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Atividade fiama - Relaçoes Humanas e Etica Profissional - Relatorio Academico

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Faculdade Intercultural da Amazônia
Curso Técnico emTrasações Imobiliárias
David Salomão Pinto Castanho Bizarro
Relatório Acadêmico
Pesquisa e conceituação dos conteúdos propostos
Belém/PA
2022
David Salomão Pinto Castanho Bizarro
Matrícula nº 20211136, Turma TEC-TTI04
Relatório Acadêmico
Pesquisa e conceituação dos conteúdos propostos
Relatório sobre os conteúdos proposto com base em
material de pesquisa, prova de avaliação de tipo teórica
apresentada como requisito de atividade referente à
disciplina de Relações Humanas e Ética Profissional do
Curso Técnico em Transações Imobiliárias da Faculdade
Intercultural da Amazônia, Campus de Belém/PA.
Professora: Marília Silva dos Santos
Belém/PA
2021
Sumário
1. Introdução 3
2. Desenvolvimento de Conteúdos 4
2.1 Conceito Geral da Ética 4
2.2 Valor da Ética Hoje 5
2.3 Problema Ético 8
2.4 Código de Ética do Corretor de Imóveis 12
3. Conclusões 15
Referências 22
3
1. Introdução
A temática ética é um dos assuntos mais discutidos na modernidade, quer por
conflitos de consenso de ser ético, quer pela essencial de sua importância. Que
valores universais cuidam a ética? O que configura ser ético nos tempos modernos?
Quais conflitos com política? Que questões sociais levam a vários questionamentos?
Este trabalho objetiva uma abordagem à temática ética: primeiro, expondo os
conceitos gerais numa perspectiva social e psicológica passando ao desdobramento
da conduta profissional; segundo, demonstrando a importância da ética nos tempos
modernos envolvendo a política e a existência de conflitos com o direito; terceiro,
explicando uma técnica de resolver problemas éticos pela teoria do relativismo
combinada com a teoria de desenvolvimento do raciocínio, e ainda elucidando as
categorias fundamentais da ética e as limitações das teorias principais na prática;
quarto, descrevendo a importância do código de ética do cotidiano profissional.
Tomando como desafio a pesquisa para conceituar os conteúdos relacionados:
conceito geral de ética; valor da ética hoje; problema ético; código de ética do
corretor de imóveis, após a leitura deste trabalho o leitor conseguirá: definir ética;
discutir relativismo ético; explicar um problema ético e aplicar um método para
resolvê-lo; entender o papel moderno da ética e o sistema de valores na tomada de
decisões; compreender principais teorias éticas opostas e suas limitações.
4
2. Desenvolvimento de Conteúdos
2.1 Conceito Geral da Ética
Numa primeira abordagem da questão de contextualizar o conceito geral de ética,
em sentido estrito à vertente social designa a Ciência dos Costumes também
chamada de Filosofía Moral que tematiza as normas de conduta e interação entre
pessoas, tendo como objeto de estudo o sistema de valores enquanto reflexão sobre
origem dos atos humanos com fontes de orientação, motivação, disciplina ou
constragimento no comportamento humano, centrando esse estudo numa forma que
os integrantes da sociedade devessem tomar segundo padrão que define o “certo”, o
“bem”, ou, o “permitido” por meio de comportamento socialmente recíproco que
fomenta ao equilíbrio e ao bom funcionamento da sociedade, cabendo ainda pontuar
que esse conjunto de valores morais ou obrigações na conduta não são universais e
sim historicamente construídos, interiorizados pela socialização e coletivamente
aceites pela sociedade e mantidos como comportamento uniforme entre todos os
integrantes.
Numa segunda vertente do conceito geral da ética, por extensão do sentido,
decorre pela perpesctiva psicológica em correspondência com a aplicação pessoal,
por razão de carácter específico dentro de um conjunto de valores intrínsecos
livremente eleitos por um indivíduo em função da finalidade que ele acredita ser
correta e permitida, estando o modo como esse indivíduo responde à normatividade
social por sua vez relacionada com sua própria consciência moral que acaba por se
cristalizar sob uma forma relativamente estável de um carácter. Esta concepção de
ética está ligada à forma como se enfrenta o desafio de fazer o “certo” seguindo
determinado valor intrínsico segundo o qual por si só compõe uma boa qualidade
que será aplicada como um fim em si mesmo, independentemente dessa aplicação
implicar algum benefício ou não, isto é, a aplicação de fazer a coisa certa independe
do maior prejuízo que se estaria disposto a pagar para viver numa base selecionada
de valores morais.
Quanto à questão da ética aplicada ao mercado imobiliário, atualmente figura
importantíssimo que o corretor de imóveis escolha seguir de forma consciente um
5
conjunto de padrões morais ou princípios éticos como guia na conduta profissional
cotiana, considerando o modo como as pessoas alcançam uma definição do “certo”
e do “permitido” enquanto resultado de vários fatores que influenciam na construção
do carácter como sua religião, suas tradições, seus costumes e as crenças da
sociedade. Essa premissa de conduta profissional está estabelecida em parte no
Código de Ética Profissional que regulamenta o comportamento enquanto normativa
interna de cumprimento obrigatório, bem como parte na relação da qualidade da
mercadoria revestida em transparência como fator fundamental pelo consumidor, ou
seja, figura importante o exercício diário de atingir o ápice da ética para desenvolver
outros valores como credibilidade, escolhendo em situação de dúvida o padrão
aceitável dentro do comportamento alheio como “certo” ou “permitido” por saber que
a atuação com profissionalismo não é lidar apenas de forma inteligente com imóveis
e sim construir relações saudáveis, ou noutra perspectiva, a conquista de
credibilidade exige a condição de negócios de forma inteligente e com produtos
intangíveis ligados à ética, nomeadamente, a transparência na comunicação de
informações relativas ao imóvel, à vizinhança, à segurança jurídica, entre outros,
sem forçar uma corregatem de imóveis escondendo detalhes que possam prejudicar
as partes envolvidas na transação imobiliária.
2.2 Valor da Ética Hoje
A valorização da ética nos dias atuais pode ser esclarecida a partir do antigo
conflito entre ética e política, ou mais explicitamente, entre consciência moral e
razão de estado, cuja tendência escolhe uma direção cada vez maior de controlo do
ético sobre o político, justamente para conferir à política um objetivo moral,
progredindo numa tentativa de mediatizar o ético e o político com uma distinção
entre “ética de convicções” e “ética da responsabilidade”, nomeadamente, o primeiro
político com uma ética de moralista que aplica cegamente princípios morais com
recusa de fazer qualquer balanço das consequências da sua aplicação, e o segundo
político com uma ética “responsável” cujo objetivo final envolve escolher males
limitados para evitar males ainda maiores. Para enriquecimento do assunto podem
apontar-se três razões principais para explicar esta tendência: a) A primeira razão
com maior importância envolve a noção de “direitos fundamentais do homem” que
se encontra assente em princípios de natureza intrinsecamente moral, culminando
6
numa progressiva eticização da política com surgindo de instituições políticas
encarregadas da protecção dos “direitos fundamentais” do indivíduo, particularmente
os tribunais constitucionais, inclusivamente em caso de conflito com o próprio estado,
em deterimento do conceito clássico de “soberania” que justificava uma grande
autonomia do agir dos governantes em prol da chamada “razão de estado”; b) Uma
segunda razão desta exigência de ética na vida política moderna está no facto de os
governos estarem muito mais dependentes da opinião pública, os cidadãos se
habituaram a uma informação permanente por parte dos media, como reação os
governantes vêem-se obrigados, não só a tornar manifestos os seus actos políticos,
mas também a explicá-los em permanência e a justificá-los moralmente; c) Uma
terceira razão para uma maior exigência de ética relativamente aos governantes
deve-se adesenvolvimentos surgidos no campo da técnica, que causaram, e
causam, uma angústia compreensível nas opiniões públicas, como reacção da
problemática da poluição do meio ambiente (susceptível de pôr em causa, a longo
prazo, a sobrevivência da espécie) e, mais recentemente, a biotecnologia, são,
talvez, os mais importantes desenvolvimentos no campo da técnica a colocar
importantes problemas éticos.
Na medida em que a opinião pública moderna se mostra sensível ao fato de
determinadas ações de representantes do Governo, e outras celebridades da vida
pública, por exemplo, serem absolutamente “legais”, do ponto de vista segundo o
sistema jurídico vigente, mas, ao mesmo tempo, “moralmente” inaceitáveis do ponto
de vista da moral espontânea dessa opinião, tais cirscunstâncias geram outro
argumento plausível que coloca valor simbólico na ética hoje envolvendo sua
relação ao direito que se encontra revestido de importância nos três poderes do
estado, e que apesar de possuirem estreita relação importante distinguir sua
axiologia: a) A primeira situação diz respeito ao facto das questões de moral
continuarem a ter como suporte numa cultura informal, sendo mesmo, em muitos
casos, da ordem do implícito ou mesmo do não dito e da simples “sensibilidade”, não
sendo exigido à ética, por razões que resta desenvolver, que sejam seguidas as
metodologias formais utilizadas em direito, devendo exigir-se dos estudiosos que se
ocupam de ética que explicitem questões que, muitas vezes, não são
convenientemente articuladas e refletidas pela opinião, obviamente que isto
contrasta com a concepção do direito que vigora nas sociedades modernas, na qual
7
o que é permitido e o que não é permitido são objeto de uma codificação estrita,
escrita e formal em textos legislativos; b) A segunda situação diz respeito às
relações complexas entre ética e direito, sobretudo à existência no direito moderno
do chamado “direito natural” ligado às filosofias da ética universal, que coloca a
axiologia jurídica numa situação de dependência fundacional em relação à ética,
colocando sistemas jurídicos dependentes de “direitos fundamentais” que são nada
menos que “direitos do homem e do cidadão”, enquanto direito que deve ser,
independentemente de não ser reconhecido em determinado contexto histórico e
geográfico, porém em desacordo deste contexto cabe ainda introduzir a noção de
“direito positivo” cujos teóricos procuram tornar o direito autónomo o mais possível
em relação à ética, de tal forma que dispõem esse “direito natural” como não ser
direito, e apenas um conjunto de aspirações ideológicas que, embora existam
efetivamente, não podem ser compreendidas como direito.
Complementando o plano de ideias para diferenciação entre “direito natural” e
“direito positivo” que decorre da corrente do direito de conteúdo variável, pela teoria
geral de direito enquanto disciplina independente da filosofia sua fundamentação
tem quatro pilares básicos de pesquisa, nomeadamente: Primeiramente, pontuar o
problema da validade formal do “direito positivo”, uma vez que a mutação continuada
do direito não permitiu que ele fosse reconhecido por seu conteúdo ético de
legitimação tradicional, identificado pela religião ou pela razão, como no passado,
exigindo procedimentos para ser produzido adequadamente, por autoridades e com
ritos de elaboração reconhecidos previamente. Prosseguindo, a teoria do direito
precisou investigar as condições de possibilidade do conhecimento, inaugurando a
perspectiva e a relevância central da metodologia, entendida assim como uma teoria
do conhecimento, meta-teoria ou teoria da ciência, a qual tem por foco determinar
que método ou enquadramento será adequado a cada tipo de conhecimento e que
perguntas devem ser feitas. Em terceiro, como muitas das normas de direito
deixavam de ser espontaneamente criadas por meio de costumes e tradições já
existentes, as quais passaram a ser elaboradas por legisladores com projeções de
condutas futuras, planejando os comportamentos sociais ainda a serem
estabelecidos, apareceram questões das dúvidas sobre se seus destinatários do
direito iriam ou não obedecer aos comandos, ou seja, o problema da efetividade
como distinto da validade. Finalizando, a variabilidade de conteúdos éticos do
8
“direito positivo” tornou crucial o problema da legitimidade, pois os critérios
tradicionais de justiça também perderam suas referências diante de um “direito
natural” de conteúdo variável.
2.3 Problema Ético
Ocasionalmente podem surgir situações que não implicam numa ocasião de
decisão “certa” ou “errada” e sim pelo menos duas opções de resposta “certa” sob
diferentes aspectos, estes casos abragem um problema ético e importa esclarecer
que fazer uma escolha provavelmente implica deixar de fazer outra escolha
igualmente válida, contudo como ressalva no viés de qualquer decissão tomada
sempre resulta uma contradição com algum valor ético pessoal ou social, e cujas
consequências devem ser ponderadas para cada escolha. Quanto à solução da
questão envolvendo a escolha melhor possível, tomando ausente uma base de
trajetória em teoria ética como modelo ou mesmo inexistente uma normativa de
controle como Código de Ética para guia, as pessoas em geral preferem uma
abordagem relativista que oferece mais flexibilidade por falta de modelo definido em
regras para projeção de condutas futuras, nessa reflexão sobre a decisão buscam o
conforto da escolha fundamentada sob combinação das tradições da sociedade,
suas opiniões pessoais e nas circunstâncias da situação momentânea.
Para debate da melhor solução, importante esclarecer as três principais
categorias de teorias éticas: a) A “ética da virtude” que foca o carácter e a
integridade individuais; b) A “ética pelo bem comum” que foca as escolhas que
oferecem o bem comum para o maior número de pessoas; c) A “ética universal” que
foca os princípios universais que devem ser aplicados a todos os julgamentos éticos,
independentemente do resultado. É possível entender que cada categoria está
limitada pela ausência de senso de responsabilização claro pela escolhas feitas, por
exemplo, a conduta no utilitarismo pelo bem comum foca apenas no resultado da
escolha sem que exista preocupaçao real com a virtude das ações propriamente
ditas com “fins que justificam os meios”; como exemplo extremo do anterior, a
conduta guiada pela obrigação ou pelo dever com toda a firmeza aos princípios
éticos puramente morais também configura igualmente problemático por não
considerar o resultado dessa escolha, como último exemplo, a conduta em virtudes
9
individuais baseada no carácter e na integridade depende de muitas influências que
podem não ter padrão consistente, ou inclusive não refletir de forma direta os
valores da sociedade e implicar uma existência de possíveis problemas pelo conflito
valores.
Esclarecidas as teorias éticas e suas fragilidades, o melhor processo para
resolver o problema ética geralmente envolve escolha baseada no princípio “dos
males, o menor”, ou ainda como alternativa uma decisão moralmente adequada
chegando naquele resultado que seja possível conviver posteriormente. Nessa fase
de decisão, as perguntas chave devem ser feitas para garantir uma reunião do
máximo possível de informações relevantes, bem como uma clara ideia de
informações indisponíveis, e a partir desse levantamento efetuar uma reflexão
acerca das alternativas disponíveis, as ações necessárias para cada uma delas, e
as consequências prováveis de ocorrência para cada escolha. Em geral quando se
tenta refletir numa solução outros princípios pessoais baseados em crenças
religiosas, culturais, acadêmicas, familiares, etc., que se desenvolveram ao longo do
tempo funcionam como modelo padrão na forma que se pretende fazer interação
com outras pessoas, demonstrando uma conduta alinhada num sistema de valores
que se tornou referencial para escolhas e comportamentos que obviamente depende
das circunstâncias de cadasituação envolvida, cabendo pontuar que certas tomadas
de decisões podem ser fortemente influenciadas por alguma maioria ética
especialmente quando pode ocorrer forte pressão de grupo com possíveis conflitos
de valores individuais.
De acordo com os teóricos do assunto relacionado ao raciocínio ético, as
perguntas para abertura de uma discussão envolvendo a melhor decisão de escolha
podem ser simples com apenas alguns passos ou mais complexas com vários
desdobramentos na envolvente da questão, obviamente que existem pressupostos
básicos de aplicação na complexidade que envolvem desde o tempo necessário
para um grau de contemplação absolutamente pleno de todas as circunstâncias da
situação, ao discernimento das informações disponíveis e aquelas necessárias para
formulação das perguntas chave, e o estudo no sistema de valores daqueles em
conflito dentro das alternativas de escolha disponíveis, bem como se vão
transformar as cirscuntâncias dessa situação como um todo no longo e no curto
10
prazo. Relativamente aos passos essenciais do modelo mais complexo que devem
ser considerados para encontrar a solução adequada, essencialmente envolvem a
aplicação dos quesitos seguintes: a) Conhecer o máximo de fatos que envolvem a
situação, refletindo que a escolha será tão boa quanto mais informações estiverem
disponíveis; b) Interpretar as informações desses fatos no âmbito da importância do
sistema de valores, porque fatos sem interação não significam nada; c) Estudar as
possibilidades fazendo suposições razoáveis com os fatos disponíveis sobre outras
informações ausentes, porque nem sempre se dispõem de todos os fatos; d)
Exercitar a compreensão do problema por meio de diferentes perspectivas, ou seja,
a projeção de escolha dos outros envolvidos nas mesmas cirscuntâncias possibilita
uma escolha bem ponderada; e) Averiguar as possibilidades de benefícios ou
prejuízos fazendo projeções decorrentes da escolha de determinada conduta de
ação, pois qualquer ação produz consequências e essa ponderação ajuda numa
escolha mais informada; f) Buscar descrição da sensação ou intuição em relação às
circunstâncias das questões éticas, tendo em vista pistas quando existirem partes
que o lado racional possa estar menosprezando; g) Explorar a possibilidade de
analisar o estado de consciência quando tomar uma decisão em detrimento de outra
igualmente válida, pois uma autoanálise será útil em termos de convivência
satisfatória com o próprio no desejo de carácter de pessoa; h) Examinar a
aceitabilidade da decisão por meio dos motivos capazes de justificar a escolha da
decisão de forma razoável dentro da moral para pessoas razoáveis, pois
comportamentos baseados em motivos particularmente egocêntricos podem implicar
em problemas na interação com as outras pessoas dentro da sociedade.
Para complemento do estudo em questão sobre escolha, importante listar as
quatro categorias fundamentais da ética que representam elementos diferentes e
permitem compreender como as pessoas escolhem: a) A primeira categoria
expressa “a simples verdade” por ser algo que a maioria das pessoas compreende e
apoia, tomando como pressuposto que o comportamento ético é algo natural a que
todos estejam determinados; b) A segunda categoria expressa pela “integridade
pessoal” numa questão de carácter de alguém que analisa a ética num ponto de
vista externo e não interno, representando o ideal de integridade com absoluta
fideliade aos seus padrões morais à custa de considerações sacrifícios pessoais; c)
A terceira categoria expressa as ‘regras do comportamento adequado para um
11
indivíduo”, correspondendo aos padrões morais desenvolvidos ao longo do tempo
que afetam o comportamento e as decisões; d) A quarta categoria expressa as
“regras do comportamento adequado para uma sociedade” que coloca um padrão
moral comum para interação com confiança em decorrência do fato de compartilhar
uma compreensão recíproca “dever de comportar-se”, correspondendo num sistema
de valores comum em certos pontos com vários sistemas de valores pessoais
distintos, apesar de existirem pontos muito diferentes para cada sistema de valores
pessoais.
Para explicar as respostas para diferentes indivíduos uma teoria desenvolvida por
Lawrence Kohlberg explica as etapas de raciocínio ético defendendo como tese a
vivência por estágios sucessivos de desenvolvimento pela diversidade de valores
tanto para indivíduos quanto para grupos da sociedade, a proposta compõe três
níveis de desenvolvimento moral que agregam seis etapas distintas à medida da
exposição de influências, sendo explicada da forma seguinte: a) Nível 1 - Pré-
Convencional, Etapa 1, Orientação Social por Obediência e Punição: não existe
percepção do carácter convencional das regras, a pessoa classifica “certo” de
acordo com suas consequências; b) Nível 1 - Pré-Convencional, Etapa 2,
Orientação Social por Individualismo, Instrumentalismo e Troca: os valores são
relativizados segundo conveniência da situação e interpretados de modo pragmático,
a pessoa classifica “certo” quando satisfaz suas próprias necessidades pessoais; c)
Nível 2 - Convencional, Etapa 3, Orientação Social por “bom(a) menino(a)”:
comportamento adaptado aos estereótipos do estabelecido como “normal”, a pessoa
busca atender às expectativas de grupo próximo (exemplo: familiares)
estabelecendo “certo” o reconhecimento de ação ou intenção; d) Nível 2 -
Convencional, Etapa 4, Orientação Social por “Lei e Ordem”: consciência da
participação em sociedade e da existência de códigos de comportamento, a pessoa
busca atender “certo” para o bem geral com extensão para o próprio por respeito à
lei e zelo à ordem; e) Nível 3 - Pós-Convencional, Etapa 5, Orientação Social por
“Legalista de Contratos Socias”: comportamento focado nos direitos e no
desenvolvimento de padrões baseados em análise críticas, a pessoa valoriza a
possibilidade de mudar a lei em função de considerações racionais ou de utilidade
social; f) Nível 3 - Pós-Convencional, Etapa 6, Orientação Social por “Princípios
éticos universais”: comportamento focado em princípios éticos escolhidos de forma
12
abrangente e consistente, a pessoa toma decisões de consciência plena, ou seja, de
forma autônoma, racional, lógica e coerente, valorizando princípios éticos abstratos
e não regras morais concretas.
2.4 Código de Ética do Corretor de Imóveis
A corretagem de imóveis presta um serviço de grande importância para a
sociedade e também auxilia nos resultados da economia do país, especialmente
porque participa da movimentação de capitais, e além de lidar com o lado financeiro
de grandes quantias, a profissão trabalha com sonhos das pessoas e às vezes o
projeto de uma vida inteira. Deste modo, importante ter obrigação às determinações
do Código Civil e Defesa do Consumidor no sentido de garantir uma boa conduta
profissional para os negócios, inclusive ter consciência que a profissão do corretor
de imóveis carrega sintonia com um Código de Ética que estabelece princípios
básicos para conquistar a confiança do público por meio de diretrizes de trabalho
responsável com clareza e transparência.
Num contexto simplificado, o Código de Ética do Corretor de Imóveis diz respeito
ao comportamento ético esperado para os profissionais de corretagem imobiliária,
isto é, apresentar mensagem consistente ao público de adesão aos padrões éticos,
sinalizando profissionalismo regido por uma conduta rígida e sobretudo confiável
que corresponda ao dever de como proceder perante: clientes ou interessados,
colegas de profissão, conselhos de classes profissionais, e ainda como
representante da classe de corretores de imóveis. Portanto, o objetivo do Código de
Ética cuida de manter uma linha de comportamento uniforme entre todos os
integrantes do grupo profissional, embora os preceitos éticos não impliquem em
geral penas legais, o código de ética dispõe uma normativa interna de cumprimento
obrigatório, de tal modo que os dispositivos previstospodem vincular-se às normas
legais (por exemplo, segundo código civil: a obrigação de mediação com a diligência
e prudência que o negócio requer, prestando ao cliente, espontaneamente, todas as
informações sobre o andamento dos negócios), nomeadamente, preceitos norteados
pelo Código Civil ou pelo Código de Defesa do Consumidor, quando se trata de
propaganda enganosa, por exemplo.
13
Noutras palavras, ao colocar a ética como um conjunto de princípios que
procuram definir o que ser “certo” ou “errado” com base na análise da moral, a ética
profissional será a aplicação desses saberes no campo do exercício da atividade
profissional para aqueles que exercem profissão de corretor de imóveis, isto é, nada
menos trata de uma série de especificações da ética em relação a um grupo da
sociedade. Neste sentido, a ética profissional deve ser aplicada por quaisquer
profissionais no exercício de seu ofício, porque respeitar as leis e o código
específico da profissão significa agir com lisura, e manter uma conduta ilibada, não
prejudicando a outrem por meio do exercício profissional, nem agindo unicamente ao
benefício próprio.
Nas circunstâncias de relacionamento existem várias responsabilidades que o
corretor de imóveis deverá cumprir, em caso de alguma dúvida sobre aceitação de
determinado negócio ou facilitação de qualquer transação específica o mais provável
será existir uma orientação para essa situação explicada no Código de Ética. Não há
relevância na fase de percurso da jornada profissional, o código de ética auxilia com
a mediação de disputas imobiliárias ou evita as disputas por completo, e por essa
razão importa estar familiarizado com o Código de Ética antes mesmo do início da
carreira no mercado imobiliário, manter suas diretrizes ao longo de sua trajetória
profissional, e consultar como guia no caso de esquecimento de alguns dos
elementos importantes.
O Código de Ética dos Corretores de Imóveis foi aprovado pela Resolução-
COFECI nº 326/92, e quando o corretor ignora o prescrito no código de ética sujeita-
se às sanções disciplinares junto ao CRECI, as quais estão detalhadas no Art. 21 da
Lei Federal nº 6.530/78 e no Art. 39 do Decreto Federal nº 81.871/78, também
poderá responder civilmente por dano moral, dano material e perda de uma chance,
e dependendo do caso, responderá criminalmente pelos danos causados aos seus
colegas corretores de imóveis ou aos clientes como pontuado no Art. 5º da
Resolução-COFECI nº 326/92.
Em resumo, o Código de ética dos corretores de imóveis está composto por 10
artigos com características tanto descritivas quanto normativas: os artigos 1º e 2º
dizem respeito à postura do profissional no mercado imobiliário; o artigo 3º dispõe
14
sobre a conduta do corretor de imóveis com relação à profissão, à classe e aos
colegas de trabalho; o artigo 4º orienta as relações do corretor de imóveis com os
clientes; o artigo 6º explicita as condutas consideradas impróprias, logo vedadas ao
corretor de imóveis; o artigo 8 especifica quais artigos e parágrafos que não sendo
cumpridos implicam transgressão ética grave. Cabe observar que o código de ética
trata de um conjunto de afirmações, descritivas ou normativas sobre o bem agir no
campo profissional, refererindo como normativo quando é composto de normas
explícitas sobre a conduta daqueles que exercem a profissão, por exemplo:
Resolução-COFECI nº 326/92, Art.3º, §VII – restituir ao cliente os papéis de que não
mais necessite; referindo como descrito quando expõem os valores e princípios que
devem nortear a conduta dos profissionais, por exemplo: Resolução-COFECI nº
326/92, Art.2º – deveres do Corretor de Imóveis compreendem, além da defesa do
interesse que lhe é confiado, o zelo do prestígio de sua classe e o aperfeiçoamento
da técnica das transações imobiliárias; em quaisquer destes casos o código explicita
no Artigo 8 as sanções/punições pelo não cumprimento das normas estabelecidas.
15
3. Conclusões
A ética passou a ser parte da qualidade de um produto como fator fundamental
exigido pelo consumidor, aquele que investe, acredita e compra o seu serviço,
independente do seu ramo é totalmente ligado ao valor e à qualidade, atualmente
ética se traduz em transparência, requer um exercício diário atingir o ápice da ética,
pois justamente por estarmos em constantes ajustes é possível sermos cada vez
mais justos e corretos, o pensamento coletivo que não visa subtrair ou dividir sua
importância como indivíduo, mas sim somar e multiplicar suas competências.
O Código de Ética dos Corretores de Imóveis traz uma série de artigos que são
de grande importância para os profissionais que desejam exercer sua profissão essa
excelência, tanto assim que mereceu um capítulo no Código Civil, cujos artigos
merecem atenção não só dos profissionais, mas também da sociedade como um
todo. Fazendo uma descrição sucinta, os objetivos código de ética profissional
envolvem: a) estruturar e sistematizar as exigências éticas, orientando e
disciplinando; b) estabelecer parâmetros dentro dos quais a conduta pode ou deve
ser considerada regular sob o ângulo ético; c) amparar os interesses de outras
pessoas ou cliente, no seu relacionamento com o profissional.
Por fim, a deontologia profissional nunca está de todo completa no âmbito de uma
relação entre pessoas para um dado tempo e lugar, qualquer profissão deve
responder às circunstâncias atuais, contemporâneas à ordem social do tempo e
lugar, tornando questionável a existência de instrumentos de deontologia profissional,
em geral, designados pelo nome de código de ética, que não sejam coerentes em
forma e conteúdo com os valores humanos e políticos de uma população.
16
Referências
Santos, Rita Cabral; Relações Humanas e Ética Profissional. Curso Técnico em Transações
Imobiliárias. FIAMA - Faculdade Intercultural da Amazônia, Belém/PA, 2021.
Ghillyer, Andrew W.; NEGÓCIOS & ECONOMIA / Ética de Negócios: Ética nos negócios e/ou
responsabilidade social, Editora AMGH, Porto Alegre, 2014.
Pinto, Ricardo J. V. de Magalhães; Noções de Relações Humanas e Ética Profissional, Módulo 05,
Técnicos em Transações Imobiliárias, INEDI - Cursos Profissionalizantes, Brasília, 2011
Adeodato, João M. Leitão; O problema ético: como separar o bom do mau direito. Revista
Jurídica da Presidência, Vol. 23, nº 130, Jun./Set. 2021, Pag. 341-366, Brasília, 2021. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.20499/ 2236-3645.RJP2021v23e130-2191
Santos, José Manuel; Ética da comunicação: Ética I. Curso de Ciências da Comunicação. UBI -
Universidade de Beira Interior, Covilhã (Portugal), 2002.
http://dx.doi.org/10.20499/
	Sumário
	1. Introdução
	1. Introdução
	2.Desenvolvimento de Conteúdos
	3.Conclusões
	Referências

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