Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Laboratório de Física II / Licenciatura em Física – Turma 4206 C RELATÓRIO 2: FORÇA CENTRÍPETA Bianca Figueiredo de Souza Pinto, 221024018 Karen Fernanda Pagnoni, 221020331 Luigi Muzareli da Cruz , 221021418 Prof.ª Giovana Collombaro Cardoso Bauru 08/10/2022 1. INTRODUÇÃO A Segunda Lei de Newton ou conhecido também como o Princípio Fundamental da Dinâmica, determina que a aceleração obtida de um corpo é diretamente proporcional a forças aplicadas sobre ele, como representada na fórmula: 𝐹 𝑅 = 𝑚 · 𝑎 (01) Dados movimentos retos, utiliza-se a equação (01), mas quando trabalha com movimento uniforme circular, entra a Força Centrípeta. 𝐴 𝐶 = 𝑉 2 𝑅 (02) 𝐹 𝐶 = 𝑀 𝑣 2 𝑅 (03) A Força Centrípeta é a força que puxa os corpos para o centro de uma trajetória curvilínea, como representada na Figura 1: Figura 1: Representação da Força Centrípeta. Em um intervalo de tempo T, uma partícula em movimento circular uniforme se desloca uma distância 2πR. 𝑣 = 2π𝑅𝑅 𝐹 𝐶 = 𝑀𝑅 2π𝑇( ) 2 (04) (05) 2. OBJETIVOS Verificar em como a força centrípeta age sob um objeto efetuando movimento circular uniforme, é diretamente proporcional a sua massa (M), ao quadrado da velocidade tangencial (v), e inversamente proporcional ao seu raio de rotação (R). 3. MATERIAIS E MÉTODOS MATERIAIS ● Porta massa; ● Pesos de valores variados do tamanho de moedas; ● Base de rotação (PASCO SCIENCE); ● Plataforma rotacional(PASCO SCIENCE); ● Cronômetro digital (PASCO SCIENCE ME-8930). PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Representado pela Figura 2, inicialmente foi necessário alinhar a base rotacional, colocando uma massa de tração e ajustando o suporte da mola para que a linha da massa M ficasse completamente reta e no eixo exato, o anel foi ajustado no meio do disco para usar como referencial. Figura 2: Representação do Experimento. Com tudo alinhado foi retirada a massa de tração e ligado o motor da plataforma, conforme o movimento, foi ajustada a velocidade onde alinhasse novamente o anel quando havia uma massa presente no suporte. Com isso foi ativado o cronômetro no modo “Fance”, onde o mesmo registraria 10 voltas para termos a média da velocidade, essa medida foi repetida 4 vezes. O experimento foi dividido em três partes, na primeira parte, a massa M e massa de tração ficaram constantes e o raio variável. Na segunda parte, a massa M e o raio permaneceram constantes, variando apenas a massa de tração. Na terceira e última parte, a massa M foi a única variável. Com os dados obtidos iremos calcular o erro percentual de cada parte do expressada pela seguinte equação: (06) 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO - Na primeira parte do experimento dado as massas e raio que iremos utilizar, apresentado no quadro 1, iremos montar no quadro 2 os resultados registrados : Quadro 1: Valores das massas e raio. massa (M) 0,107 kg massa de tração (m) 0,073 kg Raio variável Quadro 2: Primeiro Experimento Massa de tração: 0,0273 Kg R (m) t10 (s) t10¯(s) t (s) T² (s²) 8 cm 11.5126 11.7573 1.1760 1.3823 11.7108 11.9049 11.9009 10 cm 12.6832 12.5945 1.2594 1.5862 12.3526 12.6139 12.7286 12 cm 13.0112 13.0991 1.3100 1.7160 13.0032 12.7185 13.6638 14 cm 15.2172 15.0720 1.5072 2.2715 14.7410 14.9315 15.3968 Utilizando o raio em função período ao quadrado, foi montado o gráfico representado na Figura 3: Figura 3: Representação do gráfico do experimento 1. Nessa primeira parte do experimento, consegue observar-se que quanto maior o raio, maior é o período. Além disso para o cálculo da força centrípeta, dada pela equação (05), utilizando o coeficiente angular da reta, ca = 0,28 , obtemos o valor de FC: 𝐹 𝐶 = 1, 1830 𝑁 Em comparação à massa de tração experimental de 0,7158 N - Na segunda parte do experimento dado as massas e raio que iremos utilizar, apresentado no quadro 3, iremos montar no quadro 4 os resultados registrados : Quadro 3: Valores das massas e raio. Massa (M) 0,107 kg Massa de tração (m) variável Raio (R) 0,13 m Quadro 4: Segundo Experimento m (kg) t10(s) t10¯(s) t (s) T² (s²) (s-2)1 𝑇2 FC (N) 0,0273 14.2187 14.2412 1.4241 2.0281 0.4931 0.2675 14.3887 14.0856 14.2720 0,0473 9.8342 9.9052 0.9905 0.9811 1.0192 0.4635 9.9837 9.9523 9.8505 0,0673 9.0812 8.9474 0.8947 0.8005 1.2492 0.6595 8.8992 8.9326 8.8766 0,0873 7.9821 7.9018 0.7902 0.6243 1.601 0.8555 7.8850 7.9113 7.8290 Através da equação (05) com os resultados obtidos do quadro 2, representamos através do gráfico na Figura 3: Figura 3: Representação gráfica utilizando a fórmula da força centrípeta. Nessa segunda parte do experimento, consegue observar-se que quanto maior o força centrípeta , menor é o inverso do quadrado do período. Além disso, para o cálculo da massa, dada pela equação (05), utilizando o coeficiente angular da reta obtido através do gráfico (figura 3) consegue-se obter um valor experimental de aproximadamente: M = 0,105 kg Em comparação com a massa (M) experimental de 0,107 kg. - Na terceira parte do experimento dado as massas e raio que iremos utilizar, apresentado no quadro 5, iremos montar no quadro 6 os resultados registrados : Quadro 5: Valores das massas e raio. Massa (M) variável Massa de tração (m) 0,073 kg Raio (R) 0,13 m Quadro 6: Terceiro Experimento. M (kg) t10(s) t10¯(s) t (s) T² (s²) 0.1071 10.0030 9.8595 0.9859 0.9720 9.8602 9.7619 9.8129 0.1578 11.9105 11.8396 1.1840 1.4018 11.7967 11.6912 11.9601 0.2015 13.4053 13.5037 1.3503 1.8233 13.5342 13.6816 13.3939 Com os dados foi montado através da Figura 4 um gráfico representando a força centrípeta: Figura 4: Representação Gráfica Discute-se então na última parte, que quanto menor a massa, menor será o período. Tal que para um cálculo mais preciso, deve-se calcular a força centrípeta, relacionando-a com o coeficiente angular da reta, no caso com um valor de 0,111. Com a massa de tração obtém-se um valor experimental de 0,7158 N. Utilizando os dados do gráfico, foi obtida a Força Centrípeta com a fórmula (05): FC = 0,5696 N 5. CONCLUSÕES De acordo com os resultados obtidos, a primeira parte do experimento, diante do erro percentual apresentado na fórmula (06), obtemos 39,50%, na segunda parte o erro foi de 1,83% e na terceira e última parte, obtivemos um erro de 25,66%. Em si, os erros foram grandes, o que pode ter ocasionado tais percentuais seria por um pequeno desgaste da mola que apoiava o disco indicador, estava desgastada atrapalhando no acerto da velocidade constante, afetando diretamente no experimento, por outro lado, a segunda parte do experimento, teve um grande acerto de precisão. Apesar disso, foi possível concluir que a força centrípeta é diretamente proporcional com a massa de tração, além de outras relações observadas entre o período e o raio por exemplo, tal que quanto maior for o raio, maior será o seu período, comprovando também sua proporcionalidade. 5. REFERÊNCIAS HALLIDAY, D., RESNICK, R. E WALKER, J.,Fundamentos de Física, Vol. 1, 8a Ed., Editora Livros Técnicos e Científicos Ltda, Rio de Janeiro, 2009. HELMENSTINE, Anne Marie. What Is Centripetal Force? Definition and Equations. 2019. Disponível em: <https://www.thoughtco.com/what-is-centripetal-force-4120804>. Acesso em: 15 de set. de 2022. KHAN ACADEMY. Unidade: Força centrípeta e gravitação. 2021. Disponível em:<https://pt.khanacademy.org/science/physics/centripetal-force-and-gravitation>. Acesso em: 15 de set. de 2022.
Compartilhar