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05 Psicologia cognitiva e processos cognitivos

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DEFINIÇÃO
Análise dos paradigmas envolvidos na compreensão da resolução de
problemas e da criatividade como processos mentais complexos e suas
contribuições aos estudos em Psicologia Cognitiva.
PROPÓSITO
Identificar, sob o viés da Psicologia Cognitiva, os processos mentais
relacionados à resolução de problemas e omo essa função cognitiva pode
ajudar a compreender o comportamento humano.
MÓDULO 1
 Descrever os principais obstáculos na resolução de problemas e os
fatores de auxílio à resolução de problemas
 Descrever os principais obstáculos na resolução de problemas 
e os fatores de auxílio à resolução de problemas
INTRODUÇÃO
A Psicologia Cognitiva se interessa por compreender os processos internos
relacionados à assimilação de informações provenientes do ambiente –
como são interpretadas e como influenciam no comportamento (EYSENCK;
KEANE, 2017).
Esses processos internos abrangem atenção, memória, percepção,
linguagem, aprendizagem, pensamento, resolução de problemas,
raciocínio e criatividade (STERNBERG, 2010), sendo todos
componentes essenciais para entender como o ser humano pensa e se
comporta (EYSENCK; KEANE, 2017). Essa abordagem psicológica
surgiu em meados da década de 1950, com uma eclosão de
publicações de diversos autores insatisfeitos com a visão behaviorista
baseada no reducionismo fisiológico (OLIVEIRA, 1990).
Os behavioristas orgulhavam-se de terem viabilizado tratar a Psicologia
como uma ciência, com um objeto quantificável, e por serem os primeiros,
nessa área, a pesquisar com respeito ao método científico (BAHLS;
NAVOLAR, 2004). Para isso, os behavioristas desconsideraram a
consciência como variável de seus estudos e passaram a considerar toda
ação humana, até mesmo os processos internos, expressões
comportamentais (GUIMARÃES, 2003).
Segundo essa teoria, o processo de aprendizagem acontece pela relação
estímulo-resposta, desconsiderando a existência dos processos mentais
mediando tal relação. Assim, qualquer manifestação humana poderia ser
explicada por interações comportamentais com o ambiente (GUIMARÃES,
2003).
 
Fonte: macrovector /Freepik
 Interações comportamentais
No entanto, as críticas ao Behaviorismo também foram muitas
(CASTAÑON, 2006). Mesmo que diversos autores tenham se entusiasmado
com as conquistas adquiridas pelos estudos comportamentais, outros se
questionavam se isso era suficiente para explicar os comportamentos mais
complexos dos seres humanos (ROBINS; GOSLING; CRAIK, 1999;
VASCONSELLOS; VASCONSELLOS, 2007).
Talvez houvesse uma forma de discutir e investigar cientificamente a
questão clássica da Psicologia: a existência de processos internos
mediando a relação entre organismo e ambiente (NEUFELD; BRUST;
STEIN, 2011). Afinal, se um indivíduo percebe um estímulo, isso não
aumentará a probabilidade de ele eliciar uma resposta?
 EXEMPLO
Por exemplo, imagine dois irmãos gêmeos idênticos sentados no banco de
uma praça. O da esquerda está muito concentrado em um novo jogo de
celular, e o da direita, esperando ansiosamente a sua vez. De repente, um
colega da escola se aproxima do gêmeo da direita e diz: “Nossa! Que legal
ver vocês aqui! Eu e meus primos estamos brincando de pique-esconde.
Querem participar?” O gêmeo que estava esperando sua vez para brincar
no celular não pensou duas vezes e saiu correndo para se juntar ao grupo,
enquanto o outro sequer ouviu o chamado e permaneceu sentado.
Provavelmente, o gêmeo que ficou no mesmo lugar não ouviu o convite. Por
isso, não desfocou sua atenção, não processou a informação e, portanto,
não eliciou uma nova resposta diante do estímulo.
O condicionamento operante é suficiente para explicar a formação e
cristalização de memórias ou a capacidade de focar e desfocar a atenção?
Os atos reflexos invalidam os processos de raciocínio lógico? É possível,
por meio de estruturas de reforço e punição, compreender pensamentos e
estratégias de resolução de problemas? Essas e muitas outras perguntas
motivaram autores a se debruçar sobre a questão de como o ser humano
processa as informações percebidas a partir do ambiente e o quanto isso
pode influenciar no comportamento (LOPES, 2018; MATLIN, 2012).
 SAIBA MAIS
Ao longo da década de 1950, foram publicados estudos sobre a aquisição
da linguagem, novos modelos sobre os processos de memória, novas
perspectivas sobre o desenvolvimento humano, o aprimoramento da Teoria
da Informação e, não menos importante, a criação dos primeiros
computadores eletrônicos constituindo as bases para a mudança de
paradigma que possibilitou a chamada Revolução Cognitiva. As ciências
cognitivas constituem um campo interdisciplinar de estudos sobre os
processos mentais, contando com trabalhos em Linguística, Psicologia,
Filosofia, Ciência da Computação e Neurociência (CASTAÑON, 2006).
No campo da Psicologia Cognitiva, os autores se propõem a construir
modelos cognitivos do processamento de informações mentais em termos
de atenção, memória, percepção, linguagem, pensamento, resolução de
problemas e criatividade (EYSENK; KEANE, 2017).
Um dos primeiros trabalhos de grande importância foi o de Noam Chomsky,
sobre aquisição da linguagem, indo totalmente de encontro à teoria
behaviorista de comportamento verbal. Para Chomsky, a capacidade de
falar é inata aos seres humanos. Em uma região específica do cérebro,
estão organizadas previamente todas as estruturas da linguagem, que é
desenvolvida na relação do indivíduo com o meio (OLIVEIRA, 1990;
VASCONCELLOS; VASCONCELLOS, 2007; JACKENDOFF; PINKER,
2005).
Outro grande estudo foi a criação de uma nova abordagem teórica para a
memória humana, a qual, segundo Atkinson e Shiffrin (1968), seus
criadores, compreende que o processamento de informações mentais é
semelhante às operações de um computador, progredindo pelo sistema
cognitivo em estágios, assim como mostra o modelo da figura a seguir.
 
Fonte: própria
 Modelo da Memória Humana baseado em Atkinson e Shiffrin (1968)
Os estudos modernos em Psicologia Cognitiva já existem há mais de seis
décadas. Muitos modelos cognitivos foram criados desde então, e diversos
avanços no conhecimento sobre cada uma das funções cognitivas são
obtidos a cada ano. Sabe-se, ainda, que cada uma dessas funções não
atua sem a contribuição de outras em um processo (MATLIN, 2012). Por
exemplo, a resolução de problemas normalmente depende da percepção,
da memória, da atenção e da linguagem.
 DICA
Todos os processos mentais superiores requerem a integração dos
processos cognitivos mais básicos. Consequentemente, tarefas mais
elaboradas, como resolução de problemas e criatividade, são
consideravelmente complexas. Daqui em diante, o texto abordará com mais
detalhes essas tarefas (STERNBERG, 2010).
CICLO DA RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS
Neste vídeo, iremos fazer uma breve contextualização do tema.
TIPOS DE PROBLEMAS
Os problemas podem ser classificados quanto à clareza disponível para a
solução, podendo ser problemas mal definidos ou problemas bem-definidos.
PROBLEMAS BEM-DEFINIDOS
Aqueles problemas em que todos os aspectos estão claramente
estabelecidos são chamados de problemas bem-definidos. Um problema
bem-definido não significa que seja simples de ser resolvido, mas sim que
abrange um estado inicial, estratégias e um objetivo ou solução (por
exemplo, jogo de xadrez).
PROBLEMAS MAL DEFINIDOS
Os problemas mal definidos são aqueles sem caminhos claros e definidos
que levem a uma solução (por exemplo, como ser bem-sucedido no
trabalho). Problemas mal definidos são comuns na vida cotidiana das
pessoas, pois, geralmente, há inúmeras formas de serem resolvidos e os
objetivos podem mudar a todo momento.
Segundo Newell e Simon (1972) , as estratégias que os seres humanos
utilizam para a solução de problemas complexos são afetadas pela
capacidade limitada de armazenar e processar informações. Surge, então, o
questionamento: com essa capacidade limitada de processamento de
informações, como é possível as pessoassolucionarem problemas
bem-definidos?
 RESPOSTA
Nesse caso, as pessoas se valem de estratégias como o algoritmo e a
heurística (EYSENCK; KEANE, 2017).
ALGORITMO
Um algoritmo é um procedimento com um conjunto de instruções passo a
passo que sempre chegará a uma solução correta (DIETRICH; HAIDER,
2015). Embora um algoritmo seja passível de alcançar a solução, pode
também ser ineficiente, uma vez que a pessoa pode ter de tentar todas as
possíveis respostas (MATLIN, 2008).
HEURÍSTICA
A heurística é um atalho mental comum que economiza tempo na resolução
do problema, mas que pode não funcionar em determinadas situações. O
uso dessa estratégia de solução de problemas permite que as pessoas
simplifiquem problemas complexos e reduzam o número total de soluções
possíveis a um conjunto mais gerenciável (STERNBERG, 2010).
Imagine que alguém entrou em uma livraria em busca de um livro sobre
História do Brasil. Para resolver esse problema por algoritmo, a pessoa teria
de olhar livro por livro até encontrar o que procurava, enquanto, pela
heurística, ela pediria ajuda a algum funcionário, faria uma pesquisa no
banco de dados da loja ou procuraria em seções específicas. Veja alguns
exemplos.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Aqui, vemos uma representação de algoritmo. Quando uma pessoa precisa
instalar uma impressora nova e não sabe como fazer isso, ela poderá ler as
instruções descritas no manual que acompanha o produto e, seguindo o
passo a passo, conseguir instalar a impressora.
Já aqui, temos a representação da heurística. Basta o médico ouvir alguns
sintomas relatados pela paciente para se sentir seguro de elaborar uma
hipótese diagnóstica e propor um tratamento. Não foi preciso, nesse caso,
seguir uma lista de instruções do que fazer ou não fazer para se chegar a
uma resposta, mas houve organização de alguns dados para buscar um
atalho para a solução do problema (FIEDLER, 2010). Este é um exemplo de
heurística que, diferentemente dos algoritmos, pode chegar a uma solução
que não é correta (MATLIN, 2008).
Há momentos em que determinado problema se mostra inteiramente novo e
exige do solucionador que avalie a situação de outra perspectiva, diferente
da forma como lida com problemas em geral. Normalmente, esses
problemas são mal definidos e precisam, muitas vezes, serem resolvidos
por meio de insights. Diferentes de um problema comum, problemas de
insight são mais complexos e acabam requerendo reconfiguração cognitiva
para lidar com a situação.
INSIGHTS
Os insights são como soluções repentinas e que consistem em
conceituar o problema e agrupar informações antigas e novas,
combinando-as.
Fonte: fonte.com.br
OBSTÁCULOS E AUXÍLIOS NA SOLUÇÃO
DE PROBLEMAS
javascript:void(0)
javascript:void(0);
É possível dizer que todas as pessoas conseguem resolver seus problemas
sempre que precisam?
 RESPOSTA
Isso é impossível, porque problemas surgem a todo momento e nem
sempre há disponibilidade de ferramentas ou condições para solucioná-los.
No entanto, mesmo que a pessoa tenha condições, sejam elas quais forem,
para responder a uma questão, há obstáculos que a prejudicam a atingir
seu objetivo.
O quadro a seguir aponta alguns desses obstáculos.
Definição de obstáculos à resolução de problemas
Obstáculo Definição
Fixação ou fixidez funcional
Às vezes, as pessoas têm
dificuldade em flexibilizar seu
foco na função comum de um
objeto, dificultando avaliar todas
as possibilidades de que dispõe
para resolver o problema.
Configuração mental ou
entrincheiramento
Tendência a utilizar uma solução
que funcionou no passado para
resolver um problema atual. No
entanto, mesmo não sendo
eficaz, a pessoa tem dificuldade
para se reorganizar mentalmente
e pensar em uma nova solução.
Estereótipos
Tem a ver com crenças
aprendidas desde a infância de
que algumas pessoas ou grupos
sociais têm características
únicas e constantes, levando a
pessoa a soluções falaciosas.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem
horizontal
Há também fatores que facilitam a solução de problemas, se a pessoa tiver
algum domínio da constituição do problema e acesso a uma configuração
mental útil. Com isso, ela pode se beneficiar transferindo essa configuração
mental para solucionar problemas em outras áreas. Esse processo pode ser
feito por intermédio de transferência positiva, transferência de analogia,
incubação e expertise (STERNBERG, 2010).
TRANSFERÊNCIA POSITIVA
A transferência positiva só será possível caso a pessoa consiga utilizar a
experiência de resolução de um problema antigo para solucionar o novo. No
entanto, se essa premissa não for atendida, há a transferência negativa.
Nesse caso, a pessoa pode até se deparar com um obstáculo, já que a
experiência prévia pode criar dificuldade para ela se reorganizar
mentalmente, e tornar o problema mais difícil de ser resolvido
(STERNBERG, 2010 ).
TRANSFERÊNCIA DE ANALOGIA
É possível também que a pessoa busque modelos análogos para a solução
de um problema, de maneira intencional e ativa. Ou seja, a pessoa precisa
estar ciente das semelhanças e do quanto é possível se utilizar dessa
estratégia.
INCUBAÇÃO
A incubação é outra maneira de auxiliar a pessoa a solucionar um
problema. Há uma história antiga de que, certa vez, perguntaram a Isaac
Newton como ele conseguia resolver problemas matemáticos tão
complexos. Ele respondeu dizendo que costumava pensar exaustivamente
em uma solução e, quando não suportava mais refletir sobre ela, desviava
sua atenção e ia pensar em outros problemas ou fazer qualquer outra coisa
diferente. Em seguida, quando menos esperava, a solução para sua
pergunta surgia. Dessa forma, a incubação é deixar o problema de lado por
algum tempo, permitindo que estratégias inadequadas sejam repensadas e
que a pessoa consiga reorganizar-se mentalmente (MATLIN, 2008). Não há
um tempo mínimo e máximo para que a resposta seja obtida.
EXPERTISE
A expertise é uma variável que influencia na solução de problemas.
Expertise refere-se a pessoas com conhecimento especializado em
determinada área, e isso confere a elas habilidades e vasta experiência
consolidadas para lidar com as questões que surgem em sua área de
atuação (MATLIN, 2008). Essas pessoas tendem a superar outras pouco
experientes, porque dispõem de fatores como repertório de resoluções,
variedade de situações-problema e conhecimento prévio, suficientes e
organizados mentalmente, que facilitam o acesso às estratégias mais
adequadas de solução de problemas e em menor tempo (STERNBERG,
2010 ).
 Definição e identificação da criatividade
DEFINIÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DA
CRIATIVIDADE
A criatividade é um construto que intriga os psicólogos cognitivistas, e
muitos autores se debruçaram sobre ela. Segundo Matlin (2012), há uma
concordância de que criatividade é o processo envolvido na produção de
algo original e útil. Isso é válido para qualquer área; portanto, é possível que
essa originalidade seja manifestada na música, na literatura, em uma teoria
ou na construção de um objeto. Embora a criatividade seja um tema que,
para a maioria das pessoas, remeta a algo interessante e inspirador, ela
também é uma área de pesquisa da resolução de problemas.
 
Fonte: Freepik
 Criatividade
A criatividade é um tema muito complexo e, por conseguinte, permeado de
interpretações elaboradas por psicólogos que a entendem por vieses
diferentes. Pode-se entender a criatividade como a quantidade de soluções
originais que se dão a um mesmo problema. Embora essa ideia tenha
encontrado resultados promissores, não avalia se as soluções encontradas
são originais e úteis.
Segundo Sternberg (2010), existem seis fatores que estão relacionados
entre si: inteligência, estilos intelectuais, conhecimento, personalidade,
motivação e ambiente. Uma pessoa pode ter a capacidade criativa que a
permita ser original na maioria das vezes; contudo, sem a disposição de
correr riscos controlados ou de se abrir para novasexperiências,
características relacionadas à personalidade, ela pode perder em
flexibilidade mental para buscar novas soluções.
Se a pessoa estiver inserida em um ambiente que não ofereça pelo menos
um suporte mínimo à criatividade, por meio do acesso a recursos e
estimulação adequada, essa potencial criatividade do indivíduo pode ser
suprimida. Portanto, a aleatoriedade não apenas irá conferir ao indivíduo
toda sua capacidade criativa, mas também estimular o desenvolvimento das
características internas e adequar características externas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUANDO DISPOMOS DE UMA FÓRMULA ESPECÍFICA
PARA SOLUCIONAR DETERMINADO PROBLEMA,
ESTAMOS FALANDO DE:
A) Uma heurística;
B) Uma solução “tentativa e erro”;
C) Um algoritmo;
D) Fixação funcional.
2. ENTRE AS OPÇÕES ABAIXO, ASSINALE AQUELA QUE
NÃO FAZ PARTE DO CICLO DE RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS:
A) Identificar o problema;
B) Pensar na estratégia para alcançar a meta;
C) Avaliar seu próprio estado emocional;
D) Organizar informações.
GABARITO
1. Quando dispomos de uma fórmula específica para solucionar
determinado problema, estamos falando de:
A alternativa "C " está correta.
 
Algoritmos são procedimentos com regras que, sendo seguidas
corretamente, levarão à resolução do problema.Por isso, uma fórmula
matemática pode ser considerada um algoritmo: quando aplicada
corretamente, levará à solução do problema.
2. Entre as opções abaixo, assinale aquela que não faz parte do ciclo
de resolução de problemas:
A alternativa "C " está correta.
 
Segundo Sternberg, para solucionar um problema, normalmente, vale-se de
sete estágios: identificação do problema, definição do problema, formulação
de estratégia, organização das informações, alocação de recursos,
monitoramento e avaliação. Embora o estado emocional possa influenciar
uma tomada de decisão ou a solução do problema, não é um fator que irá
contribuir diretamente nesse aspecto.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente texto apresentou brevemente resolução de problemas e
criatividade, um tema bastante intrigante para Psicologia Cognitiva. Existem
diferentes estratégias para resolver problemas, que incluem, principalmente,
a aplicação de algoritmos e o uso de heurísticas.
Quando o problema é mais complexo, há um ciclo de etapas que podem
ajudar na obtenção do resultado, sendo elas: identificação e representação
do problema, elaboração de estratégias, organização das informações,
alocação de recursos, monitorização do processo e avaliação da solução
encontrada.
Os obstáculos à solução de problemas incluem diversos processos que
podem prejudicar a flexibilidade cognitiva de realocação de recursos para
obter uma solução. Também há, porém, facilitadores que envolvem a
qualidade da organização dos recursos, experiência, quantidade de
possíveis soluções pré-armazenadas e facilidade no acesso a essas
soluções. Discutiu-se, ainda, o papel da criatividade como um importante
fator de solução de problemas, com o diferencial de gerar respostas novas e
únicas. Por fim, as pesquisas sobre como os seres humanos solucionam
problemas contribuíram no entendimento dos processos mentais
conscientes e no avanço da inteligência artificial e da computação.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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and its control processes. Psychology of learning and motivation, v. 2, n.
4, p. 89-195, 1968.
BAHLS, S.-C.; NAVOLAR, A. B. B. Terapia cognitivo-comportamental:
conceitos e pressupostos teóricos. Psico UTP online Revista Eletrônica
de Psicologia, Curitiba, v. 4, 2004.
CASTAÑON, G. A. John Searle e o cognitivismo. Ciências & Cognição, v.
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DIETRICH, A.; HAIDER, H. Human creativity, evolutionary algorithms,
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. Psychonomic Bulletin & Review, v. 22, n. 4, p. 897-915, 2015.
EYSENCK, M. W.; KEANE, M. T. Manual de Psicologia Cognitiva. 7. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2017.
FIEDLER, K. How to study cognitive decision algorithms: The case of
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GUIMARÃES, R. P. Deixando o preconceito de lado e entendendo o
behaviorismo radical. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 23, n. 3, p. 60-67,
2003.
HOFFMAN, R. R.; DEFFENBACHER, K. A. A brief history of applied
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JACKENDOFF, R.; PINKER, S. The nature of the language faculty and its
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Chomsky). Cognition, v. 97, n. 2, p. 211-225, 2005.
LOPES, E. J. et al. Revolução cognitiva e processamento de informação
sessenta anos depois. Memorandum: Memória e História em Psicologia, v.
35, p. 40-64, 2018.
MATLIN, M. W. Cognition. Wiley, 2008.
NEWELL, A. et al. Human problem solving. Englewood Cliffs, NJ:
Prentice-Hall, 1972.
OLIVEIRA, M. B. Cognitivismo e ciência cognitiva. Trans/Form/Ação, v.
13, p. 85-93, 1990.
SIO, U. N.; ORMEROD, T. C. Does incubation enhance problem solving?
A meta-analytic review. Psychological bulletin, v. 135, n. 1, p. 94, 2009.
SOUTO, C. Um caso exemplar de ideologia científica no século XX: o
Behaviorismo radical de B. F. Skinner. Kínesis-Revista de Estudos dos
Pós-Graduandos em Filosofia, v. 11, n. 28, p. 38-56, 2019.
STERNBERG, R. J. Psicologia Cognitiva. Piccin, 2000.
EXPLORE+
Saiba mais sobre Cognitivismo, abrangendo diversas áreas do
conhecimento, no artigo “Psicologia: Resolução de Problemas – Parte
I ”, de Osvaldo de Souza. O texto é uma discussão sobre resolução de
problemas muito interessante e focada em algoritmos e heurísticas.
javascript:void(0);
Leia sobre os processos envolvidos na resolução de problemas
matemáticos no artigo “Representação Mental: As Dificuldades na
Atividade Cognitiva e Metacognitiva na Resolução de Problemas
Matemáticos ”, de Elaine Vieira.
Entenda como a resolução de problemas é compreendida pelo
Behaviorismo, na leitura do texto “Criatividade para Skinner como um
comportamento complexo encadeado: semelhanças e diferenças com
resolução de problemas, autocontrole, tomada de decisão e recordar ”,
de Emerson Ferreira da Costa Leite e Nilza Micheletto.
Aprofunde seus conhecimentos quanto à criatividade no estudo “Qual é
a Relação entre Criatividade e Transtorno Mental? ”, de Marina
Nogueira e Denise de Souza Fleith.
CONTEUDISTA
Vitor Hugo Loureiro Bruno Costa
 CURRÍCULO LATTES
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