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Nutrição no Envelhecimento - Unifatecie

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Nutrição no 
Envelhecimento
Profa Esp. Verônica Graciela Rapcinski
Reitor 
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz
Campano Santini
Diretor Administrativo
Prof. Ms. Renato Valença Correia
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Coord. de Ensino, Pesquisa e
Extensão - CONPEX
Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
Coordenação Adjunta de Ensino
Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman 
de Araújo
Coordenação Adjunta de Pesquisa
Prof. Dr. Flávio Ricardo Guilherme
Coordenação Adjunta de Extensão
Prof. Esp. Heider Jeferson Gonçalves
Coordenador NEAD - Núcleo de 
Educação à Distância
Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
Web Designer
Thiago Azenha
Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Caroline da Silva Marques
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Jéssica Eugênio Azevedo
Kauê Berto
Projeto Gráfico, Design e
Diagramação
André Dudatt
Carlos Firmino de Oliveira
2022 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2022 Os autores
Copyright C Edição 2022 Editora Edufatecie
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correçao e confiabilidade são de responsabilidade 
exclusiva dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Per-
mitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas 
sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP 
 
R216n Rapcinski, Verônica Graciela 
 Nutrição no envelhecimento / Verônica Graciela Rapcinski. 
 Paranavaí: EduFatecie, 2022. 
 70 p. : il. Color. 
 
 
 
1. Nutrição. 2. Longevidade – Aspectos nutricionais. 3. 
 Envelhecimento – prevenção. I. Centro Universitário 
 Unifatecie. II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título. 
 
 CDD: 23 ed. 612.68 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 
 
 
UNIFATECIE Unidade 1 
Rua Getúlio Vargas, 333
Centro, Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 2 
Rua Cândido Bertier 
Fortes, 2178, Centro, 
Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
UNIFATECIE Unidade 3 
Rodovia BR - 376, KM 
102, nº 1000 - Chácara 
Jaraguá , Paranavaí, PR
(44) 3045-9898
www.unifatecie.edu.br/site
As imagens utilizadas neste
livro foram obtidas a partir 
do site Shutterstock.
AUTOR
Professora Verônica Graciela Rapcinski
● Bacharel em Nutrição (UNIPAR).
● Especialista em Nutrição Clínica Ambulatorial e Hospitalar (UNOPAR).
● Especialista em Modulação Intestinal.
● Docente do curso de Nutrição da Unifatecie.
● Coordenadora dos Cursos de Nutrição, Gastronomia, Hotelaria, Processos 
Químicos e Cervejeiros-EAD da Unifatecie. 
● Atuação em Atendimento Clínico e Domiciliar de Idosos.
● Atuação em Nutrição Hospitalar e Oncologia por 10 anos.
● Atuação em cuidados de Idosos em Lisboa, Portugal.
● Atuação em ONG Tenho Fome-Aldeia Nissi em Kuito-Bié/Angola.
CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/3002735943031079
http://lattes.cnpq.br/3002735943031079
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja muito bem-vindo (a)! Caro (a) aluno (a)! 
Seja bem-vindo (a) à disciplina de Nutrição no Envelhecimento. Esta disciplina 
abordará diversos assuntos relacionados ao estado nutricional do idoso. Os tipos de 
avaliações, conceitos, principais mudanças que acontecem no processo de envelhecimento.
Para isso estudaremos essa disciplina em quatro unidades na primeira unidade 
falaremos de toda epidemiologia e os processos do envelhecimento, as modificações 
sistêmicas. Já na segunda unidade abordaremos o estado nutricional na geriatria, as avaliações 
nutricionais, recomendações e necessidades diárias, e os principais diagnósticos nutricionais.
Na terceira unidade trataremos dos aspectos nutricionais envolvendo as doenças 
mais comuns, também trataremos de assuntos importantes e bem comuns nos idosos que 
são as úlceras por pressão e disfagias.
E na nossa última unidade iremos falar do manejo nutricional, de terapia nutricional 
oral, enteral e parenteral, assim como os aspectos farmacológicos. Espero que essa 
disciplina contribua muito para seu aprendizado e desenvolvimento como um excelente 
profissional. Abraços e excelente estudo!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 3
Envelhecimento e Conceitos
UNIDADE II ................................................................................................... 16
Estado Nutricional em Geriatria
UNIDADE III .................................................................................................. 34
Nutrição no Envelhecimento
UNIDADE IV .................................................................................................. 50
Implicações Nutricionais das Alterações do Envelhecimento
3
Plano de Estudo:
● Epidemiologia e Processos do Envelhecimento;
● Modificações fisiológicas e sistêmicas no envelhecimento;
● Processo de envelhecimento nos sistemas.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os conceitos que envolvem o envelhecimento,
 as modificações fisiológicas e sistêmicas que ocorrem 
nessa etapa da vida, para poder gerir o cuidado;
● Entender os conceitos, e aplicações é possível estabelecer uma linha de 
cuidados mais eficiente, ocasionando maior qualidade de vida ao idoso.
UNIDADE I
Envelhecimento 
e Conceitos
Profa. Esp. Verônica Graciela Rapcinski
4UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
INTRODUÇÃO
Iniciaremos essa unidade falando sobre os processos do envelhecimento, seus 
conceitos, aplicações. Ao estudar o envelhecimento e cada processo vivenciado pelo idoso 
é necessário conhecer os conceitos mais comuns e usuais como gerontologia, geriatria, 
senescência, senilidade e quarta idade.
Você também estudará cada modificação fisiológica vivenciada pelo nossos 
idosos, todo o processo de envelhecimento que acometem os sistemas como o sistema 
musculoesquelético e toda perca muscular e diminuição da força, a sarcopenia que passa 
a ser vivenciada, osteoporose, as limitações nas atividades do cotidiano. Assim como as 
alterações nos sistemas renais, cardiovascular, neurológico e psicossocial.
Que você possa compreender cada mudança que envolve o envelhecimento para 
então conseguir estabelecer uma linha de cuidados e ações preventivas proporcionando 
assim maior qualidade de vida ao idoso.
Bons estudos!
5UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
1. EPIDEMIOLOGIA E PROCESSOS DO ENVELHECIMENTO 
O processo de envelhecimento populacional brasileiro e suas consequências já 
são realidade do nosso cotidiano, sabemos que para cada uma dessas transformações 
demográficas foram muitos anos envolvidos até chegar a realidade de hoje. Não é 
exclusividade do Brasil o envelhecimento populacional, esse aumento na porcentagem 
do número de idosos é mundial, tanto em países industrializados ou em desenvolvimento, 
tanto na população mundial quanto no Brasil, predomina o sexo feminino (NUNES; 
FERRETI e SANTOS, 2012).
Sim a população brasileira envelhece em ritmo acelerado, devido ao crescimento 
no número dos idosos, pois vem ocorrendo uma diminuição da mortalidade, e a queda na 
fecundidade.
Podendo ocorrer variação no envelhecimento, para alguns ocorre de forma mais 
lenta e gradativa e para outros de forma mais rápida, sendo essas variações associadas ao 
estilo de vida, aspectos socioeconômicos e as doenças crônicas. O envelhecimento pode 
variar de indivíduo para indivíduo, sendo gradativo para uns e mais rápido para outros.
Cerca de 36% dos pacientes hospitalizados que utilizaram suporte nutricional no 
Grupo de Apoio Nutricional Enteral e Parenteral (GANEP) eram idosos, isso mostra que 
esse grupo tem alto risco de necessidade de hospitalizações e cuidados nutricionais, pois 
cercade 85% desse grupo possuem alguma forma de doença crônica (WAITZBERG, 2009).
6UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
Mas é preciso analisar se este envelhecimento tem sido saudável, ou marcado 
por inúmeras doenças e limitações na funcionalidade e autonomia do idoso. Não basta ter 
muitos anos de vida, mas é importante garantir e levar cuidados, prevenções, orientações 
para que o idoso tenha garantido o máximo possível de um envelhecimento saudável.
Para compreender o processo do Envelhecimento, se torna necessário conhecer 
os conceitos envolvidos, dentre eles cito e descrevo alguns:
GERONTOLOGIA: representa a ciência que estuda o processo de envelhecimento 
humano, nos aspectos clínicos, biológicos, assim como as condições psicológicas, 
sociais, econômicas e históricas que envolvem todo o processo. Possui caráter 
multi e interdisciplinar, contando com o apoio dos profissionais de diversas áreas 
no intuito de planejar, criar e estar organizando projetos que busquem atender as 
necessidades globais da pessoa idosa.
GERIATRIA: um ramo da medicina, ou seja, uma especialidade médica que estuda 
e trata das doenças ligadas ao envelhecimento, focando no estudo, na prevenção e 
no tratamento de doenças e da incapacidade em idades avançadas.
IDOSO: no Brasil é considerado idoso indivíduo com faixa etária de 60 anos ou 
mais, já segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cronologicamente, em 
países industrializados, seriam idosos aqueles indivíduos com 65 anos de idade ou 
mais, quando se encerra a fase economicamente ativa e começa a aposentadoria
SENESCÊNCIA: são todas as alterações que ocorrem no organismo humano no 
decorrer o tempo, porém não caracterizam doenças, mas as alterações decorrentes 
de processos fisiológicos do envelhecimento. Exemplo: a diminuição da visão, 
perda leve da audição e da memória.
SENILIDADE: vai acontecendo declínio gradual na funcionalidade dos sistemas 
corporais, por isso a senilidade é caracterizada como processo patológico de 
envelhecimento, em que ocorre desgaste célula, declínio gradual no funcionamento 
dos sistemas corporais: cardiovascular, respiratório, genital, urinário, endócrino e 
imunológico.
QUARTA IDADE: representa a classificação etária para indivíduos que passaram 
dos 80 anos (MENDES, 2014).
Dessa forma, a soma da gerontologia com a geriatria forma o espectro do 
envelhecimento (MAHAN e RAYMOND, 2018).
7UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
A partir dos 30 anos de idade acontece o fim do período de crescimento humano, 
iniciando a fase chamada: As doenças e as funções afetadas não são necessariamente 
partes inevitáveis do envelhecimento, claro que existem sim as mudanças sistêmicas com 
o processo do envelhecimento, alterações essas que diferem em graus de eficiência e 
diminuição da capacidade funcional. A genética, doenças, estado socioeconômico, o estilo 
de vida são fatores determinantes na progressão do envelhecimento de cada indivíduo. 
Dessa forma, a expressão externa da idade, pode ou não refletir a idade cronológica, 
devendo eliminar assim (MAHAN e RAYMOND, 2018).
Atualmente, é notável ver idosos ativos com 70 anos ou mais, que trabalham, 
praticam atividades físicas, participam de maratonas, pescarias, fazem levantamento de 
pesos, viagens, dançam entre outras atividades.
8UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
2. MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS E SISTÊMICAS NO ENVELHECIMENTO
 
Sabe-se que o envelhecimento é marcado por uma série de mudanças, pois o 
mesmo é um processo ativo e gradual, cercado de alterações tanto morfológicas, quanto 
bioquímicas e funcionais que vão mudando toda a dinâmica e fisiologia do organismo. 
Essas alterações exigem o conhecimento do profissional para exercer um cuidado dinâmico 
e atento pois essas alterações podem trazer o desenvolvimento de inúmeras patologias, 
que acabam por alterar a funcionalidade e qualidade de vida do idoso.
No aspecto fisiológico percebe-se várias alterações nas funções orgânicas que 
acontecem devido ao avançar dos anos de vida, acarretando na perca da funcionalidade e 
capacidade em manter em equilíbrio e homeostase o organismo, devido exclusivamente aos 
efeitos da idade avançada sobre o mesmo, no qual cada uma dessas funções fisiológicas 
vai declinando gradualmente (CHAGAS e ROCHA, 2012).
Com a idade, ocorrem mudança nos órgãos, em sua funcionalidade e capacidade, 
tornando-se necessário o discernir as mudanças e alterações que são normais do 
envelhecimento e as mudanças causadas por doenças crônicas, como no caso da 
aterosclerose (MAHAN e RAYMOND, 2018).
Ocorre redução da estatura, diminuição do peso, inúmeras mudanças em toda a 
composição corporal, sobretudo redução gradativa, qualitativa e quantitativa, da massa 
muscular esquelética. 
9UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
Essa redução da massa muscular acontece a partir dos 40 anos de idade, uma média 
de 8% por década até os 70 anos, aumentando para 15% por década, e por consequência 
acontece perda de 10 a 15% de força nas pernas até os 70 anos e de 25 a 40% após essa 
idade (SILVA; MARUCCI e ROEDIGER, 2016).
Também são perceptíveis as mudanças na composição corporal, a estatura diminui 
cerca de 1 cm por década após os 40 anos, devido a alterações nas vértebras levando a 
diminuição da coluna vertebral. Começa a ocorrer perca de massa óssea cerca de 3,3% em 
homens e 1% em mulheres ao ano, e após a menopausa nas mulheres essa perca irá aumentar 
em até dez vezes. Com essa perca óssea pode acontecer osteoporose, claro que esse processo 
que ocasiona em fragilidade dos ossos está relacionado com a redução da absorção de cálcio, 
que está inteiramente ligada a ingestão do mesmo ao longo dos anos de vida.
No sistema muscular ocorre perca de massa muscular e diminuição de peso. Claro 
que essa perca irá depender do estado nutricional e nível de atividade e sedentarismo do 
idoso e até o aspecto hereditário. Os músculos têm o processo de atrofia de forma diferente 
no mesmo indivíduo, podendo desenvolver uma sarcopenia. Todas as perdas são importantes 
pois evidenciam à estreita ligação entre massa muscular e força (CHAGAS e ROCHA, 2012).
Ocorre aumento do tecido adiposo na região abdominal, o que aumenta o risco 
para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, ao mesmo tempo pode ocorrer a 
redução da gordura subcutânea, o que dificulta a manutenção do calor corporal.
Lembrando que no processo de envelhecimento o sistema nervoso é o mais 
comprometido no sistema fisiológico, sendo o responsável pelos movimentos, sensações, e 
funções psíquicas. O cérebro reduz de tamanho e peso. Com essa redução de massa neural 
ocorre a perda neuronal, uma atrofia cortical, em que a região de atividade neural que está 
relacionada a função cognitiva apresenta menor ativação coordenada, a qual está inteiramente 
ligada a esse fraco desempenho dos domínios cognitivos (CHAGAS e ROCHA, 2012).
Também ocorre no organismo do idoso a redução do teor de água, podendo levar 
à desidratação. Alterações nas glândulas salivares, podendo ocasionar a xerostomia 
e diminuição na produção da amilase salivar, essas alterações dificultam a digestão e 
deglutição, a xerostomia é extremamente comum nos idosos que fazem uso de medicamentos 
e/ou quem apresenta doenças sistêmicas (CHAGAS e ROCHA, 2012).
Ocorre declínio nas competências sensoriais, em que os órgãos dos sentidos 
sofrem alterações, como no paladar, redução da capacidade auditiva, acuidade visual, 
redução do olfato. Mudanças essas que acabam por contribuir para uma ingesta insuficiente 
e ocasionar na desnutrição.
10UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
Essas alterações ocorridas no envelhecimento para os sentidos do paladar, olfato e 
tato podem induzir ao apetite insatisfatório, a escolhas inadequadas de alimentos e, também, 
ingestão insuficiente dos nutrientes necessários, claro pode ocorrer a disgeusia (paladar 
alterado), a perda de paladar ou hiposmia (redução do sentido do olfato)relacionadas 
ao envelhecimento, porém, muitas dessas alterações são derivadas de medicamentos 
(MAHAN e RAYMOND, 2018)
A prebiacusia é o tipo mais comum de perda de audição nos idosos, sendo 
estabelecida como é definida como redução da capacidade auditiva a qual se relaciona 
ao envelhecimento devido a alterações degenerativas, a qual faz parte do processo geral 
do envelhecimento do organismo, ela tem predomínio de 40 a 60% nos idosos com idade 
superior a 75 anos e mais de 80% em pacientes com idade superior a 85 anos. Nesse 
processo de perca auditiva, existem algumas vitaminas que acabam por contribuir como a 
vitamina B12, pois esse nutriente geralmente se apresenta deficiência na dieta dos idosos, 
o qual tem associação ao aumento de zumbidos nos ouvidos, presbiacusia e redução 
na audiometria do tronco encefálico. A vitamina D também pode ter um papel na perca 
auditiva, pois a mesma atua no metabolismo de cálcio, que é responsável pela transmissão 
de fluídos e nervos, e também na estrutura óssea (MAHAN e RAYMOND, 2018).
A deficiência da saúde oral, a perca de dentes, uso de dentaduras, a xerostomia 
(boca seca), redução na sensibilidade gustativa fatores e alterações que prejudicam a 
mastigação e deglutição afetando e comprometendo assim, a dieta e nutrição do idoso 
(MAHAN e RAYMOND, 2018).
Alterações gastrointestinais, redução na função da mucosa gástrica levando 
a incapacidade para a resistência aos danos, tais como úlceras, câncer e infecções, a 
gastrite causa inflamação e dor, o esvaziamento gástrico tardio, provocando desconforto. 
A biodisponibilidade de nutrientes fica afetada devido a essas alterações, como a de 
cálcio e zinco, aumentando o risco de desenvolver doença de deficiência crônica como a 
osteoporose (MAHAN e RAYMOND, 2018).
O fator intrínseco, junto ao ácido gástrico são necessários para absorção da 
vitamina B12, mas no processo de envelhecimento ocorre a acloridria que é caracterizada 
pela produção insuficiente de ácido clorídrico pelo estômago
A prevalência de constipação em que os movimentos intestinais se tornam mais 
lentos, ocorrendo dificuldade ou esforço excessivo para evacuar, causando dor, devido as 
fezes endurecidas, e esvaziamento incompleto do intestino, sua prevalência tem aumento 
com a idade (MAHAN e RAYMOND, 2018).
11UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
3. PROCESSO DE ENVELHECIMENTO NOS SISTEMAS
 
3.1 Sistema Metabólico:
São inúmeras alterações na composição corporal do idoso, entre elas ocorre a redução 
da massa muscular esquelética, aumento da gordura corporal principalmente na região 
abdominal, isso tudo associado ao desenvolvimento da sarcopenia, que tem sido considerada 
um problema de saúde pública, infelizmente associada a outras doenças crônicas, o que 
acaba por afetar a qualidade de vida do idoso, sua funcionalidade, acarretando em problemas 
econômicos, sociais e de saúde do mesmo (PIERINE; NICOLA e OLIVEIRA, 2009).
Também existe a obesidade sarcopênica no idosos em que há excesso de tecido 
adiposo, porém, a perca de massa magra.
Dos 20 aos 60 anos ocorre uma redução de cerca de 40% do tecido muscular 
esquelético, isso ocorre também nos indivíduos ativos e saudáveis que acabam por ter 
uma perca muscular de 1 a 2% no ano, nos membros inferiores, e um aumento na gordura 
corporal de 7,5% por década, sendo mais acentuado após os 50 anos de idade. (PIERINE; 
NICOLA e OLIVEIRA, 2009)
É necessário entender a importância do tecido muscular esquelético, pois ele é o 
maior tecido do corpo, e também maior componente proteico da compleição corporal. Na des-
coordenação nervosa e no imobilismo ocorre a hipotrofia muscular e desmineralização óssea 
e assim perca da força, equilíbrio e diminuição da autonomia para com as atividades de vida 
diária, aumentando o risco de quedas, fraturas ósseas (PIERINE; NICOLA e OLIVEIRA, 2009).
12UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
3.2 Sistema Cardiovascular:
As alterações incluem complacência das paredes arteriais, redução da frequência 
cardíaca máxima, -adrenérgicos, aumento da massa muscular do ventrículo esquerdo e 
relaxamento ventricular mais lento. Muitas vezes, o resultado final de hipertensão e doença 
arterial é a insuficiência cardíaca crônica.
3.3 Sistema Renal:
Durante o processo de envelhecimento os rins são os órgãos mais afetados, 
apresentam constante perda de nefróns e redução na taxa de filtração glomerular, assim 
como diminuição do seu tamanho e peso até os 80 anos cerca de 10 a 43% de redução, 
mostrando que durante o envelhecimento o rim é afetado pela idade. Lembrando que os 
rins são os principais órgãos do sistema excretor, desempenhando funções vitais como 
eliminar toxinas que resultam do metabolismo corporal, garantir homeostasia hídrica do 
organismo e atuar como órgãos produtores de hormônios.
3.4 Sistema Musculoesquelético:
Com o passar dos anos vai ocorrendo a diminuição da densidade dos ossos, 
acelerando nas mulheres após o período da menopausa, também acontecem alterações nas 
cartilagens e tecido conjuntivo, devido a rigidez que acontece nas cartilagens o idoso tem 
a amplitude de seus movimentos limitadas, gerando um quadro de limitações no aparelho 
locomotor, principalmente nas Atividades de Vida Diária (AVD), acontece o envelhecimento 
musculoesquelético, principalmente sarcopenia (enfraquecimento muscular), osteoporose 
(perda óssea), e as alterações tróficas dos pés, marcada pela osteoartrose devido as 
alterações inflamatórias, autoimunes e traumáticas, causando alteração na mobilidade e 
no equilíbrio. Tudo isso aumenta as chances de queda, fraturas e atrofias, nos idosos
3.5 Sistema Neurológico:
Ao falar de inteligência cognitiva, é necessário compreender que se refere a inteligência 
que se liga à função executiva, ou seja, a habilidade em planejar, em dar continuação, e 
de executar atividades cognitivas, e também do automonitoramento. No envelhecimento 
começa a ocorrer falhas e lapsos de memória, lentificação para executar as atividades, pode 
também ocorrer a demência sendo, está mais comum em idosos acima dos 70 anos. É bem 
perceptível perda de memorização para números, listas de compras, endereços, assim como 
lembrar o nome das pessoas. Requer bastante cuidado e atenção para com o idoso que tem 
apresentado esses lapsos, pois as tarefas cotidianas podem apresentar risco à saúde, como 
por exemplo esquecer o fogão aceso, a torneira aberta, a chave dentro do carro, não trancar 
a casa entre outras (CAMARGOS; LEHNEN e CORTINAZ, 2018).
13UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
Há uma deteriorização do cérebro, com perda de líquido e nutrição, o metabolismo 
energético fica mais lento, fazendo as sinapses perderem a velocidade.
3.6 Sistema Psicossocial:
O idoso não tem participação de integração na sociedade, ele sofre uma 
marginalização social, o que acaba por agravar os problemas já vivenciados no processo 
de envelhecimento. A atual sociedade está despreparada para lidar com a população que 
está ficando cada vez mais envelhecida. Os grupos de convivência de idosos por exemplo 
são muito importante e ajudam nas mudanças de vida que acontece na velhice, o idoso 
se sente reintegrado socialmente, pois sofrem muito com a solidão, a improdutividade, as 
limitações físicas, relacionais causadas por diversos fatores como viuvez, aposentadoria, 
solidão, distância dos filhos e netos (KROEF, 1999).
 
SAIBA MAIS
Sarcopenia é definida como uma síndrome caracterizada pela perda progressiva e 
generalizada de massa e força muscular, podendo levar a deficiências físicas, baixa 
qualidade de vida e morte. Antigamente, a sarcopenia era avaliada apenas sobre a 
massa muscular, mas atualmente a força resultante também é avaliada e computada 
em seu diagnóstico. 
Fonte: CAMARGOS, D. L. Crescimento, desenvolvimento e envelhecimento humano [recurso eletrônico] Gus-
tavo Leite Camargos, Alexandre Machado Lehnen, Tiago Cortinaz. Porto Alegre: SAGAH, 2019. Disponível em:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595028692/pageid/191. Acesso em: 15 jul. 2022.
REFLITA
“Ninguém envelhece apenas por viver vários anos. Nós envelhecemos abandonando 
nossos ideais. Os anos podem enrugar a pele, mas desistir do entusiasmo enruga a 
alma.” Samuel Ullman.
Fonte: LUCENA, S. Envelhecimento, frases, pessoas idosas. 2017. Disponível em:
https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/14-das-melhores-citacoes-sobre-o-envelhecimento/. 
Acesso em: 15 jul. 2022.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595028692/pageid/191
https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/14-das-melhores-citacoes-sobre-o-envelhecimento/
14UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nessa primeira unidade de estudos você aluno (a) pode conhecer os principais 
conceitos utilizados no envelhecimento, assim como conheceu as principais mudanças 
que acontecem nos sistemas metabólicos, cardiovasculares, renais, musculoesqueléticos, 
neurológicos e psicossociais.
Conhecendo as mudanças você consegue perceber o que está dentro da normalidade 
esperada e as mudanças que estão relacionadas a progressão de uma doença instalada por 
exemplo, para poder realizar cuidados eficazes e garantir uma velhice ativa e de qualidade.
Espero vocês na próxima unidade.
15UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Nutrição da Gestação ao Envelhecimento
Autor: Márcia Regina Vitolo.
Editora: Rubio.
Sinopse: Nutrição – da Gestação ao Envelhecimento apresenta 
a prática da abordagem nutricional em todos os estágios da vida, 
sem deixar de fornecer as bases teóricas e científicas e as políticas 
públicas que alicerçam o dia a dia do profissional dessa área. O 
conteúdo apresentado deixa evidente a enorme distinção entre as 
ações relacionadas à prevenção e ao tratamento dos problemas 
nutricionais. Tal percepção é essencial para maior efetividade da 
promoção à saúde. A fundamentação científica aliada à interpre-
tação crítica e aplicada à realidade brasileira é o destaque desta 
obra. Assim, os exemplos práticos e os estudos de casos clínicos 
possibilitam uma formação acadêmica diferenciada e a atualização 
dos profissionais de Nutrição.
FILME/VÍDEO 
Título: Antes de Partir
Ano: 2007.
Sinopse: O bilionário Edward Cole e o mecânico Carter Chambers 
são dois pacientes terminais em um mesmo quarto de hospital. 
Quando se conhecem, resolvem escrever uma lista das coisas que 
desejam fazer antes de morrer e fogem do hospital para realizá-las.
16
Plano de Estudo:
● Avaliação do estado nutricional dos Idosos;
● Métodos Subjetivos e Objetivos, MAN e NRS-2002;
● Necessidades nutricionais em Geriatria;
● Diagnósticos Nutricionais.
Objetivos da Aprendizagem:
● Entender as mudanças na composição corporal, fisiológicas que possam acontecer 
com os idosos durante o processo do envelhecimento e que 
venham a trazer alterações no estado nutricional;
● Aprender alguns métodos utilizados para avaliar o 
estado nutricional do idoso e suas mudanças;
● Compreender as necessidades nutricionais e requeridas para a idade 
nesse processo de envelhecimento, garantindo uma melhor 
qualidade de vida e se possível livre de danos e doenças;
● Entender os diagnósticos nutricionais.
UNIDADE II
Estado Nutricional 
em Geriatria
Profa. Esp. Verônica Graciela Rapcinski
17UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 17UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
INTRODUÇÃO
A nutrição da população geriátrica tem papel fundamental tanto para promover a 
saúde, quanto para colaborar na manutenção da capacidade funcional dessa população, 
pois garantir o bom estado nutricional dos idosos irá ajudar a manter um bem-estar físico e 
psicológico, pois a alteração do estado nutricional gera grandes impactos na saúde do mesmo.
Visando o bem-estar e cuidado do idoso, nessa unidade iremos tratar de assuntos 
que envolvem a avaliação nutricional do idoso, métodos subjetivos e objetivos. Assim como 
conhecer as necessidades nutricionais e principais diagnósticos nutricionais, para identificar 
possíveis carências e riscos nutricionais que possam comprometer a saúde do idoso. 
Sejam muito bem-vindos a essa unidade de estudo e conhecimento!
Bons estudos!
18UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 18UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
1. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS IDOSOS
 
Os cuidados com a alimentação da população, surgiram na Primeira Guerra Mundial, 
as dietistas dispensavam assistência alimentar visando combater a desnutrição e promover 
a saúde dos indivíduos. A nutrição tem um papel fundamental na promoção da saúde e na 
capacidade funcional dos idoso, pois o estado nutricional gera um grande impacto no que 
se refere ao bem-estar físico e psicológico do idoso. Para garantir a manutenção e melhora 
do estado nutricional do idoso, é necessário levar o acompanhamento através da avaliação 
nutrição, e proporcionar intervenções adequadas, ingestão recomendada de nutrientes 
específicos (SILVA; MARUCCI e ROEDIGER, 2016).
Garantir o acesso à nutrição adequada, em todos os ciclos e fases da vida, favorece 
um desenvolvimento de qualidade a cada ano vivido, de tal forma que o envelhecimento seja 
ativo com independência, com autonomia e felicidade. contribui para o bom desenvolvimento 
e agrega qualidade de vida aos anos vividos, proporcionando um envelhecimento ativo com 
independência, autonomia e felicidade (SILVA; MARUCCI e ROEDIGER, 2016).
A nutrição mostra seu papel quanto a modulação do processo do envelhecimento, 
na causa das doenças e declínios funcionais que estejam ligados a idade, portanto para 
garantir uma assistência adequada e eficiente a avaliação e o monitoramento nutricional 
se tornam indispensáveis para um bom planejamento de ações na promoção da saúde 
(TAVARES et al., 2015).
19UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 19UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
Nesse grupo etário a avaliação nutricional precisa acontecer de maneira reflexiva, 
crítica e mais humanizada, lembrando que existe uma série de fatores que determinam direta 
ou indiretamente o processo de envelhecimento, entre eles: o isolamento social, doenças, 
incapacidades, alterações fisiológicas e biológicas. As informações coletadas através 
dos dados socioeconômicos, dietéticos, bioquímicos, antropometria e clínicos trazem a 
avaliação nutricional que nada mais é que a interpretação de todas essas informações 
obtidas. As quais contribuem para o desenvolvimento de um diagnóstico coletivo, a triagem 
e identificação dos indivíduos em risco, para a vigilância nutricional, o estabelecimento e 
avaliação de políticas e programas (TAVARES et al., 2015).
Na prática clínica e epidemiológica a Antropometria Nutricional é amplamente 
utilizada para avaliar o estado nutricional, é um método prático, apresenta baixo custo, os 
equipamentos utilizados são portáteis e ela também revela alterações nutricionais de forma 
eficiente e precoce. Porém, na avaliação nutricional do idoso, as dificuldades se apresentam 
devido as modificações físicas e na composição corporal presentes na idade, as quais 
acabam por interferir tanto na coleta como na análise dessas medidas antropométricas, 
pois as alterações se apresentam na diminuição da estatura, desidratação, massa muscular 
e densidade óssea reduzida, elevação na gordura corporal e uma redistribuição, perca de 
elasticidade da pele entre outras (TAVARES et al., 2015).
QUADRO 1 - ALTERAÇÕES E AGRAVOS RELACIONADOS COM O ENVELHECIMENTO:
Alterações Agravos
Redução da massa muscular SarcopeniaRedução da capacidade funcional
Redução da água corporal Desidratação
Redução da massa mineral óssea Osteoporose
Aumento e redistribuição de gordura 
corporal
Obesidade, diabetes, dislipidemias, 
doenças cardiovasculares
Fonte: Adaptado de: Sampaio (2004).
Acompanhar a velocidade de perda da massa corporal (peso) neste grupo é muito 
importante, pois ele é um indicador de risco nutricional, quando por exemplo temos uma 
mudançano peso involuntária ou recente. Na prática clínica, a classificação de gravidade 
pela porcentagem de perda de peso sobre o peso total do indivíduo relacionada ao tempo 
é amplamente utilizada.
20UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 20UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
TABELA 1 - CLASSIFICAÇÃO % DE PERDA DE PESO:
TEMPO PERDA SIGNIFICATIVA PERDA GRAVE
1 semana 1% a 2 % >2%
1 mês 5% >5%
3 meses 7,5% >7,5%
6 meses 10% >10%
Fonte: Adaptado de: Mussoi (2014).
Para melhor compreensão da tabela acima quanto ao % de perca de peso, imagine 
a seguinte situação, um idoso de 80 anos, que tinha um peso usual de 75 Kg, apresentou 
uma perca de 10 Kg nos últimos 6 meses. Essa perca representa mais de 10% do seu 
peso usual, segundo a tabela acima ela representa uma perca de peso grave, esse idoso 
apresenta risco nutricional.
Já na avaliação da estatura, acontece uma redução com a idade, pois o idoso tem 
aumento da curvatura da coluna, em resultado do achatamento dos discos intervertebrais 
e outras alterações como a osteoporose, cifose dorsal, escoliose, perda do tônus muscular, 
arqueamento dos membros inferiores, achatamento do arco plantar. Em se tratando no 
valor da redução da estatura com a idade, não há um consenso, as medidas utilizadas 
estão entre 0,5 a 2 cm/ década, cerca de 60 anos, e se acentua no decorrer e avançar dos 
anos, em ambos os sexos (TAVARES et al., 2015).
Mas nas situações de impossibilidade de obter a medida da estatura, seja por situações 
posturais acentuadas ou a condição do idoso estar acamado ou ser cadeirante, utiliza-se 
a medida da altura do joelho, para fazer o cálculo de estimativa de altura, assim como nos 
casos de impossibilidade de pesar o indivíduo utilizando uma balança, também é possível 
estar estimando o peso através de outras medidas corporais como circunferência do braço e 
panturrilha, altura do joelho, e aferir a dobra cutânea subescapular (TAVARES et al., 2015).
A estimativa de altura corpórea é um método utilizado para obter a medida da 
altura do paciente, porém não realizando a medida antropométrica real, ela é utilizada 
quando realizar a medida de maneira convencional da altura não é possível. Para utilizar 
essa fórmula é necessário verificar a idade, sexo, raça e altura do joelho do paciente 
(WAITZBERG et al., 2011).
21UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 21UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
1.1 Fórmula utilizada para estimativa de peso, de acordo com (MUSSOI, 2014):
Homens: [ (0,98 × CP) + (1,16 × AJ) + (1,73 × CB) + (0,37 × PCSE) – 81,69 ];
Mulheres: [ (1,27 × CP) + (0,87 × AJ) + (0,98 × CB) + (0,4 × PCSE) – 62,35 ];
CP = circunferência da panturrilha (cm); 
AJ = altura do joelho (cm); 
CB = circunferência do braço (cm); 
PCSE = prega cutânea subescapular (mm).
1.2 Fórmula utilizada para estimativa de altura, de acordo com Mussoi (2014):
Homens
Estatura (cm) = [ 64,19 – (0,04 × idade [anos]) ] + (2,02 × altura do joelho [cm])
Mulheres
Estatura (cm) = [ 84,88 – (0,24 × idade [anos]) ] + (1,83 × altura do joelho [cm])
22UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 22UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
2. MÉTODOS SUBJETIVOS E OBJETIVOS, MAN E NRS-2002
Na avaliação Nutricional são utilizados alguns métodos diretos, em que em sua 
classificação se dividem em objetivos e subjetivos.
Métodos objetivos: avaliação antropométrica, bioimpedância e exames bioquímicos.
Métodos subjetivos: Exames clínicos (sinais e sintomas), avaliação subjetiva 
global (ASG).
Abaixo descreveremos os métodos:
Avaliação Antropométrica: Também chamada de antropometria nada mais é que 
uma série de medidas físicas, corporais, feitas através de métodos já padronizados e 
valores de referência definidos. As medidas utilizadas são peso, altura, índice de massa 
corporal (IMC), circunferências, e dobras cutâneas. Pode ser feita a realização de medidas 
primárias (peso e altura), e a partir destas então é possível fazer a aferição das medidas 
secundárias utilizando cálculos, como o IMC, cálculos de percentual de gordura corporal 
entre outros. Classificando o paciente avaliado através dos parâmetros acima citados. A 
antropometria é uma ferramenta muito importante e útil na prática clínica (MUSSOI, 2014).
As circunferências realizadas são: Circunferência do braço (CB), circunferência da 
panturrilha (CP), circunferência da cintura (CC), e circunferência do quadril (CQ) além da 
altura do joelho, essas circunferências são a soma de áreas com tecidos ossos, muscular, 
gorduroso e epitelial, as quais indicam a reserva proteica.
23UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 23UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
É importante dizer que a circunferência da panturrilha é amplamente utilizada na 
avaliação de idosos, pois essa é a medida mais sensível de perca de massa muscular, 
superior a circunferência do braço.
Bioimpedância Elétrica BIA: método não invasivo, baseado no princípio da 
condutividade elétrica para estimar os compartimentos corporais. Para melhor compreensão 
entenda que os tecidos magros devido à alta quantidade de água e eletrólitos eles são 
altamente condutores de corrente elétrica, já por outro lado, a gordura e ossos são 
condutores fracos da corrente elétrica. Na avaliação corporal realizada através do aparelho 
de bioimpedância (BIA), acontece a passagem de uma corrente elétrica de baixa amplitude e 
de alta frequência a qual mensura na resistência (R), reatância (Xc), impedância (Z) e ângulo 
de fase (f). A corrente elétrica passa através de um condutor e essa passagem depende do 
volume do condutor, do corpo, do comprimento do condutor, que corresponde à altura, e de 
sua impedância, que indica a resistência à passagem de corrente elétrica (MUSSOI, 2014)
Ela valia risco de morbimortalidade pois a massa magra é um preditor de 
sobrevivência no caso das doenças graves e crônicas nãos transmissíveis, mostra a 
quantidade de gordura, massa magra e água corporal.
Exames Bioquímicos: esses exames são indicadores que fornecem medidas objetivas 
das alterações orgânicas e do estado nutricional, e através destes podemos ter a identificação 
precoce de problemas nutricionais mesmo antes de sinais e sintomas de deficiência ou 
excesso de nutrientes percebido pelo paciente e também é possível monitorar o tratamento. 
Exames Clínicos (sinais e sintomas): Deve ser realizado de forma sistêmica e 
progressiva, ou seja, da cabeça aos pés. Checando de maneira geral o estado do paciente, 
sinais vitais, se há depleção de tecidos, se a pele está íntegra, hidratada, com feridas, 
pigmentação. Verificar cabelos, queda, couro cabeludo, alopecia, coloração da pele, 
olhos, nariz, língua. Edemas, lesões, caquexia, sondas, drenos, forma do abdome se está 
distendido ou escavado (MUSSOI, 2014).
Avaliação Subjetiva Global (ASG): método de baixo custo, simples, o qual pode ser 
realizado por qualquer profissional da equipe multiprofissional de terapia nutricional. Método de 
triagem nutricional que evidencia complicações que estejam relacionadas com a desnutrição.
24UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 24UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
FIGURA 1 – AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL
 
Fonte: Detsky et al. (1987).
Triagem para risco nutricional (NRS): A triagem para risco nutricional (NRS-2002, 
do inglês nutritional risk screening), é um instrumento básico utilizado na triagem nutricional, 
a diferença é a inclusão de todos os pacientes clínicos, cirúrgicos e os demais presentes 
no âmbito hospitalar, abrangendo todas as condições patológicas. Podendo ser utilizada 
em indivíduos adultos, independentemente da doença e da idade. É um dos métodos mais 
recomendado. A parte importante é que em se tratando dos idosos, eles recebem especial 
atenção por parte da NRS-2002, tendo a maior pontuação final na classificação do risco 
nutricional (MUSSOI, 2014).
2.1 NRS-2002
QUADRO 2 – ETAPA 1
Triagem inicial SIM NÃO
1) O IMC é < 20,5Kg/m²
2) O paciente perdeu peso nos 3últimos 
meses?
3) O paciente teve sua ingestão dietética 
reduzida na última semana?
4) O paciente é gravemente doente?
Fonte: A autora (2022).
25UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 25UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
Se obtiver alguma resposta “sim” passar para a 2ª etapa. Repetir a cada 7 dias 
caso não obtenha nenhuma resposta positiva.
QUADRO 3 – ETAPA 2
Fonte: A autora (2022).
Escore do estado nutricional:____ Escore da gravidade da doença:____
Escorrre do estado nutricional + gravidade da doença:
Se o paciente tem 70 anos ou mais some um ponto no escore:_____ Escore 
Total_____
Estado nutricional Gravidade da doença (aumento das 
necessidades nutricionais)
0 ausência escore Estado nutricional 
normal.
0 ausência escore Necessidades 
nutricionais normais
1 leve escore
Perda de peso > 5% em 
3 meses ou ingestão 
alimentar na última 
semana entre 50-75% 
das necessidades 
nutricionais.
1 leve escore
Fratura de quadril, pa-
cientes crônicos, em par-
ticular com complicações 
agudas: cirrose, DPOC, 
hemodiálise, diabetes, 
oncologia. Paciente 
fraco, mas deambula.
2 moderado escore
Perda de peso > 5% em 2 
meses ou IMC entre 18,5 
– 20,5 + condição geral 
prejudicada (enfraquecida) 
ou ingestão alimentar 
na última semana entre 
25-60% das necessidades 
nutricionais.
2 moderado escore
Cirurgia abdominal de 
grande porte, AVC. 
Pneumonia grave, doença 
hematológica maligna 
(leucemia, linfoma). 
Paciente confinado ao 
leito.
3 grave escore
Perda de peso > 5% em 1 
mês (> 15% em 3 meses) 
ou IMC < 18,5 + condição 
geral prejudicada (en-
fraquecida) ou ingestão 
alimentar na última 
semana entre 0-25% das 
necessidades nutricionais.
3 grave escore
Trauma, transplante de 
medula óssea, paciente 
em terapia intensiva 
(APACHE > 10).
Classificação
Escore total : ≥ 3 pontos = risco nutricional.
Escore ≥ 3 pontos = risco nutricional.
Paciente dve ser reavaliado semanalmente. Porém, se o paciente tiver indicação de 
cirurgia de grande porte, deve-se considerar plano de cuidado nutricional preventivo 
para evitar riscos associados.
26UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 26UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
3. NECESSIDADES NUTRICIONAIS EM GERIATRIA:
Necessidade nutricional tem por definição as quantidades de nutrientes e energia 
disponíveis nos alimentos, que um indivíduo saudável precisa ingerir para garantir as 
suas necessidades fisiológicas normais e também precaver possíveis deficiências. Essas 
necessidades são individuais e estão expressas em médias para grupos semelhantes da 
população (CUPPARI, 2014).
Quando se trata do grupo de idosos é preciso estar atento a vulnerabilidade e 
particularidades dessa população. Quando falamos do planejamento dietético é preciso 
analisar a necessidade energética total e o objetivo do tratamento, se é correção de 
nutrientes, uma patologia específica, aumento ou redução de peso. No envelhecimento 
acontecem declínio na taxa metabólica em repouso, principalmente devido a redução das 
células musculares metabolicamente ativas (SILVA; MARUCCI e ROEDIGER, 2016).
A idade não pode ser a única forma de se caracterizar o paciente geriátrico, mas 
sim pelo alto grau de fragilidade, doenças presentes, as quais são mais comuns por volta 
dos 80 anos de idade. (WIDTH, 2018)
Alguns fatores como essa redução nas taxas metabólicas, as reduções das 
atividades físicas sejam cotidianas ou programadas, gastando assim menos energia, 
contribuem para o aumento de peso. Os idosos são grupos muito susceptíveis a carências 
nutricionais, portanto é preciso cautela com dietas muito rígidas para redução de peso. 
Para a correta interpretação do IMC (Índice de Massa Corporal) nos idosos é preciso adotar 
padrões de referência específico (SILVA; MARUCCI e ROEDIGER, 2016)
27UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 27UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
TABELA 2– ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
 
Fonte: Lipschitz (1994).
A partir de 65 anos ou mais, há um aumento no risco de mortalidade em indivíduos 
com índice de massa corporal (IMC) inferior a 23 kg/m2, e a perda de peso seja involuntária 
ou não intencional é um fator de risco nutricional mais significativo entre os idosos.
De maneira geral a regra para estabelecer a necessidade calórica diária do idoso é 
que ele receba 30 kcal/kg/dia, e a oferta proteica deve ser de 1g/kg/dia no mínimo. Claro que 
esses valores devem ser ajustados conforme o nível de atividade física, o estado nutricional 
do idoso, a sua tolerância, a presença de doenças e comorbidades. Se não houver deficiência 
de micronutrientes específicos, deve se ofertar as quantidades que são recomendadas para 
idosos saudáveis. Orientar corretamente os profissionais de saúde e cuidadores do idoso, 
assim como familiares envolvidos sobre as necessidades nutricionais, a dieta e planejamento 
dietético, para que estes estejam atentos as quantidades ingeridas por esses idosos.
Na oferta de macronutrientes temos as seguintes recomendações:
Carboidratos: 50 a 60% do VET (valor energético total) da dieta, cerca de 130g/dia, 
e a ingestão de açúcares simples <10% do VET.
As Fibras são recomendadas para homens 30g/dia, e para mulheres cerca de 21g/dia.
Proteínas: 10 a 35% do VET, de 0,8g a 1,0g/kg/dia em idosos saudáveis.
Lipídios: 15 a 30% do VET, sendo <10% de ácidos graxos saturados, 6 a 10% 
ácidos graxos poli-insaturados, 5 a 8%, ácido graxo ômega- 6, 1 a 2% ácidos 
graxos ômega -3.
Nos micronutrientes temos os minerais:
Cálcio a absorção se apresenta diminuída nos idosos devido a redução da resposta 
do intestino para a Vitamina D ativa (1,25- diidroxicolecalciferol), com a menopausa as 
mulheres têm necessidade aumentada e a suplementação se torna necessária.
28UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 28UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
A ingestão recomendada de cálcio é de 1200 mg acima de 50 anos.
O Ferro também apresenta redução, muitas vezes devida gastrite, úlceras 
gastrointestinais e câncer devido as perdas sanguíneas, a recomendação é 8 mg/ dia. Com 
a redução do zinco o idoso fica mais susceptível a infecções, recomendação de 8 mg/dia 
para mulheres e 11 mg/dia para homens.
Deficiência de vitamina B6 é comum em idosos alcoólatras, 1,5 mg/dia para mulheres 
e 1,7 mg/dia para homens. Pode ocorrer prejuízo na absorção da vitamina B12 nos idosos 
devido atrofia gástrica, anemias, medicamentos, bariátricas. A recomendação é de 2,4 mcg/dia.
Não podemos esquecer da importância de manter a hidratação dos nossos idos, 
eles têm menos percepção da sede e são mais vulneráveis a desidratação, geralmente 
para idosos o cálculo da ingestão hídrica é 40 ml/kg de peso, estimulando também o 
trânsito intestinal, e ajudando em sintomas de constipação bem comum os idosos, mantem 
a umidade da boca, além de melhorar a absorção dos nutrientes.
Quando idoso não consegue ter uma boa ingestão alimentar, prejudica assim sua 
necessidade e aporte calórico necessário, é preciso suplementar, com a devida prescrição 
do médico ou nutricionista.
29UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 29UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
4. DIAGNÓSTICOS NUTRICIONAIS
O termo “diagnóstico” se refere ao parecer clínico no qual é descrito o estado de 
saúde do paciente, na área de atuação do profissional. A saúde e nutrição tem elos fortes, 
e o estado nutricional e cada aspecto que esteja interligado a alimentação do paciente 
acaba sendo um interesse em comum de diversos profissionais. O diagnóstico em nutrição 
é especifico do nutricionista, em que o diagnóstico, seja médico ou de enfermagem pode ou 
não, ter relação com as intervenções do nutricionista. Mesmo diante do diagnóstico médico ou 
de enfermagem permanecer o diagnóstico em nutrição, assim como a intervenção nutricional 
deverá resolver o problema, ele atua como um qualificador, descrevendo o problema na 
forma de “excessiva”, “subótima”, “aumento”, “alteração”, entre outros (MARTINS, 2016).
Agora citaremosalguns diagnósticos de Nutrição para conhecimento e futura 
intervenção nutricional. Entre os diagnósticos de nutrição temos:
4.1 INGESTÃO: aqueles problemas ligados à ingestão de energia,
nutrientes, líquidos e substâncias bioativas por via oral, sonda e 
parenteral.
Como por exemplo: 
● Aumento do gasto energético;
● Ingestão subótima de energia;
● Ingestão excessiva de energia;
● Ingestão insuficiente da energia estimada;
● Ingestão excessiva da energia estimada;
30UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 30UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
● Aumento das necessidades de nutrientes (especificar);
● Desnutrição;
● Desnutrição relacionada à inanição;
● Desnutrição relacionada à condição ou doença crônica;
● Desnutrição relacionada à injúria ou doença aguda;
● Ingestão subótima de energia e proteína;
● Diminuição das necessidades de nutrientes (especificar);
● Desequilíbrio de nutrientes. (MARTINS,2016)
4.2 NUTRIÇÃO CLÍNICA: representam os problemas nutricionais identificados 
os quais se relacionam as condições clínicas ou físicas.
● Dificuldade na deglutição;
● Dificuldade na mordedura/mastigação;
● Dificuldade na amamentação;
● Alteração na função gastrintestinal;
● lnteração na utilização de nutrientes (especificar);
● Alteração nos valores laboratoriais relacionados à nutrição (especificar);
● Interação fármaco-nutriente (especificar);
● Interação prevista de fármaco-nutriente (especificar);
● Condição crônica de peso ou alteração de peso, quando comparado com o usual 
ou o desejado;
● Baixo peso;
● Perda de peso involuntária;
● Sobrepeso/obesidade;
● Sobrepeso, adulto ou pediatria;
● Obesidade, pediatria;
● Obesidade, classe I;
● Obesidade, classe II;
● Obesidade, classe III;
● Ganho de peso involuntário;
● Taxa de crescimento abaixo do esperado;
● Taxa de crescimento excessiva;
31UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 31UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
Existem inúmeros outros diagnósticos nutricionais. Mas aqui apontamos os principais. 
Lembrando que os domínios e definições de diagnósticos nutricionais foram padronizados 
em: Ingestão, Nutrição Clínica e Comportamento/Ambiente Nutricional (MARTINS, 2016).
SAIBA MAIS
Você sabia que a medida realizada no perímetro da panturrilha, é um indicativo para 
diagnosticar desnutrição nos idosos?
Essa medida é realizada com o indivíduo sentado, com a perna relaxada ou em pé 
com peso distribuído nos dois pés de forma igual, é passada a fita métrica em volta da 
panturrilha na área de maior protuberância, se a medida for <31 cm indica Desnutrição.
Fonte: A autora (2022). 
REFLITA
“Se o tempo envelhecer o seu corpo mas não envelhecer a sua emoção, você será 
sempre feliz”. Augusto Cury (1958).
Fonte: FRASES.ART. Disponível em: https://frases.art.br/augusto-cury/se-o-tempo-envelhecer-o-seu-
-corpo-mas-nao-envelhecer-a-sua-sera.htm. Acesso em: 14 jul. 2022.
https://frases.art.br/augusto-cury/se-o-tempo-envelhecer-o-seu-corpo-mas-nao-envelhecer-a-sua-sera.htm
https://frases.art.br/augusto-cury/se-o-tempo-envelhecer-o-seu-corpo-mas-nao-envelhecer-a-sua-sera.htm
32UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 32UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na segunda unidade de estudos, falamos de assuntos extremamente importantes 
relacionados ao cuidado do idoso, entre eles parte do tema da nossa disciplina a avaliação 
nutricional do idoso, as principais formas, medidas, e diagnósticos de nutrição. 
Conhecendo as necessidades do idoso, as principais alterações você será capaz 
de avaliar possíveis carências, deficiências e excessos de nutrientes que possam estar 
prejudicando saúde do nosso paciente. 
Até a próxima unidade.
33UNIDADE I Envelhecimento e Conceitos 33UNIDADE II Estado Nutricional em Geriatria
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Diagnósticos em Nutrição- Fundamentos e implementação 
da Padronização Internacional
Autor: Cristina Martins.
Editora: Artmed.
Sinopse: Esta obra apresenta a proposta de padronização 
nacional e internacional do cuidado de nutrição, com ênfase 
especial na terminologia dos diagnósticos. Com linguagem 
simples, é referência essencial ao discutir o uso de uma mesma 
terminologia para identificar problemas cujas intervenções são de 
responsabilidade do nutricionista.
 
FILME/VÍDEO 
Título: O curioso caso de Benjamin Button
Ano: 2008.
Sinopse: Benjamin Button é um homem que nasce idoso e 
rejuvenesce à medida que o tempo passa. Doze anos depois de 
seu nascimento, ele conhece Daisy, uma criança que entra e sai 
de sua vida enquanto cresce para ser dançarina. Embora tenha 
todos os tipos de aventuras incomuns, sua relação com Daisy o 
faz acreditar que os dois se encontrarão no momento certo da vida.
34
Plano de Estudo:
● Recomendações Dietéticas no Envelhecimento; 
● Aspectos nutricionais voltados às doenças mais comuns dos idosos;
● Recomendações nutricionais na disfagia e úlcera de pressão.
Objetivos da Aprendizagem:
● Entender as recomendações dietéticas estabelecidas para o idoso, para conseguir 
compreender possíveis carências e deficiências que ele possa estar vivenciando;
● Aprender sobre as necessidades nutricionais do idoso, para identificar carências 
nutricionais, assim como compreender os diagnósticos nutricionais;
● Conhecer quais são as recomendações nutricionais para garantir melhor cuidado e 
evolução do idoso em processos de disfagia e úlceras de pressão.
UNIDADE III
Nutrição no 
Envelhecimento
Profa. Esp. Verônica Graciela Rapcinski
35UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
INTRODUÇÃO
Chegamos a nossa terceira unidade, nessa etapa da aprendizagem, vocês poderão 
aprender a importância de manter nosso idoso em bons cuidados nutricionais, no plano 
de cuidados é muito importante conhecer as necessidades nutricionais na geriatria, que 
vão de acordo com a idade. Conhecendo a real necessidade que nosso idoso tem de 
micronutrientes, vitaminas, minerais assim como os macronutrientes, para que ele tenha 
garantido o recebimento de um aporte calórico, energético e proteico adequado.
Iremos aprender sobre o aspecto nutricional envolvendo as principais doenças como 
distúrbios cardiovasculares, obesidade sarcopênica, doença de Alzheimer, osteoporose, 
neoplasias e seus efeitos adversos.
Você irá aprender as alterações nutricionais na disfagia e úlcera de pressão.
Sejam bem-vindos (as) a mais essa unidade de estudo e conhecimento!
Bons estudos!
36UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
1. RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS NO ENVELHECIMENTO
Junto a todas alterações ficas e psicológicas causadas no processo do 
envelhecimento, vem as mudanças nas necessidades nutricionais, e por sua vez, o estado 
nutricional é afetado. Fatores como doenças crônicas, uso de vários fármacos (polifarmácia) 
acentuam a necessidades de ingestão de nutrientes o que acaba por resultar em desnutrição. 
Existem inúmeros estudos que apontam que a desnutrição é comum entre a população 
idosa, com prevalência entre 12 e 50% dos pacientes hospitalizados e 23 a 60% dos idosos 
que permanecem em instituições de longa permanência. Também existe a anorexia do 
envelhecimento, a qual acontece devido a inapetência e ingestão alimentar que reduzem e 
modificam drasticamente se comparado a adultos mais jovens (WIDTH e REINHARD, 2018).
Essas mudanças coligadas ao envelhecimento acabam por afetar as necessidades 
de vários nutrientes essenciais, de uma forma geral, acontece a diminuição das 
necessidades de alguns nutrientes, como a da necessidade energética. Todavia, também 
existem nutrientes que terão necessidades em quantidades maiores. Por exemplo, dois 
nutrientes muito importantes e de maneira particular preocupantes nos idosos é a vitamina 
B12 e vitamina D, estudos mostram que 6% de indivíduos com idades maiores de 60 anos 
apresentam deficiência de vitamina B12 (WIDTH e REINHARD, 2018). 
37UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
Um dos motivos é a redução na produção de ácido clorídrico (acloridria) a qual ocasionaem má absorção, assim como uso de fármacos redutores da produção de ácido clorídrico, 
principalmente os inibidores da bomba de prótons, tudo nisso reduz significativamente a 
absorção de vitamina B12. Com o envelhecimento, o indivíduo se expõe cada vez menos a 
luz solar, o que aumenta a deficiência de vitamina D, a má absorção também está ligada às 
doenças crônicas e a ingestão alimentar insuficiente (WIDTH e REINHARD, 2018).
Inúmeros fatores associados a velhice acabam por levar ao isolamento social, e 
interferir na alimentação do idoso, como uso de grandes quantidades de medicamentos, 
perda de cônjuges, perda da autonomia e autocuidado e a mudança profissional com a 
chegada da aposentadoria (SILVA; MARUCCI e ROEDIGER, 2016).
Recursos econômicos insuficientes vindos de pensões e aposentadorias, mitos, 
tabus e crenças relacionadas a alimentação são muito comuns entre os idosos, e acabam 
por interferir na ingestão alimentar do mesmo. A nutrição deve construir maneiras para 
que esse aporte e ingestão calórica aumentem e atinjam níveis adequados, adequando a 
maneira de preparar os alimentos conforme necessidade fisiopatológicas, visando facilitar 
a digestão, otimizando valor nutritivo dos alimentos, apresentando os alimentos através de 
preparos que despertam os sentidos (SILVA, 2016).
Já vimos nas unidades anteriores que o envelhecimento traz prejuízos na 
absorção, no uso e na excreção de nutrientes. Existem recomendações mais específicas 
que são fundamentais para os idosos, de acordo com as Diretrizes Alimentares para 
americanos de 2010 são elas: 
● Manter o equilíbrio de energia ao decorrer dos anos, visando adquirir e manter um 
peso corporal que seja saudável. Garantir os padrões de alimentação saudável limitando 
a ingestão de sódio, gorduras sólidas, a adição de açúcares e de grãos refinados. 
Aumentar as atividades físicas reduzindo o tempo gasto com atividades sedentárias.
● Focar em consumo de bebidas e alimentos que estejam enriquecidos de 
nutrientes. Escolher produtos lácteos e leite livre de lipídeos ou que seja com baixo 
teor de lipídeos, peixe e frutos do mar, carnes magras e aves domésticas, ovos, 
feijões e ervilhas, nozes e sementes. Escolher vegetais, frutas, grãos integrais e 
leite e produtos lácteos para adquirir mais potássio, fibras alimentares, cálcio e 
vitamina D como nutrientes de grande importância. Buscar ingerir variedade de 
vegetais, dando preferência aos vegetais verde-escuros, vermelhos e laranjas, 
feijões e ervilhas. E que no consumo de grãos metade seja de grãos integrais.
38UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
● Buscar o consumo de alimentos enriquecidos com vitamina B12, como os cereais 
fortificados, ou suplementos alimentares. 
● Para garantir um padrão alimentar saudável, ele deve evitar doenças transmitidas 
por alimentos. Mantendo os quatro princípios da segurança alimentar são eles: 
limpar, separar, cozinhar e refrigerar, no qual estes irão trabalhar em conjunto para 
reduzir o risco de doenças transmitidas por alimentos. 
● Limitar o consumo de álcool, que seja com moderação, sendo até uma vez por 
dia para mulheres e duas vezes por dia para homens (MAHAN, 2018).
Abaixo segue tabela de alterações das necessidades nutricionais com o 
envelhecimento e suas possíveis e algumas soluções:
FIGURA 1 - ALTERAÇÕES DO ENVELHECIMENTO
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/olho-pele-cobertura-enrugado-7544830/
TABELA 1 - ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS DO ENVELHECIMENTO E ALGUMAS SOLUÇÕES
Nutrientes Alterações Soluções
Energia-Kcal
Queda na taxa do metabolismo 
basal, diminuição das 
necessidades energéticas cerca 
de 3% por década em adultos.
Fornecer e incentivar o consumo 
de alimentos ricos em nutrientes 
e em quantidades adequadas às 
necessidades calóricas.
Proteínas
Variação das necessidades, confor-
me presença de doenças crônicas, 
redução na absorção e síntese.
Não aumentar constantemente 
na rotina, pois o excesso poderá 
trazer prejuízo e desgaste 
desnecessário dos rins.
39UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
Carboidratos e Fibras
A presença de constipação nos 
idosos é bem comum.
Incentivar o consumo de 
carboidratos complexo como: 
legumes, vegetais, grãos integrais, 
frutas pois os menos irão fornecer 
fibras, vitaminas essenciais, 
minerais. O aumento do consumo 
de fibras acarretará em melhora 
no trânsito intestinal e terá o 
efeito laxativo, especialmente em 
adultos idosos.
Lipídeos É bem comum o diagnóstico de 
doenças cardíacas em idosos.
Não restringir excessivamente 
as gorduras, pois acarretará 
em mudança no sabor, textura, 
afetando de maneira negativa 
a dieta. Mas ofertar gorduras 
saudáveis.
Vitamina B12
Devido à baixa ingestão, redução 
na produção do ácido gástrico, o 
qual facilita a absorção dessa vita-
mina, acaba por aumentar o risco 
de deficiência.
Ingerir alimentos enriquecidos 
com B12 como cereais ou suple-
mentos.
Vitamina D
Deficiência na síntese, redução a 
exposição solar, menor capacidade 
de conversão dos rins para ativar 
a forma hormonal, aumenta o risco 
de deficiência.
Suplementação muitas vezes é 
necessária, porém é acessível.
Cálcio
Além da redução na absorção, 
apenas 4% das mulheres e 10% 
dos homens com idade acima 
de 60 anos ou mais cumprem as 
recomendações preconizadas 
através de fontes alimentares.
Recomenda-se a ingestão de 
alimentos que sejam fortificados 
assim como as fontes alimentares.
Potássio
Alguns medicamentos de uso con-
tínuo como diuréticos depletam 
esse mineral.
Ingestão de frutas e vegetais.
Sódio
Seja na hipernatremia causada 
por excesso alimentar e desidra-
tação ou na hiponatremia causada 
por retenção de líquidos, ambas 
acarretam em risco e danos.
Reduzir a ingestão de sódio diária 
para 1500 mg.
Zinco
A deficiência traz prejuízo na 
imunidade, paladar, acarreta em 
anorexia, e cicatrização tardia de 
feridas e surgimento de úlceras 
de pressão.
Fazer ingestão de fontes 
alimentares como: carnes 
magras, ostras, produtos lácteos, 
feijões, amendoim, frutos secos e 
sementes.
Fonte: Adaptado de: Mahan (2018).
40UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
2. ASPECTOS NUTRICIONAIS VOLTADOS ÀS DOENÇAS MAIS 
COMUNS DOS IDOSOS
 
2.1 Nutrição nos Distúrbios Cardiovasculares
A aterosclerose é a base fisiopatológica para o aparecimento dos distúrbios 
cardiovasculares, o qual vem se desenvolvendo por décadas. Estudos comprovam, como 
fatores de risco para a formação de aterosclerose e demais complicações, o papel inquestionável 
das dislipidemias, LDL-colesterol elevado e HDL colesterol diminuído, hipertensão arterial 
sistêmica (HAS), tabagismo, idade e também o diabetes melito (DM). A formação da placa 
de ateroma na parede dos vasos sanguíneos, às consequências clínicas, tais como o infarto 
agudo do miocárdio (IAM), o Acidente Vascular Cerebral (AVC), estão profundamente ligadas 
aos fatores de risco cardiovascular acima mencionados (CUPPARI, 2019).
Em que a melhor estratégia para diminuição das morbimortalidades é a prevenção, 
a terapia nutricional é a primeira conduta nesse manejo em conjunto com as ações da equi-
pe multidisciplinar, é indicado consumo de fibras, a soja em substituição à proteína animal, 
os fitosteróis (abacate, castanhas de caju, sementes de girassol, feijões) que diminuem a 
absorção do colesterol alimentar. Assim como alimentos antioxidantes e vitaminas como C 
e E, carotenoides, flavonoides (suco de uva integral, chá-verde) (CUPPARI, 2019).
41UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
2.2 Nutrição na Obesidade Sarcopênica
No envelhecimento quando a diminuição da massa muscular e perca da força e 
função, acontece então a sarcopenia, já a obesidade no envelhecimento é caracterizada 
ao aumento de gordura abdominal, o tecido gorduroso exerce maior infiltração no fígado e 
músculos, o que acarreta em perca de força, o músculo perde a qualidade, causando assim 
dano a capacidade funcional. O pior desfecho é quando acontece a presença da obesidade 
esarcopenia juntas, acarretando em pior desfecho. Na conduta nutricional da obesidade 
sarcopênica, é necessário priorizar dois pontos, o valor calórico que está sendo ofertado, 
lembrando que há uma redução no gasto energético com a idade, podendo ofertar cerca 
de 20 a 25 kcal/kg planejado para que a perca de peso seja gradativa e não afete a massa 
muscular de maneira significativa, e outro fator é a oferta proteica, a recomendação é de 0,8/
kg/dia, porém, vários estudos demonstram eu variar de 1 a 1,5g/kg/dia tem mais eficiência 
no que se refere ao metabolismo proteico dos idosos (AQUINO e PHILIPPI, 2016).
FIGURA 2 – ALZHEIMER E O ESQUECIMENTO
 
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/adulto-sozinho-solitario-borrao-8172324/
2.3 Nutrição na Doença de Alzheimer
Doença degenerativa caracterizada principalmente pelo déficit de memória, 
prejuízo das funções cognitivas (linguagem, desempenho intelectual) perdendo a 
autonomia cada vez mais.
É importante ressaltar o papel da dieta, pois quando adequada, ela pode contribuir 
na resistência aos problemas mentais e se inadequada o risco acaba por aumentar.
42UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
Normalmente os portadores de doença de Alzheimer apresentam perca de peso, em 
que um em cada sete que recebem esse diagnóstico, apresenta desnutrição, tendo o pior 
desfecho no estado cognitivo. Isso mostra a importância de monitorar o estado nutricional de 
tais indivíduos, ter uma dieta balanceada tanto em energia quanto em nutrientes específicos 
como antioxidantes, ácido fólico, vitamina B6 e B12, vitamina D, flavonoides, fibras. Assim 
como é de extrema importância o cuidado nutricional, de acordo com a fase da doença se 
leve, moderada ou severa, pois na fase leve ocorre perca de sensibilidade gustativa e limiar 
da sede, sendo importante o uso de ervas e especiarias seja para temperar os alimentos 
como aromatizar a água. Na fase moderada, começa a acontecer o esquecimento da 
realização das refeições, uma estratégia possível é fracionar a dieta em várias refeições. 
Tanto na fase moderada, quanto na severa, acontece o risco de disfagia sendo importante 
o uso de espessantes. E quanto mais severa e avançada a progressão da doença, maior 
necessidade de entrar com suporte nutricional enteral (AQUINO e PHILIPPI, 2016).
2.4 Nutrição na Osteoporose
Doença caracterizada por baixa massa óssea e decomposição do tecido ósseo, 
sendo maior o risco de fraturas por osteoporose com o avançar da idade. Na fase inicial 
é de fácil diagnóstico e prevenção, antes de acontecer fraturas. Nos idosos, sua etiologia 
é diferente, pois no idoso acontece o hiperparatireoidismo secundário à hipocalcemia, e 
o declínio hormonal são os principais causadores, mas também pode acontecer na pós-
menopausa com o déficit de estrogênio. Fatores como tabagismo, etilismo, sedentarismo, 
dieta pobre em cálcio e vitamina D, assim como elevada ingesta de fósforo na dieta, 
artrite reumatoide, hipertireoidismo, má absorção gastrointestinal entre outras, uso de 
corticosteroide induzem a perca de massa óssea. Na terapia nutricional, é importante 
manter uma dieta rica em Cálcio e vitamina D para minimizar o risco de fraturas. Mulheres 
acima de 50 anos, preconiza-se o consumo de 1200 mg de Cálcio por dia, o ideal é que seja 
1500 mg/dia, além da pequena exposição ao sol para que ocorra a produção de vitamina D 
(RAMOS e CENDOROGLO, 2011). 
2.5 Nutrição nas Doenças Neoplásicas
Quando ocorre uma proliferação anormal do tecido, fugindo do controle do organismo 
e tendo efeito agressivo ao hospedeiro, acontece o câncer ou neoplasia. Dependendo da 
agressividade, localização do tumor, assim como órgãos que estão envolvidos poderá 
acontecer um dano grave ao estado nutricional do idoso, como a desnutrição e a caquexia, 
além dos efeitos adversos da terapia antineoplásica que o paciente sofre. 
43UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
O objetivo da terapia nutricional no paciente oncológico é evitar o hipercatabolismo 
proteico, assim como diminuir a morbimortalidade associada a desnutrição, oferecendo 
energia, fluidos e nutrientes com quantidades ideais garantindo assim as funções vitais e 
atividade do sistema imunológico. Muitas vezes é necessário mudar a consistência da dieta 
para melhor aceitação e até tolerância como pastosa, líquida e fazer uso de suplementos 
hipercalóricos e hiperproteicos (SILVA e MARUCCI, 2016).
Para reduzir os efeitos adversos causados pelo tratamento, sugere algumas 
orientações, como no caso de:
Náuseas e vômitos: fazer o consumo de alimentos mais gelados, ou em temperatura 
ambiente, aumentar o fracionamento e diminuir a quantidade das refeições, chupar 
gelo, picolés de frutas cítricas. Evitar doces concentrados, frituras, alimentos 
gordurosos, condimentos fortes, se deitar logo após as refeições;
Alteração do paladar: fazer uso de balas azedas ou ácidas, gelatina de limão, 
temperos naturais, bochecho com chá de camomila antes das refeições. Evitar 
alimentos muito quentes ou muito gelados.
Mucosite: fazer uso de alimentos mais macios e pastosos, alimentos gelados ou em 
temperatura ambiente, e necessário em casos mais graves liquidificar os alimentos. 
Evitar alimentos ácidos, picantes, com muito sal e quentes. 
Xerostomia: ingerir alimentos com caldos e molhos, chupar balas azedas ou 
ácidas, picolés ou gelos, fazer a ingestão em abundância de líquidos como chás, 
sucos e água. Evitar alimentos secos.
Constipação intestinal: ingerir frutas laxativas como ameixa, mamão, laranja, 
abacate e banana nanica. Líquidos em abundância, legumes e verduras de preferência 
crus devido à presença de fibras, frutas com casca e bagaço. Evitar maisena, tapioca, 
sagu, banana prata, banana maçã, pera e maçã sem casca, goiaba e caju.
Diarreia: fazer a ingestão de líquidos em abundância, consumir batata, chuchu, 
cenoura cozida, aipim, inhame, cará, arroz, macarrão, torradas, biscoito de água e 
sal ou de maisena e carnes grelhadas. Evitar leite e derivados, margarina, manteiga, 
banha, creme de leite, frituras, condimentos picantes, embutidos, cereais integrais, 
alimentos que causam flatulência (SILVA e MARUCCI, 2016). 
44UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
3. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NA DISFAGIA E ÚLCERA DE PRESSÃO
3.1 Disfagia
Qualquer alteração que possa acontecer no desempenho da deglutição causando 
a dificuldade de engolir alimentos e líquidos se refere a disfagia. A dificuldade de estar 
deglutindo líquidos ralos, inclusive a saliva, a qual necessita de coordenação e controle, o 
risco de ter pneumonia aspirativa aumenta, e assim a disfagia pode resultar em desnutrição 
e desidratação. Quando o paciente está tentando se adaptar a essa condição acaba por 
modificar a consistência das preparações, adicionando mais água por exemplo e diminuindo 
assim a densidade calórica dos alimentos (SILVA e MARUCCI, 2016).
O resultado desses danos e dificuldades para estar conseguindo se alimentar é 
o prejuízo no estado nutricional do paciente, levando a desnutrição. É preciso levar em 
consideração os indicadores bioquímicos e antropométricos, assim como toda a análise do 
consumo alimentar (CUPPARI, 2019).
O nutricionista tem um papel de extrema importância, adequando a necessidade 
e oferta calórica, junto a ingestão e adequação também da consistência da dieta para 
facilitar a deglutição e oferta proteica ideal diminuindo assim o risco de desnutrição (SILVA 
e MARUCCI, 2016).
A terapia nutricional na disfagia tem como objetivo garantir a adaptação da dieta de 
acordo com o grau de disfagia, e promoção e recuperação do estado nutricional. 
45UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
Lembrando que tudo irá depender do grau da disfagia, como a dieta por via oral e a 
consistência. Pode acontecer a indicação de nutrição enteral, principalmente quando a disfagia 
acontece inclusive com os líquidos. Ofertar dieta hipercalórica e hiperproteica, enriquecendo 
as preparaçõespor via oral. Caso ocorra inflamação da mucosa esofágica devido ao atrito com 
algum alimento não deglutido, é preciso evitar sucos e frutas ácidas, assim como condimentos 
e especiarias picantes que possam causar irritação da mucosa e dor. Não se esquecer da 
temperatura, não podendo ofertar alimentos com altas temperaturas (CUPPARI, 2019).
Essa tríade que envolve a disfagia, desnutrição e o envelhecimento deve receber 
atenção e alerta dos profissionais da saúde tanto para com à manutenção e/ou melhora 
do estado nutricional destes pacientes que acabam por estar sob risco potencial, como o 
tratamento deve contribuir na melhora clínica, nutricional e também na qualidade de vida 
(AQUINO e PHILIPPI, 2016).
QUADRO 1 - CONSISTÊNCIA DE LÍQUIDOS ESPESSADOS
Consistência Descrição da Consistência Exemplos
Rala Líquidos ralos
Água, gelatina, café́, chás, sucos, 
refrigerantes
Néctar
O líquido escorre da colher 
formando um fio
Suco de manga, ou pêssego ou 
iogurte de beber
Mel O líquido escorre da colher 
formando um V Mel
Creme ou Pudim
O líquido se solta da colher caindo 
em bloco
Creme de abacate e iogurtes 
cremosos
Fonte: Adaptado de: Aquino (2016).
FIGURA 3 – IDOSO HOSPITALIZADO BRONCOASPIRAÇÃO
 
Fonte:https://br.freepik.com/fotos-gratis/medica-colocando-mascara-de-oxigenio-no-rosto-do-pacien-
te_8237009.htm#page=2&query=idoso%20hospitalizado&position=46&from_view=search
46UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
3.2 Úlcera de Pressão
Com toda essa mudança ocorrida no envelhecimento, e muitas vezes associado 
a patologias que trazem prejuízo no estado nutricional do idoso, como perda de peso, 
massa magra, também ocorre a fragilidade dos tecidos. E junto dessa fragilidade, temos as 
úlceras de pressões que podem ser causadas tanto por fatores externos como internos. São 
definidas como uma região com lesão na pele e tecidos subjacentes, podendo acontecer 
tanto por pressão, tensão e fricção, ou o conjunto de todos esses fatores. 
A predominância dessas lesões varia de 3% a 66% dependendo da condição 
do paciente, das doenças existentes e a forma em que o idoso é tratado, tudo isso gera 
sobrecargas físicas e emocionais, além das sociais tanto para o paciente quanto familiares. 
Essas lesões prejudicam por demais a qualidade de vida do idoso, sua mobilidade, causando 
dor e desconforto. Um idoso em desnutrição proteica calórica está muito mais susceptível 
ao aparecimento desse tipo de lesão. O objetivo da terapia nutricional é reduzir o risco para 
o desenvolvimento dessas lesões, através de uma ingestão dietética e proteica adequada, 
um índice de massa corporal mais próximo do ideal, sem perdas de peso que possam 
agravar o estado nutricional do idoso (CAMPOS et al., 2010).
Deficiências nutricionais de vitaminas A e E, caroteno, de minerais como zinco 
influenciam na cicatrização dos tecidos, além da redução na síntese de colágeno e 
elastina. Os cobres junto ao ferro também trazem o fortalecimento da cicatriz. Assim como 
a inadequação na oferta de carboidratos o que pode ocasionar em degradação muscular, 
redução de tecido adiposo e uma cicatrização deficiente. Oferta adequada e maior de 
proteínas, junto a nutrientes específicos tem mostrado menos risco de desenvolver úlceras 
por pressão devido terem melhor cicatrização dos tecidos (FREITAS et al., 2011).
No manejo nutricional, é importante ofertar energia suficiente tanto para manutenção 
quanto recuperação do estado nutricional e do peso perdido: 30 a 35 kcal/kg/dia, 
aumentando para 35 a 40 kcal/kg/dia para pacientes desnutridos ou que estejam perdendo 
peso. Também garantir o aporte proteico, fornecendo proteínas suficientes para manter um 
balanço nitrogenado positivo e conservar energia: 1,5 a 2,0 g/kg/dia. Se houver suspeita 
ou até mesmo confirmação da deficiência de vitaminas e minerais, ofertar suplemento 
de polivitaminas/minerais que contemple a recomendações diárias dos micronutrientes 
necessários à cicatrização da ferida. Manter suplementação de zinco quando deficiência 
provável ou confirmada (WIDTH e REINHARD, 2018).
 
47UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
SAIBA MAIS
O envelhecimento traz alterações que levam a uma predisposição às lesões cutâneas. 
É o que explica Christiane Machado, diretora científica da SBGG (Sociedade Brasileira 
de Geriatria e Gerontologia): “A pele fica mais delgada, mais frágil, com menos colágeno 
e uma circulação sanguínea menos eficaz. Isso torna a pessoa idosa mais vulnerável”, 
completa. Há aumento de rugosidade na pele, além da redução de glândulas que 
produzem a umidade e as gorduras naturais dos tecidos
Outras condições que aumentam as lesões cutâneas em idosos são: 
● A necessidade de permanecer numa mesma posição; Problemas circulatórios, 
que atrapalham o fluxo do sangue para os tecidos;
● A necessidade de passar longos períodos internados; 
● Têm muito atrito (fricção) com lençol e cobertores; 
● Sudorese aumentada ou diminuída, ou seja, a pele fica ressecada ou muito úmida;
● Alteração da sensibilidade da pele; 
● Higiene inadequada, principalmente quem depende de um cuidador para trocar 
a fralda ou ir ao banheiro; 
● Incontinência urinária e fecal, que deixa a pele úmida com mais frequência;
● Desnutrição ou sobrepeso, já que o estado nutricional altera a cicatrização.
Acesse o site para saber mais sobre: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/03/18/
lesoes-por-pressao-como-evitar-as-feridas-no-idoso-acamado-ou-cadeirante.htm?cmpid=
REFLITA
A beleza dos jovens está na sua força; a glória dos idosos, nos seus cabelos brancos. 
Provérbios 20:29
Fonte: FRASES. 40 Frases sobre idosos para valorizar a melhor idade. Disponível em: https://
www.42frases.com.br/frases-sobre-idosos. Acesso em: 05 ago. 2022.
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/03/18/lesoes-por-pressao-como-evitar-as-feridas-no-idoso-acamado-ou-cadeirante.htm
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/03/18/lesoes-por-pressao-como-evitar-as-feridas-no-idoso-acamado-ou-cadeirante.htm
https://www.42frases.com.br/frases-sobre-idosos
https://www.42frases.com.br/frases-sobre-idosos
48UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nessa terceira unidade, você pode aprender sobre as mudanças que acontecem 
e afetam o estado nutricional do idoso. Assim como as doenças que também acabam por 
ocasionar perda de massa magra, inapetência, e a necessidade de manter um bom estado 
nutricional para garantir a longevidade de qualidade ao nosso idoso.
Espero que você tenha aprendido e mudado sua visão sobre o estado nutricional do 
idoso, garantindo assim um cuidado de excelência com uma visão profissional adequada.
Bons estudos, até a próxima!!!!
49UNIDADE III Nutrição no Envelhecimento
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Tratado de Nutrição em Gerontologia. 
Autor: Maria de Lourdes do Nascimento Silva.
Editora: Manole.
Sinopse: O processo de envelhecimento é, hoje, uma realidade 
mundial, inclusive no Brasil, sendo que a alimentação e a nutrição 
são condições básicas para a manutenção da saúde dos idosos 
em qualquer nível de atenção. Diante de tal cenário, torna-se 
fundamental o estudo e a pesquisa de todos os aspectos que 
envolvem esse grupo populacional, para que se possam elaborar 
estratégias de intervenções nutricionais efetivas e eficientes e, 
assim, contribuir para a longevidade e o envelhecimento bem-su-
cedidos. Baseado nessas considerações, este livro originou-se do 
desejo das organizadoras em suprir a ausência de uma obra que 
pudesse contemplar a nutrição e a alimentação em gerontologia, 
e proporcionar aos profissionais de saúde e aos alunos aprendiza-
gem atualizada e específica sobre essa ciência. Este livro reúne 
os mais diferentes temas da nutrição e da alimentação do idoso, 
possibilitando oportunidade única para produção de conhecimento 
científico inovador na área de nutrição, gerontologia, geriatria, 
medicina e saúde pública.
FILME/VÍDEO
Título: O Escafandro e

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