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Prescrição de Produtos de Higiene Oral e Aplicação Profissional de Fluoretos

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Prescrição de Produtos 
de Higiene Oral 
e 
Aplicação Profissional 
de Fluoretos
Manual com Perguntas e Respostas
 Maria Luiza de Moraes Oliveira
 Cassiano Kuchenbecker Rösing
Jaime Aparecido Cury
2022
22-108501 CDD-617.6
 NLM-WU-100
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Oliveira, Maria Luiza de Moraes
 Prescrição de produtos de higiene oral e aplicação
profissional de fluoretos [livro eletrônico] : 
manual com perguntas e respostas / Maria Luiza de
Moraes Oliveira, Cassiano Kuchenbecker Rösing, 
Jaime Aparecido Cury. -- Belo Horizonte, MG : 
Ed. da Autora, 2022.
 PDF. 
 ISBN 978-65-00-43704-1
 1. Flúor 2. Odontologia 3. Saúde bucal I. Rösing,
Cassiano Kuchenbecker. II. Cury, Jaime Aparecido.
 III. Título.
Índices para catálogo sistemático:
1. Saúde bucal : Odontologia 617.6
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
SOBRE OS 
AUTORES
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> Graduação em Odontologia pela Universidade Federal de 
Minas Gerais
> Mestrado em Dentística pela Universidade de Iowa, EUA
> Especialização em Saúde Coletiva e em Dentística pela 
Universidade de Iowa, EUA
> Professora Assistente de Dentística da Universidade 
Federal de Minas Gerais
> Clínica Particular no Grupo Odontológico Mangabeiras (BH)
MARIA LUIZA 
DE MORAES OLIVEIRA
> Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do 
Rio Grande do Sul
> Mestrado em Odontologia pela Universidade Estadual 
Paulista Júlio de Mesquita Filho
> Doutorado em Odontologia pela Universidade Estadual 
Paulista Júlio de Mesquita Filho
> Estágio pós-doutoral no Departamento de Periodontia da 
Universidade de Oslo
> Professor Titular de Periodontia da Universidade Federal do 
Rio Grande do Sul
CASSIANO 
KUCHENBECKER RÖSING
> Graduação em Odontologia pela Universidade Estadual de 
Campinas
> Mestrado em Ciências (Bioquímica) pela Universidade 
Federal do Paraná
> Doutor em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela 
Universidade de São Paulo
> Pós-doutorado pela Universidade de Rochester, EUA
> Professor Titular de Bioquímica da Faculdade de 
Odontologia de Piracicaba (FOP - Unicamp)
JAIME 
APARECIDO CURY
“A VIDA É 
A ARTE DO
ENCONTRO, 
EMBORA 
HAJA TANTO 
DESENCONTRO 
PELA VIDA.”
Vinícius de Moraes
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Somos professores de três universidades 
públicas diferentes, em áreas de atuação 
complementares, unidos por vínculos de 
respeito, confiança e comprometimento com 
a evidência científica na promoção da saúde.
Nossa intenção é fornecer subsídios que 
ajudem acadêmicos e profissionais na 
condução de um protocolo preventivo 
pautado pelo conhecimento.
Pensamos em uma publicação acessível, 
com um formato que permitisse fácil leitura, 
trazendo respostas para as perguntas que 
surgem no dia a dia do clínico. 
Citaremos, aqui, nomes comerciais de 
produtos, para facilitar a identificação, 
mas não há, nessa publicação, nenhuma 
interferência das empresas. Acreditamos 
nelas como parceiras na Odontologia: 
ESTE 
FOI UM 
TRABALHO 
FEITO EM 
PARCERIA.
desenvolvendo produtos de qualidade, 
investindo na pesquisa brasileira, dando 
suporte ao cirurgião dentista que atua na 
clínica (principalmente, com informação).
Os dados/nomes comerciais foram 
colocados ao longo do texto e nas tabelas 
(atualizados em março/22), mas devem 
ser revistos constantemente, já que novos 
produtos surgem e são retirados do 
mercado com frequência. 
Esperamos que este livro seja útil. E que 
caminhemos todos juntos, na construção de 
uma Odontologia ética, de qualidade e que 
alcance o maior número de pessoas.
Grande abraço,
Maria Luiza, Cassiano e Jaime
Manual com Perguntas e Respostas7
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A TODOS aqueles 
que, de alguma 
forma, contribuíram 
para a elaboração do 
trabalho e que, como 
nós, acreditam que 
esse conhecimento, 
imprescindível à 
prática de qualquer 
especialidade da 
Odontologia, não pode 
ser privilégio de alguns. 
AGRADECIMENTOS
Manual com Perguntas e Respostas8
SUMÁRIO
I - INTRODUÇÃO 16
II - PRESCRIÇÃO DE PRODUTOS DE HIGIENE ORAL 18
Parte 1 - Escovas dentais e outros recursos para controle mecânico do biofilme 23
1.1 - Escovas para higiene bucal 26
1.2 - Limpeza interproximal 47
1.3 - Outros recursos 55
Parte 2 - Dentifrícios 66
2.1 - Aspectos básicos 67
2.2 - Dentifrícios fluoretados 80
2.3 - Dentifrícios antigengivite 115
2.4 - Dentifrícios dessensibilizantes 121
2.5 - Dentifrícios antitártaro 127
2.6 - Dentifrícios “clareadores” 129
2.7 - Especificidades na indicação 133
2.8 - Tabela de produtos 144
Parte 3 - Enxaguatórios Bucais 165
3.1 - Aspectos básicos 166
3.2 - Enxaguatórios anticárie (fluoretados) 174
3.3 - Enxaguatórios contendo antimicrobianos 179
3.4 - Outras soluções para bochechos 194
III - APLICAÇÃO PROFISSIONAL DE FLUORETOS 208
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ÍNDICE DE 
PERGUNTAS
II - PRESCRIÇÃO DE PRODUTOS DE HIGIENE ORAL 18
Como fazer a prescrição dos produtos de higiene oral no consultório? 19
PARTE 1 - Escovas dentais e outros recursos para 
controle mecânico do biofilme 23
O que são biofilmes? 24
1.1 - Escovas para higiene bucal 26
Como são definidas as escovas para higiene bucal? 26
Como são classificadas as escovas para higiene bucal? 27
Como escolher o melhor tipo de escova para o paciente? 28
Quando devem ser indicadas as escovas elétricas? 38
Qual a melhor técnica de escovação? 40
Qual é o tempo necessário para a escovação dos dentes? 41
Quantas escovações devem ser feitas no dia? 41
Qual a periodicidade de troca da escova dental? 42
Como armazenar e manter limpa a escova? 43
Qual a influência da escova no desgaste dentário? 44
Quando deve ser iniciada a higienização da boca dos bebês? 46
1.2 - Limpeza interproximal 47
Qual o melhor recurso para limpeza interproximal? 47
Palitos podem ser utilizados para a limpeza da região interproximal? 53
A limpeza interproximal deve ser feita antes ou depois da escovação? 54
1.3 - Outros recursos 55
Qual a indicação dos limpadores de língua? 55
Há benefícios na utilização dos aparelhos para irrigação oral? 57
O uso de gomas de mascar sem açúcar (e não ácidas) reduz o biofilme 
ou traz benefícios para o controle de doenças? 58
Há alimentos que podem “substituir” a escovação? 60
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PARTE 2 - Dentifrícios 66
2.1 - Aspectos básicos 67
O que são dentifrícios e quais as suas funções? 67
Qual a composição básica dos dentifrícios? 68
Como são regulamentados os dentifrícios no Brasil? 70
Qual a influência da viscosidade no efeito dos dentifrícios? 71
Molhar a escova após a colocação do dentifrício diminui o seu efeito? 72
Para minimizar a possibilidade de desgaste dentário, não seria melhor 
utilizar dentifrícios sem abrasivos? 72
O que temos que saber sobre a abrasividade (RDA) de dentifrícios? 73
Como saber a abrasividade e o RDA de um dentifrício? 74
Por que não tornar obrigatória a divulgação dos valores de RDA 
nas embalagens dos dentifrícios? 75
Qual a importância de conhecermos os tipos de detergentes presentes nos dentifrícios? 75
Qual a importânciados flavorizantes nos dentifrícios? 76
Qual o significado das cores que aparecem nos tubos? 77
Há algum problema relacionado à presença da sacarina 
nos dentifrícios (sobretudo infantis)? 78
Existe algum outro aditivo que possa substituir o fluoreto nos dentifrícios? 78
Qual o melhor dentifrício para utilização por quem não 
recebeu uma prescrição individualizada? 79
Dentifrícios com o mesmo nome têm a mesma composição em qualquer país? 79
2.2 - Dentifrícios fluoretados 80
Qual a concentração de fluoreto necessária para o efeito anticárie dos dentifrícios? 80
Qual o mecanismo de ação do fluoreto dos dentifrícios na cárie dentária? 81
Qual a importância da escovação feita à noite, antes de dormir? 84
Como deve ser feito o enxágue do resíduo de dentifrício, após a escovação? 84
Quais são os sais de fluoreto presentes nos dentifrícios comercializados no Brasil? 
Há diferença entre eles? 85
Em pacientes com lesões de mancha branca, a indicação do dentifrício 
com MFP seria menos adequada, se pensarmos na possibilidade de remineralização? 88
Qual a influência dos dentifrícios na incidência de fluorose dentária? 89
Caso o paciente apresente sinais clínicos de fluorose dentária, deve ser evitado 
o uso do dentifrício fluoretado? 90
Crianças devem utilizar um dentifrício sem fluoreto ou com menor concentração, para 
diminuir o risco de fluorose? 91
Qual a diferença entre o dentifrício infantil e o anticárie “familiar”? 93
Por que em alguns dentifrícios infantis importados, a descrição dos ingredientes 
especifica 2200 ppm NaF na composição? 95
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Manual com Perguntas e Respostas11
Quem faz uma remoção cuidadosa do biofilme ou escova os dentes todas 
as vezes que come um doce pode abrir mão do uso do dentifrício fluoretado? 96
Se eu restringir o consumo de açúcar, posso utilizar um dentifrício sem flúor? 98
Como lidar com o paciente que não quer seguir a prescrição do dentifrício fluoretado? 99
Há alguma indicação para dentifrícios sem fluoreto na composição? 99
Qual a quantidade de dentifrício que deve ser colocada na escova? 100
Existe diferença entre a ação do dentifrício fluoretado na cárie e na erosão? 102
As escovações devem ser feitas imediatamente após as refeições? 106
É recomendado escovar os dentes antes ou depois do café da manhã? 107
Quais as indicações dos dentifrícios com 5000 ppm F? 108
Quantas vezes ao dia devem ser utilizados os dentifrícios com 5000 ppm F? 109
Todos os pacientes ortodônticos devem receber a prescrição de um dentifrício 
com 5000 ppm F? 110
Dentifrícios veganos ou naturais podem conter fluoreto? 111
Qual a função do xilitol nos dentifrícios? 112
Qual a indicação dos dentifrícios com adição de CPP-ACP (fosfopeptídeo 
de caseína - fosfato de cálcio amorfo)? 112
Qual a função da arginina 1,5% nos dentifrícios fluoretados? 114
O pH ácido favorece o efeito anticárie ou antierosivo dos dentifrícios fluoretados? 114
2.3 - Dentifrícios antigengivite 115
Quais os melhores dentifrícios para pacientes com inflamação gengival? 115
Quais as indicações dos dentifrícios contendo clorexidina? 117
Dentifrícios herbais ou fitoterápicos têm benefício antigengivite? 118
Há benefícios na adição de vitaminas aos dentifrícios? 119
Dentifrícios contendo antimicrobianos têm efeito na halitose? 119
Pacientes em tratamento com aparelhos ortodônticos fixos podem 
se beneficiar do uso de dentifrícios com efeito antigengivite? 120
2.4 - Dentifrícios dessensibilizantes 121
Por que os dentifrícios dessensibilizantes não devem ser utilizados 
indiscriminadamente, sem avaliação do profissional? 121
Como funcionam os dentifrícios dessensibilizantes? 122
Existem princípios ativos melhores na redução da hipersensibilidade? 123
Por quanto tempo devem ser utilizados os dentifrícios dessensibilizantes? 125
Dentifrícios dessensibilizantes podem afetar a qualidade dos procedimentos 
adesivos das restaurações? 126
Dentifrícios dessensibilizantes causam menor desgaste do que 
os dentifrícios convencionais? 126
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Manual com Perguntas e Respostas12
2.5 - Dentifrícios antitártaro 127
Como funcionam os dentifrícios antitártaro? 127
Os dentifrícios antitártaro têm menor efeito anticárie? 128
2.6 - Dentifrícios “clareadores” 129
Dentifrícios “clareadores” ou com carvão realmente funcionam 
para clareamento ou trazem benefícios? 129
Dentifrícios “clareadores” são úteis para o controle de pigmentação, durante 
o uso dos enxaguatórios contendo clorexidina? 131
Dentifrícios clareadores são indicados para pacientes fumantes? 132
Qual o dentifrício ideal para remoção da pigmentação escura causada por bactérias 
cromogênicas? 132
2.7 - Especificidades na indicação 133
Como funcionam os dentifrícios recomendados para pacientes com xerostomia? 133
Como escolher um dentifrício para pacientes com aftas frequentes, mucosite 
ou ardência bucal? 134
Como lidar com os casos de alergia ou reação de contato aos dentifrícios? 135
Existem restrições ao uso de dentifrícios por pacientes celíacos? 136
Existem dentifrícios específicos para uso durante a gravidez? 136
Qual o dentifrício indicado para pacientes com Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI)? 137
Quais são os cuidados na prescrição de dentifrícios para pacientes que passaram 
por um tratamento restaurador com materiais estéticos? 139
Pacientes em tratamento ortodôntico com alinhadores têm maior risco 
de desenvolvimento de doenças bucais? 141
Dentifrícios podem ser usados para higienização das próteses removíveis? 142
Quais os cuidados que devemos ter na escolha dos dentifrícios 
para pacientes em tratamento homeopático? 143
2.8 - Tabela de produtos 144
Como elaborar uma tabela de dentifrícios que possa ser consultada 
no momento da prescrição? 144
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Manual com Perguntas e Respostas13
PARTE 3 - Enxaguatórios Bucais 165
3.1 - Aspectos básicos 166
O que são enxaguatórios e quais as suas funções? 166
Como é feita a regulação desses produtos? 167
Enxaguatórios bucais são recomendados para todas as pessoas, 
como um passo adicional na higienização? 167
Existe algum enxaguatório capaz de substituir a escovação? 168
Qual a idade mínima para utilização de enxaguatórios? 169
Quais os problemas relacionados ao uso indiscriminado dos enxaguatórios? 170
Por que há álcool em vários produtos? 171
O pH dos enxaguatórios é importante? 172
Quantas vezes ao dia devem ser usados os enxaguatórios? 173
3.2 - Enxaguatórios anticárie (fluoretados) 174
Quais são os enxaguatórios anticárie? 174
Qual o mecanismo de ação do fluoreto, nos enxaguatórios, 
para controle da cárie e da erosão? 175
Todas as pessoas devem utilizar enxaguatórios contendo fluoreto? 176
Como devem ser usados os enxaguatórios contendo fluoreto? 177
Há indicação de enxaguatórios após o clareamento? 178
3.3 - Enxaguatórios contendo antimicrobianos 179
Quais são os princípios ativos antimicrobianos utilizados em enxaguatórios 
que apresentam as melhores evidências de efeito clínico na redução 
do biofilme e da inflamação gengival? 179
Quais as vantagens dos enxaguatórios contendo clorexidina? 181
Quais as indicações dos enxaguatórios contendo clorexidina? 181
Quais os efeitos adversos dos enxaguatórios contendo clorexidina? 182
Como usar os enxaguatórios contendo clorexidina? 183
Como fazer a higienização de pacientes acamados, sem capacidade 
de expectoração, usando a clorexidina? 184
Quais são os óleos essenciais presentes na formulação do Listerine™ 
e como eles agem? 185
Quais as indicações dos enxaguatórios contendo óleos essenciais (Listerine)™? 186
Quaisos efeitos adversos relacionados ao uso do Listerine™? 187
Como utilizar o Listerine™?` 187
Quais as indicações dos enxaguatórios contendo cloreto de cetilpiridínio (CPC)? 189
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Manual com Perguntas e Respostas14
Quais os efeitos adversos relacionados ao uso dos enxaguatórios 
contendo cloreto de cetilpiridínio? 190
Como são utilizados os enxaguatórios contendo CPC? 190
Enxaguatórios com triclosan são eficazes no controle da inflamação gengival? 191
Qual o benefício do uso de enxaguatório bucal na halitose? 191
Enxaguatórios bucais devem ser usados antes dos procedimentos odontológicos? 193
3.4 - Outras soluções para bochechos 194
Qual o mecanismo de ação dos enxaguatórios para controle 
da sensibilidade dentinária? 194
Há vantagens na utilização de enxaguantes fitoterápicos para 
o controle da inflamação gengival? 195
Qual a indicação dos enxaguatórios contendo peróxido de hidrogênio? 196
Existe alguma indicação para o uso de diluições de bicarbonato de sódio? 196
Bochechos com água ozonizada trazem benefícios no controle da inflamação gengival? 197
Como montar uma tabela de produtos para consulta no momento da prescrição? 197
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III - APLICAÇÃO PROFISSIONAL DE FLUORETOS 208
Qual o objetivo da aplicação profissional de fluoretos (APF)? 209
Quem deve receber a APF? 210
A APF deve ser evitada em pacientes com fluorose? 211
Qual o mecanismo de ação do fluoreto, nos meios profissionais 
de aplicação, para controle da cárie? 212
A APF pode prevenir a erosão do esmalte? 214
Produtos para APF são eficazes na redução da hipersensibilidade dentinária? 216
Quais os tipos de produtos existentes para a APF? 217
Qual a influência da concentração de fluoreto nos produtos? 220
Produtos acidulados são superiores aos de pH neutro? 220
Vernizes fluoretados, com concentração de 22.600 ppm F- (NaF 5%) 
são superiores aos géis acidulados com 12.300 ppm F-? 222
A profilaxia profissional é necessária, antes da APF? 225
Em pacientes com lesões de mancha branca ativas, a aplicação dos produtos 
fluoretados deve ser feita apenas sobre as lesões? 226
Qual o tempo recomendado para a aplicação dos produtos? 226
Por quanto tempo deve-se evitar lavar a boca após a APF? 227
Qual a periodicidade recomendada para a APF? 228
A APF é indicada para pacientes com Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI)? 229
Quais os riscos da APF? 230
Pastas profiláticas contendo fluoreto podem substituir a APF? 233
Posso substituir a APF por aplicação de pastas contendo CPP-ACP? 234
O que são produtos com diamino fluoreto de prata (DFP)? 234
Quais as indicações do DFP? 235
Quais as desvantagens e contra-indicações da aplicação do DFP? 236
Qual a periodicidade da aplicação do DFP? 236
Todos os produtos com DFP são equivalentes? 237
Qual a técnica de aplicação do DFP? 238
I
 INTRODUÇÃO
Manual com Perguntas e Respostas17
A Odontologia Preventiva é o alicerce para todo o cuidado odontológico 
que vise a promoção da saúde.
Sem a interferência nas causas das doenças e sem um protocolo de 
manutenção adequado, qualquer tratamento estará fadado ao insucesso.
A orientação individualizada é um dos grandes objetivos das consultas 
em consultório e é um dos maiores desafios do clínico, por envolver 
mudanças comportamentais. Não pode ser contrária às orientações de 
saúde coletiva, pois ambas devem ser embasadas pela melhor evidência 
científica disponível. Cada conduta, independentemente da esfera de 
atuação do profissional, deve sempre ser pautada pelos Princípios da 
Bioética: beneficência (maximizar benefício e minimizar riscos), não 
maleficência (não causar prejuízo à saúde) e justiça (tratar cada um de 
maneira correta e distribuir os recursos disponíveis de forma a alcançar 
o maior número de pessoas). Também no âmbito da bioética, não se 
pode deixar de lado o princípio do respeito à autonomia do paciente. A 
Odontologia baseada em evidências é composta de uma tríade: a melhor 
evidência disponível, a experiência do profissional e as crenças ou 
preferências do paciente. 
Há muita ciência por trás dos produtos de higiene oral e dos 
procedimentos preventivos clínicos. Mas é fundamental que o profissional 
esteja capacitado para fazer escolhas a partir do diagnóstico e para 
atuar como referência, tanto para o paciente, quanto para os demais 
profissionais de saúde.
Reunimos, aqui, as respostas para uma série de perguntas e dúvidas 
comuns durante a prática odontológica, com o intuito de auxiliar o dentista 
na condução do processo preventivo e de tratamento daqueles que o 
procuram.
A aplicação da ciência no dia a dia do consultório combina os esforços 
de pesquisadores e clínicos, na busca da Odontologia de qualidade. 
Dentifrícios e enxaguatórios fazem parte de um arsenal de produtos 
que podem e devem ser prescritos pelo dentista. As aplicações 
profissionais de fluoretos são modalidades de procedimentos acessíveis, 
complementares para o controle de doenças. 
Não existe especialidade odontológica que não necessite desse tipo 
de conteúdo. Ele é fundamental para a compreensão das medidas 
adotadas na saúde coletiva e para o cuidado do cliente que busca 
um atendimento individualizado. É obrigação de todo profissional da 
Odontologia conhecer o embasamento científico e fazer o uso racional 
desses recursos preventivo-terapêuticos.
Desejamos que esta seja uma leitura leve, agradável, mas extremamente 
enriquecedora. Nosso objetivo maior continua sendo, através de qualquer 
meio de divulgação, espalhar um conhecimento que valorize a prática de 
quem se dedica a promover saúde através da Odontologia.
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II
PRESCRIÇÃO
DE PRODUTOS
DE HIGIENE 
ORAL
Manual com Perguntas e Respostas19
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Acolhimento e educação são pilares da promoção da saúde e o acompanhamento 
preventivo é um processo, não uma consulta. 
A prescrição de produtos de higiene oral deve ser feita e reavaliada periodicamente, 
já que as condições da cavidade bucal são dinâmicas, os objetivos vão sendo 
modificados, as empresas lançam, alteram e retiram produtos do mercado 
frequentemente. 
O primeiro passo para uma orientação individualizada é o diagnóstico. Não apenas das 
condições de saúde sistêmica e clínicas da cavidade bucal, mas, também, avaliando 
as características do paciente, o estilo de vida, a motivação para o autocuidado, o perfil 
sócio-econômico.
Quanto mais simples o protocolo de higienização recomendado, maior a 
probabilidade de ser executado. E quanto mais direcionada e fracionada em pequenas 
mudanças for a instrução, maior a chance de haver a incorporação do novo hábito. 
A recomendação de qualquer produto deve estar baseada na melhor evidência 
científica disponível da sua eficácia. A razão pela qual preconizamos a especificação 
das marcas e dos nomes comerciais no bloco receituário, é para que não haja 
dúvidas no momento da compra. Nem o paciente e nem o atendente da farmácia/
supermercado conseguem identificar um dentifrício pela descrição da composição. 
Mostrar as embalagens (permitindo que o paciente fotografe) ou entregar amostras (se 
disponíveis) pode facilitar o reconhecimento nas gôndolas.
Como fazer a prescrição dos produtos de higiene oralno consultório?
Manual com Perguntas e Respostas20
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S Caso seja feita a prescrição do princípio ativo do enxaguatório, sem especificação 
de marca ou produto (‘solução de digluconato de clorexidina a 0,12%’, ou ‘solução 
de fluoreto de sódio a 0,05%’, por exemplo), é importante colocar as características 
desejadas da formulação (com ou sem álcool, etc.). 
Apenas os medicamentos que são deglutidos (comprimidos, soluções orais, etc.) 
são de uso interno. Todas as outras formas farmacêuticas (como as soluções para 
bochecho) são de uso externo ou tópico.
Devem constar na receita, também, as informações sobre o modo de usar (quantidade 
de dentifrício/enxaguatório, duração de cada escovação/bochecho, necessidade ou 
não de enxágue, número de vezes por dia/horário) e os cuidados necessários (não 
deglutir, por exemplo).
As explicações sobre os benefícios esperados e os efeitos adversos possíveis ajudam 
o paciente a compreender a importância dos produtos de higiene oral no cuidado 
odontológico. Informações práticas, como a necessidade de verificação do prazo de 
validade, a frequência de substituição das escovas e a maneira de armazená-las fazem 
parte da orientação. 
É imprescindível, além disso, escrever o tempo de manutenção do protocolo indicado 
e a data de retorno ao consultório.
A formação de um vínculo com o profissional (que deve se dedicar ao momento 
educativo das consultas), a percepção do papel do dentista como referência na 
avaliação/escolha dos produtos (evitando as trocas por influência de propagandas, por 
exemplo), a facilidade de aquisição daquilo que foi prescrito (e viabilidade do custo) 
são aspectos fundamentais na adesão do paciente ao esquema proposto.
Manual com Perguntas e Respostas21
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Abaixo, uma sugestão de formato para a prescrição de produtos de higiene oral (fazer 
no bloco receituário, com nome do paciente, data, assinatura/carimbo profissional 
no final). Sempre que possível, mais de uma opção comercial deve ser colocada para 
cada tipo de produto indicado.
Escova Dental
Marcas/modelos 
(opções)
Fazer a escovação 
por __ minutos, 
__x/d (sendo uma 
delas à noite, antes 
de dormir).
Trocar a escova 
a cada __ meses.
Higienizar a escova 
com __ após o uso, 
guardando-a __.
Fio dental 
Marcas/modelos 
ou considerar 
preferência
Utilizar todos os 
dias, __ (momento 
do dia, definido 
de acordo com 
a preferência do 
paciente).
Escova Interdental 
(se indicada)
Marcas/modelos e 
tamanho
Usar __x/d, como 
demonstrado. 
Trocar a escova/ 
refil a cada __ dias.
Limpador/escova 
de língua (se 
indicado)
Marca/modelo
Utilizar para a 
higienização da 
língua, __ (momento 
do dia), com 
movimentos __.
Trocar a cada __.
Dentifrício
Marca / Nome 
comercial
Utilizar quantidade 
correspondente 
a __, em todas as 
escovações, __
enxágue.
Uso continuado por 
__ meses (ou até o 
próximo retorno).
Manter o produto 
fora do alcance de 
crianças.
Enxaguante bucal 
(quando indicado)
Marca/Nome 
comercial
Utilizar __ ml do 
produto puro, para 
bochechos de __ 
segundos, __x/d, 
__(horário).Cuspir 
bem e não enxaguar 
a boca .
Tempo de uso: __ 
dias/meses.Manter 
o produto fora do 
alcance de crianças.
Manual com Perguntas e Respostas22
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Aparelho de 
Irrigação Oral 
(quando indicado)
Marcas/modelos
Usar __x/d, 
posicionando a 
ponta de frente e 
sem encostar nos 
dentes/gengiva. 
Mover o jato ao 
longo da gengiva, 
limpando as regiões 
entre os dentes.
Utilizar uma pressão 
da água que seja 
confortável.
Substituidor de 
saliva (quando 
indicado)
Marca /Nome 
comercial
Borrifar 2 vezes, 
diretamente 
no interior da 
boca, __ x/d ou 
quando considerar 
necessário (ou 
aplicar o equivalente 
a __ na boca, 
espalhando com 
a língua). Não 
enxaguar a boca 
depois de usar.
Data de retorno ao consultório:
Manual com Perguntas e Respostas23
PARTE 1
 Escovas dentais e outros recursos 
para controle mecânico do biofilme
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As bactérias salivares aderem naturalmente às superfícies dentárias, onde se 
acumulam na forma de comunidades organizadas, chamadas atualmente de 
biofilmes dentais (ou, simplificadamente, biofilmes).  Placa dental bacteriana (ou, 
simplificadamente, placa) nada mais é que um tipo de biofilme no qual bactérias 
salivares estão aderidas às superfícies duras dos dentes, coronária ou radicular, supra 
ou subgengivalmente.
O acúmulo de biofilmes nas superfícies dentárias é o fator necessário para o 
desequilíbrio de saúde-doença dos tecidos dentais duros e moles. Cárie e doença 
periodontal diferem quanto aos fatores estressores determinantes destas doenças, 
respectivamente, exposição a açúcar ou o processo inflamatório.  
Os açúcares da dieta, particularmente a alta frequência de consumo de sacarose, 
são responsáveis pela disbiose da relação entre as bactérias bucais e os tecidos 
duros dentários. A  ruptura do equilíbrio (DISBIOSE) entre os tecidos moles é mais 
complexa, porque envolve a resposta imunológica do hospedeiro com relação ao 
processo inflamatório.
O que são biofilmes?
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Diagrama da relação entre acúmulo de biofilme e o desenvolvimento de cárie ou doença periodontal, 
enfatizando os fatores estressantes associados, açúcar e inflamação gengival, respectivamente.
Assim, é primário que o controle regular do acúmulo de biofilme pelo indivíduo é 
essencial para a manutenção do equilíbrio na cavidade bucal, já que a formação de 
biofilme  sobre as superfícies dentárias é um fenômeno inevitável. Como motivar 
o paciente é o desafio de todo profissional da Odontologia, havendo, para tal, um 
arsenal de produtos de higiene bucal, com espectro amplo químico-mecânico.
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Escovas para higiene bucal são instrumentos mecânicos (que podem possuir 
componentes movidos a energia), utilizados para limpeza de dentes, gengiva, língua, 
aparelhos ortodônticos e próteses removíveis. 
São compostas pela cabeça (parte ativa, onde estão fixadas as cerdas) e pelo cabo 
(para empunhadura). 
As cerdas podem ser naturais ou sintéticas, sendo os seus conjuntos chamados 
de tufos. As escovas são isentas de registro, mas sua comercialização depende de 
comunicação prévia à ANVISA (que tem requisitos técnicos para regularização desses 
produtos). 
1.1 - ESCOVAS PARA HIGIENE BUCAL
Como são definidas as escovas para higiene bucal?
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Segundo a Resolução no 142 da ANVISA , de 17 de março de 2017, as escovas são 
classificadas de acordo com:
> finalidade de uso - manual ou elétrica, unitufo, interdental, pós-cirúrgica, 
ortodôntica, para dentadura e especial para higiene da língua;
> faixa etária - adulto ou infantil;
> rigidez das cerdas - extramacia, macia, média, dura.
Essas informações devem constar na embalagem do produto (assim como a indicação 
deque o tipo de escova deve ser orientado pelo dentista).
As escovas infantis têm comprimento mínimo total de 10 cm e largura máxima da 
cabeça de 1,2 cm. As de adulto têm comprimento mínimo total de 15 cm e largura 
máxima da cabeça de 1,6 cm. 
A textura dos tufos é definida pela medida da rigidez, segundo norma ISO 22254 e 
80% das pontas das cerdas devem ter acabamento aceitável (arredondadas, polidas, 
plumadas ou planas). 
Como são classificadas as escovas para higiene bucal?
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A escova dental é o principal recurso para a desorganização e remoção do 
biofilme. O dentifrício não é imprescindível para atingir esse objetivo, apesar de ser 
fundamental para a redução de pigmentação (na película adquirida), como veículo 
para componentes terapêuticos, para motivação e aumento do tempo de escovação.
A redução do biofilme após uma escovação é, em média, de 40% e, portanto, 
menor do que o desejado para o controle de doenças bucais. A motivação para o 
autocuidado (que inclui a compreensão da sua importância) e o aprendizado da 
técnica de higienização são, portanto, aspectos prioritários em qualquer processo 
educativo que vise a saúde. 
A escova de dente mais próxima às que usamos hoje surgiu na China, no final do 
século 15, sendo feita com pêlos de porco amarrados em varetas de bambu. Uma 
escova era usada por todas as pessoas da família.
Atualmente, há muitos modelos de escovas, atendendo às demandas dos profissionais 
e dos leigos, com variações em tamanho, formato, tipos de cerdas, disposição das 
mesmas, com cores ou personagens atrativos. Além da qualidade, aspectos como 
custo e facilidade de compra devem ser levados em consideração no momento da 
indicação.
Exemplos de escovas dentais manuais (adulto) encontradas no mercado brasileiro:
 › Bianco - Clean Action (cerdas macias), Delicate (cerdas ultramacias), Colorcare (2516 cerdas 
extramacias)
 › Bitufo - Class Soft (cerdas macias) ou Sensitive (cerdas ultramacias)
 › Colgate - Slim Soft Ultra Compacta, Advanced e Black (cerdas macias com pontas afiladas) / 360o. 
(cerdas macias e cerdas de borracha) e 360o. Sensitive Pró Alívio (cerdas extramacias e cerdas de 
borracha) / Periogard (cerdas ultramacias com pontas microfinas) / Ultra Soft (5500 cerdas ultramacias) 
/ Gengiva Therapy (cerdas macias com alta densidade) / Essencial, Extra e Premier Clean / Procuidado 
/ Classic / Tripla Ação / Twister / Whitening 
 › Condor - Ultramacia / Plus (cerdas macias)
 › Curaprox - CS 5460 Ultra Soft / CS 3960 Super Soft / CS 1560 Soft / ATA 4060 / CS 12460 Velvet Ultra Soft
 › DentalClean - Fine Tip (pontas ultrafinas) / Dual (cerdas macias e borrachas circulares) / Intelligent / 
Metallic Plus / Perfect / Magic / Basic / OK
 › Edel White - Pro Gums Ultra Soft / Flosser Brush (cerdas ultramacias) / Whitening
 › Elmex - Elmex Ultra Soft / Elmex (cerdas macias) / Elmex Sensitive (cerdas extramacias)
 › Kess - Extra Macia / Macia / Média / Pro 10K / Pro Extra Macia 6580 / TDB Basic / Extreme
 › Kin - (extra suave, suave, média) / Gengivas (cerdas macias e afiladas)
 › Needs - Oral Care (cerdas macias) / Ultrafina (cerdas macias de pontas ultrafinas) / Sensitive 6240 
(cerdas ul-tramacias)
 › Oral B - Indicator (cerdas macias ou extramacias) / Ultrafino / Expert Gengiva Sensi (cerdas 
ultramacias), Expert Gengiva Limpeza (cerdas macias), Expert Gengiva Alcance (cerdas ultrafinas) / 
Purification (cerdas extramacias) / Advanced , Advanced Compact e Pro-Saúde (cerdas macias e cerdas 
emborrachadas) /Gengiva Detox e Whitening Therapy Purification (cerdas ultrafinas) / Clean Classic, 123, 
Complete 
 › Sensodyne - Multiproteção, True White, Rápido Alívio, Sensibilidade e Gengivas (cerdas macias) / Gentle, 
Repair and Protect, Limpeza Profunda (cerdas extramacias)
 › Tepe - Supreme (cerdas macias) / Select (cerdas médias, macias ou extramacias) / Nova (cerdas 
médias, ma-cias ou extramacias) / Good, Good Compact (cerdas macias) / Gentle Care (extramacias)
Como escolher o melhor tipo de escova para o paciente?
Manual com Perguntas e Respostas29
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Exemplos de escovas dentais infantis encontradas no mercado brasileiro:
 › Bitufo - Cocoricó 1o. Dentinho (até 2 anos) / Cocoricó Grandinhos (2 a 5 anos)
 › Colgate - My First Colgate (0 a 2) / Dr. Dentuço (2+ ) / Tandy ( 5+) / Smiles (6+) 
 › Condor - Infantil / Júnior
 › Curaprox - Baby CK 4260 (cerdas ultramacias) / Curakid 5500 (até 6 anos) e CS Smart (a partir de 6 / 7 
anos)
 › Edel White - Flosser Brush Kids
 › Kess - Dentinho (6 meses a 2 anos) / Pro Kids (2 a 7 anos) / Júnior / Pocket (“teens”) / Steps (1, 2, 3)
 › Kin - Infantil / Júnior 
 › Needs - Infantil (acima de 3 anos)
 › Oral B Stages (4 a 24 meses / 2 a 4 anos / 5 a 7 anos)
 › Tepe - Select Kid (a partir de 4 anos; cerdas médias, macias ou extramacias) / Select Mini e Good Mini (0 
a 3 anos; cerdas extramacias) 
Quanto ao cabo da escova, o comprimento proporcional à mão do usuário favorece 
o posicionamento e a execução dos movimentos. O aumento do diâmetro e o apoio 
não deslizante para polegar/indicador são úteis para pacientes com dificuldade na 
empunhadura ou motora (como idosos e crianças).
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Cabeças menores (chamadas de compactas) facilitam o acesso e o posicionamento 
correto da escova dental em relação às superfícies e à margem gengival. 
Quanto aos tipos de cerdas, a maior parte das escovas são de material sintético (nylon). 
Apesar de alguns estudos mostrarem que a utilização de escovas médias ou duras 
favorece a remoção do biofilme, os pacientes devem sempre utilizar uma escova de 
cerdas macias (ou extramacias) na higienização. Isso porque, pela menor rigidez, elas 
geram menos trauma, abrasão gengival e recessão. A firmeza das cerdas depende do 
seu material, diâmetro e comprimento, do número de cerdas por tufo, do número de 
tufos. Cerdas macias têm, normalmente, diâmetro inferior a 0,2 mm.
Alguns exemplos de escovas com cabeças compactas:
 › Bianco Delicare / Colorcare
 › Curaprox ATA
 › Colgate - Periogard / Slim Soft Ultracompacta / 360o. / Procuidado
 › Edel White - Flosser Brush
 › Elmex - Elmex Sensitive
 › Kess - Extreme
 › Oral B - Expert Gengiva (Sensi, Limpeza ou Alcance) / Purification 
 › Sensodyne 
 › Tepe - Good Compact / Select Compact
Manual com Perguntas e Respostas31
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Pacientes com fenótipo gengival fino, com qualquer tipo de irritação tecidual ou 
mucosite devem utilizar escovas ultramacias. 
Escovas ultramacias podem ser um pouco menos efetivas na remoção do biofilme 
(dependendo do diâmetro e do número de cerdas/tufos). Por isso, apesar de serem 
associadas a menor trauma gengival, não são escovas indicadas para todos os 
pacientes.
Existem ainda escovas específicas para utilização no período pós-cirúrgico.
No que se refere ao formato das pontas, tanto as cerdas macias de pontas 
arredondadas quanto as de pontas cônicas são seguras.
Exemplos de escovas pós-cirúrgicas:
 › Curaprox: CS Surgical (12.000 cerdas de 0,06 mm de diâmetro)
 › Kin - Pós-cirúrgica
 › Needs - Pós Cirúrgica
 › Tepe - Special Care (12.000 cerdas de 0,06 mm de diâmetro) / Special Care Baby Compacta (7.000 
cerdas com 0,06 mm de diâmetro)
Manual com Perguntas e Respostas32
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A técnica de escovação bem realizada possibilita a remoção do biofilme com as 
escovas de formatos tradicionais, mas determinados aspectos podem ser observados, 
no momento da recomendação individualizada. Talvez o principal deles seja a 
possibilidade de acesso às regiões mais difíceis de serem alcançadas (como terceiros 
molares, dentes com giroversão). Nesses casos, escovas com cabeças compactas, de 
formato mais ovalado ou triangular são convenientes.
Alguns trabalhos têm demonstrado redução de biofilme um pouco diferente, 
dependendo do tipo de escova. Uma escova macia com cerdas de extremidades 
afiladas, por exemplo, proporcionou, em um estudo clínico, maior alcance na área 
interproximal e de fissuras oclusais do que uma escova multifilamentada. Embora 
não se possa afirmar que haja relevância clínica na diferença, dados assim podem ser 
levados em consideração em alguns perfis de pacientes (nesse caso, que não tenham 
incorporado ainda o hábito de usar o fio dental).29 
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Exemplos de escovas multifilamentadas ultramacias:
 › Curaprox - Ultra Soft (5460 cerdas) / Velvet Ultra Soft (12460 cerdas)
 › Colgate Ultra Soft (+ de 5000 cerdas)
 › Condor - Ultramacia (5400 cerdas)
 › Elmex Ultra Soft (+ de 5.500 cerdas)
 › Kess - Pro 10K (10.000 cerdas) / Pro (6580 cerdas)
 › Needs - Sensitive (6240 cerdas)
 › Oral B Expert Gengiva Sensi (9000 cerdas)
 › Tepe - Gentle Care (5400 cerdas)
Escovas multifilamentadas com cerdas ultramacias são opções muito boas, mas não 
há evidência de superioridade, em relação às convencionais, no controle do biofilme. 
O único cuidado é com o acesso (algumas possuem cabeça um pouco maior), em 
determinados tipos de arcada ou posicionamento dentário (dentes apinhados ou 
terceiros molares, por exemplo).
Manual com Perguntas e Respostas34
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Algumas escovas específicas estão disponíveis, mas é importante lembrar que quanto 
maior o número de passos no protocolo, mais difícil é a colaboração pela maioria 
dos pacientes. Escovas “unitufo”, por exemplo, são bastante eficazes na remoção do 
biofilme em regiões de difícil acesso (em volta de brackets ortodônticos ou dentes 
apinhados, por exemplo) ou na higienização de molares permanentes em erupção. 
Nessa última situação, há a alternativa de ensinar o responsável pela criança a utilizar a 
escova comum no sentido transversal do dente (vestíbulo-lingual), para complementar 
a escovação, o que reduz consideravelmente o biofilme na superfície oclusal.
Exemplos de escovas unitufo:
 › Bitufo - Bi-Tufo (dois tufos) / Intertufo ( unitufo + interdental)
 › Curaprox - CS 1006 Unitufo (6mm de comprimento) e CS 1009 Unitufo (9 mm de comprimento) / CS 708 
Implant Ortho (para proteses sobre implante e aparelhos ortodônticos fixos)
 › DentalClean
 › Edel White 
 › Needs - Intertufo
 › Kess 
 › Tepe - Compact Tuft / Implant Care e Universal Care (para próteses sobre implantes)
Manual com Perguntas e Respostas35
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Em relação às escovas ortodônticas, uma revisão sistemática com meta-análise não 
demonstrou efeito superior na redução da inflamação gengival em relação às escovas 
convencionais, embora haja justificativa na recomendação baseada no controle do 
biofilme.17
Escovas para a limpeza das próteses removíveis estão disponíveis e, normalmente, 
possuem a cabeça com cerdas dos dois lados: um com formato triangular (para 
limpeza das áreas côncavas) e outro, retangular.
Exemplos de escovas ortodônticas:
 › Bitufo - Class Orto
 › Colgate - Orthodontic / Orthogard
 › Curaprox - CS Ortho 5460 Ultra Soft / CS 708 Implant Ortho
 › DentalClean Ortodôntica
 › Edel White - Pro Ortho
 › Kess - Ortho
 › Kin Ortodôntica
 › Needs Ortodôntica
 › Oral B Expert Orthodontic
 › Tepe - Implant Orthodontic (extra slim head)
Manual com Perguntas e Respostas36
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Exemplos de marcas com escovas para próteses:
 › Bitufo
 › Condor 
 › Curaprox (BDC152)
 › Dental Clean (Prótese Plus)
 › Dentil 
 › Kess (Denture)
 › Kin (Oro Prótese)
 › Needs
 › Tepe (Denture)
Não há vantagens na incorporação dos mecanismos iônicos às escovas manuais. 
Quanto às escovas automáticas em forma de U (abrangendo as arcadas), vendidas 
através das redes sociais, um estudo clínico realizado com uma delas mostrou, não 
apenas que a remoção do biofilme foi inferior às manuais, mas que foi equivalente ao 
grupo que não fez nenhum tipo de higienização.22
Devido à preocupação com o lixo gerado pelo descarte anual de bilhões de escovas, 
foram lançadas as ecológicas, feitas com cabo de bambu biodegradável. As cerdas 
são de um tipo de nylon que pode ser reciclado (desde que os tufos sejam removidos 
pelos consumidores, para possibilitar a compostagem). Deve haver cuidado na 
escolha, pois algumas dessas escovas têm cerdas mais rígidas e tamanho maior de 
cabeça. Apesar do impacto positivo na emissão de carbono, continua havendo, com as 
escovas de bambu, impacto negativo no índice que mede a saúde dos envolvidos na 
cadeia de produção. Escovas manuais com cabos reutilizáveis e cabeças substituíveis 
seriam mais promissoras. Na verdade, a melhor alternativa do ponto de vista ambiental 
é a coleta das escovas, para que o plástico seja reciclado em outros produtos.
Manual com Perguntas e Respostas37
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Exemplos de escovas ecológicas :
 › Boni - Natural (cabo de bambu, cerdas macias)
 › Colgate - Bamboo (cabo de bambu, cerdas macias); embalagem reciclável.
 › Ekological - Cabo de bambu (cerdas de PBT macias); embalagem de papel.
 › Tepe - Linha Good (cabo feito a partir da cana-de-açúcar e cerdas macias feitas a base de óleo de ma-
mona)
 › The Humble Co. - Humble Brush (cabo de bambu e cerdas de nylon-6); vegano, natural e biodegradável
Manual com Perguntas e Respostas38
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A remoção do biofilme com a escova elétrica mostrou-se, em vários estudos, cerca de 
20% melhor do que com a escovação manual (superioridade de até 11% na redução na 
gengivite), com impacto significativo na saúde bucal a longo prazo. 47, 27
Seu uso é particularmente recomendado para pacientes que não tenham uma 
higienização satisfatória com as escovas manuais. Isso pode acontecer por deficiência 
motora (portadores de doença de Parkinson ou artrite reumatóide, por exemplo), 
técnica inadequada, força excessiva ou dificuldade de acesso a determinadas regiões.
Suas desvantagens estão relacionadas ao custo, inacessível a grande parte da 
população e ao impacto ambiental (considerado bem maior do que de todos os outros 
tipos de escovas).
Embora uma revisão sistemática tenha concluído que a escova elétrica é mais efetiva 
para a remoção do biofilme em crianças6, é importante que, se ela for recomendada, 
a escovação manual seja mantida em algum momento do dia, para que haja o 
aprendizado da técnica e o treinamento. 
As escovas elétricas de boa qualidade, com cerdas macias (ou extramacias), não 
causam danos aos dentes, restaurações ou tecidos moles da boca.
Quando devemser indicadas as escovas elétricas?
Manual com Perguntas e Respostas39
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Existem mais estudos realizados com as escovas rotatórias/oscilatórias, mas as 
escovas de movimento lateral e sônicas apresentam, também, bons resultados. Ainda 
que, em alguns trabalhos, haja uma pequena superioridade das rotatórias/oscilatórias 
em relação às demais, a importância clínica dessa diferença é duvidosa.
A orientação de não ligar a escova até que ela esteja dentro da boca evita que o 
dentifrício seja “expulso” no primeiro movimento. É importante, também, mostrar ao 
paciente que a posição da escova deve ser continuamente modificada, de maneira 
que haja contato com todas as superfícies dos dentes.
Escovas recarregáveis são superiores às versões a pilha. Dispositivos como sensores 
de pressão e marcadores de tempo são desejáveis.
Exemplos de escovas elétricas recarregáveis encontradas no mercado brasileiro:
 › Curaprox Hydrosonic Pro - 22.000 a 42.000 vibrações por minuto; cabeça oval; com temporizador. 
 › Edel White Sônica Hidrodinâmica - 31.000 a 42.000 movimentos por minuto; com temporizador.
 › Oral B - Genius X e Genius 8000 ( +8.800 oscilações/rotações por minuto e +45.000 pulsações por 
minuto) / Pro 2000 (+8.800 oscilações/rotações e 45.000 pulsações por minuto); cabeça redonda; com 
temporizador e sensor de pressão.
 › Philips Colgate SonicPro - 10 e 30 (31.000 movimentos por minuto) / 50 , 70 e Kids (62.000 movimentos 
por minuto); cabeça oval; com temporizador e sensor de pressão
 › Waterpik - Escova Sônica com 31.000 vibrações por minuto (acoplada ao aparelho de irrigação oral); 
com temporizador
Manual com Perguntas e Respostas40
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A realização da higienização de forma adequada depende, não apenas da destreza 
manual e do aprendizado, mas também da motivação (e da sua manutenção ao longo 
do tempo).
Há várias técnicas de escovação descritas na literatura. Embora uma revisão 
sistemática tenha apontado a técnica de Bass (e Bass modificada) como superior 
às demais na redução do biofilme e da gengivite3, não há uma única técnica 
recomendada para todas as pessoas. 
Talvez a melhor maneira de orientar o paciente no consultório seja aperfeiçoando 
ou corrigindo a escovação que ele já está habituado a fazer. É importante ter em 
mente que modificar hábitos (sobretudo no adulto) é bastante difícil. Um programa 
individualizado, que leve em consideração as necessidades e dificuldades do 
paciente, favorecerá a adesão a longo prazo. Além disso, é muito importante que ele 
compreenda a situação atual e o por quê da necessidade da modificação sugerida.
As opções mais comumente utilizadas pelas pessoas são: 
 › técnica de Fones (movimentos circulares, realizados nas superfícies vestibulares e 
linguais dos dentes), muito apropriada para crianças; 
 › técnica de Bass (movimentos vibratórios curtos no sentido ântero-posterior, com a 
escova posicionada em um ângulo de 45o., próximo à margem gengival/diretamente 
no sulco) ou Bass modificada (finalização dos movimentos de vibração com 
movimento de “rolar” a escova no sentido incisal/oclusal.
 › técnica de Stillman (movimentos de vibração com a escova posicionada a 45o. sobre 
a gengiva, seguidos de varredura no sentido incisal/oclusal; 
A técnica de Bass Modificada normalmente é realizada após orientação profissional, 
principalmente em pacientes que passaram por tratamento periodontal.
Nas superfícies oclusais, os movimentos são de vai e vem (“esfregar”). Esse tipo de 
movimento é realizado por alguns pacientes nas superfícies vestibulares e linguais 
(sobretudo crianças ou aqueles que não receberam nenhum tipo de instrução), mas 
tem sido associado a maior ocorrência de alterações gengivais. Como já mencionado, 
a complementação da escovação da superfície oclusal do primeiro molar em erupção, 
por um adulto, no sentido transversal (com a cabeça da escova posicionada no sentido 
vestíbulo-lingual) promove melhor remoção do biofilme.
A técnica de escovação (e a pressão exercida) não deve traumatizar os tecidos, 
principalmente os moles, o que geraria possível recessão gengival. Esse aspecto deve 
ser sempre enfatizado na orientação. 
Um outro fator importante é a frequência de escovação que, se excessiva, tem sido 
associada a maior incidência de recessões gengivais e lesões cervicais não cariosas. A 
duração da escovação deve ser suficiente para que seja efetiva.
Em suma, a melhor técnica de escovação é aquela que o indivíduo consegue realizar, 
removendo a maior quantidade de biofilme, sem traumatismo.
Qual a melhor técnica de escovação? 
Manual com Perguntas e Respostas41
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Grande parte das pessoas escovam os dentes por 30 segundos a 1 minuto. Um estudo 
mostrou que a redução do biofilme foi de, aproximadamente, 27% após 1 minuto e de 
41% após 2 minutos.38.
O tempo de 2 minutos de escovação é recomendado, não apenas para remoção do 
biofilme adequadamente, atingindo todas as superfícies dentárias, mas, também, para 
favorecer a disponibilização e retenção do fluoreto/demais ingredientes ativos na 
cavidade bucal. 
Para controle de inflamação gengival e cárie, as pessoas devem ser orientadas a 
fazer, pelo menos, duas escovações por dia, com o dentifrício fluoretado. Estudos 
demonstram que, para fins de inflamação gengival, uma vez ao dia seria suficiente. 
Entretanto, é importante lembrar que a escovação, além de objetivar a remoção do 
biofilme, é uma forma de aplicação tópica diária de fluoreto. Para fins de controle 
da cárie, o fluoreto deveria ser disponibilizado pelo menos 2 vezes ao dia, o que é o 
suporte dessa recomendação. 
A escovação apenas uma vez ao dia compromete o efeito anticárie do dentifrício 
fluoretado (até 50% menor), sobretudo em crianças em fase de erupção de dentes ou 
em pacientes geriátricos com exposição radicular. 
Poderá haver benefício se o paciente fizer 3 escovações, principalmente se houver 
risco aumentado de desenvolvimento de lesões de cárie ou doença periodontal.
Qual é o tempo necessário para a escovação dos dentes?
Quantas escovações devem ser feitas no dia?
Manual com Perguntas e Respostas42
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A recomendação usual (que deve constar, inclusive, na embalagem dos produtos) é de 
troca da escova a cada 3 meses, pelo menos. Entretanto, dependendo da qualidade 
das cerdas (escovas extramacias tendem a sofrer maior alteração) e da força ou técnica 
empregadas, o desgaste das escovas pode variar bastante entre as pessoas . Por isso, 
vale a pena pedir ao paciente que traga a sua, na consulta, para avaliação. 
Uma forma objetiva de orientar é para que seja verificada a alteração da posição das 
cerdas externas, trocando a escova quando elas ultrapassarem a direção da base 
(o que, segundo alguns estudos, levaria à redução na capacidade de remoção do 
biofilme).
Qual a periodicidade de troca da escova dental?
Manual com Perguntas e Respostas43
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Após cada uso, a escova deve ser bem lavada (para remover restos do dentifrício 
e outros resíduos) e o excesso de umidade, eliminado (batendo o cabo/cabeça na 
beirada da pia, por exemplo).
A escova deve ser, então, armazenada em pé (com a cabeça para cima), sem capa de 
proteção, para não criar um ambiente apropriado à proliferaçãomicrobiana e permitir 
a completa secagem. Ela deve ficar separada de outras escovas e distante do vaso 
sanitário.
A desinfecção das cerdas pode ser realizada, periodicamente, em situações de 
pacientes em ambiente hospitalar, imunossuprimidos ou com quadros infecciosos. 
A recomendação mais frequente é que seja feita a imersão em um antisséptico 
contendo clorexidina a 0,12%, por 15 minutos, enxaguando depois em água corrente. 
Uma maneira simples e de custo acessível (para uso em creches, por exemplo) é a 
utilização do vinagre branco.
Como armazenar e manter limpa a escova?
Manual com Perguntas e Respostas44
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Como já explicado anteriormente, a recomendação de escovas com cerdas macias ou 
extramacias é relacionada, primeiramente, à saúde gengival. Escovas duras podem 
favorecer o desenvolvimento de lesões não cariosas, sobretudo se associadas a 
dentifrícios de maior abrasividade.
Em relação ao desgaste, a escova parece agir modulando o efeito dos abrasivos dos 
dentifrícios.
Em um estudo populacional (transversal), com adolescentes de 15 a 19 anos, foi 
encontrada uma associacão muito fraca (apesar de significativa) entre a rigidez 
das cerdas e o desgaste dental erosivo (menor desgaste com o uso de escovas 
extramacias)25 
Curiosamente, um estudo in vitro mostrou aumento do desgaste provocado pela 
escovação com dentifrício mais abrasivo, após desafio erosivo, quando foram utilizadas 
escovas macias, em relação às médias. Uma possível explicação dada pelos autores 
foi que, pela flexão maior das cerdas, houve aumento do contato dos abrasivos com as 
superfícies.1 
Qual a influência da escova no desgaste dentário?
Manual com Perguntas e Respostas45
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Em um outro estudo laboratorial, duas escovas ultramacias tiveram resultados 
estatisticamente diferentes no desgaste erosivo-abrasivo do esmalte, apesar dessa 
diferença ter sido considerada de importância clínica discutível. Aquela com maior 
número de cerdas (mais de 5.000 cerdas) gerou perda superficial maior, possivelmente 
por reter maior quantidade de dentifrício.40 
Quando dentifrícios de baixa abrasividade são utilizados, não parece haver diferença 
no desgaste causado por diferentes tipos de escovas, mesmo na superfície radicular.42 
Força excessiva na escovação aumenta o desgaste, razão pela qual escovas elétricas 
com sensores de pressão têm sido recomendadas para indivíduos que tendem a fazer 
uma escovação muito vigorosa. Quando maiores forças são aplicadas na escovação 
com dentifrício, escovas mais macias geram menor desgaste.10
Além da indicação de escovas com cerdas macias ou extramacias, a escolha correta 
dos dentifrícios, a educação do paciente quanto a técnica/frequência de escovação 
e o controle dos desafios ácidos na cavidade bucal são estratégias extremamente 
importantes.
Manual com Perguntas e Respostas46
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Quando o bebê ainda não tem dentes e está com aleitamento materno exclusivo, 
é muito pouco provável que haja algum benefício na limpeza da cavidade oral. Na 
verdade, há indícios de que a limpeza favoreça a colonização por Candida spp.36
O leite materno depositado nas mucosas, rico em anticorpos, oferece uma proteção 
natural. Além disso, pela interação da mucosa com a microbiota, são desencadeados 
processos imunológicos importantes para o equilíbrio da cavidade oral dos bebês. A 
própria saliva promoverá a limpeza da boca nessa fase. 
Quando o primeiro dente irrompe, aí, sim, a escovação deverá ser feita (com pequena 
quantidade de dentifrício fluoretado).
Quando deve ser iniciada a higienização da boca dos 
bebês?
Manual com Perguntas e Respostas47
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A limpeza interproximal é um aspecto importante no autocuidado, pois essa região, 
que se apresenta com maior incidência de inflamação gengival, não é acessível à 
escova dental. 
O grande problema relacionado a esse tópico é a não utilização de nenhum tipo de 
recurso para remoção do biofilme proximal, rotineiramente, pelos pacientes (apenas 10 
a 30% o fazem). O primeiro objetivo e talvez o mais desafiador é a formação do hábito. 
Por isso, a preferência deve ser levada em consideração, para facilitar a cooperação.
Uma outra dificuldade é que, para atingir o benefício, a técnica, independentemente 
do tipo de instrumento, tem que ser realizada de maneira adequada, o que exige 
empenho (tanto do profissional-educador quanto do usuário).
1.2 - LIMPEZA INTERPROXIMAL
Qual o melhor recurso para limpeza interproximal?
Manual com Perguntas e Respostas48
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É importante esclarecer aos pacientes que o sangramento não é um motivo para 
suspender a limpeza interproximal, mas, sim, um sinal da sua necessidade.
É difícil afirmar a superioridade clínica, em todos os perfis de pacientes, de um único 
tipo de recurso para limpeza interproximal. Aspectos como o tamanho do espaço 
interdental, a destreza manual e a motivação para o uso devem ser levados em 
consideração, no momento da escolha.
Embora o uso do fio dental seja considerado importante no protocolo de higienização, 
não há dados conclusivos sobre a magnitude do seu efeito na inflamação gengival, 
nem do impacto na redução da incidência de lesões de cárie (o que não significa 
que não haja efeito). No que se refere à inflamação gengival, a limitação do efeito 
do fio dental está provavelmente relacionada à maneira não tão adequada com a 
qual o mesmo é utilizado. Em relação a cárie, a limitação do seu efeito isolado está 
relacionada ao processo de desenvolvimento da doença, que depende mais de 
carboidratos fermentáveis e disponibilidade de fluoreto do que do controle do biofilme 
propriamente dito. Vale a pena lembrar que as pessoas usam o fio dental quando a 
desmineralização já ocorreu (após os desafios cariogênicos, pela exposição a açúcares 
da dieta) e a remoção mecânica do biofilme pelo fio não reverterá essa perda de 
mineral.
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Os fios e fitas dentais são feitos de nylon, polipropileno, politetrafluoretileno (PTFE) 
ou outro material apropriado, recobertos ou não por ingredientes para facilitar o 
deslizamento e flavorizantes. Não existe evidência de que um tipo de fio seja melhor 
do que o outro na redução da gengivite.
Exemplos de fios e fitas dentais: 
 › Bianco - Fio Dental Delicare
 › Colgate - Fio Dental Encerado / Fio Dental Menta / Fita Dental Colgate Total
 › Condor - Fio Dental Infantil / Menta
 › Dental Clean - Fio Dental Menta / Fita Dental Menta / Fita Floss Premium / Fio Dental Infantil
 › Edel White - Fio Dental Encerado / Fio Dental Expand / Easy Tape Encerada
 › Kess - Fio e fita
 › Oral B - 3D White Floss, Essential Floss, Fio Pró Saúde, Satin Floss, Satin Tape
 › Elmex - Fio Dental com fluoreto de Amina
 › J&J - Fio Dental Essencial Menta / Expansion Plus
 › Hillo - Fio e Fita Dental / Fio Dental Extrafino / Fita Dental Menta
 › Needs - Fio Dental Menta
 › Sanifill - Fio Dental Clássico / Fio Dental Menta / Fio Dental Extrafino 
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Fios encerados podem ter um bom atrito com a superfície proximal, favorecendo 
a remoção de depósitos. Já os fios bem deslizantes (como os de Teflon) facilitam a 
passagem por contatos apertados entre dentes. O fio dental com haste é um bom 
recurso para crianças/adolescentes adquirirem o hábito ou para pessoas com 
dificuldade no uso do fio comum. A adição de sabores serve para incentivar o uso. 
Todos esses aspectos podem influenciar na escolha, não pela superioridade, mas 
pensando em melhorar a adesão ao objetivo proposto. 
Exemplos de fios com haste: 
 › Gum - Kids Flosser / Original Flosser / Multiple Action Flosser / Dual Technique
 › Kess - Fio dental Individual
 › Oral B - 3D White com Haste / Expert
 › Tepe - Mini Flosser
Passa-fios e fios específicos para uso em aparelhos ortodônticos e próteses fixas estão 
disponíveis, mas exigem treinamento do paciente. 
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Exemplos de fios especiais:
 › Edel White SuperSoft Floss
 › Gum - Orthodontic Floss
 › Oral B - Superfloss
Exemplos de marcas de passa-fios:
 › Bitufo, Dental Clean, Gum, Hillo, Kess, Needs, Power Line
Embora o uso de um fio dental não encerado impregnado com clorexidina 2% tenha 
sido superior na redução do biofilme interproximal supragengival ao fio não encerado 
tradicional, não houve superioridade em relação aos índices de sangramento.21 Em 
relação ao fluoreto, apesar da possibilidade da aplicação direta na região proximal 
com fios impregnados, não há evidência de efeito clínico adicional no controle de cárie 
em indivíduos utilizando dentifrício fluoretado. Além disso, pode haver uma grande 
variação na liberação dos aditivos entre diferentes produtos comerciais.34 
As escovas interdentais são os melhores recursos para reduzir o biofilme proximal 
(30% a mais do que somente escovação) e a inflamação, desde que haja espaço 
suficiente para a sua utilização de forma atraumática (por isso os diferentes diâmetros 
e formatos).13 Em concavidades das superfícies dos dentes com perda de inserção, é 
indiscutível a sua superioridade em relação aos demais dispositivos, sendo capaz de 
remover, também, o biofilme localizado abaixo da margem gengival. A facilidade de 
uso dessas escovas é um fator muito importante, sobretudo para o perfil de pacientes 
portadores de doença periodontal destrutiva. A prescrição do formato (cilíndrico ou 
cônico), do tamanho adequado e a demonstração da maneira correta de usar são 
fundamentais para o efeito desejado, sem trauma tecidual.
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Exemplos de escovas interdentais:
 › Bitufo Interclean - Cônica (2,5 a 4 mm / 3 a 6,2mm ) e Cilíndrica (2mm / 3mm / 4mm)
 › Colgate Total - cilíndrica (2 mm) 
 › Curaprox - CPS Prime 06 / 07 / 08 / 09 / 011 (com diâmetro de limpeza de 2,2 mm / 2,5 mm / 3,2 mm / 
4 mm / 5 mm, espaço de acesso entre 0,6 e 1,1 mm)
 › CPS Soft & Implant 505 / 507 / 508 / 512 / 516 (com diâmetro de limpeza de 5,5 mm / 7,5 mm / 4,5 - 
8,5 mm / 12 mm / 16 mm, com espaço de acesso maior que 2 mm) - haste com revestimento plástico
 › DentalClean - Cônicas e cilíndricas
 › Edel White - EasyFlex , cilíndricas (em 6 diferentes tamanhos, com diâmetro de limpeza de 1,7 mm / 2 
mm / 2,4 mm / 3 mm / 4 mm / 5 mm, espaço de acesso entre 0,42 mm e 0,8 mm); haste coberta
 › Gum - Proxabrush cônica e cilíndrica
 › Kess - Cilíndrica (Extrafina 3mm / Grossa 8 mm ) e Cônica (3 a 7 mm)
 › Kin - Mini 1,1 mm / Micro 0,9 mm/ Supermicro 0,7 mm/ Ultramicro 0,6 mm / Cônica 1,3 mm
 › Needs - 3 mm
 › Oral B - Expert cônica (2-3 mm / 3-4 mm)
 › Tepe - Macias e Extramacias, cilíndricas (espaço de acesso 0,4 / 0,45 / 0,5 / 0,6 / 0,7 / 0,8 / 1,1 / 1,3 ) - 
arame central revestido de plástico
Para higienização das regiões com próteses sobre implantes, a recomendação é 
que sejam utilizadas as escovas interdentais, especialmente aquelas com hastes 
centrais recobertas por plástico, para evitar ranhuras na superfície (apesar de haver 
controvérsia sobre essa informação). Devido aos relatos, na literatura, de peri-implantite 
desencadeada pela presença de remanescentes de fio dental, é importante orientar 
cuidadosamente o paciente, caso esse seja o seu recurso de preferência.44 
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No mercado brasileiro, os palitos disponíveis em supermercados têm objetivos muito 
mais relacionados à remoção de restos alimentares do que controle do biofilme. 
São facilmente encontrados e de custo acessível. Palitos triangulares, de madeira 
apropriada estão comercialmente disponíveis à população de outros países, mas, no 
Brasil, só no mercado de produtos odontológicos. 
Apesar de existirem dúvidas sobre a magnitude do efeito, tanto os palitos de secção 
transversal triangular quanto os arredondados parecem ser capazes de reduzir o 
biofilme e os sinais de inflamação na região proximal.48
Se for esse o recurso que o paciente conseguirá usar, a técnica deve ser bem 
orientada, pois, se a utilização não for cuidadosa, existe risco de traumatizar a papila 
gengival, sobretudo em espaços menores. Além disso, o ângulo para inserção na 
região posterior é difícil, assim como o acesso às áreas côncavas das raízes ou mais 
próximas à face lingual (o que pode favorecer a permanência de biofilme residual). 
Estão disponíveis, atualmente, palitos especiais de borracha, com formato semelhante 
ao das escovas interdentais. 
Palitos podem ser utilizados para a limpeza da região 
interproximal?
Exemplos de palitos especiais:
 › Edel White- Pick Sticks
 › Gum - Soft Picks
 › Oral B - Pick Interdental Expert
 › Tepe - Easypick
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A utilização do fio dental, antes ou depois da escovação, não afeta o índice de 
placa, segundo uma revisão sistemática.35 Apesar de haver um estudo mostrando 
maior retenção de fluoreto no biofilme residual quando o fio foi usado antes19, essa 
informação carece de suporte científico, sobretudo no que diz respeito ao impacto 
dessa diferença na redução de cárie.
Mais importante do que a sequência é a formação do hábito de limpeza 
interproximal, uma vez ao dia, que poucas pessoas têm estabelecido.
A limpeza interproximal deve ser feita antes ou depois 
da escovação?
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A remoção da “saburra” lingual, rica em microorganismos, células descamadas e 
resíduos de alimentos, é considerada um passo importante na higienização e contribui 
para a prevenção/tratamento da halitose de origem bucal.
1.3 - OUTROS RECURSOS
Qual a indicação dos limpadores de língua?
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Para isso, podem ser utilizados os limpadores de língua, as escovas especiais para 
língua ou as escovas dentais de cerdas macias (ou extramacias)
Em vários estudos, os limpadores de língua se mostraram superiores às escovas 
dentais na redução dos compostos sulfurosos voláteis (CSV), sendo, também, menos 
associados à sensação de enjôo24Um estudo clínico recente, no qual não foram 
encontradas diferenças significativas entre eles (tanto na remoção dos depósitos 
quanto na diminuição dos compostos voláteis) ressaltou a importância da orientação 
quanto à técnica de limpeza da língua (“varrer” cuidadosamente, da região posterior 
para a frente), para qualquer instrumento indicado.4
Exemplos de limpadores e escovas para língua existentes no mercado:
 › Limpadores - Curaprox CTC (com lâmina simples ou dupla), Edel White, Tepe Good 
 › Escovas - Bitufo Hálito Puro, Dental Clean, Tung
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Há benefícios na utilização dos aparelhos para 
irrigação oral?
A recomendação de utilizar aparelhos com jatos de água (tipo Waterpik), associado 
à escovação, pode ser feita para alguns pacientes (com próteses sobre implante 
e do tipo protocolo ou com pouca destreza manual, por exemplo). Apesar de não 
haver evidência de benefícios na redução do biofilme, vários trabalhos demonstram 
melhora nos parâmetros de inflamação gengival (mas menor do que com escovas 
interproximais). Esses aparelhos podem ser utilizados, também, para irrigação com 
enxaguatórios contendo antimicrobianos (clorexidina, por exemplo).
Em relação à bacteremia gerada por esses jatos, não há diferença da ocasionada pela 
escovação e uso do fio dental.
Exemplos comerciais de aparelhos para irrigação oral encontrados no mercado brasileiro:
 › Edel White - Flosserpik
 › Oraljet 
 › Philips/Sonicare
 › Waterpik
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O uso de gomas de mascar sem açúcar (e não ácidas) 
reduz o biofilme ou traz benefícios para o controle de 
doenças?
A saliva é uma solução supersaturada de cálcio e fosfato em relação aos dentes, o que 
evita a dissolução dos mesmos e favorece a reparação de minerais perdidos. 
O grau de saturação e a consequente propriedade remineralizante da saliva 
aumentam quando o fluxo salivar é estimulado, havendo, também, maior 
concentração de bicarbonato (e elevação do pH).
A mastigação dos chicletes sem açúcar provoca, nos primeiros 5-10 min, um 
aumento de até 10 vezes do fluxo salivar, devido ao estímulo químico dos agentes 
flavorizantes e adoçantes da goma. O fluxo salivar é mantido ativado, da ordem 
de 3-4 vezes, pela estimulação mecânica dos botões gustativos, pela pressão da 
mastigação da goma-base. Como consequência, há um favorecimento da eliminação 
do açúcar, neutralização de ácidos produzidos e redução dos compostos voláteis 
responsáveis pelo mau hálito (por até 3 horas). A saliva estimulada atua, também, na 
reparação da estrutura dental que sofreu desmineralização.
Em pacientes com Doença do Refluxo Gastroesofágico, o uso de gomas de mascar 
sem açúcar, após a refeição, pode ajudar na redução da acidez na boca e no esôfago.
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Gomas de mascar não são capazes de remover o biofilme das superfícies com maior 
risco de manifestação de doença (margem gengival e regiões proximais, por exemplo). 
Podem até promover uma pequena redução no índice de placa, quando associado à 
escovação, mas não há redução de inflamação gengival.
Apesar de ser uma hipótese plausível, não se pode afirmar que o uso de gomas de 
mascar sem açúcar seja uma maneira eficaz para reduzir o desenvolvimento de lesões 
de cárie. A recomendação do uso pode ser feita de maneira individualizada (pacientes 
de alto risco, que não consigam fazer a escovação após o almoço, por exemplo), 
nunca para crianças abaixo de 5 anos, pela possibilidade de engasgar, sendo também 
contraindicado para pacientes com disfunções temporomandibulares.
Quanto aos efeitos do uso de gomas de mascar após o consumo de alimentos ácidos 
ou um episódio de vômito, por exemplo, o benefício esperado de potencialização da 
remineralização pode ser perdido pela remoção mecânica da superfície amolecida, 
durante a mastigação.
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Por mais que existam “crenças” populares (sobre a maçã, por exemplo), nenhum 
alimento é capaz de substituir a escovação dos dentes, por mais que favoreça a 
remoção de restos de alimentos, reduza o biofilme em algumas superfícies (mas não 
nas interproximais ou nas áreas próximas à margem gengival) ou estimule a produção 
de saliva.
Existem alguns alimentos que podem auxiliar, através do aumento da saturação da 
saliva em cálcio (como os queijos), fluoreto (como chá feito com as folhas da Camellia 
sinensis), ou do aumento do pH do biofilme (peixe tambaqui, por exemplo).
Há alimentos que podem “substituir” a escovação? 
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Embora o leite tenha propriedades anticariogênicas (pela composição proteica), ele 
tem lactose, um carboidrato cariogênico para dentina.
Porcentagem de perda de dureza de superfície da dentina, de acordo com os tratamentos. Adaptado 
de Botelho JN, Nome CM, Giacaman RA, Cury, JA. Effect of bovine milk fat-removal on S.mutans 
biofilm composition and root dentine demineralization (ORCA 2019)
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