Interferência na digestão e absorção de lipídeos Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60.cc Fibras se quelam aos sais biliares Interferem na formação de micelas e ↓ absorção de colesterol, ácidos biliares e lipídios Interferem na reabsorção de sais biliares pela circulação enterohepática ↑ captação sérica de colesterol ↓ absorção de colesterol ↑ da conversão de colesterol a sais biliares ↓ pool de colesterol hepático ↓ [LDL] plasmática Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60.cc Ingestão de 8,7g de betaglucana de farelo de aveia o ↑ em 83% a excreção de ácidos biliares após 24 horas 6,0g de betaglucana de farelo de aveia o ↑ em 93% a excreção de ácidos biliares após refeição teste Estudos têm sugerido o consumo de 3g de betaglucana 40g de farelo de aveia (4 col sopa) 60g de aveia em flocos (6 col sopa) Lia A et al. Proceeding of the PROFIBRE Symposium, Functional propreties of non−digestible carbohydrates, 1998, Keogh G et al. Am J Clin Nutr 2003; 78(4), 711−718 ↓ do índice glicêmico dos alimentos Seriam interessantes para controle de glicose Mecanismo o Relacionado à viscosidade das fibras solúveis ↓ esvaziamento gástrico ↓ acessibilidade da alfa−amilase Difusão lenta de glicose ↑ camada de água na superfície do intestino o ACGC (ácido acético) Melhorariam a sensibilidade à insulina Fonte alternativa de glicose Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60.cc Fibras e obesidade Estudos ainda inconclusivos ↑ saciedade e ↓ ingestão de alimentos Fibras e biodisponibilidade de minerais Fibra tem capacidade de se ligar aos minerais in vitro Porém, estudos mostram que fibras melhoram absorção in vivo o Fermentação ↓ pH = ↑ forma ionizável de alguns minerais (cálcio, magnésio e fósforo) Butirato = estimula transcrição de receptores de calbindina (absorção de cálcio) Martino HSD, Costa NMB, Rodrigues FC. Fibra Alimentar. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60.cc MECANISMOS DE AÇÃO DAS FIBRAS PARA AUXILIAR NA REDUÇÃO DE PESO CORPORAL Contribuição na redução da densidade calórica da dieta em razão da alta capacidade das fibras solúveis em reter água (pectinas, gomas, mucilagens, psyllium). Estímulo da secreção salivar e do suco gástrico, favorecendo a sensação de saciedade em razão da maior necessidade de mastigação das fibras. Redução da velocidade do esvaziamento gástrico, diminuindo a fome e prolongando a sensação de saciedade. Diminuição da absorção de ácidos graxos e de sais biliares no intestino delgado. ANVISA “A betaglucana (fibra alimentar solúvel) auxilia na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. ALEGAÇÃO SÓ ESTÁ APROVADA PARA A BETAGLUCANA PRESENTA NA AVEIA. Fibra solúvel; São polímeros da glicose; Ao contrário da celulose apresenta estrutura ramificada e são menores que a celulose; Estas propriedades influenciam a sua solubilidade favorecendo a formação de soluções viscosas; São importantes componentes do material da parede celular dos grãos de aveia e cevada. (HASLER, 1998) • 3 g de betaglucana Redução de 5 % do colesterol 60 g de farinha de aveia 40 g de farelo de aveia ou ANVISA “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. ✓ O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30 g na recomendação diária do produto pronto para consumo, conforme indicação do fabricante. Fibra insolúvel; O amido e os seus produtos de degradação que não são absorvidos no intestino delgado dos seres humanos, são conhecidos como amido resistente; Foram identificadas quatro classes de amido resistente: Amido fisicamente inacessível (RS1); Grãos de amido nativo (RS2); Amido cristalizado (RS3); As leguminosas constituem uma das principais fontes de RS1, por conterem uma espessa parede celular que torna o amido inacessível às enzimas; Certos tipos de amido, como o existente na batata crua e na banana verde, são muito resistentes à hidrólise enzimática (RS2); A banana verde é a principal fonte de RS2 na dieta humana, a quantidade de RS2 depende do seu grau de maturação; O RS3 é produto do processamento do amido: retrogradação (recristalinização) do amido gelatinizado. ANVISA Fibra alimentar solúvel extraída de uma planta. “O Psillium auxilia na redução da absorção de gordura. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. PSILLINUM OU PSYLLIUM A única espécie já avaliada é a Plantago ovata. Qualquer outra espécie deve ser avaliada quanto à segurança de uso. O psyllium é uma fibra mucilaginosa viscosa e hidrofílica, presente na casca da semente do Psyllium (Plantago ovata), com alta concentração de hemicelulose; O Psyllium consiste da combinação de polissacarídeos arabinoxilano altamente substituídos. Estes polissacarídeos são formados por cadeias lineares de unidades de xilose aos quais estão ligadas unidades monoméricas de arabinose ou xilose. ANVISA “A quitosana auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Quitina e quitosana são copolímeros constituídos por unidades N-acetil-D-glicosamina e D-glicosamina em proporções variáveis, sendo que o primeiro tipo dessas unidades é predominante na quitina, enquanto quitosana é composta predominantemente, por unidades D-glicosamina. A quitina é o segundo polissacarídeo mais abundante na natureza depois da celulose, sendo o principal componente do exoesqueletode crustáceos e insetos; sua presença ocorre também em nematóides e parede celular de fungos e leveduras; A quitosana pode ser obtida a partir da quitina por meio da desacetilação com álcalis, podendo também estar naturalmente presente em alguns fungos, como aqueles pertecentes aos gêneros Mucor e Zygomicetes. No rótulo deve constar a frase de advertência em destaque e negrito: "Pessoas alérgicas a peixes e crustáceos devem evitar o consumo deste produto". Deve ser apresentado o laudo de análise com a composição físico química, incluindo o teor de fibras e cinzas. Porção deve fornecer quantidade de 3g/dia. ANVISA “Auxilia o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Essa alegação só está aprovada para a goma guar parcialmente hidrolisada obtida da espécie vegetal. Fibra alimentar solúvel, extraída do endosperma (parte da semente) do vegetal de espécie Cyamoposis tetragonolobus; A goma guar é um polissacarídeo que, em contato com água, forma um gel altamente viscoso e é por isso que é usada pela indústria alimentícia como espessante, geleificante, emulsificante e estabilizante; A goma guar parcialmente hidrolisada (GGPH) tem sua viscosidade bastante reduzida, fazendo, assim, com que essa fibra seja facilmente adicionada a alimentos e aceita pelos consumidores. Sua molécula consiste em uma cadeia longa linear de β–1,4 manose com subunidades de α–1,6 galactopiranosídeos . ÔMEGA 3 ÁCIDOS GRAXOS DA FAMÍLIA ÔMEGA-3 (n-3 ou ω-3) São ácidos graxos encontrados principalmente em alguns peixes gordurosos que vivem em águas profundas. São ricos em ácidos graxos ômega-3: salmão, atum, arenque, cavala e a sardinha. Ômega 3 Ácido linolênico (ácido cis, cis, cis-9-12-15-octadecatrienóico) Ômega 6 Ácido linoléico (ácido cis, cis, cis-9-12-octadecadienóico) Docosatetranóico (22:4) Ácido Araquidônico (20:4) Linoléico (18:2) PUFA – w6 (óleos vegetais) Docosahexaóico DHA (22:6) Eicosapentanóico EPA (20:5) Linolênico (18:3) PUFA – w3 (óleos vegetais e peixes) Elongase Desaturase Elongase Desaturase g ômega-3/ 100 g de alimento Cavala 1,8-5,1 Arenque 1,2-3,1 Sardinha 1,7 Salmão 1,0-1,4 Atum 0,5-1,6 Truta 0,5-1,6 Camarão 0,2-0,5 Lagosta 0,3-0,4 Bacalhau 0,2-0,3 Linguado 0,2 Cukier C. Rev. Bras. Nutr. Clin. Dez 1998,v.13, n.4 Ação: Redução nos níveis de triglicerídeos: Inibição da secreção hepática de VLDL e diminuição da atividade de várias enzimas hepáticas responsáveis pela síntese de triglicerídeos Efeitos Cardioprotetores: ação vasodilatadora Precursores dos eicosanóides: efeito antitrombótico, vasodilatador, antiinflamatório Waitzberg, Dan Linetzky. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. São Paulo; Atheneu; 2009. 1289 p. Tem sido sugerido que a dieta tipo ocidental é atualmente deficiente em ácidos graxos n-3. Nos anos 70, Bang e Dyerberg (1972) relataram que os esquimós tinham taxas baixas de infarto apesar de consumirem uma dieta rica em gordura. Tem sido demonstrado que os ácidos graxos n-3 podem diminuir os triglicerídeos em 25-30 %, mas não o LDL colesterol. (HASLER, 1998) Grande diferença de mortalidade entre os países do Mar Mediterrâneo e a dos países do norte da Europa (70 % maior nestes últimos), atribuída à uma maior ingestão de ômega-3 na dieta. (LORGERIL et al., 1994) RECOMENDAÇÕES SOBRE INGESTÃO DE ÔMEGAS A ingestão de gorduras na dieta não deve ultrapassar 30% do total das calorias diárias. Lipídios: 30% valor calórico ≤10% lip. Saturados 10% lip. Polinsaturados 10% lip. Monoinsaturados Dentre as polinsaturadas, a proporção de ômega-6 e ômega-3 sugerida é 5:1. (Dietary Guidelines for Americans 2005. 6th ed. Washington, DC: U.S. Government Printing Office, January, 2005 GAPB, 2008) Propriedade da FAMÍLIA ÔMEGA 3 “O consumo de ácidos graxos ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Somente deve ser utilizada para os ácidos graxos ômega- 3 de cadeia longa provenientes de óleos de peixe EPA - ácido eicosapentaenóico (20 carbonos) DHA – ácido docosahexaenóico (22 carbonos) Não há menção ao ácido graxo ômega-3 chamado alfa- linolênico (ALA), encontrado em sementes (linhaça) e óleos vegetais (canola, soja). ❑Quantidade mínima disponível do EPA e/ou DHA no produto: 0,1 g de EPA e/ou DHA na porção ou em 100 g ou 100 mL do produto pronto para o consumo, caso a porção seja superior a 100 g ou 100 mL. ❑Os processos devem apresentar laudo de análise, utilizando metodologia reconhecida, com o teor dos contaminantes inorgânicos em ppm: Mercúrio, Chumbo, Cádmio e Arsênio. ❑ “Pessoas que apresentem doenças ou alterações fisiológicas, mulheres grávidas ou amamentando (nutrizes) deverão consultar o médico antes de usar o produto” ❑ Rotulagem: Apresentar a composição de ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poliinsaturados, discriminando os poliinsaturados: ômega 3 e/ou ômega 6 • quando se tratar de Óleo de Peixe, deve discriminar os ácidos graxos ômega 3 presentes na composição do produto Quando a quantidade dos ácido graxos (ω-3 ou ω-6) estiver corresponder a pelo menos 10 % do consumo diário recomendado pela Anvisa: 1 g (um grama) para os Ácidos graxos ômega-3 EPA e DHA; 2 g (dois gramas) para os Ácidos graxos ômega-3 Alfa- linolênico; 15 g (quinze gramas) para os Ácidos graxos ômega 6 Ácido linoléico. ❑ no caso de Óleo de Peixe (EPA e DHA) deve trazer a seguinte informação no rótulo: "Pessoas que apresentem doenças ou alterações fisiológicas, particularmente com alteração na coagulação sanguínea, mulheres grávidas e nutrizes devem consultar o médico antes de usar o produto" ❑ Também é de responsabilidade da Empresa apresentar: Comissões Tecnocientíficas de Assessoramento em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos; Atualizado em 20 de julho de 2004. • documento onde deve constar as informações sobre a origem do produto, incluindo identificação das espécies produtoras e matéria- prima empregada. especificação do produto: • documento que comprove a segurança e ausência de toxicidade nas condições de uso recomendadas pelo fabricante avaliação de risco: Quais produtos estão autorizados? CAROTENÓIDES CAROTENÓIDES LICOPENO LUTEÍNA ZEAXANTINA Estruturas químicas Os carotenóides são pigmentos naturais, lipossolúveis que proporcionam cor viva às plantas e animais São compostos antioxidantes e alguns, como o - caroteno e o -caroteno são precursores da vitamina A Estão distribuídos largamente na natureza, que conferem cores do amarelo ao vermelho a frutas e vegetais . O licopeno é um tipo de caroteno, encontrado em algumas frutas e vegetais, conferindo a coloração vermelha. Ex: tomate, molho de tomate, catchup Vários estudos indicam a eficiência do licopeno como antioxidante, e há estudos que relacionam essa função com a prevenção de câncer, principalmente de próstata. LICOPENO Tomate: Lycopersicon esculentum Concentração variável: Tomate vermelho – 50 mg/ 100 g Tomate amarelado – 5 mg/100 g LICOPENO TOTAL (mg /100 g) Extrato de Tomate 538,63 Molho Catchup 50,74 Molho de Tomate 97,8 Tomates Enlatados 206,6 Outras fontes: Melancia Goiaba vermelha Mamão papaia O licopeno é tido como o carotenóide que possui a maior capacidade sequestrante do oxigênio singlete, possivelmente devido à presença das duas ligações duplas não conjugadas, o que lhe oferece maior reatividade. LICOPENO http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/91/Lycopene.svg Ação antioxidante: transferência de energia do oxigênio excitado para a molécula do carotenóide Num estudo com mais de 47.000 homens, aqueles que consumiram produtos a base de tomate 10 vezes ou mais por semana tiveram menos da metade do risco de desenvolver câncer de próstata avançado. (HASLER, 1998)LICOPENO Propriedade do Licopeno: “O licopeno tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Níveis elevados de licopeno no sangue estão associados a um menor risco de câncer de próstata. Valores diários de consumos: 35 mg de licopeno (RAO & AGARWAL,2000) Licopeno como agente antioxidante. Rev. Nutr. vol.17 no.2 Campinas Apr./June 2004 A quantidade de licopeno, contida na porção diária do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo, próxima à alegação. Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros compostos utilizados. Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s). Apresentar laudo com o grau de pureza do produto. LUTEÍNA A luteína é uma das substâncias responsáveis pela cor de peixes, aves, flores e alimentos. É denominada de xantofila (hidrocarbonetos oxigenados) e possui ligações duplas conjugadas, partes da molécula são responsáveis pela absorção de luz na região do visível, o que confere a cor aos alimentos que a possui. São encontradas predominantemente nos vegetais amarelos, alaranjados, vermelhos e verdes; tais como laranja, mamão, pêssego, brócolis, couve, repolho, couve-flor, ervilha, milho, rúcula, dentre outros. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/20/Luteine_-_Lutein.svg ➢ O estudo LUNA: Lutein Nutrition effects measured by Autofluorescence (2007) : demonstrou que a suplementação com 12 mg luteína e 1 mg de zeaxantina resultou em significativo aumento da densidade de pigmento macular (MPOD) na maioria dos participantes, incluindo aquelas com degeneração macular. ZEAXANTINA e LUTEÍNA Dihidrocarotenóide – mais polar Presente na mácula lútea Propriedade da zeaxantina: “A zeaxantina tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis” FITOESTERÓIS FITOESTERÓIS Os fitoesteróis são gorduras (esteróis) encontradas exclusivamente em alimentos de origem vegetal, que apresentam estrutura molecular semelhante ao colesterol humano. As principais fontes são: margarinas especiais enriquecidas com fitoesteróis e qualquer óleo vegetal. 3 g de fitoesterol ao dia, presente em margarina, reduzem colesterolemia, sem alterar HDL e triglicérides. (LAW, 2000) Propriedade dos fitoesteróis: “Os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Porção do produto • deve fornecer no mínimo 0,8 g de fitoesteróis livres • < quantidade somente com comprovação DRI • deve estar entre 1 a 3 porções/dia • garantir uma ingestão entre 1 a 3 gramas de fitoesteróis livres por dia Rótulo • Na designação do produto deve ser incluída a informação “... com fitoesteróis” • Quantidade deve ser declarada no rótulo, próxima à alegação. Os fitoesteróis referem-se tanto aos esteróis e estanóis livres quanto aos esterificados. Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros compostos utilizados. Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s). Apresentar laudo com o grau de pureza do produto e a caracterização dos fitoesteróis/ fitoestanóis presentes. Informações complementares ADVERTÊNCIAS NO RÓTULO: “Pessoas com níveis elevados de colesterol devem procurar orientação médica”. “Os fitoesteróis não fornecem benefícios adicionais quando consumidos acima de 3 g/dia”. “O produto não é adequado para crianças abaixo de cinco anos, gestantes e lactentes”. POLIÓIS Propriedades da ANVISA “Manitol / Xilitol / Sorbitol não produzem ácidos que danificam os dentes. O consumo do produto não substitui hábitos adequados de higiene bucal e de alimentação” . A propriedade é reconhecida somente para gomas de mascar sem açúcar. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Xylitol.svg PROTEÍNA DE SOJA PROTEÍNA DE SOJA A soja contém, além de proteína, fibras, ácidos graxos poliinsaturados, vitaminas e minerais. A maior parte dessas substâncias é perdida no beneficiamento industrial. A soja é rica em proteínas e está associada à redução do colesterol sanguíneo (13 % de LDL) e 10 % de TGL). Estudos tem indicado redução no risco de doenças cardiovasculares quando consumida intacta. Propriedade da proteína de soja: “O consumo diário de no mínimo 25 g e pode ajudar a reduzir o colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Recomendação é de 25 g da proteína ao dia ou 60 g do grão integral (cerca de 120g grão cozido) = 7 colheres de sopa = 3 colheres de servir PROTEÍNA DE SOJA A quantidade de proteína de soja, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, deve-se declarar a quantidade de proteína de soja na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. A soja é rica em fitoestrógenos (isoflavona semelhante ao estrógeno). Produtos a base de soja se relacionam com a prevenção de aterosclerose por ação antioxidantes das isoflavonas sobre as gorduras circulantes no sangue. “Os dizeres de rotulagem e o material publicitário dos produtos à base de soja não podem veicular qualquer alegação em função das isoflavonas, seja de conteúdo (“contém”), funcional, de saúde e terapêutica (prevenção, tratamento e cura de doenças)”. PROBIÓTICOS Espécies: 600 a 1000 Gêneros: 30 a 40 NICOLI & VIEIRA, 2004; CORREIA et al., 2006; RUEMMELE, 2009 Células humanas: 1013 Microbiota: 1014 células Bacteroides Bifidobacterium Peptostreptococcus & Ruminococcus Clostridium Lactobacillus Enterobacterium Redutores de sulfato & Fusobacterium Eubacterium 1011 UFC/g Adaptado de GUARNER, , 2006 Efeitos maléficos • Translocação • Putrefação • Produção de toxinas • Produção de carcinógenos Efeitos benéficos • Produção de gases reduzida • AGCC • Imunoestimulação • Atividade antitumoral * ➢ Cepas só podem ser denominadas probióticas se for demonstrado clinicamente que exercem benefícios fisiológicos; ➢ Testes in vitro, embora úteis para estabelecer mecanismos de ação, não podem ser considerados para prever a funcionalidade no organismo humano, sendo insuficientes para substanciar os termos probiótico e prebiótico. Na versão Persa do Antigo Testamento (Gênesis 18:8) afirma- se que “Abraão deveria sua longevidade ao consumo de leite ácido”; Moisés considerava o leite fermentado um presente de Deus; Hipocrátes considerava o leite fermentado não apenas um alimento, mas um remédio. O cientista russo, Elie Metchnikoff (1845-1916) sugeriu o consumo de leite fermentado para modular a microbiota intestinal; Observou: Lactobacillus diminuía o número de bactérias produtoras de toxina no intestino e contribuía para a longevidade de camponeses búlgaros, grande consumidores de iogurte. 134 HISTÓRICO: ORIGEM DOS PROBIÓTICOS ➢ Tissier (1906): A microbiota fecal de recém-nascidos amamentados com leite materno apresentava mais Bifidobacterium do que as não amamentadas com leite materno; ➢ Em 1917, começou a produção de leite fermentado industrialmente em Barcelona; ➢ Em 1930, uma linhagem de Lactobacillus capaz de sobreviver à passagem pelo trato gastrointestinal e identificada como Lactobacillus casei Shirota, foi utilizada com sucesso na produção de um leite fermentado chamado “Yakult”. Brasil: consumo de 120 mil toneladas/ano de leites fermentados contendo probióticos; A venda de produtos lácteos “funcionais” atingiu 73% de todos alimentos funcionais comercializados e 11% de todos produtos lácteos vendidos, alcançando1.1 bilhões de dólares; O Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de iogurte probiótico do mundo, seguido pelo Japão e Coréia do Sul. Termo deriva do grego Significa pró−vida Definição mais apropriada deveria levar em conta Origem intestinal do microrganismo o Cuja adaptação a esse ambiente favorece a sobrevivência e a persistência dele nesse local, possibilitando que sua funcionalidade seja inferida Microrganismos vivos que quando administrados em quantidades adequadas conferem benefício à saúde do hospedeiro Ferreira CLLR, Silva AC. Probióticos e prebióticos na saúde da criança. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. FAO/WHO, 2001 Origem humana Propriedades não patogênicas Resistência aos processos tecnológicos Adesão aos tecidos epiteliais Estabilidade na presença de ácido e bile Capacidade de persistir no ambiente gastrintestinal Capacidade de influenciar em atividade metabólica Capacidade de modular o sistema imunológico Ferreira CLLR, Silva AC. Probióticos e prebióticos na saúde da criança. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. FAO/WHO, 2002 Microranismos comumente utilizados em alimentos probióticos para uso humano Lactobacillus • L. acidophilus • L. casei var. shirota • L. casei defensis • L. casei ssp. Casei • L. reuteri • L. rhamnosus GG Bifidobacterium • B. bifidum • B. breve • B. infantis • B. Longum • B. animalis • B. lactis Enterococcus • Enterococcus faecium Ferreira CLLR, Silva AC. Probióticos e prebióticos na saúde da criança. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. Microrganismos de efeito probiótico* Lactobacillus delbrueckii, ssp. bulgaricus Lactococcus lactis ssp.l lactis Lactococcus lactis cremoris Lac. Lactis diacetylactis Propionibacterium shermanii Bacillus sp. Aspergillus sp. Sacharomyces boulardii * Não são de origem humana Ferreira CLLR, Silva AC. Probióticos e prebióticos na saúde da criança. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. (GOMES & MALCATA, 2009) ESTUDOS SUGEREM QUE OS PROBIÓTICOS: O valor nutritivo e terapêutico dos alimentos Níveis de vitaminas do complexo B e aminoácidos Absorção acrescida de cálcio e ferro Fortalecem o sistema imunológico, através de uma maior produção de células protetoras Possuem efeito funcional benéfico no organismo, equilibrando a microbiota intestinal, atuando no controle do colesterol e na redução do risco de câncer. Possuem uma particular importância para os indivíduos com intolerância à lactose, devido ao aumento de uma enzima que facilita a digestão da lactose. Revisão sobre efeitos dos probióticos em população saudável 45 estudos entre 1990 e 2017 Mudanças na microbiota intestinal (15 estudos) Pode provocar melhora transitória nas concentrações da bactéria específica suplementada na microbiota intestinal Falha em causar mudanças persistentes na microbiota Khalesi S et al. A review of probiotic supplementation in healthy adults: helpful or hype? European J Clinical Nutrition, 2018. Mar 26. doi: 10.1038/s41430-018-0135-9. Resposta imunológica (16 estudos) Melhora a resposta imunológica: Efeito em melhorar a imunidade contra resfriados: ↓da incidência, duração e sintomas ↑ da ativação dos linfócitos T (citotóxicos e helper CD8+ e CD4+) e atividade das células natural killers ↓ citocinas próinflamatórias e ↑ antinflamatórias Desconforto gastrointestinal (11 estudos) Melhora na consistência das fezes e frequência de evacuação, nos movimentos peristálticos, redução da irritação causada por inchaço abdominal (mecanismos sugeridos: produção de AGCC e CO2, remoção de outros gases intestinais, efeito antinflamatório) Saúde reprodutiva feminina (4 estudos) ↑ significativo do nível de lactobacillus no canal vaginal com suplementação de probióticos (parece prevenir e reduzir a incidência de infecções vaginais) Khalesi S et al. A review of probiotic supplementation in healthy adults: helpful or hype? European J Clinical Nutrition, 2018. Mar 26. doi: 10.1038/s41430-018-0135-9. Perfil lipídico (14 estudos) Sem melhora no perfil lipídico ou risco cardiovascular (50%) Os demais, ↓ CT, LDL, TG e ↑ HDL Efeito cardioprotetor (melhora em marcadores de estresse oxidativo em um estudo com tabagistas pesado) Conclusão: número de estudos pequeno e não conclusivo Mudanças no IMC (6 estudos) 4 estudos = nenhuma mudança após suplementação Nenhuma conclusão pode ser tomada Melhora da glicemia (7 estudos) 4 estudos sem mudanças significativas na glicemia ou nos níveis de insulina Nenhuma conclusão pode ser tomada Khalesi S et al. A review of probiotic supplementation in healthy adults: helpful or hype? European J Clinical Nutrition, 2018. Mar 26. doi: 10.1038/s41430-018-0135-9. Saúde psicológica 2 metanálises Podem induzir a redução ↓ de pontuação em escala de depressão Melhora em sintomas subclínicos (estresse, depressão e ansiedade) Moléculas de sinalização e modulação neuronal de mecanismos de sinalização Diarreia 4 revisões Cochrane (125 ensaios clínicos randomizados) BENEFÍCIO DOS PROBIÓTICOS Conclusão A Doença de Crohn Colite Condições hepáticas Conclusão C Não há evidências suficientes que permitam que os benefícios dos probióticos sejam avaliados Dispõe sobre os requisitos para comprovação da segurança e dos benefícios à saúde dos probióticos para uso em alimentos Probiótico Devem ser registrados na ANVISA Comprovação de seguraça Comprovação de benefícios à saúde micro-organismo vivo que, quando administrado em quantidades adequadas, confere um benefício à saúde do indivíduo PREBIÓTICOS Alimentos não digeríveis pelo hospedeiro Têm a propriedade de ser fermentados de maneira seletiva no cólon Ferreira CLLR, Silva AC. Probióticos e prebióticos na saúde da criança. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. Não deve ser hidrolisado nem absorvido na parte superior do TGI Deve ser seletivo para uma quantidade limitada de microrganismos Deve alterar a microbiota, tornando−a mais saudável Funcionalidade relacionada à atuação direta e indireta Diretamente o ↑ tempo de esvaziamento gástrico o Modulam o trânsito no TGI o ↓ o colesterol Indiretamente o Modulam a fermentação microbiana o Estimulam bactérias bífidas responsáveis por ↑ ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) ↓ pH ↓ absorção de amônia Ferreira CLLR, Silva AC. Probióticos e prebióticos na saúde da criança. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. Prebiótico Probiótico Simbiótico Benefícios estudados Combate a diarreias de diferentes etiologias Produção de o Vitaminas do complexo B o AGCC o Substâncias antimicrobianas Modulação o Sistema imunológico o Infecção por H. pylori o Dermatites atópicas, alergias e algumas intolerâncias Inibição o Formação de criptas aberrantes o Câncer de cólon o Produção e/ou atividade de substâncias carcinogênicas Ferreira CLLR, Silva AC. Probióticos e prebióticos na saúde da criança. In: Costa NMB e Rosa COB. Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos. 2 ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Cap 4, p. 49-60. ANVISA “Os frutooligossacarídeos – FOS e a Inulina contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. ✓O uso do ingredientenão deve ultrapassar 30 g na recomendação diária do produto pronto para consumo, conforme indicação do fabricante. INULINA E FRUTOOLIGOSSACARÍDEOS INULINA Trata-se de um PREBIÓTICO cuja principal fonte é a chicória (raiz). A inulina é um açúcar que quando despolimerizado é chamado frutooligossacarídeo. Estes não são digeridos no estômago. FOS: são carboidratos de cadeia curta Alimenta as bactérias benéficas que habitam o intestino e provocando uma redução do pH, proporcionam uma melhor absorção de certos minerais como cálcio e magnésio. ✓Resistência à ação das enzimas hidrolíticas; ✓Uma preferência das bifidobactérias, ou seja, são bifidogênicos, daí seu efeito prebiótico. Recebem atenção maior dos pesquisadores devido: capacidade de modificar a flora intestinal; promover proliferação de bactérias benéficas (bifidobactérias); redução das bactérias patogênicas e metabólitos tóxicos e de enzimas patogênicas; promove a prevenção de diarréia e constipação. Obtidos pela hidrólise da inulina Enzima inulase A partir da sacarose pela enzima frutosiltransferase Enzima fúngica obtida do Aspergilus ninger Figura 1. Estrutura da inulina Figura 2. Estrutura química dos principáis frutooligossacarídeos 1-kestose (A), nistose (B) e frutofuranosil nistose (C). ANVISA “A POLIDEXTROSE e a LACTULOSE auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. POLIDEXTROSE E LACTULOSE A polidextrose é formada por polímeros de glicose, obtida pela policondensação térmica a vácuo da glicose com uma pequena quantidade de sorbitol e ácido cítrico como catalisador, formando cadeias com ligações do tipo 1-6 predominantemente. ✓ 1 kcal/g - Reduz calorias na formulação; ✓ Não é digerido nem absorvido no intestino delgado; ✓ É parcialmente fermentado no intestino grosso; ✓ Sua maior parte, é excretada nas fezes; ✓ É tolerada uma média de 90 g por dia, sem efeitos laxativos. ✓ É extremamente estável; ✓ Substituto de açúcar, xarope de glicose e gordura; ✓ Incolor; ✓ Não apresenta sabor residual; ✓ Altamente estável dentro de uma faixa ampla de pH, temperatura, condições de processamento e estocagem. ✓ É considerada como prebiótico, pois estimula o crescimento de lactobacilos e bifidobactérias e a fermentação continua ao longo do cólon. Bifidobactérias promovem a redução do pH fecal e a produção de ácidos graxos de cadeia curta, destacando-se o butirato, que pode reduzir riscos de câncer. COMPOSTOS FENÓLICOS Maior classe de compostos secundários de plantas Substâncias que possuem Um anel aromático Contendo uma ou mais hidroxilas Flavonóides Grupo mais importante o Substâncias aromáticas com 15 átomos de carbono Classes Coloração Exemplos Fontes Antocianinas Azul, vermelha Cianidina, Delfinidina Frutas e flores Açaí, Berries de um modo geral, beterraba, uvas Flavanas Incolor Catequina, epicatequina, luteoforol, procianidina, teaflavina Frutas e chás Lúpulo, nozes, água de coco, vinho Flavanonas Incolor, amarelo pálido Narigenina Hesperidina Frutas cítricas Flavonas Amarelo pálido Apigenina, luteolina, tangeretina, tricetina Frutas cítricas Cereais Frutas, ervas Flavonóis Amarelo pálido Quercetina, rutina, miricetina Vegetais e frutas Isoflavonóides Incolor Daidzeína, genisteína Leguminosas (soja) Pimentel CVM, Francki VM, Gollucke AP. Alimentos funcionais: Introdução às substâncias bioativas no organismo. São Paulo, Varella: 2005 Contêm compostos fenólicos Antocianinas Rutina Catequina Miricetina Quercetina Epicatequina Resveratrol Taninos Pimentel CVM, Francki VM, Gollucke AP. Alimentos funcionais: Introdução às substâncias bioativas no organismo. São Paulo, Varella: 2005 https://play.kahoot.it/#/lobby?quizId=15ea3e79-1045- 4e88-90ca-40aa46ac4297 Avaliação: Kahout 4456776 https://play.kahoot.it/
Compartilhar