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1 ETEC JORGE STREET CURSO DE ELETROTÉCNICA – 4ºEN GTDE – GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Prof. Paulo Diniz GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Referências: Prof.ª Ruth P. S. Leão da UFC – Universidade Fed. do Ceará 2 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 3 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 4 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 5 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 6 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Conversão de Fontes Não-Renováveis em Energia Elétrica Turbina 7 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Conversão de Fontes Renováveis em Energia Elétrica Turbina 8 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Os geradores utilizados em hidrelétricas ou em usinas utilizando o princípio de conversão de energia térmica em elétrica, por meio de termelétrica convencional, usina nuclear ou a biogás, são os geradores síncronos trifásicos também denominado alternadores síncronos trifásicos. 9 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GERADORES SÍNCRONOS TRIFÁSICOS Geradores síncronos trifásicos também denominados alternadores síncronos trifásicos da WEG. 10 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GERADORES SÍNCRONOS TRIFÁSICOS Gerador síncrono trifásico da WEG. 11 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GERADORES SÍNCRONOS TRIFÁSICOS Gerador síncrono trifásico da WEG. 12 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GERADORES SÍNCRONOS TRIFÁSICOS O enrolamento do rotor é alimentado em corrente contínua e cria o campo magnético. As tensões alternadas são geradas nos enrolamentos do estator. 13 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GERADORES SÍNCRONOS TRIFÁSICOS Gerador síncrono trifásico de 4 polos em corte, com duas bobinas por fase. 14 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GERADORES SÍNCRONOS TRIFÁSICOS Ligação dos enrolamentos do estator em estrela. 15 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GERADORES SÍNCRONOS TRIFÁSICOS n = rotação do eixo do gerador (rpm) f = frequência da tensão gerada (Hz) p = número de pares de polos 𝐧 = 𝟔𝟎𝐟 𝐩 16 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GERADORES SÍNCRONOS TRIFÁSICOS 𝐧 = 𝟔𝟎𝐟 𝐩 = 𝟔𝟎𝐱𝟔𝟎 𝟐 = 1.800 rpm Exemplo: Qual a rotação do eixo para uma gerador síncrono de 4 polos gerar tensões em 60 Hz? 4 polos = 2 pares de polos 17 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GERADORES SÍNCRONOS TRIFÁSICOS Vista explodida de um gerador síncrono trifásico. 18 FIM DESTA APRESENTAÇÃO 1 ETEC JORGE STREET CURSO DE ELETROTÉCNICA – 4ºEN GTDE – GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Prof. Paulo Diniz GERAÇÃO HIDRELÉTRICA Referências: Profª Ruth P. S. Leão da UFC 2 GERAÇÃO HIDRELÉTRICA ENERGIA CINÉTICA DA ÁGUA ENERGIA CINÉTICA DO ROTOR DA TURBINA ENERGIA ELÉTRICA Turbina Gerador Normalmente o gerador é um gerador síncrono trifásico também denominado alternador síncrono trifásico ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA 3 GERAÇÃO HIDRELÉTRICA Turbina hidráulica acoplada a gerador 4 GERAÇÃO HIDRELÉTRICA A quantidade de energia produzida é proporcional à: Vazão da água Altura do nível do reservatório 5 6 7 USINA HIDRELÉTRICA, PCH E CGH 8 BARRAGEM 9 10 11 12 13 VERTEDOURO O vertedouro permite verter a água sempre que o nível do reservatório ultrapassa o limite recomendável. Isso normalmente ocorre em período de chuva. Nesse caso o vertedouro é aberto evitando o transbordamento e consequentemente as enchentes, no entorno da usina. 14 15 16 17 18 19 20 21 FIM DESTA APRESENTAÇÃO 1 ETEC JORGE STREET CURSO DE ELETROTÉCNICA – 4ºEN GTDE – GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Prof. Paulo Diniz GERAÇÃO TERMELÉTRICA 2 GERAÇÃO TERMELÉTRICA A usina termoelétrica é uma instalação industrial que produz energia a partir do calor gerado pela queima de combustíveis fósseis (como carvão mineral, óleo e gás), biomassa ou por outras fontes de calor, como a fissão nuclear, em usinas nucleares. Os principais equipamentos de uma termelétrica convencional a combustível fóssil são: - Caldeira -Turbina - Gerador - Subestação elevadora de tensão 3 GERAÇÃO TERMELÉTRICA Essas usinas funcionam da seguinte maneira: Ainda que possam ser utilizados combustíveis diversos (carvão, petróleo e gás natural, entre outros), a produção de energia segue em todos os casos a seguinte sequência: 1. O calor gerado ao queimar o combustível na fornalha é utilizado para aquecer água em uma caldeira. 2. A água transforma-se em vapor, o qual é superaquecido e dirigido para as pás das turbinas. O impacto do vapor contra elas acaba produzindo a rotação do eixo da turbina. 4 GERAÇÃO TERMELÉTRICA 3. Um gerador, acoplado ao eixo da turbina, produz eletricidade à medida que ela gira. 4. Ao gerador, está ligado um transformador, que é responsável por levar as características elétricas dessa corrente aos valores ideais para sua transmissão com um mínimo de perdas. Além disso, existe um sistema de refrigeração que permite reconverter o vapor de água que passou pelas turbinas em água líquida. Então, reinicializa-se o ciclo a partir da energia térmica obtida dos combustíveis. 5 GERAÇÃO TERMELÉTRICA ENERGIA TÉRMICA DO VAPOR DE ÁGUA ENERGIA CINÉTICA DO ROTOR DA TURBINA A VAPOR ENERGIA ELÉTRICA Turbina Gerador Normalmente o gerador é um gerador síncrono trifásico também denominado alternador síncrono trifásico ENERGIA QUÍMICA DO COMBUSTÍVEL Caldeira 6 ESQUEMA DE UMA USINA TERMELÉTRICA GERAÇÃO TERMELÉTRICA 7 GERAÇÃO TERMELÉTRICA As partes da usina são: 1. Torre de resfriamento. 2. Bomba de água. 3. Torre de transmissão. 4. Transformador. 5. Gerador elétrico. 6. Turbina. 7. Bombas do condensador (7a) e da caldeira (7b). 8. Condensador. 9. Turbina. 10. Válvula de controle do vapor. 11. Turbina 12. Central de retirada de gases da água. 13. Aquecedor. 14. Central de reaquecimento. 15. Fonte de vapor. 16. Entrada de água. 8 GERAÇÃO TERMELÉTRICA Apesar de a figura estar numerada ao contrário - número 1 para a torre de resfriamento e 16 para a entrada de água, o processo ocorre na direção do 16 para o 1. A água entra na usina (16), é aquecida e transformada em vapor. O vapor é conduzido para as turbinas, fazendo-as girar e depois é condensado. A torre de resfriamento libera o vapor gerado pelo sistema de resfriamento usado na condensação da água e esfriamento das turbinas. 9 USINA TERMELÉTRICA GERAÇÃO TERMELÉTRICA 10 USINA TERMELÉTRICA GERAÇÃO TERMELÉTRICA 11 USINA TERMELÉTRICA LUÍS CARLOS PRESTES Três Lagoas - MG GERAÇÃO TERMELÉTRICA 12 USINA TERMELÉTRICA LUÍS CARLOS PRESTES Três Lagoas - MG GERAÇÃO TERMELÉTRICA 13 TURBINA DE UMA USINA TERMELÉTRICA GERAÇÃO TERMELÉTRICA 14 GERAÇÃO TERMELÉTRICA Tipos de Turbinas em Termoelétricas Turbina a gás: A dilatação dos gases resultantes da queima do combustível ativa a turbina a gás, a qual está diretamente acoplada ao gerador onde é transformada em potência elétrica. Turbina a vapor: funciona tal qual uma Usina Termelétrica convencional, todavia, a mudança da água em estado liquido para vapor é feita a partir do reaproveitamento do calor dos gases da turbina a gás, os quais recuperam o calor na caldeira. 15 GERAÇÃO TERMELÉTRICA Vantagens e Desvantagens das Usinas Termoelétricas Desvantagens. Um dos piores impactos ambientais possíveis ocorre quando os gases residuais do processo são emitidos para a atmosfera, onde a grande quantidade de poluentes causa o aquecimento global por meio do que chamamos “efeito estufa”, além das chuvas ácidas. 16 GERAÇÃO TERMELÉTRICA Vantagens e Desvantagens das Usinas Termoelétricas Desvantagens. As termoelétricas possuem um alto custo de manutenção,posto que necessitam constantemente de combustível para ser queimado. Outra desvantagem dessa usina é o fato de que seus combustíveis são muito caros. 17 GERAÇÃO TERMELÉTRICA Vantagens e Desvantagens das Usinas Termoelétricas Vantagens Por outro lado, elas podem ser edificadas praticamente em qualquer lugar, inclusive próximo de centros urbanos, diminuindo o custo de transmissão. Além disso, podem ser construídas rapidamente para atender demandas emergenciais a médio e curto prazo. Por esse motivo, são opções para países carentes de outras fontes energéticas para gerar eletricidade. Ademais, subprodutos, como a palha de arroz e bagaços, lixões e aterros sanitários, podem ser utilizados enquanto fonte de calor. 18 FIM DESTA APRESENTAÇÃO 1 ETEC JORGE STREET CURSO DE ELETROTÉCNICA – 4ºEN GTDE – GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Prof. Paulo Diniz BIOGÁS Referências: 2 BIOGÁS O biogás pode ser produzido de qualquer resíduo orgânico, como lixo, fezes, bagaço, etc. O biogás é produzido no biodigestor. Composição do biogás: maior percentagem é de metano (CH4), com composição na produção de 60 a 80%, e depois de tratado pode possuir o teor de 96% de metano. 3 BIOGÁS ESQUEMA DE UMA USINA DE BIOGÁS AGRÍCOLA 4 BIOGÁS 5 6 7 BIOGÁS Motor diesel adaptado para trabalhar com biogás acoplado a gerador síncrono. 8 BIOGÁS Cogeração: produção simultânea de calor, normalmente utilizado como vapor de água, e energia elétrica. 9 ESTRUTURA ESQUEMÁTICA DE UMA USINA DE COGERAÇÃO 10 BIOGÁS EXEMPLO: SALTINHO SP Com aproximadamente 80.000 frangos, a propriedade utiliza o biogás proveniente do tratamento da cama de frango. A alternativa de utilizar esses resíduos para a geração de energia elétrica soluciona o problema ambiental da avicultura, e ainda, gera renda ao produtor. O tratamento desse rejeito via biodigestores resultam em dois subprodutos: biogás e o biofertilizante. Tem instalado um grupo gerador de 120 kVA. 11 BIOGÁS BIODIGESTOR PARA PRODUÇÃO DE BIOGÁS 12 BIOGÁS GRUPO GERADOR BIOGÁS INSTALADO 13 EXEMPLO: TERMOVERDE CAIEIRAS A Termoverde Caieiras é a maior termelétrica movida a biogás de aterro sanitário do Brasil e uma das maiores do mundo. situada na Central de Tratamento e Valorização Ambiental da Essencis localizada no município de Caieiras-SP, no km 33 da Rodovia Bandeirantes. A usina é um investimento de mais de R$100 milhões do Grupo Solví. A Termoverde Caieiras tem potência instalada de 29,4 MW, suficiente para abastecer uma cidade de 200.000 a 300.000 habitantes, e gera energia limpa a partir do resíduo depositado no aterro sanitário da Essencis. 14 EXEMPLO: TERMOVERDE CAIEIRAS 15 EXEMPLO: TERMOVERDE CAIEIRAS A usina utiliza como combustível para a geração de energia o gás metano do biogás decorrente da decomposição dos resíduos orgânicos depositados no aterro. A geração de energia a partir do metano é uma forma sustentável de valorização dos gases do aterro. 16 EXEMPLO: TERMOVERDE CAIEIRAS Motogerador Innio Jenbacher 1.4 MW da GE 17 EXEMPLO: TERMOVERDE CAIEIRAS 21 Motogeradores Innio Jenbacher 1.4 MW instalados 18 BIOGÁS Ganhos ambientais: - Atendimento a Política Nacional de Resíduos Sólidos - Energia 100% incentivada - Energia Selo Verde - Redução dos Gases do Efeito Estufa 19 FIM DESTA APRESENTAÇÃO 1 ETEC JORGE STREET CURSO DE ELETROTÉCNICA – 4ºEN GTDE – GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Prof. Paulo Diniz USINA NUCLEAR 2 USINA NUCLEAR Como combustível em usinas nucleares é empregado o urânio. O urânio utilizado é o urânio enriquecido, ou seja, concentrado, sendo que ele contém uma maior quantidade de urânio-235 que o urânio natural. Este último contém apenas cerca de 0,7% de 235U. No processo de enriquecimento ele atinge o teor de 3,75%. Após o enriquecimento o urânio enriquecido é transformado em pó, a partir do qual são construídas pastilhas. Cada pastilha tem a forma de um cilindro com um 1 cm de altura e de diâmetro. 3 USINA NUCLEAR É interessante observar que apenas duas pastilhas de urânio são suficientes para suprir energia elétrica para uma residência média por um mês. 4 USINA NUCLEAR As pastilhas são empilhadas dentro de varetas de aço muito resistentes denominado zircaloy. No caso das Usinas de Angra, cada vareta contém 335 pastilhas de urânio enriquecido. 5 USINA NUCLEAR O elemento combustível é formado por uma estrutura metálica firme construída com as varetas, grades e braçadeiras. 6 USINA NUCLEAR No caso da Usina de Angra ele contém 236 varetas e possui cerca de 5 m de altura. 7 USINA NUCLEAR Nas usinas nucleares, a energia é obtida por meio da fissão nuclear, que corresponde à divisão de um núcleo atômico pesado e instável. Provocada por um bombardeamento de nêutrons moderados, originando 2 núcleos atômicos médios, liberação de 2 ou 3 nêutrons e uma quantidade colossal de energia. É exatamente a obtenção dessa energia que se pretende nas usinas e, portanto, nos reatores nucleares. https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/fissao-nuclear.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/fissao-nuclear.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/fissao-nuclear.htm 8 USINA NUCLEAR 9 USINA NUCLEAR Os nêutrons são liberados durante a fissão nuclear e provocam uma reação em cadeia. Para que isso não ocorra de uma forma descontrolada são utilizadas barras de controle. 10 USINA NUCLEAR As barras de controle são também denominadas de barras de moderador de nêutrons, diminuem a velocidade dos nêutrons liberados e possibilitam o prosseguimento da reação em cadeia de uma forma controlada. Essas barras de controle são feitas de aço-boro, cádmio ou háfnio, que são materiais que absorvem nêutrons sem sofrer fissão, pois sendo absorvidos, os nêutrons não provocarão novas fissões e a velocidade da reação diminuirá. 11 USINA NUCLEAR As barras de combustível são colocadas de maneira intercalada com as barras de controle. As barras de controle também são movimentadas para controlar a quantidade de energia que as barras de combustível liberam. Alguns reatores nucleares mais modernos têm usado como moderador a água pesada (D2O), em que os átomos de deutério (isótopo do hidrogênio) ficam no lugar dos átomos de hidrogênio. Isótopos: São átomos de um mesmo elemento químico que possuem a mesma quantidade de prótons (mesmo número atômico), mas diferenciam-se pelo número de massa (A = prótons + nêutrons). O seu número de massa é diferente porque a quantidade de nêutrons no núcleo é diferente. 12 USINA NUCLEAR RESERVAS MUNDIAIS DE URÂNIO 13 USINA NUCLEAR A energia em forma de calor liberada na fissão nuclear causa o aquecimento da água no reator. PWR PWR - do inglês pressurized water reactor significa reator de água pressurizada. As usinas nucleares de água pressurizada, também chamadas de PWR mantêm água sobre pressão para que ela esquente mas não evapore. 14 USINA NUCLEAR ESQUEMA DE UMA USINA NUCLEAR COM REATOR PWR 15 USINA NUCLEAR No circuito primário da água, esta é mantida líquida por pressão, e o calor originado da reação nuclear é transferido para essa água do circuito primário. A circulação da água é em circuito fechado e ela é proporcionada por um sistema de bombeamento que transfere a água do reator para um gerador de vapor. No gerador de vapor o calor da água do circuito primário é transferido para a água do circuito secundário. No gerador de vapor a água do circuito secundário é transformada em vapor. O vapor aciona uma turbina a vapor, na qual a energia térmica é transformada em energiacinética que movimenta o rotor da turbina. 16 USINA NUCLEAR O rotor dessa turbina está acoplado ao eixo de um gerador, no qual a energia mecânica cinética é transformada em energia elétrica. O gerador é um a máquina síncrona trifásica. O vapor que sai da turbina passa por um condensador, no qual a água em forma de vapor volta a ser líquida. O circuito secundário também é um circuito fechado, no qual a circulação da água é proporcionada por uma bomba. Há também o circuito terciário de água, com o objetivo de esfriar a água do condensador. 17 USINA NUCLEAR Energia Nuclear no Brasil A energia nuclear representa cerca de 1,2 % da oferta no Brasil hoje, conforme dados da ANEEL e abastecem o Rio de Janeiro. A maioria da energia gerada hoje é de origem hidráulica, chega a 60,5 %. O Brasil tem duas plantas nucleares em atividade, Angra I, que gera 640 MW e Angra 2, com capacidade e geração de 1.350 MW. Angra 3 A terceira usina nuclear do Brasil ainda está em construção. 18 ACIDENTES NUCLEARES FUKUSHIMA O acidente nuclear de Fukushima foi um desastre nuclear ocorrido na Central Nuclear de Fukushima I em 11 de março de 2011, causado pelo derretimento de três dos seis reatores nucleares da usina. A falha ocorreu quando a usina foi atingida por um tsunami provocado por um maremoto de magnitude 8,7. A usina começou a liberar quantidades significativas de material radioativo tornando-se o maior desastre nuclear desde o acidente nuclear de Chernobil, em abril de 1986. 19 ACIDENTES NUCLEARES CHERNOBIL O desastre de Chernobil foi um acidente nuclear catastrófico ocorrido entre 25 e 26 de abril de 1986 no reator nuclear nº 4 da Usina Nuclear de Chernobil, no norte da Ucrânia Soviética. O acidente ocorreu durante um teste de segurança ao início da madrugada que simulava uma falta de energia da estação, durante a qual os sistemas de segurança de emergência e de regulagem de energia foram intencionalmente desligados. Uma combinação de falhas inerentes no projeto do reator, bem como dos operadores, resultou em condições de reação descontroladas. A água superaquecida foi instantaneamente transformada em vapor, causando uma explosão de vapor destrutiva. A radiação liberada atingiu a Europa. 20 ACIDENTES NUCLEARES CHERNOBIL A radiação liberada atingiu a Europa. Hoje a região em torno da usina está interditada e não pode ser habitada. 21 VANTAGENS DA ENERGIA NUCLEAR As principais vantagens da energia nuclear são: custo de produção e menor custo de transporte. Além disso, as usinas nucleares pressionam menos o meio ambiente porque não emitem os gases que provocam o efeito estufa. 22 DESVANTAGENS DA ENERGIA NUCLEAR A principal desvantagem de uma usina nuclear está nas consequências dos acidentes. Embora sejam equipados com sistemas de segurança reforçados, os acidentes são uma possibilidade e pode prejudicar o entorno e inviabilizar permanentemente as usinas. 23 FIM DESTA APRESENTAÇÃO 1 ETEC JORGE STREET CURSO DE ELETROTÉCNICA – 4ºEN GTDE – GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Prof. Paulo Diniz ENERGIA EÓLICA 2 ENERGIA EÓLICA O QUE É ENERGIA EÓLICA? A energia eólica é a energia cinética que existe no vento. Isso significa que massas de ar em movimento podem ser capazes de gerar energia. Para isso, essa energia eólica precisa ser convertida em energia mecânica. Esse processo é feito por meio de moinhos e cata-ventos ou turbinas eólicas. É curioso notar que a utilização do vento como uma fonte de energia remonta aos primórdios da humanidade, especialmente em atividades como moagem de grãos ou bombeamento de água. Entretanto, a energia eólica só veio a ser considerada como uma alternativa energética no final da década de 70, durante uma crise do setor petroleiro. 3 ENERGIA EÓLICA ENERGIA EÓLICA NO BRASIL A energia eólica já impacta cerca de 80 milhões de brasileiros, de acordo com dados da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). Com operação em 12 estados e cerca de 7.500 aerogeradores instalados em 2019, o país possui 14.800 MW de potência instalada, valor em constante crescimento. Em 2020 a potência instalada é cerca de 15.425 MW, correspondentes a 9,06 % da potência instalada, conforme a ANEEL, da geração de energia elétrica do Brasil, ficando em 3º lugar, atrás apenas da energia hidrelétrica com 64,08 % e da energia termelétrica com 24,24 %. 4 ENERGIA EÓLICA 5 ENERGIA EÓLICA 6 ENERGIA EÓLICA Como funciona uma turbina eólica? A energia cinética do vento é produzida quando o aquecimento das camadas de ar cria uma espécie de variação de gradientes de pressão nas massas de ar. As turbinas eólicas são estruturas responsáveis por transformar a energia cinética (portanto o movimento das turbinas) em energia mecânica. Essa energia mecânica aciona o rotor de um gerador de energia e, por fim, ele é que acaba sendo o responsável pela geração da energia elétrica. 7 ENERGIA EÓLICA COMPONENTES DE UM AEROGERADOR 8 ENERGIA EÓLICA Embora pareçam simples, as turbinas eólicas são compostas por uma série de equipamentos. Vamos conhecer os seus principais componentes. Anemômetro Trata-se de um instrumento destinado a medir a intensidade e a velocidade do vento. A ideia é que a cada dez minutos o instrumento faça a leitura desses dados, de forma que os responsáveis pela turbina tenham o controle do potencial de energia a ser gerado. 9 ENERGIA EÓLICA Biruta (sensor de direção) Também conhecida como windvane, é um item meteorológico posicionado do lado do anemômetro, cuja finalidade é medir a direção instantânea do vento incidente. Dessa maneira, é acionado um motor que gira a nacele para rastrear a direção predominante do vento, e assim, otimizar a produção energética da máquina. 10 ENERGIA EÓLICA Torre Estrutura responsável por fornecer sustentação e posicionamento do rotor e nacele. As torres podem ser cônicas (de aço ou concreto) ou treliçadas (aço galvanizado). Rotor Popularmente conhecido como “nariz” do aerogerador, compreende as pás e o cubo (hub), onde, as mesmas são fixadas. O eixo do aerogerador pode ser horizontal ou vertical. As pás possuem de 60 a 150 metros de diâmetro. Dessa maneira, quanto maior o diâmetro, maior a capacidade de produção de energia do aerogerador. 11 ENERGIA EÓLICA Pás As pás são perfis aerodinâmicos geralmente feitas com um material leve e resistente (resina epóxi ou poliéster reforçado com fibra de vidro e/ou carbono). Nacele Componente que fica no topo da torre do aerogerador. Em seu interior, estão abrigados a caixa de multiplicação, o gerador, o transformador, entre outros. Este item exige uma logística especial de transporte e montagem, pois pode pesar mais de 100 toneladas. 12 ENERGIA EÓLICA Caixa de multiplicação (Multiplicador) Em inglês, denominada gear box e também conhecida como caixa de engrenagens, é responsável por aumentar a rotação proveniente do rotor. Esta parte pode pesar mais de 30 toneladas. Gerador Instalado no interior da nacele, converte a energia mecânica de rotação das pás em energia elétrica. Pode ser do tipo síncrono (velocidade de rotação igual a frequência de alimentação) ou assíncrono (velocidade de rotação diferente da frequência de alimentação). 13 ENERGIA EÓLICA Cubículo (switchgears) (Controle) Instalado próximo ao nível do solo e isolado a ar ou a hexafluoreto de enxofre (SF6), possui função de proteção e manobra. Os cubículos recebem os cabos subterrâneos de entrada do aerogerador e interligam com o gerador e o transformador (se existente) na nacele. 14 ENERGIA EÓLICA COMPONENTES DE UM AEROGERADOR 15 16 ENERGIA EÓLICA ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DE AEROGERADOR 17 ENERGIA EÓLICA Os geradores mais utilizados são os geradores de indução trifásico gaiolade esquilo, de indução com rotor bobinado, de relutância variável e síncronos. Os sistemas de conversão de energia eólica são compostos pela turbina eólica, um gerador elétrico, um conversor eletrônico de potência e o sistema de controle correspondente. Um dos desafios mais importantes do sistema eólico é atingir a máxima transferência de energia a partir do vento, conforme a sua variação de velocidade, controlando a velocidade do rotor da turbina. Isto pode ser realizado com emprego de conversores eletrônicos de potência que aplicam no gerador tensões que possibilitam a conexão com a rede elétrica, a qual opera com tensão e frequência de magnitude constantes. 18 ENERGIA EÓLICA Para possibilitar o controle de potências do gerador de indução trifásico com em gaiola ou rotor bobinado, são usados conversores (CA-CA). Estes conversores são compostos, geralmente, por duas pontes trifásicas de dois níveis, controladas por chaves semicondutoras de potência. 19 ENERGIA EÓLICA GERADOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO COM ROTOR EM GAIOLA MÓDULO RETIFICADOR MÓDULO INVERSOR 20 ENERGIA EÓLICA GERADOR TRIFÁSICO COM ROTOR BOBINADO MÓDULO RETIFICADOR MÓDULO INVERSOR 21 ENERGIA EÓLICA GERADOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO COM ROTOR BOBINADO FLUXO DE POTÊNCIA 22 ENERGIA EÓLICA GERADOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO COM ROTOR BOBINADO 23 ENERGIA EÓLICA Considerada uma energia limpa, a energia eólica é considerada uma fonte inesgotável e de baixo impacto ambiental, porém, nem tudo são vantagens. Os parques eólicos dependem de uma matéria-prima intermitente para funcionarem: o vento. Nem sempre há a quantidade ideal de vento em todas as localidades. Por isso, antes da instalação desse tipo de estrutura, é preciso fazer um estudo de viabilidade do local, visando a obtenção de áreas realmente apropriadas. 24 FIM DESTA APRESENTAÇÃO 1 ETEC JORGE STREET CURSO DE ELETROTÉCNICA – 4ºEN GTDE – GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Prof. Paulo Diniz GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA A partir da Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012 o consumidor pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Trata-se de geração distribuída de energia elétrica, inovação que podem aliar economia financeira e questões socioambientais e de sustentabilidade 3 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Fonte: ATLAS Solarímétrico do Brasil. Recife : Editora Universitária da UFPE, 2000. (Adaptado) 4 COMPOSIÇÃO DA GERAÇÃO NO BRASIL 2020 Geração de Energia Solar Fotovoltaica em 2020: 2.477.648 kW, correspondendo a 1,46 % da matriz energética. 5 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA O sistema de geração solar Componentes de um sistema elétrico solar 1. Painel fotovoltaico 2. Combinadores 3. Cabos 4. Fusíveis 5. Inversores 6. Tipos de sistemas 7. Dimensionamento de um sistema solar simples 6 PAINEL FOTOVOLTAICOS EVA = Etileno Vinil Acetato 7 PAINEL FOTOVOLTAICOS 8 Como a eletricidade é produzida na célula fotovoltaica 9 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA O sistema de geração solar Tipos de Painéis fotovoltaico 1. Monocristalino 2. Policristalino Tecnologia Rendimento Típico [%] Monocristalinas 12-16 Policristalinas 11-13 Amorfas 5-10 10 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA O sistema de geração solar Definições PV cell célula fotovoltaica PV module é um módulo fotovoltaico PV string é uma fileira de módulos fotovoltaico ligados em série PV array é uma matriz de módulos ligados para se obter a potência de geração de projeto 11 PARÂMETROS DAS CÉLULAS FOTOVOLTAICA O NOCT (Nominal Operating Cell Temperature) é a temperatura que o painel solar chegou no laboratório, quando submetido a 800W / m² de irradiância (um dia de sol moderado) a uma temperatura ambiente de 20°C e um vento de 1m/s. Portanto, é uma medida mais realista da temperatura que os painéis provavelmente irão operar em um dia normal no seu telhado. 12 PARÂMETROS DAS CÉLULAS FOTOVOLTAICA ISC refere-se à Intensidade da Corrente de Curto-Circuito. Este valor é geralmente utilizado para determinar o tamanho do cabo da instalação, assim como para dimensionar a medida das proteções e dos fusíveis desta parte da instalação solar. VMP é a Voltagem em Máxima Potência, ou seja, significa a voltagem que será gerada pelo painel solar quando este funciona ao máximo do seu rendimento. O valor VMP é um paralelo do IMP, já que os dois sobem ou aumentam segundo a quantidade de radiação solar que recebe o painel fotovoltaico. 13 PARÂMETROS DAS CÉLULAS FOTOVOLTAICA IMP significa Intensidade em Máxima Potência, ou seja, a corrente eléctrica que será produzida com um funcionamento perfeito, com o sol a incidir de forma perpendicular sobre a superfície do painel. Ao longo do dia, a intensidade da corrente irá variar, já que os raios solares não vão incidir com o melhor ângulo sobre o painel até que chegue o meio-dia. Durante a manhã, a capacidade de gerar energia será menor, mas irá aumentar até às horas do meio do dia. Durante a tarde, o painel realiza a ação inversa, até que deixa de produzir eletricidade quando se faz noite. VOC se refere à Voltagem em Circuito Aberto. 14 PARÂMETROS DAS CÉLULAS FOTOVOLTAICA 15 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Rendimento do Painel Solar 16 PARÂMETROS DAS CÉLULAS FOTOVOLTAICA 17 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Combinadores ou combiner Box 18 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Ligação em paralelo 19 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Ligação em série 20 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 10 a 15 PV Module por String Combiner box Inversor Carga Rede CA CC 21 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Cabos para sistema elétrico solar 22 FUSÍVEIS PARA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 23 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Inversores As placas solares captam a luz do sol e a convertem em tensão contínua, mas a rede de energia é corrente alternada para isso se utilizam os inversores . 24 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Inversor Transformador de Isolamento 25 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Tipos de sistemas Online a energia é convertida diretamente para a rede Off line a energia gerada é armazenada em baterias e depois convertida em corrente alternada para abastecimento do domicilio 26 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Dimensionamento simples Quantos painéis solares preciso para ser autossuficiente em energia? Precisaremos de alguns dados ◦ Consumo por dia em kWh ◦ Rendimento do painel solar ◦ Radiação solar em kWh/m²/dia 27 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Consumo em kWh por dia ◦ Tomemos como exemplo uma residência que consome 250kWh/mês 250/30= 8,33kWh por dia 28 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Radiação solar em kWh/m²/dia 29 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Teremos que para um consumo diário de 8,3kWh , precisaremos de uma área de 12,05 m² para produzir a energia consumida diariamente. Insolação SP 4,589kWh/m²/dia Rendimento do painel 15% Resultado= 4,589*0,15= 0,68835 Consumo diário = 8,3kWh/0,68835= 12,05 30 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Dimensionamento simples Consumo diario = 8,3kWh/0,68835= 12,05m² dividindo pela área da placa no catalogo abaixo teremos 7,5 placas 31 GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA ENER BRASIL 32 FIM DESTA APRESENTAÇÃO
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