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SISTEMA DE ENSINO GESTÃO DE PESSOAS Liderança Livro Eletrônico ADRIEL SÁ Professor de Direito Administrativo, Administra- ção Geral e Administração Pública em diversos cursos presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente, atuando no Ministério Pú- blico Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina, com especialização em Gestão Públi- ca. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos, sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facili- tado” e autor da obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora Juspodivm. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 3 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Liderança ..................................................................................................4 1. Conceito de Liderança .............................................................................4 2. Liderança Formal e Liderança Informal .......................................................7 3. Liderança e Poder ...................................................................................8 4. Abordagens sobre Liderança ...................................................................12 4.1. Abordagem dos Traços de Personalidade ...............................................13 4.2. Abordagem dos Estilos de Liderança ou Comportamental .........................15 4.3. Abordagem Contingencial ou Situacional ...............................................25 4.4. Liderança Transacional e Liderança Transformacional ...............................38 4.5. Outros Estilos de Liderança .................................................................41 Resumo ...................................................................................................43 Mapa Mental ............................................................................................51 Questões de Concurso ...............................................................................52 Gabarito ..................................................................................................82 Gabarito Comentado .................................................................................83 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá LIDERANÇA 1. Conceito de Liderança Para fazer uma organização ou um departamento produzir resultados, o admi- nistrador deve desempenhar funções ativadoras. Uma dessas funções é a liderança, tão essencial que o autor Maximiano (1995)1 a considera como uma das funções do processo administrativo. Ainda que a doutrina majoritária considere, atualmente, apenas as funções de planejamento, organização, direção e controle, é im- portante ficarmos atentos a essa referência. Note que o autor considera a execução como sinônimo de direção: • Planejamento: processo de definir objetivos, atividades e recursos; • Organização: processo de definir e dividir o trabalho e os recursos neces- sários para realizar os objetivos. Implica a atribuição de responsabilidades e autoridades a pessoas e grupos; • Liderança: processo de trabalhar com pessoas para assegurar a realização dos objetivos; • Execução (Direção): processo de realizar atividades e consumir recursos para atingir os objetivos; • Controle: processo de assegurar a realização dos objetivos e de identificar a necessidade de modificá-los. Pois bem! Vamos prosseguir. A primeira concepção de “liderança” que deve estar bem clara é aquela que considera o termo como um fenômeno social. Isso quer dizer que ninguém é líder 1MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração. São Paulo, Atlas, 1995. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá sozinho. A liderança exige a presença mínima de um líder e um liderado. Logo, po- demos entender a liderança como uma influência exercida sobre determinada situação pelo processo de comunicação, visando um ou mais objetivos. A definição de liderança, portanto, considera, pelo menos, dois aspectos impor- tantes: • o primeiro é a capacidade presumida de motivar as pessoas a fazerem aquilo que precisa ser feito; • o segundo é a tendência dos seguidores de seguirem aqueles que percebem como instrumentais, para satisfazerem os seus próprios objetivos e necessi- dades pessoais (CHIAVENATO, 2002)2. Assim, conjugando esses dois aspectos, temos a seguinte proposição: “nenhu- ma pessoa poderá ser líder, a menos que consiga que as pessoas façam aquilo que ela pretende que façam; nem será bem-sucedida, a menos que seus seguidores a percebam como um meio de satisfazer suas próprias aspirações pessoais ou atingir seus objetivos”. 2 CHIAVENATO, I. Gerenciando Pessoas. São Paulo: Prentice Hall, 2002. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Entendendo esse panorama inicial, podemos nos estender a diversos outros conceitos para a liderança. Vejamos alguns: • liderança, assim como qualquer outra função gerencial, pode ser ensinada e aprendida por todos os indivíduos. Assim, atualmente, entende-se como um fenômeno não mais restrito (inato) a apenas algumas pessoas; • liderança é o exercício da autoridade e da tomada de decisões; • liderança é dar início a atos que resultam em um padrão consistente de inter- pretação global voltada à solução de problemas que são mútuos; • liderança é fazer com que os funcionários tenham vontade de fazer algo que você está convencido que deva ser feito; • liderança é a capacidade de influência interpessoal exercida por meio da co- municação, visando a um objetivo específico; • liderança é uma habilidade de persuadir ou dirigir as pessoas sem o uso do prestígio ou da força de uma autoridade formal ou de circunstâncias exter- nas; • liderança é o processo de influenciar as atividades do grupo através da colo- cação e da chegada a objetivos; • o líder é uma pessoa que mais de perto atende às normas e aos valores do grupo; essa conformidade dá a ela a mais alta posição, que atrai as pessoas e implica o direito de assumir o controle do grupo; • o líder é a pessoa que consegue as mudanças mais efetivas no desempenho do grupo; • o líder é aquele que inicia e facilita a interação entre os membros do grupo; • o líder é aquela pessoa identificada e aceita como tal pelos seus seguidores. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição,sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá 2. Liderança Formal e Liderança Informal A liderança, em seu sentido mais amplo possível, pode assumir duas origens distintas: a influência formal (gestão) e a influência informal (liderança). A influência formal é aquela conferida pela organização por meio de um ato for- mal, vinculada às atividades de gestão, enquanto que a influência informal ocorre de forma espontânea, sem aspectos de formalidades organizacionais. A distinção em provas é bem prática: AUTORIDADE FORMAL (GESTÃO) AUTORIDADE INFORMAL (LIDERAN- ÇA) Fundamenta-se em normas organizacio- nais Fundamenta-se em crenças e respeito ao líder Os liderados obedecem à norma incorpo- rada na pessoa Os liderados obedecem à pessoa em si As normas dirigem a convivência do grupo O líder instrumentaliza a cooperação e a resolução de problemas É um atributo singular É uma junção de qualidades Possui foco na administração Possui foco na inovação Comparado à metáfora de uma cópia Comparado à metáfora de um original Ênfase na manutenção Ênfase no desenvolvimento Prioriza sistemas e estruturas Prioriza pessoas Exerce o controle Inspira confiança Adora uma visão de curto prazo Possui uma perspectiva de futuro Pergunta como e quando Pergunta o que e por que Visão no possível Visão no horizonte Imita e aceita o status quo Inventa e aceita o desafio Faz as coisas de maneira certa – processo (eficiência) Faz as coisas certas – resultado (eficácia) Busca a redução de custos Almeja o aumento de lucros O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Produz obediência Produz respeito Resolução de problemas Criação de alternativas Fiscaliza a utilização dos recursos Otimiza a utilização dos recursos 3. Liderança e Poder O poder significa o potencial de influência de uma pessoa sobre uma ou ou- tras. Poder é a capacidade de exercer influência, embora isso não signifique que essa influência realmente seja exercida. Em outras palavras, o poder é o potencial influenciador que pode ou não ser efetivamente realizado. Assim, o poder pode ser legítimo ou ilegítimo. Ilegítimo quando concebido por meio da coerção, repressão, manipulação ou dominação, práticas eivadas de ilegalidade. Por outro lado, é legítimo quando advém da autoridade, ou seja, o po- der que tem uma pessoa em virtude do papel que exerce, de sua posição em uma estrutura organizacional. Os autores French e Ravem (1959)3 identificam 5 (cinco) fontes de poder: • Poder de recompensa: baseia-se numa pessoa (o influenciador) que tenha a capacidade de recompensar outra (o influenciado) pelo cumprimento de ordens ou pela realização de outras exigências. As recompensas são usadas para reforçar as ações desejáveis dos subordinados, e não como “suborno” para realizar tarefas; • Poder coercitivo: é o lado negativo do poder de recompensa, no qual a pu- nição pode ir desde pequenos privilégios até a perda do emprego. Esse poder, geralmente, é usado para manter um padrão mínimo de desempenho ou de conformidade entre os subordinados; 3 FRENCH, J. R. P.; RAVEN, B. H. The bases of social power. In Cartwright D (Ed), Studies in Social Power, Uni- versity of Michigan Press, Ann Harbor, pp. 150-167, 1959. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá • Poder legítimo: pode ser de cima para baixo ou de baixo para cima. Por exemplo, o encarregado de um setor exige que se cumpra certo horário e, concomitantemente, o vigia exige que o gerente use o crachá para entrar na empresa. É decorrente da posição hierárquica detida, ou seja, da posse de autoridade formal; • Poder de competência, especialização ou perito: é a influência exercida como resultado de habilidade especial ou conhecimento. É o que podemos chamar de conhecedor do assunto, pois temos total confiança ao que ele nos recomenda; • Poder de referência: é o poder que se refere à identificação do indivíduo com outro, seja por motivos pessoais ou por recursos desejáveis. É o poder que existe, por exemplo, no colega de trabalho que nos atrai ao seu lado na hora das reuniões de departamento, pelo seu carisma e pelo seu nível de prestígio e admiração. Podemos afirmar que, geralmente, um líder utiliza diferentes estilos de liderança. O tipo de poder que é baseado na especialidade, nas aptidões ou no conhecimento técnico da pessoa, é denominado poder de referência. Errado. O poder de referência é a liderança com base no carisma e na admiração. O poder de perícia ou competência é que é baseado na competência, aptidão, domínio te- mático, conhecimento técnico etc. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Não confundir as fontes com os instrumentos de poder, identificados pelo autor Galbraith (1999)4 como: • Poder condigno: destaca-se pela capacidade de impor ao indivíduo ou a um grupo uma alternativa desagradável e penosa o suficiente para fazê-lo desistir de suas preferências pessoais, usando-se até mesmo punições físicas para tal finalidade (desconforto, dores e até torturas). É um instrumento re- lacionado à personalidade como fonte de poder; • Poder compensatório: ocorre pela conquista por meio de submissão em troca de favorecimentos, como aumentos salariais, promoções e outras re- compensas, nem sempre legais. Tanto nesse caso, como no poder condigno, o funcionário está consciente de sua submissão. O poder compensatório é um instrumento cuja fonte de poder é a propriedade; • Poder condicionado: é exercido pela mudança de uma convicção. Estão in- seridos nele a persuasão, a educação e o compromisso social com o que quer que nos pareça certo. É altamente subjetivo e se manifesta por meio da fa- mília, da escola, dos meios de comunicação etc., ou seja, sua fonte de poder é a organização. O poder condicionado nem sempre é percebido pelos que o exercem ou os que a ele se submetem. Isso acontece porque o condiciona- mento pode ser implícito ou explícito. É implícito quando determinado pela própria cultura à qual pertencemos e explícito ao ser efetuado, por exemplo, pela mídia – principalmente por meio de publicidade. Ainda que já mencionado no estudo das tipologias das organizações, o uso de poder e o significado da obediência são destacados pelo alemão Amitai Etzioni, um dos autores mais importantes da teoria estruturalista. A tipologia de organiza- ções de Etzioni (1964)5, destacada em seu livro “Organizações Modernas”, relata 4 GALBRAITH, J. K. Anatomia do poder. São Paulo: Pioneira, 1999. 5 ETZIONI, A. Modern Organizations. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1964. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada,por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá as conclusões de sua pesquisa sobre os diferentes tipos de organizações, com base no uso do poder e no significado da obediência: Por fim, sempre presente em provas, temos a tipologia de dominação de Max Weber. O autor defende um referencial teórico ancorado em seu esquema conceitual de tipos de dominação: tradicional, carismática e racional-legal. A dominação, segundo Weber (1991)6, é definida como a probabilidade de encontrar obediência a uma norma de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis. A dominação tradicional (sociedade tradicional) ocorre na situação em que a obediência se dá por motivos de hábito, em que tal comportamento já faz parte dos costumes e está enraizada na cultura da sociedade. Para Weber, toda dominação tradicional tende ao patrimonialismo. Exemplo: os filhos obedecem aos pais por uma relação de fidelidade há muito estabelecida e respeitada. A dominação carismática (sociedade carismática) sustenta-se pela crença dos subordinados nas qualidades extraordinárias dos superiores. Essas qualidades podem ser naturais ou sobrenaturais. Exemplo: liderança destacada de membro de 6 WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Universi- dade de Brasília, vol. I, 1991. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá uma equipe por suas capacidades técnicas e conceituais ou uma liderança religiosa que arrebata multidões. A dominação legal (sociedade legal) refere-se à submissão coletiva a um con- junto de regras formalmente definidas e aceitas por todos os integrantes. Essas regras determinam a que e a quem se deve obedecer. Essa opção é a que descreve corretamente a concepção weberiana de autoridade burocrática. Exemplo: em- pregado que recebe ordens de um superior, de acordo com cláusulas de contrato assinado. 4. Abordagens sobre Liderança Os conceitos e abordagens sobre liderança foram se desenvolvendo ao longo do tempo, sofrendo alterações na forma de conceber a figura do líder. As principais fontes doutrinárias dividem os conceitos sobre liderança em três abordagens: • abordagem dos traços de personalidade; • abordagem dos estilos de liderança ou comportamentais; e • abordagem contingencial ou situacional. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Podemos afirmar que, geralmente, um líder utiliza diferentes estilos de liderança. Certo. Um bom líder deve ter a capacidade de analisar uma situação e, de forma ágil, identificar quais as ações que precisam ser tomadas. O líder que entrega melhores resultados é aquele que atua com flexibilidade, combinando e adequando estilos de liderança. 4.1. Abordagem dos Traços de Personalidade As teorias sobre os traços de personalidade do indivíduo são as mais antigas a respeito da liderança, com pesquisas iniciadas na década de 1920. Um traço é uma qualidade ou característica distintiva da personalidade. Para es- sas teorias, o líder apresenta características marcantes de personalidade por meio O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá das quais pode influenciar o comportamento das demais pessoas. Cada autor espe- cifica alguns traços característicos de personalidade que definem o líder, tais como: • Traços físicos: energia, aparência pessoal, estatura e peso; • Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autocon- fiança; • Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade adminis- trativa; • Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização, persistência e iniciativa. No entanto, essa ideia de considerar a liderança como algo nato – o indivíduo nasce líder ou liderado – mostrou-se incompleta para explicar outros aspectos que envolvem a liderança, em especial, a distinção entre líderes eficazes e não eficazes. Assim, atualmente temos as teorias dos traços da personalidade como sem aplicabilidade, já que o desenvolvimento gradativo da liderança é algo que já se concretizou como entendimento dominante. Abordagens teóricas de liderança que se baseiam em traços de personalidade têm a ver com as características de personalidade dos liderados que podem ser usadas para melhorar o clima organizacional. Errado. As abordagens teóricas de liderança que se baseiam em traços de personalidade têm a ver com as características de personalidade dos líderes, e não dos liderados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Além disso, a melhora do clima organizacional não é a função principal dos estudos de liderança. Os conceitos e abordagens sobre liderança se relacionam com a forma de conceber a figura do líder. 4.2. Abordagem dos Estilos de Liderança ou Comportamental As teorias dos estilos de liderança ou comportamentais procuram enfatizar os comportamentos que diferenciam os líderes uns dos outros. 4.2.1. Estilos Básicos de Liderança Os estudos idealizados por Kurt Lewin e desenvolvidos por Ralph K. White e Ronald Lippitt, na Universidade de Iowa, Estados Unidos, culminaram na apresen- tação de três diferentes estilos básicos de liderança: o autocrático (autoritário), o liberal (laissez-faire) e o democrático. Essas pesquisas chegaram às seguin- tes conclusões: Liderança autocrática: • a liderança autocrática enfatiza somente o líder; o líder centraliza totalmente a autoridade e as decisões; os subordinados não têm nenhuma liberdade de escolha; o líder autocrático é dominador, emite ordens e espera obediência cega dos subordinados; • os grupos submetidos à liderança autocrática apresentam maior volume de trabalho produzido, com evidentes sinais de tensão, frustração e agressivi- dade; • o líder é temido pelo grupo, que só trabalha quando ele está presente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá O gestor que define astarefas, os empregados e os auxiliares que as executarão exerce o estilo de liderança denominado liberal. Errado. A liderança liberal enfatiza total liberdade para a tomada de decisões. O estilo de liderança apresentado na afirmativa é o autocrático, no qual o líder toma as deci- sões sem nenhuma participação do grupo. Liderança Liberal (Laissez-Faire): • a liderança liberal enfatiza somente o grupo; o líder permite total liberdade para a tomada de decisões individuais ou em grupos, participando delas ape- nas quando solicitado pelo grupo; o comportamento do líder é evasivo e sem firmeza; • os grupos submetidos à liderança liberal não se saíram bem quanto à quali- dade do trabalho, com fortes sinais de individualismo, desagregação do gru- po, insatisfação, agressividade e pouco respeito ao líder; • o líder é ignorado pelo grupo. Líderes liberais são aqueles que adotam postura consultiva, compartilhando com suas equipes a tomada de decisão. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Errado. A liderança liberal enfatiza total liberdade para a tomada de decisões individuais ou em grupos, participando delas apenas quando solicitado pelo grupo. A afirmativa, na verdade, trata da liderança democrática. Liderança democrática ou consultiva: • a liderança democrática enfatiza a relação entre líder e grupo: o líder é extre- mamente comunicativo, encoraja a participação das pessoas e se preocupa igualmente com o trabalho e com o grupo; o líder atua como um facilitador para orientar o grupo, ajudando nas definições dos problemas e nas soluções, coordenando as atividades e sugerindo ideias; • os grupos submetidos à liderança democrática apresentaram boa quantidade de trabalho e qualidade surpreendentemente melhor, acompanhadas de um clima de satisfação, integração grupal, responsabilidade e comprometimento das pessoas; • o líder é ativamente participativo. A liderança democrática é aquela em que o líder delega totalmente as decisões para que o grupo efetue suas tarefas completamente à vontade e sem controle. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Errado. A liderança democrática enfatiza a relação entre líder e grupo, que encoraja a par- ticipação das pessoas e se preocupa igualmente com o trabalho e com o grupo; o líder ajuda nas definições dos problemas e nas soluções, coordenando as atividades e sugerindo ideias. A liderança descrita na afirmativa é denominada de liberal (laissez-faire), e não de democrática. Diante desses resultados, o autor Idalberto Chiavenato7 apresenta as principais características de cada estilo de liderança, que são amplamente cobradas em pro- vas de concursos. Vejamos: Características LIDERANÇA AU- TOCRÁTICA LIDERANÇA LI- BERAL (permissiva ou laissez–faire) LIDERANÇA DE- MOCRÁTICA Tomada de deci- sões Apenas o líder decide e fixa as dire- trizes, sem qualquer participação do grupo. Total liberdade para a tomada de deci- sões grupais ou indivi- duais, com participa- ção mínima do líder. As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, que é esti- mulado e assistido pelo líder. 7 CHIAVENATO, I. Gerenciando com as pessoas: transformando o executivo em um excelente gestor de pes- soas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Programação dos trabalhos O líder determina providências para a execução das tare- fas, uma por vez, na medida em que são necessárias e de modo imprevisível para o grupo. A participação do líder no debate é limitada, apresentando apenas alternativas ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações, desde que solicitadas. O próprio grupo esboça providências e técnicas para atingir o alvo com o aconselha- mento técnico do líder. As tarefes ganham novos contornos com os debates. Divisão do traba- lho O líder determina qual a tarefa que cada um deverá executar e qual seu companheiro de trabalho. Tanto a divisão das tarefas como a escolha dos colegas ficam por conta do grupo. Abso- luta falta de participa- ção do líder. A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada mem- bro tem liberdade de escolher seus próprios colegas. Participação do líder O líder é pessoal e dominador nos elogios e nas críticas ao traba- lho de cada um. O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o curso das coisas. Faz apenas comentários quando perguntado. O líder procura ser um membro normal do grupo. É objetivo e estimula com fatos, elogios ou críticas. 4.2.2. Classificação do Comportamento dos Líderes A classificação do comportamento dos líderes é resultado de pesquisas realiza- das nas Universidades de Michigan e Ohio (Estados Unidos). As pesquisas de Ohio estabeleceram dois tipos de estruturas de liderança: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá • Estrutura de iniciação: grau em que um líder consegue estruturar o próprio papel e dos funcionários na busca do alcance de objetivos. Inclui a organiza- ção do trabalho, das relações de trabalho e a definição de metas; • Estrutura de consideração: grau em que uma pessoa é capaz de manter relacionamentos de trabalho caracterizados por confiança mútua, respeito às ideias do funcionário e cuidado com seus sentimentos. De forma bastante semelhantes, os resultados das pesquisas de Michigan con- cluíram por duas orientações de liderança: • A dimensão da liderança centrada nas tarefas (produção) envolve o ponto no qual o líder se concentra nas tarefas a ser desempenhadas, no progresso que esteja sendo feito e nas maneiras de cumprir o trabalho. Esse líder também tem diversas formas de caracterização, como autocrático, res- tritivo, orientado para a tarefa, socialmente distante, diretivo ou estruturalis- ta. A essência do estilo desse líder é uma preocupação excessiva com a tarefa em si, e não com os trabalhadores como pessoas; • A dimensão da liderança centrada nas pessoas (funcionários) envolve o ponto no qual o líder se concentra nas pessoas que lidera, considerando sentimentos e qualidades de suas relações mútuas. Um líder assim é descrito de diversas formas: democrático, permissivo, orientado para seus seguido- res, participativo ou bem-educado. A essência do estilo desse líder é a sensi- bilidade aos subordinados como pessoas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217,vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Os estudos sobre liderança e a influência do comportamento do líder sobre a atua- ção e produtividade dos liderados ganharam ênfase nos anos 1940, sendo emble- máticos aqueles desenvolvidos por estudiosos da Universidade de Ohio e da Univer- sidade de Michigan. Dentre esses últimos, emergiu a Teoria Bidimensional, segundo a qual é possível identificar duas dimensões do comportamento da liderança: orien- tação para o funcionário (pessoas) e orientação para a produção (tarefas). Certo. As pesquisas de Michigan concluíram por duas orientações de liderança: a dimen- são da liderança centrada nas tarefas (produção) e a dimensão da liderança cen- trada nas pessoas (funcionários). 4.2.3. Estilos de Liderança de Rensis Likert Rensis Likert, tomando por base as duas orientações básicas de orientação para tarefas e pessoas, identificou um sistema composto por quatro tipos básicos de estilos de liderança: autoritário coercitivo 1, autoritário benevolente 2, con- sultivo 3 e participativo 4. No sistema autoritário coercitivo 1, o processo de decisão compete somente ao topo da organização, com um ambiente dotado de punição, pouca comunicação e nenhuma confiança nos subordinados, havendo recompensas ocasionais. No sistema autoritário benevolente 2, o processo de decisão ainda é cen- tralizado, mas com um pouco de interação dos subordinados de forma controlada e O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá certa flexibilidade no desempenho das tarefas. A motivação dos funcionários conti- nua baseada em algum medo ou punição e algumas recompensas. No sistema consultivo 3, o líder procura descentralizar mais as decisões orga- nizacionais, solicitando algumas ideias e opiniões dos funcionários. Continua a usar as recompensas materiais como forma de motivação para execução das tarefas e utiliza-se, ocasionalmente, das sanções. No sistema participativo 4, o líder propicia um ambiente de envolvimento, confiança e participação dos funcionários, utilizando-se das ideias e sugestões de uma forma construtiva em todo o processo de tomada de decisão, fornecendo mais liberdade para a equipe organizacional agir, de maneira a não aplicar mais puni- ções. As recompensas são de cunho social. Em suma, temos o seguinte: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá 4.2.4. Grid (grade) de Liderança ou Gerencial O Grid (grade) de Liderança ou Gerencial é uma ferramenta desenvolvida por Robert R. Blake e Jane S. Mouton que apresenta uma matriz com cinco estilos de liderança diferentes. A grade, baseada nas orientações de líder orientado para as tarefas (traba- lho) e líder orientado para as pessoas (empregado), é composta por um diagra- ma que apresenta duas variáveis: • uma relacionada às tarefas (trabalho, produção), chamada de eixo horizontal “X”); e • outra relacionada às pessoas (relações, empregado), chamada de eixo ver- tical “Y”). O grid possui intervalos ordenados de 1 a 9, formando uma matriz bidimensio- nal (9 por 9), tendo: • o número 1 como a grandeza de menor intensidade; • o número 9 a de maior intensidade; e • o número 5 representando um grau intermediário. Assim, a matriz agrega 81 posições, nas quais estão distribuídos os tipos de gerenciamento identificados. Vejamos a disposição dessa grade: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Analisando essa matriz bidimensional, podemos identificar cinco estilos de lide- rança diferentes: O líder liberal (gerência empobrecida) (1,1): caracterizado por ser um líder pouco sociável, por abdicar da tomada de decisão e por não se comunicar muito com a equipe, aplicando o mínimo esforço na realização da tarefa. O líder simpático (gerência de clube de campo) (1,9): caracterizado por ser um líder sociável, menos formal e que evita o conflito. Coloca a produção e as tarefas em segundo plano, concentrando-se nas necessidades das pessoas. O líder autocrático (gerência de tarefas) (9,1): caracterizado por ser um líder que dá prioridade à produção e à tarefa. Possui um estilo mais diretivo ao nível da tomada de decisão e é pouco sociável. O líder intermediário (gerência de meio termo) (5,5): caracterizado por ser um líder que tem as suas prioridades equiparadas entre a produção e as O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá pessoas. É moderado socialmente e a tomada de decisão é uma mistura do estilo diretivo com o consultivo. O líder integrador (gerência em equipe) (9,9): caracterizado por ser um líder com uma forte preocupação quer com a produção, quer com as pessoas. Re- conhece a importância de cada um dos elementos da equipe para a realização das tarefas, é sociável e adota um estilo mais participativo. É considerado, pelo modelo, o estilo de liderança mais eficaz. 4.3. Abordagem Contingencial ou Situacional A abordagem contingencial ou situacional enfatiza que o estilo de liderança deve se ajustar à contingência ou à situação, pois, assim como a situação varia, também variam os requisitos de liderança. A expressão “contingência” denota a possibilida- de de que alguma coisa aconteça ou não. A liderança situacional ou o líder que se adapta diante de certas situações se origina da relação entre estilo do líder, característica do liderado e situação encon- trada. Portanto, as teorias contingenciais ou situacionais tratam a liderança dentro de um contexto mais amplo, considerando que não existe um estilo único de liderança válido para toda e qualquer situação. 4.3.1. Teoria Contingencial de Fiedler A teoria contingencial de Fred Fiedler identifica dois tipos de liderança: a lide- rança orientada para as relações e a liderança orientada para tarefa. Essa teoria propõe que a eficácia do desempenho do grupo depende da adequação entre o estilo do líder e o grau de controle que a situação lhe proporciona. Nesse sentido, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br26 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Fiedler identifica três dimensões contingenciais ou situacionais que determinam a eficácia de liderança: As relações entre líder e liderado – o grau de confiança, credibilidade e res- peito que os membros do grupo têm em seu líder. A estrutura da tarefa – o grau de procedimentos estabelecidos no trabalho (tarefas estruturadas ou não estruturadas). Tarefas muito bem definidas, com alto grau de organização e certeza (estruturadas) são favoráveis para o líder, enquanto que tarefas desorganizadas e imprevisíveis (não estruturadas) são desfavoráveis ao líder. O poder de posição – o grau de influência que um líder tem sobre as variáveis de poder, tais como: poder de contratar, demitir, conceder promoções e aumentos salariais. A combinação dessas três dimensões faz surgir oito estilos de liderança: SITUAÇÃO RELAÇÕES EN- TRE LÍDER E LIDE- RADO ESTRUTURA DA TAREFA PODER DE PO- SIÇÃO 1 Boas Alta Forte 2 Boas Alta Fraco 3 Boas Baixa Forte 4 Boas Baixa Fraco 5 Fracas Alta Forte 6 Fracas Alta Fraco 7 Fracas Baixa Forte 8 Fracas Baixa Fraco Perceba que as situações 1, 2 e 3 possuem mais aspectos positivos que nega- tivos, logo, serão altamente favoráveis quando se necessitar de um líder orientado para a tarefa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Já as situações 4, 5, 6 e 7 são moderadamente favoráveis quando se necessita de um líder orientado para as pessoas. Por fim, a situação 8 é altamente desfavorável quando se necessita de um líder orientado para as pessoas. Por isso, Fiedler chegou às seguintes conclusões: • Situações altamente favoráveis e altamente desfavoráveis (os dois extre- mos), pedem líderes orientados para as tarefas; • Situações moderadamente favoráveis (meios), pedem líderes orientados para as pessoas. Um administrador acaba de assumir a chefia da área de operações da empresa em que trabalha. O administrador tem pouco tempo de casa e sua promoção foi vista com desconfiança e insatisfação pelos colegas de equipe. Pelo modelo contingencial de liderança de Fiedler, na situação descrita, o estilo de liderança mais eficaz seria orientado para o relacionamento. Errado. A promoção do administrador foi vista com desconfiança e insatisfação pelos cole- gas de equipe. Logo, ele está em situação altamente desfavorável, sendo indicada a liderança com orientação para as tarefas, e não para o relacionamento. 4.3.2. Teoria Contingencial de Tannenbaun e Schmidt A teoria desenvolvida por Robert Tannenbaum e Warren Schmidt apresentam três critérios para avaliar a situação que envolve o contexto da liderança: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá • O próprio gerente: o comportamento do líder é influenciado pelos seus valores, seu conhecimento, sua experiência e sua formação. Um líder que reconhece a democracia como uma prática necessária tenderá a adotar uma liderança democrática com os seus subordinados. Assim, a maneira como o líder vê e sente o mundo influenciará diretamente na maneira como se com- porta nas relações com os indivíduos sob sua liderança; • Os funcionários: as características (personalidade, comportamento, rela- cionamento, vínculos) dos subordinados influenciam diretamente a escolha e a eficácia do estilo de liderança. Os autores afirmam que o líder deve estar atento para proporcionar situações para que os liderados possam desenvolver sentimentos como comprometimento com os objetivos da organização, capa- cidade de identificar situações desfavoráveis para a realização das tarefas e senso de responsabilidade ante à necessidade de tomada de decisões; • A situação: o ambiente da organização, a natureza da tarefa, as pressões para as realizações dos objetivos apresentados pela organização e o grupo de trabalho caracterizam a situação. A partir dessas variáveis, os melhores estilos de liderança devem ser escolhidos e aplicados para se obter maior eficácia. 4.3.3. Teoria Contingencial de House e Miltchell – Teoria Caminho-Meta ou Caminho-Objetivo A Teoria Caminho-Meta ou Caminho-Objetivo, de Robert J. House e Terence R. Mitchell, preconiza que o líder deve atuar por meio do exercício de quatro estilos de comportamento: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá • Estilo de liderança diretiva: caracterizado por um líder que deixa claro aos subordinados o que é esperado deles, proporciona orientação específica sobre o que deve ser feito e como isso deve ser realizado. Esclarece o posi- cionamento de cada um, programa as atividades a serem realizadas, mantém padrões de desempenho definidos e orienta os subordinados para o cumpri- mento das regras e regulamentos definidos. Portanto, é ideal para situações de conflitos, em que o líder dá as orientações específicas sobre o que se es- pera de cada um subordinado; A liderança diretiva é adequada quando as tarefas são ambíguas, mas pode ser percebida como redundante por liderados experientes. Certo. Na liderança diretiva, o líder explica o que e como devem ser realizadas as tarefas pelos subordinados. Por isso, a liderança diretiva pode ser percebida como redun- dante por liderados com grande capacidade de percepção ou com razoável experi- ência. • Estilo de liderança de suporte ou apoiadora: caracterizado por um líder amigável e acessível, que demonstra preocupação com a condição, bem-estar e necessidades dos subordinados. Esse líder faz pequenas coisas para deixar o trabalho mais prazeroso, trata os membros como iguais e se coloca como amigável e acessível; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá • Estilo de liderança participativa: caracterizado por um líder que consulta seus subordinados, solicita suas sugestões e leva em consideração essas su- gestões antes de tomar decisões; • Estilo de liderança orientada para a conquista ou resultados: carac- terizado por um líder que determina metas desafiadoras, espera de seus subordinados o mais alto desempenho, continuamente busca melhorias de desempenho e demonstra alto grau de confiança de que os subordinados assumirão as responsabilidades, dedicarão maiores esforços e cumprirão as metas desafiadoras. Esse tipo de líder constantemente enfatiza a excelência no desempenho e simultaneamente demonstra confiança de que os subordi- nados atingirão altos padrões de excelência. 4.3.4. Teoria Situacional 3D de Reddin A ideia central da Teoria 3Dde desenvolvimento de Eficácia, de William J. Red- din, consiste no líder desenvolver três habilidades gerenciais básicas: • Sensitividade situacional: a habilidade para diagnosticar situações; • Flexibilidade de estilo: a habilidade de se adaptar às demandas do con- texto; • Destreza de gerência situacional: a habilidade de transformar uma dada realidade. Para a Teoria 3D, a eficácia do gerente é mensurada proporcionalmente ao quanto ele é capaz de adequar o próprio estilo às situações de mudança. Essa te- oria baseou-se nas pesquisas da Universidade de Michigan, que consideravam a classificação do líder orientado para as tarefas (trabalho) e do líder orientado para as pessoas (empregado). Para a teoria 3-D, existem quatro estilos gerenciais bá- sicos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá • Estilo relacionado: que se orienta exclusivamente para as relações que es- tabelece entre as pessoas; • Estilo dedicado: que, na sua atuação, dá ênfase às tarefas a serem realiza- das; • Estilo separado: tem uma atuação deficitária tanto no que diz respeito às inter-relações, quanto à realização das tarefas; • Estilo integrado: que consegue conjugar, de forma concomitante, uma atu- ação eficaz tanto voltada para a relação entre as pessoas quanto para a rea- lização das tarefas. Desses estilos, podemos estabelecer os quadrantes que enfatizam a orientação para as tarefas e a orientação para as pessoas: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá 4.3.5. Teoria Situacional de Hersey e Blanchard A teoria situacional de Paul Hersey e Ken Blanchard identifica quatro compor- tamentos ou estilos de liderança: diretivo, persuasivo, compartilhador e dele- gador. Cada estilo é uma combinação de direcionamento para a tarefa – à medida com que o líder dirige os liderados, dizendo o que, onde e como fazer – e para as pessoas – à medida com que o líder se empenha em comunicar, apoiar e encorajar os seus liderados. Essa teoria possui um outro fundamento importante: a maturidade dos lidera- dos, entendida como a capacidade e a disposição (interesse) das pessoas em assu- mir a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento. Portanto, dois termos envolvem o conceito de maturidade: a capacidade (maturidade de trabalho), que está relacionada com o conhecimento e a capacidade técnica e a disposição (maturidade psicológica), relacionada com o interesse ou motivação para reali- zar alguma coisa. A teoria situacional de Paul Hersey e Ken Blanchard propõe que o estilo de liderança mais eficaz depende do nível de prontidão dos subordinados, que se refere ao grau de capacidade e ao interesse em desempenhar uma determinada tarefa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Certo. Para a Teoria da Liderança Situacional, de Hersey e Blanchard, a maturidade dos liderados, entendida como a capacidade e a disposição (interesse) das pessoas em assumir a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento. Pois bem! Vamos agora analisar os quatro comportamentos ou estilos de lide- rança propostos pela teoria: • Estilo diretivo (determinar ou comandar) – maturidade baixa – M1 ou E1: quando pessoas que não têm motivação e nem capacidade de assumir responsabilidades por determinada tarefa. Nesse contexto, cabe o estilo que dá ordens, orientações e supervisão claras e específicas, em que o líder define e especifica o que os liderados devem fazer, como, quando e onde fazer. Aqui o foco é nas tarefas. Assim, temos alto grau de ênfase nas tarefas e baixo grau de ênfase no relacionamento; • Estilo persuasivo (persuadir ou negociar) – maturidade entre baixa e moderada – M2 ou E2: quando pessoas que não têm capacidade, mas têm disposição para assumir responsabilidades por determinada tarefa. Nesse contexto, a maior parte da direção para as tarefas é fornecida pelo líder, mas o líder procura com que os liderados se sintam psicologicamente convencidos a adotarem os comportamentos desejados. Assim, temos ênfase tanto nas tarefas como no relacionamento; • Estilo compartilhador (compartilhar ou participar) – maturidade en- tre moderada e alta – M3 ou E3: quando pessoas que têm capacidade, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá mas não estão dispostas a assumir responsabilidades por determinada tarefa. Nesse contexto, o líder precisa apoiar o lado psicológico dos liderados, para que utilizem a capacidade que já possuem. Líder e liderados compartilham decisões. Assim, temos alto grau de ênfase no relacionamento e baixo grau de ênfase nas tarefas; • Estilo delegador (delegar) – maturidade alta – M4 ou E4: quando as pessoas que têm capacidade e estão dispostas a assumir responsabilidades por determinada tarefa. Nesse contexto, o líder pode delegar as tarefas na confiança de que os liderados as executarão sem maiores problemas. Assim, temos baixo grau de ênfase no relacionamento e baixo grau de ênfase nas tarefas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Obs.: � uma das críticas à teoria situacional de Hersey e Blanchard se refere ao tratamento do tipo “pulso forte” aos subordinados “imaturos”. Esse tipo de comportamento por parte da liderança não estimularia o desenvolvimento dos subordinados. Os preceitos da Teoria da Liderança Situacional, desenvolvida por Hersey e Blan- chard, sustenta, entre outros conceitos, que a eficácia da liderança está fortemente imbricada com a adequação do estilo do líder ao grau de maturidade dos liderados. 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Esse autor, no final da década de 1980, juntamente com Joe Garcia, atualizou sua teoria e especificou o estresse como forma de desvantagem situacional e como a inteli- gência e a experiência de um líder influenciam sua reação ao estresse. A base dessa teoria reside na dificuldade de o líder pensar logicamente perante forte tensão, e que a sua inteligência e experiência são diferenciais nas situações de alta ou baixa tensão. Em suma: • a experiência de vida do líder é mais importante para o bom desempenho em situações de alta tensão; • em situações de baixa tensão, a inteligência do líder é mais importante para o bom desempenho que a experiência. 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Teoria de Participação e Liderança de Vroom, Yetton e Jago O modelo de participação e liderança, que também é conhecido como modelo normativo ou prescritivo, foi inicialmente apresentado por Vroom e Yetton (1973) e, posteriormente, aprimorado com as contribuições de Vroom e Jago (1988). Segundo Robbins (2002)8, essa teoria enfatiza a importância do grau de partici- pação dos subordinados nos processos de tomada de decisão por parte dos líderes, a depender das características da situação. A decisão do grau de participação ocorre a partir das respostas a 07 (sete) per- guntas-chave, consideradas como variáveis contingenciais do modelo: • importância da qualidade técnica da decisão; • suficiência das informações para tomar uma decisão de qualidade; • estruturação do problema de forma a permitir ao líder saber que informações são necessárias para resolvê-lo e como obtê-las; 8ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá • importância da aceitação dos subordinados para a eficácia da decisão; • motivação dos subordinados para alcançar as metas da organização; e • possibilidade de a decisão final gerar conflito entre os subordinados. Com base nas respostas “sim” ou “não” a cada uma dessas perguntas, decor- rem os cinco métodos de tomada de decisão possíveis: • Líder AI (Autocrático I) – toma a decisão sozinho, utilizando apenas a in- formação que tem disponível; • Líder AII (Autocrático II) – solicita informação adicional aos subordinados e, em seguida, toma a decisão sozinho; • Líder CI (Consultivo I) – partilha o problema com os subordinados, pede- -lhes informações e sugestões, individualmente, e toma sozinho a decisão; • Líder CII (Consultivo II) – reúne-se com os subordinados em grupo para discutir o problema, mas toma a decisão sozinho; e • Líder GII (Grupo) – reúne-se com os subordinados para discutir o proble- ma. O líder concentra-se e direciona a discussão, mas não impõe sua vontade e o grupo toma a decisão final. 4.4. Liderança Transacional e Liderança Transformacional 4.4.1. Liderança Transacional Segundo Maximiano (2002)9, na liderança transacional, para atingir os objeti- vos propostos, o líder utiliza os interesses dos liderados, recompensando-os mate- rialmente ou emocionalmente pelo alcance das metas. 9 MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Atlas, 2002. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá A liderança transacional baseia-se no princípio de que o desempenho e a com- petência devem ser recompensados segundo algum critério. O líder transacional estabelece metas e oferece incentivos para sua realização. Tanto o gerente quanto o funcionário (ou líder e liderado), em uma relação transacional, enxergam o traba- lho como um sistema de trocas entre contribuições e recompensas. A troca tende a ser racional, sem o fundo carismático e emocional que caracteriza a liderança transformacional, que veremos a seguir. A liderança transacional é pautada, principalmente, pela obediência às regras e cumprimento das metas estabelecidas, além de seguir a ideia de recompensa pro- porcional ao desempenho. Certo. Para atingir os objetivos propostos, o líder utiliza os interesses dos liderados, re- compensando-os materialmente ou emocionalmente pelo alcance das metas. 4.4.2. Liderança Transformacional Segundo o mesmo autor, a liderança transformacional, também chamada de “carismática”, tem como essência a premiação por parte do líder à realização da própria tarefa; os liderados recebem recompensas de conteúdo moral e o líder empenha-se em fazer com que os seus liderados atinjam suas metas superando os seus interesses individuais com o máximo de comprometimento, tornando-se, assim, fiéis seguidores. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Para tanto, os líderes atentam-se para as necessidades e potencialidades dos liderados, trabalham com a emoção e coragem dos seguidores, trazendo inspiração para que ofereçam o máximo de si, ou seja, criam meios de motivar e guiar os li- derados, a partir de valores e padrões estabelecidos, aos objetivos estabelecidos. Alguns exemplos de recompensas carismáticas são: satisfação e oportunidade de crescimento pessoal, possibilidade de participar de projetos desafiadores, agra- decimentos pelo desempenho, promessa de desenvolvimento de competências, dentre outras. A liderança transformacional está associada, portanto, ao carisma. De origem grega, a palavra “carisma” significa inspiração divina, que tem a capacidade de re- alizar milagres e predições. Entre as características do líder carismático, aponta-se a confiança nos seguidores e a similaridade de crenças. Os liderados apresentam aceitação incondicional dos líderes, obediência espontânea, envolvimento emocio- nal com a missão, alto nível de desempenho e crença na capacidade de contribui- ção. O quadro abaixo aponta as principais características entre as lideranças transa- cionais e as lideranças transformacionais:LIDERANÇA TRANSACIONAL LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL Líder negociador Líder inspirador Liderança baseada na promessa de recompensas Liderança transformadora (líder é agente de mudanças) Liderança manipulativa Liderança revolucionária (líder é reno- vador) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá O sistema de objetivos ou missão é calculista: a obediência é conseguida por meio da expectativa ou oferecimento de recompensa. O sistema de objetivos ou missão é moral: a obediência dos seguidores é fruto da crença ou fé na pessoa do líder ou no que ele representa. Em relação aos líderes transformacionais, podemos afirmar que eles negociam a troca de recompensas por esforço e reconhecem as conquistas. Errado. Os líderes transformacionais inspiram seus liderados a transcender os próprios in- teresses pelo bem da organização ou do grupo. A afirmativa caracterizou, na verdade, o estilo de liderança transacional. 4.5. Outros Estilos de Liderança Podemos considerar como novas abordagens alguns outros estilos contemporâ- neos de liderança, que seguem outros padrões não referenciados pelas abordagens dos traços, comportamental, contingencial ou situacional. Vejamos alguns desses estilos citados pela doutrina: Líder carismático – aquele que inspira em seus liderados a confiança, aceita- ção incondicional, obediência espontânea e envolvimento emocional. O líder caris- mático é visto por seus liderados como alguém que possui qualidades excepcionais. Um exemplo desse tipo de líder são os líderes religiosos, como Jesus Cristo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 42 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Líder executivo: aquele que surgiu por causa da busca das organizações pela obtenção da ordem. Costuma possuir muitas habilidades técnicas e competência. Líder coercitivo: aquele que exerce a liderança através da coerção ou violên- cia, que pode ser verbal ou física. Nesse estilo de liderança, a relação entre líder e liderado é instável. A competência exigida de uma liderança que não pode lidar com a iminência de uma crise é um estilo coercitivo. Certo. Situações urgentes exigem decisões urgentes, as quais são mais facilmente exer- cidas pelo uso do poder e do controle. Nesse sentido, surge a necessidade de um líder com “pulso firme” para reconduzir e estabilizar as relações, por meio do uso da força da sua posição. Líder distributivo: aquele que apenas delega tarefas, sempre controlando, acompanhando de perto e cobrando resultados. É o líder que não constrói nem destrói, mantendo um posicionamento de “posições e papéis”. Líder educativo: aquele que costuma dar o exemplo; seus liderados têm uma relação de responsabilidade com o trabalho. É a liderança na qual existe abertura para troca de conhecimentos, não apenas técnicos, mas também humanos. Líder inspirador: aquele que raramente precisa dar ordens a seus liderados, pois eles se sentem atraídos pela figura do líder e estão dispostos a fazer o que é necessário. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 43 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá RESUMO Liderança: influência exercida sobre determinada situação pelo processo de comunicação, visando um ou mais objetivos. Influência formal: aquela conferida pela organização por meio de um ato for- mal, vinculada às atividades de gestão. Influência informal: aquela que ocorre de forma espontânea, sem aspectos de formalidades organizacionais. Poder: potencial de influência que pode ou não ser efetivamente realizado. Fontes de poder: • Poder de recompensa: baseia-se numa pessoa (o influenciador) que tenha a capacidade de recompensar outra (o influenciado) pelo cumprimento de ordens ou pela realização de outras exigências; • Poder coercitivo: é o lado negativo do poder de recompensa, no qual a pu- nição pode ir desde pequenos privilégios até a perda do emprego; • Poder legítimo: é decorrente da posição hierárquica detida, ou seja, da pos- se de autoridade formal; • Poder de competência, especialização ou perito: é a influência exercida como resultado de habilidade especial ou conhecimento; • Poder de referência: é o poder que se refere à identificação do indivíduo com outro, seja por motivos pessoais ou por recursos desejáveis. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 44 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá Instrumentos de poder: • Poder condigno: destaca-se pela capacidade de impor ao indivíduo ou a um grupo uma alternativa desagradável e penosa o suficiente para fazê-lo desis- tir de suas preferências pessoais, usando-se até mesmo punições físicas para tal finalidade (desconforto, dores e até torturas); • Poder compensatório: ocorre pela conquista por meio de submissão em troca de favorecimentos, como aumentos salariais, promoções e outras re- compensas, nem sempre legais; • Poder condicionado: é exercido pela mudança de uma convicção. Estão in- seridos nele a persuasão, a educação e o compromisso social com o que quer que nos pareça certo. Tipologia de dominação de Max Weber: • Dominação tradicional (sociedade tradicional): ocorre na situação em que a obediência se dá por motivos de hábito, em que tal comportamento já faz parte dos costumes e está enraizado na cultura da sociedade; • Dominação carismática (sociedade carismática): sustenta-se pela crença dos subordinados nas qualidades extraordinárias dos superiores; • Dominação legal (sociedade legal): refere-se à submissão coletiva a um conjunto de regras formalmente definidas e aceitas por todos os integrantes. Abordagem dos traços de personalidade: o líder apresenta características marcantes de personalidade por meio das quais pode influenciar o comportamento das demais pessoas. Liderança autocrática: enfatiza somente o líder; o líder centraliza totalmente a autoridade e as decisões; os subordinados não têm nenhuma liberdade de es- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 45 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá colha; o líder autocrático é dominador, emite ordens e espera obediência cega dos subordinados. Liderança liberal (laissez-faire): enfatiza somente o grupo; o líder permite total liberdade para a tomada de decisões individuais ou em grupos, participando delas apenas quandosolicitado pelo grupo; o comportamento do líder é evasivo e sem firmeza. Liderança democrática ou consultiva: enfatiza a relação entre líder e gru- po: o líder é extremamente comunicativo, encoraja a participação das pessoas e se preocupa igualmente com o trabalho e com o grupo; o líder atua como um facilita- dor para orientar o grupo, ajudando nas definições dos problemas e nas soluções, coordenando as atividades e sugerindo ideias. Liderança centrada nas tarefas (produção): envolve o ponto no qual o líder se concentra nas tarefas a ser desempenhadas, no progresso que esteja sendo fei- to e nas maneiras de cumprir o trabalho. Liderança centrada nas pessoas (funcionários): envolve o ponto no qual o líder se concentra nas pessoas que lidera, considerando sentimentos e qualidades de suas relações mútuas. Estilos de liderança de Rensis Likert: • Liderança autoritária coercitiva: o processo de decisão compete somente ao topo da organização, com um ambiente dotado de punição, pouca comu- nicação e nenhuma confiança nos subordinados, havendo recompensas oca- sionais; • Liderança autoritária benevolente: o processo de decisão ainda é centrali- zado, mas com um pouco de interação dos subordinados de forma controlada e certa flexibilidade no desempenho das tarefas. A motivação dos funcioná- rios continua baseada em algum medo ou punição e algumas recompensas; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 46 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá • Liderança consultiva: o líder procura descentralizar mais as decisões orga- nizacionais, solicitando algumas ideias e opiniões dos funcionários. Continua a usar as recompensas materiais como forma de motivação para execução das tarefas e utiliza-se, ocasionalmente, das sanções; • Liderança participativa: o líder propicia um ambiente de envolvimento, confiança e participação dos funcionários, utilizando-se das ideias e suges- tões de uma forma construtiva em todo o processo de tomada de decisão, fornecendo mais liberdade para a equipe organizacional agir, de maneira a não aplicar mais punições. As recompensas são de cunho social. Grid (grade) de Liderança ou Gerencial: • Líder liberal (gerência empobrecida) (1,1): caracterizado por ser um lí- der pouco sociável, por abdicar da tomada de decisão e por não se comunicar muito com a equipe, aplicando o mínimo esforço na realização da tarefa; • Líder simpático (gerência de clube de campo) (1,9): caracterizado por ser um líder sociável, menos formal e que evita o conflito. Coloca a produção e as tarefas em segundo plano, concentrando-se nas necessidades das pes- soas; • Líder autocrático (gerência de tarefas) (9,1): caracterizado por ser um líder que dá prioridade à produção e à tarefa. Possui um estilo mais diretivo ao nível da tomada de decisão e é pouco sociável; • Líder intermediário (gerência de meio termo) (5,5): caracterizado por ser um líder que tem as suas prioridades equiparadas entre a produção e as pessoas. É moderado socialmente e a tomada de decisão é uma mistura do estilo diretivo com o consultivo; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 47 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá • Líder integrador (gerência em equipe) (9,9): caracterizado por ser um líder com uma forte preocupação quer com a produção, quer com as pessoas. Teoria contingencial de Fiedler: • Relações entre líder e liderado: o grau de confiança, credibilidade e res- peito que os membros do grupo têm em seu líder; • Estrutura da tarefa: o grau de procedimentos estabelecidos no trabalho (tarefas estruturadas ou não estruturadas); • Poder de posição: o grau de influência que um líder tem sobre as variáveis de poder. Teoria contingencial de Tannenbaun e Schmidt: • Gerente: o comportamento do líder é influenciado pelos seus valores, seu conhecimento, sua experiência e sua formação; • Funcionários: as características (personalidade, comportamento, relaciona- mento, vínculos) dos subordinados influenciam diretamente a escolha e a eficácia do estilo de liderança; • Situação: o ambiente da organização, a natureza da tarefa, as pressões para as realizações dos objetivos apresentados pela organização e o grupo de tra- balho caracterizam a situação. Teoria contingencial de House e Miltchell – teoria caminho-meta ou caminho- -objetivo: • Estilo de liderança diretiva: caracterizado por um líder que deixa claro aos subordinados o que é esperado deles, proporciona orientação específica sobre o que deve ser feito e como isso deve ser realizado; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 48 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá • Estilo de liderança de suporte ou apoiadora: caracterizado por um líder amigável e acessível, que demonstra preocupação com a condição, bem-estar e necessidades dos subordinados; • Estilo de liderança participativa: caracterizado por um líder que consulta seus subordinados, solicita suas sugestões e leva em consideração essas su- gestões antes de tomar decisões; • Estilo de liderança orientada para a conquista ou resultados: caracte- rizado por um líder que determina metas desafiadoras, espera de seus subor- dinados o mais alto desempenho. Teoria situacional 3D de Reddin: • Estilo relacionado: que se orienta exclusivamente para as relações que es- tabelece entre as pessoas; • Estilo dedicado: que, na sua atuação, dá ênfase às tarefas a serem realiza- das; • Estilo separado: tem uma atuação deficitária tanto no que diz respeito às inter-relações, quanto à realização das tarefas; • Estilo integrado: que consegue conjugar, de forma concomitante, uma atu- ação eficaz tanto voltada para a relação entre as pessoas quanto para a rea- lização das tarefas. Teoria situacional de Hersey e Blanchard: • Estilo diretivo (determinar ou comandar) – maturidade baixa – M1 ou E1: quando pessoas que não têm motivação e nem capacidade de assumir responsabilidades por determinada tarefa; • Estilo persuasivo (persuadir ou negociar) – maturidade entre baixa e moderada – M2 ou E2: quando pessoas que não têm capacidade, mas têm disposição para assumir responsabilidades por determinada tarefa; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANDRESSA ALYNE MARIALVA DA COSTA - 01572206217, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 49 de 172www.grancursosonline.com.br GESTÃO DE PESSOAS Liderança Prof. Adriel Sá • Estilo compartilhador (compartilhar ou participar) – maturidade en- tre moderada e alta – M3 ou E3: quando pessoas que têm capacidade, mas não estão dispostas a assumir responsabilidades por determinada tarefa; • Estilo delegador (delegar) – maturidade alta – M4 ou E4: quando as pessoas que têm capacidade e estão dispostas a assumir responsabilidades por determinada tarefa. Teoria situacional
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