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1 ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 1 Sumário INTRODUÇÃO 3 ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR - BREVE HISTÓRICO DO SURGIMENTO 4 A ADIMINISTRÃÇÃO ESCOLAR 11 CONCEITO ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 13 GESTÃO ESCOLAR - ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 14 ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR X GESTÃO 16 GESTÃO ESCOLAR 18 O PERFIL DO GESTOR – ADMINISTRATIVO 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS 22 REFERENCIAS 25 2 NOSSA HISTÓRIA A NOSSA HISTÓRIA, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a INSTITUIÇÃO, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A INSTITUIÇÃO tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO Em virtude das constantes mudanças que vêm ocorrendo em todo o mundo globalizado, a educação no Brasil vem sofrendo, também, grandes mudanças e transformações que ainda não são suficientes para a melhoria da qualidade de ensino, mas que se forem absorvidas pelas instituições de forma correta poderá contribuir muito para que isto ocorra. Uma das maiores preocupações atuais está voltada para administração escolar no que diz respeito à gestão democrática, cuja prática está prevista em lei, mas ainda encontramos muita resistência e falta de informação para que seja implantada nas escolas. Foram utilizados como referenciais teóricos obras de autores contribuem muito para a educação, que são eles: Moacir Gadotti, Celso Vasconcelos, Heloísa Lück, Stanley Spanbauer e Agostinho Minicucci. Também foram consultados artigos e textos de profissionais da educação, sites específicos que abordam o assunto e dissertações disponíveis na internet. É importante ressaltar relevância que o trabalho em equipe tem para a administração escolar e suas contribuições para a melhoria da qualidade de ensino. Nesta pesquisa abordaremos a questão do trabalho em equipe, a importância das relações interpessoais e os problemas que as dificultam, a gestão democrática na escola e os benefícios obtidos pela participação de toda a equipe pedagógica, alunos e famílias, que trabalhando em conjunto em busca dos mesmos objetivos podem trazer para a instituição. A gestão democrática, só ocorre quando todos têm conhecimento de seu papel na educação e da importância da sua contribuição para a formação de futuros cidadãos capazes de interagir e mudar a sociedade. É muito importante para a instituição que todas as pessoas ligadas ao processo de ensino-aprendizagem estejam cientes dos objetivos e metas. 4 ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR - BREVE HISTÓRICO DO SURGIMENTO A história da administração escolar é traçada por uma tradição densamente centralizadora, desde a época da Colônia, passando pelo Império até as diferentes formas de organização da República. A centralização está entranhada tanto no sistema educacional brasileiro, quanto no interior da própria escola. O capitalismo agigantou-se nos meados do séc.XIX. Surge, entre outros motivos, em detrimento da substituição da produção manual e artesanal pela seriada, utilizando máquinas com tecnologia avançada. Com a Revolução Industrial, iniciou-se a massificação da produção, barateando os produtos e fazendo com que a produção se tornasse mais lucrativa para o empregador, e o produto final ficasse mais barato. Este modelo de produção aumentou o abismo econômico e social entre os detentores dos meios de produção (explorador) e (proletariado).(FALSARELLA, 1998. p.23). Na sociedade industrial avançada, o sistema educacional estabelecer relações estreitas com a estrutura econômica. A moderna tecnologia industrial, a partir da substituição de outras fontes de energia pela eletricidade ou força atômica, transformou a escala de produção, introduziu novas formas de divisão do trabalho, mudou o papel econômico da empresa e o significado social do trabalho. Falsarella (1998), afirma que a ciência da administração representa hoje a conquista de uma longa história, que se deu no início do século XX, na Revolução Industrial. Essa sociedade depende da expansão da investigação cientifica e da aplicação de seus resultados à tecnologia; depende igualmente da provisão de mão- de-obra qualificada. Em consequência, exige um sistema educacional eficiente, que esteja em condições de proporcionar recursos humanos convenientemente capacitados para integrar-se na estrutura econômica. 5 Surgiram dois engenheiros, o norte americano-americano Frederick Taylor (1856-1915) e o grego Henry Fayol (1814-1925) que fundamentaram a Teoria Geral da Administração, surgindo a Escola Clássica da Administração. A Escola Clássica ou Teoria Clássica da Administração é divida Em Administração Científica liderado por Frederick Taylor e a Teoria Clássica da Administração liderada por Henry Fayol. Na Teoria da Administração Científica, como na Teoria Clássica da Administração, o homem foi considerado uma máquina, ou seja, um objeto em perfeito estado de funcionamento, em plena capacidade de produção e que trabalha de maneira interrupta de acordo com a exigência do mercado. O princípio da Teoria da Administração é a autoridade. Os princípios da ordem, autoridade, unidade de comando, hierarquia, são fundamentais para Fayol enquanto que Taylor expõe a idéia de que o subalterno deve obedecer sem discussões de seus superiores. Fundamentada em Taylor e Fayol, esta organização da escola garantindo trabalho na empresa determina o modelo de organização da escola garantindo através dos “gerentes”, identificados na figura dos seus especialistas 6 (diretores, supervisores, orientadores educacionais), a integração da escola ao modelo de desenvolvimento da sociedade. Nas escolas tipo tradicional costumam predominar os aspectos centralizados não deixando aos executores senão um campo muito estreito de liberdade para suas próprias decisões. Isto é feito, entre outras coisas, da falta de organização na determinação dos objetivos e das funções, pois um pessoal que não participa de nenhum modo na formulação da política da escola, nem no estabelecimento de sua organização não foram introduzidos suficientemente os propósitos e os meios comuns e, portanto se lhe fosse delegada capacidade de decisão, o resultado seria uma enorme confusão. Porém tal centralização significa um desconhecimento da capacidade e da dignidade profissional dos subalternos. Em consequência, estes se desvinculam do processo geral da escola e só atendem a seus deveres estritos. 7 Além da Escola Clássica ou de Administração Científica, há a Teoria da Burocracia, a Escola de Relações Humanas, Escola Behaviorista e a Escola Estruturalista. Max Weber formalizou a Teoria da Burocrática. Ele construiu um modelo no qual as organizações são caracterizados por cargos bem definidos, ordem hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidade delimitadas. A burocracia, de acordo com Weber, tem como princípios fundamentais comoa formalização em que há regras que são definidas e protegidas da alteração arbitrária ao serem formalizadas por escrito; cada um que pertença ao grupo tem uma função específica, de modo que haja conflitos nas distribuições de competências; a organização de hierarquia representada por pirâmide; a impessoalidade, em que pessoas restringem-se a realizar as suas tarefas podendo ser sempre substituídas por outras; a competência técnica, a escolha dos funcionários e os cargos dependem do mérito e capacidade; os burocratas restringem-se a administrar os meios de produção, os funcionários devem se comportar de acordo com as normas e assim atingir a eficiência há de se ter profissionalização e previsibilidade. A Escola de Relações Humanas foi representada por George Elton Mayo (1880 – 1949), Psicólogo e sociólogo. Mayo demonstrou a importância de grupos e o que afeta o comportamento dos indivíduos no trabalho. Ele fez algumas deduções sobre como o gestor deve se comportar. Foi realizado investigações para analisar formas de melhorar a produtividade. Mayo encontrou que a satisfação do trabalho depende de um sentimento de importância. Portanto, criaram-se normas de cooperação e de produção mais elevados. O trabalho de Mayo resume-se na crença de que cada trabalhador não pode ser tratado de forma isolada, mas deve ser encarada como membros de um grupo. Incentivos financeiros e boas condições de trabalho são menos importantes para o indivíduo do que a necessidade de pertencer a um grupo. Grupos de trabalho informais ou formais têm uma influência sobre o comportamento dos trabalhadores em um grupo. Os gestores devem estar cientes dessas necessidades sociais e corrigir, para que haja colaboração dos funcionários com a organização oficial, em vez de trabalhar contra ele. 8 Segundo Lemos, (1999), as conclusões de Mayo são adequadas para a abrangência sobre o mote de motivação do trabalhador brasileiro. Nosso operário é bastante humano e impulsivo, e valoriza a coexistência entre colegas, gostando de viver em um mundo reservado extraempresa, de sentir-se apoiado, chegando a recusar a uma série de vantagens para desfrutar a convivência protetora dos pequenos grupos. Como fundador da Escola Humanista, Mayo se aprofundou nos estudos sobre motivação. Na Teoria das Relações Humanas os principais enfoques foram à motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupopodendo ser sempre substituídas por outras; a competência técnica, a escolha dos funcionários e os cargos dependem do mérito e capacidade; os burocratas restringem-se a administrar os meios de produção, os funcionários devem se comportar de acordo com as normas e assim atingir a eficiência há de se ter profissionalização e previsibilidade. A Escola de Relações Humanas foi representada por George Elton Mayo (1880 – 1949), Psicólogo e sociólogo. Mayo demonstrou a importância de grupos e o que afeta o comportamento dos indivíduos no trabalho. Ele fez algumas deduções sobre como o gestor deve se comportar. Foi realizado investigações para analisar formas de melhorar a produtividade. Mayo encontrou que a satisfação do trabalho depende de um sentimento de importância. Portanto, criaram-se normas de cooperação e de produção mais elevados. O trabalho de Mayo resume-se na crença de que cada trabalhador não pode ser tratado de forma isolada, mas deve ser encarada como membros de um grupo. Incentivos financeiros e boas condições de trabalho são menos importantes para o indivíduo do que a necessidade de pertencer a um grupo. Grupos de trabalho informais ou formais têm uma influência sobre o comportamento dos trabalhadores em um grupo. Os gestores devem estar cientes dessas necessidades sociais e corrigir, para que haja colaboração dos funcionários com a organização oficial, em vez de trabalhar contra ele. Segundo Lemos, (1999), as conclusões de Mayo são adequadas para a abrangência sobre o mote de motivação do trabalhador brasileiro. Nosso operário é bastante humano e impulsivo, e valoriza a coexistência entre colegas, gostando de viver em um mundo reservado extraempresa, de sentir-se apoiado, chegando a 9 recusar a uma série de vantagens para desfrutar a convivência protetora dos pequenos grupos. Como fundador da Escola Humanista, Mayo se aprofundou nos estudos sobre motivação. Na Teoria das Relações Humanas os principais enfoques foram à motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo de abordagem sistêmica, representando em sua totalidade com seus recursos e seu meio ambiente tanto internamente quando externamente. Essa teoria foi introduzida na administração devido à importância de integração das teorias anteriores e a tecnologia da informação fez surgir o desenvolvimento e a operacionalização de ideias que convergiram para uma teoria de sistemas aplicada à administração. Essa teoria é um conjunto de partes juntas relacionando entre si formando um todo. A administração escolar no período do governo militar entre 1964 e 1984 teve como característica o autoritarismo e o terror. 10 Às imposições dos órgãos educacionais e as suas imposições de segurança de regime militar, não ficaram imunes, tanto a administração de educação quanto o componente curricular. Com as transformações na Lei houve a valorização do curso de Pedagogia. Foi decretado o preparo de conhecedores destinados ao trabalho de planejamento, supervisão, administração, verificação e orientação. A Lei nº. 5.692/71 extinguiu o cargo de diretor de grupo escolar e criava o cargo de diretor de escola. O diretor adotou a tarefa de praticar as diretrizes políticas comumente decididas nos órgãos fora e superiores à unidade escolar, divulgando lealdade e demonstrando apoio. Muitas vezes em resistência ao regime institucional, atuando em prol da redemocratização da sociedade brasileira. Direção de escola era visto como responsabilidade. O diretor era indicado por acordos e critérios de filiação partidária, colocada pela Secretaria de Educação, conforme o partido político da situação do Estado. O Diretor tinha autoridade política. Segundo Falsarella, (1998), é preciso considerar as mudanças no contexto político – social que imprimem novos significados às experiências do passado. Muitas foram às mudanças paradigmáticas decorrentes das novas formas de entender a educação, a sociedade. 11 A ADIMINISTRÃÇÃO ESCOLAR Na empresa capitalista, que tem como objetivo a acumulação do capital, a função da administração é organizar o s trabalhadores no processo de produção, otimizar o instrumental de trabalho e disponibilizar as matérias matérias-primas , objetivando o controle da s forças Produtivas do planejamento à execução das operações, visando à maximização da produção e do lucro. A palavra administração vem do latim ad (direção, tendências para) e minister (subordinação ou obediência) e significa aquele que realiza uma função abaixo d o comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro. No entanto, a palavra administração sofreu uma radical transformação em seu significado original A tarefa da administração é a d e interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em toda s as áreas e em todos os níveis da organização, afim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada à situação, ou seja, “é o processo d e planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos” (CHIAVENATO, 2000, p. 6). A escola é uma instituição social dotada de especificidades e, como tal, sua administraçãodeve ser diferenciada da administração empresarial. A natureza do processo de produção pedagógico da escola impossibilita a generalização d o modo de produção autenticamente capitalista, uma vez que o aluno é, a o mesmo tempo, objeto (beneficiário, estando presente no ato da produção) e sujeito d o ato educativo, já que participa ativamente da atividade pedagógica. Diferentemente das empresas que “visam à produção de um bem material tangível ou de um serviço determinado , imediatamente identificáveis e facilmente avaliáveis” (Paro, 1999, p. 126), a organização escolar tem por meta básica a produção e a socialização do saber, tendo por matéria prima o elemento humano, que, nesse processo, é sujeito e objeto. Desse modo, compreende-se que a organização escolar visa a fins que não são facilmente mensuráveis e identificáveis. 12 Nesse sentido, administrar uma escola não se resume à aplicação dos métodos, das técnicas e dos princípios utilizados nas empresas, devido à sua especificidade e aos fins a serem alcançados. Nesse contexto, Paro (1996 , p. 7) sinaliza que, se considerarmos que a administração implica a “utilização racional de recursos, para a realização de fins determinados”, a ad ministração da escola “exige a permanente impregnação de seus fins pedagógicos na forma de alcançá-los”. As discussões acerca da administração educacional no Brasil são demarcadas, sobretudo, pelas concepções diferenciadas presentes nas correntes teóricas que te matizam a organização empresarial e a organização escolar, como também pelos procedimentos a serem adotados na administração de ambas (OLIVEIRA; MORAES; DOURADO, 2008). Uma corrente de estudiosos defende que os procedimentos administrativos a serem adotado s na escola devem ser os m esmos adotados na empresa. Para esses teóricos, os problemas existentes na escola são decorrentes da administração, ou seja, da utilização adequada ou não das teorias e técnicas administrativas, ignorando, assim, seus determinantes econômicos e sociais e, particularmente, as especificidades d as instituições educacionais. Outros entendem que a administração educacional traz, em si, especificidades que a diferencia da administração empresarial, devido à natureza (particularidades) do trabalho pedagógico e da instituição escolar (OLIVEIRA; MORAES; DOURADO, 2008). É preciso concordar com estes últimos estudiosos, pois o s procedimentos adotados na escola não podem ser idênticos aos adotados na empresa, uma vez que administrar uma escola não se resume à aplicação de métodos e técnicas transpostos do sistema administrativo empresarial, que não têm como objetivos alcançar fins político pedagógicos. Nessa ótica, Paro (1996) indica que “a administração escolar é portadora de uma especificidade que a diferencia da administração especificamente capitalista, cujo objetivo é o lucro”. O quadro abaixo mostra as diferenças entre as funções da organização escolar e da organização empresa rial, destacando os objetivos preconizados por estas. 13 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL -Visa a produção de bens não materiais, na medida em que o produto não se separa do processo de sua produção. -Aluno é sujeito e objeto no processo de produção e socialização do conhecimento historicamente produzido. -A formação humana é o principal objetivo da construção da identidade escolar, segundo seus atores sociais. -Como instância contraditória, contribui para a superação da dominação e para a manutenção das condições objetivas. - Devido sua função social (atender a todos) e ao seu objeto de trabalho ser o próprio homem, não p ode escolher a matéria-prima com a qual vai trabalhar. -Tem como principal objetivo a produção de bens materiais, objetivando a reprodução do capital e a alienação do trabalhador. -Os fins da atividade humana são a produção de mercadorias, visando a obtenção de lucro. -Visa à reprodução ampliada do capital, através da mais valia, e portanto, a manutenção da dominação. -Escolhe a matéria-prima de acordo com o produto que deseja produzir. CONCEITO ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR O conceito tradicional de “administração” compreende o planejamento, a organização e o controle de recursos para alcançar determinado objetivo. Esses recursos podem ser os próprios funcionários, os recursos financeiros, os materiais e insumos, os equipamentos necessários para a atividade, o tempo etc. Assim, o significado de administração acaba tornando-se mais ligado à questões técnicas e estratégicas, porém não tão relacionadas com a abordagem às 14 pessoas. Por isso, a “administração” pode ser vista como uma atividade fria e calculista, voltada apenas para a obtenção do máximo de vantagens por parte de uma empresa (no caso, a escola). Faz parte do conceito de administração escolar: Planejar e coordenar as estratégias dos setores administrativos da escola; Estipula metas e objetivos; Medir o resultado das atitudes tomadas; Fazer análises financeiras; Definir orçamentos; Analisar os pontos fortes e fracos da escola; Identificar oportunidades, riscos e ameaças à instituição; Verificar o andamento do trabalho dos colaboradores; Planejar e organizar os calendários e cronogramas; Delegar tarefas; GESTÃO ESCOLAR - ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR De modo geral, os conceitos de gestão e de administração escolar são, quase sempre, tomados como sinônimos. LIBÂNEO (2001) observa, por exemplo, que os termos gestão e direção ora são tomados como sinônimos, ora o primeiro praticamente se confundindo com administração e o segundo como um aspecto do processo administrativo. FERREIRA (1998; 2000) distingue os conceitos de administração, gestão e gerência. O primeiro, segundo a autora, de maior abrangência, envolvendo aspectos teóricos e científicos do processo de organização; o segundo, relacionado 15 com a coordenação ou direção de uma prática, que envolve planejamento e avaliação e que concretiza uma linha de ação ou um plano; o terceiro, mais limitado a aspectos técnicos e de execução da ação. LIBÂNEO (2001) por sua vez, acrescenta ao conceito de gestão a dimensão de atividade pela qual são mobilizados meios e procedimentos para se atingir os objetivos da organização, envolvendo aspectos gerenciais e técnico-administrativos. Neste sentido, segundo este autor, seria sinônimo de administração. Já a direção, segundo ele, é princípio e atributo da gestão, canalizando o trabalho conjunto das pessoas, orientando-as e integrando-as no rumo dos objetivos. A direção, ainda de acordo com Libâneo, põe em ação o processo de tomada de decisões na organização, e coordena os trabalhos, de modo que sejam executados da melhor maneira possível. Para Libâneo, a organização da escola, e, consequentemente, as formas de conceber a gestão e a administração escolar podem ser agrupadas em dois grandes enfoques: o enfoque científico-racional e o enfoque crítico. No enfoque científico-racional, a organização escolar é tomada como uma realidade objetiva, neutra, técnica, que funciona racionalmente; portanto, pode ser planejada, organizada e controlada, de modo a alcançar maiores índices de eficácia e eficiência. Ênfase à estrutura organizacional (cargos e funções, hierarquia, normas e regulamentos, centralização das decisões, baixo grau de participação das pessoas, planos feitos de cima para baixo). Expressa-seem modelos de administração científica, qualidade total, etc. No enfoque crítico, de cunho sócio-político, a organização escolar é entendida como um sistema que agrega pessoas, havendo ênfase na intencionalidade, nas interações sociais entre elas e no contexto sócio-político. A organização escolar não é uma coisa totalmente objetiva, funcional, neutra, mas sim uma construção social levada a efeito por professores, alunos, pais e comunidade. Tal visão crítica se expressa em diferentes formas de gestão democrática. Seguindo a tipologia proposta por Libâneo, dos dois enfoques acima derivam três concepções distintas de gestão escolar: a concepção técnico-científica, expressão do enfoque científico-racional, a concepção autogestionária e a concepção democrática-participativa. Estas duas últimas tributárias do enfoque crítico. Abaixo, sintetizamos com o autor descreve cada uma destas concepções. 16 • A concepção técnico-científica – que se expressa, por exemplo, no modelo de gestão da qualidade total, de caráter piramidal, com ênfase no poder centralizado, na divisão técnica do trabalho escolar, visando à racionalização do trabalho e a eficiência dos serviços escolares e dando e maior importância às tarefas do que às pessoas. • A concepção autogestionária – baseia-se na responsabilidade coletiva e recusa qualquer tipo de norma e sistema de controle, priorizando as inter-relações mais do que as tarefas, a ausência de direção centralizada e a acentuação da participação direta e por igual de todos os membros da instituição. • A concepção democrática-participativa – envolve uma “relação orgânica “entre direção e todos os outros segmentos da escola primando por objetivos e decisões construídas coletivamente que posteriormente serão assumidas por cada membro em sua especificidade de forma organizada e flexível. ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR X GESTÃO 17 Henri Fayol (1968) definiu ao modelo alguns princípios que caracterizam o modelo industrial de administração. O primeiro princípio é o da divisão do trabalho. Cada um faz sua atividade isoladamente. No segundo, é a necessidade da autoridade e da responsabilidade. No terceiro princípio é necessidade de comando em que um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando a contra-ordem. No quarto, a necessidade de disciplina. É estabelecida regras de conduta e de trabalho para todos os funcionários. No quinto, a presença da centralização. As atividades da organização e sua autoridade devem ser centralizadas. No sétimo princípio, há a ordem. É necessário mantê-la em toda a organização. No oitavo princípio é necessário o trabalho em conjunto, tendo consciência de classe. Segundo Lück (2000, p.102), a mudança de paradigma de administração para gestão nos pressupostos sociais na administração, a realidade é analisada como aceitável, estável e permanente e, destarte, previsível. Na gestão a realidade é avaliada como dinâmica e em movimento e, portanto, imprevisível. A mudança de paradigma para gestão, na organização e ações dos dirigentes na administração é o direcionamento do trabalho baseia-se no racionalismo e a organização estabelecida no trabalho e da função dos funcionários em uma unidade social; na gestão baseia-se no processo intersubjetivo, através de liderança, com a organização coletiva visando objetivos sociais. O administrador mantém-se objetivo, imparcial e distante dos processos de produtividade apenas mantendo o controle; o gestor se envolve nos processos, interage com os participantes, coordena e orienta para alcançar bons resultados. 18 Na administração para que se continue obtendo bons resultados não há mudanças em suas ações e práticas; na gestão as mudanças são contínuas, sem deixar levar à estagnação. A autoridade do administrador é centrada em seu cargo; a autoridade do gestor é centrada na sua competência e em sua liderança. GESTÃO ESCOLAR Com a crise na teoria da administração, por questões ideológicas, questionou-se o conceito de autoridade. O resultado foi o surgimento de soluções alternativas e a necessidade de um conceito mais amplo que descrevesse a administração e suas alternativas, surgindo o conceito de gestão. 19 O estudo de administração está voltado para a atuação do líder ou administrador. O líder passou a ser o principal responsável pelo êxito do grupo sob seu comando. Em certas gestões, o administrador pode ser enfraquecido ou até ser eliminada, destacando-se os colegiados e as decisões grupais. Colegiado Escolar é uma forma de Gestão na qual a direção é compartilhada por um conjunto de pessoas, que reunidas, decidem sobre a melhoria da escola. Propicia um processo permanente de reflexão e discussão de problemas da escola. O Colegiado é formado por um grupo representante da comunidade escolar. Esse grupo é composto de pais, alunos, funcionários, dirigentes e coordenadores pedagógicos. Colegiados são conhecidos pelos nomes de Comitês, Câmara, Grupos de Trabalho, Juntas, Conselhos e outros. A administração colegiada dá ênfase ao trabalho cooperativo e solidário e se pode garantir a participação de todos os segmentos da comunidade escolar, assim podem vivenciar situações de cidadania. O processo está vinculado ao cumprimento das funções política e social da educação escolar, que é a formação do cidadão participativo, responsável criativo e crítico. Surgem os especialistas na organização do trabalho na escola como as habilitações para Orientação, Supervisão e Administração Escolar no curso superior de Pedagogia. A Lei 5692/71, capítulo V, artigo 33: Com a democratização da Gestão Escolar começa a mudar a visão no campo educacional. 20 A gestão possui três formas conhecida: A Administração, a co-participação e a autogestão. A administração preocupa-se com a eficiência e em como alcançar os objetivos apresentados visando à qualidade. A expressão Co-gestão é mais ampla que administração. O princípio está fundamentado na participação. A autoridade do administrador e as suas decisões são consideradas legítimas ao ser tomadas com a participação das pessoas sob sua ordem, o administrador-gestor não é o único responsável pelas decisões. A autogestão baseia- se na anarquia, na falta de ordem. Não há hierarquia. Há autonomia nos grupos sendo que há necessidade de coordenação. O administrador divide seu poder com os demais participantes. A autogestão está em processo, é ainda discurso ideológico. O diretor de escola exerce uma função muito complexa, como o de autoridade escolar, o de educador e de administrador. A Gestão Escolar tem como objetivo estabelecer, pronunciar e mobilizar todos os recursos materiais e humanos imprescindíveis para o desenvolvimento dos processos sociais e educacionais dos estabelecimentos de ensino. 21 O PERFIL DO GESTOR – ADMINISTRATIVO De acordo com Lück, 2000, o Diretor escolar é um gestor da dinâmica social, um mobilizador e orquestrador de intérpretes, um articulador da disparidade para dar-lhe unidade e integração, na construção do ambiente educacional e a elevação segura da formação de seus alunos. O Diretor exerce a atuação, compreendendo os aspectos filosóficos e políticos. O Gestor é acentuado pelo seu espírito de liderança, comprovado ter facilidade de relacionamento com o grupo, oportunizando a sua união e organização. É aquele que deve demonstrar confiabilidade e responsabilidade. 22 O Diretor atual passa a ser criador de novas atitudes, como o estimulador e o mediador na solução de problemas e dificuldades surgidos na escola. São necessidade e equilíbrio da organização escolar. O gestor administrativo deve preocupar-se com os aspectosmateriais da organização e do funcionamento da escola, aspectos materiais da organização e do funcionamento da escola, aspectos psicológicos e sociais que garantam maior aproveitamento para os alunos e melhor condição de trabalho aos professores. A eficiência do trabalho educativo é manter um clima de paz entre os funcionários e de participação. É preciso haver mudanças dos deslocamentos teóricos de escola fayolista. O gestor tem a responsabilidade de implantar paradigma da sociedade da informação ao seu corpo técnico – docente. O desafio de coordenar os processos de mudanças estruturais e paradigmáticas é de suma importância. É fundamental que haja a combinação das tecnologias de informações aos processos escolares, como a utilização no currículo da informática educacional, das tecnologias nas atividades curriculares, mecanismos de comunicação e democratização da informação tanto interna quanto externa. A gestão está vinculada horizontalmente. Atualmente há um deslocamento do saber para o saber/fazer. O propósito é que a teoria se valida e se refaça na prática. O gestor tem a responsabilidade quanto ao desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais, em termos de organização, dinamismo e no controle dos recursos.Ele é considerado um cidadão, educador, político, educador, pessoa de maior influência individual dentro da escola, um líder. CONSIDERAÇÕES FINAIS 23 Administrar está relacionado à democratização, a autonomia e a boa gestão. Tais elementos estão relacionados ao papel do gestor e do administrador escolar. Atualmente o novo contexto educacional exige uma postura diferente do centralizador do poder. Devem-se delegar poderes, dividindo responsabilidades. Incentivar a participação, saber ouvir e comunicar as suas ideias. Ao exercer a liderança administrativa e pedagógica deve ser orientado para valorizar o desenvolvimento de toda a escola, articulando diferentes uma administração participativa de todos os segmentos da escola: professores, pais de alunos, alunos, disciplinarias, pessoal da secretaria, serventes, vigias, todos participando do processo educativo com direito de se organizar e com espaço (físico e temporal) para tal dentro da instituição. Abalizar planos para o desenvolvimento da escola com aptidão de decisão tanto no que pulsa ao pedagógico, quanto ao administrativo e ao financeiro – e com recursos, é intenso, financeiros e humanos, pois não haverá administração adequado caso não haja recursos para serem administrados. É abreviado haver a participação democrática na tomada de decisões no que diz respeito ao destino da escola e de sua administração: currículos, métodos de ensino e de disciplina, programas, horários, etc. A escola permanece ainda desenvolvendo indivíduos com a aptidão de silenciar, mesmo discordando, de não reivindicar coisa alguma e de se debelar a fazer coisas sem sentido, sem fazer crítica. Indivíduos capazes de abdicar ao direito de pensar, desistentes de sua cidadania e do direito de desempenhar a política. Não dá para afastar o administrativo do pedagógico, já que os dois aspectos se conjugam no político, e o pedagógico é espelho do administrativo, dentro de uma instituição escolar. A gestão democrática de escola só ocorre quando as pessoas envolvidas se comprometem e tomam ciência de seus papeis, respeitando as diferenças e opiniões dos outros e aceitando novas propostas de trabalho que venham melhorar a prática desenvolvida na instituição. 24 Nos dias atuais, podemos perceber que a escola também deve acompanhar as mudanças decorrentes da globalização e se adaptar ao mundo moderno. Porém, não se deve achar que a escola é uma forma de comercio e tentar transformá-la em uma empresa com a ideia de democracia. Devemos ter ciência de que o trabalho em equipe e a gestão democrática e devem ser desenvolvidos na escola, mas com muita cautela para não distanciá-la do verdadeiro sentido da educação. Se cada um tiver bom senso, souber de suas responsabilidades, tiver comprometimento e respeito aos direitos dos outros será possível que a educação no Brasil desenvolva e melhore cada dia mais, trazendo benefícios que satisfaça a toda população. É necessária a autonomia do docente para planejar, executar e ponderar o seu trabalho, além de dirigir os seus alunos e atender aos seus familiares. Para tal é abreviado apreciar o trabalho do professor em termos salariais e dar a ele tempo para modernização pedagógica e para que ele possa planejar, destacar e avaliar seus trabalhos e que ele tenha ainda um tempo em que possa conversar com seus alunos e familiares dos mesmos, em caso de necessidade de orientação. É uma ilusão ajuizarmos que só as ações de professores avulsas poderão transformar a sociedade, porque enquanto um professor faz um discurso em sala de aula toda a escola diz o contrário, e todo o sistema escolar, ou por meio de silêncios ou de ações concretas. Grande é o encargo da administração escolar na contribuição da transformação social. 25 REFERENCIAS FERREIRA, NAURA SYRIA CARAPETO (ORG.). GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO. SÃO PAULO: CORTEZ, 1999. LIBÂNEO, JOSÉ CARLOS. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA ESCOLA: TEORIA E PRÁTICA. 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