Buscar

Comunicação alternativa e tecnologia assistiva - Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Comunicação alternativa e tecnologia assistiva – Resumo
Tecnologia Assistiva.
Fatores físicos, neurológicos, emocionais e cognitivos podem incapacitar pessoas de se comunicarem através da fala e de realizarem ações cotidianas. Como fazer para ampliar ou promover uma via alternativa de comunicação para essas pessoas?
A Tecnologia Assistiva (TA) é uma alternativa a essa realidade, pois é a área do conhecimento destinada a resolver ou amenizar dificuldades funcionais de pessoas com deficiência (PCD) ou em processo de envelhecimento.
A TA aborda problemas de mobilidade, de execução da leitura e escrita, cuidados pessoais como a postura, também de acesso ao conhecimento, comunicação, entre outros. 
Segundo Bersch e Schirmer (2005), a TA implica em recursos para:
· Os que não ouvem e não veem;
· Adaptação de automóveis; órteses e próteses; acessibilidade arquitetônica;
· Procedimentos e/ou ferramentas adaptativas e alternativas para a alimentação, higiene, vestuário, material escolar.
Segundo Manzini (2005), os recursos de TA estão muito próximos do nosso dia a dia e, ora eles nos causam impacto devido à tecnologia que apresentam, ora passam quase despercebidos. Como exemplo, podemos chamar de TA uma bengala, utilizada por nossos avós, bem como um aparelho de amplificação utilizado por uma pessoa com surdez moderada, ou mesmo um veículo adaptado para uma pessoa com deficiência.
Portanto, TA é um arsenal de recursos para a Comunicação Aumentativa e Alternativa, abordada a seguir.
Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)
Atualmente, usa-se o termo Comunicação Aumentativa e Alternativa (BRASIL, 2010) em detrimento do termo Linguagem Alternativa. Além do termo resumido “Comunicação Alternativa”, no Brasil encontra-se as terminologias “Comunicação Ampliada e Alternativa – CAA” e “Comunicação Suplementar e Alternativa – CSA” (SATORETTO e BERSCH, 2017).
Comunicação Aumentativa, ampliada ou Suplementar: necessária ao indivíduo que tem uma comunicação pouco compreensível, através da fala e da escrita e necessita suplementar a comunicação, com gestos, expressão facial, linguagem corporal, comunicação gráfica).
Comunicação Alternativa: ocorre no caso em que o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação.
Na escola, e mesmo na família, a limitação na comunicação e interação pode impedir o discente de ser independente, frente ao outro, e ainda gerar nele um comportamento agressivo ou avesso à aprendizagem, simplesmente por não poder expressar-se.
A dificuldade na escrita e na fala do estudante com deficiência, bem como na expressão de necessidades e conhecimentos, não pode ser confundida com sua capacidade de aprender e de ser autônomo.
Cabe aos profissionais da educação dominarem maneiras e recursos de comunicação que possam aplicar-se àquilo de que os alunos necessitam.
A Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) é a área da TA voltada para o melhoramento de habilidades e de comunicação de indivíduos que não falam, não tem escrita funcional ou apresentam déficit entre as necessidades de comunicação e a destreza da fala e/ou da escrita (BERSCH & SCHIRMER, 2005), visando valorizar suas formas expressivas e criar recursos próprios e adaptados de expressão.
A CAA favorece a criação de novos canais de comunicação e garante a acessibilidade comunicativa ao valorizar as maneiras de expressão que já são inerentes àqueles que têm dificuldade de se comunicar. Exemplo: sons, expressões corporais, gestos que podem identificar opiniões, desejos, necessidades, como: banheiro, dor, cumprimentos, afirmação e negação, fome, dentre outras.
Para tanto, existem recursos práticos, auxílios externos que servem para essa ampliação do repertório comunicativo, de compreensão e de locomoção como:
· Cartões de comunicação;
· Vocalizadores;
· Computadores;
· Pranchas de comunicação com símbolos, fotos ou figuras;
· Pranchas alfabéticas e de palavras.
Tais recursos práticos de comunicação devem ser elaborados de acordo com cada indivíduo, suas peculiaridades e necessidades.
Sistemas de Símbolos Gráficos
Os recursos de Comunicação Alternativa como pranchas de comunicação e cartões de comunicação são confeccionados a partir dos Sistemas de Símbolos Gráficos, uma coleção de imagens gráficas com características comuns entre si, criados para atender às exigências ou necessidades dos usuários (SARTORETTO e BERSCH, 2017).
Dentre os Sistemas Simbólicos, os mais importantes são: Picture Communication Symbols (PCS), Blissymbols (Bliss), Rebus, Pictogram Ideogram Communication (PIC) e Picsyms. No entanto, neste resumo serão abordados os seguintes: PCS, Bliss e PIC.
Os Sistemas Simbólicos são técnicas, recursos e estratégias que reforçam a comunicação existente ou substituem aquela que não existe. Segundo Nunes (2003), esses recursos dividem-se em:
· Recursos de baixa tecnologia (cartões, pranchas, pastas); e
· Recursos de alta tecnologia (pranchas vocálicas – com produção de voz, sistemas computadorizados com síntese de voz e outros).
Tais recursos servem para os alunos comprometidos no seu mecanismo físico de expressão representarem e demonstrarem pensamentos e desejos.
Os sistemas de símbolos Bliss, PIC e PCS, entre outros, que permitem a comunicação interpessoal dos indivíduos não falantes, são usados na maioria dos programas de comunicação aumentativa e alternativa. Exemplo: Software Boardmaker, escrita com símbolos, GRID, Intellikeys.
Tais sistemas geralmente estão disponibilizados através de cadernos ou pranchas vinculadas ou não à cadeira de rodas, muitos em versões computadorizadas.
O Blissymbols, criado por Charles Bliss, é um sistema dinâmico, capaz de representar conceitos abstratos. O significado de cada símbolo é aprendido em relação à lógica que envolve o sistema como um todo. Há várias formas de expressar-se através dele: frases simples e frases complexas, mensagens telegráficas. Estes níveis são determinados pela capacidade do usuário pelo contexto comunicativo. É um sistema que combina símbolos pictográficos, ideográficos e arbitrários.
Sistemas compostos por desenhos lineares (pictogramas):
· O Picture Communication Symbols ou Símbolos de Comunicação Pictórica (PCS) é um dos sistemas simbólicos mais utilizados em todo o mundo. É um sistema gráfico visual que contém desenhos simples, podendo-se acrescentar, na medida do necessário, fotografias, figuras, números, círculos para as cores, o alfabeto, outros desenhos ou conjuntos de símbolos.
· Pictogram Ideogram Communication (PIC), é um sistema desenvolvido por Maharaj (1980) para indivíduos com dificuldades de discriminação figura-fundo. O sistema é composto por 400 símbolos (brancos em fundo preto).
Portanto, devido à tecnologia, o aluno com deficiência adquire autonomia, deixando para trás a passividade e tornando-se sujeito do seu processo de desenvolvimento (BERSCH e SCHIRMER, 2005).
O interlocutor e o seu papel
É fundamental ao aluno que necessita da inclusão comunicativa ter ao seu lado um interlocutor que acolha e interaja com sua comunicação, estimulando tanto o aluno quanto o grupo social à comunicação alternativa.

Continue navegando