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PROGRAMA PREVINE BRASIL Portaria nº 2979 de 2019 QUAIS SÃO AS CONSIDERAÇÕES QUE LEVARAM A MUDANÇA DO FINANCIAMENTO DA APS? ● Ampliação do acesso da população aos serviços da APS → universalidade do SUS ● Reconhecer a ESF como orientadora da APS e ordenadora das redes de atenção à saúde ● Territorialização e adscrição das pessoas aos serviços de saúde ● Ampliar a capacidade e a abrangência da APS com equipes multiprofissionais ● Valorização das equipes e serviços de APS ● Revisar o financiamento federal de custeio da APS ● Implantar ações estratégicas que atendam as necessidades e prioridades em saúde Pontos negativos do financiamento anterior em relação ao Piso da Atenção Básica (PAB): PAB FIXO: ● Induzia a aumentar o nº de equipes do município ● Não era atualizado PAB VARIÁVEL: ● Acabava sendo fixo → valores pré-fixados ● Estratégias (EACS/ESF/ESB) não reconheciam especificidades dos municípios Como o financiamento anterior comprometia os princípios do SUS? ● Integralidade: as pessoas não estavam dentro do sistema → cadastros desatualizados e sem série histórica ● Universalidade: as pessoas precisam estar dentro do sistema para ter acesso à saúde ● Equidade: sem cadastro, não teria como saber as características de cada pessoa, logo, não tinha recursos direcionados para cada população (idosos, gestantes, crianças, pobres, etc) Características do novo financiamento da APS OBJETIVOS: ● Responsabilização da ESF/APS pelas pessoas ● Cobertura real (cadastro) da APS → sobretudo populações vulneráveis ● Fortalecer atributos da APS ● Buscar resultados em saúde da população → desempenho da APS ● Informatização ● Melhorar a qualidade da atenção: residência em medicina, enfermagem e odontologia ● Promoção e prevenção de saúde ● Cuidado das populações de contextos específicos MODELO MISTO DE FINANCIAMENTO O Programa Previne Brasil, instituído pela Portaria nº 2.979/GM/MS (BRASIL, 2019a), estabelece o modelo de financiamento de custeio da APS no âmbito do SUS, por meio da alteração da Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS/2017, que organiza um modelo misto, constituído pelos seguintes componentes: 1. Capacitação ponderada a. Os três critérios de ponderação são: i. vulnerabilidade socioeconômica da população cadastrada na eSF e na eAP ii. perfil demográfico por faixa etária da população cadastrada na eSF e na eAP iii. classificação geográfica do município definida pelo IBGE. 2. Pagamento por desempenho 3. Incentivos a estratégias e programas CAPITAÇÃO PONDERADA O cálculo da capitação ponderada decorre do cadastro dos indivíduos em eSF ou eAP homologadas pelo Ministério da Saúde. O cálculo da transferência do incentivo afeto à capitação ponderada, são considerados: ● Quantitativo de cadastro populacional das eSF e eAP no Sisab ● Vulnerabilidade socioeconômica da população cadastrada na eSF e eAP ● Perfil demográfico por faixa etária da população cadastrada no Sisab ● Classificação geográfica definida pelo IBGE. Em relação às pessoas que estejam cadastradas em mais de um município, estas serão contabilizadas para fins do componente capitação ponderada apenas uma vez e para um único município. CAPITAÇÃO PONDERADA POPULAÇÃO CADASTRADA Equipe de saúde da família APS credenciadas VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA Proporção de pessoas cadastradas nas ESF e que recebam benefício financeiro do programa bolsa família (PBF), benefício de prestação continuada (BPC) ou benefício previdenciário no valor máx de 2 salários mínimos PERFIL DEMOGRÁFICO Faixas etárias com maiores necessidades e gastos de saúde → população cadastrada na ESF com até 5 anos e a partir de 65 anos CLASSIFICAÇÃO GEOGRÁFICA Classificação dos municípios de acordo com a tipologia rural-urbana definida pelo IBGE: ● Urbano ● Intermediário adjacente ● Rural adjacente ● Intermediário remoto ● Rural remoto CRITÉRIOS PESO POR PESSOA CADASTRADA O QUE REPRESENTA? SEM critério socioeconômico E demográfico 1 Valor base da capitação COM critério socioeconômico OU demográfico 1,3 30% a mais do valor base da capitação Classificação geográfica Urbano: 1 Intermediário adjacente: 1,45 Rural adjacente: 1,45 Intermediário remoto: 2 Rural remoto: 2 Municípios intermediário adjacente e rural adjacente receberá 1,45 vezes mais por pessoa cadastrada do que no município urbano Município rural remoto ou intermediário remoto receberá 2 vezes mais por pessoa cadastrada do que no município urbano. Qual o valor de cada pessoa por ano para o município? Qual percentual será pago pela diferença entre o potencial de cadastro e a população cadastrada? Varia de 10 a 50% conforme a situação da capitação ponderada. PAGAMENTO POR DESEMPENHO Considera o resultado potencial de 100% do alcance dos indicadores. Até o 2º recálculo quadrimestral subsequente A responsabilidade pelo cálculo dos indicadores é do Ministério da Saúde, e os parâmetros e metas dos indicadores definidos em ficha de qualificação servirão de base para o cálculo do Indicador Sintético Final (ISF). O ISF é obtido a partir da atribuição da nota individual de cada indicador, segundo seus respectivos parâmetros, e da ponderação pelos pesos de cada indicador, definidos em conformidade com o esforço necessário para seu alcance. Em outras palavras, o ISF representa o resultado da avaliação de desempenho municipal. Incentivos a ações específicas e estratégicas Pagamento por equipes, serviços ou programas da APS. Cada equipe, serviço ou programa tem seu regramento específico.
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