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DIREITO_CANONICO_MEDIEVAL

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Prévia do material em texto

FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC 
FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBERLÂNDIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAROLINA PIMENTA 
THARLEY AUGUSTO 
ANDRESSA RAMOS 
TAYNAH SILVA 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CANÕNICO MEDIEVAL E A DITADURA MILITAR BRASILEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UBERLÂNDIA 
2014 
 
 
FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS –FUPAC 
FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBERLÂNDIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CANÔNICO MEDIEVAL E A DITADURA MILITAR BRASILEIRA 
 
 
 
 
 
Trabalho científico proposto pela disciplina 
de história do direito ao curso de direito da 
Universidade Presidente Antônio Carlos, possuindo 
como tema-base o Direito Canônico Medieval, sua 
influência no Brasil e a Ditadura Militar Brasileira. 
 Docente: Vanusa Viana 
 
 
 
 
 
 
 
UBERLÂNDIA 
2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Mandaria Jesus para a fogueira se ele 
voltasse e questionasse os princípios da Santa 
Igreja". 
Tomás de Torquemada 
[Tomás de Torquemada, ou o O Grande Inquisidor foi o 
inquisidor-geral dos reinos de Castela e Aragão no século 
XV e confessor da rainha Isabel “a Católica”. Desde que 
fora nomeado inquisidor-geral pelo papa Inocêncio VIII, 
perseguiu judeus, agiotas, bígamos, homossexuais e 
bruxas. Os suspeitos eram enviados, sem qualquer 
explicação, aos calabouços da Inquisição para 
interrogatório. Ali, durante os açoitamentos e torturas, o 
religioso ficava rezando baixinho enquanto os carrascos 
aplicavam parafusos nos polegares, arrancavam unhas e 
dilaceravam a pele dos presos com pinças em brasa. 
Chegou uma hora, contudo, em que o próprio Vaticano – 
assustado com a sanha assassina do frade – pediu que 
Torquemada moderasse. Tomás ignorou a ordem, e 
acabou destituído do cargo em 1494.] 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisidor-geral
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Castela
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Arag%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XV
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XV
http://pt.wikipedia.org/wiki/Confessor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Isabel_I_de_Castela
 
 
Índice 
1- OBJETIVO ............................................................................................................................ 5 
2- JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 5 
3- INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5 
4- DIREITO CANÔNICO MEDIEVAL ................................................................................... 5 
5- INFLUÊNCIA DO DIREITO CANÔNICO NO BRASIL ................................................... 5 
6- MÉTODOS DE TORTURA MEDIEVAL ............................................................................ 6 
7- DIREITO CANÔNICO E A DITADURA MILITAR BRASILEIRA ................................ 10 
8- CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 11 
 9- BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 12 
5 
 
1- OBJETIVO 
Abordar o tema historicamente contextualizando a questão em dois diferentes períodos 
históricos (Idade Média e Ditadura Militar Brasileira), de forma a analisar as mudanças no Direito 
ao longo destes dois períodos. 
2- JUSTIFICATIVA 
 Este trabalho justifica-se por ser parte de uma pesquisa proposta pelo roteiro de trabalho 
da disciplina história do direito - docente Vanusa, cujo tema está situado no campo do Direito, 
abordando o Direito Canônico, sobre seus conceitos de Direito canônico, seus métodos e 
procedimentos de investigação, suas penalidades, os principais acusados ou perseguidos, a extensão 
deste direito para o Brasil no período colonial, fazendo uma breve comparação entre seus métodos 
de tortura e os métodos usados nas ditaduras militares. 
3- INTRODUÇÃO 
O Direito Canônico teve sua origem na Europa na Idade Média, quando o cristianismo, 
através da Igreja Católica, se fortalecia como poder político, relacionando-se de forma favorecida 
com a nobreza. Junto com o poder espiritual, que propagava a maneira requerida de pensar e 
comportar, a Igreja conquistava poder econômico, pois passava a deter enormes extensões 
territoriais em forma de propriedades. Para manter este poder intangível, foi necessário estabelecer 
normas que assegurassem a continuidade do estado das coisas; normas, como será apresentado neste 
trabalho, rígidas ao ponto de incluir ao Direito Canônico diversos métodos de tortura. Como 
comparação histórica, conceberemos os diversos métodos de tortura utilizados em julgamentos 
durante o período da Ditadura Militar no Brasil. 
4- DIREITO CANÔNICO MEDIEVAL 
O direito canônico tem uma importância enorme na história do direito tanto no domínio 
das instituições, quanto na da cultura jurídica. Dos canonistas sai a primeira classe de juristas 
profissionais com uma carreira assegurada na burocracia eclesiástica. Se a tudo isto somarmos a 
influencia que a vida da Igreja tem no Ocidente medieval, seja nas cortes seja no dia-a-dia das 
aldeias e paróquias, vemos que o direito canônico, dissemina-se largamente na sociedade. O Direito 
Canônico pode ser definido como um direito disciplinar de um grupo religioso. 
Durante o período medieval surgiram no ocidente diversos tribunais que disseminavam leis 
de cunho religioso em prol da manutenção eclesiástica. A Igreja Católica vinha perdendo seu 
poderio decidindo então reconquistar os fiéis por meio do medo, através dos Tribunais do Santo 
Ofício da Inquisição. Estes tribunais julgavam indivíduos acusados de ir contra a bíblia, o 
catolicismo, ou qualquer outro que ameaçasse o domínio clerical. 
Nenhum cidadão da sociedade medieval era julgado sem antes passar por uma sessão de 
confissões. Nestas sessões o indivíduo era torturado fica e psicologicamente até confessar seu 
suposto crime, ou crimes. Haviam diversos métodos de tortura para cada tipo de crime, como será 
mostrado a seguir. As punições variavam muito de acordo com o crime, indo de orações e exílio até 
pena de morte. 
5- INFLUÊNCIA DO DIREITO CANÔNICO NO BRASIL 
 
6 
 
O Brasil durante o período colonial por ser predominantemente católico, sofreu forte 
influência inquisitorial, entretanto, não haviam Tribunais do Santo Ofício da Inquisição em solo 
brasileiro; sendo assim, os casos considerados mais graves (com pena de morte), eram todos 
julgados em Lisboa, Portugal. 
6- MÉTODOS DE TORTURA MEDIEVAL 
 
Haviam diversos métodos de tortura, no período medieval, utilizados para obter confissões 
e penalizar os suspeitos de crimes durante esse período. Segue em anexo os principais métodos de 
tortura e execução utilizados nos julgamentos canônicos medievais, postado no portal on-line 
spectrum. 
“No Liber Sententiarum Inquisitionis (Livro das Sentenças da Inquisição) o padre 
dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331) descreveu vários métodos para 
obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro. 
Dentre os descritos na obra e utilizados comumente, encontra-se tortura física através de 
aparelhos, como a Virgem de Ferro e a Roda do Despedaçamento; através de humilhação 
pública, como as Máscaras do Escárnio, além de torturas psicológicas como obrigar a vítima 
a ingerir urina e excrementos. 
De uma forma geral, as execuções eram realizadas em praças públicas e tornava-se um 
evento onde nobres e plebeus deliciavam-se com a súplica das torturas e, consequentemente, 
a execução das vítimas. Atualmente, há dispostos em diversos museus do mundo, 
ferramentas e aparelhos utilizados para a tortura. 
 
 
Métodos de tortura 
 
Roda de despedaçamento 
Uma roda onde o acusado é amarrado na parte externa. Abaixo da roda há uma bandeja 
metálica na qual ficavamdepositadas a brasas. À medida que a roda se movimentava em 
torno do próprio eixo, o acusado era queimado pelo calor produzido pelas brasas. Por vezes, 
as brasas eram substituídas por agulhas metálicas. 
Este método foi utilizado entre 1100 e 1700 em países como Inglaterra, Holanda e 
Alemanha. 
 
 
Dama de Ferro 
A dama de Ferro é uma espécie de sarcófago com espinhos metálicos na face interna das 
portas. Estes espinhos não atingiam os órgãos vitais da vítima, mas feriam gravemente. 
Mesmo sendo um método de tortura, era comum que as vítimas fossem deixadas lá por 
vários dias, até que morressem. 
A primeira referência confiável de uma execução com a Dama de Ferro, data de 14 de 
Agosto de 1515. A vítima era um falsificador de moedas. 
 
 
Berço de Judas 
Peça metálica em forma de pirâmide sustentada por hastes. A vítima, sustentada por 
correntes, é colocada "sentada" sobre a ponta da pirâmide. O afrouxamento gradual ou 
brusco da corrente manejada pelo executor fazia com que o peso do corpo pressionasse e 
ferisse o ânus, a vagina, cóccix ou o saco escrotal. 
O Berço de Judas também é conhecido como Culla di Giuda (italiano), Judaswiege 
(alemão), Judas Cradle ou simplesmente Cradle (inglês) e La Veille (A Vigília, em francês). 
 
7 
 
 
Garfo 
Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por 
uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e perfura a região abaixo do 
maxilar e acima do tórax, limitando os movimentos. Este instrumento era usado como 
penitência para o herege. 
 
 
Garras de gato 
Uma espécie de rastelo usado para açoitar a carne dos prisioneiros. 
 
 
Pêra 
Instrumento metálico em formato semelhante à fruta. O instrumento era introduzido na 
boca, ânus ou vagina da vítima e expandia-se gradativamente. Era usada para punir, 
principalmente, os condenados por adultério, homossexualismo, incesto ou "relação sexual 
com Satã". 
 
 
Máscaras 
A máscara de metal era usada para punir delitos menores. As vítimas eram obrigadas a 
se exporem publicamente usando as máscaras. Neste caso, o incômodo físico era menor do 
que a humilhação pública. 
 
 
Cadeira 
Uma cadeira coberta por pregos na qual a vítima era obrigada a sentar-se despida. Além 
do próprio peso do corpo, cintos de couro pressionavam a vítima contra os pregos 
intensificando o sofrimento. Em outras versões, a cadeira possuía uma bandeja na parte 
inferior, onde se depositava brasas. Assim, além da perfuração pelos pregos, a vítima 
também sofria com queimaduras provocadas pelo calor das brasas. 
 
 
Cadeira das bruxas 
Uma espécie de cadeira na qual a pessoa era presa de costas no acento e as pernas 
voltadas para cima, no encosto. Este recurso era usado para imobilizar a vítima e intimidá-la 
com outros métodos de tortura. 
 
 
Cavalete 
A vítima era posicionada de modo que suas costas ficassem apoiadas sobre o fio 
cortante do bloco. Os braços eram presos aos furos da parte superior e os pés presos às 
correntes da outra extremidade. O peso do corpo pressionava as costas do condenado sobre o 
fio cortante. 
Dessa forma, o executor, através de um funil ou chifre oco introduzido na boca da 
vítima, obrigava-a ingerir água. O executor tapava o nariz da vítima impedindo o fluxo de ar 
e provocando o sufocamento. Ainda, há registros de que o executor golpeava o abdômen da 
vítima danificando os órgãos internos da vítima. 
 
 
Esmaga cabeça 
Como um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca 
girada pelo executor, a cabeça da vítima, de encontro a uma base na qual encaixa-se o 
maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há registros de vítimas fatais que tiveram 
os crânios, literalmente, esmagados por este processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos 
8 
 
resistente, é destruído primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa 
cerebral. 
 
 
Quebrador de joelhos 
Aparelho simples composto por placas paralelas de madeira unidas por duas roscas. À 
medida que as roscas eram apertadas pelo executor, as placas, que podiam conter pequenos 
cones metálicos pontiagudos, pressionavam os joelhos progressivamente, até esmagar a 
carne, músculos e ossos. 
Esse tipo de tortura era usualmente feito por sessões. Após algumas horas, a vítima, já 
com os joelhos bastante debilitados, era submetida a novas sessões. 
 
 
Mesa de evisceração 
O condenado era preso sobre a mesa de modo que mãos e pés ficassem imobilizados. O 
carrasco, manualmente, produzia um corte sobre o abdômen da vítima. Através desta incisão, 
era inserido um pequeno gancho, preso a uma corrente no eixo. O gancho (como um anzol) 
extraía, aos poucos, os órgãos internos da vítima à medida que o carrasco girava o eixo. 
 
 
Pêndulo 
Um dos mecanismos mais simples e comuns na Idade Média. A vítima, com os braços 
para traz, tinha seus pulsos amarrados (como algemas) por uma corda que se estendia até 
uma roldana e um eixo. A corda puxada violentamente pelo torturador, através deste eixo, 
deslocava os ombros e provocava diversos ferimentos nas costas e braços do condenado. 
Também era comum que o carrasco elevasse a vítima a certa altura e soltasse repentina- 
mente, interrompendo a queda logo em seguida. Deste modo, o impacto produzido 
provocava ruptura das articulações e fraturas de ossos. Ainda, para que o suplício fosse 
intensificado, algumas vezes, amarrava-se pesos às pernas do condenado, provocando 
ferimentos também nos membros inferiores. O pêndulo era usado como uma "pré-tortura", 
antes do julgamento. 
 
 
Potro 
Uma espécie de mesa com orifícios laterais. A vítima era deitada sobre a mesa e seus 
membros, (partes mais resistentes das pernas e braços, como panturrilha e antebraço), presos 
por cordas através dos orifícios. As cordas eram giradas como uma manivela, produzindo um 
efeito como um torniquete, pressionando progressivamente os membros do condenado. 
Na legislação espanhola, por exemplo, havia uma lei que regulamentava um número 
máximo de cinco voltas na manivela; para que caso a vítima fosse considerada inocente, não 
sofresse sequelas irreversíveis. Mesmo assim, era comum que os carrascos, incitados pelos 
interrogadores, excedessem muito esse limite e a vítima tivesse a carne e os ossos 
esmagados. 
 
 
Métodos de Execução 
 
Guilhotina 
Inventada por Ignace Guillotine, a guilhotina é um dos mecanismos mais conhecidos e 
usados para execuções. A lâmina, presa por uma corda e apoiada entre dois troncos verticais, 
descia violentamente decapitando o condenado. 
 
 
O Serrote 
9 
 
Usada principalmente para punir homossexuais, o serrote era uma das formas mais 
cruéis de execução. Dois executores, cada um e uma extremidade do serrote, literalmente, 
partiam ao meio o condenado, que preso pelos pés com as pernas entreabertas e de cabeça 
para baixo, não tinha a menor possibilidade de reação. Devido à posição invertida que 
garantia a oxigenação do cérebro e continha o sangramento, era comum que a vítima 
perdesse a consciência apenas quando a lâmina atingia a altura do umbigo. 
 
 
Espada, machado e cepo 
As decapitações eram a forma mais comum de execução medieval. A decapitação pela 
espada, por exigir uma técnica apurada do executor e ser mais suave que outros métodos, 
era, geralmente, reservada aos nobres. O executor, que apurava sua técnica em animais e 
espantalhos, ceifava a cabeça da vítima num único golpe horizontal atingindo o pescoço do 
condenado. 
O machado era usado apenas em conjunto com o cepo. A vítima era posta ajoelhada 
com a coluna curvada para frente e a cabeça apoiada no cepo. O executor, num único golpe 
de machado, atingia o pescoço da vítima decepando-a. 
 
 
Garrote 
Um tronco de madeira com uma tira de couro e um acento. A vítima era posicionada 
sentada na tábua horizontal de modo que sua coluna fique ereta em contato com o tronco. A 
tira de couro ficava na altura do pescoço e, à medida que era torcida pelo carrasco, asfixiavaa vítima. Há ainda uma variação na qual, preso ao tronco na altura da nuca da vítima, 
encontrava-se uma punção de ferro. Esta punção perfurava as vértebras da vítima à medida 
que a faixa de couro era apertada. O condenado podia falecer tanto pela perfuração 
produzida pela punção quanto pela asfixia. 
 
 
Gaiolas suspensas 
Eram gaiolas pouco maiores que a própria vítima. Nela, o condenado, nu ou seminu, era 
confinado e a gaiola suspensa em postes de vias públicas. O condenado passava dias naquela 
condição e morria de inanição, ou frio em tempos de inverno. O cadáver ficava exposto até 
que se desintegrasse. 
 
 
Submersão 
A submersão podia ser usada como uma técnica de interrogatório, tortura ou execução. 
Neste método, a vítima é amarrada pelos braços e suspensa por uma roldana sobre um 
caldeirão que continha água ou óleo fervente. O executor soltava a corda gradativamente e a 
vítima ia submergindo no líquido fervente. 
 
 
Empalação 
Este método foi amplamente utilizado pelo célebre Vlad Tepes. A empalação consistia 
em inserir uma estaca no ânus, umbigo ou vagina da vítima, a golpes de marreta. Neste 
método, a vítima podia ser posta "sentada" sobre a estaca ou com a cabeça para baixo, de 
modo que a estaca penetrasse nas entranhas da vítima e, com o peso do próprio corpo, fosse 
lentamente perfurando os órgãos internos. Neste caso, dependendo da resistência física do 
condenado e do comprimento da estaca, a agonia se estendia por horas. 
 
 
Cremação 
Este é um dos métodos de execução mais conhecidos e utilizados durante a inquisição. 
Os condenados por bruxaria ou afronta à igreja católica eram amarrados em um tronco e 
10 
 
queimados vivos. Para garantir que morresse queimada e não asfixiada pela fumaça, a vítima 
era vestida com uma camisola embebida em enxofre. 
 
 
Estiramento 
A vítima era posicionada na mesa horizontal e seus membros presos às correntes que se 
fixavam num eixo. À medida que o eixo era girado, a corrente esticava os membros e os 
ossos e músculos do condenado desprendiam-se. Muitas vezes, a vítima agonizava por várias 
horas antes de morrer.” 
 
7- DIREITO CANÔNICO E A DITADURA MILITAR BRASILEIRA 
Num período mais recente, o da Ditadura militar no Brasil (1964-1985), métodos de 
julgamento bárbaros como os inquisitoriais eram bastante comuns, diferindo apenas na tecnologia e 
no cunho religioso da Inquisição. Segue em anexo uma publicação da revista Mundo Estranho da 
editora Abril acerca dos métodos de tortura utilizados na Ditadura Militar Brasileira. 
 
“Uma pesquisa coordenada pela Igreja Católica com documentos produzidos pelos 
próprios militares identificou mais de cem torturas usadas nos "anos de chumbo" (1964-
1985). Esse baú de crueldades, que incluía choques elétricos, afogamentos e muita 
pancadaria, foi aberto de vez em 1968, o início do período mais duro do regime militar. A 
partir dessa época, a tortura passou a ser amplamente empregada, especialmente para obter 
informações de pessoas envolvidas com a luta armada. Contando com a "assessoria técnica" 
de militares americanos que ensinavam a torturar, grupos policiais e militares começavam a 
agredir no momento da prisão, invadindo casas ou locais de trabalho. A coisa piorava nas 
delegacias de polícia e em quartéis, onde muitas vezes havia salas de interrogatório 
revestidas com material isolante para evitar que os gritos dos presos fossem ouvidos. "Os 
relatos indicam que os suplícios eram duradouros. Prolongavam-se por horas, eram 
praticados por diversas pessoas e se repetiam por dias", afirma a juíza Kenarik Boujikain 
Felippe, da Associação Juízes para a Democracia, em São Paulo. O pau comeu solto até 
1974, quando o presidente Ernesto Geisel tomou medidas para diminuir a tortura, afastando 
vários militares da "linha dura" do Exército. Durante o governo militar, mais de 280 pessoas 
foram mortas - muitas sob tortura. Mais de cem desapareceram, segundo números 
reconhecidos oficialmente. Mas ninguém acusado de torturar presos políticos durante a 
ditadura militar chegou a ser punido. Em 1979, o Congresso aprovou a Lei da Anistia, que 
determinou que todos os envolvidos em crimes políticos - incluindo os torturadores - fossem 
perdoados pela Justiça. 
Arquitetura da dor 
 
Torturadores abusavam de choques, porradas e drogas para conseguir informações 
Cadeira do dragão 
Nessa espécie de cadeira elétrica, os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de 
zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco 
transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da 
vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques 
Pau-de-arara 
É uma das mais antigas formas de tortura usadas no Brasil - já existia nos tempos da 
escravidão. Com uma barra de ferro atravessada entre os punhos e os joelhos, o preso ficava 
11 
 
pelado, amarrado e pendurado a cerca de 20 centímetros do chão. Nessa posição que causa 
dores atrozes no corpo, o preso sofria com choques, pancadas e queimaduras com cigarros 
Choques elétricos 
As máquinas usadas nessa tortura eram chamadas de "pimentinha" ou "maricota". Elas 
geravam choques que aumentavam quando a manivela era girada rapidamente pelo 
torturador. A descarga elétrica causava queimaduras e convulsões - muitas vezes, seu efeito 
fazia o preso morder violentamente a própria língua 
Espancamentos 
Vários tipos de agressões físicas eram combinados às outras formas de tortura. Um dos mais 
cruéis era o popular "telefone". Com as duas mãos em forma de concha, o torturador dava 
tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia 
romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente 
Soro da verdade 
O tal soro é o pentotal sódico, uma droga injetável que provoca na vítima um estado de 
sonolência e reduz as barreiras inibitórias. Sob seu efeito, a pessoa poderia falar coisas que 
normalmente não contaria - daí o nome "soro da verdade" e seu uso na busca de informações 
dos presos. Mas seu efeito é pouco confiável e a droga pode até matar 
Afogamentos 
Os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira ou um tubo de 
borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era 
mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água, forçando sua 
nuca para baixo até o limite do afogamento 
Geladeira 
Os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de pé. 
Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e um sistema de 
aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. 
Os presos ficavam na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida” 
8- CONCLUSÃO 
Por meio da pesquisa executada, o grupo chega à conclusão que durante esses dois 
períodos houve um extremo abuso de poder por parte dos militares e do clero medieval e que nos 
dois casos houve um desvio extremo de objetivos. No caso da Santa Inquisição a bíblia diz em seu 
quinto mandamento não matarás e no caso da ditadura militar as torturas e execuções eram 
completamente anticonstitucionais, já que, mesmo favorecendo a ditadura militar, a constituição de 
1967 deveria garantir direitos básicos do cidadão, como o direito à vida. 
 
 
 
12 
 
9- Bibliografia 
Castro, F. L. (2011). História do Direito: Geral e Brasil. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 
História Digital. (s.d.). Acesso em 01 de Junho de 2014, disponível em História Digital: 
http://www.historiadigital.org/curiosidades/todas-as-constituicoes-brasileiras/ 
R7. (s.d.). Acesso em 29 de Maio de 2014, disponível em Notícias: 
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/saiba-o-que-foi-e-quanto-durou-a-ditadura-militar-no-brasil-
20090927.html 
Spectrum. (s.d.). Acesso em 02 de Junho de 2014, disponível em Spectrum: 
http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/inquisicao/torturas.htm 
Spectrum. (s.d.). Acesso em 02 de Junho de 2014,disponível em Spectrum: 
http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/inquisicao.htm 
Wolkmer, A. C. (2009). Fundamentos da história do Direito. Belo Horizonte: Del Rey Editora.

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