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PEDAGOGIA DA INCLUSÃO

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PERSPECTIVA SOBRE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DESAFIOS E 
PERCEPÇÕES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NA INCLUSÃO 
ESCOLAR EM ITAPETINGA BAHIA NO ANO DE 2021. 
 
 
 
 DOS ANJOS, Natália Pinheiro1 
 OLIVEIRA, Iara de Sousa de2 
 SILVA, Isabelle dos Santos3 
 REIS, Raquel da Silva4 
 MENDONÇA, Daelcio Ferreira Campos5 
RESUMO 
O presente artigo teve por objetivo analisar a aplicação da política pública educacional de 
Educação Inclusiva a partir da percepção docente, acerca dos aspectos desafiadores em torno da 
pratica pedagógica na inclusão de crianças com deficiência na escola regular. Para esta finalidade 
realizamos um estudo de campo de natureza qualitativa, de caráter exploratório, na cidade de 
Itapetinga, no sudoeste da Bahia em 2021, com docentes de escolas públicas municipais. Além 
de estudos que sustentam as categorias de análise baseados em Maria Teresa Eglér Mantoan 
(2017) que aborda a educação inclusiva como mudança de paradigma e Sassaki (2003) que trata 
dos desafios em estabelecer a naturalidade da educação inclusiva, sendo possível observar por 
meio dos resultados da pesquisa feita com professores de quatro escolas municipais desta cidade 
que o modelo inclusivo de educação é posto em risco diante da falta de recursos e principalmente 
por haver descrença quanto ao potencial de ensino e aprendizado nas turmas de educação 
regulares. 
 Palavras chave: Educação. Inclusão. Desafios. Diferenças. 
INTRODUÇÃO 
Por educação inclusiva se entende o processo de inclusão de alunos com necessidades 
educacionais especiais ou com distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em 
todos os seus graus tendo como principio acolher todas as pessoas sem exceção segundo 
MANTOAN (2008). 
 
¹ Graduando do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,campus Itapetinga: 
(nataliapinheironatalia34@gmail.com); 
2Graduando do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus Itapetinga: ( 
Yarabrsousa@gmail.com), 
3Graduanda do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia: 
(beelsantos60@gmail.com); 
4Graduando do curso de pedagogia pela universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus Itapetinga: 
Raquel da Silva Reis; 
5 Professor. Doutor em educação (UFBA):daelcio.ferreira@uesb.edu.br; 
Por tanto o objetivo a partir deste artigo é evidenciar os problemas que podem 
comprometer o desenvolvimento das práticas educativas e o respeito às singularidades 
compreendidas como características que compõem o caráter heterogêneo da diversidade 
de alunos que frequenta a escola regular por meio da inclusão. 
Sendo que serão destacados os principais desafios encontrados no ensino e aprendizagem 
de estudantes da inclusão e a percepção que os docentes possuem em exercer suas praticas 
pedagógicas de modo que haja uma inclusão de fato efetiva beneficiando todos os 
envolvidos com equidade. 
Levando em consideração que educação inclusiva foi à resposta para situações 
segregacionistas e que impediam o pleno desenvolvimento de alguns estudantes, será 
salientado circunstancias desafiadoras no percurso do aprendizado consistindo no fato de 
que para alcançar a educação inclusiva é fundamental que todo um sistema escolar seja 
adaptado e avaliados desde sua infraestrutura aos paradigmas preconceituosos 
encontrados em alguns discursos excludentes em torno dos deficientes. 
Como o estudo está vinculado à análise de uma Política Pública Educacional, podemos 
definí-lo aqui como sendo um direito de todos uma educação de qualidade sem espaço 
para a discriminação independente da condição física do estudante para Mantoan (2006) 
a inclusão implica mudanças; nas políticas e na organização da educação especial e da 
regular,e no próprio conceito de integração. 
Ela implica mudanças de perspectiva educacional, porque não atinge apenas os alunos 
com deficiência e os que apresentam dificuldade de aprender, mas todos os demais, para 
que obtenha sucesso na corrente educativa geral. Este fato também é definido segundo 
Sassaki (1998) como sendo um processo social que precisa de mudanças para que seja de 
qualidade. 
Para SASSAKI (1998) educação inclusiva é o processo que ocorre em escolas de qualquer 
nível preparadas para propiciar um ensino de qualidade a todos os alunos 
independentemente de seus atributos pessoais, inteligências, estilos de aprendizagem e 
necessidades comuns ou especiais. 
A inclusão escolar é uma forma de inserção em que a escola comum tradicional é 
modificada para ser capaz de acolher qualquer aluno incondicionalmente e de propiciar 
lhe uma educação de qualidade. Na inclusão, as pessoas com deficiência estudam na 
escola que frequentariam se não fossem deficientes. 
Levando em consideração, a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva de 
inclusão escolar, a educação especial passa a fazer parte da proposta pedagógica da escola 
regular, garantindo o atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou super dotação (BRASIL, 2008). 
Portanto é observada nesta pesquisa a perspectiva do ângulo escolar sobre os estudantes 
com deficiência onde foram questionados obstáculos relativos à infra-estrutura, materiais 
didáticos, e os desafios em torno dos relacionamentos interpessoais e desenvolvimento 
do aprendizado em uma sala onde funcione o sistema de educação inclusiva 
 Foi Proposto neste artigo de cunho exploratório seguindo uma abordagem qualitativa 
onde buscamos demonstrar os desafios enfrentados na pratica da inclusão escolar a partir 
de uma pesquisa de campo feita com docentes de quatro escolas da rede municipal que 
lecionam em turmas com alunos da educação inclusiva na cidade de Itapetinga-BA por 
meio de um formulário onde foram abordadas características desafiadoras ao ensino e 
aprendizado de crianças com deficiência. 
 Neste intuito relacionamos aos dados colhidos a partir de estudos baseados nas 
concepções de MANTOAN (2017) e SASSAKI (1998) aspectos relevantes as 
perspectivas e desafios que a escola precisa superar diariamente para que haja uma 
educação inclusiva. 
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
 1.1 Regulamentações da inclusão escolar e mudanças históricas 
O desafio se dar exatamente na questão onde a escola tem o dever de lidar com esse 
público da educação inclusiva não como se a diferença deles fosse um problema e por 
isso precisassem se integrar a sociedade escolar, como era feito no século xx onde os 
abrigos administrados pela igreja católica segregavam pessoas com deficiência a fim de 
habilitá-las para se encaixar na sociedade ou ser excluída. 
De acordo com a constituição atual a educação básica é obrigatória e tem por objetivo o 
ensino e aprendizado de todos de modo comum independente de suas deficiências, o que 
torno a inclusão uma parte fundamental na pratica pedagógica de modo a trabalhar as 
singularidades de cada pessoa com a intenção de incluir e não integrar como se a pessoa 
precisasse se moldar a um padrão imposto. 
No âmbito escolar a educação inclusiva é assegurada por leis como a referente no Art. 
208. I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de 
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos[...] o princípio que orienta a 
regulamentação da educação é o de que escolas deveriam acomodar todas as crianças 
independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, 
linguísticas ou outras. 
 Essas condições provocam obstáculos distintos aos sistemas escolares de acordo com 
MANTOAN (2017) é desafiador promover a educação inclusiva porque as escolas têm a 
tendência de tratar esses alunos seguindo o modelo da educação especial o que dificulta 
as mudanças e progressos que visam melhorar a inclusãodo aluno com deficiência. 
Outro fator questionável em torno do processo de adaptação na rede de ensino à proposta 
de inclusão é um tanto quanto complexo, pois envolve um país com grandes diferenças 
regionais e culturais e também por isso determinar que sejam estabelecidas novas formas 
de compreensão acerca da deficiência, dos processos avaliativos, da busca de harmonia 
entre serviços que garantam a participação social e a aprendizagem. 
Apesar de haver a compreensão de que foi a favor da diversidade e pensando no direito 
de todos de aprender que o Art. 1º da lei Nº 13.146, de 6 Julho de 2015. instituída a Lei 
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), 
destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos 
e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social 
e cidadania. 
Tornando possível a educação inclusiva onde todos os alunos com e sem deficiência tem 
a oportunidade de conviverem e aprenderem juntos. É o que Mantoan (2017) chamou de 
cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças 
O Plano Nacional de Educação (PNE) direciona a organização do sistema educacional e 
abrange a questão da educação inclusiva orientando esforços e investimentos para a 
melhoria do ensino no país e prevê que crianças e adolescentes com algum tipo de 
deficiência devem ter acesso à Educação Básica e atendimento especializado. 
Estes avanços são consideráveis para alunos com alguma deficiência sendo relevantes as 
questões históricas envolvendo a educação para esses determinados indivíduos de acordo 
com (SANTOS E FIGUEIREDO, 2006) que faz referencia ao século xx como sendo um 
período de segregação onde o tipo de política educacional envolvendo crianças 
deficientes era literalmente segregacionista. 
Essas pessoas eram excluídas da sociedade e até mesmo por seus familiares, os abrigos 
eram administrados pela Igreja Católica, filantrópicos e de cunho assistencialista, onde 
os assistidos viviam ali por toda a vida e o objetivo era sempre a busca da adaptação deles 
ao meio social sem se importarem com sua subjetividade. 
Mesmo diante das mudanças constitucionais esse intuito vivenciado no passado coloca 
em risco o desenvolvimento saudável da inclusão no meio escolar tendo vista que ainda 
ocorrem vertentes de pensamentos de diferenciação e separação em torno do estudante 
Com alguma deficiência no ano de 2003 inclusive ainda existia diferenciação entre 
escolas regulares e especiais. Hoje, com as novas diretrizes do PNE, escolas regulares 
recebem alunos com necessidades especiais, no entanto para que isso ocorra, as 
instituições de ensino precisam passar por adaptações, como por exemplo, a 
implementação em sua infraestrutura o que gera questões pertinentes aos desafios 
enfrentados na pratica dessa modalidade. 
Além disso, a Constituição Federal garante em seu Artigo 205 que a educação é direito 
de todos e dever do Estado e da família. Sendo que o Atendimento Educacional 
Especializado, oferecido preferencialmente na rede regular de ensino, também é garantido 
na Constituição Federal no artigo 208, Inciso III. 
 Portanto, a Constituição Federal garante a todos os alunos a freqüência no ensino regular, 
com base no princípio de igualdade. Assim, todo aluno tem direito de estar matriculado 
no ensino regular e a escola tem o dever de matricular todos os alunos, não devendo 
discriminar qualquer pessoa em razão de uma deficiência ou sob qualquer outro pretexto. 
1.2 Inclusões e os desafios na pratica 
 Levando em consideração que a inclusão é a capacidade que temos em entender e 
reconhecer o outro além de fazer adaptações físicas, a escola precisa oferecer atendimento 
educacional especializado paralelamente às aulas regulares, de preferência no mesmo 
local, estando assim de acordo com a constituição federal de 1988 no artigo 206 no inciso 
I que estabeleci o direito do individuo em ter acesso a escola de forma igualitária assim 
como condições de permanência. 
Tendo uma criança deficiência visual, por exemplo, deve assiste às aulas com os colegas 
que enxergam e, no contra turno, treina mobilidade, locomoção, uso da linguagem braile 
e de instrumentos como o soroban, para fazer contas sendo assim essa a intenção do que 
tem que ser a educação inclusiva um momento em que o aluno com e sem deficiência 
interagem aprendendo e progredindo um com o outro trabalhando suas singularidades. 
 Em um dos relatos colhidos na pesquisa de campo observa-se o fato de que na prática 
esse ato de incluir o aluno torna-se desafiador por que o recurso disponibilidades a escola 
pública, por exemplo, acaba sendo um empecilho, nem sempre a escola possui todos os 
equipamentos necessários ou a infraestrutura regulamentada diante as normas, de acordo 
com Mantoan ainda a outro problema que é evidente na educação inclusiva como questões 
relevantes a conscientização. 
O maior problema é que as redes de ensino e as escolas 
não cumprem a lei. A nossa Constituição garante desde 
1988 o acesso de todos ao Ensino Fundamental, sendo 
que alunos com necessidades especiais devem receber 
atendimento especializado preferencialmente na escola, 
que não substitui o ensino regular. Há outra questão, um 
movimento de resistência que tenta impedir a inclusão de 
caminhar: a força corporativa de instituições 
especializadas, principalmente em deficiência mental. 
Muita gente continua acreditando que o melhor é excluir, 
manter as crianças em escolas especiais, que dão ensino 
adaptado. Mas já avançamos. Hoje todo mundo sabe que 
elas têm o direito de ir para a escola regular. Estamos 
num processo de conscientização. (Mantoan, Maria 
Teresa Eglér. 2005) 
 
Além dos desafios rotineiros envolvendo recursos e capacitação dos docentes ainda 
permeia sobre a educação inclusiva a dificuldade em reeducar a compreensão que as 
pessoas têm sobre a criança com deficiência, pois ainda existe um entendimento errôneo 
que faz com as pessoas idealize o estudante deficiente como alguém incapacitado de 
aprender e de se desenvolver. 
Cada pessoa independente de sua condição física ou intelectual passa pelo processo de 
aprendizado de modo particular, quando tratamos de questões relevantes a educação de 
pessoas com deficiência é possível perceber certo conceito preconceituoso em torno do 
seu aprendizado. 
A sociedade ainda visualiza a escola regular como o lugar de crianças classificadas como 
normais e ainda exclui os considerado deficientes para uma educação especial o que torna 
este o maior desafio dentro da educação inclusiva por que muitas vezes a criança já é 
recebida em um ambiente que coloca sua própria capacidade de desenvolvimento em 
duvida. 
Mantoan (1988) descreve o percurso da educação inclusiva, observada a partir de um o 
cenário educacional brasileiro sob três ângulos: o dos desafios provocados pela 
Inovação, o das ações no sentido de efetivá-la nas turmas escolares, incluindo o trabalho 
de formação de professores e, finalmente o das perspectivas que se abrem à educação 
escolar, a partir da sua implementação. 
O princípio democrático da educação para todos só se evidencia nos sistemas 
educacionais que se especializam em todos os alunos, não apenas em alguns deles a 
inclusão, como consequência de um ensino de qualidade para todos os alunos provoca e 
exigem da escola brasileira, novos posicionamentos e é um motivo a mais para que o 
ensino se modernize e para que os professores aperfeiçoem as suas práticas. É uma 
inovação que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais 
da maioria de nossas escolas. 
RESULTADOS E DISCURSÕES 
A partir de um questionário feito com professores da rede municipal de ensino em quatro 
unidades escolares distintas da cidade de Itapetinga no sudoeste da Bahia no ano de 2021, 
onde a intençãopermeou em torno dos desafios encontrados na pratica pedagógica 
envolvendo a inclusão de alunos com deficiência. 
Foi possível evidenciar fatos relatados por MANTOAN (2015, p.62) que declara possuir 
ângulos diversos na educação inclusiva que engloba desafios que exige inovações das 
ações pedagógicas em uma sociedade despreparada para aceitar o diferente 
principalmente diante implementações escolares que possa que gerar mudanças a um 
modelo conhecido e padronizado onde não a espaço para quem é diferente. 
Nesse contexto 4 professores de diferentes escolas do município foi abordado acerca de 
questões envolvendo a estrutura escolar, desenvolvimento do ensino e aprendizado entre 
crianças da inclusão e os demais estudantes, e quais dificuldades encontradas em lidar 
com turmas nessa perspectiva. 
Há uma das perguntas em relação a superlotação das salas que muitas vezes se torna 
desafiador tendo em mente que as crianças independentes de sua condição precisam de 
suporte constante todos os professores foram unânimes em dizer que quanto maior a 
turma se torna mais complexo a assistência principalmente quando há alunos da inclusão 
que precisam de um suporte extra para desenvolver suas atividades. 
No entanto em relação ao relacionamento interpessoal das crianças da inclusão social o 
desafio maior encontrado de acordo um dos professores estarem mais ligado ao 
comportamento dos pais em subestimar a capacidade dos filhos com deficiência em se 
relacionar de forma saudável com os demais do que das próprias crianças que apresenta 
um comportamento de aceitação e equidade para com o colega deficiente inserido na 
turma regular pela inclusão escolar. 
O que evidencia o discurso de MANTOAN (2005) sobre a educação inclusiva não admitir 
discriminação sendo que esta provem em maior escala da negligencia das leis,sendo que 
o próprio governo não fornece recursos para estas sejam efetivas tornando os processos 
de implantação nas escolas mais lentos do que a própria adaptação das crianças as práticas 
inclusivas(MANTOAN 2005) ainda afirma que “(...) existem movimentos de resistência 
que tenta impedir a inclusão de caminhar: a força corporativa de instituições 
especializadas, principalmente em deficiência mental”. É preciso estratégias que façam 
que os docentes atendam a todos, para que não cause a dificuldade de interação ou até 
mesmo assistência. 
Segundo os dados apresentados 33,3% dos professores relatam que os alunos da educação 
inclusiva conseguem interagir e se desenvolver em sala de aula, porém 66,7% dos 
docentes responderam que há dificuldades Para o aluno deficiente se adaptar ao ensino 
na educação inclusiva. 
Neste intuito os professores foram questionados a respeito do bullying que surgi como 
uma das preocupações ao inserir crianças com deficiência em uma escola regular, no 
entanto os discentes responderam que situações referentes a isso não são freqüentemente 
vista por eles sendo a inclusão o motivo e que o bullying é um problema que pode surgir 
na escolar por qualquer outro motivo. 
O que nos leva a deduzir que a falta de incentivo a educação inclusiva ocorre não por falta 
de aceitação dos outros alunos mais por falta de recursos da própria escola em ofertar um 
ambiente propicio a essas crianças tornando as praticas pedagógicas limitadas o que se 
torna um grande desafio aos professores. 
No estudo de MANTOAN (2017)” é desafiador promover a educação inclusiva porque 
as escolas têm a tendência de tratar esses alunos seguindo o modelo da educação especial 
o que dificulta as mudanças e progressos que visam melhorar a inclusão do aluno com 
deficiência o principal impedimento é apresentado pela própria escola, que impossibilita 
o aluno favorecer na adaptação e vínculos. 
No entanto sobre o atual contexto no ensino remoto os docentes disseram que “eles 
praticamente não aderiram. Salvo raras exceções. E quando aderem não têm como medir 
até onde eles estão compreendendo de fato alguma coisa, com isso a família tem optado 
em buscar as atividades na escola e não colocá-lo para participar das aulas remotas”. 
O que é contraditório a estudo de SASSAKI (1998), “define a educação inclusiva como 
um processo que ocorre em escolas de qualquer nível, dispostas a proporcionar um ensino 
de qualidade a todos os educandos independentemente de seus estilos de aprendizagem, 
inteligências, atributos pessoais e necessidades comuns ou especiais.” 
 É preciso a inclusão de todos, mas nesse ensino remoto se tornou uma problemática, pois 
para que haja uma continuidade no ensino-aprendizagem é necessária a participação dos 
educandos nas aulas remotas, mas devido aos desafios, causam impossibilidades para se 
incluírem. 
 
Tabela 1- Opinião dos professores de Itapetinga-BA sobre a educação inclusiva 
Descrição Frequência Percentual 
Dificuldade para interação e adaptação 1 33% 
A educação inclusiva e essencial e os professores estão capacitados 2 67% 
Os professores não estão capacitados 1 33% 
Os alunos com deficiência não aderiram ao ensino remoto por falta de 
recursos 
3 100% 
 3 100% 
O bullying não é um problema no ensino inclusivo e sim a quantidade de 
alunos em uma sala de aula que dificulta a assistência 
 
Total 3 100% 
Fonte: Elaborado a partir do resultado de pesquisa pelas autoras 
Gráfico 1-Opinião de professores de Itapetinga-BA sobre a educação inclusiv
 
Fonte: Elaborado a partir dos dados de pesquisa pelas autoras 
De acordo com os dados dispostos é possível observar que os professores se sentem 
capazes de trabalhar em uma sala de aula com crianças deficientes na educação inclusiva 
sendo que de acordo com eles a adaptação entre as crianças não corresponde a um 
problema para nenhuma das partes confirmando que entre os maiores desafios 
enfrentados pelos professores estão as questões envolvendo a infra-estrutura a 
organização das turmas que quando superlotadas dificulta a assistência as crianças que 
exigem mais atenção dos professores em alguns casos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONCLUSÕES 
É um embate educacional, mas também essencialmente político, uma vez que somente a 
pressão social garantirá políticas públicas efetivas e um aporte orçamentário onde a 
educação seja realmente uma prioridade e na qual a educação inclusiva torne-se um 
objetivo permanente. 
100%
10%
20%
10%
30%
30%
Pesquisa feita em 2021,nas escolas munipais de itapetinga,BA
Descrição
Dificuldade para interação e
adaptação
A educação inclusiva e
essencial e os professores
estao capacitados
Os professores não estão
capacitados
Os alunos com deficiencia
não aderiram ao ensino
remoto por falta de recursos
O bulying não é um
problema só do ensino
inclusivo
 
Para que a inclusão seja uma realidade significativa na vida dos estudantes foi constatado 
por meio desta pesquisa de campo que existe uma serie de barreiras que é preciso rever, 
além da política e práticas pedagógicas é necessário conhecer o desenvolvimento humano 
e suas relações com o processo de ensino-aprendizagem, levando em conta como ele 
ocorre em cada aluno como ser subjetivo independente de ser deficiente. 
 
O ambiente escolar tem um papel importantíssimo para o desenvolvimento e 
aprendizagem dos alunos, assim como o poder legislativo sendo onde se redigem e 
promulgam as leis que tratam sobre onde a importância da inclusão é de responsabilidade 
da sociedade, família e Estado em assegurar os direitos e garantias das crianças e 
adolescentes e as colocarem a salvo de toda forma de negligência, preconceitos velados 
ou escancarados e discriminação. 
 
Sendo assim é fundamental ter consciência de que todas essas reflexões teóricas 
preconizando a inclusão escolar é conseqüência de negligencias não só políticas mais 
também sociais levando em consideração a tendência do ser humano de excluir o que 
causa estranheza por ser diferente prevalecente o que torna a concretização de uma 
educação de fato inclusivaum processo com muitos obstáculos onde a visão que as 
próprias pessoas tem sobre o que é incluir precisa ser renovado deixando o estigma da 
integração como se a criança tivesse que se enquadrar a um determinado padrão escolar. 
Entretanto ter persistência através de ações que possam afirmar essas crianças como parte 
comum da sociedade quebrando paradigmas de inferioridade onde ser diferente é visto 
como um problema só é possível a partir de mudanças culturais que envolvem a sociedade 
é uma forma de apresentar resistência para que seja estabelecido um benéfico que já 
pertence ao deficiente a escola é um espaço que deve ser pensado para o individuo 
independente de sua deficiência, é um direito e prioridade garantir o bem estar a qualquer 
criança. 
A partir dos fatos apresentados observa-se que o problema não estar em quem possui uma 
deficiência e nem estar nas outras crianças consideradas como sendo normais a questão é 
exatamente o oposto disso pois ambas podem sim aprender juntas e conviver de forma 
saudável e produtiva para a educação de acordo com os dados de campo coletados. 
Entretanto os maiores obstáculos esta em torno dos recursos disponibilizados ao sistema 
escolar, estar nos anseios e despreparo acadêmico ou até mesmo emocional dos 
professores e ainda assim na própria comunidade que desacredita no potencial de uma 
pessoa deficiente pelo fato desta ser diferente. 
Mas a política pública assegura os direitos das mesmas que devem ser reivindicados 
sempre que necessário, é preciso que as pessoas que possuem uma determinada 
conscientização disso não se oponha a lutar para que essas pessoas sejam atendidas pelo 
sistema educacional com equidade e respeito. 
Conclui-se que apesar de ter ficado claro os desafios da educação inclusiva, é possível 
promove-la mesmo diante das dificuldades, afinal o processo educativo exige inovações 
e criatividade principalmente quando os recursos necessários para alcançar as metas não 
se encontram disponíveis a escola precisa exercer esse papel adaptando o seu ambiente e 
suas programações para que todos os alunos sejam acolhidos e se sintam capazes,pois a 
escola também pode ser um espaço de reinvenções e de esperança onde todos aprendem 
e evoluem mesmo diante de suas limitações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
RODRIGUES, Leandro. O que é educação inclusiva? Um passo a passo para a inclusão 
escolar. Instituto itard, cursos de educação especial. Disponível em: 
https://institutoitard.com.br/o-que-e-educacao-inclusiva-um-passo-a-passo-para-a-
inclusao-escolar/ . Acesso em 4 de agosto de 2021. 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. INCLUSÃO ESCOLAR O que é? Por quê? Como 
fazer? 
FIGUEIREDO, Emilio. O que É Educação Inclusiva - Volume 343. Coleção Primeiros 
Passos. 
RIBEIRO, Betina. Educação inclusiva: O que é e os desafios no Brasil. Blog par. 
Disponível em:https://www.somospar.com.br/educacao-inclusiva-o-que-e-desafios-no-
brasil/.Acessoem 17de agosto de 2021. 
Batista.Letícia Alves.Educação inclusiva: desafios e percepções na contemporaneidade. 
Educação pública. Disponível em: 
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/44/educacao-inclusiva-desafios-e-
percepcoes-na-contemporaneidade .Acesso em 06 de setembro de 2021. 
FUMEGALI. Rita de Cássia de Ávila.Inclusão Escolar: Os desafios de uma escola de 
todos- Universidade Regional Do Noroeste Do Estado Do Rio- UNIJUÍ. Departamento de 
humanidades e Educação 2012. 
 
 
https://institutoitard.com.br/o-que-e-educacao-inclusiva-um-passo-a-passo-para-a-inclusao-escolar/
https://institutoitard.com.br/o-que-e-educacao-inclusiva-um-passo-a-passo-para-a-inclusao-escolar/
https://www.somospar.com.br/educacao-inclusiva-o-que-e-desafios-no-brasil/
https://www.somospar.com.br/educacao-inclusiva-o-que-e-desafios-no-brasil/
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https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/44/educacao-inclusiva-desafios-e-percepcoes-na-contemporaneidade
	FIGUEIREDO, Emilio. O que É Educação Inclusiva - Volume 343. Coleção Primeiros Passos.
	RIBEIRO, Betina. Educação inclusiva: O que é e os desafios no Brasil. Blog par. Disponível em:https://www.somospar.com.br/educacao-inclusiva-o-que-e-desafios-no-brasil/.Acessoem 17de agosto de 2021.

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