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Educação Física - Profissão e Conhecimento

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SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ....................................................................................... 3 
UNIDADE 2 - PERCURSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA .............................. 4 
2.1- ATIVIDADES FÍSICAS DO HOMEM PRÉ-HISTÓRICO .......................................................... 5 
2.2- A EDUCAÇÃO FÍSICA NOS SISTEMAS EDUCACIONAIS DOS POVOS DO EXTREMO ORIENTE . 5 
2.2.1- AS ATIVIDADES FÍSICAS ENTRE OS CHINESES ............................................................ 5 
2.2.2- AS ATIVIDADES FÍSICAS ENTRE OS HINDUS ................................................................ 6 
2.2.3- AS ATIVIDADES FÍSICAS ENTRE OS JAPONESES .......................................................... 6 
2.3- A EDUCAÇÃO FÍSICA NOS SISTEMAS EDUCACIONAIS DOS POVOS DO ORIENTE PRÓXIMO .. 7 
2.3.1- O EGITO ............................................................................................................... 7 
2.3.2 - ASSÍRIOS E CALDEUS ............................................................................................ 7 
2.3.3- HEBREUS .............................................................................................................. 7 
2.3.4- MEDAS E PERSAS .................................................................................................. 7 
2.3.5- FENÍCIOS E INSULARES ........................................................................................... 8 
2.4- A EDUCAÇÃO FÍSICA NA GRÉCIA ANTIGA .................................................................... 8 
2.4.1- OS GRANDES JOGOS .............................................................................................. 8 
2.4.2- PRINCIPAIS PROVAS PRATICADAS PELOS GREGOS ..................................................... 9 
2.5- A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ROMA ANTIGA ..................................................................... 10 
2.5.1- LOCAIS PARA A PRÁTICA DESPORTIVA EM ROMA ..................................................... 11 
2.6- A EDUCAÇÃO FÍSICA NA IDADE MÉDIA ...................................................................... 11 
2.7- A EDUCAÇÃO FÍSICA NO RENASCIMENTO .................................................................. 12 
2.8- A EDUCAÇÃO FÍSICA E O ILUMINISMO ........................................................................ 12 
2.9- A EDUCAÇÃO FÍSICA NA IDADE CONTEMPORÂNEA ..................................................... 12 
UNIDADE 3 – O APARECIMENTO DOS PRIMEIROS MÉTODOS REGULARES .... 14 
3.1- MÉTODO DE HEBERT ............................................................................................... 14 
3.2- MÉTODO FRANCÊS ................................................................................................. 14 
3.3- MÉTODO CALISTÊNICO ............................................................................................ 15 
3.4- EDUCAÇÃO DESPORTIVA ......................................................................................... 15 
3.5- MÉTODO DE AMOROS .............................................................................................. 16 
3.6- MÉTODO CULTURISTA ............................................................................................. 17 
UNIDADE 4 – EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL ....................................................... 18 
4.1- BRASIL COLÔNIA ..................................................................................................... 18 
4.2- BRASIL IMPÉRIO ...................................................................................................... 18 
 
Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
2
UNIDADE 5 - EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL: O INÍCIO DAS CONCEPÇÕES 
PEDAGÓGICAS ......................................................................................................... 21 
UNIDADE 6 – EDUCAÇÃO FÍSICA: DA PRÁTICA PEDAGÓGICA À 
REGULAMENTAÇÃO ................................................................................................ 25 
UNIDADE 7 – CONCEITOS BÁSICOS E ATUAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ............ 28 
UNIDADE 8 – JOGOS OLÍMPICOS DA ERA MODERNA: INFORMAÇÕES 
BÁSICAS .................................................................................................................... 32 
UNIDADE 9 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 36 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 37 
 
 
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO 
 
A Educação Física, no âmbito escolar e em outros espaços formais de 
prática, vem mudando, ao longo do tempo, de acordo com os princípios éticos da 
sociedade e os projetos políticos-pedagógicos construídos em sua época. Assim, o 
que chamamos hoje de Educação Física passa, necessariamente, pela reflexão 
sobre o processo de constituição como componente curricular da história da escola 
moderna. 
Inicialmente denominada Gymnástica, sua inserção como componente 
curricular foi motivada por um conjunto de fatores condicionados pela emergência de 
uma nova ordem social na Europa dos séculos XVIII e XIX, fundamentada, 
especialmente, nos conhecimentos da Medicina e na necessidade de constituição do 
Estado Nacional. O ideário de civilidade exigia uma nova forma de lidar com o corpo 
e conceber a vida, pautada na conquista individual do organismo sadio e da vontade 
disciplinada (SOARES, 2001). 
De acordo com Bracht (1999), a ciência moderna destacou a importância do 
movimento como forma de promoção da saúde. Segundo ainda esse autor, o corpo 
passou a ser entendido como uma estrutura mecânica passível de ser conhecido no 
seu funcionamento, mas também controlado e aperfeiçoado. O autor supracitado 
destaca ainda que, desde então, com esse objetivo, no século XIX, a Educação 
Física foi incorporada nos currículos da grande maioria das escolas, principalmente 
das brasileiras, na forma de exercícios ginásticos, esgrima e evoluções militares. 
Nesse sentido, tal prática foi motivada pela ideia de que seria capaz de higienizar, 
disciplinar e corrigir os corpos das crianças que frequentavam as escolas com 
objetivos ortopédicos consolidando uma nova ordem escolar. 
Desde então, a Educação Física vem participando de diferentes projetos 
educacionais, os quais ao longo do século XX foram sempre orientados por 
expectativas permeadas nas possibilidades de intervenções com finalidades de 
adaptar os corpos às necessidades sanitárias, morais, cívicas, produtivas, dentre 
outras. 
 
 
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UNIDADE 2 - PERCURSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO 
FÍSICA 
 
A história da Educação Física tem por fim a narração verídica dos fatos 
relacionados com a origem do trabalho físico e com a maneira pela qual se 
processou sua evolução, metodização e regulamentação. Dessa maneira, a 
trajetória histórica deste componente curricular está atrelada à história geral 
propriamente dita, nos seus aspectospolíticos, econômicos, militares e sociais. 
No que se refere às relações das grandes divisões da História com a 
Educação Física, Almeida (1995) adverte que os exercícios físicos evoluíram em 
períodos distintos, obedecendo a influências mesológicas, políticas e culturais. Ainda 
segundo esse autor, é possível distinguir cinco fases na evolução da Educação 
Física, as quais permitem dividir a história em cinco períodos relacionados com os 
grandes acontecimentos históricos, conforme destacados a seguir: 
1º- Período Pré-histórico antigo: tem início com o aparecimento do homem 
sobre a terra, sendo os agrupamentos humanos mais expressivos os chineses, 
egípcios, persas, hindus e mesopotâmicos. É a chamada Antiguidade Oriental. 
2º- Período Clássico: é aquele em que a história da Educação Física assume 
mais precisão, em face de um conhecimento melhor das condições das civilizações 
que o caracterizam. Inicia-se com a Grécia, e vai até o Império Romano do Ocidente. 
3º- Período Medieval: abrange a Idade Média, desde o Império Bisantino de 
Justiniano, até o século XIV. É o período obscuro da Educação Física. 
4º- Período Renascimento: marca o aparecimento dos grandes precursores 
da Educação Física. 
5º- Período Contemporâneo: principia com a crítica feita ao Método Sueco 
prolongando-se aos dias atuais. É o mais rico em informações e de maior interesse 
para a atualidade físico-pedagógica. 
Adiante serão apresentadas mais informações a despeito de cada um desses 
períodos, e como os mesmos relacionavam-se e ainda traz influências para a 
Educação Física. 
 
 
 
 
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2.1- Atividades físicas do homem pré-histórico 
O período pré-histórico constituiu uma época com raríssimas documentações 
da prática da Educação Física e, portanto suscita um raciocínio um tanto quanto 
indutivo e dedutivo. De acordo com Almeida (1995), as atividades físicas do homem 
pré-histórico passam por alguns estágios elencados a seguir: 
a) Aspecto natural: inicialmente a atividade física do homem aparece sob o 
aspecto mais rudimentar, que é o natural (correr, saltar, lançar, dentre outros). 
b) Aspecto utilitário: a preocupação de abater a caça ou o inimigo ao primeiro 
golpe, de subir em árvores mais rapidamente, saltar maior distância, de transportar 
maior peso, levou-o a adestrar-se para realizar suas tarefas com maior rendimento. 
c) Aspecto guerreiro: o homem nesse período sentia a necessidade de 
defender através da força física, suas culturas, seus rebanhos, suas habitações e 
sua vida contra tribos nômades. Assim surgia, então, a finalidade guerreira da 
atividade física, com a prática das provas de arremessos e lançamentos. Além disso, 
a segurança e violência dos golpes de espada, a velocidade na corrida, a resistência 
nas marchas, o domínio das artes de nadar, navegar e montar, valorizavam-se 
extraordinariamente, mesmo em tempo de paz, pois era preciso estar preparado 
para a guerra. 
 
2.2- A Educação Física nos sistemas educacionais dos povos do Extremo 
Oriente 
2.2.1- As atividades físicas entre os chineses 
Nos estudos de Accioly (1984), é possível identificar registros que apontam as 
principais atividades físicas realizadas pelos chineses em diferentes épocas de sua 
história, como se pode observar: 
- luta – inicialmente, desporto militar que depois se popularizou, integrando às 
festas tradicionais; 
- tiro ao arco e danças – propagavam-se como forma de cerimônia; 
- jogos sociais – estavam eminentemente baseados na imitação dos animais; 
- esgrima de sabre – desporto militar que originou a dança de sabre; 
- tsu-chu – era o desporto chinês mais popular de todos; 
- caça – esporte que era privilégio dos elementos da corte; 
 
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- boxe – ocupou lugar dos mais importantes entre os chineses. 
As atividades físicas entraram em declínio na China, quando os filósofos 
começaram a incutir no povo uma filosofia de vida baseada na inação, a qual 
recomendava repouso e meditação como forma de obter sabedoria. Assim, os 
preceitos budistas introduzidos na China, por volta do ano 155 a. C. incluía um 
programa diário de meditação religiosa. Tais hábitos de meditação incorporados pela 
cultura chinesa dessa época, tornou a população sedentária e contrária à atividade 
física, perdurando ainda por muitos séculos. 
 
2.2.2- As atividades físicas entre os hindus 
Os hindus se consagravam à realização de exercícios corporais e práticas 
higiênicas. Os exercícios físicos realizados possuíam características extremamente 
fisiológicas. 
Dentre as atividades físicas praticadas pelos hindus, segundo Almeida (1995), 
as mais difundidas foram as corridas, a equitação, a caça, a natação, o boxe e a 
luta. 
 
2.2.3- As atividades físicas entre os japoneses 
Entre as atividades físicas praticadas pelos japoneses ainda no período dos 
anos a.C. destacam-se a natação, a navegação e a pesca, todas com objetivos de 
suprirem as necessidades do povo. A ginástica propagou-se principalmente no 
período feudal, caracterizando-se por exercícios sem aparelhos, de flexibilização, de 
destreza, entre outros. A marcha, a corrida, o salto, e os exercícios de equilíbrio 
obtiveram grande desenvolvimento nessa época. O jiu-jitsu alcançou grande êxito, 
aperfeiçoando-se como um sistema verdadeiramente nacional de cultura física. 
Inicialmente, estava reservado aos samurais tornando-os invencíveis nas lutas, 
corpo a corpo. Outros tipos de luta, advindos da China e da Índia também se 
desenvolveram no Japão. O jiu-jitsu, contudo, é a arte de defesa pessoal que se 
conserva tradicionalmente até os dias de hoje. 
 
 
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2.3- A Educação Física nos sistemas educacionais dos povos do Oriente 
Próximo 
2.3.1- O Egito 
A história do Egito teve origem na Ásia com início a quase quarenta séculos 
a. C.. 
Pelas pinturas e desenhos encontrados nas paredes das tumbas, as 
atividades físicas dos egípcios foram as mais diversas possíveis. Dentre as mais 
populares, é possível destacar: a corrida, o salto, a luta, os arremessos, a esgrima,o 
boxe, a natação, o remo, as corridas de carro, arco e flecha, danças e os exercícios 
ginásticos. 
 
2.3.2 - Assírios e Caldeus 
Como todos os povos antigos, os assírios e caldeus viviam sob o terror dos 
deuses e o domínio absoluto de reis divinizados; eram essencialmente guerreiros e 
caçadores. Pelas condições de sua própria vida, tais povos cultivavam 
exageradamente a força física, a destreza, a resistência, entregando-se às mais 
variadas atividades. As longas marchas, as rápidas corridas, o manejo do arco e 
flecha, o arremesso da lança, as lutas, a equitação e a canoagem, constituíram-se 
os exercícios indispensáveis à formação física desses povos. 
 
2.3.3- Hebreus 
Embora não possuíssem exército, nem fossem de natureza bélica, os hebreus 
sabiam usar as armas e lutavam quando eram hostilizados. Esses povos 
manejavam, comdestreza, o arco e a flecha, arremessavam com precisão a lança, 
usavam muito bem a espada, e usavam gritos ensurdecedores antes de atacar, quer 
para elevar a própria moral ou para atemorizar os seus adversários. 
 
2.3.4- Medas e Persas 
Esses povos, de acordo com os historiadores, eram exímios montadores de 
cavalos, atiravam com o arco, eram obrigados a guardar a cidade e a caçar e, em 
sua grande maioria, eram constituídos de homens altos, delgados, dotados de 
grande força física, dinâmica e cultivavam a honradez da palavra dada. 
 
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2.3.5- Fenícios e Insulares 
Dentre as principais atividades físicas convém citar: a navegação, a 
equitação, o manejo do arco e flecha, o arremesso de lanças, a caça e a luta. Eram 
também adeptos dos exercícios de força e velocidade, da corrida a pé, do boxe e, 
sobretudo, das touradas. 
 
2.4- A Educação Física na Grécia Antiga 
Os locais onde se praticava a cultura física, na Grécia, eram: Ginásio, 
Palestra, Estádio e Efebia. A Grécia dava o nome de ginásio ao conjunto de lugares 
especialmente destinados à educação da mocidade e aos exercícios que a todos os 
bons cidadãos se impunham, como dever para com eles e para com a pátria. Os 
ginásios primitivos consistiam em simples pistas de corridas a pé, de lançamentos e 
áreas arenosas para os exercícios corporais. Esses locais, em geral, eram à 
margem de rios e juntos aos bosques e todos de propriedade do Estado. 
As palestras eram locais de dimensões restritas, com piso de saibro, providas 
de banheiros e compartimentos para fricções, lutas, duchas, banhos quentes. Eram 
de um modo geral de propriedade particular. 
À palestra e ao ginásio, ajuntava-se o estádio, geralmente perpendicular a 
ambos, com pistas cobertas, destinando-se às competições esportivas. Na Grécia, 
quase todas as cidades possuíam seu ginásio, sendo que os principais eram o de 
Atenas, Olímpia, Delfos, Éfeso, Nemeia e Corinto. 
 
2.4.1- Os grandes jogos 
Na Grécia Antiga eram disputados vários tipos de jogos com os mais diversos 
fins. Conforme registros históricos, pode-se destacar os seguintes: 
- jogos Fúnebres; 
- jogos Gregos; 
- jogos Olímpicos; 
- jogos Píticos; 
- jogos Nemeus; 
- jogos Ísticos. 
 
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Dentre estes, vale ressaltar os Jogos Olímpicos, os quais deram origem a 
esse grande evento esportivo da atualidade e tiveram dois grandes momentos na 
história dos mesmos. Na Grécia Antiga, os Jogos Olímpicos já eram celebrados de 4 
em 4 anos, em Olímpia e disputados em honra de Júpiter. 
É incontestável o grau de adiantamento e esplendor que a Educação Física 
atingiu nesse período. Havia na Grécia Antiga, a crença de que o grego ao se tornar 
um atleta era comparado a semideuses e, portanto, todos se dedicavam à prática da 
Educação Física, a fim de buscar o aperfeiçoamento físico e, consequentemente, o 
desenvolvimento intelectual e moral. As provas a que em Olímpia se concediam 
prêmios eram: a corrida a pé, o salto, o disco, o dardo e a luta, o pugilato, o 
pancrácio, a corrida armada, a corrida de carros e a corrida de cavalos. Após um 
largo período de decadência, em 394 d. C., foram os Jogos Olímpicos suprimidos, 
por ordem de Teodósio, o Grande, imperador romano. 
 
2.4.2- Principais provas praticadas pelos gregos 
Corridas: era o mais popular, natural e antigo desporto praticado pelos 
gregos. O estádio era a corrida de velocidade, de 192 metros. O diaulo era a corrida 
em que o concorrente corria duas vezes a extensão do estádio. A hípica consistia 
em uma corrida de 740 metros em um percurso semelhante ao usado nas corridas 
de cavalo. A délica era corrida de fundo com distância de 4.440 metros. 
Hipólito: era uma corrida na qual o corredor corria armado. O percurso era 
dentro da arena, e a corrida representava uma exaltação do valor guerreiro do 
grego. 
Corridas de carro: prova de aristocracia, uma das causas do aparecimento 
do atleta profissional, que ao vencer a prova dava o prêmio ao seu senhor. 
Corridas de cavalo: eram de duas espécies e realizadas em hipódromos: ou 
o cavaleiro montava sem sela ou sobre uma simples manta. Se o cavaleiro caísse, e 
o cavalo chegasse em primeiro lugar, assim mesmo era considerado vencedor. 
Saltos: o povo grego conhecia os saltos em altura, em extensão, em 
profundidade e o salto em extensão com o auxílio de uma vara. 
Arremesso do dardo: no princípio, nada mais era do que o arremesso de 
uma lança usada quer como arma de guerra, quer como arma de caça. Era 
 
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empregada a pé ou a cavalo, como arma de choque ou de arremesso. Inicialmente, 
os arremessos foram feitos em precisão, mais tarde em alcance e, finalmente, em 
distância e ao alvo. Primeiramente, os arremessos eram feitos com dardo de guerra, 
e, posteriormente, por questões de segurança, foi substituído por outro de madeira 
com ponta de metal. 
Arremesso do disco: teve início com o arremesso de um pequeno escudo. 
Nas Olimpíadas, o arremesso era feito de uma plataforma inclinada, sendo sua 
técnica idêntica a dos dias atuais. 
Lutas: a mais comum era a luta vertical, em pé, vencendo aquele que 
derrubasse o outro. Havia também a luta horizontal, em que vencia o que o 
colocasse as espáduas do outro contra o solo, por determinado espaço de tempo. 
Pugilato era a luta com os punhos, pois utilizavam-se luvas de couros com pontas de 
ferro denominadas cestos. 
Pancrácio: era a luta livre, combinada com o pugilato, mas praticada sem o 
cesto. Era uma luta de muito prestígio entre os gregos e configurava um verdadeiro 
“vale tudo”. 
Pentatlo: Foi a prova olímpica mais importante, reunindo as seguintes 
provas: corrida, arremesso de disco, salto em distância, arremesso de dardo e luta. 
Todas as provas eram eliminatórias, de modo que só chegassem à final dois atletas 
que disputavam a vitória. 
 
2.5- A Educação Física na Roma Antiga 
Na Roma Antiga, no período ante-Grécia, os exercícios físicos eram 
praticados no Campo de Marte, local de treinamentos próximo aos grandes 
monumentos. Nesses, praticavam-se corridas, saltos, transportes de fardos, 
arremessos de dardo, com caráter militar, lutas, esgrima, exercícios equestres, 
natação no rio Tibre, hidroterapia e massagem. 
No período pós-Grécia, praticavam-se a Esferomaquia, a qual era jogada com 
uma bola em quatro modalidades: Choli, Trigon, Pagani e Harpastum, semelhante 
ao nosso futebol. Também o Quinquertium, originário do pentatlo, constava das 
mesmas provas: corrida, salto, arremesso de disco, de dardo e luta. 
 
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Baseadosnos Jogos Olímpicos, os romanos criaram os Jogos Augustus – 
realizados anualmente; os Jogos Acciacos e os Jogos Capitolinos, ambos realizados 
de 5 em 5 anos. 
 
2.5.1- Locais para a prática desportiva em Roma 
Circo: com arquibancadas enormes e luxuosas, era uma imitação do 
hipódromo dos gregos. Nele se realizavam as provas hípicas e as competições 
atléticas. Em Roma, os circos foram numerosos e nesses as corridas de carros 
faziam as delícias dos expectadores. Os carros denominavam-se bigas, trigas ou 
quadrigas, conforme fossem puxados por dois, três ou quatro animais. 
Anfiteatro: o anfiteatro, espetacular obra da arquitetura romana, diferenciava-
se do circo, pela sua finalidade, pela sua forma e disposição interna, mas a ele 
nivelava-se na pompa, na majestade e na capacidade de público. Possuía como 
peça principal uma arena circular ou elíptica, circundada por maciça arquitetura, 
onde se desenrolavam os combates de gladiadores, de feras e os sacrifícios. 
Estádio: construído nos moldes dos existentes na Grécia. Era destinado às 
competições e lutas atléticas. Neles, diversas vezes, eram efetuados concursos de 
ginástica, canto, música, poesia e eloquência. 
Termas: eram locais próprios para banhos quentes, duchas, massagens, 
fricções e banhos a vapor. Possuíam piscinas, onde o sexo feminino se fazia 
representar. 
Os desportos mais praticados em Roma eram: esferomaquia, corrida de 
carros, corrida a cavalo, luta de gladiadores, atletismo, naumaquia, competições 
navais e luta entre embarcações. 
 
2.6- A Educação Física na Idade Média 
Nesse período da história, observou-se segundo os historiadores, maior 
predomínio da destreza da equitação e do manejo das armas. Nos pátios 
castelhanos e nos campos vizinhos, os jovens praticavam o arremesso de lanças, o 
manejo da espada e da maçã. Além disso, praticavam também corridas e domação 
de potros bravios. Os meninos maiores e os jovens divertiam-se ao ar livre, com 
cerca de 220 variedades de jogos. Aprendiam também, de acordo com Callois 
 
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(1990), a dançar e a cantar nos dias chuvosos e jogavam xadrez e dama junto ao 
fogo. 
Os grandes desportos da Idade Média, além da caça às feras e caça por meio 
do falcão, foram os Torneios e a Justa, ambos com o objetivo de adquirir a nobreza 
através da aptidão e da força física. Os Torneios eram combates em forma de 
festas, porém violentos e sangrentos. As justas configuravam combates entre dois 
cavaleiros que se arremetiam, lançavam-se em riste como propósito de derrubar o 
adversário do cavalo. 
 
2.7- A Educação Física no Renascimento 
Observa-se, dentro das concepções de Almeida (1995), que como o homem 
sempre demonstrou interesse em seu próprio corpo, nesse período da história mais 
uma vez a cultura física, bem como a arte, a música, a ciência e a literatura 
obtiveram grande esplendor. Nesse sentido, a beleza do corpo, que anteriormente 
sugestionava atitude pecaminosa, é novamente explorada pelos grandes artistas da 
época. É desse período, inclusive, o grande avanço dos estudos anatômicos, como 
a dissecação de cadáveres humanos. 
 
2.8- A Educação Física e o Iluminismo 
Nesse movimento contra o abuso do poder no campo social ocorrido no 
século XVII, observam-se várias influências dos pensadores e estudiosos da época 
em relação à prática de Educação Física. Rousseau contribuiu com as propostas da 
Educação Física para as crianças da educação infantil, já que de acordo com esse 
filósofo, a energia obtida do corpo a partir do movimento era essencial ao ato de 
pensar. 
Da mesma maneira, Pestalozzi contribuiu nesse período com a prática da 
atividade física ao instituir a escola primária popular, sempre enfatizando a execução 
correta dos exercícios físicos. 
 
2.9- A Educação Física na Idade Contemporânea 
A ginástica localizada observada nos dias atuais alcança grande 
desenvolvimento na Idade Contemporânea. Nessa perspectiva, quatro grandes 
 
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escolas possuem grande responsabilidade, por isso, e são as seguintes: a alemã, a 
nórdica, a francesa e a inglesa. 
A escola alemã teve como grande destaque Johann Cristoph Friederick Guts 
Muths, o qual foi considerado o precursor da ginástica pedagógica moderna. 
Em seguida, surgiu outro tipo de ginástica, a turnkunst, criada por Friederick 
Ludwig Jahn (1788 – 1825), cujo fundamento principal era o desenvolvimento da 
força e contrapunha as questões pedagógicas propostas pelas escolas da época. 
Nessa época e a partir das concepções desse pensador surgiram: a barra fixa, as 
barras paralelas, dentre outros, possibilitando o surgimento da Ginástica Artística. 
Dando prosseguimento aos fatos ocorridos nesse período da história, os 
interesses da escola voltaram a ser defendidos com Adolph Spiess (1810-1858) 
introduzindo definitivamente a Educação Física nas escolas alemãs, sendo inclusive 
um dos pioneiros na defesa da ginástica feminina. A escola nórdica escreve a sua 
história através de Nachtegall (1777-1847) que fundou seu próprio instituto de 
ginástica (1799) e o Instituto Civil de Ginástica para formação de professores de 
Educação Física, em 1808. 
 
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UNIDADE 3 – O APARECIMENTO DOS PRIMEIROS 
MÉTODOS REGULARES 
 
De acordo com Almeida (1995), os primeiros sistemas regulares da Educação 
Física detalhados a seguir, foram fundamentados em bases científicas com objetivos 
definidos e surgiram a partir da metade do século XVII, com Amoros, Ling e 
Basedow, propugnando uma importância muito grande à ginástica. 
Prosseguindo ainda nos estudos desse autor, é possível depreender que 
apareceram as grandes linhas doutrinárias que até nos dias atuais, influenciados 
pelos Desportos, efetuam uma integração de processos de trabalho e de princípios. 
 
3.1- Método de Hebert 
Também denominado Método Natural, foi idealizado e organizado por 
Georges Hebert. Viajando por regiões pouco civilizadas, pôde esse notável 
educador observar os indígenas, que desfrutavam de excelente saúde e alto grau de 
robustez. Estudando as civilizações primitivas, verificou que a vida ao ar livre, em 
contato com a natureza, dava ao homem perfeitas condições físicas, em face de 
suas constantes atividades, na luta pela sobrevivência. Também os animais, machos 
e fêmeas, foram por ele observados, notando uma perfeita igualdade de condições 
nos seus esforços físicos. 
Baseado nos fatos expostos, que se caracterizavam pela volta à natureza, 
criou Hebert, de acordo com as condições de vida social moderna, o seu sistema 
estático, higiênico e cheio de utilitarismo. Os tipos de exercícios propostos por esse 
método são os seguintes: marchar, correr, saltar, quadrupedar, trepar, equilibrar, 
levantar e transportar, lançar, defender-se e nadar. 
 
3.2- Método Francês 
Originou-se na escola de Joinville-le-Pont, fundada em 1852. Introduzido no 
Brasil, foi muito difundido, emtodo o território nacional. Para alcançar os seus 
objetivos, esse método propõe sete formas de trabalho: jogos, flexões, exercícios 
educativos, exercícios mímicos, aplicações, desportos individuais e desportos 
coletivos. Adota também, quatro regras a serem seguidas para a realização do 
 
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trabalho: grupamento dos indivíduos, adaptação do exercício, atração do exercício e 
verificação periódica. 
No que se refere ao planejamento pedagógico, a prática da Educação Física 
é dividida em três etapas: sessão preparatória, lição propriamente dita e volta à 
calma. A primeira parte proposta por esse método compreendia os exercícios de 
evoluções, flexões de braços, pernas, tronco, combinados, assimétricos e de tórax. 
A segunda comporta exercícios naturais: marchar, escalar, equilibrar, saltar, levantar 
e transportar, correr, lançar e atacar e defender-se. Por fim, a volta à calma, 
compreendendo exercícios de fraca intensidade: marcha lenta, com exercícios 
respiratórios, marcha com canto ou assovio e alguns exercícios de ordem. 
 
3.3- Método Calistênico 
Dentro das concepções de Almeida (1995), o conceito moderno situa 
calistenia como um sistema de ginástica, praticado com aparelhos leves ou à mão 
livre, destinado a contrapor os efeitos da vida sedentária. Foi utilizado inicialmente, 
em 1785, em recintos fechados, na Europa. Em 1931, passou a ser utilizado nos 
Estados Unidos e na América do Sul através da Associação Cristã de Moços, com a 
prática dos seguintes exercícios: preliminares de braços e pernas, exercícios 
póstero-superiores do tronco, exercícios estafantes e exercícios calmantes. 
 
3.4- Educação Desportiva 
Esse método constitui atualmente, o ponto mais expressivo de influência da 
escola francesa. Procura substituir o exercício realizado por obrigação, pelo 
efetuado por prazer ou necessidade salutar. A Educação Física baseada nessa 
proposta pedagógica compõe-se das seguintes etapas: 
• iniciação Desportiva – generalizada ou especializada; 
• treinamento Desportivo – generalizado ou especializado. 
Utilizam-se exercícios configurados em seis classes: naturais e jogos, 
preparatórios ou de formação corporal desportos coletivos, desportivos individuais, 
desportos de combate e desportos ao ar livre ou de exterior. A prática desses 
exercícios físicos é ainda assim subdividida: 
• exercícios de aquecimento (efeitos higiênicos); 
 
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• exercícios de flexibilidade e desenvolvimento muscular (efeitos 
morfológicos); 
• exercícios de agilidade e de energia (efeitos sobre o caráter); 
• exercícios desportivos, sob forma lúdica, tendo em vista um caráter de 
competição. 
Considerando que os movimentos espontâneos e naturais despertam prazer 
pela atividade física, procura esse método, através da proposta generalizada, livrar-
se da concepção de uma única ginástica e de um único desporto de especialização 
prematura, realizando a unificação das duas atividades. 
 
3.5- Método de Amoros 
Esse método, ponto de partida da sistematização da Educação Física na 
França, tinha por objetivo fazer homens completos, não somente fortes e rígidos, 
mas sobretudo, corajosos e audazes, possuindo um justo sentimento do bem, do 
dever e do devotamento. Visava ao desenvolvimento das qualidades físicas, o 
aumento da energia e a exaltação dos sentimentos elevados. Admitia três tipos de 
ginástica: civil, militar e médica. Utilizava uma gama enorme de exercícios, 
classificados em dezessete séries e dispunha de meios de verificação do 
treinamento. Esses exercícios ainda classificavam-se da seguinte maneira: 
• durante a lição – exercícios elementares com canto, marchas, corridas 
e saltos, exercícios de equilíbrio, transposição de obstáculos, lutas, 
lançamentos e natação, dentre outros; 
• fora da lição – tiro ao alvo, esgrima (a pé e a cavalo), equitação, 
danças, exercícios especiais para aumentar a resistência a dor 
(abandonados posteriormente). 
Foi uma método idealizado pelo educador espanhol, naturalizado francês, 
Francisco Amoros y Ondeano, o qual atuou entre os anos 1770-1848. 
Para a verificação dos resultados físicos de modo apropriado, Amoros 
estabeleceu dois tipos de fichas individuais: de informações gerais (dados 
psicológicos, morfológicos e fisiológicos), e de aproveitamento de treinamento 
(medidas de força). A sucessão e a alternância dos exercícios durante uma sessão 
de trabalho, assemelhavam-se ao atual Circuit-Training. 
 
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3.6- Método Culturista 
Não configurava propriamente dito um método, já que sua finalidade principal 
era a cultura das qualidades físicas do elemento, procurando desenvolver o sistema 
muscular, por meio de exercícios analíticos, executados com resistência e utilizando, 
com frequência, halteres leves. 
Dentro das concepções de Bracht (1999), a oficialização da Educação Física 
nas práticas escolares entre os séculos XVIII e XIX, ocorreu sob grandes influências 
dos aspectos militar e médico. De acordo com esse autor, no que diz respeito ao 
caráter militar, observava-se o predomínio da prática através de exercícios 
sistematizados, esses eram ressignificados, numa perspectiva terapêutica e 
pedagógica, e subsidiados pelo aspecto médico. Assim, prosseguindo na ótica 
desse autor, a educação do corpo com fins produtivos torna-se sinônimo de saúde, a 
qual pressupõe hábitos saudáveis, higiênicos, com vistas ao serviço nacionalista e 
patriota. 
 
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UNIDADE 4 – EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL 
 
 A história da Educação Física no Brasil pode ser dividida igualmente a sua 
História Política, em três períodos: 
1º Período: Brasil Colônia (1500 a 1822). 
2º Período: Brasil Império (1822 a 1889). 
3º Período: Brasil República (1889 até os dias atuais). 
 
4.1- Brasil Colônia 
O aspecto físico dos nossos primeiros habitantes, segundo os historiadores, 
era excelente. Eles eram corpulentos, bem dispostos fisicamente, robustos e 
forçosos. Entre as atividades que praticavam, citamos as de sua necessidade diária 
das quais tiravam o seu sustento. 
Eis porque eram exímios na arte de manejar o arco e a flecha, suas principais 
armas de ataque e defesa. A corrida a pé foi muito praticada entre os nativos, 
caçando ou guerreando. Natação e canoagem também tiveram grande 
desenvolvimento entre os primeiros habitantes do Brasil. 
A equitação foi muito praticada por algumas tribos, principalmente os 
guaicurus, que povoavam o sul do Mato Grosso, e que fizeram dela uso, 
principalmente para a guerra. 
Com a vinda dos Jesuítas, por volta de1549, e a criação de seus colégios, 
tiveram aqueles o cuidado necessário de estimular sempre a atividade física aos 
seus discípulos, mesmo porque o ensino da época exigia quase imobilidade 
absoluta do aluno, em consequência dos processos utilizados, contrapondo-se ao 
espírito fisicamente ativo do selvagem dessa época. 
 
4.2- Brasil Império 
Neste período, segundo os historiadores, exceto algumas iniciativas isoladas, 
nada ou quase nada se fez em prol da Educação Física, no Brasil. As atividades 
esportivas se limitavam às provas de natação, remo no mar, esgrima, equitação, 
pelota e ciclismo. 
 
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Com a instalação da Escola Militar, no Rio de Janeiro, a Educação Física 
alcançou altos índices de desenvolvimento dos esportes aquáticos, principalmente a 
canoagem. 
A esgrima de baioneta, de sabre florete e espada haviam sido oficializadas 
nas competições. Também foram realizadas as escaladas ao Pão de Açúcar e ao 
Morro da Urca constituindo provas de tenacidade, coragem e resistência. Diversas 
conferências foram realizadas para se debater a institucionalização da Educação 
Física no Brasil e aos interesses da mesma nos currículos das escolas brasileiras. 
Já no fim do período do Brasil Império foi criado um projeto para instituir uma 
sessão especial de ginástica em cada escola; estendendo posteriormente a ambos 
os sexos, em horários diferentes do recreio e após as aulas. 
 
4.3- Brasil República 
Por volta de 1905, foi criado um projeto de lei criando duas escolas de 
Educação Física no Brasil: uma civil e outra militar. Além disso, a contratação de 
pessoal capaz para a sua instalação, a aquisição de terreno para a sua construção, 
para a prática de jogos ao ar livre, nas escolas superiores e a instituição da prática 
da ginástica sueca. 
Em 1907, surgiu a primeira sala de armas, fundada no Brasil, pela Missão 
Militar Francesa, na Força Pública do Estado de São Paulo. Nessa mesma 
instituição, dois anos mais tarde, cria-se a escola de Educação Física, que diplomou 
em cursos regulares, os primeiros mestres de esgrima. 
Já no ano de 1922, foi criado o Centro Militar de Educação Física. A primeira 
turma de monitores diplomada pela Escola de Preparação de Monitores da Marinha 
ocorreu em 1929, no Rio de Janeiro. Na Vila Militar, em 1929, entra em 
funcionamento o Curso Provisório de Educação Física. Nesse curso, ao lado de 
militares, foi matriculada uma turma de professores primários, o que hoje 
corresponde ao Ensino Fundamental I, aumentando assim a importância do 
empreendimento. 
Com a criação do Ministério de Educação e Saúde Pública, em 1930, e a 
consequente orientação metodológica, a Educação Física passou a ser ministrada 
 
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com mais subsídios pedagógicos, tendo os professores daquela época, ainda que 
limitado, um referencial para orientar as práticas docentes. 
Também contribuiu bastante a constituição e funcionamento das Escolas de 
Educação Física do Estado de São Paulo e do Espírito Santo, bem como a criação, 
em 1933, por decreto, da Escola de Educação Física do Exército, pela 
transformação do Centro Militar de Educação Física ali já existente. 
A partir do advento das escolas de Educação Física e a realização de cursos 
e jornadas internacionais, de 1933 em diante, as publicações especializadas 
disseminaram e culminaram com a criação da Divisão da Educação Física do 
Ministério da Educação e Saúde. Em 1939, integrando a Universidade do Brasil, foi 
fundada a Escola Nacional de Educação Física e Desportos. 
 
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UNIDADE 5 - EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL: O INÍCIO 
DAS CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS 
 
O objetivo de se obter saúde através das aulas de Educação Física, sempre 
esteve incorporado nas práticas das escolas brasileiras desde a sua inserção nos 
currículos escolares ainda no século XIX. Tal dimensão pedagógica atravessou o 
século XX, vinculando a prática da atividade física à ausência de doença, revelando 
quase sempre uma compreensão bastante restrita e empobrecida de corpo humano, 
reduzido apenas à sua dimensão biológica. 
Antes da Segunda Guerra Mundial, o Brasil vivia a expansão de sua 
industrialização, e novas exigências foram colocadas para a escola, com destaque 
para a responsabilidade de formar homens produtivos, aptos para o trabalho, agora 
cada vez mais voltados para a máquina e a técnica. Da Educação Física era 
esperada a tarefa de não apenas corrigir e endireitar o corpo das crianças, mas 
educá-lo também para torná-lo eficiente, eficaz, produtivo, a fim de atender as 
demandas do mundo do trabalho (VALGO, 2002). 
É possível perceber, de acordo ainda com o autor supracitado, que nesse 
movimento, houve uma importante e significativa mudança. O conteúdo, Ginástica, 
que por excelência era a principal prática da Educação Física foi paulatinamente 
substituído por outra prática, que vivia um processo de franca expansão e difusão 
pelo mundo: o esporte. Tal fato ocorreu porque o esporte se organiza em torno de 
valores semelhantes aos de uma sociedade industrializada, como por exemplo: 
competição, rendimento, resultado, eficiência. 
Aliado a esse acontecimento, os meios de comunicação disseminaram o 
esporte por todo o mundo e ampliaram consideravelmente os interesses em torno do 
mesmo, devido a sua potencialidade em produzir lucros. 
Em decorrência disso, a Educação Física passou a ser compreendida como a 
área responsável pelo estudo e ensino do esporte, que passou a ocupar o centro de 
suas preocupações, desde a formação de professores até a organização de seu 
ensino na escola. Iniciava uma nova fase denominada esportivização da Educação 
Física, que atravessa toda a segunda metade do século XX. 
De acordo com Bracht (1995), especialmente a partir da década de 1960, a 
Educação Física passou a ser pensada, na escola, como a “base da pirâmide 
 
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esportiva nacional”. Não obstante, é preciso perceber, também, os limites desse 
projeto, diante da realidade das escolas, especialmente as públicas, que recebem a 
maioria de estudantes. Nesse sentido, a falta de condições materiais (quadras, 
ginásios, bolas e outros equipamentos) e estruturais da escola, ambos limitados nas 
questões institucionais e legais, dificultaram a efetivação de tal projeto. 
Apesar de todo este cenário dificultoso à Educação Física Escolar, não foi 
suficiente para impedir que alguns dos valores presentes nos esportes de alto 
rendimento orientassem, em certa medida, a vivência dessa prática cultural nas 
aulas de Educação Física. Dentre os principais,é possível citar: a busca incessante 
pelo resultado, a otimização da vitória, a referência às regras universais de cada 
modalidade, a exacerbação da competição, entre outros. 
Faz-se necessário salientar que a legislação federal, por meio do Decreto nº 
69.450 (1971 – 1996), concebia a Educação Física como 
 
atividade, que, por seus meios, processos e técnicas, desperta, desenvolve 
e aprimora forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando, 
construindo um dos fatores básicos da educação nacional (BRASIL, 1971). 
 
Com base nesse decreto, é possível depreender que a Educação Física, 
tendo como referência a aptidão física dos educandos, só deveria interessar-se por 
corpos jovens e saudáveis, dando preferência àqueles com potencial para se 
tornarem atletas ou juntar-se às forças armadas. Nesse sentido, dispensava-se os 
maiores de 30 anos, as mulheres com prole, os portadores de qualquer tipo de 
anomalia, dentre outros. 
A partir da década de 1980, com os movimentos pela redemocratização do 
Brasil, alcançando inclusive a renovação pedagógica, estendeu-se as discussões 
acerca da Educação Física Escolar, objetivando a reconfiguração de sua proposta 
pedagógica. 
Essas questões obtiveram maior ênfase, ainda, na década de 1990, sendo 
em sua maioria, contempladas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDBEN, nº 9394/1996), a qual asseverou, em seu artigo 26: 
 
A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é 
componente curricular da educação básica, ajustando-se às faixas etárias e 
 
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às necessidades da população escolar, sendo facultativa nos cursos 
noturnos (BRASIL, 1996). 
 
Tal documento normativo teve esse artigo alterado, por meio da Lei nº10.328, 
de 12 de dezembro de 2001 e, em seguida, em 1º de dezembro de 2003, pela Lei, 
passando a ter a seguinte redação: 
 
Art. 3º. A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é 
componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática 
facultativa ao aluno: - que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a 
seis horas; - maior de trinta anos de idade; - que estiver prestando serviço 
militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da 
educação física; - amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 
1969; - que tenha prole. 
 
É importante salientar que essa alteração da LDB 9394/96 apresentou ao 
mesmo tempo avanços e retrocessos. Por um lado, incluiu-se a Educação Física em 
todos os turnos de ensino da educação básica, contemplando os estudantes dos 
cursos noturnos. Não obstante, por outro lado, retrocedeu-se frente ao pressuposto 
de que esse componente curricular é essencial apenas para os alunos considerados 
saudáveis, com idade inferior a 30 anos, sem filhos e que estejam fora do mercado 
de trabalho. Essa situação, de acordo com Almeida (1995), tornou-se 
discriminatória, já que a Educação Física deve ser um componente curricular 
reservado a todos, e não apenas àqueles considerados jovens, hábeis e produtivos. 
Outro documento legal que legitimou a Educação Física com o mesmo valor 
ao dos outros componentes curriculares, foram as Diretrizes Curriculares Nacionais, 
outorgadas pelo Conselho Nacional de Educação. Tal documento ampliou o 
significado da Educação Física, atribuindo à mesma maior intencionalidade 
educativa. Assim, garantiu-se à Educação Física horário na grade curricular e igual 
valor aos demais componentes curriculares. 
Igualmente aos documentos supracitados, os Parâmetros Curriculares 
Nacionais (PCNs) possibilitaram entender a Educação Física como componente 
curricular absolutamente responsável em engajar os educandos no universo da 
cultura corporal de movimentos. A mesma envolve os conhecimentos produzidos e 
vivenciados por todos, tendo como base o corpo e os movimentos permitidos por 
ele. 
 
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Nesse documento oficial do Ministério da Educação, a Educação Física na 
escola deve ser constituída de três blocos relacionados entre si e que com 
possibilidades de serem, ou não, implementados em uma mesma aula. 
São, pois: 
- jogos, ginásticas, esportes e lutas – propõem atividades como ginástica 
artística, ginástica rítmica, voleibol, handebol, basquetebol, futsal, atletismo, 
capoeira, judô, dentre outros; 
 - atividades rítmicas e expressivas – compreendem atividades que se 
relacionam à expressão corporal, danças, entre outros; 
- conhecimentos sobre o corpo – relacionam as reflexões sobre o corpo, indo 
desde a sua estrutura anatômica até às diferentes formas culturais de lidar com esse 
instrumento. 
Assim, sob a concepção de uma educação inclusiva, os PCNs possibilitaram 
mais incisivamente o direito ao acesso de todos às práticas corporais de 
movimentos, indiferentemente de sua condição física, etária e social. 
 
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UNIDADE 6 – EDUCAÇÃO FÍSICA: DA PRÁTICA 
PEDAGÓGICA À REGULAMENTAÇÃO 
 
O modelo de esportivização da Educação Física, de acordo com Bracht 
(1999), já discutido anteriormente, foi amplamente disseminado desde o início do 
período do Brasil República, e imperiosamente incentivado no projeto de nação que 
se instalou, no Brasil, na década de 1960. Resta claro, nas concepções desse autor, 
que a Educação Física exercia uma função de destaque no projeto de Brasil dos 
militares, relacionada às funções de desenvolvimento da aptidão física através do 
desporto. Assim, tal projeto era considerado importante para a capacidade produtiva 
da nação contribuindo para firmar o Brasil como potência. 
As teorias que fundamentavam as práticas da Educação Física até a década 
de 1970 eram de caráter pedagógico. Essas antecederam as ciências do esporte e 
foram implementadas numa perspectiva de intervenção educativa sobre o corpo, 
respaldadas pelas ciências biológicas. Nesse sentido, de acordo ainda com o autor 
supracitado, propunha-se a educação integral apoiada no tão conhecido aspecto 
biopsicossocial sem, contudo, legitimar a Educação Física na escola. Detinha-se 
apenas, o caráter específico da contribuição dessa para o desenvolvimento da 
aptidão física e esportiva. 
Com o advento das ciências sociais e humanas relacionadas à Educação 
Física, foi possível observar várias críticas nesse tão propalado paradigma da 
aptidão física, iniciando um movimento renovador da Educação Física no início da 
década de 1980. 
Por um lado, precisa-se acrescentar um viés científico à prática da Educação 
Física; tornava-se necessário orientar a prática pedagógica no conhecimento 
científico. Todavia, a cientificidade já estava impregnada no percurso histórico da 
Educação Física e, então, surge nesse contexto, os estudos do desenvolvimento 
humano, sobretudo, o desenvolvimento motor e a aprendizagem motora. 
Inicia-se nesse momento, mais precisamente a partir da década de 1970, um 
espaço mais acadêmico na Educação Físicapor força da estruturação das 
universidades. Nos estudos de Oliveira (2002), ocorreu uma incorporação das 
práticas científicas e nesse sentido um considerável aumento de qualificação 
 
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docente através de cursos de pós-graduação, passando a Educação Física 
incorporar as discussões pedagógicas influenciadas pelas ciências humanas. 
Frente a esse contexto e de acordo ainda com esse autor, observou-se no 
Brasil na década de 1980, uma Educação Física grandemente marcada por uma 
pedagogia crítica e progressista, a qual trouxe enorme influência nas aulas de 
Educação Física desenvolvidas atualmente. Aliás, o repertório dessas propostas 
pedagógicas é diversificado, apesar de em sua grande maioria ser respaldado com 
ênfase na aptidão física e esportivização. Tal repertório supracitado tem sua gênese 
nas duas últimas décadas e disponibiliza um conjunto de alternativas pedagógicas. 
É possível citar a abordagem desenvolvimentista, a qual possui como ideia 
central possibilitar à criança oportunidades diversas de experiências motoras de 
modos a partir dos fundamentos da Educação Física. Outra abordagem amplamente 
disseminada nos últimos anos foi aquela baseada na qual o objeto de estudo da 
Educação Física é a cultura corporal dos seus praticantes, concretizada nos temas: 
esporte, ginástica, jogos, lutas, dança e mímica. Ainda seria possível citar outras 
abordagens que compõem as tendências pedagógicas atuais da Educação Física, 
como as baseadas nos estudos filosóficos do movimento humano. Todavia, esse 
detalhamento ficaria mais reservado em outro momento de estudo do programa da 
Educação Física. 
Em suma, a Educação Física passou por grandes transformações ao longo 
dos tempos, principalmente nas duas últimas décadas, objetivando sempre outra 
organização no aspecto social. É possível depreender que a partir de 1980 ocorreu 
considerável mudança nas estruturas de poder e fiscais, do esporte de rendimento. 
Nesse contexto, surgem os patrocinadores, através das empresas que contratavam 
atletas, técnicos, entre outros, originando uma boa geração de campeões. Dando 
prosseguimento, na década de 1990, o esporte, com fins de promoção à saúde, é 
amplamente disseminado como: esporte educação, esporte participação e esporte 
performance. 
Dando prosseguimento a essa nova ordem social absorvida pela Educação 
Física nos anos 80 e 90, foi criado, em 1998, o Conselho Federal de Educação 
Física – CONFEF, legitimado pela Lei nº 9696/98. Configurou-se uma entidade com 
objetivo profícuo de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional da 
 
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Educação Física. Frente a isso, suscitou-se a regulamentação dessa profissão, 
através do exercício regularmente registrado nos respectivos Conselhos Regionais 
de Educação Física (CREF) (OLIVEIRA, 2002). 
Assim, ainda sob a ótica desse autor, a criação desse Conselho, detinha a 
ideia principal de monitorar e até mesmo limitar os profissionais da área, 
resguardando esse direito aos devidamente registrados, sob fiscalização do mesmo, 
com vistas de proteger o mercado de trabalho, impedindo o exercício da profissão 
por pessoas sem a qualificação adequada. Ainda, nesse sentido, foi atribuída à 
importância da criação do Conselho a melhoria da qualidade pedagógica das aulas e 
garantia de postos de trabalho disponíveis aos profissionais habilitados. 
Tal situação foi respaldada nesse documento normativo, conforme observado: 
 
Art. 2º: Determina-se que apenas serão inscritos nos quadros dos 
Conselhos Regionais de Educação Física os profissionais possuidores de 
diploma obtidos em cursos de Educação Física, oficialmente autorizado ou 
reconhecido (nacional ou estrangeiro) e os que, até a data do início da 
vigência desta lei, tenham comprovadamente exercido atividades próprias 
dos Profissionais de Educação Física, nos termos a serem estabelecidos 
pelo Conselho Federal de Educação Física. (BRASIL, 1998). 
 
E ainda, a fim de assegurar de forma mais clara e incisiva as funções 
legítimas do profissional de Educação Física, é imprescindível destacar o Art. 3º 
dessa legislação o qual assevera: 
 
Art. 3º: compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, 
programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar 
trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de 
auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, 
participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar 
informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades 
físicas e do desporto. (BRASIL, 1998) 
 
Vale ressaltar, que tal fiscalização por parte desses conselhos alcançou 
também as pessoas jurídicas que prestam serviços dessa natureza, as quais têm o 
dever legal de contratar profissionais qualificados e regulamentados sob pena de 
sofrer as punições previstas em lei. 
 
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UNIDADE 7 – CONCEITOS BÁSICOS E ATUAIS DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Inicialmente serão propostas algumas reflexões acerca de alguns conceitos 
relacionados ao termo Educação Física propostos por Kolyanik Filho (2008). Nas 
concepções dessa autora, a Educação Física remete a uma série de práticas 
sistematizadas em diversas situações com o fito de desenvolver as qualidades 
motoras do ser humano. Essa mesma autora salienta ainda que a Educação Física 
também configura um componente curricular constituído de processos educacionais 
formais. E também, que é considerada uma área de conhecimento, a qual possui 
como objeto de estudo o corpo e alguns fenômenos por meio de métodos científicos. 
Conforme observado nas descrições anteriores e com base no referencial 
teórico proposto nesse documento, o objetivo profícuo da Educação Física sempre 
foi e continua sendo o movimento humano. O que se observa, atualmente, com 
maior destaque é que a Educação Física vem buscando continuamente relacionar 
mais incisivamente o movimento com as outras áreas do conhecimento. 
Nas concepções de Silva (2005), as questões culturais influenciam e muito as 
características da Educação Física e ainda, a ideia de corpo que cada indivíduo 
detém. É possível depreender ao longo do percurso histórico pelo qual passou a 
Educação Física, sobretudo a partir da década de 1980, que essa prática 
ultrapassou o domínio dos espaços extraescolares, alcançando clubes, academias, 
entre outros. Nesse sentido, a Educação Física nos tempos atuais é entendida como 
um processo educacional que utiliza dos meios físicos para contribuir com os 
indivíduos na conquista de competências, habilidades e bem-estar físico, emocional, 
afetivo, social, dentre outros. 
O que é possível pontuar nas práticas atuais é que através da estruturação 
pedagógica de atividades físicas, obtém-se o desenvolvimento global do indivíduo; 
ou seja, uma prática baseada no modelo desenvolvimentista. Tal modelo deação 
pedagógica que objetiva proporcionar às crianças oportunidades que as permitem 
um amplo desenvolvimento no que se refere ao aspecto motor, de forma que mais 
ou menos aos 12 anos seja possível apreender uma gama diversificada das 
habilidades físicas básicas. 
 
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Nos estudos de Darido (2008), torna-se depreender em relação à abordagem 
desenvolvimentista, a seguinte concepção: 
 
Para a abordagem desenvolvimentista, a Educação Física deve 
proporcionar ao aluno condições para que seu comportamento motor seja 
desenvolvido através da interação entre o aumento da diversificação e a 
complexidade dos movimentos. Assim, o principal objetivo da Educação 
Física é oferecer experiências de movimento adequadas ao nível de 
crescimento e desenvolvimento do indivíduo, a fim de que a aprendizagem 
das habilidades motoras seja alcançada. A criança deve aprender a se 
movimentar para se adaptar às demandas e exigências do cotidiano em 
termos de desafios motores (Disponível em 
http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/41548/1/01d19t02.p
df) 
 
Nessa perspectiva, tal modelo sugere a aquisição de habilidades motoras e, 
consequente aprimoramento das mesmas; além, obviamente do bem-estar 
promovido pela conquista da aptidão física. Todo esse conjunto de aprendizagens 
possibilita aos praticantes mudanças de comportamento configurado por meio de 
atitudes positivas no cotidiano de todos. Ademais, os benefícios promovidos pela 
Educação Física são abrangentes e alcançam outras dimensões do 
desenvolvimento humano. 
Tal característica própria ora apresentada dessa área do conhecimento 
requer uma formação criteriosa dos seus profissionais, os quais têm a opção dos 
cursos de Bacharelado, Licenciatura ou ambos, conforme a área de atuação. Dessa 
maneira, o licenciado poderá atuar somente como professor no ensino fundamental 
e médio, conforme regulamentação encontrada na Lei nº 9.394/96; ou realizar 
pesquisas na área científica. Para tanto, o aluno da licenciatura deve se situar 
durante a graduação como funcionam as práticas escolares. 
Já o bacharel tem um campo de atuação mais diversificado, possuindo a 
regulamentação também legitimada em lei já descrita anteriormente, para atuar em 
clubes, academias, centros de treinamentos com as mais variadas modalidades 
esportivas, ginásticas, rítmicas, entre outras. 
Essa possibilidade distinta de formação acadêmica permitida surgiu para 
ampliar o entendimento das questões inerentes da Educação Física, bem como do 
seu principal objeto de estudo: o corpo. Nesse sentido, essa área do conhecimento 
deve ocupar lugar de destaque nos diversos meios específicos de atuação, a fim de 
 
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eliminar efetivamente conceitos simplistas e contrários que acreditam ser 
responsabilidade da Educação Física apenas a dimensão física dos alunos. O 
entendimento de movimento vai muito mais além do deslocamento de ossos e 
músculos em determinado espaço. Ele significa e ressignifica o ser e estar do sujeito 
no mundo. Desvenda a identidade, a cultura, as emoções e pensamentos 
vivenciados pelo indivíduo. 
Em relação à corporeidade, é importante destacar que esse termo, segundo a 
maioria dos autores, constitui um dos componentes fundamentais na relação do 
corpo com as emoções, sentimentos, desejos, manifestados nas mais diversificadas 
formas de movimentos e expressões. 
A expressão cultura corporal de movimentos, muito em destaque no 
momento, abarca todas as formas de movimento humano sob a responsabilidade de 
execução da Educação Física Escolar implementada através de uma ação 
pedagógica, tendo como principal instrumento de trabalho, o corpo, suas relações 
motoras esportivas, lúdicas, ginásticas, rítmicas, entre outros. 
É considerada atividade física a grande maioria das ações musculares 
realizadas na direção de um objetivo, ou não, e que exigem gasto energético. 
Obviamente, há uma diferença entre essas e aquelas que interessam o universo da 
prática da Educação Física. No que diz respeito aos exercícios físicos, resta claro, 
relacioná-los às sequências previamente planejadas, de forma sistemática, com fins 
de melhoria da aptidão física e do rendimento. 
Faz-se necessário também atentar para o termo comumente utilizado no 
campo da Educação Física que é qualidade física ou capacidade física. A literatura 
específica adota ora um, ora outro, conforme diferentes concepções. Porém, ambos 
relacionam-se como características de um organismo, possíveis de serem treinadas 
e capazes de sofrerem adaptações conforme o estímulo permitido pelo exercício 
físico. 
O termo esporte alcançou evidência na metade do século XX quando o termo 
esportivização foi incorporado pela Educação Física. É sabido que constitui um 
conjunto de atividades físicas que exige qualidades físicas específicas, como: força, 
ritmo, velocidade, destreza, precisão, entre outras. Com o propósito de se alcançar 
um objetivo específico. Os esportes são regidos por um conjunto de regras 
 
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definidas, podendo ser competitivos ou não. Na prática de todo e qualquer esporte, o 
treinamento é realizado para favorecer o uso do corpo como um todo, de forma mais 
habilidosa possível. No caso das competições oficiais, as regras são estabelecidas 
por órgãos de natureza esportiva, locais, nacionais e internacionais, sendo os 
últimos responsáveis por atualizá-las e/ou adaptá-las conforme a necessidade 
técnica, social, política, dentre outras. São devidamente registrados também em 
competições oficiais, os recordes coletivos e individuais, a título de arquivos 
históricos. 
 
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UNIDADE 8 – JOGOS OLÍMPICOS DA ERA MODERNA: 
INFORMAÇÕES BÁSICAS 
 
Conforme já apontado anteriormente, respaldado nos autores citados, a 
história dos Jogos Olímpicos é oriunda de muitos séculos antes de Cristo e foram 
idealizados pelos gregos da Grécia Antiga. Todavia, os Jogos Olímpicos da Era 
Moderna foram resgatados por um francês denominado Charles Pierre de Fredy, 
considerado idealizador da Olimpíada Moderna. De acordo com registros históricos, 
tal situação foi suscitada pelo ideal de educação através do esporte propagado por 
Coubertin, com o objetivo de aproximar os povos e disseminar a paz. 
Assim, em 6 de abril de 1896, iniciava em Atenas, na Grécia, após longo 
período de interrupção depois de serem proibidos pelo Imperador Teodósio I e 
considerados como festas pagãs, a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era 
Moderna. Desde essa primeira edição, usa-se a tradicional frase: “Declaro abertoos 
Jogos Olimpícos de....”, e competiram aí 285 atletas de 13 países, nas provas de 
atletismo, ciclismo, luta, esgrima, ginástica, halterofilismo, natação e tênis. 
Daí em diante, essa competição evoluiu consideravelmente e é realizada de 4 
em 4 anos, tornando-se o grande ícone esportivo do planeta. Reúne atletas em 
competições de verão e de inverno (alternando de 2 em 2 anos), nas quais milhares 
de atletas participam de várias disputas. Também são realizados os Jogos 
Paralímpicos, destinados a atletas portadores de alguns tipos de deficiências. 
Atualmente, os Jogos Olímpicos são regidos pela Carta Olímpica, a qual 
constitui um conjunto de códigos e princípios fundamentais que orientam a 
realização dos mesmos. De natureza dinâmica, contêm protocolos, anuários, regras, 
entre outros, incorporando, sempre que, necessário, alterações e correções com o 
fito de estabelecer as condições ideais para a realização desse grande evento. 
Configura-se, nesse sentido, o Movimento Olímpico, atualmente composto por 
federações esportivas, comitês olímpicos nacionais e demais comissões 
organizadoras. Todos orientados pelo COI – Comitê Olímpico Internacional –, órgão 
de função normativa e deliberativa responsável, dentre outros, por escolher a cidade 
anfitriã de cada edição. 
Em função das adequações permitidas pelo COI, a fim de atender as 
crescentes mudanças econômicas, políticas e realidades tecnológicas do século XX, 
 
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os Jogos Olímpicos se distanciaram do verdadeiro amadorismo, da forma como 
idealizado por Coubertin, para possibilitar o envolvimento de atletas profissionais. A 
grande influência dos meios de comunicação devido aos interesses econômicos 
gerou a questão do patrocínio corporativo e a comercialização dos Jogos. 
Constitui também tarefa do COI, a definição do programa olímpico, ou seja, as 
modalidades esportivas a serem disputadas a cada edição dos jogos. A celebração 
dessa competição que envolve atualmente mais de 13 mil atletas em dezenas de 
modalidades esportivas, é regida por símbolos que perpetuam ao longo dos tempos, 
como destacados a seguir: 
Bandeira Olímpica – idealizada por Courbertin em 1914, possui um fundo 
branco com cinco anéis entrelaçados e coloridos (azul, preto, vermelho, amarelo e 
verde), representando a união dos povos dos cinco continentes em torno do ideal 
olímpico. 
Tocha Olímpica: representa o ponto de ligação entre os Jogos Olímpicos da 
Antiguidade e os Jogos da Era Moderna. Nesse sentido, o fogo de natureza sagrada 
traz o significado de purificação convocando os países do mundo inteiro a celebrá-
los em paz. Desde 1936, existe o revezamento que consiste em levar a tocha 
olímpica de Atenas até a sede dos Jogos, iniciando sempre com um corredor grego. 
Sempre que possível, o percurso deve ser feito por terra com a participação de 
corredores dos países pelos quais a tocha vai sendo passada, de mão em mão. O 
último é o que acende a pira olímpica no momento da cerimônia de abertura, deve 
ser um atleta do país organizador. 
A tocha olímpica permanece acesa em uma pira, no Estádio Olímpico, 
durante toda competição e é apagada ao final da cerimônia de encerramento. Em 
cada edição de uma Olimpíada, a cidade-sede cria desenhos e formas para a sua 
própria tocha, considerada as suas características culturais. 
O Lema Olímpico: consiste em uma frase latina, criada pelo padre Henri 
Martin, grande amigo de Pierre de Fredy, contendo as seguintes expressões gregas: 
“Citius, Altius, Fortius”, as quais significam: “O Mais Rápido, O Mais Alto, O Mais 
Forte”. Tais expressões foram utilizadas desde sempre para qualificar os atributos 
atléticos. 
 
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A Mascote Olímpica: representa elemento figurativo utilizado como 
embaixador e mensageiro da amizade. Foi adotada pela primeira vez nos Jogos 
Olímpicos de Inverno de 1968, em Grenoble, na França e personificam as 
características culturais, históricas, ambientais, entre outras, da cidade-sede. A cada 
edição de uma Olimpíada é criada sempre muitas expectativas a despeito da nova 
mascote. 
Existem outros símbolos olímpicos, como a leitura do Juramento Olímpico 
desde os Jogos da Antuérpia, em 1920, e o Hino idealizado na primeira edição dos 
Jogos Olímpicos da Era Moderna e adotado pelo COI, em 1958. Tal hino é 
executado durante o hasteamento da Bandeira Olímpica. 
Todas as delegações inscritas nos Jogos Olímpicos são obrigadas a participar 
do desfile de abertura e ter pelo menos um representante na cerimônia de 
encerramento. A primeira delegação a desfilar é sempre a da Grécia, seguindo-se a 
do país-sede e as demais, por ordem alfabética. 
Atualmente, os números de participantes direta e indiretamente dos jogos 
olímpicos tem crescido consideravelmente. E igualmente a isso, os desafios 
estruturais, políticos e sociais para a realização, são cada vez maiores. A cada 
edição desse grandioso evento esportivo, crescem as chances de inúmeros atletas 
conquistarem fama internacional, por meio de resultados e/ou recordes olímpicos. 
Os Jogos Olímpicos configuram possibilidades valiosas para a cidade e o país que 
sediam mostrarem-se para o mundo. 
Os Jogos Paralímpicos inicialmente foram realizados através de festivais 
esportivos anuais com fins terapêuticos, sendo o ano de 1948, o marco desse 
evento, com o objetivo de promover a reabilitação dos soldados após a Segunda 
Guerra Mundial. Mantiveram esse formato até 1960, quando nos Jogos Olímpicos de 
Roma 400 atletas participaram de uma competição paralela, ficando conhecida 
como a I Paralimpíada. Desde então, passaram ser realizados a cada ano olímpico. 
Ficou acordado em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seul, na Coreia do Sul, que a 
cidade-sede de uma Olimpíada também seria responsável pela realização imediata, 
das Paralimpíadas. 
A primeira participação do Brasil em Jogos aconteceu em 1920, nos Jogos 
Olímpicos da Antuérpia, na Bélgica. Devido à crise econômica que atravessa, o 
 
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Brasil não dispôs de recursos para custear as despesas de uma delegação que 
pudesse representá-lo nos Jogos Olímpicos de 1928 em Amsterdã, na Holanda, 
sendo a única vez que esteve ausente de uma olimpíada. Desde então, esteve 
presente em todas as outras edições dos Jogos Olímpicos de Verão. 
No que se refere aos Jogos Olímpicos de Inverno, o Brasil estreou em 1992, 
em Albertville, na França. Em suma, podem-se totalizar as participações do Brasil 
em Jogos Olímpicos em 30 edições no transcurso de sua história. Nesse sentido, 
são as seguintes: 
- 22 participações nos Jogos Olímpicos de Verão; 
- 06 participações nos Jogos Olímpicos de Inverno; 
- 01 participação nos Jogos Olímpicos da Juventude de Verão; 
- 01 participação nos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno. 
A primeira medalha de ouro conquistada por um atleta brasileiro coincidiu 
exatamente com a primeira participação do Brasil em

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