Buscar

CADERNO DE AULA CONSTITUCIONAL 3 - ATUAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
1 
 
Direito Constitucional – III 
- Caderno de Estudos 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL – PARTE III 
 
• Direitos e Garantias Fundamentais 
• Remédios Constitucionais 
• Controle de Constitucionalidade Difuso e 
Coletivo 
• Direitos Politicos e de Ordem Econômica 
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO, 
DERIVADO E DECORRENTE: 
Originário: é o que cria a 
constituição. É inicial e ilimitado 
juridicamente, pois estabelece as 
regras que quiser, não está 
subordinado a outras regras. Pertence ao povo. 
Derivado: dividido em revisor e reformador. O 
que mais interessa é o reformador, pois o 
revisor cumpriu sua missão em 1993 (5 anos 
após a constituição). Serviu para alterar alguns 
aspectos da constituição e encerrou sua função. 
O reformador envolve a possibilidade ordinária 
de alterar a constituição, através de emendas, 
que seguem o rito do artigo 60. Suas 
características básicas: é limitado e não inicial. 
NÃO INICIAL: apenas altera a norma jurídica 
existente, que foi criada pelo PCO. 
Limitado juridicamente: pode alterar a 
constituição, mas encontra limitações, de ordem 
material (cláusulas pétreas), de ordem 
processual (precisa observar o modo de 
tramitação que a constituição estabelece) e de 
ordem circunstancial (não pode alterar a 
constituição diante de estado de sítio, estado de 
defesa e intervenção federal). 
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS 
CONSTITUCIONAIS: 
Podemos seguir a do José Afonso da Silva, 
subsequente a teoria americana. 
Divide em 3 grandes grupos: de eficácia plena, 
de eficácia contida e de eficácia limitada. 
Eficácia plena: aplicáveis de imediato e por si 
só tem aptidão para produzir todos os seus 
efeitos, não admitam e não precisam de lei 
posterior. 
Eficácia contida: são normas que podem ser 
aplicadas de forma imediata e integral, mas 
admitem, por lei, restrição dos seus efeitos. 
Eficácia limitada: entram em vigor, mas não 
produzem seus efeitos de imediato. Necessitam 
de uma lei posterior para produzir efeitos em 
sua plenitude. Enquanto a lei não vier, 
produzem poucos efeitos. 
Federação: poder descentralizado em nível 
constitucional, sem a ideia de hierarquizar, mas 
sim de distribuir. 
Entes distintos: União, Estados, municípios e 
Distrito Federal, sendo todos autônomos nos 
termos da constituição. Todos têm governo 
próprio, competências materiais, competência 
legislativas e impostos. 
 
COMPETÊNCIAS MATERIAIS PRIVATIVAS E 
CONCORRENTES: 
Competências materiais privativas: dizem 
respeito a somente um ente. Competências 
materiais concorrentes: dizem respeito a mais 
de um ente. 
Artigo 21: competência privativa da união 
(exemplo emitir moeda). Artigo 23: competência 
comum entre união, estados, municípios e 
Distrito Federal (exemplo velar pela guarda da 
constituição). 
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS PRIVATIVA, 
CONCORRENTE E SUPLEMENTAR. 
Privativa: diz respeito a um único ente. 
Concorrente: diz respeito a mais de um ente 
(artigo 24). 
Suplementar: suplementa o que a federal não 
tratar e for peculiar do ente. Norma geral 
incompleta o Estado pode suplementar, vindo a 
lei federal suspende a norma do Estado no que 
nela for contrário. 
COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS: CADA UM 
DOS ENTES TEM IMPOSTOS PRÓPRIOS. 
 
Intervenção: é tratada pela constituição como 
uma medida excepcional, somente para 
restabelecer a normalidade. 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
2 
 
Direitos fundamentais: direitos vinculados ao 
princípio da dignidade da pessoa humana. Vêm 
ao longo da história se desenvolvendo. 
Pode-se dividir em 3 dimensões: liberdade, 
igualdade e fraternidade. 
Na primeira dimensão ou geração foram 
grande destaque os direitos de liberdade, que 
limitavam o poder estatal. Na segunda, tem-se 
os direitos sociais, que englobam os 
econômicos e culturais. Na terceira envolve os 
direitos de fraternidade, de solidariedade, por 
exemplo, o direito ao meio ambiente. 
PODER CONSTITUINTE 
Poder de criar, modificar, revisar, revogar ou 
adicionar algo à Constituição 
 
Titularidade: o povo que o exerce por meio dos 
seus representantes (Assembleia Nacional 
Constituinte). 
“Art. 1º: Todo o poder emana do povo, que o 
exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta 
Constituição.” 
Espécie: 
• Originário: genuíno, de 1º grau.. É capaz 
de estabelecer uma nova ordem 
constitucional – poder de constituir uma 
nova Magna Carta quando um novo Estado 
é criado ou quando uma CF é trocada por 
outra, em um Estado já existente; 
• Histórico: é o responsável por editar a 
primeira Constituição do Estado; 
• Revolucionário: são os posteriores ao 
histórico, que rompem com uma ordem 
constitucional anterior e instauram uma 
nova; 
• Derivado: secundário, de 2º grau. É o poder 
de modificar uma Constituição, (no Brasil, é 
necessário o processo de Proposta de 
Emenda Constitucional - PEC); 
• Reformador: criado pelo poder originário 
para reformular (modificar) as normas 
constitucionais – reformulação se dá através 
das emendas; 
• Decorrente: poder investido aos estados-
membros para elaborar a sua própria 
constituição (auto-organização); 
• Revisor: intuito de adequar a Constituição à 
realidade que a sociedade apontasse como 
necessária – o art. 3º dos ADCT 
estabeleceu que a revisão constitucional 
seria realizada após 5 anos (exaurido). 
“Suprema potestas nationis et rationis” (o 
poder supremo da nação e da razão). 
Poder Constituinte x Poder Constituído: o 
primeiro cria o segundo. 
Poder Constituinte Material: força 
revolucionária. Movimento que provoca a 
ruptura com a ordem política e elabora uma 
nova Constituição; 
Poder Constituinte Formal: forma de exercício 
da força revolucionária (material). 
LIMITAÇÕES AO PODER REFORMADOR: 
Formais: quem e como. Observação do texto 
constitucional – art. 60; 
Circunstanciais: ameaças ao poder reformador 
– art. 60, § 1º; 
Materiais: impedem a alteração de 
determinados conteúdos – art. 60, § 4º; 
Implícitas: alteração do art. 60. Direitos 
fundamentais, titulares originários e secundários 
Poder Constituinte Difuso: não altera o texto, 
altera a interpretação constitucional. 
Poder Constituinte Supranacional: cidadania 
universal, pluralismo de ordenamentos jurídicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
3 
 
DIREITOS E GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS – AULA DO DIA 
27/08/2021 
Os direitos e garantias fundamentais 
estabelecidos na Constituição, assim, estão 
dispostos, de modo geral, nos seguintes artigos: 
- Direitos e deveres individuais e coletivos 
(art. 5º, CF); 
- Direitos sociais (art. 6º ao art. 11, CF); 
- Direitos da nacionalidade (art. 12 e art. 13, 
CF); 
- Direitos políticos (art. 14 ao art. 16, CF). 
 
Os direitos e garantias fundamentais, são 
direitos garantidos, hoje, a todos os seres 
humanos, enquanto indivíduos de direito. São 
garantias formalizadas ao longo do tempo, 
inerentes aos indivíduos. Estão atrelados as 
concepções de direitos humanos 
Os direitos Humanos , tem maior referência 
aos direitos e garantias inerentes aos seres 
humanos, mas estabelecidos em nível 
internacional. (Declaração de Direitos Humanos 
da ONU, Pactos internacionais que envolvem os 
países que os assinaram). 
 
DIREITOS X GARANTIAS 
Garantias fundamentais estão previstas na 
CF/88 em extenso rol de artigos e incisos, 
dentre esses: Artigo 5º,incisos 
XXXV,XXXVII,LII,LIV,LX, alguns nos artigos 
6°,7°, 92 e 102 e demais da CF/88. 
DIREITOS – declarações assecuratórias, a 
previsão no texto da Constituição (ex: direito de 
liberdade). 
GARANTIAS (instrumentos para exercer o 
direito previsto na Constituição Federal (ex: 
habeas corpus). 
 
A Constituição Federal , traz muitos direitos e 
deveres fundamentais e, embora todos sejam 
relevantes, temos a previsão dos direitos: à 
vida; à igualdade, liberdade, de pensamento, de 
opinião, de consciência e crença, de associação 
e de reunião; dentre outros.ATENÇÃO! O Rol do artigo 5° não é 
TAXATIVO, apenas exemplificativo, conforme 
Art. 5° § 2° e § 3° da CF/88: 
2º Os direitos e garantias expressos nesta 
Constituição não excluem outros decorrentes do 
regime e dos princípios por ela adotados, ou 
dos tratados internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte. 
Art. 5° § 3° da CF/88: 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos que forem aprovados, 
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais. 
Exs: Pacto de São José da Costa Rica (sem 
prisão para o depositário infiel), Convenção da 
ONU sobre Pessoas com Deficiência, seu 
Protocolo adicional e o tratado de marraqueche, 
voltados as pessoas necessitadas de condições 
para garantia de direitos de igualdade, etc.. 
 
PRINCIPIOS BASILARES PARA AS 
GARANTIAS DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS 
1)PRINCIPIO DA ISONOMIA (igualdade) 
Art. 5° caput e I - “homens e mulheres são 
iguais em direitos e obrigações” e são reiteradas 
firmados no texto da CF/88. por exemplos, de 
maior destaque: artigos 6°, 7°, dentre tantos 
outros. 
A isonomia deve ser MATERIAL ( concreta), 
através de Políticas Públicas Afirmativas, e não 
meramente ISONOMIA FORMAL (no texto da 
lei) 
Ex: STF : O transgênero, tem direito 
fundamental subjetivo à alteração de seu 
prenome e de sua classificação de gênero no 
registro civil, não se exigindo, para tanto, nada 
além da manifestação de vontade do indivíduo, 
o qual poderá exercer tal faculdade tanto pela 
via judicial como diretamente pela via 
administrativa(ADI 4.275). 
 
2°)PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: 
Art. 5°, inciso II 
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude de 
lei.(Legalidade ampla garantida ao cidadão). 
 
Temos ainda: 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
4 
 
LEGALIDADE RESTRITA (da Administração 
Pública, que somente pode atuar com anterior 
previsão de Lei). 
Exemplificando: Para exigir do cidadão, o uso 
do cinto de segurança, para determinar o 
pagamento de um imposto , para exigir o 
cumprimento de uma lei sobre qualquer matéria, 
o Poder Público precisa de prévia previsão 
legal. 
Ex: Não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal. 
 
3°)PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA – 
Art. 5°, inciso XXXV da CFRB/88 ; “- a lei não 
excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão 
ou ameaça a direito.- LV-(ampla defesa e 
contraditório) e, “ninguém será considerado 
culpado até o trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória”(LVII) 
Ex: 11/2019- STF- veda a imediata execução 
da pena de prisão, depois de sentença 
condenatória confirmada em 2ª instância, 
(muitos casos de presos no Brasil, embora o de 
maior notoriedade fora o do ex- Presidente 
LULA). 
DIMENSÕES – GERAÇÕES DOS PRINCIPIOS 
E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
1ª.Direitos civis e políticos: foram os primeiros 
direitos conquistados e incluem o direito ao voto 
e as liberdades civis, como a liberdade religiosa; 
2ª. Direitos Sociais , econômicos e culturais. 
São direitos de titularidade coletiva e com 
caráter positivo, pois exigem atuações do 
Estado. 
3ª. Direitos transindividuais: referem-se a 
direitos mais amplos e recentes, como o direito 
ao meio ambiente e a preocupação crescente 
com a infância e a juventude, a juventude, à 
autodeterminação dos povos, bem como ao 
direito de propriedade sobre o patrimônio 
comum da humanidade e ao direito de 
comunicação, a ciência , a genética. 
4ª. Os direitos de 4ª. Geração ainda em 
evolução, seria A globalização política, os 
direitos à democracia, informação e pluralismo. 
 
A divisão em dimensões ou gerais não é 
pacífica entre os autores, tem finalidade 
meramente didática, uniforme as 03 primeiras e 
as demais ainda em evolução . 
 
 
 
CARACTERISTICAS DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS 
Relatividade – LIMITABILIDADE – podem ser 
relativizados 
- não são absolutos, podem ser relativizados 
quando há colisão de conflitos. 
Inalienabilidade – é intransferível 
- os direitos humanos e fundamentais não são 
negociais, são intransferíveis. 
Irrenunciabilidade – não admite renúncia total 
- pode até haver renúncia de exerce-lo mas, os 
direitos fundamentais não são renunciáveis. 
Imprescritibilidade – não é atingido pelo 
fenômeno da prescrição. 
- o decurso do tempo não atinge o direito 
fundamental. Não sofrem prescrição. 
Historicidade – tem origem histórica 
- Os direitos fundamentais vão se evoluindo à 
cada época naturalmente , diante da evolução 
da sociedade. 
Inviolabilidade – não podem ser violados 
- não podem ser ameaçados ou violados 
Universais – Alcançam a todos 
- destinado a proteger todos os seres humanos, 
sem distinção 
Efetividade – busca de realização 
- a Constituição Federal, as normas infra-
constitucionais, as decisões do STF e a 
interpretação da norma em busca da máxima 
efetividade dos direitos e garantias 
fundamentais. 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
5 
 
Ainda: Concorrência : Podem ser exercidos 
vários direitos fundamentais cumulativamente 
em busca da garantia do seu direito. 
******IMPORTANTE: 
A classificação das características dos direitos 
fundamentais é trazida de maneira diversa pela 
doutrina (quadro de regra geral) 
ATENÇÃO! Em razão dos princípio ou da 
característica da universalidade, todos são 
titulares dos direitos fundamentais, seja: 
Brasileiro. O estrangeiro residente no País ou 
até mesmo aquele que está somente por 
passagem pelo País( EX: habeas corpus para 
qualquer indivíduo). 
Destaque à alguns dos relevantes Direitos 
Fundamentais do Art° 5° CF/88: 
DIREITO À IGUALDADE ( ISONOMIA) - Arts. 
5° caput da CF/88 e 60, § 4° da CF/88)- 
Igualdade formal (na lei) e material (políticas 
públicas para sua efetivação, em especial aos 
considerados mais vulneráveis). 
DIREITO À VIDA - Arts. 5° caput da CF e 60, § 
4°) O cidadão tem direito a integridade física e 
moral, vedado a tortura, preconceito, atentado a 
sua integridade física ou mental.... 
 
DIREITO À LIBERDADE - Art. 5° caput, 60 § 4° 
CF/88- O cidadão tem o direito de ir e vir e 
permanecer sem abuso ou ilegalidade de 
autoridade, liberdade de culto, religião, política, 
opinião,respeitados os limites da lei. 
DIREITO DE PROPRIEDADE – Art. 5°, caput 
e inciso XXII. É direito mas não pode se 
descurar do atendimento da função 
social,(incisos XXII, XXIII; Arts.170, inciso III, 
Art. 182,§ 4°,186)e o interesse da coletividade, 
como por exs: não manter trabalho escravo na 
propriedade, edificar nos moldes das leis,etc..) 
DIREITO A SEGURANÇA - O cidadão tem 
direito a segurança pública. À lei cabe definir as 
penalidades para as condutas criminosas e os 
procedimentos de sanção nos limites 
constitucionais e processuais. 
DIREITO A INFORMAÇÃO - Art. 5°, XXXIII – 
No Estado democrático ” Todos têm direito a 
receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou 
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade”. 
VISÃO GERAL E ATUAL DOS DIREITOS 
HUMANOS E FUNDAMENTAIS 
A Declaração Universal dos Direitos 
Humanos que prima pela universalidade, ainda 
é ignorada em certos Países , como por 
exemplo no extremismo do Iêmen, da península 
arábica, com desigualdade de gênero e 
limitação absurda aos direitos das mulheres e 
exemplificando no caso do Brasil a violência 
doméstica, a discriminação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
6 
 
DIREITOS E GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS 
• Dos Direitos E Deveres Individuais E 
Coletivos 
• Dos Direitos Sociais 
• Da Nacionalidade 
• Dos Direitos Políticos 
 “ Piramida de Kelsen - Norma Hipotética 
Fundamental” 
 
 
 
Constituição, Emendas constitucionais e 
Tratados internacionais de direitos humanos 
aprovadospelo quórum das emendas 
constitucionais 
NÍVEL SUPRALEGAL: Tratados internacionais 
de direitos humanos aprovados pelo rito 
ordinário. 
Leis complementares, ordinárias e 
delegadas,medidas provisórias, decretos 
legislativos,resoluções legislativas, tratados 
internacionais em geral e decretos autônomos 
Normas Infralegais: decretos 
executivos,portarias, instruções normativas 
CONSTITUIÇÃO - Sistema de normas jurídicas 
escritas ou costumeiras, que regula a forma do 
Estado, a forma de seu governo, o modo de 
aquisição e o exercício do poder, o 
estabelecimento de seus órgãos, os limites de 
sua ação, os direitos fundamentais e as 
respectivas garantias”.(José Afonso da Silva) 
 
Os principais exemplos de Garantias 
Fundamentais, são os Remédios 
Constitucionais (Habeas Corpus, Habeas 
Data, Mandado de Segurança e o Mandado 
de Injunção). 
 
 
 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade (...)” 
Direito à vida: Não apenas o direito de existir, 
mas de existir com dignidade. 
 
Direito à liberdade: Além de ir e vir. 
Representa, também, o direito à opinião, à 
informação e escusa de consciência. 
 
Direito à igualdade: Trata-se de vedar a 
discriminação. No entanto, em certos casos, 
fatores discriminatórios são admitidos desde 
que sejam para assegurar a igualdade entre 
desiguais. 
 
Direito à segurança: Podemos analisá-lo tanto 
pela ótica do direito à proteção física dos 
indivíduos, como de proteção jurídica do 
indivíduo perante o poder punitivo do Estado. 
 
Direito à propriedade: Todos têm direito à 
propriedade, mas ela deve atender à sua função 
social. 
 
O PRINCÍPIO DA SIMETRIA – Soberania da 
Constituição sobre todas as normas, sendo que 
as demais normas infraconstitucionais, devem 
estar compatíveis com seu texto(em harmonia). 
 
Constituiçã
o
Normas 
Infraconstituci
onais
Normas Infralegais
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
7 
 
* Atenção! Exemplo (situação hipotética): Lei 
Estadual que reduzir idade de voto facultativo 
de 16 para 14 anos, será inconstitucional pois, a 
CF/88 determina o mínimo 16 anos de 
idade( § 1º ,II do Art.14). 
* Tal norma estadual, somente teria eficácia 
e validade, se a Constituição viesse a ter o 
Poder Reformador por Emenda 
Constitucional alterando essa idade mínima 
para o sufrágio(Simetria Constitucional) 
 
IMPORTANTE: Lembrando que os 
Direitos fundamentais estão 
positivados no ordenamento 
constitucional de uma nação. Tais 
direitos devem ser observados em todas as 
esferas, tanto no direito público como no 
privado, pois nenhum deles se encontra 
afastado dos comandos da Constituição 
Federal. Se os direitos declaram, as garantias 
fundamentais asseguram. 
 
HISTORICIDADE: os direitos fundamentais “são 
históricos como qualquer direito. Nascem, 
modificam-se e desaparecem”. Em outras 
palavras, estes direitos são definidos como 
fundamentais quando essenciais para uma vida 
digna. 
INALIENABILIDADE: Os direitos 
fundamentais não possuem viés econômico-
patrimonial. Em outras palavras, eles não 
podem ser alienados, nem transferidos, nem 
negociados ou vendidos. 
IMPRESCRITIBILIDADE: mesmo que o cidadão 
não usufrua de determinado direito fundamental 
no passar dos anos, ele não deixa de ser 
exigível. 
IRRENUNCIABILIDADE: Pode um cidadão, 
titular de um direito, que é de todos, deixar de 
exercê-lo. Mas não pode, apesar de ser 
detentor do direito, renunciá-lo. 
LIMITABILIDADE: nenhum direito fundamental 
é absoluto. 
PERSONALIDADE: Os direitos fundamentais 
são personalíssimos. Apesar disso, é possível 
que um direito fundamental de uma pessoa seja 
oriundo do de outra pessoa, como no caso de 
herança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
8 
 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS – AULA 
DO DIA 03/09/21 
DIREITOS – declarações assecuratórias 
GARANTIAS – instrumentos para buscar o 
direito e garantia fundamental 
 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS - são meios 
disponiveis aos cidadãos para garantir seus 
direitos e sanar ilegalidades ou abuso de poder. 
 
A Constituição Federal Brasileira dispõe 
sobre algumas garantias que são colocadas à 
disposição do cidadão, e entre eles estão os 
remédios constitucionais, que são ações que 
podem ser utilizadas pelos indivíduos com o 
intuito de proteger os seus direitos. 
Eles estão presentes no famoso artigo 5º da CF 
nos incisos LXVIII ao LXXIII, bem como em 
algumas leis específicas. 
 
Artigo 5° da CF/88 
- Habeas Corpus - é o único gratuito e que não 
precisa de advogado. 
- Mandado de Segurança 
- Habeas Data – é gratuito, mas precisa de 
advogados para serem impetrados. 
- Mandado de Injunção 
- Ação Popular - é gratuito, mas precisa de 
advogados para serem impetrados. 
ATENÇÃO! Esses são os 
instrumentos(garantias) dos direitos declarados 
na Constituição Federal como fundamentais. 
 
 
 
HABEAS CORPUS: Finalidade: Tutela o direito 
à liberdade de locomoção (ir, vir, permanecer) 
sempre que houver abuso ou ilegalidade de 
poder. Pode ser HC Preventivo ou Repressivo- 
Art.5, LXVIII da CF e artigo 647 e segs. do 
Código de Processo Penal. (Ação de natureza 
penal constitucional) 
ATENÇÃO! ARTIGO 142 ° 2° CF/88: 
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a 
punições disciplinares militares 
Havendo abuso, arbitrariedade ou ilegalidade o 
militar igualmente fará jus ao Habeas Corpus. 
*** O Habeas Corpus é um remédio 
constitucional bastante antigo no 
nosso ordenamento jurídico. Ele 
garante que o cidadão tenha o 
direito de ir e vir, protegendo a sua liberdade de 
se locomover, quando ela esteja ameaçada ou 
restringida por abusos de poder ou por 
ilegalidades. 
 
ELE É UTILIZADO A TODO MOMENTO NO 
ÂMBITO CRIMINAL, geralmente por 
advogados, de modo a libertar o seu cliente da 
prisão realizada antes do réu ser julgado. 
 
Historicamente, o habeas corpus foi a 
primeira garantia de direitos fundamentais, 
concedida por “João Sem Terra”, monarca 
inglês, na Magna Carta, em 1215, e 
formalizada, posteriormente, pelo Habeas 
Corpus Act, em 1679. 
No Brasil, a primeira manifestação do instituto 
deu-se em 1821, através de um alvará emitido 
por Dom Pedro I, pelo qual se assegurava a 
liberdade de locomoção. 
A terminologia “habeas corpus” só apareceria 
em 1830, no Código Criminal. 
Foi garantido constitucionalmente a partir de 
1891, permanecendo nas Constituições 
subsequentes, inclusive na de 1988, que, em 
seu art. 5.º, LXVIII, estabelece: 
“conceder-se-á habeas corpus sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de 
sofrer violência ou coação em sua liberdade 
de locomoção, por ilegalidade ou abuso de 
poder”. 
 
O habeas corpus foi inicialmente utilizado 
como remédio para garantir não só a liberdade 
física como também os demais direitos que 
tinham por pressuposto básico a locomoção. 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
9 
 
Tratava-se da chamada “teoria brasileira do 
habeas corpus”, que perdurou até o advento da 
Reforma Constitucional de 1926, impondo o 
exercício da garantia somente para os casos de 
lesão ou ameaça de lesão à liberdade de ir e vir. 
 
O autor da ação constitucional de habeas 
corpus recebe o nome de impetrante; o 
indivíduo em favor do qual se impetra, paciente 
(podendo ser o próprio impetrante), e a 
autoridade que pratica a ilegalidade ou abuso 
de poder, autoridade coatora ou impetrado. 
O impetrante, portanto, poderá ser qualquer 
pessoa física (nacional ou estrangeira) em sua 
própria defesa, em favor de terceiro, podendo 
ser o Ministério Público ou mesmo pessoa 
jurídica (mas, é claro, em favor de pessoa 
física). Já o magistrado, na qualidade de Juiz de 
Direito, no exercício da atividade jurisdicional, a 
Turma Recursal, o Tribunal poderão concedê-lo 
de ofício,em exceção ao princípio da inércia do 
órgão jurisdicional. Mas cuidado: o Juiz de 
Direito, o Desembargador, os 
Ministros, quando não estiverem exercendo a 
atividade jurisdicional, impetrarão, e não 
concederão de ofício, naturalmente, o habeas 
corpus, já que atuando como pessoa comum. 
Referida ação pode ser formulada sem 
advogado, não tendo de obedecer a nenhuma 
formalidade processual ou instrumental, sendo, 
por força do art. 5.º, LXXVII, gratuita. 
Pode o Habeas Corpus ser impetrado para 
trancar ação penal ou inquérito policial, bem 
como em face de particular, como no clássico 
exemplo de hospital psiquiátrico que priva o 
paciente de sua liberdade de ir e vir, 
ilegalmente, atendendo a pedidos desumanos 
de filhos ingratos que abandonam seus pais. 
 
- OBJETO DO HABEAS CORPUS: 
- Assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
- Retificação de dados, quando não se prefira 
fazê-lo processo sigiloso, judicial ou 
administrativo 
- Art. 7º, III, 9.507: complementar dados 
pessoais 
 
- CARACTERÍSTICAS DO HABEAS CORPUS 
- Procedimento célere 
- Não comporta dilação probatória 
- Lei 9.507/97 e art. 5º, LXXII, CF 
- Não é possível cumular pedidos (tese 
majoritária). 
- Direito à informação genérico (art. 5º, XXXIII, 
CF), não é o objeto do HD. 
- Dados pessoais: nome, estado civil, saúde, 
trabalho, escolaridade, dados genéticos. 
 
- LEGITIMIDADE ATIVA: personalíssimo, só 
quem pode ser autor do HD é o próprio titular do 
dado, pessoa física (nacional ou estrangeira) ou 
jurídica. Não cabe HD para acessar dados de 
terceiros, salvo os herdeiros. 
 
- POLO PASSIVO: poder público ou particular 
(banco de dados de caráter público, aquele que 
disponibiliza os dados para terceiros, ex.: SPC, 
Serasa) 
 
- REQUISITO ESSENCIAL: 
 
- RECUSA ADMINISTRATIVA: Não cabe o 
habeas data se não houve recusa de 
informações por parte da autoridade 
administrativa (2, STJ) 
- Art. 8º, 9.507 
- Não cabe Habeas Data: 
- Acesso a dados públicos 
- Acesso a dados sobre terceiros 
 
- Acesso à certidão denegada: 
- São direitos distintos o acesso ao dado 
pessoal e documento que formaliza o dado. 
Negativa de acesso ao dado pessoal  HD; 
Negativa de acesso à certidão que formaliza o 
dado pessoal  MS. A não ser que a única 
forma de acesso seja por meio da certidão. 
- Acesso a informações sobre os critérios 
utilizados na correção de provas de concurso/ 
acesso à prova/ revisão de prova 
- Acesso à autoria do denunciante em processo 
administrativo 
- Gratuidade para todos, não só para 
hipossuficientes (art. 5º, LXXVII, CF) 
 
MANDADO DE SEGURANÇA - Finalidade: 
Protege os indivíduos dos atos ilegais ou 
abusivos , que não estejam amparados por 
Habeas Corpus ou Habeas Data, tutelando o 
direito liquido e certo - Art. 5, LXIX e LXX da CF 
(Lei 1.533/51) atual Lei 12.016/2009 
Pode ser Individual (efeitos somente para a 
parte envolvida no processo) ou Coletivo ( para 
as partes que pertencem a coletividade, a 
associação, ao partido, a organização sindical 
,etc.) 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
10 
 
*** O mandado de segurança, de acordo com 
o inciso LXIX do artigo 5º da Constituição, 
protege um direito líquido e certo do cidadão 
que sofrer abuso de poder ou ilegalidades por 
parte de autoridade pública. 
 
De acordo com a legislação, quando for um 
Mandado de Segurança repressivo, ele 
apenas poderá ser impetrado após a violação 
do direito e dentro do prazo decadencial de 
120 dias. 
Um ponto importante é que não há a produção 
de provas após a impetração do Mandado de 
Segurança, sendo que todas as provas 
necessárias para a comprovação do direito da 
pessoa têm que ser fornecidas no ato da 
petição. 
Além do MS Individual, há o Mandado de 
Segurança Coletivo, em que entidades podem 
impetrar um mandado de segurança em prol de 
um conjunto de pessoas. Os que estão 
permitidos entrar com esse MS coletivo são os 
partidos políticos, desde que com 
representação no Congresso, além da 
organização sindical, entidade de classe ou 
associação que funcionem há pelo menos 1 
ano, em defesa dos seus membros, não sendo 
necessário autorização dos 
associados/sindicalizados para a sua 
impetração. 
ATENÇÃO - O direito líquido e certo disposto no 
inciso quer significar que no Mandado de 
Segurança impetrante e informante, deverão 
produzir documentalmente a suas alegações, 
pois não há fase probatória, o fato há que ser 
comprovado no ato. 
MANDADO DE INJUNÇÃO- Finalidade: 
Garantia de quem se considere titular de 
qualquer direito, liberdade ou prerrogativa e que 
não haja norma regulamentadora para sua 
aplicabilidade. 
 
*** Contemplado pela primeira vez no Brasil 
pela Constituição Federal de 1988, o mandado 
de injunção é utilizado para suprir a omissão 
do poder legislativo em criar normas legais, 
quando esta omissão impedir os cidadãos de 
exercerem os seus direitos e liberdades 
constitucionais, além das prerrogativas 
inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania. 
Um exemplo foi a ação impetrada por 
sindicatos de servidores públicos (ou seja, 
também há Mandado de Injunção Coletivo) 
reivindicando o direito de greve dos 
servidores. 
A CF/88 diz que o direito de greve dos 
servidores públicos será exercido nos limites 
definidos em lei específica, entretanto, essa lei 
nunca foi criada pelo Congresso Nacional para 
regulamentar tal situação. 
Assim, o STF decidiu, através do mandado de 
injunção, que enquanto o Poder Legislativo não 
cria a lei específica, as regras previstas para os 
trabalhadores privados (Lei 7.783/89) valeriam 
também para os servidores públicos. 
O mandado de injunção individual pode 
ser impetrado por qualquer pessoa física ou 
jurídica titular do direito que esteja restringido 
pela falta de norma legal. Já o mandado de 
injunção coletivo pode ser impetrado por 
aqueles que podem impetrar o mandado de 
segurança coletivo, além do Ministério Público e 
da Defensoria Pública. 
Art. 5, inciso LXXI da Constituição Federal e 
Lei 8.038/90) só em caso de omissão da norma. 
Injunção é ordem formal mandamental, o 
beneficiário deverá evidenciar a falta de norma 
Antes de julgar, deve-se observar: 
a) A legalidade do pedido, 
b) A falta de norma, 
c) A oportunidade do órgão competente para 
elaborar a norma. 
 
HABEAS DATA - Finalidade: Para assegurar o 
direito a informação e intimidade do indivíduo ou 
retificação de dados constantes dos registros de 
entidades governamentais ou de caráter 
público. Art. 5. ,inciso LXXII da Constituição 
Federal e Lei 9507/97 
É o remédio constitucional de defesa do cidadão 
contra os usos abusivos de registros de dados 
pessoais coletados por meios fraudulentos, 
desleais, ou ilícitos ou dados que venham a 
registrar qualquer tipo de discriminação como a 
racial, política, religiosa e outras. 
 ATENÇÃO! O Habeas Data é 
personalíssimo do titular dos dados, 
embora o Tribunal Federal de Recursos 
já tenha admitido que os herdeiros legítimos ou 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
11 
 
cônjuge do morto possam impetrá-lo. 
 
** Há dois momentos em que o Habeas Data 
pode ser utilizado. O primeiro é para assegurar 
o direito do indivíduo em obter 
informações sobre ele mesmo e que estão 
presentes em bancos de dados guardados 
por autoridades públicas. Ou seja, em regra, 
caso uma entidade governamental possua 
informações de determinada pessoa, é direito 
dessa pessoa obter tal informação. 
A segunda hipótese é no caso de um indivíduo 
optar por retificar (modificar) seus dados que 
estão armazenados pelo poder público. 
ATENÇÃO: Um ponto importante é que esse 
remédio é personalíssimo, ou seja, ele apenas 
é utilizado para obter ou retificar informações do 
próprio impetrante, não podendo ser utilizado 
para ter acesso a informações de terceiros. 
Além disso, ele apenas pode ser utilizado para 
adquirir informaçõesquando a autoridade já 
tiver recusado o seu acesso por 
meios administrativos. 
O Habeas Data não possui tanta funcionalidade 
atualmente devido à Lei de Acesso à 
Informação, que obriga a transparência das 
informações pelo Poder Público. 
Fique atento: Um ponto importante, e que 
sempre está presente em provas, é que o 
Habeas Data não é o meio adequado quando 
há a recusa de emissão de certidões, ainda 
que haja nelas informações de caráter pessoal. 
Nesta situação, é utilizado o mandado de 
segurança. 
AÇÃO POPULAR - Qualquer cidadão 
(brasileiro) é parte legítima para propor ação 
popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio 
publico ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural.(Art.5°,LXXIII CF/Lei 4717/65). - efeitos 
erga-omnes (art. 1º, § 3º da Lei 4719/65), exige 
que a prova da cidadania deve ser feita com a 
apresentação do título de eleitor ou outro 
documento a ele equivalente ( SÓ ELEITOR) 
 
ATENÇÃO! STF discorda e permite 
ao estrangeiro também e assim 
decidiu:| “É inquestionável o direito de 
súditos estrangeiros ajuizarem, em 
causa própria, a ação de habeas corpus, eis 
que esse remédio constitucional – por qualificar-
se como verdadeira ação popular – pode ser 
utilizado por qualquer pessoa, 
independentemente da condição jurídica 
resultante de sua origem nacional.” (HC 
83691/DF, Relator: Min. Carlos Velloso, 
17/02/2004). 
 
 
ATENÇÃO! Em ações judiciais 
propostas pelo cidadão no controle 
difuso (interesse individual) a decisão 
somente atingirá a quem for parte naquele 
processo. (remédios constitucionais) 
 
**** A ação popular (não confundir com a 
Iniciativa Popular de Lei), presente na 
Constituição Brasileira, é utilizada 
pelos cidadãos para anular atos lesivos do 
Poder Público ao patrimônio público, histórico 
e cultural, à moralidade administrativa e ao meio 
ambiente. Desse modo, o maior beneficiário em 
relação à ação popular não é a pessoa que a 
propôs, mas, sim, a coletividade. 
Qualquer cidadão, ou seja, apenas pessoas 
que possuem capacidade eleitoral 
ativa (aqueles que podem votar), pode entrar 
com uma ação popular. Assim, estrangeiros e 
pessoas jurídicas não são capazes de entrar 
com esse remédio constitucional. 
Apesar de ser um remédio gratuito, sem custas 
judiciais, salvo se comprovado má-fé, é 
necessário a participação de 
um advogado para entrar com uma ação 
popular. 
 
ATENÇÃO: Um ponto importante é 
que não há foro privilegiado para 
o julgamento de ação popular, ou 
seja, mesmo se for impetrada contra ato de 
presidente da república, ela será julgada por 
um juiz de 1º grau. A exceção é quando se 
tratar de conflito federativo (conflitos entre 
União, Estados e Municípios), em que a 
competência para julgamento será do STF. 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
12 
 
 
EXCEÇÃO: AÇÃO POPULAR - Proposta por 
um só cidadão, ainda assim, surtirá efeitos 
erga-omnes (para todos). EX: Pedido de 
afastamento de um governador por corrupção, 
neste caso, o resultado surtirá efeitos para 
todos e não somente para o autor da ação. 
O Supremo Tribunal Federal é o órgão de 
cúpula do Poder Judiciário, e a ele compete, 
precipuamente, a guarda da Constituição, 
conforme definido no artigo 102 da CF/88. 
Mandato dos (11)ministros: Até os 75 anos de 
idade, Indicação é presidencial.- Presidente: 
(Luiz Fux). 
Julga, edita Súmulas Vinculantes e realiza a 
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL, quando 
necessário, para acompanhar a evolução da 
sociedade, fenômeno no qual o STF atribuí a 
uma norma existente, nova interpretação, sem 
alteração de seu texto (decisão conforme a 
Constituição) . 
Composição Do Congresso Nacional – 
(Poder Legislativo Federal)- 02 CASAS: 
1ª. Casa - CÂMARA DOS DEPUTADOS 
(representa o povo com 513 Deputados) 
2ª. Casa (em regra revisora). SENADO 
FEDERAL (representa os Estados e Distrito 
Federal) com 81 Senadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
13 
 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
– AULA DO DIA 01/10/2021 
A CONSTITUCIONALIDADE, é tudo aquilo que 
emerge do ordenamento jurídico ordinário e 
presumidamente é constitucional” MOTTA 
FILHO, Sylvio Clemente da. 
Introdução ao estudo do controle de 
constitucionalidade das leis 
Princípios constitucionais como a ampla defesa, 
contraditório e segurança jurídica para todos é 
objeto de controle de constitucionalidade. 
Direitos e garantias fundamentais por 
exemplo: direito de igualdade, liberdade , e 
tantos outros. 
PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE 
O princípio da presunção 
de constitucionalidade baseia-se na eficácia 
do controle preventivo e pugna pelo 
entendimento de que toda espécie normativa 
nasce de acordo com a constituição federal e, 
como tal, deve ser preservada. 
Direito Constitucional ↔ Princípios 
Direito Processual Constitucional ↔ 
Instrumentos (garantias) 
 
O Controle De Constitucionalidade É: 
- Preventivo e Repressivo 
- Difuso e Concentrado 
 
- Difuso : Controle em concreto ou indireto da 
constitucionalidade ou via de defesa ou de 
exceção ou difuso ou aberto. 
- Concentrado: Controle em abstrato ou direto 
da constitucionalidade ou via principal ou de 
ação ou concentrado. 
 
CONCENTRADO X DIFUSO 
O Controle Concentrado- Procura-se obter a 
declaração de inconstitucionalidade de lei ou de 
ato normativo em tese, independentemente da 
existência de um caso concreto, é o controle 
abstrato, por via de ação 
Efeitos – em regra ex- tunc, erga-omnes e 
vinculantes 
O Controle Difuso é aquele que pode ser 
julgado por todos os juízes, mas sempre quando 
estiverem analisando um caso concreto.A 
constitucionalidade da norma é analisada por 
via defesa ou exceção e acarreta uma questão 
incidental. 
Efeitos - em regra – é Inter partes, ex tunc e 
vinculante. 
 
TIPOS DE CONTROLE DA 
CONSTITUCIONALIDADE 
1 - CONTROLE PREVENTIVO – “a priori” 
(antes do nascimento da lei) e pode ser 
exercido da seguinte forma : 
2 - PELO PODER LEGISLATIVO – Pode agir 
preventivamente não aprovando na votação, o 
projeto de lei. 
3 - PELO EXECUTIVO–Pode agir 
preventivamente vetando o projeto de lei (ato do 
Chefe do Executivo) 
4 - PREVENTIVO PELO PODER 
JUDICIÁRIO.Em regra o Poder Judiciário 
controla no sistema repressivo (após a 
existência da Lei) 
 
1 - CONTROLE PREVENTIVO E CONTROLE 
REPRESSSIVO 
CONTROLE REPRESSIVO– “ a posteriori” ( a 
lei já foi editada ) é exercido no Brasil pelo 
Poder Judiciário no sistema difuso (via 
incidental) e sistema concentrado (abstrato) ou 
pela previsão constitucional nas decisões do 
STF e Tribunais de Justiça. ESSA É REGRA – 
REPRESSIVO 
Exceção controle preventivo pelo Judiciário – 
STF já decidiu: O Judiciário pode apreciar 
Mandado de Segurança impetrado por 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
14 
 
Parlamentar, quando há vício de 
constitucionalidade no processo legislativo. 
Se o Parlamentar (somente esse) alegar 
inconstitucionalidade no tramitar de um projeto 
de lei que ainda não foi concluído, deverá o 
Poder Judiciário agir preventivamente 
apreciando as razões do mandado de 
segurança (exs: alegação de compra de votos, 
irregularidade na votação, corrupção , conluio 
entre parlamentares. 
 
SINTESE TRAMITE DE UM PROJETO DE LEI 
LEMBRETE! REGRA GERAL – tramitação do 
projeto de Lei (temos exceções previstas no art. 
59 CF/88) 
- Iniciativa – apresentação do projeto de 
lei 
-CCJ - Comissão de Constituição e Justiça - 
apreciação prévia das proposições que forem 
submetidas a deliberação do Poder Legislativo 
-Tramitação ou votação no Congresso 
Nacional na tramitação do projeto de lei- 
-VETO - do Executivo- Chefe do Executivo o 
impedimento da promulgação de projeto de lei.-
(artigo 66 da CF)-PREVENTIVO 
- Após o veto pode ser derrubado pelo 
Congresso Nacional, a lei será 
promulgada e publicada 
- Não tendo veto (sanção), a lei é 
promulgada, publicada 
 
Ativismo Judicial e Legitimados- art. 103 
O ATIVISMO JUDICIAL DO STF – artigo 103 
da CF/88 
As decisões erga-omnes (do STF) surte efeitos 
para todos mas NÃO É LEI, as súmulas 
vinculantes perduram até leis do PODER 
LEGISLATIVO , caso não sejam revisadas ou 
anuladas pelo próprio STF . 
 
****** LEGITIMIDADE ***** 
1 – Universal :Não depende de tema versado 
na lei. Ex: Presidente, Mesa da Câmara, Mesa 
do Senado, PGR, OAB, Partido Politico com 
representação. 
2 – ESPECIAL : Depende do tema, precisa 
demostrar pertinência temática. Ex: Governador, 
Sindicato, Mesa da Câmara ou Assembléia 
Legislativa do DF. 
 
LEGITIMADOS UNIVERSAIS E ESPECIAIS 
Art. 103. Podem propor a ação direta de 
inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da 
Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o 
Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil ;VIII - partido político com 
representação no Congresso Nacional; 
X - confederação sindical ou entidade de classe 
de âmbito nacional. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
15 
 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS EM REGRA 
DE CONTROLE DIFUSO 
Ações de Controle de Constitucionalidade 
Difuso ( inter partes)Artigo 5° da CF/88- 
• Habeas Corpus 
• Mandado de Segurança 
• Habeas Data 
• Mandado de Injunção 
• Ação Popular 
ATENÇÃO! Esses são os instrumentos das 
garantias fundamentais(remédios 
constitucionais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
16 
 
DIREITO DE NACIONALIDADE – AULA 
DO DIA 05/11/2021 
Conceito: Nacionalidade é o vínculo jurídico-
político que liga um indivíduo a um certo e 
determinado Estado, fazendo deste indivíduo 
um componente do povo, da dimensão pessoal 
deste Estado, capacitando-o ao cumprimento de 
deveres impostos, com direitos e garantidas 
assegurados na Constituição Federal 
(Alexandre de Moraes). 
Critérios de nacionalidade – Cada Estado tem 
sua legislação.(Exs: Parte Estados europeus – 
adotam “ius sanguinis”, Estado americanos , 
optam pelo critério “jus solis” e no Brasil, (misto) 
- jus solis “ e “jus sanguinis” . 
 
OS DIREITOS DE NACIONALIDADE NA CF/88 
PRIMÁRIA – 
Originária 
(INVOLUNTÁRIA)-
Natos 
 
SECUNDÁRIA – 
(VOLUNTÁRIA)-
Naturalizados 
 
Critério territorial - 
“jus solis, nascido 
naquele território 
(art. 12, I “a”) 
Critério de 
consaguinidade – 
“jus sanguinis”, 
são nacionais os 
descendentes de 
nacionais (art. 12, I 
“b e c”.) 
 
Adquirida por ato de 
vontade do indivíduo 
e pela 
NATURALIZAÇÃO: 
“brasileiro 
naturalizado”.(art. 12, 
II “a, e b”). 
Depende de 
requerimento, não é 
um direito potestativo. 
 Ordinária e 
Extraordinária 
 
 
BRASILEIRO NATO 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do 
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde 
que estes não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro 
ou mãe brasileira, desde que qualquer deles 
esteja a serviço da República Federativa do 
Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro 
ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente 
ou venham a residir na República Federativa do 
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de 
atingida a maioridade, pela nacionalidade 
brasileira; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 54, de 2007) 
 
NACIONALIDADE 
Nacionalidade é um vinculo jurídico-político que 
liga um individuo a um determinado Estado, ao 
passo que, integrando ao povo, adquirindo 
direitos e obrigações. 
A nacionalidade pode ser : 
 
• Primária ou originária: é decorrente do fato 
gerado pelo nascimento do individuo, 
independentemente da vontade deste. 
(NATO) 
Há dois critérios distintos para a 
observância deste instituto: 
 
• ius sanguinis: tem como fato gerador, o 
vinculo de sanguíneo, decorrente de filiação, 
ascendência, não importando qual o local onde 
o individuo nasceu.- Ex: Itália 
 
• ius solis: observa-se o vinculo de 
territorialidade, como o local de 
nascimento.(terra, mar, aéreo)- Ex: EUA. 
 
• Secundária ou adquirida: é aquela de se 
adquire por vontade própria, posterior ao 
nascimento do individuo, que poderá ser 
promovida pelos estrangeiros 
(Ex: polipátrida) 01 filho nascido no Brasil (ius 
solis) de pais argentinos (ius 
sanguinis).NATURALIZADO 
Pode ser optativa (POTESTATIVA)para aquele 
que venha a residir no Brasil à escolha da 
nacionalidade brasileira, depois de atingida a 
maioridade. 
Pode ser feita a qualquer tempo e tem caráter 
personalíssimo, somente por interesse da 
própria pessoa, desde que atingida a 
maioridade. 
 
Tem que passar a residir no Brasil, é processo 
de jurisdição voluntária e ex tunc. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc54.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc54.htm
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
17 
 
NATURALIZAÇÃO – SECUNDÁRIA 
Duas espécies: artigo 12, II a e “b” da CF/88 
NÃO HÁ NATURALIZAÇÃO TÁCITA (precisa 
requerer) 
Naturalização 
ART. 12 - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a 
nacionalidade brasileira, exigidas aos originários 
de países de língua portuguesa apenas 
residência por um ano ininterrupto e idoneidade 
moral ;regras no artigo 112 e outros do Estatuto 
dos estrangeiros –Lei 6815/80) 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, 
residentes na República Federativa do Brasil há 
mais de quinze anos ininterruptos e sem 
condenação penal, desde que requeiram a 
nacionalidade brasileira. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 
1994) 
(Convenção sobre igualdade de Direitos e 
Deveres entre Brasileiros e Portugueses – 
07/09/1971)- EXTRAORDINÁRIA. 
 
CARGOS PRIVATIVOS BRASILEIROS 
NATOS 
12 § 2º A lei não poderá estabelecer distinção 
entre brasileiros natos e naturalizados, salvo 
nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da 
República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da 
Defesa. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 23, de 1999) 
 
PERDA DA NACIONALIDADE: 
Artigo 12 § 4º - Será declarada a perda da 
nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por 
sentença judicial, em virtude de atividade nociva 
ao interesse nacional; 
I - adquirir outra nacionalidade, salvo nos 
casos: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
a) de reconhecimento de nacionalidade 
originária pela lei estrangeira; (Incluído 
pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 
1994) 
b) de imposição de naturalização, pela norma 
estrangeira, ao brasileiro residente em estado 
estrangeiro, como condição para permanência 
em seu território ou para o exercício de direitos 
civis; (Incluído pela Emenda Constitucional 
de Revisão nº 3, de 1994) 
 
 
Perda da Nacionalidade pelo brasileiro NATO 
É POSSIVEL 
Art. 12, § 4º ,II-CF/88-– Será declarada a perda 
da nacionalidade do brasileiro que: 
Atenção! O brasileiro (nato ou naturalizado) 
que adquira outra 
nacionalidade voluntariamente perde a 
nacionalidade brasileira tacitamente, salvo se 
houver a subsunção às hipóteses das alíneas “a 
“ ou “b”. 
1ª. Vez- 18/1/18 – 
brasileira nata Cláudia Cristina Hoerig,acusada 
pelo assassinato do marido norte-americano, foi 
extraditada – STF entende que Cláudia 
renunciou a nacionalidade brasileira pela 
americana. 
 
RENUNCIA A NACIONALIDADE BRASILEIRA 
2013- Diego Costa chegou a defender a 
seleção brasileira em dois jogos amistosos, 
contra Itália e Rússia. Em julho do mesmo ano, 
recebeu a cidadania espanhola e em outubro, 
enviou uma carta para CBF alegando que 
gostaria de defender a Espanha.(DUPLA 
NACIONALIDADE E SEM ATO VOLUNTÁRIO 
DE RENÚNCIA DA BRASILEIRA, NÃO PERDE 
A NAC. DE NOSSO PAÍS .) 
Exs:Ricardo Goulart, Aloisio, Fernandinho e 
Alan foram escolhidos. Para se tornarem 
cidadãos chineses precisavam renunciar à 
cidadania brasileira, porque a lei que trata do 
assunto no país asiático, não permite que o 
chinês que tenha dupla nacionalidade 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
18 
 
APÁTRIDAS 
Um filho de brasileiro que nasce na Itália, e seus 
pais não estão a serviço da República 
Federativa do Brasil. Como o Brasil adota o 
critério ius solis, a criança não é brasileira, e 
pelo fato de a Itália adotar o critério ius 
sanguinis, a criança não será, também, italiana.- 
APÁTRIDA,(CASO NÃO REGISTRE NA 
EMBAIXADA OU CONSULADO 
BRASILEIROS)exceto se: 
Art. 12 – I- (Nato)- c) os nascidos no 
estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe 
brasileira, desde que sejam registrados em 
repartição brasileira competente ou venham a 
residir na República Federativa do Brasil e 
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a 
maioridade, pela nacionalidade 
brasileira."(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 54, de 2007) 
ANTES DE 2007 MUITOS BRASILEIROS SE 
TORNARAM APÁTRIDAS-EC- 54/2007 
Ex: Irina Ly de Veiga Alves, nasce na Suíça, 
filha de brasileiros em 1998 (vigorava EC- 
3/94).Naquele país adotava “ius saguinis” ela 
não tinha. Se tornou apátrida pois a EC 3/94, 
passou a exigir o ius solis para ser brasileiro 
nato (governo de Itamar Fraco) 
Os pais teriam que voltar à residir no Brasil e 
também poderiam requerer a nacionalidade da 
filha até 18 anos de idade. DESIGUALDADE 
ENTRE FILHOS BRASILEIROS.- EC 54/2007 
regularizou a situação . 
OUTROS PAISES DE IUS SANGUINIS – 
Alemanha, França, Japão .Portugal já 
avançou – imigrantes residentes há cinco 
anos lá – filho nasce é português 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
19 
 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
DAS LEIS – AULA DO DIA 05/11/2021 
 
 
 
LEI No 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999. 
Adin e Adecon 
Adin por omissão : Lei 12.063/2009 
Adin interventiva : artigo 34, VII da CF. 
ADPF - da lei 9882/99 
 
AÇAO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 
(artigos 102, inciso I, “a”, artigo 103 C.F.). 
ADin – Legitimidade- Os constantes no rol do 
artigo 103 da CF, como legitimados ativos 
universais (neutros)ou legitimados ativos 
especial (que tenham pertinência temática. 
Natureza- Ação de natureza legislativa e 
jurisdicional, com o objetivo de invalidar lei ou 
ato normativo federal ou estadual que 
contrariem a ordem constitucional. 
Finalidade- o Controle por via de ação 
genérica: Neste caso, o objetivo primordial é 
eliminar do sistema normativo a lei que contraria 
preceitos constitucionais.Pela natureza da ação, 
não permite desistência. 
O STF aprecia a inconstitucionalidade e 
previamente terá ciência o AGU (art. 103, parág. 
3.- O Senado Federal suspende (art. 52, X). 
Competência- STF – lei ou ato normativo 
federal ou estadual em face da Constituição - 
TJ- lei estadual ou municipal em face da 
Constituição Estadual. 
Sistema- Concentrado em apenas um órgão do 
Judiciário. 
Efeitos: erga-omnes, vinculante, independente 
de qualquer comunicação ao Senado Federal. 
A Lei 9868/99 m em seu artigo 28, parágrafo 
único, determina efeitos vinculantes, mas a EC 
45/2004 que alterou a redação do artigo 102, 
parágrafo 2. da CF já não mais deixa dúvidas 
quanto a eficácia e efeitos erga-omnes. 
Prazo- Não está sujeita a qualquer prazo de 
natureza prescricional ou decadencial pois os 
atos inconstitucionais não se convalidam pelo 
decurso do tempo, tornando-se imprescritíveis. 
ADIN POR OMISSÃO:AÇAO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 
(artigos 102, inciso I, “a”, artigo 103 C.F.).- 
Lei 12.0631/2009 
LEGITIMIDADE - as pessoas constantes do rol 
do art. 103 da CF/ 
 
Natureza e Finalidade - Ação de natureza 
legislativa e jurisdicional, tendo como finalidade 
, ser o instrumento de controle abstrato face a 
falta de regulamentação do texto da CF, 
conforme previsto no artigo 102, § 2. da Carta 
Magna. 
 
COMPETÊNCIA: 
STF – lei ou ato normativo federal ou estadual 
em face da Constituição 
TJ- lei estadual ou municipal em face da 
Constituição Estadual. 
 
Sistema - Concentrado em apenas um órgão do 
Judiciário. 
Efeitos: 
a) quando há omissão integral – O poder 
Modelos de Controle de 
Constitucionalidade
Principal
Somente o órgão de cúpula 
do Judiciário realiza o 
controle
Modelos de 
Controle de 
Constitucionali
dade
Difuso
Incidental
Todos os órgãos 
do Poder Judiciário 
realizam o controle
Juizes de 1º 
grau
Tribunais ( 
com 
ressalvas)
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.868-1999?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.868-1999?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.868-1999?OpenDocument
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
20 
 
competente para suprir a lacuna (inexistência da 
norma) terá ciência; 
b) quando se tratar de omissão parcial, na 
ausência de ato regulamentar, será o órgão 
cientificado para suprir a lacuna no prazo de 30 
das. 
ADIN INTERVENTIVA 
Adin Interventiva – Finalidade – o controle 
político e jurisdicional para preservação dos 
princípios sensíveis do artigo 34, VII da CF. 
 
Efeitos: O controle político pode provocar a 
:Intervenção Federal – em face de lei ou ato 
normativo estadual que contrarie os princípios 
sensíveis do artigo 34, VIICF-Intervenção 
Estadual – lei ou ato normativo Municipal que 
contrarie princípios sensíveis da Constituição 
Estadual (artigo 35, IV da CF). 
Legitimidade Ativa – 
Procurador Geral da República (União) 
Procurador Geral de Justiça (do Estado) 
 
Competência- STF – ou TJ 
Sistema - Concentrado em apenas um órgão do 
Judiciário. 
Efeitos: erga-omnes, independente de qualquer 
comunicação ao Senado Federal. 
A Lei 9868/99 em seu artigo 28, parágrafo 
único, determina efeitos vinculantes, mas a EC 
45/2004 que alterou a redação do artigo 102, 
parágrafo 2. daCF já não mais deixa dúvidas 
quanto a eficácia e efeitos erga-omnes. 
Prazo - Não está sujeita a qualquer prazo de 
natureza prescricional ou decadencial pois os 
atos inconstitucionais não se convalidam pelo 
decurso do tempo, tornando-se imprescritíveis. 
ADECON – ADC – ADEC 
A emenda constitucional n. º 3, de 17.3.1993, 
introduziu em nosso ordenamento jurídico 
constitucional essa nova espécie dentro do 
controle de constitucionalidade: a ação 
declaratória de constitucionalidade. 
 FINALIDADE E OBJETO - A ação 
declaratóriade constitucionalidade, que consiste 
em típico processo e objeto destinado a afastar 
a insegurança jurídica ou Estado de incertezasobre a validade de lei ou ato normativo federal, 
busca preservar a ordem jurídica constitucional. 
A ação declaratória de constitucionalidade 
poderá ser proposta pelas pessoas elencadas 
no artigo 103 da CF/88 que após a EC 45/2004 
equiparou aos legitimados da ADIn e ADPF 
Em síntese a finalidade é dissipar dúvidas 
sobre a constitucionalidade do ato, afastar a 
insegurança, incerteza do Estado na 
validade da lei ou ato normativo 
Observações – ADIN e Adecon 
Salutar lembrarmos que as ações típicas do 
controle da constitucional elencadas acima 
(ADIN e ADECON) tem caráter dúplice, ou 
seja, ambivalente, o que valer dizer que 
apreciada e julgada a constitucionalidade, por 
conseqüência, julgar-se a improcedente a Adin 
ou procedente a ADECON. 
JULGADA inconstitucionalidade, julgar-se 
procedente a Adin ou improcedente a ADECON. 
Não é cabível ADIn ou ADECON contra lei ou 
ato normativo municipal, embora norma de tal 
natureza possa causar controvérsia 
constitucional capaz de gerar insegurança. 
 
Também não cabe ADIn ou ADECON em 
relação à lei ou ato normativo federal, estadual 
ou municipal anterior a Constituição vigente e 
cuja recepção ou não pela nova ordem 
constitucional seja objeto de polêmica (RTJ 
153/315). 
 
ADPF- AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE 
PRECEITO FUNDAMENTAL 
ADPF - Ação de descumprimento de preceito 
fundamental , forma de controle abstrato que 
tem como finalidade confrontar leis e atos de 
gestão pública com princípios fundamentais 
constitucionais. 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
21 
 
 
- o artigo 4. da lei 9882/99 adota a 
subsidiariedade, ou seja somente será objeto da 
ADPF o que possa ser objeto de outra forma de 
controle abstrato como Adin. 
Competência- STF – (SOMENTE DO STF) – 
tratado como sistema ultra concentrado de 
jurisdição, pois as Constituições Estaduais não 
podem instituir a ADPF, sendo a competência 
exclusiva do STF, estando seu fundamento 
legal no artigo 102, parágrafo 1. da CF. 
Sistema- Ultra concentrado em apenas um 
órgão do Judiciário e somente STF. 
OBSERVAÇÕES :O artigo 2., inciso II da Lei 
9.882;99 foi revogado no sentido de que 
pretendia outorgar legitimidade ativa a qualquer 
pessoa para a propositura da ADPF, o que seria 
impertinente, ante ao controle concentrado. 
 A decisão que julgar procedente ou 
improcedente a argüição de descumprimento de 
preceito fundamental, não está sujeita a 
recurso, tem eficácia erga omnes e efeito 
vinculante relativamente aos demais órgãos do 
Poder Público. 
Revogação da Lei de imprensa anterior a 
Constituição : ADPF 
No julgamento da Argüição de Descumprimento 
de preceito fundamental (ADPF 130), a maioria 
dos ministros do Supremo Tribunal Federal 
entendeu que a Lei 5.250/67 (Lei de Imprensa) 
não foi recepcionada pela Constituição de 1988, 
deixava dúvidas e era inconstitucional. . DPF 
130 — LEI DE IMPRENSA FOI REVOGADA 
PELO STF DIA 30 DE ABRIL DE 2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
22 
 
EXERCICIOS DE FIXAÇÃO DE 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
- 05/11/2021 
 
1) O Presidente da República e um 
Governador de Estado propuseram, em 
conjunto, uma Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) sem a 
demonstração da pertinência temática. O 
Ministro Relator, entretanto, indeferiu 
liminarmente a ADI, sob a alegação de que 
ambos são legitimados especiais e deveriam 
comprovar o efetivo interesse na causa. 
Nesse caso, com base na jurisprudência 
consolidada do Supremo Tribunal Federal, 
em conformidade com a Constituição 
Federal, é correto afirmar que: 
a) apenas o Presidente precisa comprovar 
interesse na causa. 
b) o Governador precisa comprovar 
interesse na causa. 
c) ambos precisam comprovar interesse na 
causa. 
d) nem o Presidente nem o Governador 
precisam comprovar interesse na causa. 
 
2)A ação direta de inconstitucionalidade por 
omissão e o mandado de injunção 
a) devem ser sempre propostos junto ao 
Supremo Tribunal Federal. 
b) possuem os mesmos legitimados ativos. 
c) controlam as omissões normativas. 
d) são instrumentos de controle preventivo da 
constitucionalidade 
 
3) Compete ao Supremo Tribunal Federal 
processar e julgar, originariamente, ação 
direta de inconstitucionalidade de ato 
normativo estadual proposta : 
 
(A) por Conselho Seccional da Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
(B) por entidade de classe de âmbito nacional. 
(C) por partido político com representação 
na Assembleia Legislativa. 
(D) pelo Ministério Público de qualquer dos 
Estados. 
 
4) Ação Direta de Inconstitucionalidade( 
ADIn), proposta por conselho Seccional da 
Ordem dos Advogados do Brasil e 
encaminhada para julgamento ao plenário 
Supremo Tribunal Federal, com objetivo de 
controlar a Constitucionalidade de 
dispositivos constantes de Emenda ä 
Constituição Federal e de lei estadual, não 
deverá ser conhecida porque: 
a) lei estadual não pode ser objetivo de (ADIn) ; 
b) o plenário do Supremo Tribunal Federal não 
é o órgão competente para o julgamento, mas, 
sim, uma das turmas da referida Corte; 
c) o Conselho Seccional da Ordem dos 
Advogados do Brasil não é legitimado para 
propor ADIn; 
d) a Emenda à Constituição Federal não pode 
ser objeto de ADIn. 
 
5)Configura controle de constitucionalidade 
por via de exceção: 
a) o controle abstrato, que tem como 
características a existência de lesões a direitos 
difusos e coletivos e a produção de efeitos “inter 
partes”. 
b) o controle difuso, que tem como 
características a existência de um caso concreto 
e a produção de efeitos “erga omnes”. 
c) o controle difuso, que tem como 
características a existência de um caso 
concreto e a produção de efeitos “inter 
partes”. 
d ) o controle abstrato, que tem como objeto leis 
ou atos normativos estaduais e federais e como 
característica a discussão da lei em tese. 
 
 
6) A decisão proferida na Ação Direta de 
Inconstitucionalidade: 
a) declara nula a norma impugnada, 
produzindo efeitos entre as partes; 
b) produz efeitos ex -tunc; 
c) produz efeitos vinculantes e erga omnes; 
d)produz efeitos vinculantes e ex -nunc. 
 
7)O controle repressivo de 
constitucionalidade pode ser exercido: 
a) Exclusivamente pelo Poder Judiciário; 
b) Exclusivamente pelo Poder Legislativo; 
c) Exclusivamente pelo Poder Executivo; 
d) Pelos três poderes, indistintamente; 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
23 
 
8)No controle de constitucionalidade perante 
o STF e TJ temos uma medida tratada como 
sistema ultra concentrado de jurisdição, 
tratando-se da 
a)ADIN por omissão 
b)ADECON 
c)ADPF 
d)ADIN por ação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
24 
 
DIREITOS POLÍTICOS – AULA DO DIA 
12/11/2021 
Direitos Politicos 
Positivos 
Direitos Politicos 
Negativos 
São os previstos na 
constituição que 
asseguram a 
participação do 
individuo na condução 
do destino da 
coletividade de forma 
direta ou indireta, o 
sufrágio universal que é 
o direito de voto e de 
ser votado. 
 
Ex: O voto obrigatório e 
facultativo, art. 14 §1º 
CF/88 
A Constituição traz 
as causas que 
inpedem o codadão 
de eleger ou de ser 
eletivo, ou exercer 
atividade político-
partidária ou função 
pública. 
Ex: art. 14 2º CF/88 ( 
quem não pode se 
alistar) 
 
• Cidadania Ativa – Direito De Voto 
• Cidadania Passiva – Direito De Voto E De 
Ser Votado 
• Direitos Positivos Adquiridos 
• ARTIGOS 14/16 CF 
- ARTIGO 1° CF, Paragrafo Único - O Poder 
Emana Do Povo 
Quais são as condições, as causas, que podem 
fazer a pessoa estar inelegível para se 
candidatar 
A doutrina classifica que temos direitos políticos 
POSITIVOS e NEGATIVOS 
POSITIVOS – é a condição que nós temos de 
votar e ser votado (de ser um eleitor ou poder 
nos candidatar a um cargo politico nas 
condiçõesque a CF determina). Podemos dizer 
que estamos com os direitos políticos 
preservados, por isso chamamos de positivo 
NEGATIVOS – condição de direito negativo. Ou 
porque mão está conseguindo ser um alistável, 
um eleitor, o que impossibilita de ser elegível 
(um candidato) 
Além do que a CF diz no artigo 15, a Lei 
Complementar (dos direitos políticos) pode 
trazer outras causas que impossibilitam a 
pessoa. A CF reconhece que outras leis 
infraconstitucionais podem prever outras 
condições. 
Cidadanias ATIVA E PASSIVA: 
Cidadania ativa – direito de votar 
Cidadania passiva – direito de ser votado 
A cidadania é o exercício do voto – o direito 
de voto é a cidadania ativa pertencente a todo 
brasileiro que seja alistado (o analfabeto e o que 
cumpre serviço militar obrigatório não estão 
obrigados à obtenção do título nesse período). 
Uma vez alfabetizado e concluída a condição de 
cumprimento do serviço militar, deverá obter o 
título para o exercício da cidadania 
A partir dos 16 anos, obtido o título de eleitor, o 
indivíduo pode votar 
Cidadanias ATIVA E PASSIVA: 
Cidadania ativa – direito de votar 
Cidadania passiva – direito de ser votado 
O poder emana do povo – através da 
democracia representativa (e não direta, não 
estamos lá dentro do Congresso decidindo) 
Sufrágio universal – exercício do voto 
 
COMO SE EXERCE A CIDADANIA 
EXERCICIO DO SUFRÁGIO UNIVERSAL 
Art. 14 – A SOBERANIA POPULAR – será 
exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos e, 
nos termos da lei, mediante: 
I – plebiscito ( consulta prévia ao povo) – 
Exemplo: em 1993 – o povo brasileiro decidiu 
sobre parlamentarismo ou presidencialisto, 
república ou monarquia constitucional. 
 
II – referendo ( consulta posterior ao povo 
sobre a decisão do Governo) 
Exemplo: por maioria de votos o povo disse 
não a proibição do comércio de armas de fogo e 
munições e foi excluído do art.35 , do Estatuto 
do Desarmamento. 
III – iniciativa popular – Lei da Ficha Limpa 
 
ATENÇÃO : Recall e Veto popular são 
instrumentos da soberania mas não adotados 
no Brasil 
Plebiscito – consulta prévia ao povo, o povo é 
consultado antes da decisão 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
25 
 
Referendo – consulta posterior ao povo sobre a 
decisão preliminarmente estabelecida pelo 
governo 
Iniciativa popular – tem um texto na CF, que 
diz que se não houver uma interpretação ampla 
podemos dizer que é uma utopia. Exemplo: lei 
da Ficha Limpa que teve inúmeras assinaturas 
do povo – foi reconhecida de iniciativa popular 
A iniciativa popular pode ser exercida pela 
apresentação à Câmara dos Deputados de 
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por 
cento do eleitorado nacional, distribuído pelo 
menos por cinco Estados, com não menos de 
três décimos por cento dos eleitores de cada um 
deles. 
Utopia – qualquer descrição imaginativa de 
uma sociedade ideal, fundamentada em leis 
justas e em instituições político-econômicas 
verdadeiramente comprometidas com o bem-
estar da coletividade. 
SUFRÁGIO x VOTO x ESCRUTÍNIO 
Sufrágio – é o direito de votar e ser votado que 
se concretiza com a capacidade eleitoral 
passiva e ativa. 
- O sufrágio é o direto de votar, e se preencher 
os requisitos de ser votado, poderá exercer a 
cidadania passiva também (ser votado 
 
Voto – é o instrumento para a consolidação 
desse poder. 
 
Escrutínio – como se pratica o voto, o seu 
procedimento, abrangendo portanto, as 
operações de votação como a apuração e 
contagem ( no Brasil – o voto é secreto ) 
O poder emana do povo 
Tem países que tem outros tipos de sufrágio 
O artigo 14 diz que a soberania popular será 
exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos 
A CF reconhece, no parágrafo 14, que a Lei 
Complementar cuidará de tudo 
Art. 14. § 1º O alistamento eleitoral e o voto 
são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito 
anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de 
dezoito anos. 
Art. 14. § 2º Não podem alistar-se como 
eleitores os estrangeiros e, durante o período do 
serviço militar obrigatório, os conscritos 
3º São condições de elegibilidade, na forma 
da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária;(condições para se 
candidatar) CIDADANIA PASSIVA – SER 
ELEITO . 
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE 
Art. 14, VI CF/88: Elegibilidade(candidatura): 
no critério IDADE: (Cidadania Passiva) 
A idade mínima é de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-
Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, 
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador 
 
A Constituição prevê igualmente, os casos 
de INELEGIBILIDADE ( que obstam a 
candidatura). 
O candidato precisa ter um vínculo eleitora com 
o local, mas não necessariamente morar lá 
Exemplo: Fernando Collor 
Não existe candidato sem partido 
Não existe fidelidade sem partido 
A lei determina a idade que precisa ter para 
ocupar alguns cargos 
A capacidade civil é adquirida aos 18 anos de 
idade, sendo a exigência dos 35 anos a 
capacidade plena eleitoral para exercer a 
cidadania passiva 
Capacidade civil não se confunde com 
capacidade eleitoral 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
26 
 
ESTADO DEMOCRÁTICO E OS DIREITOS 
POLÍTICOS 
Pluripartidarismo ou Multipartidário : 
caracteriza-se pela existência de vários partidos 
com iguais possibilidades de chegar ao poder 3 
ou + partidos). 
Forma mais legítima de democracia, tem 
representação de interesses das maiorias e 
minorias. Predominante nos Estados 
democráticos e no Brasil. 
 
Caracteriza-se por pluripartidarismo a 
existência de vários partidos políticos na disputa 
do poder de um país. Também conhecido como 
multipartidarismo, este sistema de governo 
possibilita a garantia de um amplo espectro de 
representação dos mais diversos grupos 
sociais. Assim, o campo político apresenta 
competitividade no sentido e eleger seus 
representantes, utilizando ferramentas como a 
publicidade e as relações públicas neste 
aspecto. A aplicação plena do 
pluripartidarismo, sem a presença de 
conglomerados fisiológicos, promove também a 
renovação das elites que formam o 
establishment. 
Historicamente, o pluripartidarismo apresenta 
variáveis em sua aplicação. A estruturação de 
seu escopo partidário ocorre de forma 
diferenciada conforme sua aplicação em cada 
país. Em sua forma clássica, o sistema 
pluripartidário apresenta uma forma de 
disputa entre partidos sem que nenhum tenha 
a possibilidade de conquistar a maior parte das 
cadeiras do Parlamento, ou seja, exercer o 
poder sozinho, como ocorre no unipartidarismo. 
Alguns críticos ao pluripartidarismo apontam 
que sua execução acaba tornando os partidos 
políticos fragmentados e, desta forma, surgem 
os conluios entre políticos que buscam 
parcerias e alianças no sentido de formar uma 
coalizão. A fisiologia é algo comum no 
pluripartidarismo. 
Os partidos políticos, têm personalidade 
jurídica de caráter nacional. 
 Art. 17 e § 2°): “É livre a criação, fusão, 
incorporação e extinção de partidos políticos, 
resguardados a soberania nacional, o regime 
democrático, o pluripartidarismo, os direitos 
fundamentais da pessoa humana e que, após 
adquirirem personalidade jurídica, na forma da 
lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal 
Superior Eleitoral”. 
INELEGIBILIDADES 
Temos as inelegibilidades: direitos politicos 
negativos 
 
INELEGIBILIDADE ABSOLUTA – atingem de 
forma total o direito do cidadão de ser eleito, 
impedindo que ele concorra a qualquer cargo 
público em qualquer eleição.- Impedimento para qualquer cargo eletivo 
(taxativo) – excepcional 
- não dá de jeito nenhuma para ser um 
candidato, a exercer a pretensão de um cargo 
político 
Art. 14 - § 2º Não podem alistar-se como 
eleitores os estrangeiros e, durante o período do 
serviço militar obrigatório, os conscritos. 
 
 
 
 
Art 14 - § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os 
analfabetos. 
 
Inelegibilidade relativa/funcional em função 
do mandato que já se estava cumprindo – 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
27 
 
exemplo - Art 14 - § 5º O Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver 
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos 
poderão ser reeleitos para um único período 
subsequente. 
Art. 14 - § 6º Para concorrerem a outros cargos, 
o Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos até 
seis meses antes do pleito. 
Art. 14 - § 7º São inelegíveis, no território de 
jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes 
consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou 
por adoção, do Presidente da República, de 
Governador de Estado ou Território, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substituído dentro dos seis meses anteriores ao 
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e 
candidato à reeleição. 
 
Art 14 - § 8º O militar alistável é elegível, 
atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, 
deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será 
agregado pela autoridade superior e, se eleito, 
passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros 
casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a normalidade e 
legitimidade das eleições contra a influência do 
poder econômico ou o abuso do exercício de 
função, cargo ou emprego na administração 
direta ou indireta . 
Art 14 - § 9º Lei complementar estabelecerá 
outros casos de inelegibilidade e os prazos de 
sua cessação, a fim de proteger a probidade 
administrativa, a moralidade para exercício de 
mandato considerada vida pregressa do 
candidato, e a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder econômico 
ou o abuso do exercício de função, cargo ou 
emprego na administração direta ou indireta. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 4, de 1994) 
Analfabetos: é a incapacidade absoluta de ler e 
escrever, que não se confunde com o semi-
analfabetismo, que é a extrema dificuldade – 
mas não total de incapacidade – para 
compreender e reproduzir os simbolos gráficos. 
 
INELEGIBILIDADE REFLEXA - na mesma 
jurisdição (país, estado, município, distrito 
federal) não podem concorrer parentes de 
segundo grau 
INELEGIBILIDADES RELATIVAS impedem a 
eleição do cidadão para determinados cargos, 
em algumas circunstâncias. 
Não é característica pessoal (elegibilidade 
genérica), tem restrições para alguns cargos ou 
mandatos, em situações especiais no momento 
da eleição. 
POR MOTIVO FUNCIONAL. Os ocupantes dos 
cargos de Presidente da República, de 
Governador de Estado e do DF e de Prefeitos 
que desejem concorrer a outros cargos, devem 
renunciar ao mandato até seis meses antes das 
eleições. ( é a DESINCOMPATIBILIZAÇÃO )- 
Art. 14, § 6° da CF/88) 
Candidatura a cargo diferente do que está 
cumprindo 
POR MOTIVO DE CASAMENTO, 
PARENTESCO OU AFINIDADE. 
O § 7°- dentro do território de jurisdição do 
titular, operando este impedimento quanto ao 
cônjuge, os parentes consanguíneos ou afins, 
até o segundo grau ou por adoção quanto aos 
cargos de Presidente da República, de 
Governador de Estado ou Território, do DF ou 
de Prefeito. 
Regra aplicada também a quem tiver 
ocupado aqueles cargos em substituição 
nos seis meses anteriores ao pleito, salvo se 
já titular de cargo eletivo e candidato a 
reeleição. 
INEGIBILIDADES DOS MILITARES 
Os militares podem ser eleitos desde que sejam 
obedecidos os seguintes requisitos: 
Art. 14 , §8º: 
I – afastar-se da atividade, se contar com 
menos de dez anos de serviços 
II – ser agregado (afastado temporariamente) 
pela autoridade superior, se tiver mais de dez 
anos de serviços, e , se eleito, passará 
automaticamente para a inatividade. 
DIREITO CONSTITUCIONAL III – 2021 – 3 SEMESTRE 
 
28 
 
PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS 
POLITICOS: 
ART. 15 + 37 §4 da CF/88 
 
I – cancelamento da naturalização por 
sentenção transitada em julgado 
II – Incapacidade civil absoluta 
III – Condenação criminal transitada em jugado, 
enquanto durarem seus efeitos 
IV – recusa de cumprir obrigação a todos 
imposta ou prestação alternativa, nos termos do 
art.5 , VIII da CF. 
A Lei complementar pode 
estabelecer outros casos de 
inelegibilidade, para proteger: 
(1) a probidade administrativa; 
(2) a moralidade para o exercício do cargo, 
considerada a vida pregressa do candidato; 
(3) e a normalidade e legitimidade das eleições 
contra a influência do poder econômico ou o 
abuso do exercício de função, cargo ou 
emprego na administração direta ou indireta 
( §9° do art. 14). 
Temos ainda, a Lei Complementar 135/2010 
(LEI DA FICHA LIMPA):Aumentou as causas 
de inelegibilidade, dentre outras: veda a 
candidatura dos que perderam seus cargos por 
alguma infração que cometeram durante seus 
mandatos; os que têm processos em 
andamento na Justiça Eleitoral; os que 
têm processo de apuração de abuso de poder 
econômico ou político para a eleição na qual 
concorrem; os condenados por qualquer má 
prática relativa ao seu serviço com 
a administração pública;etc... 
Temos vários casos de 
inegibilidade: 
Exemplo: Cargo : vereador 
Inegibilidade : analfabetismo 
Registro Indeferido: Naerte Luiza Ferreira – 
Santa Rita de Minas em 2016 
( grau de frequencia minima de escolaridade e 
reprovação no teste de escrita do TE. 
 
Exemplo do Tiririca – entrou e foi absolvido, 
porque foi reconhecido que ele tinha muita 
dificuldade técnica de leitura, mas como ele era 
semianalfabeto. 
“basta o conhecimento básico da leitura e da 
escrita para que o indivíduo não seja 
considerado analfabeto. ( ESCREVER O 
NOME) 
 
A finalidade da desincompatibilização é evitar 
que um candidato faça uso de um cargo ou 
função em prol de sua candidatura, obrigando-o 
a se afastar definitiva ou provisóriamente. 
 
Desincompatibilização – se você está 
cumprindo um mandato eleito pelo povo e quer 
mudar de cargo para a próxima eleição, deve 
deixar o cargo no qual está 6 meses antes 
Desincompatibilizar – desocupar o cargo, só 
acontece quando está para concorrer a outro 
cargo 
É o ato pelo qual o pré-candidato se afasta de 
um cargo ou função, cujo exercício dentro do 
prazo definido em lei gera inelegibilidade. 
A legislação eleitoral prevê que, conforme o 
caso, o afastamento pode ser dar em caráter 
definitivo ou temporário. ( art 14 §6º CF/88) 
 
A Súmula Vinculante 18 do STF - “A 
dissolução da sociedade ou do vínculo 
conjugal, no curso do mandato, não afasta a 
inegibilidade prevista no §7 do art. 14 da 
Constituição Federal” não se aplica aos casos 
de exxtinção do vínculo conjugal só pela morte 
de um dos cônjuges. 
Súmulas Vinculantes importantes – por conta 
de malandragens que surgiram após a CF de 
88: casais faziam o divórcio para poderem 
concorrer ao mesmo cargo na mesma 
circunscrição eleitoral. 
CASO DE INEGIBILIDADE REFLEXA NA 
RELAÇÃO HOMOAFETIVA – 
Caso Viseu – eleições municipais de 2004, 
Municipio Estado do Pará – REFLEXA – 
ARTIGO 14º §7 CF/88 
STF: sujeitos de uma relação estável 
homossexual, a semelhança do que ocorre com 
os de relação estavél, de concubinato e de 
casamento, submetem-se a regra de 
inegibilidade prevista no art. 14, §7º da 
Constituição Federal, Recurso a que se dá 
provimento. ( Respe.24.564. Rel. Min. Gilmar 
Mendes) 
https://www.politize.com.br/administracao-publica-direta-e-indireta/
https://www.politize.com.br/administracao-publica-direta-e-indireta/

Outros materiais