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Histologia do Pâncreas

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Histologia pâncreas 
O pâncreas está situado na parte posterior do 
corpo, sob o peritônio. 
- Tem quatro regiões: cabeça, colo, cauda e 
corpo. 
Possui uma delicada capa de tecido conjuntivo 
que forma septos, que subdividem a glândula em 
lóbulos e conduzem seu suprimento vascular e 
nervoso, bem como seus sistemas de ductos. 
➔ Espalhados entre seus ácinos secretores 
exócrinos, estão os componentes 
endócrinos do pâncreas, conhecidos 
como ilhotas de Langerhans 
 
O pâncreas exócrino é uma glândula 
tubuloacinosa composta que produz diariamente 
um líquido rico em bicarbonato que contêm 
enzimas digestivas. 
➔ Cerca de 40 a 50 células acinosas 
formam um ácino arredondado ou oval, 
cujo lúmen é ocupado por três ou quatro 
células centroacinosas, que representam 
o início do sistema de ductos do pâncreas 
PORÇÕES SECRETORAS E DUCTOS 
➔ O núcleo redondo da célula está 
localizado na região basal e é circundado 
por citoplasma basofílico. 
O ápice da célula, voltado para o lúmen do ácino, 
é preenchido com grânulos de secreção que 
contêm proenzimas (grânulos contendo 
zimogênio), cujo número diminui após uma 
refeição. 
 
As membranas basais das células acinosas têm 
receptores para o hormônio CCK, liberado por 
células do sistema neuroendócrino difuso do 
intestino delgado, e para o neurotransmissor 
acetilcolina, liberado pelas fibras nervosas 
parassimpáticas pós-ganglionares. 
- O sistema de ductos do pâncreas se inicia no 
centro do ácino com a terminação dos ductos 
intercalares, compostos de células 
centroacinosas cúbicas baixas e fracamente 
coradas. 
As células centroacinosas e os ductos 
intercalares apresentam, em sua membrana 
plasmática basal, receptores para o hormônio 
secretina e acetilcolina. 
Ductos intercalares 
 
Ductos intralobulares 
 
Ductos interlobulares 
 
Ducto pancreático principal + ducto colédoco 
 
Papila duodenal maior 
As células acinosas do pâncreas exócrino 
produzem, armazenam e libram grande número 
de enzimas: 
- Amilase pancreática 
- Lipase pancreática 
-Esterase de colesterol pancreático 
- Ribonuclease (RNase) 
- Desoxirribonuclease (DNase) 
- Elastase 
- Proenzimas tripsinogênio, quimotripsinogênio e 
procarboxipolipeptidase 
 
 
Os ductos intercalares (setas), que liberam seu 
conteúdo nos ductos interlobulares (DIL), são 
ocasionalmente evidentes. Note que as células dos 
ácinos (Ac) estão repletas de grânulos de secreção 
(pontas de seta) 
A liberação das enzimas pancreáticas é efetuada 
pelo hormônio CCK e pela acetilcolina. 
 Precisam se ligar aos receptivos receptores 
localizados na membrana células basal das 
células acinosas pancreáticas, antes que as 
enzimas e proenzimas possam ser liberadas. 
As células centroacinosas e os ductos 
intercalares fabricam um líquido alcalino seroso, 
rico em bicarbonato, que neutraliza e tampona o 
quimo acido que entra no duodeno a partir do 
estômago pilórico 
 Esse líquido é pobre em enzimas e sua 
liberação é efetuada pelo hormônio secretina, em 
conjunto com a acetilcolina. 
As secreções ricas e as secreções pobres em 
enzimas são reguladas separadamente, e as 
duas secreções podem ser liberadas em 
momentos diferentes ou concomitantemente. 
Cada ilhota de Lagerhans é um conglomerado 
esférico ricamente vascularizado de 
aproximadamente 3 mil células. 
 
CÉLULAS QUE COMPÕEM AS ILHOTAS DE 
LANGERHANS 
Cada ilhota de Langerhans é composta de cinco 
tipos principais de células paraquimentosas: 
célula beta (β), célula alfa (α), célula delta 
(células D), célula PP e célula G. 
Os dois hormônios produzidos em maiores 
quantidades pelo pâncreas endócrino – insulina e 
glucagon – agem para diminuir e aumentar os 
níveis de glicose no sangue, respectivamente 
A produção de insulina começa com a síntese de 
uma única cadeia polipeptídica, a pré-proinsulina, 
no RER das células β. 
A insulina liberada se liga aos receptores de 
insulina na superfície de muitas células. → a 
membrana plasmática dessas células também 
apresenta proteínas transportadoras de glicose, o 
transportador de glicose tipo-4 (GLUT-4), que são 
ativadas para captar a glicose, diminuindo os 
níveis de glicose no sangue. 
O glucagon é um hormônio peptídico produzido 
pelas células α, é liberado em resposta aos 
baixos níveis de glicose no sangue. 
 Atua principalmente nos hepatócitos 
A somatostatina, produzida pelas células D, tem 
efeitos parácrinos e endócrinos. 
- Efeitos parácrinos: inibir a liberação de 
hormônios endócrinos pelas células α e β 
próximas. 
- Efeitos endócrinos: reduz a motilidade das 
células musculares lisas do trato alimentar e da 
vesícula biliar 
→ A somatostatina é liberada em resposta ao 
aumento dos níveis de glicose no sangue, 
aminoácidos ou quilomícrons que ocorrem após 
uma refeição. 
➔ A somatostatina também impede a 
liberação de enzimas sintetizadas pelas 
células acinosas do pâncreas e reduz a 
produção de ácido clorídrico pelas células 
parietais do estômago. 
O peptídeo intestinal vasoativo (VIP) é produzido 
pelas células D. 
 Esse hormônio induz glicogenólise e 
hiperglicemia e regula motilidade intestinal e o 
tônus das células musculares lisas da parede 
intestinal 
- O VIP também controla a secreção de íons e 
água pelas células epiteliais intestinais 
A gastrina, liberada pelas células G, estimula a 
liberação gástrica de HCl, a motilidade e o 
esvaziamento gástrico e a taxa de divisão celular 
das células regenerativas do estômago. 
O polipeptídio pancreático, produzido pelas 
células PP, inibe as secreções exócrinas do 
pâncreas e a liberação de bile pela vesícula biliar. 
 Também estimula a liberação de enzimas 
pelas células gástricas principais enquanto 
deprime a liberação de HCl. 
A grelina, produzida pelas células ε (épsilon), 
induz a sensação de fome e modula o 
relaxamento receptivo das fibras musculares lisas 
da túnica muscular externa do trato 
gastrointestinal 
A amilina, um hormônio produzido pelas células β 
e liberado com a insulina, inibe o esvaziamento 
do estômago → foi sugerido que também inibe a 
liberação de glucagon.

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