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Frequência cardíaca: 10-20% Volume sistólico: 10% Aumento do débito cardíaco: 30-50% Diminuição da pressão arterial média: 10% Diminuição da resistência periférica: 35% Adaptações anatômicas e bioquímicas que visam um desenvolvimento fetal adequado e em equilíbrio com o organismo materno, no entanto podem agravar entidades mórbidas pré-existentes, ou produzir sintomas que, mesmo fisiológicos, são incômodos. A principal função da progesterona é provocar o relaxamento da musculatura lisa uterina, entretanto, acaba interferindo em outros órgãos, como o intestino materno, diminuindo a sua motilidade. A gravidez é uma condição fisiológica caracterizada pelo aumento progressivo dos diferentes componentes do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Na gravidez normal, o estrógeno e/ou progesterona causam a superexpressão do SRA, aumentando os níveis do angiotensinogênio e da renina teciduais e circulantes. A aldosterona, tanto urinária quanto plasmática, também está aumentada. Em gestantes normais pode ocorrer aumento de duas a seis vezes na concentração da renina plasmática, ANG II e aldosterona. #IMPORTANTE: Hiperaldosteronismo secundário - aumento da reabsorção de sódio. SISTEMA CARDIOVASCULAR Síndrome Hipercinética 2°-3° trimestre: Síndrome da hipotensão supina da gestação - compressão caval pelo útero gravídico, levando a queda da FC e PS, resulta em fraqueza, tontura, náuseas, vertigem e até síncope, com alívio após abandono da posição supina. O inchaço ou edema é causado pela pressão que o útero exerce nas veias pélvicas e cava (aquela que recebe sangue dos membros inferiores). Isso traz uma desaceleração da circulação. VARICOSIDADES Etiologia: aumento do volume sanguíneo e pressão venosa + compressão das veias pélvicas pelo útero volumoso + predisposição genética. Relaxamento da musculatura lisa + dextrorrotação do útero: hidronefrose fisiológica Dilatação do sistema urinário: ITU, nefrolitíase e pielonefrite Aumento da filtração glomerular renal: 50% Aumento da depuração de proteínas, ureia e creatinina Glicosúria fisiológica Anemia dilucional Queda de plaquetas Leucocitose - em gestações normais: 5.000 a 13.000/mm; puerpério: até 25.000 Linfopenia - perda das subpopulações de linfócitos Terapia de suporte: elevação, compressão, repouso do lado esquerdo e evitar longos períodos em pé ou sentada. Intervenção cirúrgica 6 meses pós-parto. RENAIS HEMATOLÓGICAS Na gestação, há uma elevação do volume sanguíneo total em cerca de 40 a 50%, como decorrência do aumento tanto do volume plasmático quanto da massa total de eritrócitos e leucócitos na circulação. Atinge valor máximo nas 32/34 semanas e retorna ao estado pré- gravídico 2 a 3 semanas pós-parto. As mudanças fisiológicas que ocorrem na gravidez, como aumento de aproximadamente 50% do volume de sangue circulante, as maiores necessidades de nutrientes maternos para o desenvolvimento do bebê e as alterações hematológicas específicas da gestação, tornam as gestantes mais suscetíveis ao desenvolvimento de anemia (fisiológica). MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS NO ORGANISMO MATERNO Amanda Vieira Sampaio - Medicina UFMA PHO Hiperventilação com queda de PaCO2 Alcalose respiratória compensada Aumento da excreção renal de bicarbonato GasometriaHemodiluição Aumento da eritropoiese materna Redução do ferro sérico Aumento da capacidade de captação de transferrina Consumo pela unidade fetoplacentária Utilização para produção de hemoglobina resultante do aumento da massa eritrocitária Musculatura uterina e depleção por meio de perdas sanguíneas 1º trimestre: Hb < 11 g/dL; Hct < 33% 2º trimestre: Hb < 10,5 g/dL; Hct < 32% 3º trimestre: Hb < 11 g/dL; Hct < 33% Aumento do fibrinogênio Queda de fatores XI e XIII Inibição da fibrinólise Broncodilatação Aumento da frequência respiratória Diminuição do volume residual funcional Aumento do volume corrente Aumento da captação de 02 Aumento do consumo de 02 SÉRIE VERMELHA METABOLISMO DO FERRO Necessidade aumentadas: 30-60 mg/d de Fe e 400 mcg/d de ácido fólico. Fatores contribuintes Os seguintes níveis de hemoglobina (Hb) e Hct são classificados como indicativo de anemia: Se a hemoglobina for < 11,5 g/dL no início da gestação, as mulheres podem ser tratadas profilaticamente porque a hemodiluição subsequente geralmente a reduz a Hb para < 10 g/dL. ALTERAÇÕES DA COAGULAÇÃO Essas alterações associadas ao aumento do volume sanguíneo ajudam a combater os riscos de hemorragia na dequitação placentária. Em contrapartida, produzem um estado de hipercoagulabilidade, aumentando o risco de trombose venosa profunda, tromboembolismo pulmonar e coagulação intravascular disseminada. Ocorre aumento na incidência de episódios trombóticos (TVP, TEP) em até cinco vezes durante a gestação e o puerpério. ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS NO ORGANISMO MATERNO Amanda Vieira Sampaio - Medicina UFMA PHO Retardo do esvaziamento gástrico Pirose Constipação Predisposição a colestase Aumento da fosfatase alcalina - todas as outras enzimas estão diminuídas porém a placenta produz FA Hipófise e tireoide aumentam de volume T3 e T4 livres aumentam até 12 semanas (homologia de hCG e TSH) ALTERAÇÕES DIGESTIVAS TIREOIDE Os níveis de T4 e T3 totais aumentam em 50% durante a 1ª metade da gravidez, estabilizando com 20 semanas de gestação, quando atinge um novo estado estacionário. FSH e LH muito baixos Insulina aumenta Cortisol total e livre aumentam Lipoproteínas e tireoglobulinas aumentam Prolactina aumenta Parasitismo verdadeiro Hipoglicemia de jejum Aumento da resistência insulínica (hLp, progesterona, estrogênio e cortisol) Hiperglicemia pós-prandial Hiperinsulinemia Diabetes gestacional OUTRAS GLÂNDULAS METABOLISMO GLICÍDICO Gravidez é um estado de potencial diabetogênico. 1º e 2º trimestres - anabolismo 3º trimestre - catabolismo Dor e hiperseneibilidade Aumento do volume a partir da 6ª semana Estrógenos, progesterona e prolactina - crescimento mamário Sinal de Hunter Rede de Haller Tubérculos de Montgomery Aumento da resistência à insulina - efeito diabetogênico determinado pelo hormônio lactogêneo placentário humano, hormônio de crescimento placentário e adipocinas. #IMPORTANTE: O ganho ponderal de 12,5 kg garante ao feto o crescimento adequado. OVÁRIOS O processo de maturação folicular cessa. O corpo lúteo que restou da ovulação mantém-se funcionante por estímulo do hormônio gonadotrófico coriônico (hCG) produzido pelo sinciotrofoblasto. O corpo lúteo é responsável pela produção de progesterona observada nas primeiras seis a sete semanas da gestação, que é essencial para a manutenção da gravidez até o completo funcionamento placentário. MAMAS MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS NO ORGANISMO MATERNO Amanda Vieira Sampaio - Medicina UFMA PHO Hipervascularização local - hiperemia e edema da mucosa vaginal Hipertrofia das células musculares e acúmulo hídrico pH mais ácido Alterações locais - predisposição a infecção fúngica Varizes vulvares - principalmente multíparas Retenção de líquido no espaço extravascular - ação protetora Arroxeado e amolecido Eversão do epitélio colunar - sangramento à manipulação Muco cervical viscoso, espesso, não cristaliza Rolha de Shroeder - hipertrofia glandular da endocérvix; rico em imunoglobulinas Processo de colagenólise da cérvix VAGINA E VULVA COLO UTERINO Cor violácea Consistência amolecida - principalmente na região de implantação ovular Inicialmente espesso evoluindo com afinamento progressivo Vascularização aumentada Discreta rotação do seu eixo pra direita ÚTERO Até 12s: órgão intrapélvico 12s: acima da sínfise púbica 16s: entre a sínfise e a cicatriz umbilical 20s: cicatriz umbilical 40s: apêndice xifoide MIOMÉTRIO As fibras musculares do miométrio sofrem hiperplasia, hipertrofia e alongamento. Centro de gravidade se desloca pra frente Lordose lombar; cifose cervical Ampliação da base Marcha anserinaRelaxamento de ligamentos e frouxidão articular (sacrilíacas, sacrococcígea, pube) Tração no nervo ulnar e mediano POSTURA E DEAMBULAÇÃO MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS NO ORGANISMO MATERNO Amanda Vieira Sampaio - Medicina UFMA PHO Centrofacial: bochecha, testa, lábio superior, nariz e queixo; Malar: bocheca e nariz; Mandibular: ramo da mandíbula. 3 Padrões 1. 2. 3. As recomendações são exposição solar evitada, peeling de ácido retinoico a 5% ou 10% no pós-parto, laser e dermoabrasão. As estrias têm ocorrência associada ao hipercortisolismo típico da gravidez. A estrias rubra são as primeiras apresentações de estrias distensivas e têm cor avermelhada a violácea. Ao longo do tempo, as estrias rubra evoluem para estrias alba, que aparecem hipopigmentadas, atróficas e cicatriciais. Os locais comuns para o aparecimento das estrias são o abdômen, seios, quadris, parte inferior das costas, nádegas e coxas. Aumento dos níveis de progesterona Aumento na produção do hormônio melanotrófico da hipófise; produção excessiva de melanina PELE E ANEXOS O estado hiperestrogênico e hiperprogestogênico leva a proliferação da microvasculatura do tegumento (angiogênese) e vasodilatação periférica, que tem como consequência eritema palmar, teleangiectasias e aumento da secreção sebácea.
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