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Sinais Vitais Sinais Vitais “São os sinais das funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida, que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença” Sinais Vitais Dor Temperatura Pressão Arterial Frequência Respiratória Pulso 2. A existência de vida humana pode ser comprovada através dos chamados sinais vitais. São considerados sinais vitais: temperatura, pupila dilatada, batimento cardíaco e pressão arterial pupila dilatada, pulso, respiração e batimento cardíaco temperatura, pulso, respiração e pressão arterial temperatura, pulso, respiração e contrações musculares temperatura, pupila dilatada, pulso e pressão arterial A aferição de sinais vitais do paciente tem como principal objetivo seguir as prescrições médicas. seguir as prescrições de enfermagem. atender às normas e rotinas estabelecidas nos protocolos hospitalares. avaliar as condições de estado geral e identificar possíveis problemas de saúde do paciente. São sinais vitais a serem avaliados em um primeiro socorro, EXCETO: Pulso Respiração Pressão arterial Temperatura Tamanho da pupila Pulso PULSO É o latejar palpável do fluxo sanguíneo causado pela transmissão da onda de pressão do ventrículo esquerdo para as artérias periféricas. O pulso é verificado onde uma artéria possa ser comprimida levemente contra um osso, com as pontas de dois dedos. Serve para avaliar a função cardíaca e perfusão tecidual (circulação). RN: Branquial ou apical Adulto: radial Normal: 60 a 100 bpm Avaliação quanto a Frequência, ritmo e volume. Fonte: Potter PULSO Os fatores a serem avaliados no exame do pulso são a frequência, ritmo, qualidade, configuração da onda do pulso e qualidade do vaso arterial. Frequência: 50 – 100 bpm. 50 é normal em adultos jovens atletas e saudáveis. Ritmo: Discrepância entre a pulso apical e a frequência radial nas arritmias. Qualidade do pulso: 0: pulso ausente, +1: fraco, filiforme, +2: diminuído, +3: cheio e fácil de palpar, +4: forte e de rebote. Insuficiência aórtica: a válvula aórtica não se fecha adequadamente: pulso martelo d’água. Fonte: Brunner Pulso TAQUICARDIA Aumento da frequência do pulso acima de 100 minuto. BRADICARDIA Diminuição da frequência de pulso, abaixo de 60 bpm. Observações: 1. Nunca usar o polegar, para evitar de sentir o próprio pulso digital. Locais de verificação: Paciente consciente: artéria radial (punho) Observações: 2. Paciente Inconsciente (crianças acima de 1 ano ou adulto) Vítima Inconsciente: Pulso Femoral ou carotídeo O pulso nessas artérias persistirão, mesmo quando a hipotensão e hipoperfusão periférica. Paciente Pediátrico Pulso Braquial Valores Normais FC - Potter Idade Pulso (Potter) Lactente 120 a 160 Infante 90 a 140 Pré-escolar 80 a 100 Escolar 75 a 100 Adolescentes 60 a 90 Adultos 60 a 100 Valores Normais FC Frequência cardíaca Valor normal RN 100 a 170 2 anos 80 a 130 4 80 a 120 6 75 a 115 8 70 a 110 10 anos 70 a 110 Fonte: CAB 33, 2013 Respiração Respiração Entrada de oxigênio na Inspiração e eliminação de dióxido de carbono pela Expiração. Finalidade: Troca gasosa entre o sangue e o ar dos pulmões. RESPIRAÇÃO Ao avaliar a respiração observe frequência, profundidade e o ritmo; A frequência normal é de 12 a 20 mpm no adulto durante 60 segundos; Avaliar expansão torácica e simetria; Aferir a respiração sem que o paciente perceba – enquanto afere o pulso; Avaliação da Respiração Frequência – movimentos respiratórios por minuto. Profundidade – superficial ou profundo. Ritmo – regular ou irregular. Comprometimento Respiratório Cianose; Batimento de asa de nariz Inquietação; Tiragem intercostal Dispneia; Sons respiratórios anormais; Frequência respiratória BEBÊ: 30 – 60 movimentos respiratórios por minuto, (Irpm). CRIANÇA: 20 – 30 movimentos respiratórios por minuto. ADULTO: 12 – 20 movimentos respiratórios por minuto. Diretrizes AHA, 2020 Frequência respiratória Valor normal Neonato (até 28dias) Lactente (1mês – 1 ano) 30-53 Criança de colo (1-2 anos) 22-37 Criança pré-escolar (3-5 anos) 20-28 Escolar (6 a 12 anos) 18-25 Adolescente (13-15 anos) 12-20 Fonte: AHA,2020 - Respiração de Cheyne-Stokes: caracteriza-se por uma fase de apneia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais profundas até atingir um máximo, para depois vir decrescendo até nova pausa. As causas mais frequentes desse tipo de respiração são insuficiência cardíaca, a hipertensão intracraniana, os AVCs e os traumatismos cranioencefálicos. Ritmo Respiratório Anormal Ritmo Respiratório Anormal - Respiração de Biot: a respiração apresenta-se com duas fases. A primeira a apneia, seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e amplitude. Quase sempre este tipo de respiração indica grave comprometimento cerebral. As causas mais frequentes deste ritmo são as mesmas da respiração de Cheyne-Stokes. Ritmo Respiratório Anormal - Respiração de Kussmaul: compõem-se de quatro fases: inspirações ruidosas, apneia em inspiração, expiração ruidosa e apneia em expiração. A acidose, principalmente a diabética é a sua principal causa. Ritmo Respiratório Anormal - Respiração suspirosa: O paciente executa uma série de movimentos inspiratórios de amplitude crescente seguidos de expiração rápida e breve. Outras vezes, os movimentos respiratórios normais são interrompidos por “suspiros” isolados ou agrupados. Traduz tensão emocional e ansiedade. Temperatura Temperatura É medida e registrada em graus Celsius (°C); Verificar o equilíbrio entre produção e eliminação de calor; Indica a atividade metabólica; Auxiliar no diagnóstico e tratamento; Acompanhar evolução do paciente. TEMPERATURA ONDE AFERIR ? Temperatura axilar: 36,5 Temperatura Retal 37,5; Temperatura oral: 37,0 - Contraindicada nos casos de queimaduras do tórax, furúnculos axilares e fraturas do ombro; TEMPERATURA ORAL Método ideal para adulto alerta; Colocar abaixo da língua Evitar: Em pacientes que respirem pela boca; Que tenham tomado bebidas quente ou fria (15’ anteriores); Que tenham cirurgias orais ou deformidades orais; Evitar o uso de termômetros de vidro com mercúrio em crianças, pacientes com tosse ou crises convulsivas. TEMPERATURA RETAL Quando houver necessidade de precisão absoluta; Evitar em pacientes com lesões retais, hemorroidas ou cirurgia recente e doenças cardíacas (estímulo vagal – vasodilatação e bradicardia) Regulação da Temperatura Corporal 2. Receptores Cutâneos Térmicos Tipos: sensíveis ao frio e sensíveis ao calor. A informação transmitida por estes receptores é enriquecida pela informação proveniente de receptores da dor especificamente estimulados por variações extremas da temperatura. Regulação da Temperatura Corporal 3. Receptores Existentes em Órgãos Corporais Profundos Presentes ao nível da medula espinal, vísceras abdominais, dentro e à volta dos grandes vasos situados no tórax e abdômen, apresentando uma sensibilidade mais acentuada para diminuições da temperatura corporal central. Sistemas Eferentes SNC → no córtex cerebral, a percepção de variações da temperatura leva a alterações comportamentais, isto é, respostas voluntárias, importantes na prevenção da hipo ou hipertermia. Incluem o deslocamento para áreas mais quentes ou mais frias, remoção ou adição de roupas, diminuição ou aumento da atividade, e aumento ou diminuição das áreas de pele exposta. Sistema Nervoso Autônomo → É responsável pela regulação de múltiplos mecanismos essenciais para uma regulação eficiente da temperatura, nomeadamente: Sistemas Eferentes Tônus vascular (vasoconstrição ou vasodilatação) Sudorese e frequência respiratória Sistema Nervoso Somático Contração muscular (fonte importante de energia térmica - termogênese muscular)→ aumento do tônus muscular e posteriormente, se mantida, ocorrem contrações repetitivas, isto é, tremores. A contração rápida involuntáriada musculatura esquelética pode resultar num aumento de 4 vezes da produção de calor. Hipófise Aumenta a liberação de hormona libertadora da Tiroxina (TSH). A TSH, que estimula o hormônio Tirotoxina (T4) pela tireoide. A Tirotoxina estimula o metabolismo celular e promove um aumento ou diminuição da energia térmica produzida. FRIO Via Eferente Resposta Vias simpáticas periféricas Vasoconstrição Libera hormônios Aumenta a taxa metabólica basal Estimula a supra renal Libera catecolaminas Estimula hipotálamo Tremores Catecolaminas circulantes *Adrenalina, noradrenalina e dopamina Lipólise de gordura castanha e branca CALOR Via Eferente Resposta Glândula sudorípara Perda de calor por evaporação Estimulação parassimpática e inibe a simpática Vasodilatação Inibição dos centros simpáticos centrais Diminuição da taxa de metabolismo basal Alterações: HIPOTERMIA: Perda de calor durante uma exposição ao frio que ultrapassa a capacidade do corpo de produzir calor. HIPERTEMIA: É a incapacidade do corpo de promover a perda de calor ou reduzir a produção de calor. Subfebril: até 37,40C. FEBRE: temperatura maior que 37,50 C e 380C. HIPERPIREXIA: temperatura acima de 400 C Tipos de Febre FEBRE CONTÍNUA Uma temperatura corporal constante, continuamente acima de 38 ºC e com pouca flutuação (febre tifoide, pneumonia); FEBRE INTERMITENTE Picos de febre intercalados com temperatura em níveis usuais. A temperatura retorna a níveis aceitáveis pelo menos uma vez em 24h; Tipos de Febre FEBRE REMITENTE Picos e quedas de febre sem retorno à temperatura normal, flutuações maiores que a continua(endocardite); Hipertermia Maligna Caracteriza-se por um aumento da temperatura corporal central, contrações musculares vigorosas, acidose respiratória e metabólica e arritmias ventriculares. Medidas específicas: Hipotermia Quando suspeitar ou critérios de inclusão: Temperatura central < 35°; História de exposição ao frio; avaliar grupo de risco; sinais clínicos de hipotermia. Leve 32 a 35°C Moderada 30 a 32°C Grave < 30°C PHTLS < 28°C Pressão Arterial Pressão arterial O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de artérias. A tensão gerada na parede das artérias é denominada PRESSÃO ARTERIAL. Quando o coração se contrai para bombear o sangue para o resto do corpo é chamada de PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA ou MÁXIMA. A pressão do sangue nos vasos quando o coração encontra-se na fase de relaxamento ou “Período de Repouso” é chamada PRESSÃO DIASTÓLICA ou MÍNIMA. A Pressão Arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) Uma pressão 120 por 80, significa: Que a pressão (força) exercida pelo seu coração para empurrar o sangue pelas artérias é igual a 120 milímetros de mercúrio (mmHg). E que a pressão (resistência) que suas artérias estão oferecendo à passagem do sangue é de 80 mmHg. Fatores constitutivos e ambientais interferem na PA. Normalmente ela aumenta com a idade. Medida da pressão arterial no consultório O paciente deve sentar-se confortavelmente em um ambiente silencioso por 5 minutos, antes de iniciar as medições da PA. Explique o procedimento ao indivíduo e oriente a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do procedimento. Medida da pressão arterial no consultório Certifique-se de que o paciente NÃO: Está com a bexiga cheia; Praticou exercícios físicos há, pelo menos, 60 minutos; Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; Fumou nos 30 minutos anteriores. Classificação da Pressão Arterial Classificação Valores pressóricos (mmHg) Normal <120 x 80 Pressão elevada 120 – 129 e < 80 HAS estágio 1 PAS 130- 139 e ou PAD 80 a 89 HAS estágio 2 PAS >= 140 e ou PAD >=90 20.A aferição da pressão arterial é importante para o rastreamento e o diagnóstico da hipertensão arterial sistêmica. Uma das condições padronizadas pelo Ministério da Saúde que assegura a medida correta da pressão arterial é, medi-la nos dois braços e considerar o valor mais baixo aferido como sendo o verdadeiro. palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 10 mmHg acima do valor em que o pulso deixar de ser sentido. medi-la após 5 minutos de repouso. evitar a aferição nas 4 horas precedentes ao uso de cigarros e à ingestão de bebidas com cafeína. e) desinflar o manguito rapidamente entre 8 a 10 mmHg/seg. 21. (IBFC EBSERH 2017) A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Considerando a aferição da pressão arterial, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta. O paciente deve estar sentado, com o braço apoiado e acima da altura do precórdio. Palpar o pulso apical e inflar o manguito até 100mmHg acima do valor em que o pulso deixar de ser sentido. A pressão diastólica corresponde ao desaparecimento dos batimentos (fase V). IV. A pressão sistólica corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos os ruídos de Korotkof (fase I). a) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas Apenas as afirmativas I,II,III e IV estão corretas Apenas as afirmativas I e II estão corretas Apenas as afirmativas I e IV estão corretas Apenas as afirmativas III está correta 22. (COMPERVE 2018) Um senhor de 54 anos apresentou parada cardiopulmonar e foi submetido a ressuscitação com êxito. Nesse caso, uma das metas hemodinâmicas aconselhadas para os pacientes após ressuscitação, de acordo com os Destaques da American Heart Association 2015, é evitar e corrigir imediatamente a hipotensão, ou seja, a pressão arterial média inferior a 65 mmHg e a pressão arterial sistólica inferior a 100 mmHg. 90 mmHg. 110 mmHg. 120 mmHg.
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