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Resumo de Cada APG SOI IV - CONTEÚDO PÓS N1

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Carla Bertelli – 4° Período 
Decorre de um processo inflamatório do capilar glomerular, 
caracteriza-se por disfunção renal de início abrupto e manifesta-se 
por oligúria, edema, hipertensão arterial, hematúria com cilindros 
hemáticos, proteinúria discreta ou moderada e retenção de 
compostos nitrogenados (azotemia). Ocorre redução da TFG e na 
fração de filtração – o fluxo plasmático renal pode não alterar, 
manter-se um pouco acima dos níveis normais ou sofrer queda, 
sempre menor que a fração de filtração. Processo inflamatório 
intraglomerular caracterizado por disfunção renal. Pode ser aguda, 
subaguda ou crônica. Pode ser causada por doença renal intrínseca 
ou constituir de uma parte de doença sistêmica. consiste 
em glomerulonefrite infecciosa, pós-infecciosa, nefropatia por IgA e 
nefrite lúpica. Um subgrupo de glomerulonefrite aguda, conhecido 
como glomerulonefrite rapidamente progressiva pode manifestar-se 
com insuficiência renal grave e progressiva. Como exemplo há a 
doença de Goodpasture, poliartrite. é mais 
comum em homens entre 6 e 10 anos de vida. A faixa etária da 
doença varia entre a primeira década de vida e após os 50 anos. 
 – Processo inflamatório. O grau de inflamação glomerular 
determina a gravidade da disfunção renal e as manifestações clínicas 
associadas. Muitas das glomerulopatias apresentam distúrbios 
imunológicos subjacentes. É causada por processos inflamatórios que 
obstruem os lúmens capilares e lesam a parede capilar, essa lesão 
possibilita que hemácias entrem na urina e cause alterações 
hemodinâmicas que reduzem a TFG. Acumulação extracelular de 
líquidos, hipertensão, edema ocorrem em consequência da TFG 
reduzida e da reabsorção tubular aumentada de sal e água. Existem 
2 mecanismos básicos para lesão glomerular: (1) anticorpos que se 
ligam a um componente estrutural do outro material implantado nos 
glomérulos, pode ter formação de anticorpos circulantes dirigidos 
contra a membrana basal glomerular. (2) formação de complexos 
antígeno-anticorpo circulantes que escapam do sistema 
reticuloendotelial e se depositam nos glomérulos. 
 - Edema, oligúria, sintomas urêmicos. Pacientes podem 
apresentar hipertensão, que pode ser maligna em alguns casos. 
Exantema malar e úlceras orais, púrpura palpável de 
HenochSchonlein e crioglobulinemia 
ó - Urina pode apresentar hematúria macroscópica escura, 
eritrócitos dismórficos ou deformados em consequência do estresse 
osmótico e químico que sofrem quando passam pelo néfron. Os 
eritrócitos urinários com vesículas ou projeções semelhantes a 
bolhas na membrana fornecem uma forte evidência de causa 
glomerular para hematúria. Podem ser observados cilindros 
hemáticos. Proteinúria baixa. No soro observamos o estado 
eletrolítico e estimamos a TFG, a fim de documentar o grau de 
disfunção renal. O hemograma revela anemia, trombocitopenia e 
leucopenia. Outros exames podem ser títulos de antiestreptolisina O 
(ALSO), pesquisa de hepatite, níveis de complemento, anticorpos 
anticitoplasma de neutrófilos, Anti-MBG e marcadores de doença por 
imunocomplexos como FAN e anti-DNA. 
ê ç – A ativação local de Tolls nas 
células glomerulares, deposição de imunocomplexos ou lesão infligida 
pelo complemento induz a infiltração de células mononucleares que 
produzem uma resposta imune adaptativa atraída ao rim pela 
liberação local de quimiocinas. Neutrófilos, macrófagos e células T 
são atraídas pelas quimiocinas para dentro do tufo glomerular, onde 
reagem com antígenos e epítopos, produzindo mais citocinas, mais 
proteases que lesionam o mensângio, os capilares e a MBG. Célula 
T tem um importante papel no mecanismo da glomerulonefrite. Os 
antígenos apresentados pelas moléculas do complexo de 
histocompatibilidade principal MHC de classe II nos macrófagos e nas 
células dendríticas em combinação com moléculas de 
reconhecimento associativo participam do repertório das células 
TCD4/8. As células mononucleares podem lesionar o rim, porém os 
eventos autoimunes que lesam o glomérulo produzem uma 
resposta imune humoral. Tipicamente, glomerulonefrite 
pósestreptocócica, nefrite lúpica e membranosa idiopática estão 
associadas a imunodepósitos ao longo da MBG, enquanto anticorpos 
anti-MBG produzem ligação linear da doença anti-MBG. Os 
imunocomplexos pré-formados podem precipitar ao longo do 
subendotélio na MBG, enquanto outros imunodepósitos são 
formados in situ. Esses depósitos se acumulam quando anticorpos 
circulantes encontram seu antígeno encarcerado ao longo da borda 
subepitelial. Os imunodepósitos no mesângio glomerular podem 
resultar da deposição de complexos circulantes pré-formados ou de 
interações antígeno-anticorpo in situ. Os imunodepósitos estimulam 
a liberação de proteases locais e ativam a cascata de complemento. 
Oxidantes locais lesam as estruturas glomerulares produzindo 
proteinúria e apagamento dos podócitos. 
ó ó – Mesma coisa que 
glomerulonefrite proliferativa endocapilar aguda. Infecções de pele e 
de garganta por determinados tipos de M estreptococos procedem 
a doença glomerular. Doença imunomediada que envolve supostos 
antígenos, imunocomplexos circulantes e ativação do complemento. 
Manifesta-se com hematúria, piúria, cilindros hemáticos, edema, 
hipertensão e lesão renal aguda 
 – Ocorre em pacientes que 
permanecem não tratados por período prolongado, com 
hemocultura negativa ou que apresentam endocardite do lado direito. 
Ocorre deposição de imunocomplexos circulantes no rim e ativação 
do complemento. Há hematúria, piúria, proteinúria leve. 
ú – Depósito de imunocomplexos circulantes que ativam 
a cascata do complemento, levando a lesão mediada por 
complemento, infiltração de leucócitos, ativação de fatores 
prócoagulantes e liberação de várias citocinas. Formação de 
imunocompelxos in situ. Sina clínico mais comum é proteinúria, 
hematúria, hipertensão, graus variáveis de disfunção renal e 
sedimento urinário 
ç – Autoanticorpos dirigindos 
contra antígenos da membrana basal. Lesão rim-pulmão 
(Goodpasture). Considerada uma conformeropatia autoimune. Células 
T restrita ao MCH iniciam a resposta aos autoanticorpos, uma vez 
que os seres humanos são intolerantes aos epítopos criados por 
assa estrutura 
 – Hematúria episódica associada ao depósito de 
IgA no mesângio. É a forma mais comum. Mediada por 
imunocomplexos definida pela presença de depósitos mesangiais 
difusos de IgA e frequentemente associados com hipercelularidade 
mesangia.l 
Tem ainda vasculite de pequenos vasos induzidas por ANCA, 
glomerulonefrite membranoproliferativa e mesangioproliferativa. 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
Surgem como doença renal primária (idiopática) ou pode 
ocorrer em associação a qualquer um dos vários distúrbios 
sistêmicos ou doenças hereditárias. As doenças glomerulares 
primárias mais comuns consistem na nefropatia membranosa, 
glomeruloesclerose segmentar e focal, doença por lesão 
mínima e glomerulonefrite membranoproliferativa. Reflete 
lesão não inflamatória na parede do capilar glomerular. A 
doença glomerular subjacente resulta em proteinúria, que 
ocorre em consequência da alteração na seletividade da carga 
e do tamanho da parede capilar glomerular. O que aumenta a 
permeabilidade glomerular às proteínas plasmáticas. Assim, a 
albumina é a principal proteína perdida na urina. Ne manifesta 
classicamente com proteinúria maciça, hematúria mínima, 
hipoalbuminemia no sangue, hipercolesterolemia, edema e 
hipertensão. Se não for estabelecido o diagnóstico ou não for 
instituído tratamento, algumas dessas síndromes podem lesar 
o número de glomérulos reduzindo a TFG e levando a 
disfunção renal 
Ocorre alteração na permeabilidade glomerular por lesões 
estruturais ou anormalidades funcionais, caracteriza-se por 
proteinúria maciça. Edema é causado principalmente devido a 
redução da pressão oncótica do plasma (hipoalbuminemia), 
pode ser intenso e difundo,incluindo hidroperitônio e 
hidrotórax. Redução do fluxo renal também aumenta a 
reabsorção de sódio e diminuição do volume urinário também 
contribui para o edema. Quando o edema é considerável, 
surge hiperaldosteronismo secundário a redução do 
compartimento intravascular, por estimulação de receptores 
de volume (arco aórtico, átrio esquerdo); há ainda ativação do 
sistema nervoso simpático e diminuição de fatores 
natriuréticos, como os peptídeos atriais. A aldosterona 
aumenta a reabsorção de Na+ nos túbulos distais e a 
eliminação de K+ e H+. 
Hiperlipidemia associa-se ao aumento da síntese de 
lipoproteínas pelo fígado (albumina e lipoproteínas são 
sintetizadas no fígado pelos mesmos estímulos, com a perda 
renal de albumina surge estímulo para maior síntese de 
albumina, o que resulta em maior produção também de 
lipoproteínas também pelo fígado. 
Sua consiste em glomerulopatias primárias, como 
lesão histológica mínima. As principais causas são 
glomerulipatias primárias, lesão histológica mínima, 
glomerulopatia membranosa e glomeruloresclerose focal, as 
doenças sistêmicas são o úpus eritematoso sistêmico e 
diabetes melito 
 – Proteinúria assintomática, edema, áreas periorbital e 
escrotal. Se for grave e generalizado se apresenta como 
anasarca. 
ó – No exame de urina avalia-se proteinúria (3/4 
cruzes), sedimento urinário com poucas células cilíndricas. O 
sedimento urinário apresenta poucas células /ou cilindros. 
Pode-se verificar lipídeos no sedimento urinário. No sangue há 
diminuição da albumina sérica total e hiperlipidemia. Os 
pacientes podem apresentar anemia, velocidade de 
hemossedimentação elevada, hipocalcemia e deficiência de 
vitamina D. As indicações e benefícios da biopsia renal 
permanecem controversos. Entretanto, trata-se do 
procedimento-padrão para estabelecer a causa da proteinúria 
em adultos. A biopsia é frequentemente recomendada quando 
existe dúvida na etiologia 
Complicações incluem hiperlipidemia, trombose (anormalidades 
no sistema de coagulação, perdas urinárias de antitrombina 
proteína C e S e fatores de coagulação. Pode ocorrer 
infecção devido a perdas urinárias de imunoglobulinas, 
hipoalbuminemia, desnutrição e anemia 
ç õ í – Doença renal primária, associada 
a outras condições como doença de Hodgkin, alergias ou uso 
de AINEs. Há o apagamento de pedicelos que sustentam os 
podócitos epiteliais, com enfraquecimento dos poros da 
membrana da fenda. Síndrome nefrótica acompanhada por 
sedimento urinário anular. 
 – Caracterizado por 
cicatrizes glomerulares segmentares envolvendo apenas 
alguns glomérulos. Os achados cínicos incluem proteinúria. Os 
possíveis mecanismos incluem fator de permeabilidade 
circulante medido por células T, níveis aumentados do 
receptor de urocinase solúvel, proliferação celular e síntese 
de matriz mediada por TFG-B. 
 – É a causa mais comum de 
síndrome nefrótica nos idosos. Secundária a uma neoplasia 
maligna, infecção ou doenças reumatológias, como lúpus, 
artrite reumatoide. 
é – Causa mais comum de doença renal. 
Acontece em pacientes com diabetes por mais de 25 anos. 
fatores de risco para o desenvolvimento de nefropatia 
diabética incluem hiperglicemia, hipertensão, dislipidemia, 
tabagismo, história familiar de nefropatia diabética e 
polimorfismos gênicos que afetam a atividade do eixo 
reninaangiotensina-aldosterona. De 1 a 2 anos após o início do 
diabetes clínico, surgem alterações morfológicas no rim. O 
espessamento da MBG é um indicador sensível da presença 
de diabetes. 
ç ó – As discrasias de 
plasmócitos que as vezes resultam na formação de depósitos 
glomerulares e tubulares, que causam proteinúria maciça e 
disfunção renal. 
ç – Erro inato ligado ao cromossomo X do 
metabolismo globotriasoilceramida. Os órgãos afetados incluem 
o endotélio vascular, o coração, o cérebro e os rins. 
Classicamente, a doença de Fabry manifesta-se na infância em 
meninos com acroparestesias, angioceratoma e hipoidrose 
 Carla Bertelli – 4° Período 
Uma vez que o ovócito é liberado a partir da ruptura do folículo, ele 
é levado a tuba uterina pelos batimentos ciliares. Os espermatozoides 
depositados passam pela etapa de maturação final, a capacitação, 
que permite que o espermatozoide fertilize o óvulo (alterações no 
espermatozoide acontecem). A fertilização do ovócito pelo 
espermatozoide é resultado de um encontro ao acaso, através de 
moléculas químicas de atração produzida pelo ovócito. Um ovócito 
pode ser fertilizado durante apenas cerca de 12/14h após a ovulação. 
No trato reprodutor feminino, os espermatozoides permanecem 
cerca de 5/6 dias. A fertilização normalmente ocorre na parte distal 
da tuba uterina. Para penetrar o ovócito, o espermatozoide deve 
penetrar a camada externa de células da granulosa (corona radiata) 
e uma capa protetora de glicoproteínas (zona pelúcida). A fusão da 
membrana do espermatozoide com a membrana do ovócito inicia 
uma reação química, chamada de reação cortical, que impede que 
outros espermatozoides fecundem este ovócito. Isso sinaliza para 
que o ovócito retome a meiose e complete a sua segunda divisão. 
A divisão meiótica final gera o segundo corpúsculo polar, o qual é 
ejetado. Neste ponto, os 23 cromossomos do espermatozoide 
juntam-se aos 23 cromossomos do óvulo, criando o núcleo do zigoto 
com o material genético completo. Uma vez que um ovócito é 
fertilizado e dá origem ao zigoto, ele inicia a mitose e lentamente 
segue pela tuba uterina até o útero, onde permanecerá ao longo 
de todo o período da gestação. Leva de 4/5 dias para chegar à 
cavidade uterina. 
A placenta secreta diversos hormônios durante a gestação: 
ô ô ê
á ê
 – O corpo lúteo permanece ativo no início da gestação devido 
ao HCG (mantendo-o produzindo estrogênio e progesterona), para 
manter o endométrio intacto. Por volta da 7° semana, a placenta 
assume a produção de progesterona e o corpo lúteo se degenera. 
O pico de HCG ocorre até os 3 meses, depois diminui, mas continua 
detectável. 
ô ê á – Hormônio proteico 
produzido pela placenta. Tem efeito proteico, aumenta a resistência 
materna à ação da insulina e estimula o pâncreas na secreção de 
insulina, ajudando no crescimento fetal, pois proporciona maior 
quantidade de glicose e nutrientes para o feto. Além disso, estimula 
o desenvolvimento da mama e da lactação 
ê – São produzidos continuamente durante 
a gestação, primeiro pelo corpo lúteo, depois pela placenta. Com os 
altos níveis circulantes desses hormônios esteroides, a supressão por 
retroalimentação da adeno-hipófise continua durante toda a 
gestação, impedindo que outro conjunto de folículos comece a se 
desenvolver. Durante a gestação, o estrogênio contribui para o 
desenvolvimento dos ductos das mamas. A progesterona é essencial 
para a manutenção do endométrio e também auxilia na supressão 
das contrações uterinas. A placenta produz vários outros hormônios, 
incluindo inibina e pró-renina, mas a função da maioria deles ainda 
não está clara 
çõ ó
çã çã – Coração aumentado devido 
hipertrofia e aumento do volume das câmaras. Nos últimos estágios, 
o crescimento uterino eleva o diafragma, deslocando o miocárdio e 
rodando lateralmente. 
ê í – Aumento gradativo, com pico entre a 28° e 
36° semana. 
é í – Aumento significativo. Atinge um pico de 30-40% 
entre a 28° e 36° semana. Durante o trabalho de parto aumenta até 
30%. Cada contração uterina eleva o débito em torno de 10 - 25%. 
. A placenta recebe até 10% do débito cardíaco materno total. O 
enorme fluxo sanguíneo para a placenta é uma razão para que a 
separação súbita e anormal da placenta da parede uterina seja uma 
emergência médica 
Resistência Vascular Periférica Total – Está reduzida em até 30% a 
partir da 8/12° semana. É decorrente de ação horminal. 
 – Alteram-se pouco 
ã – Normal, com exceções das partes mais inferiores 
do corpo, que tendem a elevar-se, acontece devido ao volumeuterino sobre as veias pélvicas e a cava inferior. 
á – Elevação do diafragma. Diminuição do diâmetro 
vertical da caixa torácica até 4cm, aumentando 2cm no diâmetro 
ântero-posterior e transverso. 
 – Não se observam modificações 
até p 5° mês. Após há redução no Volume de Reserva Expiratório 
(VRE) diminuído de 100-150ml, volume residual (VR) menor em 200 
ml, e capacidade residual funcional (CRF), estando 20% mais baixa. 
çõ ó – Aumento no volume sanguíneo 
materno a partir da 8° semana, aproximadamente 1500ml. O 
aumento do volume plasmático é relativamente maior que o das 
hemácias o que leva a hemodiluição com aparente diminuição dos 
eritrócitos e hemoglobina. Produz-se a chamada anemia fisiológica da 
gravidez ou pseudo-anemia da gravidez, que pode ser 
profilaticamente evitada administrando ferro na mãe. 
çõ – Deslocamento cefálico do 
estômago, devido ao aumento do útero, que modifica o ângulo da 
junção gastroesofágica, em prejuízo do esfíncter esofágico. A 
diminuição da função da cárdia, acompanhada do aumento da 
secreção do suco gástrico observado na gravidez, propiciam a 
ocorrência de refluxo gastroesofágico que leva a um quadro de 
pirose e até mesmo de esofagite. A hérnia hiatal é uma patologia 
que está presente em 27% das gestantes nos meses finais da 
gestação 
çõ - O fluxo plasmático renal e a filtração 
glomerular elevam-se rapidamente durante o primeiro trimestre de 
gestação, atingindo no quarto mês valores de até 50%. Durante o 
último trimestre, estes valores decrescem lentamente em direção 
aos valores normais. O "clearance" da creatinina usualmente está 
aumentado, e, portanto, o limite superior dos valores normais 
sanguíneos da ureia e creatinina estão mais baixos na mulher grávida. 
Nos últimos meses, observa-se uma dilatação dos cálices renais, 
pelve e ureteres, devida a ação da progesterona 
 
 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
As práticas contraceptivas podem incluir abstinência, 
esterilização (através de procedimento cirúrgico não 
reversível). 
Os métodos de intervenção da contracepção incluem: (1) 
métodos de barreira, que impedem a união do 
espermatozoide com o ovócito; (2) métodos que impedem a 
implantação do ovócito fertilizado; e (3) tratamentos 
hormonais que diminuem ou interrompem a produção de 
gametas. A eficácia da intervenção contraceptiva depende em 
parte de quão constante e corretamente ela é usada. 
 
é - Os métodos contraceptivos com base 
em barreiras químicas ou físicas estão entre os métodos de 
controle de natalidade mais facilmente lembrados. Constitui o 
diafragma, capuz cervical, esponja contraceptiva e o 
preservativo. Impedem a entrada do esperma no útero. 
çã çã – Alguns métodos contraceptivos 
não impedem a fertilização, mas impedem que o ovócito 
fertilizado se implante no endométrio. Eles incluem tanto os 
dispositivos intrauterinos (DIUs) quanto o uso de compostos 
químicos que mudam as propriedades do endométrio. 
 - Técnicas que diminuem a produção 
de gametas dependem da alteração do ambiente hormonal 
do corpo. Os contraceptivos orais, também chamados de 
pílulas de controle da natalidade, baseiam-se em várias 
combinações de estrogênio e progesterona, que inibem a 
secreção de gonadotrofinas pela hipófise. Sem níveis 
adequados de FSH e de LH, a ovulação é suprimida. Além 
disso, a progesterona presente nas pílulas contraceptivas torna 
o muco cervical espesso e ajuda a impedir a penetração dos 
espermatozoides. Estes métodos hormonais de contracepção 
são muito eficazes quando usados corretamente, mas 
também trazem alguns riscos, como o aumento na incidência 
de formação de coágulos sanguíneos (trombos) e de acidente 
vascular encefálico (principalmente em mulheres fumantes) 
Os contraceptivos hormonais funcionam de várias maneiras 
para evitar uma gravidez não programada, por exemplo: 
• Inibição da ovulação - os contraceptivos hormonais 
impedem a liberação do óvulo pelos ovários, impedindo 
assim a possibilidade de que seja fecundado após a 
relação sexual sem uso de preservativos; 
• Espessamento do muco cervical - os contraceptivos 
hormonais engrossam o muco do colo do útero, o que 
dificulta a chegada do espermatozoide ao útero. 
Podem ser orais, anel vaginal, adesivo anticoncepcional, 
injetável, DIU, implantes contraceptivos. 
ó – O diagnóstico de gravidez é baseado na 
presença de qualquer um dos seguintes: 
• Detecção de gonadotrofina coriônica humana (hCG) no 
sangue ou na urina 
• Identificação da gravidez pelo exame de ultra-som 
• Identificação da atividade cardíaca fetal por ultrassonografia 
Doppler 
Embora o relato da paciente de menstruação atrasada, 
atividade sexual com uso imperfeito de contracepção e 
suspeita de gravidez da paciente sejam preditivos de que um 
teste de gravidez será positivo, esses fatores não são 
suficientemente confiáveis para diagnosticar ou excluir 
gravidez. Náusea com ou sem vômito, se presente, aumenta 
a probabilidade de gravidez, mas alguns indivíduos não 
apresentam esses sintomas ou simplesmente não os 
experimentaram antes de serem testados 
 
 
 
 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
Objetivos de cada consulta pré-natal: definir a condição da 
saúde da mãe e do feto; Avaliar a IG comparando o 
crescimento uterino (medido da sínfise púbica até o fundo do 
útero); Realizar um plano de cuidado obstétrico. 
A OMS definiu que a proteção à maternidade tem como 
objetivo garantir a saúde das mulheres durante a gestação, o 
puerpério e o aleitamento materno, além de ensinar/auxiliar 
nos cuidados dispensados às crianças. O pré-natal é um 
conjunto de medidas de natureza médica, social, psicológica e 
de cuidados gerais, que visa propiciar à mulher gestante o 
desenvolvimento saudável da gestação. Tem papel 
fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de 
patologias, tanto maternas como fetais. Através da avaliação 
da gestante, é possível classifica-la em habitual, baixo ou alto 
risco. 
O número adequado de consultas no pré-natal tem que ser 
igual ou superior a 6. A gestação costuma ser dividida em 
semanas, portanto até a 34° semana as consultas deverão ser 
mensais. A partir da 36° semana deverão ser quinzenais e, 
então, semanais até o momento do parto. A primeira consulta 
deve ser mais precoce possível, o primeiro componente de 
desconfiança é o atraso menstrual. Na primeira consulta é 
comum não existir queixas. Queixas existentes devem ser 
valorizadas e investigadas. Na abordagem inicial é importante 
excluir doenças associadas. Entre antecedentes familiares é 
importante investigar hipertensão, diabetes, cardiopatias, 
gemelaridade. Dos antecedentes pessoas é importante 
infecções, cirurgias, história prévia de transfusão sanguínea. 
Antecedentes ginecológicos incluem ciclo menstrual, calcular 
IG, história sexual, uso de métodos anticoncepcionais. 
Quem realiza a assistência ao pré-natal de risco habitual 
envolve enfermeiros ou médicos da unidade básica de saúde, 
não necessariamente um médico obstetra. Os atendimentos 
dos enfermeiros podem ser intercalados com as consultas 
médias. Já em casos de alto risco, faz-se necessário uma 
equipe multi 
Nas consultas deve-se avaliar intercorrências e queixas da 
gestante, calcular IG, identificar fatores de risco, reclassificar a 
gravidez, indicar planejamento familiar, atualizar calendário 
vacinal, entre outros. No exame físico da gestante deve-se 
aferir a PA, anotar o peso, FC, altura uterina, BCF, contrações 
ou edema, além exame físico geral e exame físico obstétrico. 
No exame ginecológico avalia-se as mamas, abdome, órgão 
genital externo, internos e especular. Nas mamas há sinal de 
Hunter e rede venosa de Haller. 
Os exames complementares podem ser divididos em 4 
grupos: 
1 – Exames específicos para o pré-natal, com interesse 
maternofecal (hemograma, tipagem sanguínea, fator Rh, urina, 
urocultura, sorologia, glicemia, USG obstétrica). 
2 – Exames determinados por intercorrênciasou doenças 
associadas que justifiquem seguimento durante a gestação 
(função renal, cardíaca, fundo de olho, anemias). 
3 – Exames para rastreamento de doenças potenciais na 
gestação, ligado às características dos serviços e do cliente, 
bem como as doenças prevalentes em cada região 
(rastreamento de diabetes, pré-eclampsia). 
4 – Exames para rastreamento de doenças indiretamente 
ligadas à gestação, tem sua realização justificada pela 
oportunidade de estar diante de alguém que nunca teve 
oportunidade de buscar serviço médico. 
 
çã – Alimentação deve ser saudável, 
balanceada, estimular ingestão de água e fibras. A gravidez 
requer um aumento de 15% na ingestão calórica. A 
suplementação pode ser dividida em 3 períodos 
í ê – Fecundação até 12 semanas. 
Evitar exposição a agentes químicos e físicos, além de 
suplementação vitamínica, especialmente com ácido fólico 
(fechamento do tubo neural), em dose de 0,4 a 0,8mg/dia 
í – No segundo trimestre até o 
fim da gestação. O feto faz uma reserva que lhe assegura um 
crescimento e um desenvolvimento adequados. Por isso, a 
gestante deve ingerir complemento proteico e 
suplementação de ferro. Devido ao aumento do aporto de 
glicose, é nesse período que a mulher pode desenvolver 
diabetes gestacional 
í çã Ó – Deposição de cálcio no 
osso fetal e aumenta a necessidade de cálcio a ser 
suplementado até a lactação, a fim de minimizar hipocalcemia. 
 – calorias (340kcal/dia no 2°tri e 452 no 
3°tri), proteínas (1,1g/kg/dia), carboidratos (175g/dia), lipídios 
(peixes oleaginosos, ômega 3, 6). 
 – Ferro (30mg/dia), ácido fólico (essencial até 
a 12° semana, dose diária de 0,4 a 0,8mg), cálcio (30g), vitamina 
A (2700UI), vitamina D (400/800UI), polivitamínicos são 
indicados para gestantes que não tem uma suplementação 
adequada na dieta. 
 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
No parto, o útero tem função de progredir o produto da 
concepção através das contrações. A contratilidade uterina 
tem importância em 3 situações: para a inibição do parto em 
casos de trabalho de parto prematuro, indução do trabalho de 
parto em casos necessários e no período pós-parto para 
miotamponamento e regressão do útero nos dias seguintes 
ao nascimento (contratilidade uterina no puerpério). Participam 
da mecânica do parto o conteúdo uterino (feto e anexos), a 
passagem materna representada pelas contrações uterinas 
representada pela bacia obstétrica e o motor, representado 
pelas contrações uterinas. O evento da contratilidade ocorre 
devido a modificações na estrutura miometrial, hipertrofia e 
hiperplasia das células. O miométrio é composto por células 
musculares lisas que apresentam diferenciação no sistema 
muscular, formada principalmente por fibras colágenas. A 
unidade gestora da contração uterina é o complexo proteico 
actina-miosina, fibras dispostas em feixes e envoltas por uma 
matriz de tecido conjuntivo composta por colágeno, cuja 
principal função é facilitar a transmissão de forças contráteis. 
As principais características das células musculares miometrais 
são a baixa sensibilidade a estímulos dolorosos, excitabilidade, 
capacidade elástica, tonicidade e capacidade contrátil. Durante 
a gestação, o miométrio apresenta crescimento constante e 
bloqueio protagênico, não sendo comum a ocorrência de 
contrações. O ó
çõ s e da modificação cervical 
progressiva. O início é considerado quando a dilatação atinge 
2cm, estando a atividade uterina compreendida entre 80 e 120 
Unidades Montevidéu. As contrações se iniciam na parte 
superior do útero, local em que são mais intensas, e se 
propagam com intensidade decrescente pelo corpo do útero 
até atingir o segmento inferior. A cada contração uterina, 
durante o trabalho de parto, admite-se que sejam 
impulsionados do território placentário cerca de 300 mL de 
sangue, determinando aumento do retorno venoso ao 
coração e consequente incremento do volume ejetado na 
sístole cardíaca çõ é acontecem 
após a expulsão fetal, com a função de propiciar a dequitação 
fisiológica, são contrações indolores e após 2 a 3 a placenta é 
impelida para o canal de parto. Vale salientar que, durante as 
mamadas, a sucção do leite determina a liberação de ocitocina, 
o que causa aumento na frequência das contrações e 
ocasionalmente pode provocar desconforto na puérpera (dor 
de tortos). 
 – O parto é caracterizado por 
contrações das fibras miometriais, cujas principais funções são 
a dilatação cervical e a expulsão do feto através do canal de 
parto. São contrações dolorosas, porém antes de iniciar, o 
útero sofre modificações fisiológicas e bioquímicas locais 
concomitantes ao aumento da frequência das contrações 
indolores (contrações Braxton Hicks), até que o verdadeiro 
trabalho de parto ocorra. As fases incluem: quiescência, 
ativação, estimulação e involução. 
ê – Ausência de resposta aos agentes que determinam a 
contratilidade uterina. Se inicia com a implantação do zigoto e 
perdura por quase toda gestação. Podem ocorrer contrações, mas 
elas não modificam a estrutura cervical e nem causam dilatação do 
colo uterino. 
çã – Prepara o útero e o canal cervical para o trabalho de 
parto, dura aproximadamente 6 a 8 semanas. Determina algumas 
modificações cervicais e caracteriza-se pela descida do fundo uterino 
çã – Dividido em 3 períodos (dilatação, expulsão e 
dequitação), os fenômenos mais importantes são as contrações 
uterinas efetivas. As contrações devem apresentar uma frequência 
regular, entre 2 e 5 contrações a cada 10 min, de intensidade 20 a 
60 mmHg e duração de 30 a 90s 
çã – Retorno ao estado pré-gravídico (puerpério). Ocorre 
após a dequitação e se caracteriza-se pela contração persistente 
que promove involução uterina. 
çã – Inicia as primeiras contrações dolorosas, que 
modifica o cérvix, começa com as primeiras modificações 
cervicais e termina com a dilatação completa do colo uterino 
(10cm), permitindo a passagem fetal. Abrangem dois 
fenômenos distintos: esvaecimento do colo e dilatação cervical. 
Nas primíparas ocorre primeiro o esvaecimento, de cima para 
baixo, e depois a dilatação do orifício externo, já nas multíparas 
isso é simultâneo. O esvaecimento ou apagamento do canal 
cervical consiste na incorporação do colo à cavidade uterina. 
Próximo ao termo, ocorre um infiltrado inflamatório no canal 
cervical decorrente de mudanças locais que promovem a 
maturação cervical e da lise das fibras de colágeno. A dilatação 
do orifício externo do colo tem como finalidade ampliar o canal 
de parto e completar a continuidade do útero e vagina. À 
medida que a dilatação cervical progride, surge um espaço 
entre o polo cefálico e as membranas ovulares (âmnio e 
cório), no qual ficará coletado o líquido amniótico, cuja função 
é auxiliar nas contrações uterinas e descolamento do istmo. A 
 apresenta-se com contrações mais eficazes (em 
coordenação e intensidade), mas sem determinar 
modificações na dilatação cervical, durando normalmente 8 
horas, dilatando 0,35cm/h. Na fase ativa, inicia-se com a 
dilatação cervical de 4cm e dura em média 6horas em 
primíparas, com dilatação de 1,2cm/h e 3 horas nas multíparas 
com velocidade de dilatação de 1,5cm/min. 
O diagnóstico de trabalho de parto está condicionado à presença de 
contrações uterinas com ritmo e características peculiares, combinadas a 
alterações progressivas no colo uterino (esvaecimento e dilatação) e à 
formação da bolsa das águas. Dessa forma, nesse diagnóstico não se deve 
considerar isoladamente a presença de contrações ou mesmo quantificar a 
dilatação cervical, mas sim todo o conjunto: a presença de contrações 
uterinas (pelo menos duas em 10 minutos) associada a dilatação cervical (pelo 
menos 2 cm), esvaecimento cervical e/ou modificações progressivas no 
colo uterino 
ã – O feto é expelido do útero por meio das contrações 
uterinas e das contrações voluntárias dos músculos abdominais 
(puxos). Nesse período, ocorre a maioria dosfenômenos mecânicos 
do parto, e o canal de parto é completamente formado, sendo uma 
cavidade única. Se inicia com a dilatação completa e se encerra com 
 Carla Bertelli – 4° Período 
a saída do feto. Após a completa a dilatação, o útero fica imobilizado 
pela ação de contenção dos ligamentos largo (lateralmente), 
redondo (superiormente) e uterossacro (posteriormente). 
çã – O útero expele a placenta e as membranas após o 
nascimento do feto. Após o descolamento do seu leito uterino, a 
placenta desce através do canal de parto e é expelida pela rima 
vulvar. O descolamento ocorre depois da expulsão fetal, associada 
às contrações uterinas vigorosas e indolores. Há dois tipos de 
descolamento, o central (Baudelocque-Shultze) e o marginal ou 
periférico (Beudelocque-Duncan). 
 – Conjunto de movimentos e fenômenos 
ativos e passivos do feto durante sua passagem pelo canal de parto. 
A progressão do parto é + ou – facilitada de acordo com a relação 
entre as características de forma e tamanho da pelve materna e as 
do produto conceptual. As apresentações cefálicas fletidas com 
variedade de posição anterior, além de mais comum, são as com 
melhores características para a progressão dos mecanismos de 
parto. Outros tipos de apresentação fetal (fletidas transversas, 
posteriores persistentes, defletidas e pélvicas), são considerados 
anômalos, em função da sua baixa prevalência. Apesar de o 
mecanismo de parto estar dificultado nessas ocorrências, não há 
necessariamente impedimento para o parto vaginal. 
çõ – Orienta a documentação do parto. Consiste 
em (relação das diversas partes fetais entre si, depende da 
disposição dos membros e da coluna vertebral, apresentando, na 
maioria das vezes, atitude de flexão). çã consiste na relação 
entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal, tendo 
como possibilidade de situação fetal longitudinal, transversa e oblíqua. 
A çã é definida como a região fetal que ocupa a área do 
estreito superior e nela se vai insinuar. Para que exista apresentação, 
é necessário que o volume da região fetal seja capaz de encontrar 
obstáculo na sua passagem pelo canal pelvigenital; portanto, não 
existe apresentação antes do sexto mês ou quando a parte fetal é 
um membro, visto que os respectivos diâmetros são muito 
inferiores aos da bacia. Quando a situação fetal é longitudinal, há duas 
possibilidades de apresentação: cefálica ou pélvica, dependendo do 
polo fetal que ocupa a região inferior do útero. Nas situações 
transversas, por sua vez, duas outras possibilidades ocorrem, nas 
quais se distinguem as apresentações córmicas (ou de ombro), em 
que o dorso fetal se apresenta anterior ou posteriormente, ou as 
apresentações dorsais superior e inferior, em que o dorso fetal se 
apresenta superior ou inferiormente 
Em termos gerais, 
insinuação, descida, rotação interna, desprendimento cefálico, 
rotação externa, desprendimento do ovoide córmico. 
Insinuação – Passagem do maior diâmetro da parte apresentada, 
perpendicular à linha de orientação fetal, pelo estreito superior da 
bacia materna. Na maioria das mulheres, quando a parte fetal 
apresentada está insinuada, significa que o ponto de referência ósseo 
fetal está no nível das espinhas isquiáticas maternas (plano 0 de De 
Lee ou terceiro plano de Hodge) ou muito próximo dele. a. A 
ocorrência de insinuação indica que o estreito superior é adequado 
para a passagem do feto, mas não permite inferir as características 
dos estreitos médio e inferior. A insinuação nas apresentações 
cefálicas fletidas varia conforme o tipo de bacia. Em 60% das 
gestantes, o feto orienta-se de tal forma a direcionar a sutura sagital 
no diâmetro transverso da bacia. Em primigestas a insinuação ocorre, 
na maioria das vezes, por volta de 15 dias antes do parto. Já em 
multíparas, a insinuação pode ocorrer a qualquer momento, desde 
antes do início do trabalho de parto até após a dilatação completa 
do colo uterino. Assinclitismo ocorre quando a sutura sagital se 
aproxima da pube e o parietal posterior desce até ultrapassar o 
promontório materno. Ao contrário, quando a sutura sagital está mais 
próxima ao sacro, mais baixo está o parietal anterior, e o assinclitismo 
é chamado de anterior. . Durante o trabalho de parto, existe um 
momento em que o parietal insinuado ultrapassa o ponto de 
referência da bacia óssea e, com o aumento da área abaixo do 
estreito superior, é possível mover lateralmente o polo cefálico. Isso 
traz a sutura sagital à mesma distância entre o púbis e o 
promontório, e a cabeça fica em sinclitismo nesse momento. 
 – Passagem do polo cefálico (ou da apresentação fetal) do 
estreito superior para o estreito inferior da pelve. Enquanto a descida 
está ocorrendo, a insinuação pode não ter ocorrido ainda e a 
rotação interna está acontecendo concomitantemente. O canal de 
parto não é um cilindro regular, possuindo uma curvatura em sua 
porção mais inferior. Assim, o feto tem que atravessar esse canal 
de modo a adaptar-se ao cilindro contingente, cujo eixo possui forma 
de “J”. Para isso, ocorrem movimentos de flexão (anteroposterior e 
lateral, para reduzir os diâmetros), rotação e mecanismos de 
cavalgamento ósseo 
çã – Objetivo de coincidir o diâmetro anteroposterior 
do polo cefálico. Os diâmetros com maiores proporções variam, 
dependendo do estreito em que se encontra a cabeça fetal. Assim, 
o estreito superior apresenta maior dimensão no sentido transverso; 
no estreito médio, o sentido anteroposterior é maior ou eles têm 
iguais proporções; e no inferior, o anteroposterior é maior. Durante 
a descida do feto, ocorre movimento de rotação para locar o polo 
cefálico sob o púbis. Descreve-se assim um movimento de espira. A 
linha de orientação (sutura sagital) fica orientada na direção do maior 
diâmetro do estreito inferior (anteroposterior) ao terminar a descida. 
A rotação interna é essencial para que ocorra ultimação do parto, 
exceto quando o feto é muito pequeno. 
á – Ocorre com a descida final da cabeça 
fetal em posição occipitopúbica. Como o polo cefálico está em 
flexão, é necessário que ocorra movimento de deflexão ou 
extensão da cabeça para ocorrer exteriorização do maciço frontal. 
Por meio de duas forças antagônicas (contração uterina e resistência 
perineal), o feto é impulsionado para baixo e para fora do canal de 
parto. Ao vencer tal resistência, a cabeça fetal desfere movimento 
abrupto de extensão 
çã – Leva o occipício a voltar-se para o lado materno 
que ocupava no interior do canal de parto. A sutura sagital apresenta-
se em sentido transversal ao a fenda vulvar ao fim desse tempo. 
Nessa ocasião, as espáduas, que se insinuaram no diâmetro oblíquo 
oposto ao da cabeça fetal, rodam, trazendo o diâmetro biacromial 
para o diâmetro anteroposterior do estreito inferior. Esse movimento 
que ocorre com os ombros se deve, aparentemente, aos mesmos 
fatores que determina a rotação interna da cabeça. 
ó – Exteriorização das cinturas 
escapular e pélvica do feto. São mecanismos associados porque um se 
segue ao outro. Após a rotação das espáduas, o ombro anterior fixa--
se no subpúbis. Desprende-se então o ombro posterior por movimento 
de elevação e, em seguida, completa-se a expulsão da cintura escapular. 
Posteriormente ao desprendimento dos ombros, o resto do ovoide é 
prontamente expelido, não apresentando maior resistência 
 Carla Bertelli – 4° Período 
 – Nutre de modo adequado a criança nos 
primeiros 6 meses. Quando alimentada apenas com leite materno 
até os 6 meses, a criança apresenta menor morbidade. Benefícios 
para o bebê incluem: diminuição de infecções como meningite 
bacteriana, bacteremia, diarreia, infecção do trato respiratório, 
enterocolite necrosante, otite, ITU, menor taxas de morte súbita, 
redução de hospitalização, redução de alergias, redução da 
obesidade, diminuição do risco de HAS, diabetes, melhor 
desenvolvimento.Já os benefícios para a mãe incluem: involução 
uterina mais rápida e redução na hemorragia uterina pós-parto 
devido a ocitocina, perda de peso da gestação, maior interação mãe-
bebê, diminui risco de câncer de mama e ovário. O aleitamento 
materno não é recomendado quando mães são infectadas por HIV, 
mãe infectadas por HTLV1 e HTLV2, uso de medicamentos 
incompatíveis com a amamentação, criança portadora de 
galactosemia, fenilcetonúria. 
Para que a monitorização do crescimento seja efetiva, é necessário 
a aferição adequada dos dados antropométricos e a pontuação 
exata nas referidas curvas de peso, comprimento, perímetro 
cefálico, IMC. O processo de crescimento é influenciado por fatores 
intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (ambientais), entre os quais se 
destacam a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados 
gerais com a criança, que atuam acelerando ou restringindo tal 
processo. Durante os dois primeiros anos, um aspecto 
importantíssimo é o desenvolvimento afetivo (vínculo da criança 
com pessoas que ela interage de fora privilegiada). Nos anos pré-
escolares, diferentes dimensões e estilos paternos têm efeitos sobre 
diferentes aspectos do desenvolvimento social e das personalidades 
das crianças: autoestima, desenvolvimento moral, conduta pró-social, 
autocontrole. 
A criança deve atravessar cada estágio segundo uma sequência 
regular, os estádios de desenvolvimento cognitivo são sequenciais, 
se ela não for estimulada no momento certo, ela não conseguirá 
superar o atraso do seu desenvolvimento. Baixo peso ao nascer e 
prematuridade são eventos que aumentam o risco da criança para 
alterações globais no seu desenvolvimento (distúrbios da linguagem, 
motricidade, aprendizagem, neuropsicomotor). 
Até o final do 3° mês de vida o bebê sorri, susteja a cabeça, 
descobre as mãos e brinca com elas, acompanha objetos com os 
olhos e vira a cabeça ao som. 
Dos 3 aos 6m busca objetos com as mãos e tenta segurá-los, leva-
os a boca, vira-se sozinho, rola na cama, senta com apoio, descobre 
os pés. Acompanha os objetos com os olhos. Localiza o som. a. Este 
período assinala o início da fase cortical do desenvolvimento, 
ausência de memória dos reflexos primários, com mudança 
significativa do tônus muscular. A criança sente prazer em emitir e 
ouvir seu próprio som. 
Dos 6 aos 9m já senta sem apoio, usa braços e mãos para se 
equilibrar. Passa um objeto de uma mão à outra. Expressa suas 
emoções. Brinca de esconde-achou. Reconhece o rosto da mãe 
entre os demais e pode reagir à sua ausência com angústia. Gosta 
de ficar com quem conhece e pode estranhar as pessoas. 
Dos 9 aos 12 meses balbucia monossílabos e inicia-se com o não. 
Levanta-se e consegue ficar de pé com apoio, posteriormente, já 
fica em pé sozinho. Pode engatinhar e tentar dar os primeiros passos. 
Acompanha com os olhos objetos em qualquer postura. Localiza o 
som, em qualquer direção. Adquire desde os 9 meses a preensão 
tipo pinça: segura objetos com os 3 dedos, usando polegar. 
Dos 12 aos 36 meses as experiências sociais adquiridas, controle dos 
esfíncteres, andar e falar propiciam maior autonomia 
 
 
 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
A exposição de gestantes a determinadas doenças infecciosas pode 
culminar em disseminação transplacentária do patógeno e 
consequente infecção do produto conceptual, caracterizando 
infecção vertical. Infecções congênitas correspondem a importante 
causa de perdas gestacionais e de morbimortalidade pós-natal. As 
infecções congênitas podem ocorrer durante a gestação (pré-natais) 
ou durante o parto (paranatais). 
çã é - As relações entre o feto e a mãe são 
necessariamente feitas pelas membranas placentária e amniótica. 
Assim, as vias de penetração dos germes são divididas em dois 
grupos: via transplacentária (microrganismos do sangue materno 
atravessam a placenta e alcançam a circulação fetal) e via 
transamniótica. (germes da vagina e colo acometem a cavidade 
amniótica e o feto, é ascendente, geralmente após roptura das 
membranas). 
Infecções Paranatais – Adquirida por contato direto com secreções 
maternas durante a passagem do feto pelo canal do parto. 
As consequências dessas infecções, quando atingem o feto, 
dependem do período da gestação: período embrionário (até 1° 
trimestre, é o período mais vulnerável, muitos agentes podem ser 
letais e causar aborto ou produzir anomalias congênitas) e período 
fetal (2° trimestre em diante, caso a infecção seja muito grave há 
morte fetal, anomalias congênitas são menores) 
Diagnóstico da Infecção – Depende da doença a ser investigada com 
base em sinais e sintomas e na triagem neonatal. Utiliza-se muito 
exames a procura de resultados IgM e IgG, tendo como padrão ouro 
o exame de Reação de Cadeia de Polimerase no Líquido Amniótico 
(PCR-LA). 
í – Causada pelo Treponema palidum. Estágios de incubação, 
primária, secundária, latente inicial, latente tardia e terciária. A 
classificação mais recente utiliza a sífilis inicial e tardia (após 1 ano). A 
sífilis primária é caracterizada pelo cancro duro indolor na genitália e 
linfadenopatia. O estágio secundário ocorre de 6 semanas a 6 meses 
após a lesão primária. A espiroquetemia determina exantema 
maculopapular envolvendo todo o corpo, especialmente mãos e pés. 
Sintomas não específicos como febre, perda de peso e mal-estar 
ocorrem em 50% dos pacientes. A fase terciária ou tardia é o 
estágio de destruição tecidual que aparece 10 a 25 anos após a fase 
inicial em quase 35% dos pacientes não tratados. As lesões 
granulomatosas (gomas) podem ocorrer em qualquer órgão. O 
rastreamento é feito com o VDRL, mas a ocorrência de falso-
positivos demanda a confirmação por FTA-Abs. Em geral, o VDRL 
torna-se positivo 1 a 3 semanas após o aparecimento do cancro duro. 
A sorologia VDRL na primeira consulta pré-natal é a medida mais 
importante para identificar os fetos de risco para a sífilis congênita. 
O CDC (2015) recomenda, ainda, a repetição do teste no 3o 
trimestre (28 semanas). A infecção transplacentária pode ocorrer 
em qualquer estágio da doença e idade gestacional O 
comprometimento fetal depende da treponemia materna A sífilis é 
responsável por perda fetal/natimorto, neomorto, parto pré-
termo/baixo peso, infetante com sífilis congênita, prognóstico 
adverso globalOs achados na infecção fetal nesse exame 
representam uma resposta inflamatória robusta do feto ao 
treponema e se mostram presentes apenas após a 20° semana de 
gravidez e inclui: hepatomegalia, aumento na velocidade sistólica 
máxima na artéria cerebral média, placentomegalia, polidrâmnio, 
ascite e hidropsia. Os cerca de 50% dos recém-nascidos infectados 
apresentam sífilis congênita precoce quando os sintomas aparecem 
nos primeiros 2 anos de vida, ou sífilis congênita tardia quando os 
sintomas se desenvolvem após os 2 anos de idade (infecção crônica 
dos ossos, nariz em sela, fronte olímpica) 
- Os hospedeiros intermediários são principalmente o 
porco, a ovelha e o ser humano; os hospedeiros definitivos são 
membros da família Felidae, e o exemplo típico é o gato doméstico.. 
Transmitido pela ngesta de carne crua ou malcozida, exposição a 
fezes de gatos contaminados com oocistos e transmissão vertical na 
gravidez. nfecção primária adquirida antes da gravidez não afeta o 
concepto, exceto em mulher imunodeprimida. É recomendado que 
após infecção por toxoplasmose a mulher espere 6 meses antes 
de engravidar. A infecção primária ocorrida na gestação pode ser 
transmitida ao feto pela via transplacentária. A invasão da placenta 
ocorre pelos taquizoítos onde eles se multiplicam. Essa doença pode 
determinar abortamento e malformação fetal, com graves 
repercussões no RN, podendo levar ao óbito. O risco de transmissão 
aumenta ao evoluir da gravidez, mas se diminui a gravidade. A tríade 
clássica, coriorretinite, hidrocefalia e calcificações intracerebrais 
(síndrometoxoplasmósica), está presente em 10%. Outros recém-
nascidos exibem variedade de sintomas da infecção aguda – 
convulsões, esplenomegalia, febre, anemia, icterícia e linfadenopatia. 
Dos RN infectados e sintomáticos, de 10 a 15% morrem da doença, 
já os sobreviventes sofrem de retardo mental e outras deficiências 
neurológicas. Se a infecção ocorrer após a 20° semana de gestação, 
se torna menos grave. – Exame para toxoplasmose é obrigatório na 
primeira consulta pré-natal. Assim, passa a ser fundamental identificar 
quais dessas mulheres com IgM positivo foram infectadas antes ou 
durante a gravidez. Em caso de IgG + e IgM – a infecção é 
considerada antiga e o feto protegido. Diagnóstico fetal é feito por 
PCR-LA. Eventualmente, o diagnóstico pode ser feito por 
ultrassonografia, que mostra calcificações intracerebrais, 
ventriculomegalia, microcefalia, hepatoesplenomegalia e CIR 
acentuado. 
é - Após o período de incubação de 14 a 21 dias, a rubéola 
exterioriza-se como doença de pequena gravidade, caracterizada 
por linfadenopatia pós-auricular (precede em 5 dias o exantema); 
exantema maculopapular, que se inicia na parte superior do tórax, 
estendendo-se depois por todo o corpo; e febrícula. As 
complicações são mais comuns no adulto e incluem artralgia, artrite, 
encefalite, neurite e púrpura trombocitopênica. A Secretaria de 
Vigilância em Saúde notificou que a sorologia para rubéola não é 
mais um exame de rotina no pré-natal para detectar as pacientes 
suscetíveis, exceto em grávidas com manifestações clínicas e/ou 
vínculo epidemiológico. Na gravidez, a infecção no 1o trimestre 
determina a í é ê (SRC), caracterizada 
pela í çã í ; 
até 8 semanas a taxa de abortamento é de 20%. De 12 a 18 semanas, 
a incidência da SRC é de cerca de 35% e após 18 semanas, ela é de 
0%. Outras manifestações são: CIR, púrpura, icterícia, 
hepatoesplenomegalia, microcefalia e retardo mental, 
meningoencefalite e doença óssea radioluzente. 
í - O CMV é um herpes-vírus. Esse grupo inclui os 
herpesvírus simples (HSV) dos tipos 1 e 2, o vírus varicela-zóster 
(VZV) e o vírus Epstein-Barr (EBV). Para a maioria das pessoas que 
adquirem a infecção pelo CMV após o nascimento, a sintomatologia 
é pobre, síndrome mononucleose-símile, com febre prolongada e 
 Carla Bertelli – 4° Período 
hepatite leve, com testes para mononucleose e hepatite negativos. 
Para a grávida, as duas vias mais comuns de exposição ao CMV são 
o contato sexual (sêmen) e o contato com a saliva e a urina de 
crianças pequenas infectadas. A infecção congênita pelo CMV é 
responsável por sequelas definitivas e morte na infância em maior 
número de casos que a síndrome de Down, síndrome alcoólica fetal 
e defeitos do tubo neural. A infecção primária por CMV no 1o 
trimestre da gravidez é responsável por 10 a 20% de recém-
nascidos infectados sintomáticos e, desses, 30% morrem; dos que 
sobrevivem, 65 a 80% apresentam sequelas definitivas (perda da 
audição e comprometimento neurológico). Dos 80 a 90% 
assintomáticos, 5 a 15% desenvolvem sequelas (perda auditiva 
neurossensorial). A infecção pelo CMV no 2o e no 3o trimestre da 
gravidez traz riscos mínimos de sequelas nos fetos infectados. 
 - O herpes simples é uma doença infecciosa 
determinada pelo HSV com dois tipos sorologicamente distintos: tipo 
1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2). O HSV-1 é o responsável pela infecção 
não genital (lábios, face, córnea, mucosa oral), e o HSV-2 está 
associado à infecção genital (pênis, uretra, vulva, vagina, cérvice, pele 
das coxas e das nádegas). A infecção por HSV do recém-nascido 
pode ser adquirida de três maneiras: intrauterina, intraparto 
(paranatal) ou pós-natal. A época da transmissão na gravidez na 
maioria dos casos, cerca de 85%, ocorre durante o parto. As 
manifestações da infecção congênita intrauterina são muito graves 
e incluem microcefalia, hepatoesplenomegalia, CIR e natimortalidade. 
Bebês nascidos de mães com infecção primária genital de HSV 
próxima do termo eliminando o vírus no momento do parto 
apresentam risco 10 a 30 vezes maior de desenvolverem a doença 
em comparação com aqueles de mães com infecção recorrente, 
apesar de também estarem eliminando o vírus no parto. Isso se 
deve, em parte, à significativa transferência de anticorpos protetores 
maternos a partir do 7o mês de gravidez. 
 - deve ser feito entre 48h de vida e o quinto dia de 
vida, sendo que a amostra é proveniente do calcanhar do RN. São 
triadas: deficiência de biotinidade, fenilcetonúria, fibrose cística, 
hemoglobinopatias, como anemia falciforme, hiperplasia adrenal 
congênita e hipotireoidismo congênito. 
çã - exame indolor, através de um oxímetro de 
pulso que estima a concentração de oxigênio no sangue, sendo 
capaz de detectar problemas cardíacos congênitos complexos 
desde o nascimento 
 - exame simples, rápido e indolor, que detecta 
problemas oculares congênitos que podem comprometer a visão 
do bebe como catarata congênita, glaucoma congênito e 
retinoblastoma. Deve ser realizado em todos os recém-nascidos 
antes da alta da maternidade e repetido regularmente nas consultas 
pediátricas, pelo menos duas a três vezes por ano, nos três 
primeiros anos de vida. As principais causas de patologia ocular são 
toxoplasmose, catarata, retinopatia da prematuridade, alterações no 
SNC, etc. teste do reflexo vermelho é um teste que pode ser 
utilizado para detecção de doenças que comprometem a 
transparência dos meios oculares, como catarata, glaucoma, 
toxoplasmose, retinoblastoma, descolamento de retina tardios. 
 - exames de emissões otoacústicas e/ou potencial 
evocado auditivo de tronco encefálico. É rápido, seguro e indolor e 
o ideal é que seja realizado a partir de 24h de vida do RN e antes 
da alta hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
A OMS define abortamento como a interrupção da gestação com 
menos de 20 semanas ou com produto da concepção (feto ou 
embrião) pesando menos de 500g, ou seja, antes do feto ser capaz 
de sobreviver fora do útero. Ele é classificado quanto à intenção e 
a cronologia. Quando a intenção pode ser espontâneo, se ocorrer 
sem ação deliberada de qualquer natureza, ou induzido/provocado, 
caso a interrupção antes de alcançadas as condições mínimas de 
sobrevivência extrauterina, e quanto a cronologia é denominado 
como precoce quando a perda ocorre até 12 semanas, e tardio se 
ocorrer entre 12 e 20 semanas. A perda que ocorre no primeiro 
trimestre é o tipo mais comum. Consiste em sintomas inespecíficos 
de sangramento vaginal e cólicas uterinas associadas a perda 
gestacional. 1 em cada 4 mulheres terá um abortamento espontâneo. 
Sua etiologia varia entre alterações cromossômicas, alterações 
endócrinas (lútea, diabetes, tireopatias, ovários policísticos), causas 
uterinas (mioma, sinequias intrauterinas, incompetência cervical), 
fatores imunológicos, trombofilias hereditárias, drogas/agentes 
nocivos e traumas. 
ç – O quadro clínico caracteriza-se por 
sangramento vaginal em pequena quantidade, acompanhada ou não 
de dor em cólica na região hipogástrica. No exame ginecológico o 
colo uterino encontra-se fechado e o tamanho do útero é 
compatível com o atraso menstrual. A USG evidencia atividade 
cardíaca do produto conceptual, ou em idade, e esses hematomas 
estão mais relacionados a risco de perda fetal. Ainda que muito 
utilizada na prática clínica, não há evidências de alta qualidade que 
recomendações como repouso no leito, administração de 
gonadotrofina coriônica humana (hCG), uso de relaxantes musculares 
e suplementação com vitaminas, melhore o prognóstico das 
gestações com ameaça de abortamento. 
 - Quando ocorre no primeiro trimestre da 
gravidez, principalmente nas 10 semanas iniciais, é comum a expulsão 
completa dos produtos da concepção. Rapidamente o útero se 
contraie o sangramento, juntamente com as cólicas, diminui de 
intensidade. O orifício interno do colo uterino tende a fechar-se em 
poucas horas. Ao exame ultrassonográfico, pode não haver 
evidência de conteúdo uterino; algumas vezes, porém, observa-se 
mínima quantidade de conteúdo heterogêneo e líquido. A 
ultrassonografia transvaginal tem sido considerada indicativa de 
abortamento completo por vários autores. Espessura endometrial 
<15mm 
 – Mais frequente após 10 semanas de 
gestação. Nesses casos, ocorre a eliminação parcial dos produtos da 
concepção. O sangramento vaginal persiste e, por vezes, torna-se 
intermitente. O volume uterino é menor que o esperado para a 
idade gestacional e, no exame de toque, o orifício interno do colo 
uterino geralmente se encontra pérvio; contudo, algumas vezes 
pode se apresentar fechado, sendo o diagnóstico realizado pelos 
achados ultrassonográficos. À ultrassonografia, observa-se a 
presença de conteúdo intrauterino de aspecto amorfo e 
heterogêneo, com presença ou não de líquido. A medida da 
espessura endometrial ao corte longitudinal mediano do útero à 
ultrassonografia acima de 15 mm tem sido considerada indicativa de 
abortamento incompleto. Classicamente, o tratamento de escolha é 
o esvaziamento cirúrgico do conteúdo uterino, por curetagem ou 
aspiração manual intrauterina.. Faz-se curetagem para raspagem da 
cavidade uterina. 
 - Ocorrência de morte embrionária ou fetal 
antes de 20 semanas de gravidez, associada à retenção do produto 
conceptual por período prolongado de tempo, por vezes dias ou 
semanas. Geralmente, as pacientes relatam cessação dos sintomas 
associados à gravidez (náuseas, vômitos, ingurgitamento mamário). 
Pode ocorrer sangramento vaginal, na maioria das vezes em 
pequena quantidade, de forma semelhante ao observado nos casos 
de ameaça de abortamento. O volume uterino é menor que o 
esperado para a idade gestacional e o colo uterino encontra-se 
fechado ao exame de toque. Atualmente, por meio de 
ultrassonografia transvaginal, denomina--se morte do produto 
conceptual a ausência de atividade cardíaca em embriões com 
comprimento cabeça-nádegas maior ou igual a 7 mm. Em alguns 
casos, ocorre a reabsorção do embrião antes da confirmação 
ultrassonográfica ou o desenvolvimento deste não chega a ocorrer. 
Essa situação é nomeada gestação anembrionada. 
 – Ocorre principalmente em países onde o aborto 
é ilegal. As bactérias envolvidas no abortamento infectado são 
aeróbias e anaeróbias, e merecem destaque: estreptococos beta-
hemolíticos, Enterococcus spp., Escherichia coli, Peptostreptococcus 
spp., Bacteroides fragilis e Clostridium spp. A infecção que se inicia 
no útero (endomiometrite) pode se propagar para os anexos 
(anexite), peritônio pélvico (pelviperitonite), cavidade peritoneal 
(peritonite generalizada) e, ainda, disseminar-se por via hematogênica 
(sepse). É comum em situações em que há restos intrauterinos e 
infecção, causado por abortamentos ilegais. A paciente apresenta 
quadro clínico de aborto incompleto + sinais de infecção (dor 
importante, útero amolecido, eliminação de material com odor fétido, 
comprometimento do estado geral. 
á – Definido quando o produto conceptual perde a 
vitalidade e não existe possibilidade de evolução da gestação. A 
sintomatologia é mais intensa quanto à hemorragia e à dor. O colo 
do útero pode estar dilatado, embora o produto gestacional possa 
ou não ter sido eliminado total ou parcialmente. Os sinais da gravidez 
costumam sofrer atenuação. Pode ser completo ou incompleto. Nas 
amenorreias de curta duração em que o ovo é pequeno, o processo 
pode ser confundido com menstruação, diferenciando-se dela pela 
maior quantidade de sangue pela presença de embrião e decídua 
ao exame do material eliminado. Esse mecanismo é raro após 8 
semanas. 
 - Utilizada em casos selecionados de perda 
gestacional precoce, com taxas variadas de sucesso, dependendo 
principalmente do tipo de abortamento e dos sintomas das pacientes. 
Em casos de abortamento incompleto, esse tipo de conduta tem 
sido empregado há alguns anos e mostra resultados estimulantes. 
ó – O misoprostol, um análogo sintético de 
prostaglandina E1 tem efeitos na contratilidade uterina e no 
esvaecimento cervical. O pico máximo plasmático, quando aplicado 
na vagina, é inferior ao da administração oral; porém, a concentração 
plasmática do misoprostol é sustentada por período superior a 4 
horas. O Mifepristona também é uma opção, usado associado ao 
misoprostol, ela é um antagonista do receptor de progesterona, que 
resulta em necrose decidual, separação placentária, amolecimento e 
dilatação do colo. 
ú – O tratamento clássico para abortamentos, 
tanto de primeiro quanto de segundo trimestres, é a curetagem 
uterina. Curetagem e aspiração 
 Carla Bertelli – 4° Período 
Avaliação das Mamas – São divididas em 4 quadrantes, quadrantes 
superiores e inferiores, mediais e laterais. Na anamnese deve-se 
obter informação sobre ciclo menstrual, fatores de risco, histórico 
familiar, história gestacional, naturalidade, cor, idade da menarca, 
queixa principal, duração, história patológica e fisiológica pregressa, 
entre outros. Os sinais e sintomas mais comuns incluem dor mamária, 
nódulo e derrame papilar. 
A á (mastodinia ou mastalgia) é localizada na topografia 
da mama, mais comum na menacme (idade fértil), tende a diminuir 
com a menopausa. Pode ser classificada em cíclica (dor difusa, 
bilateral, varia de intensidade durante o ciclo menstrual), acíclica (sem 
associação com o período menstrual, localizada, unilateral, 
geralmente causada por cistos, mastites, traumas) e extramamárias 
(costocondrite, neurite, traumas). ó á podem ser 
benignos ou malignos, os mais frequentes são fibroadenomas, cistos, 
lipomas, adenomas, timor filoides e o carcinoma, podem ser 
caracterizados conforme a localização, tamanho, crescimento. O 
 pode ser dividido em galactorreia (secreção leitosa, 
bilateral, multiductal, fora do ciclo gravídico, geralmente causada pelo 
aumento de prolactina por tumores hipofisários ou uso de 
medicamentos), derrame fisiológico (secreção multiductal, bilateral, 
provocada ou espontânea, de cor amarelada/esverdeada) e 
patológico (unilateral e uniductal, espontânea, persistente, de 
coloração cristalina, serosa ou hemática, geralmente causada por 
papiloma ductal). 
O í consiste na inspeção estática e dinâmica, palpação de 
linfonodos axilares, supra e infraclaviculares, palpação mamária 
(velpeaux ou bloodgood), e por fim a expressão papilar. 
A maioria das doenças da mama pode ser descrita como benigna 
ou maligna. Os tecidos mamários nunca estão estáticos, ou seja, as 
mamas reagem continuamente às alterações dos estímulos 
hormonais, nutricionais, psicológicos e ambientais que acarretam 
alterações celulares contínuas. As doenças benignas das mamas não 
são progressivas. Contudo, algumas doenças mamárias benignas 
aumentam o risco de desenvolver câncer. Por isso, a adesão rigorosa 
a uma dicotomia entre doenças benignas versus malignas nem 
sempre pode ser apropriada. 
 – Lesões inflamatórias da mama, algumas de causa infecciosa 
ou idiopática. Manifesta-se com aumento doloroso e eritematoso das 
mamas. Embora o tipo mais comum seja a mastite aguda da lactação, 
algumas podem simular câncer e abcessos.. A lesão ocorre por 
obstrução dos vasos linfáticos dérmicos por êmbolos neoplásicos, 
resultando em edema acentuado da mama e eritema da pele, 
semelhante ao quadro de mastite aguda. A maioria das infecções 
agudas da mama ocorre durante a lactação, em especial nas 
primeiras semanas de amamentação. Nesse período, a mama fica 
mais vulnerável à penetração de bactérias, principalmente 
Staphylococcus aureus e estreptococos, através de fissuras e 
rachaduras no mamilo ou na aréola. A infecção inicial causa mastite 
aguda, difusa, dolorosa, com aumento de volume da mama, poredema, hiperemia e exsudato neutrofílico. O quadro geralmente 
regride com antibióticos e drenagem completa do leite. Em alguns 
casos, a lesão evolui para abscesso, necessitando drenagem cirúrgica. 
 - Abscesso sub ou periareolar 
recidivante ou mastite periductal é mais comum em mulheres 
adultas, particularmente durante a lactação, mas pode surgir após a 
menopausa e em homens, em 90% dos casos em fumantes. Os 
pacientes apresentam nódulo subareolar, doloroso e edematoso, 
com episódios recorrentes de fistulização e drenagem de material 
purulento através do mamilo e da pele da aréola. A patogênese é 
variada. Em algumas mulheres, ocorre inversão do mamilo por 
fibrose. Outra possibilidade é tabagismo, que altera a diferenciação 
do epitélio ductal por causa de deficiência de vitamina A e de 
substâncias contidas no tabaco 
 – É a secreção de leite pelas mamas de mulheres que 
não estão amamentando. Isso pode ser causado por estimulação 
vigorosa dos mamilos, hormônios exógenos, desequilíbrio dos 
hormônios endógenos ou infecção ou traumatismo torácico 
localizado. Tumores hipofisários (prolactinoma) pode aumentar os 
níveis de prolactina e causar galactorreia. 
ú - A dilatação 
dos ductos mamários evidencia-se por secreção mamilar cinza-
esverdeada intermitente, geralmente unilateral. A palpação da mama 
aumenta o volume da secreção. A dilatação ductal ocorre durante 
ou depois da menopausa e está associada a sinais e sintomas como 
ardência, prurido, dor e sensação de tração do mamilo e da aréola. 
Essa doença causa inflamação e espessamento subsequente dos 
ductos. Os papilomas intraductais são tumores benignos dos tecidos 
epiteliais, podendo ter células atípicas que podem progredir para CA 
(raro). São evidenciados por secreção mamilar sanguinolenta, 
diagnóstico estabelecido por galactografia. 
çõ í – Encontradas em 
mulheres em fase fértil, terceira e quarta décadas de vida. MC 
incluem massa arredondada, firme, e bem demarcada, com 
consistência de borracha, sendo deslizante. Os fibroadenomas são 
assintomáticos e geralmente detectados casualmente. Esses 
tumores benignos não parecem ser precursores de câncer e o 
tratamento consiste em excisão simples. As alterações fibrocísticas 
são lesões comuns da mama, evidenciam-se por massas granulares 
e nodulares, proeminentes e dolorosas durante a fase lútea. As 
alterações fibrocísticas englobam grande variedade de lesões e 
variações mamárias. Ao exame microscópico, as alterações 
fibrocísticas significam um conjunto de alterações morfológicas 
â – Fatores de risco do câncer de mama incluem 
sexo feminino, envelhecimento, história pessoal ou familiar de câncer 
mamário, história de doença benigna mamária, fatore hormonais. Dois 
genes de suscetibilidade ao câncer de mama – BRCA1 no 
cromossomo 17 e BRCA2 no cromossomo 13 – podem ser 
responsáveis pela maioria das formas hereditárias desse câncer. O 
BRCA1 está comprovadamente envolvido na supressão tumoral. 
Manifesta-se clinicamente como massa, retração mamilar deprimida, 
ou secreção mamária anormal. Alguns tumores são percebidos pelas 
próprias pacientes – algumas vezes quando há apenas 
espessamento ou alteração sutil do contorno mamário. As mulheres 
pré-menopausa que fazem AEM devem realizar o exame pouco 
depois das menstruações. Esse período é mais apropriado em razão 
das alterações mamárias cíclicas. Os procedimentos realizados para 
diagnosticar câncer de mama incluem exame físico, mamografia, 
ultrassonografia, biopsia de aspiração por agulha fina, biopsia por 
agulha estereostática e biopsia excisional. o carcinoma de mama 
evidencia-se por uma única lesão indolor, firme e fixa com bordas 
mal demarcadas. O tumor pode estar localizado em qualquer parte 
da mama, mas é mais comum no quadrante superior externo. 
 Carla Bertelli – 4° Período 
Menopausa é a cessação permanente dos períodos menstruais 
(envelhecimento reprodutivo), determinado por ausência de 
menstruação (amenorreia) durante 12 meses, sem outra causa 
patológica ou fisiológica. A média de idade é de 51,4 anos, é um 
reflexo da depleção folicular ovariana completa, com 
hipoestrogenemia resultantes em altas concentrações de FSH, e LH 
também. A transição menopausal (perimenopausa) ocorre após os 
anos reprodutivos, que se inicia em média 4 anos antes, 
caracterizado por ciclos menstruais irregulares, alterações endócrinas 
e sintomas como ondas de calor. Fatores genéticos e familiares 
influenciam no UCM A transição da menopausa se refere aos 
processos de envelhecimento reprodutivo que envolvem alterações 
do ciclo menstrual, irregularidade, ruptura dos padrões hormonais 
reprodutivos normais e mecanismos de feedback que caracterizam 
os ciclos. Os sintomas da menopausa não aparecem simplesmente 
com o UCM, ocorrendo em geral durante toda a transição, embora 
possam ser mais intensos com o passar do tempo. Em casos de 
UCM precoce, a mulher passará por um período maios de sua vida 
em deficiência relativa de estrogênio, e terá consequências na saúde 
óssea e também cardiovascular. Já em UCM tardio, a mulher é mais 
propensa a doenças relacionadas ao estrogênio, como canceres de 
mama e endométrio. 
Não existe um exame complementar definitivo que consiga prever 
o UCM de modo confiável. No entanto, o nível sérico do hormônio 
antimulleriano (AMH), é um representante confiável da reserva 
ovariana. Se o nível de AMH estiver baixo, isso ajuda a fazer uma 
estimativa de cronologia do UCM. Diretrizes atuais para o manejo da 
menopausa concordam apenas que o tratamento sintomático é 
indicado para essa transição normal da vida 
O cérebro é rico em receptores de estrogênio, e especula-se que 
essa sinalização por receptor de estrogênio medeia múltiplos 
processos chaves no SNC. Menopausa e avanço na idade impõem 
efeitos adversos no SNC. Comumente ansiedade e alterações de 
humor não mais frequentes em mulheres na perimenopausa e nas 
que entraram recentemente na menopausa. A saúde óssea é 
afetada pelos esteroides gonadais. Esse processo é acompanhado 
por um período de perda óssea acelerada e progressiva, aumenta-
se a atividade osteoclástica, reabsorção óssea acelerada e taxas 
atenuadas de remodelagem óssea. Ganho ponderal e alteração na 
distribuição da gordura são queixas comuns, o tecido adiposo é um 
órgão endócrino que expressa receptores de estrogênio, e 
especula-se que o estrogênio aumente a lipólise dos adipócitos. 
 – 4 fundamentais: sintomas vasomotores 
(ondas de calor e sudorese noturna), ressecamento vaginal, 
dispareunia e sintomas urogenitais (ressecamento, irritação crônica 
ou sensação de queimação na vagina e vulva, falta de lubrificação, 
polaciúria, uretrite e infecções urinárias frequentes podem ocorrer, 
esses sintomas são consequentes do hipogonadismo e ausência de 
exposição do epitélio vaginal e do sistema urinário ao estrogênio), 
transtornos disfóricos (deterioração do humor, sintomas 
depressivos). 
 – Diretrizes atuais para o 
manejo da menopausa concordam apenas que o tratamento 
sintomático é indicado para essa transição normal da vida. A 
terapêutica inclui medidas de ordem geral, orientação dietética, apoio 
psicológico e tratamento medicamentoso (hormonal ou não). As 
opções hormonais devem ser reservadas para mulheres com 
sintomas vasomotores que comprometam a qualidade de vida. As 
terapias hormonais incluem estradiol, estrogênios e quando as 
mulheres têm útero, progestina. Os riscos e efeitos colaterais são 
modulados pela via de administração, pela formação hormonal, idade, 
período transcorrido desde o UCM e pela existência ou não de 
útero, bem como morbidades coexistentes como doença 
cardiovascular, demência e diabetes. A ocorrência de neoplasia 
uterina aumenta em condições de exposição crônica ao estrogênio. 
Portanto, a indicação primária da terapia de progesterona durante a 
menopausa é a prevenção de hiperplasia endometrial induzidapelo 
estradiol e câncer. 
Progestinas utilizadas: acetato de medroxiprogesterona, acetato de 
noretindrona e progestina micronizada. 
ã – Pacientes com contraindicação à terapia hormonal, 
mulheres sintomáticas e com resposta hormonal insatisfatória. Vários 
medicamentos como agentes antidopaminérgicos, antidepressivos, 
hipnossedativos, vasoativos. 
 – Hormonioterapia individualizada conforme as 
necessidades da paciente. A terapia estroprogestativa apresenta 
alguns pontos negativos, como fenômenos tromboembólicos, 
doença cardiovascular e câncer hormônio-dependente, 
principalmente o mamário 
As mulheres na pré-menopausa correm risco reduzido de eventos 
cardiovasculares em comparação com homens da mesma idade e 
mulheres após a menopausa, sugerindo que o estradiol medeie a 
cardioproteção observada nas mulheres antes da menopausa. 
O risco aumentado de tromboembolismo venoso (TEV) com o uso 
de estrogênio oral é bem documentado. Além disso, o risco de TEV 
aumenta nas mulheres que usam estrogênio e progestina 
combinados ou terapia hormonal apenas com estrogênio 
Os sintomas genitourinários não diminuem com o tempo. Portanto, 
tratamento prolongado é necessário para preservar a qualidade de 
vida 
As mulheres que usam a terapia hormonal combinada de estrogênio 
e progestina durante mais de 5,6 anos demonstraram risco 
aumentado de câncer de mama invasivo. As mulheres que 
continuam a usar além de 4 a 5 anos devem ser monitoradas 
cuidadosamente 
Um creme vaginal de estrogênio pode ser recomendado para tratar 
o ressecamento e a atrofia da vagina 
As mulheres nessa situação recebiam uma combinação de 
estrogênio e progesterona (EPT), enquanto as pacientes que tinham 
retirado o útero usavam apenas estrogênio (ET) 
O TRH que inclui estrogênio e progesterona não está associado a 
esse tipo de câncer. Quando administrada a intervalos cíclicos 
(tratamento sequencial contínuo com estrogênio-progesterona 
[TSCEP]), a progesterona é acrescentada por 12 a 14 dias para 
estimular a maturação de qualquer endométrio que tenha sido 
desenvolvido em resposta ao estrogênio. 
 
 
 Carla Bertelli – 4° Período 
 
 – causa mais comum de 
secreção vaginal, não causa inflamação. Resulta de uma infecção 
polimicrobiana caracterizada pela alteração da flora vaginal com 
predomínio de lactobacilos produtores de peróxido de hidrogênio, 
com a redução de desses lactobacilos, além da proliferação 
excessiva de outros microrganismos, como a G. vaginalis e o 
supercrescimento de espécies anaeróbias. O principal sinal é a 
secreção vaginal branco-acinzentado, fina, com odor fétido de peixe. 
É uma DST, que ocorre principalmente em mulheres sem 
experiência sexual prévia, e como sexo oral, duchas, 
raça negra, tabagismo, sexo durante menstruação, DIU, múltiplos 
parceiros sexuais. O diagnóstico pode ser clínico, através da descarga 
vaginal sem irritação e com mau cheiro, vagina não eritematosa e 
colo do útero sem anormalidades. Os critérios diagnósticos incluem: 
avaliação microscópica em secreção salina, liberação de aminas 
voláteis produzidas pelo metabolismo anaeróbio e determinação do 
pH vaginal >4,5. A presença de Clue Cells são indicadores confiáveis 
de VB. A adição de Hidróxido de Potássio libera aminas voláteis com 
odor de peixe. Clue Cellse e Whiff test são patognomônicos de VB. 
Escore de Nugest 
í – DST não viral de maior prevalência causada por um 
protozoário Trichomonas vaginalis. É comum a coinfecção com 
outros patógenos sexualmente transmissíveis, principalmente 
gonorreia. Tem predileção por epitélio escamoso. Produção de 
secreção amarelada/esverdeada, espumosa, fétida e abundante. É 
um fator de risco para transmissão de HIV. Aumenta o risco de 
infertilidade tubária, DIP atípica, complicações na gestação e 
prematuridade. Pode acometer vagina, uretra, ectocérvice e bexiga. 
Pode ter um diagnóstico clínico com presença de leucorreia, mal 
cheiro, amarela/verde + disúria e dispareunia, prurido vulvar e dor. A 
vulva pode estar eritematosa, edemaciada e escoriada. A vagina 
elimina leucorreia e hemorragias subepiteliais. Identificação 
microscopia de parasitas em secreção salina. São protozoários 
anaeróbios, flagelo anterior, móveis, ovais. A técnica diagnóstica mais 
sensível é a cultura, mas não tão utilizada. Exame 
imunoromatográgico (teste rápido) e esfregaços de Papanicolau. pH 
vaginal elevado >4,5 
í â – Comensal de boca, reto e vagina. 
Comum ser observada em climas quentes e em pacientes obesas, 
além de imunossuprimidos, diabetes, gravidez e uso recente de 
antibiótico de amplo espectro predisponham a infecção. Causa 
vulvovaginite. A sintomatologia mais comum é prurido, dor, eritema 
vulvar e edema com escoriações. Corrimento vaginal associado a 
queijo cortage. pH vaginal normal (<4,5), leucorreia vaginal, observa-
se no exame microscópio identificação de leveduras e hifas. 
í – Leva a complicações ginecológicas e obstétricas como: 
infecção pélvica, gravidez ectópica, infertilidade, dor pélvica crônica. 
É um parasita intracelular obrigatório, causa infecção do epitélio 
colunar e os sintomas refletem a infecção de glândulas ectocervicais, 
com descarga mucopurulenta ser secreções ectocervicais. Os 
fatores de risco são idade menor que 25 anos, troca de parceiro ou 
múltiplos, ausência de camisinha. O quase clínico é inespecífico, pode 
se manifestar com dor na região hipogástrica, disúria, dispareunia e 
corrimento mucopurulento. Formas mais raras incluem a síndrome 
da artrite reativa/Reiter (artrite, uretrite e conjuntivite). O diagnóstico 
é feito com a análise microscópica de secreções com adição de 
preparo salino, com mais de 20 leucócitos por campo. Há exames 
mais específicos como ensaio imunoenzimático. A alternativa mais 
utilizada é um teste combinado com gonococo e clamídia, o kit 
NAAT, que permite coletas seletivas de vagina, endocérvice ou urina. 
O colo do útero frequentemente está hipertrofiado e torna-se 
eritematoso, edemaciado e extremamente friável. Isso pode agravar 
a lesão das tubas uterinas e aumentar o reservatório para infecções 
subsequentes por esse microrganismo. 
– É uma IST de notificação compulsória causada pela 
bactéria Neisseria gonorrhoeae. O microrganismo penetra em 
epitélios quentes secretores de muco. A porta de entrada pode ser 
o sistema genitourinário, os olhos, orofaringe, região anorretal ou a 
pele. A transmissão ocorre normalmente por relações sexuais. Em 
gestantes pode ocorrer síndrome de infecção amniótica, nascimento 
prematuro, risco aumentado de morbimortalidade neonatal. Em 
homens o quadro clínico é mais exuberante, já nas mulheres 
costuma ser oligoassintomática, o que retarda o diagnóstico e só é 
descoberto quando há complicações. Os fatores de risco incluem 
idade menor que 25 anos, história de episódio prévio de gonorreia 
ou outras infecções, profissionais do sexo, não uso de preservativo. 
Os sintomas mais frequentes são corrimento purulento, dor em 
baixo-ventre, disúria. 1% dos pacientes podem apresentar sintomas 
sistêmicos como artralgia, meningite e endocardite. O diagnóstico 
padrão-ouro é a cultura em ágar. As secreções coletadas por meio 
de swab são utilizadas para diagnóstico. A cultura permite a 
realização de teste de suscetibilidade antimicrobiana. A microscopia 
direta com coloração de Gram, por sua vez, oferece diagnóstico 
imediato por meio da visualização de células polimorfonucleares e 
diplococos Gram-negativos intracelulares. Nos casos típicos, a 
gonorreia começa na uretra anterior, nas glândulas uretrais 
acessórias, nas glândulas de Bartholin ou Skene e no colo do útero. 
Se não for tratada, a gonorreia espalha-se dos focos iniciais para os 
segmentos proximais do sistema geniturinário. Nos homens, a 
doença espalha-se para a próstata e o epidídimo. Nas mulheres, a 
gonorreia frequentemente causa endometrite, salpingite e DIP. 
 – IST que causa coceira

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