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Micropaisagismo 1. Introdução • Micropaisagismo: é todo o trabalho de remodelação da paisagem, em terrenos com área inferior a 1000m2 • Incluem-se: ↪ jardins de residências, ↪ jardins comerciais, sejam eles internos ou externos. • O planejamento de um jardim deve iniciar antes da conclusão definitiva da construção – Alguns elementos como: acessos, floreiras, caminhos – Projetados pelo paisagista 2. Jardins residenciais e comerciais • As residências (casa ou edifícios), podem apresentar, na sua composição: – Jardins internos – Jardins externos • Construções comerciais (loja, galeria, shopping, ...) podem apresentar áreas para jardins. 2. Jardins residenciais e comerciais • Jardins são definidos de acordo com: – Estilo da construção – Desejos do proprietário – Cores das paredes – Paisagem do local – Clima • De modo que fiquem integrados a residência ou estabelecimento comercial • Constituindo parte desta e não uma estrutura a parte 2.1 Levantamento do local e das necessidades para construção de um jardim • Para iniciar um projeto – Há necessidade a planta da casa • com as representações das construções e dos limites – Deve-se levantar os elementos já existentes como: postes, fiação, redes subterrâneas, árvores, palmeiras, etc. • Realizar um cadastro, relacionando as características da área, como: – Estilo da construção – Orientação da construção em relação aos pontos cardeais – Clima – Incidência de sol e sombra – Tipo de solo – Presença de elementos naturais → pedras, troncos – Presença de veículos e pedestres • para prever a funcionalidade do jardim, caminhos, linhas de vista – Necessidade de proteção contra ruídos e poeira – Desejos do proprietário • Um projeto pode ser realizado: – Em área onde não haja nada realizado ainda relacionado ao paisagismo; – Onde algumas estruturas e plantas já existam; – Uma reformulação de um jardim; • Nesses casos, deve-se realizar um levantamento, locando as estruturas e/ou plantas existentes na área Alguns itens a serem observados • Necessidade de sol – Por ex: observar a disposição das janelas – O sol da manhã é desejável nas residências • Não se deve usar plantas de porte alto nesses locais • Em locais úmidos, rebaixados, necessita-se do sol pelo calor e também, pela luminosidade. • Necessidade de sombreamento – No período da tarde, o sol, geralmente, não é desejável nas edificações • Pelo excesso de aquecimento proporcionado • Vegetação deve ser usada objetivando impedir a insolação e evitar o aquecimento excessivo a tarde – Em consultórios médicos (algumas especialidades), outros tipos de consultórios, escritórios, lojas, o sol não é aceito • As plantas devem servir, também, como impedimento http://www.tropicalpaisagismo.com.br/images/resid_artur_1.jpg • Necessidade de vedação de linhas de vista – Muito comum em residências ↪ procurar vedar a linha de vista da vizinhança ou dos transeuntes na parte frontal. – A vegetação deve ser planejada com esse objetivo • Proporcionando maior privacidade aos proprietários • Necessidade de vedação de ruídos – Ruídos (por exemplo o trânsito) podem ser atenuados utilizando-se a vegetação • Piscina – Geralmente programada no projeto arquitetônico – O paisagista tem a função de ornamentar o seu entorno • Pátio para lazer e/ou área de recreação para crianças – Muitas vezes já planejadas no projeto arquitetônico – O paisagista pode definir os elementos que constituirão esta área • Bancos • Tipos e estilos de brinquedos • Caixa de areia, etc. – Podem ser constituídos de área de sombra ou área ensolarada, ou ambas • Depende dos anseios do proprietário e dos usuários que frequentarão http://4.bp.blogspot.com/_MGlG9mRRhus/R4vzJZG5gCI/AAAAAAAAAMk/mwub4_qzfxs/s1600-h/arquiteto++Aquiles+Nicolas+Kilaris+-+novidade+XIII.jpg http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://images01.olx.com.br/ui/1/44/22/12804222_4.jpg&imgrefurl=http://blumenau.olx.com.br/parquinho-infantil-de-madeita-rolica-escorregador-casa-do-tarzan-balanco-carrossel-iid-12804222&usg=__QHIIxz5e13IMTSu4dkmTNP4UnLw=&h=480&w=580&sz=82&hl=pt-BR&start=5&um=1&tbnid=5zG97P811xpz8M:&tbnh=111&tbnw=134&prev=/images%3Fq%3Dbrinquedos%2Bde%2Bparquinho%2Bmadeira%26ndsp%3D20%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26um%3D1 • Quiosques e churrasqueiras – Itens previstos no projeto arquitetônico – Paisagista projeta a vegetação de acordo com o estilo destas construções http://www.tropicalpaisagismo.com.br/images/resid_americana_5.jpg • Áreas de silêncio – Caracterizam principalmente as áreas próximas aos dormitórios – Essas áreas devem ser levantadas para evitar – a presença de estruturas ou setores que permitam a ocorrência de barulhos ou ruídos • Áreas nobres – Observar quais são elas – Geralmente correspondem às áreas de entrada e de espera – Nestas áreas deve-se “elaborar” mais o projeto, utilizando plantas de maior valor ornamental • Áreas para entrada de veículos – São áreas que exigem grande visibilidade e segurança – Evitar vegetação que possa causar obscuridade ou que limite a visão http://www.studiodamata.com.br/ServicosDetalhesItem.asp?Id_Servico=2&NoItem=10 • Hortas – De acordo com o interesse do proprietário • Devem ser projetadas com áreas destinadas ao cultivo de plantas olerícolas, medicinais e/ou aromáticas • Jardins internos ou “de inverno” – São áreas também previstas no projeto arquitetônico – Deve-se observar a localização, a incidência de sol, ventilação, ↪ prever o tipo de vegetação a ser utilizada • Jardim de inverno = denominação usada nos países de clima temperado • Hoje ⇔ jardins internos http://3.bp.blogspot.com/_XyB_tansraY/SfT7ob4f6TI/AAAAAAAAANU/9B3ipz0-g8k/s1600-h/jardim+de+inverno6.jpg • Vasos – Paisagista deve observar o ambiente e a decoração ↪ e então, planejar os vasos que irão compor o local • Circulação – Determinar quais os caminhos destinados à circulação – Pode-se sugerir o tipo de pavimentação para o ambiente • Neste caso, especificar o tipo mais adequado de piso para a área em questão • Sombreamento – Essencial conhecer e demarcar as áreas de sombreamento provocadas • Pela disposição da residência, de muros, de árvores existentes, ... • De acordo com a trajetória solar diária para cada estação do ano Desejos e anseios do proprietário Manifestações de suas preferências em relação ao estilo a ser adotado para o jardim Podem determinar algumas espécies que devem ser cultivadas O paisagista deve, sempre que possível, atender a estes desejos e anseios ↪ proporcionar um bom nível de satisfação ao cliente • Disponibilidade para manutenção do jardim – O paisagista deve conhecer os hábitos e interesses do proprietário • Em função disso, o jardim poderá ser mais ou menos exigente ou prático em relação a sua manutenção Presença de crianças e animais É preciso saber se desejam destinar parte do jardim às crianças e se haverão animais na área a ser planejada Nesse caso, devem ser evitadas a utilização de plantas com espinhos e/ou tóxicas Plantas tóxicas Amarílis Antúrio Comigo ninguém pode Coroa de Cristo Costela de Adão 2.2 Jardins internos • Criados com o objetivo de aproximar mais o homem da natureza • Podem apresentar abertura na parte superior – Recebe luminosidade e chuva diretamente Ou • Fechados, cobertos com estrutura de vidro ou policarbonato • Jardim interno pode ser: – Uma simples floreira – Até uma estrutura de vários m2 • Geralmente situam-se em locais mais sombreados – Exigindo uma adequaçãode espécies, substratos e drenagem a estas condições 2.2.1 Elementos a serem observados • Impermeabilização e drenagem – Item muito importante – Umidade provoca infiltrações, mofo, cheiro forte e descoloração de paredes • O que pode levar a desistir de fazer um jardim interno – Solução: impermeabilização correta e a implantação de um sistema de drenagem eficaz • São fundamentais no processo de construção de um jardim interno • Impermeabilização – Podem ser usados diversos produtos • Aplicados diretamente nas paredes internas da floreira ou jardim ou • Misturados na massa de emboço dos mesmos • Alguns produtos disponíveis – Vedacit: misturado na massa de emboço ou aplicado conforme especificação do fabricante; – Piche: não muito eficiente; – Lona: recurso barato; usado em pequenas áreas; possui durabilidade limitada; – Manta asfáltica: custo + elevado; Impermeabilização + eficiente; • Cobertura – As áreas podem ser descobertas (com ou sem fechamento lateral) ou cobertas • Materiais para cobertura: – Vidro laminado: • Usado em pequenas áreas; • Fixados em estruturas de concreto, metálicas ou de madeira – Vidro aramado: • + recomendado por sua durabilidade e resistência a trincamentos • Exige estrutura para fixação LAMINADO ARAMADO – Policarbonato: • Bastante resistente, • Flexível – pode ser trabalhado em diferentes curvaturas – Telha transparente: • Menos nobre, de custo menor e de fácil instalação • Existem de vidro e de acrílico • As de vidro proporcionam maior luminosidade e durabilidade policarbonato Acrílico Vidro http://www.telinco.com.br/fotos/cobertura em policarbonato.JPG • Fechamento lateral – Em muitos casos é necessário o fechamento lateral ↪ para evitar que a água da chuva molhe outras áreas • Áreas de circulação – Geralmente usa-se vidro temperado • Iluminação – Pode ter função estética e/ou fisiológica • Esteticamente proporciona belos efeitos no jardim, jogo de sombra-luz, destaca espécies, faz o realce de cores • Fisiologicamente, a luz artificial é usada para suprir a intensidade luminosa deficiente em muitos ambientes fechados – Garantindo o desenvolvimento satisfatório das plantas • Ventilação – É fundamental garantir a circulação de ar • Para a renovação do ar e retirada do excesso de umidade relativa • Porém, o vento não é desejável pois pode causar: – Danos por ressecamento – Injúrias físicas • Umidade para as plantas – Cada espécie tem um nível de exigência em umidade do solo e do ar • Samambaias = bastante exigentes em umidade 2.3 Jardins externos • Jardim de fachada – É o jardim frontal de uma construção • Escritório, residência, loja – Alguns elementos são obrigatórios e estão sempre presentes nestes jardins: • Acessos ↪ entradas principal e secundária, garagem • Muros e/ou grades – O jardim deve: – se integrar à paisagem da região – acompanhar o estilo da construção • Quintal – Corresponde, geralmente, a parte dos fundos da residência – Constitui-se de: • Áreas de lazer: piscina, quadra, pátio, churrasqueira, quiosque, sempre contornados por jardins • Áreas utilitárias: lavanderia, salas de costura, estudos, depósitos, horta e pomar • Geralmente sem separação física – É função do paisagista: • Isolar as linhas de vista utilizando vegetação 2.4 Seleção de espécies • Observar as seguintes características: – Solo: • Profundidade – Planejar as espécies a serem plantadas de acordo com suas necessidades de espaço para as raízes e a profundidade do terreno em questão. – Evitar problemas futuros: secagem, pouco desenvolvimento, rachaduras em muros ou passeios – O jardim pode ser desenvolvido sobre lajes, floreiras, terrenos com pedras aparentes (solos rasos) » Utilizar: plantas com menor porte e raízes superficiais • Relevo – Para os projetos que foram elaborados para execução em áreas planas » Se a área, naturalmente, não é assim: há a necessidade de movimentação de terra; máquinas; caminhões e mão-de-obra – Para projetos onde se busca um estilo natural » A vegetação deve ser adaptada às condições de relevo, valorizando as áreas baixas e altas do terreno – Em áreas planas, pode-se desejar criar relevos » Exige movimentação de terra ↪ formando ondulações • Inclinação – Áreas sujeitas a erosão, pela grande inclinação (como os taludes) devem ser mantidas cobertas por vegetação para fixar o solo » Geralmente utiliza-se → gramas • Fertilidade e características físicas – Em áreas pequenas pode-se substituir a camada superficial do solo » Quando não for de boa qualidade – Áreas maiores → melhor adequar o projeto às condições do local » Selecionar plantas que se adequem àquelas condições » Exemplo: plantas que suportem ↓ fertilidade ou terra de subsolo – Exposição do terreno ao sol • Conforme a exposição do terreno (face norte, sul, leste ou oeste) – Incidência do sol varia ⇀ principalmente terrenos acidentados • Sol caminha de leste → oeste, ao longo do dia – Face leste ↪ + sol durante a manhã – Face oeste ↪ + sol no período da tarde – Face norte ↪ sol durante quase o dia todo – Face sul ↪ a menos ensolarada, recebe sol no final da tarde – Exposição a ventos • Selecionar espécies de acordo com a incidência de ventos na área • Em locais sujeitos a ventos fortes e dominantes: – Não plantar espécies de folhas largas, tenras, que danifiquem com facilidade – Clima • Selecionar espécies de acordo com as condições climáticas da região • Observar: – To máx e mín durante o ano, geadas, precipitação ao longo do ano... – Água • A disponibilidade de água deve ser observada – Água pluvial e ou encanada – Água encanada é importante para: » Suprir e complementar a incidência de água pluvial nos jardins externos e » Irrigação de jardins internos • Ao selecionar espécies, observar a disponibilidade destas 2 fontes (pluvial ou encanada) – Em locais de pequena disponibilidade de água deve-se sugerir o uso de plantas mais resistentes – Vegetação • Observar a vegetação que ocorre na região • O projeto, mesmo que elaborado em estilos específicos, deve estar integrado à paisagem local – O uso de espécies nativas deve ser sempre valorizado Disponibilidade de manutenção • Manutenção do jardim é fundamental para sua preservação – Proporciona um visual agradável e bem cuidado • Serviços de manutenção são: – Regas, podas, capinas, limpeza, cuidados fitossanitários • Em locais onde pode-se contar com manutenção frequente e minuciosa – Pode-se utilizar espécies mais exigentes e composições mais elaboradas • Locais onde a manutenção é limitada – Selecionar espécies pouco exigentes em manutenção – Aspectos estéticos • Selecionar espécies de acordo com: – o estilo da construção (colonial, moderno, mediterrâneo) – os acabamentos utilizados (revestimentos, cor, muros, ...) – espaços disponíveis (plantas de maior porte → + espaço) – as linhas de vista que devem ser valorizadas ou ocultadas Necessidades e desejos do cliente • Fundamental na elaboração de um projeto • Alguns não se importam com detalhes do jardim – O valor é dado pelo conjunto final • Outros, querem participar, manifestando suas preferências por plantas, disposição, estilo e elementos a serem utilizados Adequar estes desejos ao projeto é fundamental para que se alcance o sucesso 3. Jardins escolares • Há alguns anos – escolas urbanas tinham estrutura padronizadas: – Longos corredores com várias salas, um pátio cimentado, cantina e local destinado para horta – Às vezes, algum canteiro interno ou uma pequena área ajardinada em frenteao prédio – A maioria dos alunos tinham áreas de jardim ou quintal em casa (apenas) • Presença de área verde não era fundamental nas escolas • Com a urbanização das cidades e o crescimento da porcentagem da população que reside em apartamentos – O ambiente escolar virou um ponto de preocupação para os pais – Que acabam procurando locais onde: • Qualidade de ensino • Ambiente agradável – Com a presença de espaços verdes e jardins • Escolas com áreas disponíveis procuram cultivar: – Pomares, hortas, bosque, jardins • Pomar e horta são mantidos com o objetivo de serem utilizados para – Aulas práticas de ciências e – Os alimentos para o preparo da alimentação dos alunos • O bosque constitui uma área de preservação – Também serve para aulas práticas e piqueniques • Os jardins ornamentam o entorno da escola – Criando um ambiente bonito e agradável http://www.cnectijucas.com.br/file/DSC07219 (Custom).JPG http://www.cnectijucas.com.br/file/100_1452 (Custom) (Custom).jpg http://www.cnectijucas.com.br/file/100_1449 (Custom).jpg http://www.cnectijucas.com.br/file/frente_externa.jpg • Para elaborar um projeto paisagístico ou reforma de jardins escolares, alguns aspectos a se considerar: – Não utilizar plantas que ofereçam perigo • Espinhos • Plantas tóxicas – Dependendo da área, é necessário ter áreas sombreadas e ensolaradas • Sombra em excesso, torna o ambiente frio e úmido – Favorecendo desenvolvimento de doenças alérgicas no inverno – Sol é fundamental para o desenvolvimento físico das crianças, sobretudo de manhã • Porém, áreas muito ensolaradas podem prejudicar brincadeiras nos meses mais quentes – Algumas áreas de sombra são necessárias • Tornam o ambiente + agradável • Permitem atividades extra-classe • O planejamento deve prever áreas para brincadeiras, sem limitar espaços – Áreas para correr, jogar bola devem ser preferidas a se ter um belo jardim e limitar o espaço para brincar – Nas áreas de circulação, o ajardinamento cria espaços agradáveis – Evitar o uso de vegetação densa, criando esconderijos Centro Profissionalizante de Vinhedo Centro Profissionalizante - Jardim Interno Creche • Escolas, sobretudo as públicas, possuem recursos limitados para implantação e manutenção de jardins – Projeto deve prever plantas de baixo custo e que exijam pequena manutenção
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