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Livro - Rotinas de Segurança e Saúde do Trabalho vol 2

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ROTINAS DE 
SEGURANÇA 
E SAÚDE DO 
TRABALHO
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
LIVRO 2
ROTINAS DE 
SEGURANÇA 
E SAÚDE DO 
TRABALHO
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
LIVRO 2
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA - DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira
Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia 
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Nacional
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira
Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia 
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
ROTINAS DE 
SEGURANÇA 
E SAÚDE DO 
TRABALHO
LIVRO 2
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 
Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2017. SENAI – Departamento Nacional
© 2017. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, 
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, 
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe da Gerência de Educação e Tecnologia do SENAI 
de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada 
por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina
Gerência de Educação e Tecnologia – GEDUT
FICHA CATALOGRÁFICA
S491r 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional 
Rotinas de segurança e saúde do trabalho / Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : 
SENAI/DN, 2017. 
v 2. : il. ; 30 cm. - (Série segurança do trabalho) 
Inclui índice e bibliografia 
 ISBN 978-855054843-2 
1. Segurança do trabalho. 2. Segurança do trabalho – Legislação. 3. Ética.
I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de
Santa Catarina II. Título III. Série.
 CDU: 
614.8 
Lista de ilustrações
Figura 1 - Interdição ........................................................................................................................................................21
Figura 2 - Símbolo SESMT .............................................................................................................................................23
Figura 3 - Símbolo CIPA ..................................................................................................................................................24
Figura 4 - Equipamento de Proteção Individual – EPI .........................................................................................25
Figura 5 - Médico do trabalho avaliando a saúde do trabalhador para retornar ao trabalho..............26
Figura 6 - Trabalho em instalação elétrica...............................................................................................................29
Figura 7 - Equipamento de movimentação e transporte ..................................................................................30
Figura 8 - Sistema de proteção fixa ...........................................................................................................................32
Figura 9 - Dispositivo de parada de emergência ..................................................................................................33
Figura 10 - Sinalização de segurança ........................................................................................................................34
Figura 11 - Caldeira flamotubular a gás ...................................................................................................................35
Figura 12 - Tubulação de gás .......................................................................................................................................36
Figura 13 - Vasos de pressão – reservatório de ar comprimido.......................................................................37
Figura 14 - Forno ..............................................................................................................................................................38
Figura 15 - Atividades e operações insalubres ......................................................................................................39
Figura 16 - Caracterização da insalubridade ..........................................................................................................39
Figura 17 - Atividade insalubre ...................................................................................................................................40
Figura 18 - Ergonomia aplicada ao posto de trabalho .......................................................................................41
Figura 19 - Trabalho na construção ...........................................................................................................................42
Figura 20 - Dinamite utilizada em detonação .......................................................................................................43
Figura 21 - Pictograma para líquidos inflamáveis ................................................................................................44
Figura 22 - Sinalização de segurança ........................................................................................................................47
Figura 23 - Trabalho aquaviário ..................................................................................................................................49
Figura 24 - Símbolo da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ...............................................57
Figura 25 - Símbolo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) .........................................................60
Figura 26 - CLT ...................................................................................................................................................................61
Figura 27 - Logomarca da previdência social ........................................................................................................63
Figura 28 - Epidemia de gripe .....................................................................................................................................66
Figura 29 - Ciclo PDCA ....................................................................................................................................................68
Figura 30 - Inspeção de rotina .....................................................................................................................................73
Figura 31 - Execução da inspeção ..............................................................................................................................78
Figura 32 - A faca é um risco para as crianças ........................................................................................................89
Figura 33 - Máquina sem proteção contra acidentes de trabalho .................................................................89
Figura 34 - A circulação de veículos é um risco aos pedestres ........................................................................91
Figura 35 - Perigo da exposição dos pedestres à circulação de veículos.....................................................92
Figura 36 - Exemplo árvore de causas ................................................................................................................... 100
Figura 37 - Diagrama de causae efeito ................................................................................................................. 101
Figura 38 - Exemplo de diagrama de causa e efeito ......................................................................................... 103
Figura 39 - Componentes de um sistema com probabilidade previstas de falhas ............................... 104
Figura 40 - Equipamentos do processo ................................................................................................................ 107
Figura 41 - Fluxograma de engenharia ................................................................................................................. 111
Figura 42 - Tanque de GLP ......................................................................................................................................... 113
Figura 43 - Perigo e risco ............................................................................................................................................ 128
Figura 44 - Arranjo físico ............................................................................................................................................. 130
Figura 45 - Espaço confinado ................................................................................................................................... 131
Figura 46 - Transporte e movimentação de cargas por meio mecânico ................................................... 138
Figura 47 - Armazenamento ..................................................................................................................................... 139
Figura 48 - Sistema de isolamento através do uso de fitas listradas .......................................................... 142
Figura 49 - Poluição ambiental ................................................................................................................................ 145
Figura 50 - Equipamentos de segurança pessoal .............................................................................................. 149
Figura 51 - Símbolo de risco biológico .................................................................................................................. 152
Figura 52 - Imunização suína .................................................................................................................................... 153
Figura 53 - Risco biológico ......................................................................................................................................... 157
Figura 54 - Atividade de trabalho exposta a risco biológico ......................................................................... 158
Figura 55 - Uso de equipamentos de proteção individual contra agentes biológicos ....................... 160
Figura 56 - Modelo de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ....................................................... 163
Figura 57 - Características físicas do corpo humano ........................................................................................ 172
Figura 58 - Posto de trabalho ergonômico .......................................................................................................... 173
Figura 59 - Dicas de postura ..................................................................................................................................... 176
Figura 60 - Fisiologia humana .................................................................................................................................. 178
Figura 61 - Iceberg da ergonomia ........................................................................................................................... 180
Figura 62 - Sinais de alarme de doenças relacionadas .................................................................................... 180
Figura 63 - Postura correta e incorreta das mãos .............................................................................................. 182
Figura 64 - Posto de trabalho .................................................................................................................................... 185
Figura 65 - Posto de trabalho com presença de riscos ambientais ............................................................. 185
Figura 66 - Ginástica laboral ...................................................................................................................................... 187
Figura 67 - Sobrecarga na coluna devido a má postura ................................................................................. 187
Figura 68 - Fibras vermelhas da coluna vertebral ............................................................................................. 190
Figura 69 - Contração e descontração muscular ............................................................................................... 191
Figura 70 - Alongando................................................................................................................................................. 193
Figura 71 - Como se abaixar ..................................................................................................................................... 193
Figura 72 - Como levantar peso ............................................................................................................................... 194
Figura 73 - Ambiente de trabalho adequado ..................................................................................................... 195
Figura 74 - Trabalho repetitivo de digitação ....................................................................................................... 196
Figura 75 - Postura em pé .......................................................................................................................................... 199
Figura 76 - Trabalho sentado utilizando o computador ................................................................................. 200
Figura 77 - Pausa no trabalho para o almoço ..................................................................................................... 201
Figura 78 - Fábrica com iluminação natural ........................................................................................................ 207
Figura 79 - Luxímetro ................................................................................................................................................... 218
Figura 80 - Iluminação do ambiente de trabalho .............................................................................................. 218
Figura 81 - Luxímetro ................................................................................................................................................... 219
Figura 82 - Iluminação natural ................................................................................................................................. 224
Quadro 1 - Exemplo de ficha de inspeção de segurança ....................................................................................75
Quadro 2 - Exemplo de ficha de inspeção de segurança com lista de verificação ....................................76
Quadro 3 - Exemplo de relatório de inspeção ........................................................................................................76
Quadro 4 - Modelo de checklist de inspeção de segurança do trabalho ......................................................81
Quadro 5 - Medidas qualitativas de consequências ou impactos ...................................................................93
Quadro 6 - Medidas qualitativas de probabilidades ............................................................................................94
Quadro 7 - Matriz de análise qualitativa de riscos .................................................................................................94
Quadro 8 - Exemplos de variações de diferentes componentes ......................................................................97Quadro 9 - Organização dos fatores do acidente ..................................................................................................99
Quadro 10 - Modelo de formulário para AMFE ................................................................................................... 106
Quadro 11 - Palavras-guia e seus significados ..................................................................................................... 109
Quadro 12 - Exemplo do método HAZOP ............................................................................................................. 112
Quadro 13 - Exemplo HAZOP do tanque de GLP ................................................................................................ 115
Quadro 14 - Modelo de formulário para APR ....................................................................................................... 116
Quadro 15 - Categorias de frequência ................................................................................................................... 117
Quadro 16 - Categorias de severidade .................................................................................................................. 117
Quadro 17 - Matriz de risco ......................................................................................................................................... 118
Quadro 18 - Classes de risco ....................................................................................................................................... 118
Quadro 19 - Exemplo de formulário APR preenchido ....................................................................................... 119
Quadro 20 - Modelo de plano de ação ................................................................................................................... 122
Quadro 21 - Exemplo de plano de ação ................................................................................................................. 123
Quadro 22 - Efeitos da intensidade da corrente no corpo humano ............................................................ 133
Quadro 23 - Riscos biológicos X consequências ................................................................................................. 156
Quadro 24 - Exemplo de checklist .......................................................................................................................... 166
Quadro 25 - Iluminância por classe de tarefa visual .......................................................................................... 213
Quadro 26 - Iluminância por tipo de atividade (valores médios em serviço) ........................................... 213
Quadro 27 - Fatores determinantes da iluminância adequada ..................................................................... 214
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................13
2 Legislação aplicada à saúde, segurança e meio ambiente do trabalho.....................................................17
2.1 Normas regulamentadoras do ministério do trabalho e emprego ...........................................18
2.2 Notas técnicas aplicadas à saúde, segurança e meio ambiente do trabalho ........................56
2.3 Normas brasileiras .......................................................................................................................................56
2.4 Legislação trabalhista e previdenciária ..............................................................................................58
2.4.1 Legislação trabalhista ..............................................................................................................59
2.4.2 Legislação previdenciária .......................................................................................................63
2.5 Legislação regional aplicada à saúde, à segurança e ao meio ambiente do trabalho .......67
3 Inspeções de segurança ..............................................................................................................................................71
3.1 Definição ........................................................................................................................................................72
3.2 Tipos de inspeções de segurança ..........................................................................................................73
3.3 Relatórios de inspeção ..............................................................................................................................74
3.4 Execução da inspeção ................................................................................................................................77
3.4.1 Planejamento .............................................................................................................................78
3.4.2 Lista de verificação (checklist) ..............................................................................................79
3.4.3 Desvios e erros ...........................................................................................................................82
3.4.4 Registro .........................................................................................................................................82
3.5 Meios para divulgação dos resultados das inspeções ...................................................................83
4 Análise de riscos .............................................................................................................................................................87
4.1 Definições.......................................................................................................................................................89
4.1.1 Desvio............................................................................................................................................90
4.1.2 Risco ...............................................................................................................................................91
4.1.3 Perigo ............................................................................................................................................91
4.2 Técnicas de análises quantitativas e qualitativas .............................................................................92
4.2.1 Análise qualitativa ....................................................................................................................93
4.2.2 Análise quantitativa .................................................................................................................95
4.3 Ferramentas ...................................................................................................................................................95
4.3.1 Análise por árvore de causas ................................................................................................96
4.3.2 Diagrama de causa e efeito ................................................................................................ 101
4.3.3 Análise de Modos de Falhas e Efeitos – AMFE ............................................................. 103
4.3.4 HAZOP ........................................................................................................................................ 107
4.3.5 Análise Preliminar de Risco – APR .................................................................................... 115
4.3.6 Plano de ação – 5W2H.......................................................................................................... 121
5 Riscos de acidentes .................................................................................................................................................... 127
5.1 Definição .....................................................................................................................................................128
5.2 Tipos de riscos de acidentes ................................................................................................................. 129
5.2.1 Arranjo físico ............................................................................................................................ 129
5.2.2 Espaço confinado ................................................................................................................... 131
5.2.3 Elétricos ..................................................................................................................................... 132
5.2.4 Incêndio e explosão .............................................................................................................. 134
5.2.5 Trabalho em altura ................................................................................................................. 136
5.2.6 Transporte, armazenamento e movimentação de cargas ....................................... 137
5.2.7 Animais peçonhentos .......................................................................................................... 140
5.3 Controle dos riscos de acidentes ........................................................................................................ 141
5.4 Terminologia técnica ............................................................................................................................... 143
5.5 Medidas preventivas ............................................................................................................................... 147
6 Riscos biológicos ......................................................................................................................................................... 151
6.1 Definições.................................................................................................................................................... 152
6.2 Tipos de riscos ........................................................................................................................................... 154
6.2.1 Bactérias .................................................................................................................................... 154
6.2.2 Vírus ............................................................................................................................................ 155
6.2.3 Fungos ....................................................................................................................................... 155
6.3 Efeitos da exposição ............................................................................................................................... 156
6.4 Controle ....................................................................................................................................................... 159
6.5 Medidas preventivas ............................................................................................................................... 164
7 Ergonomia ..................................................................................................................................................................... 171
7.1 Definição ..................................................................................................................................................... 172
7.2 Tipos de riscos ergonômicos ............................................................................................................... 177
7.3 Fisiologia do trabalho ............................................................................................................................. 178
7.4 Doenças relacionadas ............................................................................................................................. 179
7.5 Análise ergonômica ................................................................................................................................. 184
7.5.1 Roteiro para análise ergonômica de uma atividade ................................................. 185
7.6 Intervenção ergonômica ....................................................................................................................... 188
7.7 Biomecânica ............................................................................................................................................... 190
7.7.1 Trabalho estático x dinâmico ............................................................................................. 190
7.7.2 Esforço dinâmico .................................................................................................................... 191
7.7.3 Alongamento muscular ....................................................................................................... 192
7.8 Conforto térmico, acústico e iluminação adequada no posto de trabalho de forma 
 quantitativa ................................................................................................................................................ 194
7.9 Terminologia técnica ............................................................................................................................... 196
7.10 Controle dos riscos ergonômicos..................................................................................................... 197
7.11 Medidas preventivas ............................................................................................................................. 198
7.11.1 Recomendações de ergonomia para utilização correta de músculos e 
 do sistema locomotor ......................................................................................................... 198
7.11.2 Orientações para uso da postura em pé ..................................................................... 199
7.11.3 Orientações para uso da postura sentada .................................................................. 199
7.11.4 Pausas no trabalho .............................................................................................................. 200
8 Iluminamento............................................................................................................................................................... 205
8.1 Definição ..................................................................................................................................................... 207
8.2 Efeitos da exposição ................................................................................................................................ 209
8.3 Limites de tolerância ............................................................................................................................... 211
8.3.1 NBR 5413 – iluminância de interiores ............................................................................. 211
8.3.2 NBR ISO 8995-1 - iluminação de ambientes de trabalho - parte 1 ....................... 215
8.4 Instrumentos de medição ..................................................................................................................... 217
8.4.1 Luxímetro .................................................................................................................................. 217
8.5 Avaliação de níveis ................................................................................................................................... 219
8.6 Terminologia técnica ............................................................................................................................... 222
8.7 Controle ....................................................................................................................................................... 223
8.8 Medidas preventivas ............................................................................................................................... 224
Referências
Minicurrículo dos autores
Índice
5
Conformevocê estudou no capítulo anterior, em situações em que as causas de riscos são 
difíceis de serem identificadas, a aplicação de ferramentas adequadas contribui para a iden-
tificação destas causas e, consequentemente, para a aplicação de medidas de controle para 
eliminar ou minimizar os efeitos destes riscos. Portanto, reconhecer os riscos existentes é um 
dos passos mais importantes para promover saúde e segurança no trabalho.
Com o estudo deste conteúdo, você irá conhecer os tipos de riscos de acidentes e a sua rela-
ção com a atividade e o ambiente de trabalho, como arranjo físico, espaço confinado, incêndio 
e explosão, trabalho em altura, riscos em sistemas elétricos e com animais peçonhentos. Ainda 
neste estudo, você conhecerá também os aspectos relacionados aos riscos de acidentes nas 
atividades de transporte, armazenamento e movimentação de cargas.
Nesta etapa do estudo, você entenderá que o controle de riscos abrange a frequência e as 
consequências, através de ações que compõem um plano de controle de riscos. Conhecerá 
os principais termos técnicos utilizados e as medidas preventivas aplicadas em riscos de 
acidentes.
Assim, ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) identificar os riscos inerentes às atividades laborais a serem avaliadas durante a inspeção; 
b) identificar situações de risco grave e iminente durante a inspeção nos ambientes labo-
rais, agindo de acordo com os procedimentos padrão e ou de emergência da empresa; 
c) interpretar os relatórios de inspeção e avaliação de riscos para identificar se as medidas 
propostas no relatório estão sendo cumpridas; 
d) avaliar a evolução ou a mitigação dos riscos ocupacionais evidenciados no relatório;
e) identificar novas situações de riscos não contempladas inicialmente nos relatórios e 
avaliações. 
Agora você terá a oportunidade de conhecer diversos temas sobre o assunto, que farão a 
diferença em suas práticas. 
Bons Estudos!
Riscos de Acidentes
ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO128
5.1 DEFINIÇÃO
Segundo Cardella (2009), os sinônimos de perigo e de risco são por vezes confundidos. O perigo diz 
respeito a um acontecimento natural que causa ameaça aos seres humanos e aos bens materiais, como 
avalanches, cheias, deslizamentos ou terremotos. O risco já diz respeito à interação de um perigo, como um 
objeto ou pessoa que se encontra exposto a ele e a sua vulnerabilidade.
Segundo Barbosa Filho (2010), os primeiros trabalhos realizados sobre o perigo focavam 
no aspecto físico das perdas, vistos em trabalhos ligados à engenharia. Os trabalhos 
tinham como objetivo reduzir os impactos por meio de medidas estruturais. Para saber 
mais, consulte o livro: BARBOSA FILHO, Antonio Nunes. Segurança do Trabalho e 
Gestão Ambiental. São Paulo: Atlas, 2010.
 SAIBA 
 MAIS
Na figura, a seguir, observe que a casca de banana no chão é o perigo; o risco é a exposição da pessoa 
à casca de banana, ou seja, o risco de escorregar. Neste caso, o acidente é a queda da pessoa ao escorregar 
na casca de banana.
Figura 43 - Perigo e risco
O risco não depende apenas dos fatores físicos, mas também de fatores socioeconômicos, que são inte-
grados na vulnerabilidade de uma população. O grau de preparação, de alerta e as medidas cautelosas po-
dem ser vitais para alterar o risco. Um mesmo acontecimento em locais bem preparados tem consequências 
mais leves do que em um local em que não existe qualquer plano de preparação.
O risco, embora não sendo sinônimo de perigo, está intimamente ligado ao perigo. O 
nível de risco difere do nível de perigo, como também da exposição e da vulnerabilidade 
ao perigo. O risco pode ser visto como a probabilidade de ocorrência de perigo e da 
perda prevista.
 FIQUE 
 ALERTA
iS
to
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 ([
20
--
?]
)
5 RISCOS DE ACIDENTES 129
Após conhecer a definição de risco, você identificou quais são os fatores que podem minimizar os riscos 
de uma situação perigosa. Por fim, viu que um ambiente preparado tem maiores chances de apresentar 
consequências menos graves do que um local despreparado. Na sequência, conheça os tipos de riscos de 
acidentes.
5.2 TIPOS DE RISCOS DE ACIDENTES
Pode-se considerar como riscos de acidentes todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou 
afetam sua integridade física. Estes riscos estão relacionados a aspectos de máquinas e equipamentos, das 
condições do ambiente de trabalho e dos procedimentos adotados pelo trabalhador.
Alguns dos elementos que podem apresentar riscos de acidentes são: o arranjo físico, trabalhos em 
espaço confinado e em altura, eletricidade, incêndio ou explosão, animais peçonhentos e transporte, ar-
mazenamento e movimentação de cargas e armazenamento inadequado. 
Conhecer os riscos associados às atividades laborais é o primeiro passo para promover a segurança e 
saúde das pessoas. Acompanhe, a seguir, a descrição de cada um destes riscos.
5.2.1 ARRANJO FÍSICO
Segundo Campos (2012), arranjo físico é o estudo que procura reconhecer, avaliar e controlar os recur-
sos de uma instalação, visando a combinação ótima desses e de tudo aquilo que ocorra para a produção, 
dentro de um volume disponível. É a maneira de obter o relacionamento mais eficiente e econômico entre 
homens, máquinas e equipamentos. 
Os objetivos do arranjo físico são, em síntese, a redução do custo e a maior produtividade por meio de:
a) melhor utilização do espaço disponível;
b) redução da movimentação de materiais, produtos e pessoal;
c) fluxo mais racional, evitando paradas no processo de produção;
d) menor tempo de produção;
e) melhores condições de trabalho;
f ) prevenção de riscos de acidentes e incidentes;
g) prevenção de doenças ocupacionais; e
h) melhoria das condições ambientais. 
Um arranjo físico não permanece sempre o mesmo. Nas empresas, as alterações são feitas em função de 
variações na quantidade de matéria-prima, equipamentos e mão de obra. Outros aspectos, como mudança 
de produto ou de processo e ainda melhoria das condições do ambiente, resultam também em modifica-
ções no arranjo físico.
ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO130
Alguns aspectos devem ser considerados em relação ao arranjo físico que, quando observados, minimi-
zam condições inseguras no trabalho. Um exemplo de arranjo físico pode ser visto a seguir.
Figura 44 - Arranjo físico
Acompanhe, em seguida, os aspectos que compõem um arranjo físico e que devem ser observados.
a) Máquinas, materiais e homens precisam estar bem integrados, considerando também aspectos de 
segurança.
b) Buscar a distância mínima entre operações subsequentes para evitar o excesso de transporte e movi-
mentação de materiais, produtos e pessoas.
c) Os fluxos das operações devem ser obedecidos para minimizar a possibilidade de haver condições 
inseguras.
d) Satisfazer as condições de segurança do ambiente de trabalho, considerando elementos como 
limpeza e organização, iluminação adequada, dentre outros.
e) A flexibilidade do arranjo físico em relação a futuras alterações.
Ainda segundo Campos (2012), em termos de segurança e higiene do trabalho, todos os arranjos físicos 
implicam, em relação à segurança, um número de condições inseguras inversamente proporcional à preo-
cupação e/ou ao conhecimento de quem os elaborou.
Um arranjo físico inadequado poderá apresentar também riscos físicos, como ruído, vibração e calor, 
bem como, riscos ergonômicos, como má postura, excesso de esforço e ações repetitivas. 
Observe, a seguir, situações que representam risco relacionado ao arranjo físico e instalações:
a) falta de demarcação das áreas de circulação em locais de instalação de máquinas e equipamentos, 
em conformidade com as normas técnicas oficiais;
b) presença de materiais obstruindo as áreas de circulação;
c) falta de definição e demarcação de locais específicos para a armazenagem de materiais em utilização 
no processo produtivo;
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5 RISCOS DE ACIDENTES 131
d) a não adequação dos espaços ao redor das máquinas e equipamentos de forma a prevenira ocor-
rência de acidentes e doenças relacionados ao trabalho;
e) falta de um estudo e da adequação da disposição das máquinas, respeitando a distância mínima 
entre elas (conforme suas características e aplicações), que garanta a segurança dos trabalhadores 
durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção;
f ) existência de locais de trabalho e áreas de circulação com pisos sujos e presença de objetos, ferra-
mentas e materiais oferecendo riscos de acidentes; e
g) desorganização de ferramentas utilizadas no processo produtivo.
5.2.2 ESPAÇO CONFINADO
Conforme a NR 33, espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação huma-
na contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para 
remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Um exemplo 
desses espaços pode ser visto na próxima figura.
Figura 45 - Espaço confinado
Este tipo de ambiente de trabalho proporciona uma série de riscos. Acompanhe.
Deficiência de oxigênio: a concentração de oxigênio abaixo de 19,5% presente na atmosfera de um 
espaço confinado representa perigo imediato para o trabalhador. A baixa concentração de oxigênio nestes 
ambientes pode ser causada por oxidação do ferro, digestão de matéria orgânica processada por micror-
ganismos e pela elevada concentração de gases e vapores.
Exposição aos agentes físicos e químicos: as atividades de inspeção, manutenção e limpeza em espa-
ço confinado expõem o trabalhador a estes agentes. Normalmente, essas atividades envolvem vários tipos 
de trabalhos, tais como: solda, oxicorte, esmerilhamento, pintura e ensaios não destrutivos. 
Exemplos de riscos físicos são: vibração, ruído, radiação, pressão e temperatura anormais e iluminação 
deficiente. E, de risco químicos: as poeiras, fumaças, gases e vapores.
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Explosão e Incêndio: a explosão pode ser o resultado de uma reação química exotérmica em misturas 
explosivas, liberando grande quantidade de energia instantânea mediante uma fonte de ignição. Isto pode 
ocorrer em um espaço confinado contendo a proporção adequada de combustível e oxigênio mediante o 
aparecimento de uma fonte de ignição. Esta mesma condição pode provocar incêndio, podendo ocorrer 
ou não a explosão.
Elétrico e Mecânico: serviços com o emprego de solda elétrica, oxicorte, pintura e esmerilhamento ofe-
recem riscos elétricos ou mecânicos. A existência deste tipo de risco irá depender da atividade executada 
no espaço confinado. A eletricidade estática também oferece risco no espaço confinado pelo fato de ser 
uma fonte de ignição.
Outro tipo de risco de acidentes é provocado pela eletricidade. Acompanhe.
5.2.3 ELÉTRICOS
O risco elétrico está associado diretamente ao perigo de choque elétrico. As tomadas de energia na sua 
casa devem ser sempre bem protegidas, principalmente se tiver crianças em casa.
Segundo Campos (2012), o choque elétrico é uma perturbação de natureza e efeitos diversos, que se 
manifesta no organismo humano quando percorrido pela corrente elétrica. É um estímulo rápido e aci-
dental do sistema nervoso do corpo humano, pela passagem de uma corrente que circulará quando ele 
se tornar parte de um circuito elétrico que possua uma diferença de potencial suficiente para vencer sua 
resistência elétrica.
Dentre os efeitos causados pelo choque elétrico, tem-se a morte, fibrilação do coração, contrações mus-
culares violentas, tetanização2, parada respiratória e formigamento.
2 Ocorrência ou produção de tétano.
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5 RISCOS DE ACIDENTES 133
São fatores que influenciam na gravidade do choque elétrico: percurso da corrente elétrica, intensi-
dade da corrente elétrica, tempo de duração do contato elétrico, espécie de corrente, frequência, força 
da corrente elétrica, resistência elétrica do corpo humano, área de contato, pressão de contato, umidade, 
condições orgânicas do indivíduo e diferença de potencial.
O corpo humano, por ser um condutor de eletricidade, quando em contato com um circuito energizado, 
é atravessado por uma corrente elétrica. O percurso dessa corrente dependerá da posição que estiverem os 
contatos com o circuito e os efeitos fisiológicos dependerão desse percurso, pois a passagem de corrente 
poderá ou não atingir órgãos vitais.
As perturbações provocadas pelo choque elétrico dependem da intensidade da corrente que atraves-
sa o corpo da pessoa. Para frequência de 60Hz, uma intensidade de até 10 mA (miliampere), apesar de 
desagradável, não gera consequências graves. Acima deste valor, as contrações musculares são maiores e 
podem impedir que a pessoa se liberte do contato com um circuito. 
Correntes de até 30 mA podem vir a ser muito perigosas se permanecer o contato por mais de 5 segun-
dos. Para correntes na faixa de 100 mA, atuando por mais de 0,5 s, podem produzir fibrilação ventricular e, 
em consequência, a morte.
O ser humano é mais sensível à corrente alternada do que à corrente contínua. Portanto, pode-se con-
siderar a corrente alternada mais perigosa que a corrente contínua. Veja a relação de causa e intensidade 
no quadro, a seguir.
EFEITOS
INTENSIDADE DE CORRENTE (mA)
60 Hz CONTÍNUA
HOMEM MULHER HOMEM MULHER
Limiar de percepção 1,1 0,7 5,2 3,5
Choque não doloroso, sem perda de controle muscular 1,8 1,2 9 6
Choque doloroso, limiar de largar 16 10,5 76 51
Choque doloroso e grave, contrações musculares, dificuldade de 
respiração
23 15 90 60
Possível efeito de fibrilação ventricular a partir de 3 segundos de 
duração do choque
100 100 500 500
Quadro 22 - Efeitos da intensidade da corrente no corpo humano
Fonte: adaptado de Campos (2012)
O choque elétrico pode ser classificado em 3 categorias: contato com um circuito energizado, contato 
com um corpo energizado e/ou ação direta ou indireta de descargas atmosféricas.
ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO134
Segundo a UFRRJ (2017), as lesões provocadas pelo choque elétrico podem ser de quatro naturezas. 
a) Eletrocussão: é a morte provocada pela exposição do corpo a uma dose letal de energia elétrica. Os 
raios e os fios de alta tensão (voltagem superior a 600 volts) costumam provocar esse tipo de aci-
dente. Também pode ocorrer a eletrocussão com baixa voltagem (V<600 volts), se houver a presença 
de poças d’água, roupas molhadas, umidade elevada ou suor.
b) Choque elétrico: é causado por uma corrente elétrica que passa por meio do corpo humano ou de 
um animal qualquer. O pior choque é aquele que se origina quando uma corrente elétrica entra pela 
mão da pessoa e sai pela outra. Nesse caso, atravessando o tórax, ela tem grande chance de afetar 
o coração e a respiração. Se fizerem parte do circuito elétrico o dedo polegar e o dedo indicador de 
uma mão, ou uma mão e um pé, o risco é menor. O valor mínimo de corrente que uma pessoa pode 
perceber é 1 mA. Com uma corrente de 10 mA, a pessoa perde o controle dos músculos, sendo difícil 
abrir as mãos para se livrar do contato. O valor mortal está compreendido entre 10 mA e 30 mA.
c) Queimaduras: a pele humana é um bom isolante e apresenta, quando seca, uma resistência à 
passagem da corrente elétrica de 100.000 Ohms. Porém, quando molhada, essa resistência cai para 
apenas 1.000 Ohms. A energia elétrica de alta voltagem, rapidamente rompe a pele, reduzindo a 
resistência do corpo para apenas 500 Ohms, provocando queimaduras mais facilmente. 
d) Quedas de altura: os riscos de queda existem em vários ramos de atividades, em diversos tipos de 
tarefas. Por este motivo, é preciso ter muito cuidado nesta situação. Em todos os trabalhos realizados 
com risco de queda, devem ser tomadas todas as medidas necessárias para que ocorram com total 
segurança para o trabalhador e terceiros.
O choque elétrico irá provocar morte por asfixia se a intensidade da corrente for acima 
de 30 mA e circular por apenas alguns minutos. Por isso, a interrupção da passagem da 
corrente pelocorpo da pessoa deve ser feita rapidamente.
 FIQUE 
 ALERTA
Conhecidos os riscos advindos da eletricidade, como queimaduras, quedas, eletrocussão, e de que for-
ma você pode evita-los, você terá mais subsídios para avaliar o ambiente de trabalho e garantir a sua segu-
rança e dos demais. Outro risco que deve ser conhecido e evitado é o de incêndio e explosão. Acompanhe, 
na sequência.
5.2.4 INCÊNDIO E EXPLOSÃO
O risco de incêndio está presente na maioria das atividades de trabalho. Os conceitos conhecidos como 
a teoria do fogo consideram que ele é uma reação química chamada de combustão. Para haver fogo, é 
preciso que estejam presentes estes quatro elementos:
a) Combustível: são todos os materiais capazes de queimar e alimentar a combustão. Estes materiais 
podem ser sólidos, líquidos ou gasosos. 
5 RISCOS DE ACIDENTES 135
b) Comburente: este é o componente que, ao reagir com o combustível, promove a combustão. É o 
oxigênio presente no ar.
c) Fonte de ignição: é o elemento que dá origem ao fogo. Pode ser o calor ou qualquer fonte de ignição, 
como faíscas.
d) Reação em cadeia: a reação em cadeia ocorre com a liberação de calor das chamas, que passam a 
aquecer o combustível que, com a presença do oxigênio, entra em combustão. Este processo esta-
belece um ciclo constante.
A combustão será mantida até que um destes elementos seja eliminado.
A utilização do fogo é parte importante da história e evolução da humanidade. A utilização do calor do 
fogo continua ocorrendo tanto para uso doméstico quanto em processos industriais. No entanto, quando 
as chamas do fogo saem do controle, há um incêndio.
Observe, a seguir, os principais riscos relacionados à ocorrência de incêndio.
a) Queimadura: o contato da pessoa com o calor irá provocar queimaduras.
b) Intoxicação: os gases gerados pela combustão dos materiais consumidos pelo incêndio irão intoxicar 
as pessoas através das vias respiratórias.
c) Asfixia: a falta de oxigênio no ambiente, em função da combustão, irá asfixiar as pessoas.
O risco de explosão, normalmente, está associado à ocorrência de incêndios. Tanto a explosão de um 
equipamento ou reservatório poderá causar um incêndio, como também, um incêndio poderá causar uma 
explosão.
O calor gerado pelo incêndio poderá alterar as condições de temperatura e pressão em um equipamen-
to ou produto armazenado e provocar uma explosão. Passa, também, a ter risco de explosão e incêndio 
em condições onde há armazenagem inadequada de produtos combustíveis e produtos perigosos que 
possam provocar reações exotérmicas3.
3 Reações químicas que liberam calor para o ambiente.
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ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO136
As condições inadequadas de instalação, manutenção, inspeção e operação de equipamentos como 
caldeiras e vasos de pressão, que não atendam aos requisitos da NR 13, apresentam risco de explosão. Este 
é um aspecto importante em relação ao risco de explosão, porque, apesar dos acidentes com explosão 
em máquinas e equipamentos serem menos frequentes, quando eles ocorrem, na maioria das vezes são 
catastróficos. 
5.2.5 TRABALHO EM ALTURA
Segundo a NR 35 (BRASIL, 2016e), considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 
2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. Portanto, pode-se citar como exemplos de 
trabalho em altura o trabalho em andaimes, escadas, postes e plataformas. Já o trabalho em profundidade 
está relacionado, por exemplo, a atividades em escavações, poços e cisternas. Dentre os tipos de tarefa 
realizada em altura, têm-se as de manutenção, reparos, construção civil e montagem de estruturas.
Antes do início de qualquer trabalho em altura, devem ser identificados os riscos envolvidos e as medi-
das de controle a serem aplicadas.
O risco de queda está presente em diversas atividades executadas em altura. Além da queda do tra-
balhador, o trabalho em altura apresenta o risco de queda de materiais e ferramentas. Há também outros 
riscos específicos inerentes ao tipo de atividade que ocorrem simultaneamente ao trabalho em altura. 
Exemplos destes riscos são o choque elétrico e colisões contra estruturas.
A NR 35 determina que todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por tra-
balhador capacitado e autorizado. Neste planejamento, devem ser adotadas, em sequência, as seguintes 
ações:
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução; 
b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do tra-
balho de outra forma;
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser elimi-
nado.
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5.2.6 TRANSPORTE, ARMAZENAMENTO E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
As atividades de transporte, armazenamento e movimentação de materiais são responsáveis por gran-
de parte das lesões que ocorrem na indústria. Danos provocados por esmagamento, entorse, fraturas e 
contusões são costumeiros. Estes danos são consequências de atos e condições inseguras de trabalho, 
como elevação e transporte de cargas de modo inadequado, acima de limites estabelecidos e pelo uso de 
equipamentos inadequados.
Ao observar um processo produtivo, você irá perceber que os riscos associados ao transporte, armaze-
namento e movimentação de cargas dependem dos seguintes aspectos:
a) o tipo e caraterísticas da carga (material ou produto) a ser movimentada;
b) a direção e trajeto que a carga deverá ser movimentada;
c) a distância a ser percorrida pela carga;
d) a frequência que determinada movimentação irá ocorrer, por exemplo, se será executada apenas 
uma vez ou se faz parte da rotina de trabalho;
e) o volume e o peso da carga a ser movimentada. 
Para esclarecer e obter informações que possam contribuir para o desenvolvimento de soluções para 
este tipo de atividade, você, atuando como profissional do SESMT, deverá atentar para algumas questões 
importantes, como as listadas a seguir.
a) Há possibilidade de executar o serviço de modo a eliminar a movimentação manual?
b) Qual é o histórico da quantidade de acidentes neste tipo de atividade?
c) Há equipamentos e dispositivos que possam oferecer mais segurança às atividades?
d) Poderia ser adotado algum EPI para minimizar os efeitos dos riscos da atividade?
Obtendo essas respostas, você tem maior possibilidade de evitar os riscos, tornando assim o trabalho 
mais seguro.
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TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS DE MODO MANUAL: nas atividades de transporte e 
movimentação de cargas feitas de modo manual, os principais riscos são as lesões que afetam a coluna 
cervical e os membros inferiores. O maior número destas lesões ocorre em atividades de levantamento 
manual de cargas. Neste tipo de atividade, é aplicada a ergonomia com o objetivo de eliminar ou reduzir 
estes riscos e evitar a ocorrência de lesões nos trabalhadores. Estes aspectos são considerados na NR 17.
Em relação ao levantamento e transporte manual de cargas, há vários cuidados a serem observados. 
Veja alguns destes cuidados:
a) manter a carga na vertical e próximo ao corpo;
b) manter os pés afastados para ter melhor equilíbrio;
c) evitar torções no corpo;
d) limitar cargas ou dividi-las, se possível; e
e) manter as costas (coluna) o mais vertical possível, flexionando as pernas.
Fica evidente a necessidade da definição de um valor máximo de peso recomendado 
para qualquer trabalho de levantamento manual de carga para diminuir os esforços e 
as tensões exageradas sobre a coluna. Mas, de que forma é possível estabelecer este 
limite? Esta definição é feita utilizando um método estudado e proposto pelo National 
Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), desenvolvido em 1981 e revisado 
e 1992. Para saber mais, consulte o livro: Prevenção e controle de risco em máquinas 
equipamentos e instalações, de Armando Campos.
 SAIBA 
 MAIS
Como vocêjá pôde perceber, o transporte e a movimentação manual de cargas oferecem risco de pro-
vocar sérias lesões nos trabalhadores. Portanto, este é um assunto que merece muita atenção.
Figura 46 - Transporte e movimentação de cargas por meio mecânico
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5 RISCOS DE ACIDENTES 139
TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS POR MEIO MECÂNICO: no transporte e movimentação 
de cargas feitos através de meios mecânicos, com o auxílio de equipamentos para elevação e transporte, 
também há riscos em função de falhas nos equipamentos, erros operacionais e por não serem observadas 
orientações e padrões de segurança. Na NR 11, você irá encontrar uma série de requisitos relacionados 
a este tipo de atividade e que visam à saúde e segurança dos trabalhadores. Na sequência, observe um 
exemplo de equipamento de trabalho e movimentação de cargas.
Em seguida, conheça alguns tipos de equipamentos e seus respectivos riscos.
a) Equipamentos auxiliares de elevação, tais como guindastes de corda, cabos de aço, correntes e gan-
chos, oferecem riscos de queda de carga por estar mal posicionada ou fixada inadequadamente e 
também por algum dano em componentes destes equipamentos. A má condição de conservação 
destes equipamentos pode oferecer riscos de ferimentos pelo rompimento de cabos de aço e outros 
componentes.
b) Pontes rolantes, pórticos, gruas, talhas elétricas, autoguindastes. Além dos riscos apresentados no 
item anterior, estes equipamentos oferecem perigo de eletrocussão, em caso de contato acidental 
com redes de alta tensão, bem como contusões arranhões e amputações de partes de membros do 
trabalhador.
c) Elevadores e monta-cargas apresentam risco de choque, queda de pessoas ou objetos da cabine.
d) Transportadores de roletes, de correias e similares oferecem risco de queda de materiais. 
e) Empilhadeiras, transpaleteiras e guinchos motorizados apresentam risco de atropelamento e 
choques contra estruturas e pessoas.
ARMAZENAMENTO: armazenar, a princípio, parece ser uma atividade simples. No entanto, não se trata 
simplesmente de colocar as coisas em qualquer lugar e, muito menos, de qualquer jeito. O armazenamento 
dos materiais deve ser efetuado de modo que os perigos de queda, desprendimento e rebaixamento do 
piso sejam eliminados. Uma boa forma de armazenar materiais pode ser observada a seguir.
Figura 47 - Armazenamento
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ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO140
Quanto ao armazenamento de materiais, os riscos são oriundos de práticas indevidas. Sejam elas por 
falta de padrões adequados de armazenamento ou pelo não seguimento destes.
Acompanhe, a seguir, algumas destas não conformidades.
a) Não respeitar recomendações de armazenamento conforme o tipo de produto armazenado.
b) Obstruir corredores e áreas de trabalho com materiais dispostos fora de uma área de armazenagem 
definida.
c) Não respeitar o limite de altura de empilhamento de contêiner e materiais.
d) Armazenagem inadequada de substâncias químicas perigosas.
e) Falta de rotulagem indicando o tipo de produto armazenado e informações específicas sobre o mes-
mo
f) Falta de treinamento dos trabalhadores das áreas de armazenagem quanto ao reconhecimento dos 
riscos e procedimentos adequados de armazenamento para cada tipo de material ou produto.
Você já conheceu quais os riscos e acidentes causados no trabalho em altura, no transporte, armaze-
namento e movimentação de cargas, e a partir daqui já tem subsídios para realizar e acompanhar estas 
tarefas de forma mais segura. Conheça, na sequência, o risco que vem dos animais peçonhentos.
5.2.7 ANIMAIS PEÇONHENTOS
Chamamos de animais peçonhentos aqueles que produzem substâncias tóxicas e, para caçar ou se de-
fender, injetam em suas presas este veneno através de glândulas como dentes e ferrões. Essa característica 
faz parte de seu instinto de sobrevivência e defesa. Ao perceberem uma ameaça, imobilizam o agressor e 
fogem para um local seguro.
Tanto no meio rural quanto nas cidades, estes animais são responsáveis por provocarem inúmeros aci-
dentes. São exemplos de animais peçonhentos: cobras, aranhas, escorpiões, lacraias, taturanas, vespas, 
formigas, abelhas, marimbondos.
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5 RISCOS DE ACIDENTES 141
Você também será responsável por evitar a proliferação destes animais no ambiente de trabalho, to-
mando conta da limpeza e evitando o acúmulo desnecessário de materiais.
Conhecidos os riscos de acidentes, chegou a hora de você aprender de que forma são controlados. 
Acompanhe.
5.3 CONTROLE DOS RISCOS DE ACIDENTES
Conforme Cardella (2009), a função de controle de riscos pode ser desdobrada em controlar frequência 
e consequências do evento perigoso. Portanto, é fundamental que um sistema de controle de riscos abran-
ja ações de controle de frequência e consequências. Estas ações fazem parte de um plano de controle de 
riscos que pode compreender ações simples ou complexas e de curto, médio e longo prazo, dependendo 
da dimensão dos riscos, dos sistemas e das organizações envolvidas.
Ainda segundo Cardella (2009), os danos decorrem da relação entre o agente agressivo e o alvo. Tomando 
como exemplo um vaso de pressão contendo amônia, para que o mesmo cause danos, é necessário que:
a) a amônia seja liberada para o ambiente;
b) haja pessoas no campo de ação agressiva; e
c) essas pessoas sejam expostas sem proteção.
Considerando este exemplo, para evitar danos, você pode aplicar as seguintes ações: não permitir que a 
amônia vaze, impedir a presença das pessoas (automatizando a operação) e eliminar a exposição por meio 
de proteção (máscara).
Portanto, as ações de controle de risco podem ser aplicadas no agente, no alvo e na exposição.
Acompanhe, a seguir, algumas ações indicadas por Cardella (2009), aplicáveis a cada um destes aspectos.
Controle do agente
a) Eliminar a fonte ou reduzir a quantidade e/ou a energia agressiva (substituindo substâncias perigo-
sas por inertes, reduzindo estoques de matérias-primas).
b) Reduzir a potência das fontes contribuintes (reduzindo estoques, vazões ou pressões).
c) Reduzir a nocividade dos agentes nocivos (substituir produtos não biodegradáveis por biode-
gradáveis, produtos tóxicos por outros menos tóxicos).
d) Reduzir a frequência de falhas de contenção, aumentando a confiabilidade (tubulações com pare-
des de maior espessura, maior frequência de testes) ou implantando sistemas adicionais de conten-
ção (bacias de contenção ao redor de tanques de armazenamento), de recomposição da contenção 
(válvulas especiais acionadas pelo próprio fluxo do fluido que vaza) e de combate aos agentes de 
ruptura (proteção catódica, válvulas de alívio).
e) Combater agentes agressivos (diluição de gases tóxicos por insuflação de ar no ambiente, absorção 
de ruído por barreiras ou filtros).
ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO142
f ) Reduzir a ação de agentes promotores de capacidade agressiva (trabalhando com baixas voltagens, 
baixas temperaturas) e de nocividade (eliminando cloretos de soluções de ácido nítrico em sistemas 
de aço inox).
Controle no alvo
a) Reduzir a susceptibilidade por seleção (pessoas de pele clara não devem trabalhar em salinas).
b) Reduzir a vulnerabilidade por seleção, projeto ou construção (casas de controle resistentes a ex-
plosões).
c) Aumentar a capacidade de sistemas de defesa dos alvos (vacinas).
Controle na exposição: reduzir probabilidade, tempo ou categoria da exposição.
a) Distâncias adequadas para que alvos importantes se situem em pontos em que a agressividade do 
agente é reduzida por diluição.
b) Sistemas de proteção coletiva ou individual (cabines acústicas, protetores auriculares).
c) Sistemas de isolamento (barreiras, placas, normas, treinamento).
Figura 48 - Sistema de isolamento através do uso de fitas listradas
d) Alarmes sonoros (sirene, bip), visuais (placas, cores) e olfativos (odorização com produto de odor 
desagradável). Incluir treinamento em detecção de alarmes.
e) Redução na frequência de entradade alvos no campo de ação dos agentes (rotinas, normas, boas 
práticas de trabalho).
Para minimizar os riscos de acidentes, você deverá desenvolver ações para o controle de um ou mais 
destes aspectos: o agente, o alvo e a exposição.
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 CASOS E RELATOS
O valor da Vida
Será que a sua vida vale mais do que 1 minuto do seu tempo? Ela pode valer mais, só depende 
das suas atitudes. Obviamente você deve estar pensando, não há dinheiro que pague o quanto a 
minha vida vale, não é mesmo?
Pois bem, agora você está convidado a fazer uma análise de atitudes para tentar demonstrar que 
muitas vezes a vida não é valoriza como deveria.
Pense e guarde só para você. Quem nunca atravessou, pelo menos uma vez na vida, um semáforo 
quando ele estava no vermelho? Não considere que em 100% das pessoas, mas é um número 
bem perto disso, vocês não acham? Pois bem, os semáforos tradicionais monitoram cruzamentos 
e quando ele está verde para um lado, fatalmente estará vermelho para o outro, correto? E isto não 
falha. Então, considere um salário razoavelmente alto, por exemplo, R$ 60.000,00 por mês. É um 
bom salário, certo? Então, o semáforo tradicional quando fica vermelho, em aproximadamente 1 
minuto ele retorna para o verde. Esse é o tempo que você teria que esperar para poder atravessar 
para o outro lado com segurança, certo? Faça uma rápida conta com um salário de R$ 60.000,00 
por mês. O valor do minuto deste motorista seria de R$ 4,54. O que tem de tão importante do outro 
lado da rua que faz o cidadão atravessar com o semáforo no vermelho? 
Agora que você acompanhou como é possível controlar os riscos de acidentes, continue sua leitura e 
conheça as terminologias técnicas que compões esta atividade.
5.4 TERMINOLOGIA TÉCNICA
De acordo com Fundacentro (2004), são definidos alguns conceitos relativos aos riscos. Confira 
cada um deles.
Criada oficialmente em 1966, a FUNDACENTRO (Fundação Jorge Duprat Figueiredo 
de Segurança e Medicina do Trabalho) é uma instituição ligada ao Ministério do 
Trabalho que tem a missão de produzir e difundir conhecimentos que contribuam 
para a promoção da segurança e saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras, 
visando ao desenvolvimento sustentável, com crescimento econômico, equidade 
social e proteção do meio ambiente.
 CURIOSI 
 DADES
ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO144
Agente de risco: agente necessário para provocar riscos à saúde e meio ambiente, incluindo agentes 
químicos, biológicos (vírus, bactérias), físicos (ruído, calor), risco de acidentes e estressores. Normalmente, 
os agentes de riscos são os principais fatores de riscos. 
Agente tóxico: qualquer substância química que pode causar dano a um organismo vivo como resul-
tado de interações físico-químicas, como a atividade de aplicação de pesticida. 
Análise: exame de um sistema complexo, seus componentes e suas relações; exame de cada parte de 
um todo para conhecer sua natureza, suas proporções, suas funções e suas relações; estudo pormenorizado e 
exame crítico.
Avaliação ambiental: medida da concentração ou intensidade dos agentes de risco presentes no am-
biente e sua análise, comparando com referências apropriadas.
Concentração ambiental: estimativa da quantidade de uma substância em um meio ambiental 
específico.
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Contaminante ambiental: qualquer agente físico, químico ou biológico que tiver sido introduzido no 
ar, água ou solo e que esteja qualitativa ou quantitativamente estranho a esse meio. 
Figura 49 - Poluição ambiental
Dose: quantidade de um agente químico ou físico que entra em contato ou interage com o organismo. 
Dose efetiva é a quantidade ou intensidade de um químico ou físico que alcança o órgão alvo.
Efeitos nocivos à saúde: É a presença de um dano funcional ou anatômico, uma mudança irreversível 
na homeostase, um aumento da susceptibilidade em relação a outros agentes químicos ou estresse 
biológico, incluindo moléstias infecciosas. A extensão do efeito pode ser influenciada pelo estado de saúde 
do organismo. O efeito nocivo pode ser geral à sociedade, à cultura e ao patrimônio de uma empresa.
Efeito tóxico: efeito adverso ou nocivo ocasionado por substâncias químicas a qualquer organismo 
vivo. Resultado de uma ação tóxica, ou ação de um agente tóxico, que se evidencia como o conjunto de 
alterações indesejáveis ocasionadas pela ação de uma substância química no organismo.
Estimativa: determinação por cálculo ou avaliação, valor fundado em probabilidade.
Exposição: a situação ou exposição de uma ou mais pessoas que podem estar sujeitas à interação com 
agentes ou fatores de riscos.
Fator de risco/situação de risco (Hazard): evento, acontecimento ou situação com potencial para pro-
vocar danos ao organismo (lesão, doença), à propriedade, ao meio ambiente ou a combinação destas. Uma 
fonte de risco não produz necessariamente um dano. Somente existirá o risco se existir a exposição e se 
esta criar a possibilidade de consequências adversas.
Gerenciamento (gerência) de risco (Risk Management): processo de selecionar e implementar medi-
das para alterar a magnitude do risco.
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Limites de tolerância: é a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e 
o tipo de exposição ao agente que não causará dano à saúde do trabalhador, durante sua vida laboral.
Monitorização ambiental: medida e avaliação da concentração ou intensidade dos agentes presentes 
no ambiente, de forma periódica e contínua, para estimar a contaminação do meio ambiente, a exposição dos 
indivíduos e comparar os resultados com referências apropriadas, além de estimar os riscos à saúde.
Monitorização biológica: medida e avaliação de forma periódica ou contínua da concentração dos 
agentes químicos, ou de seus produtos de biotransformação em: tecidos, secreções, ar exalado ou alguma 
combinação destes, para estimar a exposição, comparar os resultados com referências apropriadas e esti-
mar os riscos à saúde.
Monitorização de emissões: medida de forma periódica ou contínua da concentração ou intensi-
dade de um contaminante para estimar a emissão por uma determinada fonte e comparar os resulta-
dos com referências apropriadas.
Percepção de riscos: avaliação de uma situação de risco baseada na interpretação e aceitação pes-
soal ou sociopolítica.
Risco (Risk): Probabilidade da ocorrência de um evento, geralmente indesejável. A gravidade do risco 
pode ser determinada pela probabilidade da ocorrência do advento indesejado e suas consequências.
Risco ambiental: é a probabilidade de ocorrência de uma situação adversa ao ambiente ou seres 
que nele habitam.
Risco ocupacional: possibilidade de uma pessoa sofrer determinado dano à saúde em virtude das con-
dições de trabalho. Para qualificar um risco de acordo com a gravidade, avaliam-se, conjuntamente, a proba-
bilidade de ocorrência do dano e a severidade do mesmo.
Toxicidade: propriedade de qualquer substância ocasionar danos a um organismo vivo. A toxicidade 
pode ser graduada, de acordo com o tipo e o nível de interação que apresenta a um determinado organis-
mo. Uma determinada substância pode ser muito tóxica para aves e seres humanos e apresentar pouca ação 
sobre vegetais. Os efeitos tóxicos às aves e aos seres humanos podem ser graves, mas de natureza diferente. 
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5 RISCOS DE ACIDENTES 147
Sempre observe com atenção às instruções contidas nos rótulos.
Os acidentes de trabalho são fenômenos geradores de perdas, o que provoca a necessidade da busca 
de seu controle. Embora não seja possível predizer quando eles ocorrerão, sabe-se que acidentes resultam de 
processos que podem ser detectados e corrigidos. Evitar que o processo produtivo apresente disfunções 
é reduzir as chances de que os acidentes ocorram. Essas disfunções podem se manifestar na forma de riscos 
(risco deacidentes, físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, sociais ou ambientais).
Para a edificação e eliminação (controle) desses riscos, é necessário um processo sistemático que se 
inicia com a caracterização da situação atual, passando por análises sucessivas e pela geração de soluções 
alternativas (que podem ser físicas ou organizacionais, inseridas na fonte, no meio de propagação ou no 
receptor do risco; que atuem para evitar que o risco se manifeste na forma de acidentes ou minimize as 
consequências do acidente) e resulta na implantação de uma solução.
As terminologias técnicas são de grande importância, já que farão parte do seu dia a dia no trabalho 
como responsável pela segurança.
Conheça, a seguir, as mediadas preventivas de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
5.5 MEDIDAS PREVENTIVAS
A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e seguran-
ça da saúde do trabalhador, sendo também seu dever, prestar informações pormenorizadas sobre os riscos 
da operação e da execução do produto a manipular.
Constitui contravenção penal, punível com multa se a empresa deixar de cumprir as normas de segu-
rança e higiene do trabalho. Nos casos de negligência quanto às normas de segurança e saúde do traba-
lho, indicadas para a proteção individual e coletiva, a previdência social proporá ação regressiva contra os 
responsáveis.
O pagamento pela Previdência Social das prestações decorrentes do acidente do trabalho não exclui a 
responsabilidade civil da empresa ou de terceiros.
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ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO148
Por intermédio dos estabelecimentos de ensino, sindicatos, associações de classe, Fundação Jorge 
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, órgãos públicos e outros meios, serão promovi-
dos, regularmente, instrução e formação, com vistas a incrementar costumes e atitudes prevencionistas em 
matéria de acidentes, especialmente, os acidentes de trabalho. Sob todos os aspectos em que possam ser 
analisados, os acidentes e doenças decorrentes do trabalho apresentam fatores extremamente negativos 
para a empresa, para o trabalhador acidentado e para a sociedade.
Anualmente, as altas taxas de acidentes e doenças registradas pelas estatísticas oficiais expõem os 
elevados custos e prejuízos humanos, sociais e econômicos que custam muito para o País (considerando 
apenas os dados do trabalho formal). O somatório das perdas, muitas delas irreparáveis, é avaliado e deter-
minado, levando-se em consideração os danos causados à integridade física e mental do trabalhador, os 
prejuízos da empresa e os demais custos resultantes para a sociedade.
Para evitar esses custos e prejuízos, existem alguns recursos a serem utilizados como formas de preven-
ção. Confira a seguir.
a) Diagnóstico inicial para conhecer as características da empresa, dos trabalhadores e dos ambientes 
de trabalho.
b) Mapeamento dos processos de produção e atividades relacionadas, para conhecimento de suas 
principais etapas.
c) Avaliação dos riscos para identificar as fontes de perigo e estimar os riscos a elas associados.
d) Identificação de requisitos legais e outros, para verificar a situação da empresa em relação ao cum-
primento da legislação e de acordos ou contratos firmados.
e) Definição dos objetivos e metas, para que a direção da empresa estabeleça as metas em relação à 
saúde e ao trabalho.
f ) Controle operacional, medição e monitoramento, para estabelecer o ciclo básico de gerenciamen-
to de saúde e segurança no trabalho, constituído pelos seguintes passos: reconhecimento, anteci-
pação, avaliação, prevenção e controle dos riscos ambientais (químicos, físicos, biológicos, acidentes 
e ergonômicos).
g) Implementação dos programas de gestão, para atingir os objetivos e metas estabelecidas na etapa 
anterior, as pessoas responsáveis, os recursos envolvidos e os prazos.
h) Tratamento de desvios, incidentes, acidentes, doenças, ações emergenciais, corretivas e preventivas 
ou mitigadoras, para garantir que a gestão de saúde e segurança no trabalho seja implementada e 
mantida na empresa.
Lembrando que sempre são importantes a manutenção e o uso dos equipamentos de segurança, pois, 
assim, você estará resguardando a empresa de possíveis acidentes e consequentemente futuras contra-
venções penais.
5 RISCOS DE ACIDENTES 149
Como você pôde perceber, prevenir sempre é melhor, e para isso, as medidas preventivas ajudam mui-
to. Continue explorando todas as informações apresentadas neste material.
Figura 50 - Equipamentos de segurança pessoal
 RECAPITULANDO
Neste capítulo, você conheceu os tipos de riscos de acidentes, tais como arranjo físico, espaço 
confinado, incêndio e explosão, trabalho em altura, riscos elétricos e animais peçonhentos, bem 
como suas características e de que maneira atuar para evitar ou minimizar os danos provocados 
por estes riscos. Entendeu também que o combate dos riscos de acidentes pode ocorrer através do 
controle do agente, controle no alvo e controle na exposição ao risco.
Você também estudou que a prevenção contra os riscos de acidentes pode ser aplicada através de 
várias etapas de trabalho, como o diagnóstico dos ambientes e funções de trabalho, o mapeamento 
dos processos produtivos, a avaliação dos riscos, a observação de requisitos legais e a definição de 
objetivos e metas, dentre outras.
Conhecer os tipos de possibilidades de acidentes contribuirá para você identificar os riscos 
inerentes às atividades laborais a serem avaliadas durante a inspeção, contribuindo para o controle 
e prevenção dos mesmos. Da mesma forma, este conhecimento ajudará você na identificação de 
situações de risco grave e iminente durante a inspeção nos ambientes laborais, colaborando para 
que você possa agir de acordo com os procedimentos padrões e/ou de emergência da empresa.
O conteúdo deste capítulo possibilita a você a identificação de novas situações de riscos não 
contempladas inicialmente nos relatórios e avaliações e cumprir normas e procedimentos de 
segurança estabelecidos pela empresa para avaliação de processo de trabalho e ou novo projeto, 
a fim de garantir a saúde e integridade física dos trabalhadores.
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Ao considerar a necessidade de promover a saúde e segurança no ambiente de trabalho, 
é necessário levar em conta diversos fatores. Ao obter conhecimentos que contribuam para a 
identificação, controle e prevenção, você terá melhores condições de contribuir neste sentido.
No estudo deste capitulo, você irá conhecer os tipos de riscos biológicos e a sua relação 
com o tipo de atividade e ambiente de trabalho, considerando que bactérias, vírus e fungos 
são tipos de riscos biológicos. 
Conhecerá também os efeitos da exposição aos riscos biológicos e suas consequências, 
principalmente, as doenças. Entenderá ainda a necessidade do controle e das medidas preven-
tivas para minimizar as consequências destes riscos.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) identificar os riscos inerentes às atividades laborais a serem avaliadas durante a inspeção; 
b) identificar situações de risco grave e iminente durante a inspeção nos ambientes labo-
rais, agindo de acordo com os procedimentos padrão e ou de emergência da empresa; 
c) interpretar os relatórios de inspeção e avaliação de riscos para identificar se as medidas 
propostas no relatório estão sendo cumpridas; 
d) avaliar a evolução ou a mitigação dos riscos ocupacionais evidenciados no relatório; 
e) identificar novas situações de riscos não contempladas inicialmente nos relatórios e 
avaliações. 
A partir de agora, você terá a oportunidade de conhecer diversos temas sobre o assunto, 
que farão a diferença em suas práticas.
Riscos Biológicos
ROTINAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO152
6.1 DEFINIÇÕES
São considerados riscos biológicos vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos. Esses 
riscos ocorrem por meio de microrganismos que, em contato com o homem,

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