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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 14º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA REGIONAL DE JACAREPAGUÁ PEDRO RICARDO GABRIEL OLIVEIRA, brasileiro, solteiro, professor de química, portador do RG nº 0342910-5, expedida pelo CRQ-IIIR, inscrito no CPF sob o nº 137.761.357-78, residente e domiciliada à Rua Pinto Teles, nº 801, CEP: 22713-560 – Praça Seca/RJ, endereço eletrônico: Pedro.rgo@icloud.com , vem, em causa própria, com fulcro na Lei nº 8.078-/90 e demais dispositivos pertinentes, perante a V. Exa., propor AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E OBRIGAÇÃO DE FAZER COM TUTELA ANTECIPADA Em face de CRED – SYSTEM ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ do MF nº 04.670.195/0001- 38, a ser citada na pessoa de seu representante legal, situada em Alameda Rio Negro, nº 161 – Alphaville – Barueri / SP, CEP: 22740-360, endereço eletrônico desconhecido, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: I- DOS FATOS Ocorre que no início do mês de maio de 2021, realizei o cartão de crédito da loja TACO, e nesse mesmo mês realizei uma compra, na qual parcelei em 3vezes, porém não tive condições de pagar a 1ª parcela até o vencimento. Entrei em contato com a parte Ré e, me mailto:Pedro.rgo@icloud.com informaram que não enviariam o boleto com juros por atraso, e que, teria que pagar as duas parcelas juntas. Em 9 de julho de 2021 paguei as duas parcelas como fui instruído como prova o comprovante de pagamento (anexo 1). Já no início do mês de agosto, liguei solicitando o cancelado do cartão de crédito, e ainda no mesmo mês, no dia 30, paguei a 3º e última parcela com juros das compras realizadas em maio, como prova o comprovante de pagamento (anexo 2). Sucede que após diversas ligações solicitado o cancelamento, não obtivo sucesso, pois alegaram que não poderia ser feito o cancelado por esta inadimplente, e que meu nome seria negativado no SPC e Serasa, fato que não condiz com a verdade, bem como prova o comprovante de pagamento da parcela anterior e seus devidos juros (anexo 3). Após o pagamento das dívidas e o cancelamento do cartão, a parte Ré cobra mensalmente a anuidade do cartão de crédito já cancelado. As faturas chegam mensalmente em minha residência (anexo 11, 12 e 13) Além dos fatos narrados, recebo diariamente ligações e mensagens da empresa Ré, para regularizar a situação de inadimplência, e oferecendo acordos para pagamento da tal dívida, assim como prova os prints do referido ocorrido (anexo 4, 5, 6 e 7). Como consequência das ações da parte Ré, em janeiro de 2022 ao solicitar um empréstimo junto ao banco Itaú, mas por conter restrições de crédito em meu nome (anexo 8, 9 e 10), a solicitação foi negada. Entrei em contato com a empresa Ré informando toda a situação; protocolo: 40451298. II. DOS FUNDAMENTOS Com base no art. 6º, inciso V do Código de Defesa do Consumidor e nos artigos 473, 478 a 480 do Código Civil, prevê a possibilidade ao consumidor de cancelamento do referido cartão de crédito, bem como solicitar ao juízo que o a parte Ré não insira o nome nos bancos de dados de restrição ao crédito processo. Vejamos a norma, in verbis: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VI - a EFETIVA PREVENÇÃO E REPARAÇÃO de danos patrimoniais e MORAIS, INDIVIDUAIS, coletivos e difusos A indenização por danos morais é um dos mais proeminentes direitos e garantias individuais expressos inclusive na Carta Magna de 1988, verbis: “Art. 5° (...) X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. XXXII- o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.” O Doutrinador Pontes de Miranda já lecionava que: “Sempre que há dano, isto é, desvantagem no corpo, na psique na vida, na saúde, na honra, ao nome, no crédito, no bem-estar ou no patrimônio, nasce o direito à indenização". III. DA TUTELA ANTECIPADA Em razão da verossimilhança dos fatos ora narrados, conceder liminarmente, a tutela antecipada, de forma “initio litis” e “inaudita altera pars”, para retirar ou abster-se de incluir o nome do Autor nos cadastros restritivos de crédito, como SPC, SERASA, em 24 horas. IV. DO DANO MORAL A relação entre as partes é puramente consumerista e de baixa complexidade, portanto, pode ser regida pelo Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078/90. Após a análise dos fatos, fica nítida a falha na prestação de serviços por parte da Ré, que se negou a prestar serviços de cancelamento do cartão de crédito, cobrança indevida de juros e anuidade, inclusão do nome no SPC e SERASA e o desembaraço de ter dito da solicitação do empréstimo negado. O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR assegura como direito básico do consumidor a reparação pelos danos morais sofridos, bem como a prevenção da ocorrência desses danos, o que pode ser obtida com condenações exemplares. II. DOS PEDIDOS Ante o exposto, a parte autora requer: A) Que seja deferida a antecipação da tutela, ora requerida para que a parte Ré realize a retirada dos bancos de dados de restrição de crédito, sob pena de multa; B) Seja o réu condenado a COMPENSAR O DANO MORAL PRODUZIDO, fixando-se a valor em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), com fulcro nos arts 6°, VI da Lei 8078/90 e 5°, X da CF; C) A CITAÇÃO do réu no endereço informado, para comparecer à Audiência designada, sob pena de serem reputados verdadeiros os fatos alegados na petição inicial. III. DAS PROVAS Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente a documental superveniente. Dá-se o valor da causa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) Termos em que, Pede deferimento. Rio de Janeiro, 10 de março de 2022 ___________________________ ASSINATURA