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Vídeo cirurgia BIO 4T Conceito de Vide cirurgia Vide cirurgia é a realização de cirurgias por incisões pequenas (de 0,5cm a 1cm) ou por orifícios naturais (boca, uretra e ânus) com a utilização de instrumentos especializados e o auxílio de uma microcâmera para a visualização do interior do organismo. Histórico Primeiros relatos datam da antiguidade quando médicos observavam genitais utilizando espéculo(em latim = espelho); 1806 – Phillipp Bozzini cria o condutor de luz, conseguiu visualizar o interior da uretra; 1853 – Antonie Jean Desormeaux criou o cistoscopio; 1879-Maximilian Nitze criou endoscópio com arame conectado a bateria, gerando iluminação; 3 1901-George Kelling introduziu ar no abdômen de um cão e realizou o primeiro procedimento cirúrgico que o chamou de pneumoperitômio 1910 – Hans Christian Jacobaeux executou procedimento semelhante em humanos e deu o nome de laparoscopia, introdução de endoscópio na cavidade abdominal 1982 - Kurt Semm aperfeiçoou os equipamentos e executou a primeira cirurgia utilizando o método de laparoscopia para retirada de apêndice 1987 na França – Cirurgião Phillipe Mouret utilizou o vídeo pela primeira vez em cirurgia; A partir de então com o avanço da tecnologia a técnica passou a ser cada vez mais comum e utilizada em outras partes do corpo. No Brasil o avanço da videocirurgia se deu a partir de 1990 Na América Latina, a primeira vídeo cirurgia realizada totalmente por um robô aconteceu no Brasil, no dia 25 de junho de 2003, na Universidade Federal de São Paulo. Foi uma cirurgia experimental e consistia na retirada de bexiga, em um suíno. Fisiologia O equipamento de vídeo cirurgia é utilizada para tornar mais acessível e/ou possível procedimentos cirúrgicos e diagnósticos minimamente invasivos. Com isso, é garantido um procedimento melhor tanto para o paciente quanto para a equipe médica. São os olhos e as mãos do médico a distancia. Algumas das vantagens: Pequenas incisões Melhores resultados estéticos Menor dor pós-operatória; Menor índice de infecção; Menor sangramento Retorno mais precoce ao trabalho Menor tempo de internação; Trocater Indicado para uso em cirurgias ginecológicas, digestivas, pediátricas, torácicas etc. Sua finalidade é estabelecer o acesso cirúrgico (porta) para a inserção de outros instrumentos cirúrgicos. Possui extremidade cortante protegida por uma ponta retrátil automática. Assim que ultrapassa a parede peritoneal, a proteção é disparada automaticamente, cobrindo a lâmina cortante e protegendo os órgãos intra-abdominais. Princípio de funcionamento Composição O equipamento de videocirurgia ou laparoscopia é composto por: Insuflador Fonte de luz Câmera de vídeo (Processadora de câmera, cabeçote e ótica) Sistema de gravação de vídeo Câmera de vídeo A câmera de vídeo pode ser rígida ou flexível. Composta pelo cabeçote de vídeo, ótica e o sistema de processamento Cabeçote de vídeo; Ótica Processamento da câmera Sistema de câmera completo CABEÇOTE: Onde se localiza a câmera; Possui o controle de zoom e qualidade da imagem ÓTICA: Cada ótica é específica para determinado procedimento; Variam em ângulo, tamanho ( 50mm a 430mm) e espessura ( 1,9mm a 10mm); Existem no mercado óticas 3D, nesse caso são dois conjuntos óticos em uma mesma ótica, a processadora entrega duas imagens separaras. VÍDEO E PROCESSAMENTO: Tecnologia digital da ótica/câmera CCD - Charge Coupled Device CMOS Complementary Metal Oxide Semiconductor Tecnicamente, a principal diferença entre CCD e CMOS é aonde os sinais elétricos gerados em cada um dos milhões de fotodiodos responsáveis por capturar os fótons que compõem uma imagem são amplificados, convertidos e digitalizados. Nos CCDs, isso acontece fora do sensor propriamente dito, enquanto nos CMOS o processo se dá separadamente para cada pixel da imagem, bem no ponto do sensor em que ele é registrado. Em outras palavras, o CCD despeja uma enxurrada de sinais analógicos em um circuito externo, enquanto o CMOS trata cada pontinho da imagem e já envia tudo digitalizado para o processador da câmera. Por conta de sua características o CMOS tem menor aquecimento e menor consumo de energia, pois precisa de uma capacidade menor de processamento. FONTE DE LUZ Responsável por fornecer iluminação ao interior no corpo no momento da cirurgia. Transfere luz através de cabo de fibra óptica onde uma das extremidades é conectado a fonte de luz e a outra diretamente na ótica; Podem ser: XÊNON: Emissão de luz UV, concentração de luz na área médica gera calor Vida útil curta; A entrega da luz para a fibra de luz é controlado por um disco giratório. LED: Vida útil longa no mínimo 30000 horas; Baixo manutenção; Eficiência energética maior em relação a xênon ( cerca de 90% ); Controle de intensidade eletrônico A transmissão de luz pode ser por fibra de luz(a quantidade de luz que é entregue na ponta é de cerca de 1/3 da luz na entrada da fibra) Por fluido ótico(alta capacidade de transmissão de luz, mais suscetível a dobras, porem não perde capacidade de luz ao longo de sua vida útil) As fibras de luz variam em tamanho, espessura e tipos de encaixes. Manutenção da Fonte de Luz: - Verificação de intensidade de luz entregue - Verificação da temperatura no acoplamento da fibra de luz (vida útil da fibra de luz) Insufladores O que torna possível a execução da vídeo cirurgia? Uma vez que os órgãos da região abdominal são muito próximos, se torna necessário a utilização de um insuflador de CO2. Isto pois, ele serve para expandir a cavidade do paciente abrindo um campo de visão para que o cirurgião possa operar utilizando os instrumentais e a ótica. Por que é utilizado o gás CO2 na insuflação? O CO2 pode ser absorvido pelos tecidos e é expelido pelo sistema respiratório com facilidade, sendo um gás comum ao organismo humano. Ele também não é inflamável, o que é uma vantagem para utilização em um local que possui muitos equipamentos eletro cirúrgicos. Além disso, um estudo realizado na Universidade de Brasília – UnB comprova que injetar CO2 não prejudica a cicatrização pós-cirúrgica. Existem tecnologias que aquecem o gás enviado ao paciente a uma temperatura próxima da temperatura corporal diminuindo embasamentos de óticas. O CO2 PODE OU NÃO SER AQUECIDO A temperatura do gás CO2 pode variar muito, principalmente quando instalado em rack de vídeo móvel, por causa da variação da temperatura ambiente é gerado o embasamento constantes em óticas. Com isso, existem tecnologias que aquecem o gás enviado ao paciente a uma temperatura próxima da temperatura corporal, diminuindo o embasamento de óticas; Possuem filtro evitando que o CO2 retorne ao equipamento; O insuflador controla a pressão e fluxo do gás; O fluxo fornecido pode ser pulsátil ou constante Irrigadores Cirurgias como ortopédicas por vídeo precisam de lavagem constante para que seja possível visualização através da ótica, nesses casos ao invés de insufladores é usado bombas de irrigação. O meio em que a ótica é inserido, normalmente, cheio de soro fisiológico. Com isso, é necessário uma bomba para controlar o fluxo e pressão de fluidos enviados e uma bomba de aspiração. Manutenção do Insuflador e Irrigador: A manutenção preventiva tanto os insufladores quanto irrigadores se dá-se pela seguinte verificação: Calibração de pressão - Calibração de fluxo Monitor Monitores cirúrgicos precisam ter uma ampla configuração de tons de cores, brilho e contraste para atender a ampla gama de tipos de imagem em sala cirúrgica. Na prática é possível configurar por tipo de cirurgia. Construído com cerca 5000 tons de vermelhos a mais que monitores convencionais (Monitor grau médico) Também existem compostos que são injetados na corrente sanguínea afim de identificar vasos que nem sempre são visíveis no sistema de vídeo convencional,entregando imagens em tons de fluorescência Resoluções comuns de monitores Monitores 4K É um novo formato de vídeo com resolução de 3840x2160, ou cerca de 16,5 milhões de pixels. Possui 8 vezes mais pixels, 2 vezes a largura e 2 vezes a altura das imagens da HDTV atual, que tem resolução de, no máximo, 1920 x 1080 pixels. Este tipo de resolução é de altíssimo custo. Diante disso, ela é pouco fabricada nos monitores com grau médico. Sistema de gravação Destinado a gravação da cirurgia através da câmera e ótica Os equipamentos de gravação podem também gravar áudio e fotos em 4K em 2D ou 3D; Os arquivos de vídeo podem ser armazenados simultaneamente no disco rígido do gravador e em mídia externa ou servidor de rede IP para registros do paciente, treinamento e educação; O gravador cria simultaneamente uma cópia do conteúdo original para facilitar o compartilhamento e a visualização. Tecnologia atual x anterior 1901 –George Killing Procedimento no cão 1987-Phillipe Mouret 1ªvideocirurgia 2020 1990 REFERENCIAS https://www.youtube.com/watch?v=LBKFCPxQVrk&ab_channel=JoaoLuizAzevedo
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