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SUMÁRIO UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ....................................................................................... 3 UNIDADE 2 - PERCURSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA .............................. 4 2.1- ATIVIDADES FÍSICAS DO HOMEM PRÉ-HISTÓRICO .......................................................... 5 2.2- A EDUCAÇÃO FÍSICA NOS SISTEMAS EDUCACIONAIS DOS POVOS DO EXTREMO ORIENTE . 5 2.2.1- AS ATIVIDADES FÍSICAS ENTRE OS CHINESES ............................................................ 5 2.2.2- AS ATIVIDADES FÍSICAS ENTRE OS HINDUS ................................................................ 6 2.2.3- AS ATIVIDADES FÍSICAS ENTRE OS JAPONESES .......................................................... 6 2.3- A EDUCAÇÃO FÍSICA NOS SISTEMAS EDUCACIONAIS DOS POVOS DO ORIENTE PRÓXIMO .. 7 2.3.1- O EGITO ............................................................................................................... 7 2.3.2 - ASSÍRIOS E CALDEUS ............................................................................................ 7 2.3.3- HEBREUS .............................................................................................................. 7 2.3.4- MEDAS E PERSAS .................................................................................................. 7 2.3.5- FENÍCIOS E INSULARES ........................................................................................... 8 2.4- A EDUCAÇÃO FÍSICA NA GRÉCIA ANTIGA .................................................................... 8 2.4.1- OS GRANDES JOGOS .............................................................................................. 8 2.4.2- PRINCIPAIS PROVAS PRATICADAS PELOS GREGOS ..................................................... 9 2.5- A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ROMA ANTIGA ..................................................................... 10 2.5.1- LOCAIS PARA A PRÁTICA DESPORTIVA EM ROMA ..................................................... 11 2.6- A EDUCAÇÃO FÍSICA NA IDADE MÉDIA ...................................................................... 11 2.7- A EDUCAÇÃO FÍSICA NO RENASCIMENTO .................................................................. 12 2.8- A EDUCAÇÃO FÍSICA E O ILUMINISMO ........................................................................ 12 2.9- A EDUCAÇÃO FÍSICA NA IDADE CONTEMPORÂNEA ..................................................... 12 UNIDADE 3 – O APARECIMENTO DOS PRIMEIROS MÉTODOS REGULARES .... 14 3.1- MÉTODO DE HEBERT ............................................................................................... 14 3.2- MÉTODO FRANCÊS ................................................................................................. 14 3.3- MÉTODO CALISTÊNICO ............................................................................................ 15 3.4- EDUCAÇÃO DESPORTIVA ......................................................................................... 15 3.5- MÉTODO DE AMOROS .............................................................................................. 16 3.6- MÉTODO CULTURISTA ............................................................................................. 17 UNIDADE 4 – EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL ....................................................... 18 4.1- BRASIL COLÔNIA ..................................................................................................... 18 4.2- BRASIL IMPÉRIO ...................................................................................................... 18 Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2 UNIDADE 5 - EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL: O INÍCIO DAS CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS ......................................................................................................... 21 UNIDADE 6 – EDUCAÇÃO FÍSICA: DA PRÁTICA PEDAGÓGICA À REGULAMENTAÇÃO ................................................................................................ 25 UNIDADE 7 – CONCEITOS BÁSICOS E ATUAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ............ 28 UNIDADE 8 – JOGOS OLÍMPICOS DA ERA MODERNA: INFORMAÇÕES BÁSICAS .................................................................................................................... 32 UNIDADE 9 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 36 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 37 Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 3 UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A Educação Física, no âmbito escolar e em outros espaços formais de prática, vem mudando, ao longo do tempo, de acordo com os princípios éticos da sociedade e os projetos políticos-pedagógicos construídos em sua época. Assim, o que chamamos hoje de Educação Física passa, necessariamente, pela reflexão sobre o processo de constituição como componente curricular da história da escola moderna. Inicialmente denominada Gymnástica, sua inserção como componente curricular foi motivada por um conjunto de fatores condicionados pela emergência de uma nova ordem social na Europa dos séculos XVIII e XIX, fundamentada, especialmente, nos conhecimentos da Medicina e na necessidade de constituição do Estado Nacional. O ideário de civilidade exigia uma nova forma de lidar com o corpo e conceber a vida, pautada na conquista individual do organismo sadio e da vontade disciplinada (SOARES, 2001). De acordo com Bracht (1999), a ciência moderna destacou a importância do movimento como forma de promoção da saúde. Segundo ainda esse autor, o corpo passou a ser entendido como uma estrutura mecânica passível de ser conhecido no seu funcionamento, mas também controlado e aperfeiçoado. O autor supracitado destaca ainda que, desde então, com esse objetivo, no século XIX, a Educação Física foi incorporada nos currículos da grande maioria das escolas, principalmente das brasileiras, na forma de exercícios ginásticos, esgrima e evoluções militares. Nesse sentido, tal prática foi motivada pela ideia de que seria capaz de higienizar, disciplinar e corrigir os corpos das crianças que frequentavam as escolas com objetivos ortopédicos consolidando uma nova ordem escolar. Desde então, a Educação Física vem participando de diferentes projetos educacionais, os quais ao longo do século XX foram sempre orientados por expectativas permeadas nas possibilidades de intervenções com finalidades de adaptar os corpos às necessidades sanitárias, morais, cívicas, produtivas, dentre outras. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 4 UNIDADE 2 - PERCURSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA A história da Educação Física tem por fim a narração verídica dos fatos relacionados com a origem do trabalho físico e com a maneira pela qual se processou sua evolução, metodização e regulamentação. Dessa maneira, a trajetória histórica deste componente curricular está atrelada à história geral propriamente dita, nos seus aspectospolíticos, econômicos, militares e sociais. No que se refere às relações das grandes divisões da História com a Educação Física, Almeida (1995) adverte que os exercícios físicos evoluíram em períodos distintos, obedecendo a influências mesológicas, políticas e culturais. Ainda segundo esse autor, é possível distinguir cinco fases na evolução da Educação Física, as quais permitem dividir a história em cinco períodos relacionados com os grandes acontecimentos históricos, conforme destacados a seguir: 1º- Período Pré-histórico antigo: tem início com o aparecimento do homem sobre a terra, sendo os agrupamentos humanos mais expressivos os chineses, egípcios, persas, hindus e mesopotâmicos. É a chamada Antiguidade Oriental. 2º- Período Clássico: é aquele em que a história da Educação Física assume mais precisão, em face de um conhecimento melhor das condições das civilizações que o caracterizam. Inicia-se com a Grécia, e vai até o Império Romano do Ocidente. 3º- Período Medieval: abrange a Idade Média, desde o Império Bisantino de Justiniano, até o século XIV. É o período obscuro da Educação Física. 4º- Período Renascimento: marca o aparecimento dos grandes precursores da Educação Física. 5º- Período Contemporâneo: principia com a crítica feita ao Método Sueco prolongando-se aos dias atuais. É o mais rico em informações e de maior interesse para a atualidade físico-pedagógica. Adiante serão apresentadas mais informações a despeito de cada um desses períodos, e como os mesmos relacionavam-se e ainda traz influências para a Educação Física. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 5 2.1- Atividades físicas do homem pré-histórico O período pré-histórico constituiu uma época com raríssimas documentações da prática da Educação Física e, portanto suscita um raciocínio um tanto quanto indutivo e dedutivo. De acordo com Almeida (1995), as atividades físicas do homem pré-histórico passam por alguns estágios elencados a seguir: a) Aspecto natural: inicialmente a atividade física do homem aparece sob o aspecto mais rudimentar, que é o natural (correr, saltar, lançar, dentre outros). b) Aspecto utilitário: a preocupação de abater a caça ou o inimigo ao primeiro golpe, de subir em árvores mais rapidamente, saltar maior distância, de transportar maior peso, levou-o a adestrar-se para realizar suas tarefas com maior rendimento. c) Aspecto guerreiro: o homem nesse período sentia a necessidade de defender através da força física, suas culturas, seus rebanhos, suas habitações e sua vida contra tribos nômades. Assim surgia, então, a finalidade guerreira da atividade física, com a prática das provas de arremessos e lançamentos. Além disso, a segurança e violência dos golpes de espada, a velocidade na corrida, a resistência nas marchas, o domínio das artes de nadar, navegar e montar, valorizavam-se extraordinariamente, mesmo em tempo de paz, pois era preciso estar preparado para a guerra. 2.2- A Educação Física nos sistemas educacionais dos povos do Extremo Oriente 2.2.1- As atividades físicas entre os chineses Nos estudos de Accioly (1984), é possível identificar registros que apontam as principais atividades físicas realizadas pelos chineses em diferentes épocas de sua história, como se pode observar: - luta – inicialmente, desporto militar que depois se popularizou, integrando às festas tradicionais; - tiro ao arco e danças – propagavam-se como forma de cerimônia; - jogos sociais – estavam eminentemente baseados na imitação dos animais; - esgrima de sabre – desporto militar que originou a dança de sabre; - tsu-chu – era o desporto chinês mais popular de todos; - caça – esporte que era privilégio dos elementos da corte; Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 6 - boxe – ocupou lugar dos mais importantes entre os chineses. As atividades físicas entraram em declínio na China, quando os filósofos começaram a incutir no povo uma filosofia de vida baseada na inação, a qual recomendava repouso e meditação como forma de obter sabedoria. Assim, os preceitos budistas introduzidos na China, por volta do ano 155 a. C. incluía um programa diário de meditação religiosa. Tais hábitos de meditação incorporados pela cultura chinesa dessa época, tornou a população sedentária e contrária à atividade física, perdurando ainda por muitos séculos. 2.2.2- As atividades físicas entre os hindus Os hindus se consagravam à realização de exercícios corporais e práticas higiênicas. Os exercícios físicos realizados possuíam características extremamente fisiológicas. Dentre as atividades físicas praticadas pelos hindus, segundo Almeida (1995), as mais difundidas foram as corridas, a equitação, a caça, a natação, o boxe e a luta. 2.2.3- As atividades físicas entre os japoneses Entre as atividades físicas praticadas pelos japoneses ainda no período dos anos a.C. destacam-se a natação, a navegação e a pesca, todas com objetivos de suprirem as necessidades do povo. A ginástica propagou-se principalmente no período feudal, caracterizando-se por exercícios sem aparelhos, de flexibilização, de destreza, entre outros. A marcha, a corrida, o salto, e os exercícios de equilíbrio obtiveram grande desenvolvimento nessa época. O jiu-jitsu alcançou grande êxito, aperfeiçoando-se como um sistema verdadeiramente nacional de cultura física. Inicialmente, estava reservado aos samurais tornando-os invencíveis nas lutas, corpo a corpo. Outros tipos de luta, advindos da China e da Índia também se desenvolveram no Japão. O jiu-jitsu, contudo, é a arte de defesa pessoal que se conserva tradicionalmente até os dias de hoje. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 7 2.3- A Educação Física nos sistemas educacionais dos povos do Oriente Próximo 2.3.1- O Egito A história do Egito teve origem na Ásia com início a quase quarenta séculos a. C.. Pelas pinturas e desenhos encontrados nas paredes das tumbas, as atividades físicas dos egípcios foram as mais diversas possíveis. Dentre as mais populares, é possível destacar: a corrida, o salto, a luta, os arremessos, a esgrima,o boxe, a natação, o remo, as corridas de carro, arco e flecha, danças e os exercícios ginásticos. 2.3.2 - Assírios e Caldeus Como todos os povos antigos, os assírios e caldeus viviam sob o terror dos deuses e o domínio absoluto de reis divinizados; eram essencialmente guerreiros e caçadores. Pelas condições de sua própria vida, tais povos cultivavam exageradamente a força física, a destreza, a resistência, entregando-se às mais variadas atividades. As longas marchas, as rápidas corridas, o manejo do arco e flecha, o arremesso da lança, as lutas, a equitação e a canoagem, constituíram-se os exercícios indispensáveis à formação física desses povos. 2.3.3- Hebreus Embora não possuíssem exército, nem fossem de natureza bélica, os hebreus sabiam usar as armas e lutavam quando eram hostilizados. Esses povos manejavam, comdestreza, o arco e a flecha, arremessavam com precisão a lança, usavam muito bem a espada, e usavam gritos ensurdecedores antes de atacar, quer para elevar a própria moral ou para atemorizar os seus adversários. 2.3.4- Medas e Persas Esses povos, de acordo com os historiadores, eram exímios montadores de cavalos, atiravam com o arco, eram obrigados a guardar a cidade e a caçar e, em sua grande maioria, eram constituídos de homens altos, delgados, dotados de grande força física, dinâmica e cultivavam a honradez da palavra dada. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 8 2.3.5- Fenícios e Insulares Dentre as principais atividades físicas convém citar: a navegação, a equitação, o manejo do arco e flecha, o arremesso de lanças, a caça e a luta. Eram também adeptos dos exercícios de força e velocidade, da corrida a pé, do boxe e, sobretudo, das touradas. 2.4- A Educação Física na Grécia Antiga Os locais onde se praticava a cultura física, na Grécia, eram: Ginásio, Palestra, Estádio e Efebia. A Grécia dava o nome de ginásio ao conjunto de lugares especialmente destinados à educação da mocidade e aos exercícios que a todos os bons cidadãos se impunham, como dever para com eles e para com a pátria. Os ginásios primitivos consistiam em simples pistas de corridas a pé, de lançamentos e áreas arenosas para os exercícios corporais. Esses locais, em geral, eram à margem de rios e juntos aos bosques e todos de propriedade do Estado. As palestras eram locais de dimensões restritas, com piso de saibro, providas de banheiros e compartimentos para fricções, lutas, duchas, banhos quentes. Eram de um modo geral de propriedade particular. À palestra e ao ginásio, ajuntava-se o estádio, geralmente perpendicular a ambos, com pistas cobertas, destinando-se às competições esportivas. Na Grécia, quase todas as cidades possuíam seu ginásio, sendo que os principais eram o de Atenas, Olímpia, Delfos, Éfeso, Nemeia e Corinto. 2.4.1- Os grandes jogos Na Grécia Antiga eram disputados vários tipos de jogos com os mais diversos fins. Conforme registros históricos, pode-se destacar os seguintes: - jogos Fúnebres; - jogos Gregos; - jogos Olímpicos; - jogos Píticos; - jogos Nemeus; - jogos Ísticos. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 9 Dentre estes, vale ressaltar os Jogos Olímpicos, os quais deram origem a esse grande evento esportivo da atualidade e tiveram dois grandes momentos na história dos mesmos. Na Grécia Antiga, os Jogos Olímpicos já eram celebrados de 4 em 4 anos, em Olímpia e disputados em honra de Júpiter. É incontestável o grau de adiantamento e esplendor que a Educação Física atingiu nesse período. Havia na Grécia Antiga, a crença de que o grego ao se tornar um atleta era comparado a semideuses e, portanto, todos se dedicavam à prática da Educação Física, a fim de buscar o aperfeiçoamento físico e, consequentemente, o desenvolvimento intelectual e moral. As provas a que em Olímpia se concediam prêmios eram: a corrida a pé, o salto, o disco, o dardo e a luta, o pugilato, o pancrácio, a corrida armada, a corrida de carros e a corrida de cavalos. Após um largo período de decadência, em 394 d. C., foram os Jogos Olímpicos suprimidos, por ordem de Teodósio, o Grande, imperador romano. 2.4.2- Principais provas praticadas pelos gregos Corridas: era o mais popular, natural e antigo desporto praticado pelos gregos. O estádio era a corrida de velocidade, de 192 metros. O diaulo era a corrida em que o concorrente corria duas vezes a extensão do estádio. A hípica consistia em uma corrida de 740 metros em um percurso semelhante ao usado nas corridas de cavalo. A délica era corrida de fundo com distância de 4.440 metros. Hipólito: era uma corrida na qual o corredor corria armado. O percurso era dentro da arena, e a corrida representava uma exaltação do valor guerreiro do grego. Corridas de carro: prova de aristocracia, uma das causas do aparecimento do atleta profissional, que ao vencer a prova dava o prêmio ao seu senhor. Corridas de cavalo: eram de duas espécies e realizadas em hipódromos: ou o cavaleiro montava sem sela ou sobre uma simples manta. Se o cavaleiro caísse, e o cavalo chegasse em primeiro lugar, assim mesmo era considerado vencedor. Saltos: o povo grego conhecia os saltos em altura, em extensão, em profundidade e o salto em extensão com o auxílio de uma vara. Arremesso do dardo: no princípio, nada mais era do que o arremesso de uma lança usada quer como arma de guerra, quer como arma de caça. Era Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 10 empregada a pé ou a cavalo, como arma de choque ou de arremesso. Inicialmente, os arremessos foram feitos em precisão, mais tarde em alcance e, finalmente, em distância e ao alvo. Primeiramente, os arremessos eram feitos com dardo de guerra, e, posteriormente, por questões de segurança, foi substituído por outro de madeira com ponta de metal. Arremesso do disco: teve início com o arremesso de um pequeno escudo. Nas Olimpíadas, o arremesso era feito de uma plataforma inclinada, sendo sua técnica idêntica a dos dias atuais. Lutas: a mais comum era a luta vertical, em pé, vencendo aquele que derrubasse o outro. Havia também a luta horizontal, em que vencia o que o colocasse as espáduas do outro contra o solo, por determinado espaço de tempo. Pugilato era a luta com os punhos, pois utilizavam-se luvas de couros com pontas de ferro denominadas cestos. Pancrácio: era a luta livre, combinada com o pugilato, mas praticada sem o cesto. Era uma luta de muito prestígio entre os gregos e configurava um verdadeiro “vale tudo”. Pentatlo: Foi a prova olímpica mais importante, reunindo as seguintes provas: corrida, arremesso de disco, salto em distância, arremesso de dardo e luta. Todas as provas eram eliminatórias, de modo que só chegassem à final dois atletas que disputavam a vitória. 2.5- A Educação Física na Roma Antiga Na Roma Antiga, no período ante-Grécia, os exercícios físicos eram praticados no Campo de Marte, local de treinamentos próximo aos grandes monumentos. Nesses, praticavam-se corridas, saltos, transportes de fardos, arremessos de dardo, com caráter militar, lutas, esgrima, exercícios equestres, natação no rio Tibre, hidroterapia e massagem. No período pós-Grécia, praticavam-se a Esferomaquia, a qual era jogada com uma bola em quatro modalidades: Choli, Trigon, Pagani e Harpastum, semelhante ao nosso futebol. Também o Quinquertium, originário do pentatlo, constava das mesmas provas: corrida, salto, arremesso de disco, de dardo e luta. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 11 Baseadosnos Jogos Olímpicos, os romanos criaram os Jogos Augustus – realizados anualmente; os Jogos Acciacos e os Jogos Capitolinos, ambos realizados de 5 em 5 anos. 2.5.1- Locais para a prática desportiva em Roma Circo: com arquibancadas enormes e luxuosas, era uma imitação do hipódromo dos gregos. Nele se realizavam as provas hípicas e as competições atléticas. Em Roma, os circos foram numerosos e nesses as corridas de carros faziam as delícias dos expectadores. Os carros denominavam-se bigas, trigas ou quadrigas, conforme fossem puxados por dois, três ou quatro animais. Anfiteatro: o anfiteatro, espetacular obra da arquitetura romana, diferenciava- se do circo, pela sua finalidade, pela sua forma e disposição interna, mas a ele nivelava-se na pompa, na majestade e na capacidade de público. Possuía como peça principal uma arena circular ou elíptica, circundada por maciça arquitetura, onde se desenrolavam os combates de gladiadores, de feras e os sacrifícios. Estádio: construído nos moldes dos existentes na Grécia. Era destinado às competições e lutas atléticas. Neles, diversas vezes, eram efetuados concursos de ginástica, canto, música, poesia e eloquência. Termas: eram locais próprios para banhos quentes, duchas, massagens, fricções e banhos a vapor. Possuíam piscinas, onde o sexo feminino se fazia representar. Os desportos mais praticados em Roma eram: esferomaquia, corrida de carros, corrida a cavalo, luta de gladiadores, atletismo, naumaquia, competições navais e luta entre embarcações. 2.6- A Educação Física na Idade Média Nesse período da história, observou-se segundo os historiadores, maior predomínio da destreza da equitação e do manejo das armas. Nos pátios castelhanos e nos campos vizinhos, os jovens praticavam o arremesso de lanças, o manejo da espada e da maçã. Além disso, praticavam também corridas e domação de potros bravios. Os meninos maiores e os jovens divertiam-se ao ar livre, com cerca de 220 variedades de jogos. Aprendiam também, de acordo com Callois Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 12 (1990), a dançar e a cantar nos dias chuvosos e jogavam xadrez e dama junto ao fogo. Os grandes desportos da Idade Média, além da caça às feras e caça por meio do falcão, foram os Torneios e a Justa, ambos com o objetivo de adquirir a nobreza através da aptidão e da força física. Os Torneios eram combates em forma de festas, porém violentos e sangrentos. As justas configuravam combates entre dois cavaleiros que se arremetiam, lançavam-se em riste como propósito de derrubar o adversário do cavalo. 2.7- A Educação Física no Renascimento Observa-se, dentro das concepções de Almeida (1995), que como o homem sempre demonstrou interesse em seu próprio corpo, nesse período da história mais uma vez a cultura física, bem como a arte, a música, a ciência e a literatura obtiveram grande esplendor. Nesse sentido, a beleza do corpo, que anteriormente sugestionava atitude pecaminosa, é novamente explorada pelos grandes artistas da época. É desse período, inclusive, o grande avanço dos estudos anatômicos, como a dissecação de cadáveres humanos. 2.8- A Educação Física e o Iluminismo Nesse movimento contra o abuso do poder no campo social ocorrido no século XVII, observam-se várias influências dos pensadores e estudiosos da época em relação à prática de Educação Física. Rousseau contribuiu com as propostas da Educação Física para as crianças da educação infantil, já que de acordo com esse filósofo, a energia obtida do corpo a partir do movimento era essencial ao ato de pensar. Da mesma maneira, Pestalozzi contribuiu nesse período com a prática da atividade física ao instituir a escola primária popular, sempre enfatizando a execução correta dos exercícios físicos. 2.9- A Educação Física na Idade Contemporânea A ginástica localizada observada nos dias atuais alcança grande desenvolvimento na Idade Contemporânea. Nessa perspectiva, quatro grandes Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 13 escolas possuem grande responsabilidade, por isso, e são as seguintes: a alemã, a nórdica, a francesa e a inglesa. A escola alemã teve como grande destaque Johann Cristoph Friederick Guts Muths, o qual foi considerado o precursor da ginástica pedagógica moderna. Em seguida, surgiu outro tipo de ginástica, a turnkunst, criada por Friederick Ludwig Jahn (1788 – 1825), cujo fundamento principal era o desenvolvimento da força e contrapunha as questões pedagógicas propostas pelas escolas da época. Nessa época e a partir das concepções desse pensador surgiram: a barra fixa, as barras paralelas, dentre outros, possibilitando o surgimento da Ginástica Artística. Dando prosseguimento aos fatos ocorridos nesse período da história, os interesses da escola voltaram a ser defendidos com Adolph Spiess (1810-1858) introduzindo definitivamente a Educação Física nas escolas alemãs, sendo inclusive um dos pioneiros na defesa da ginástica feminina. A escola nórdica escreve a sua história através de Nachtegall (1777-1847) que fundou seu próprio instituto de ginástica (1799) e o Instituto Civil de Ginástica para formação de professores de Educação Física, em 1808. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 14 UNIDADE 3 – O APARECIMENTO DOS PRIMEIROS MÉTODOS REGULARES De acordo com Almeida (1995), os primeiros sistemas regulares da Educação Física detalhados a seguir, foram fundamentados em bases científicas com objetivos definidos e surgiram a partir da metade do século XVII, com Amoros, Ling e Basedow, propugnando uma importância muito grande à ginástica. Prosseguindo ainda nos estudos desse autor, é possível depreender que apareceram as grandes linhas doutrinárias que até nos dias atuais, influenciados pelos Desportos, efetuam uma integração de processos de trabalho e de princípios. 3.1- Método de Hebert Também denominado Método Natural, foi idealizado e organizado por Georges Hebert. Viajando por regiões pouco civilizadas, pôde esse notável educador observar os indígenas, que desfrutavam de excelente saúde e alto grau de robustez. Estudando as civilizações primitivas, verificou que a vida ao ar livre, em contato com a natureza, dava ao homem perfeitas condições físicas, em face de suas constantes atividades, na luta pela sobrevivência. Também os animais, machos e fêmeas, foram por ele observados, notando uma perfeita igualdade de condições nos seus esforços físicos. Baseado nos fatos expostos, que se caracterizavam pela volta à natureza, criou Hebert, de acordo com as condições de vida social moderna, o seu sistema estático, higiênico e cheio de utilitarismo. Os tipos de exercícios propostos por esse método são os seguintes: marchar, correr, saltar, quadrupedar, trepar, equilibrar, levantar e transportar, lançar, defender-se e nadar. 3.2- Método Francês Originou-se na escola de Joinville-le-Pont, fundada em 1852. Introduzido no Brasil, foi muito difundido, emtodo o território nacional. Para alcançar os seus objetivos, esse método propõe sete formas de trabalho: jogos, flexões, exercícios educativos, exercícios mímicos, aplicações, desportos individuais e desportos coletivos. Adota também, quatro regras a serem seguidas para a realização do Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 15 trabalho: grupamento dos indivíduos, adaptação do exercício, atração do exercício e verificação periódica. No que se refere ao planejamento pedagógico, a prática da Educação Física é dividida em três etapas: sessão preparatória, lição propriamente dita e volta à calma. A primeira parte proposta por esse método compreendia os exercícios de evoluções, flexões de braços, pernas, tronco, combinados, assimétricos e de tórax. A segunda comporta exercícios naturais: marchar, escalar, equilibrar, saltar, levantar e transportar, correr, lançar e atacar e defender-se. Por fim, a volta à calma, compreendendo exercícios de fraca intensidade: marcha lenta, com exercícios respiratórios, marcha com canto ou assovio e alguns exercícios de ordem. 3.3- Método Calistênico Dentro das concepções de Almeida (1995), o conceito moderno situa calistenia como um sistema de ginástica, praticado com aparelhos leves ou à mão livre, destinado a contrapor os efeitos da vida sedentária. Foi utilizado inicialmente, em 1785, em recintos fechados, na Europa. Em 1931, passou a ser utilizado nos Estados Unidos e na América do Sul através da Associação Cristã de Moços, com a prática dos seguintes exercícios: preliminares de braços e pernas, exercícios póstero-superiores do tronco, exercícios estafantes e exercícios calmantes. 3.4- Educação Desportiva Esse método constitui atualmente, o ponto mais expressivo de influência da escola francesa. Procura substituir o exercício realizado por obrigação, pelo efetuado por prazer ou necessidade salutar. A Educação Física baseada nessa proposta pedagógica compõe-se das seguintes etapas: • iniciação Desportiva – generalizada ou especializada; • treinamento Desportivo – generalizado ou especializado. Utilizam-se exercícios configurados em seis classes: naturais e jogos, preparatórios ou de formação corporal desportos coletivos, desportivos individuais, desportos de combate e desportos ao ar livre ou de exterior. A prática desses exercícios físicos é ainda assim subdividida: • exercícios de aquecimento (efeitos higiênicos); Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 16 • exercícios de flexibilidade e desenvolvimento muscular (efeitos morfológicos); • exercícios de agilidade e de energia (efeitos sobre o caráter); • exercícios desportivos, sob forma lúdica, tendo em vista um caráter de competição. Considerando que os movimentos espontâneos e naturais despertam prazer pela atividade física, procura esse método, através da proposta generalizada, livrar- se da concepção de uma única ginástica e de um único desporto de especialização prematura, realizando a unificação das duas atividades. 3.5- Método de Amoros Esse método, ponto de partida da sistematização da Educação Física na França, tinha por objetivo fazer homens completos, não somente fortes e rígidos, mas sobretudo, corajosos e audazes, possuindo um justo sentimento do bem, do dever e do devotamento. Visava ao desenvolvimento das qualidades físicas, o aumento da energia e a exaltação dos sentimentos elevados. Admitia três tipos de ginástica: civil, militar e médica. Utilizava uma gama enorme de exercícios, classificados em dezessete séries e dispunha de meios de verificação do treinamento. Esses exercícios ainda classificavam-se da seguinte maneira: • durante a lição – exercícios elementares com canto, marchas, corridas e saltos, exercícios de equilíbrio, transposição de obstáculos, lutas, lançamentos e natação, dentre outros; • fora da lição – tiro ao alvo, esgrima (a pé e a cavalo), equitação, danças, exercícios especiais para aumentar a resistência a dor (abandonados posteriormente). Foi uma método idealizado pelo educador espanhol, naturalizado francês, Francisco Amoros y Ondeano, o qual atuou entre os anos 1770-1848. Para a verificação dos resultados físicos de modo apropriado, Amoros estabeleceu dois tipos de fichas individuais: de informações gerais (dados psicológicos, morfológicos e fisiológicos), e de aproveitamento de treinamento (medidas de força). A sucessão e a alternância dos exercícios durante uma sessão de trabalho, assemelhavam-se ao atual Circuit-Training. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 17 3.6- Método Culturista Não configurava propriamente dito um método, já que sua finalidade principal era a cultura das qualidades físicas do elemento, procurando desenvolver o sistema muscular, por meio de exercícios analíticos, executados com resistência e utilizando, com frequência, halteres leves. Dentro das concepções de Bracht (1999), a oficialização da Educação Física nas práticas escolares entre os séculos XVIII e XIX, ocorreu sob grandes influências dos aspectos militar e médico. De acordo com esse autor, no que diz respeito ao caráter militar, observava-se o predomínio da prática através de exercícios sistematizados, esses eram ressignificados, numa perspectiva terapêutica e pedagógica, e subsidiados pelo aspecto médico. Assim, prosseguindo na ótica desse autor, a educação do corpo com fins produtivos torna-se sinônimo de saúde, a qual pressupõe hábitos saudáveis, higiênicos, com vistas ao serviço nacionalista e patriota. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 18 UNIDADE 4 – EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL A história da Educação Física no Brasil pode ser dividida igualmente a sua História Política, em três períodos: 1º Período: Brasil Colônia (1500 a 1822). 2º Período: Brasil Império (1822 a 1889). 3º Período: Brasil República (1889 até os dias atuais). 4.1- Brasil Colônia O aspecto físico dos nossos primeiros habitantes, segundo os historiadores, era excelente. Eles eram corpulentos, bem dispostos fisicamente, robustos e forçosos. Entre as atividades que praticavam, citamos as de sua necessidade diária das quais tiravam o seu sustento. Eis porque eram exímios na arte de manejar o arco e a flecha, suas principais armas de ataque e defesa. A corrida a pé foi muito praticada entre os nativos, caçando ou guerreando. Natação e canoagem também tiveram grande desenvolvimento entre os primeiros habitantes do Brasil. A equitação foi muito praticada por algumas tribos, principalmente os guaicurus, que povoavam o sul do Mato Grosso, e que fizeram dela uso, principalmente para a guerra. Com a vinda dos Jesuítas, por volta de1549, e a criação de seus colégios, tiveram aqueles o cuidado necessário de estimular sempre a atividade física aos seus discípulos, mesmo porque o ensino da época exigia quase imobilidade absoluta do aluno, em consequência dos processos utilizados, contrapondo-se ao espírito fisicamente ativo do selvagem dessa época. 4.2- Brasil Império Neste período, segundo os historiadores, exceto algumas iniciativas isoladas, nada ou quase nada se fez em prol da Educação Física, no Brasil. As atividades esportivas se limitavam às provas de natação, remo no mar, esgrima, equitação, pelota e ciclismo. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 19 Com a instalação da Escola Militar, no Rio de Janeiro, a Educação Física alcançou altos índices de desenvolvimento dos esportes aquáticos, principalmente a canoagem. A esgrima de baioneta, de sabre florete e espada haviam sido oficializadas nas competições. Também foram realizadas as escaladas ao Pão de Açúcar e ao Morro da Urca constituindo provas de tenacidade, coragem e resistência. Diversas conferências foram realizadas para se debater a institucionalização da Educação Física no Brasil e aos interesses da mesma nos currículos das escolas brasileiras. Já no fim do período do Brasil Império foi criado um projeto para instituir uma sessão especial de ginástica em cada escola; estendendo posteriormente a ambos os sexos, em horários diferentes do recreio e após as aulas. 4.3- Brasil República Por volta de 1905, foi criado um projeto de lei criando duas escolas de Educação Física no Brasil: uma civil e outra militar. Além disso, a contratação de pessoal capaz para a sua instalação, a aquisição de terreno para a sua construção, para a prática de jogos ao ar livre, nas escolas superiores e a instituição da prática da ginástica sueca. Em 1907, surgiu a primeira sala de armas, fundada no Brasil, pela Missão Militar Francesa, na Força Pública do Estado de São Paulo. Nessa mesma instituição, dois anos mais tarde, cria-se a escola de Educação Física, que diplomou em cursos regulares, os primeiros mestres de esgrima. Já no ano de 1922, foi criado o Centro Militar de Educação Física. A primeira turma de monitores diplomada pela Escola de Preparação de Monitores da Marinha ocorreu em 1929, no Rio de Janeiro. Na Vila Militar, em 1929, entra em funcionamento o Curso Provisório de Educação Física. Nesse curso, ao lado de militares, foi matriculada uma turma de professores primários, o que hoje corresponde ao Ensino Fundamental I, aumentando assim a importância do empreendimento. Com a criação do Ministério de Educação e Saúde Pública, em 1930, e a consequente orientação metodológica, a Educação Física passou a ser ministrada Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 20 com mais subsídios pedagógicos, tendo os professores daquela época, ainda que limitado, um referencial para orientar as práticas docentes. Também contribuiu bastante a constituição e funcionamento das Escolas de Educação Física do Estado de São Paulo e do Espírito Santo, bem como a criação, em 1933, por decreto, da Escola de Educação Física do Exército, pela transformação do Centro Militar de Educação Física ali já existente. A partir do advento das escolas de Educação Física e a realização de cursos e jornadas internacionais, de 1933 em diante, as publicações especializadas disseminaram e culminaram com a criação da Divisão da Educação Física do Ministério da Educação e Saúde. Em 1939, integrando a Universidade do Brasil, foi fundada a Escola Nacional de Educação Física e Desportos. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 21 UNIDADE 5 - EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL: O INÍCIO DAS CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS O objetivo de se obter saúde através das aulas de Educação Física, sempre esteve incorporado nas práticas das escolas brasileiras desde a sua inserção nos currículos escolares ainda no século XIX. Tal dimensão pedagógica atravessou o século XX, vinculando a prática da atividade física à ausência de doença, revelando quase sempre uma compreensão bastante restrita e empobrecida de corpo humano, reduzido apenas à sua dimensão biológica. Antes da Segunda Guerra Mundial, o Brasil vivia a expansão de sua industrialização, e novas exigências foram colocadas para a escola, com destaque para a responsabilidade de formar homens produtivos, aptos para o trabalho, agora cada vez mais voltados para a máquina e a técnica. Da Educação Física era esperada a tarefa de não apenas corrigir e endireitar o corpo das crianças, mas educá-lo também para torná-lo eficiente, eficaz, produtivo, a fim de atender as demandas do mundo do trabalho (VALGO, 2002). É possível perceber, de acordo ainda com o autor supracitado, que nesse movimento, houve uma importante e significativa mudança. O conteúdo, Ginástica, que por excelência era a principal prática da Educação Física foi paulatinamente substituído por outra prática, que vivia um processo de franca expansão e difusão pelo mundo: o esporte. Tal fato ocorreu porque o esporte se organiza em torno de valores semelhantes aos de uma sociedade industrializada, como por exemplo: competição, rendimento, resultado, eficiência. Aliado a esse acontecimento, os meios de comunicação disseminaram o esporte por todo o mundo e ampliaram consideravelmente os interesses em torno do mesmo, devido a sua potencialidade em produzir lucros. Em decorrência disso, a Educação Física passou a ser compreendida como a área responsável pelo estudo e ensino do esporte, que passou a ocupar o centro de suas preocupações, desde a formação de professores até a organização de seu ensino na escola. Iniciava uma nova fase denominada esportivização da Educação Física, que atravessa toda a segunda metade do século XX. De acordo com Bracht (1995), especialmente a partir da década de 1960, a Educação Física passou a ser pensada, na escola, como a “base da pirâmide Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 22 esportiva nacional”. Não obstante, é preciso perceber, também, os limites desse projeto, diante da realidade das escolas, especialmente as públicas, que recebem a maioria de estudantes. Nesse sentido, a falta de condições materiais (quadras, ginásios, bolas e outros equipamentos) e estruturais da escola, ambos limitados nas questões institucionais e legais, dificultaram a efetivação de tal projeto. Apesar de todo este cenário dificultoso à Educação Física Escolar, não foi suficiente para impedir que alguns dos valores presentes nos esportes de alto rendimento orientassem, em certa medida, a vivência dessa prática cultural nas aulas de Educação Física. Dentre os principais,é possível citar: a busca incessante pelo resultado, a otimização da vitória, a referência às regras universais de cada modalidade, a exacerbação da competição, entre outros. Faz-se necessário salientar que a legislação federal, por meio do Decreto nº 69.450 (1971 – 1996), concebia a Educação Física como atividade, que, por seus meios, processos e técnicas, desperta, desenvolve e aprimora forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando, construindo um dos fatores básicos da educação nacional (BRASIL, 1971). Com base nesse decreto, é possível depreender que a Educação Física, tendo como referência a aptidão física dos educandos, só deveria interessar-se por corpos jovens e saudáveis, dando preferência àqueles com potencial para se tornarem atletas ou juntar-se às forças armadas. Nesse sentido, dispensava-se os maiores de 30 anos, as mulheres com prole, os portadores de qualquer tipo de anomalia, dentre outros. A partir da década de 1980, com os movimentos pela redemocratização do Brasil, alcançando inclusive a renovação pedagógica, estendeu-se as discussões acerca da Educação Física Escolar, objetivando a reconfiguração de sua proposta pedagógica. Essas questões obtiveram maior ênfase, ainda, na década de 1990, sendo em sua maioria, contempladas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, nº 9394/1996), a qual asseverou, em seu artigo 26: A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica, ajustando-se às faixas etárias e Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 23 às necessidades da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos (BRASIL, 1996). Tal documento normativo teve esse artigo alterado, por meio da Lei nº10.328, de 12 de dezembro de 2001 e, em seguida, em 1º de dezembro de 2003, pela Lei, passando a ter a seguinte redação: Art. 3º. A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: - que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; - maior de trinta anos de idade; - que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; - amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969; - que tenha prole. É importante salientar que essa alteração da LDB 9394/96 apresentou ao mesmo tempo avanços e retrocessos. Por um lado, incluiu-se a Educação Física em todos os turnos de ensino da educação básica, contemplando os estudantes dos cursos noturnos. Não obstante, por outro lado, retrocedeu-se frente ao pressuposto de que esse componente curricular é essencial apenas para os alunos considerados saudáveis, com idade inferior a 30 anos, sem filhos e que estejam fora do mercado de trabalho. Essa situação, de acordo com Almeida (1995), tornou-se discriminatória, já que a Educação Física deve ser um componente curricular reservado a todos, e não apenas àqueles considerados jovens, hábeis e produtivos. Outro documento legal que legitimou a Educação Física com o mesmo valor ao dos outros componentes curriculares, foram as Diretrizes Curriculares Nacionais, outorgadas pelo Conselho Nacional de Educação. Tal documento ampliou o significado da Educação Física, atribuindo à mesma maior intencionalidade educativa. Assim, garantiu-se à Educação Física horário na grade curricular e igual valor aos demais componentes curriculares. Igualmente aos documentos supracitados, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) possibilitaram entender a Educação Física como componente curricular absolutamente responsável em engajar os educandos no universo da cultura corporal de movimentos. A mesma envolve os conhecimentos produzidos e vivenciados por todos, tendo como base o corpo e os movimentos permitidos por ele. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 24 Nesse documento oficial do Ministério da Educação, a Educação Física na escola deve ser constituída de três blocos relacionados entre si e que com possibilidades de serem, ou não, implementados em uma mesma aula. São, pois: - jogos, ginásticas, esportes e lutas – propõem atividades como ginástica artística, ginástica rítmica, voleibol, handebol, basquetebol, futsal, atletismo, capoeira, judô, dentre outros; - atividades rítmicas e expressivas – compreendem atividades que se relacionam à expressão corporal, danças, entre outros; - conhecimentos sobre o corpo – relacionam as reflexões sobre o corpo, indo desde a sua estrutura anatômica até às diferentes formas culturais de lidar com esse instrumento. Assim, sob a concepção de uma educação inclusiva, os PCNs possibilitaram mais incisivamente o direito ao acesso de todos às práticas corporais de movimentos, indiferentemente de sua condição física, etária e social. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 25 UNIDADE 6 – EDUCAÇÃO FÍSICA: DA PRÁTICA PEDAGÓGICA À REGULAMENTAÇÃO O modelo de esportivização da Educação Física, de acordo com Bracht (1999), já discutido anteriormente, foi amplamente disseminado desde o início do período do Brasil República, e imperiosamente incentivado no projeto de nação que se instalou, no Brasil, na década de 1960. Resta claro, nas concepções desse autor, que a Educação Física exercia uma função de destaque no projeto de Brasil dos militares, relacionada às funções de desenvolvimento da aptidão física através do desporto. Assim, tal projeto era considerado importante para a capacidade produtiva da nação contribuindo para firmar o Brasil como potência. As teorias que fundamentavam as práticas da Educação Física até a década de 1970 eram de caráter pedagógico. Essas antecederam as ciências do esporte e foram implementadas numa perspectiva de intervenção educativa sobre o corpo, respaldadas pelas ciências biológicas. Nesse sentido, de acordo ainda com o autor supracitado, propunha-se a educação integral apoiada no tão conhecido aspecto biopsicossocial sem, contudo, legitimar a Educação Física na escola. Detinha-se apenas, o caráter específico da contribuição dessa para o desenvolvimento da aptidão física e esportiva. Com o advento das ciências sociais e humanas relacionadas à Educação Física, foi possível observar várias críticas nesse tão propalado paradigma da aptidão física, iniciando um movimento renovador da Educação Física no início da década de 1980. Por um lado, precisa-se acrescentar um viés científico à prática da Educação Física; tornava-se necessário orientar a prática pedagógica no conhecimento científico. Todavia, a cientificidade já estava impregnada no percurso histórico da Educação Física e, então, surge nesse contexto, os estudos do desenvolvimento humano, sobretudo, o desenvolvimento motor e a aprendizagem motora. Inicia-se nesse momento, mais precisamente a partir da década de 1970, um espaço mais acadêmico na Educação Físicapor força da estruturação das universidades. Nos estudos de Oliveira (2002), ocorreu uma incorporação das práticas científicas e nesse sentido um considerável aumento de qualificação Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 26 docente através de cursos de pós-graduação, passando a Educação Física incorporar as discussões pedagógicas influenciadas pelas ciências humanas. Frente a esse contexto e de acordo ainda com esse autor, observou-se no Brasil na década de 1980, uma Educação Física grandemente marcada por uma pedagogia crítica e progressista, a qual trouxe enorme influência nas aulas de Educação Física desenvolvidas atualmente. Aliás, o repertório dessas propostas pedagógicas é diversificado, apesar de em sua grande maioria ser respaldado com ênfase na aptidão física e esportivização. Tal repertório supracitado tem sua gênese nas duas últimas décadas e disponibiliza um conjunto de alternativas pedagógicas. É possível citar a abordagem desenvolvimentista, a qual possui como ideia central possibilitar à criança oportunidades diversas de experiências motoras de modos a partir dos fundamentos da Educação Física. Outra abordagem amplamente disseminada nos últimos anos foi aquela baseada na qual o objeto de estudo da Educação Física é a cultura corporal dos seus praticantes, concretizada nos temas: esporte, ginástica, jogos, lutas, dança e mímica. Ainda seria possível citar outras abordagens que compõem as tendências pedagógicas atuais da Educação Física, como as baseadas nos estudos filosóficos do movimento humano. Todavia, esse detalhamento ficaria mais reservado em outro momento de estudo do programa da Educação Física. Em suma, a Educação Física passou por grandes transformações ao longo dos tempos, principalmente nas duas últimas décadas, objetivando sempre outra organização no aspecto social. É possível depreender que a partir de 1980 ocorreu considerável mudança nas estruturas de poder e fiscais, do esporte de rendimento. Nesse contexto, surgem os patrocinadores, através das empresas que contratavam atletas, técnicos, entre outros, originando uma boa geração de campeões. Dando prosseguimento, na década de 1990, o esporte, com fins de promoção à saúde, é amplamente disseminado como: esporte educação, esporte participação e esporte performance. Dando prosseguimento a essa nova ordem social absorvida pela Educação Física nos anos 80 e 90, foi criado, em 1998, o Conselho Federal de Educação Física – CONFEF, legitimado pela Lei nº 9696/98. Configurou-se uma entidade com objetivo profícuo de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional da Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 27 Educação Física. Frente a isso, suscitou-se a regulamentação dessa profissão, através do exercício regularmente registrado nos respectivos Conselhos Regionais de Educação Física (CREF) (OLIVEIRA, 2002). Assim, ainda sob a ótica desse autor, a criação desse Conselho, detinha a ideia principal de monitorar e até mesmo limitar os profissionais da área, resguardando esse direito aos devidamente registrados, sob fiscalização do mesmo, com vistas de proteger o mercado de trabalho, impedindo o exercício da profissão por pessoas sem a qualificação adequada. Ainda, nesse sentido, foi atribuída à importância da criação do Conselho a melhoria da qualidade pedagógica das aulas e garantia de postos de trabalho disponíveis aos profissionais habilitados. Tal situação foi respaldada nesse documento normativo, conforme observado: Art. 2º: Determina-se que apenas serão inscritos nos quadros dos Conselhos Regionais de Educação Física os profissionais possuidores de diploma obtidos em cursos de Educação Física, oficialmente autorizado ou reconhecido (nacional ou estrangeiro) e os que, até a data do início da vigência desta lei, tenham comprovadamente exercido atividades próprias dos Profissionais de Educação Física, nos termos a serem estabelecidos pelo Conselho Federal de Educação Física. (BRASIL, 1998). E ainda, a fim de assegurar de forma mais clara e incisiva as funções legítimas do profissional de Educação Física, é imprescindível destacar o Art. 3º dessa legislação o qual assevera: Art. 3º: compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto. (BRASIL, 1998) Vale ressaltar, que tal fiscalização por parte desses conselhos alcançou também as pessoas jurídicas que prestam serviços dessa natureza, as quais têm o dever legal de contratar profissionais qualificados e regulamentados sob pena de sofrer as punições previstas em lei. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 28 UNIDADE 7 – CONCEITOS BÁSICOS E ATUAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA Inicialmente serão propostas algumas reflexões acerca de alguns conceitos relacionados ao termo Educação Física propostos por Kolyanik Filho (2008). Nas concepções dessa autora, a Educação Física remete a uma série de práticas sistematizadas em diversas situações com o fito de desenvolver as qualidades motoras do ser humano. Essa mesma autora salienta ainda que a Educação Física também configura um componente curricular constituído de processos educacionais formais. E também, que é considerada uma área de conhecimento, a qual possui como objeto de estudo o corpo e alguns fenômenos por meio de métodos científicos. Conforme observado nas descrições anteriores e com base no referencial teórico proposto nesse documento, o objetivo profícuo da Educação Física sempre foi e continua sendo o movimento humano. O que se observa, atualmente, com maior destaque é que a Educação Física vem buscando continuamente relacionar mais incisivamente o movimento com as outras áreas do conhecimento. Nas concepções de Silva (2005), as questões culturais influenciam e muito as características da Educação Física e ainda, a ideia de corpo que cada indivíduo detém. É possível depreender ao longo do percurso histórico pelo qual passou a Educação Física, sobretudo a partir da década de 1980, que essa prática ultrapassou o domínio dos espaços extraescolares, alcançando clubes, academias, entre outros. Nesse sentido, a Educação Física nos tempos atuais é entendida como um processo educacional que utiliza dos meios físicos para contribuir com os indivíduos na conquista de competências, habilidades e bem-estar físico, emocional, afetivo, social, dentre outros. O que é possível pontuar nas práticas atuais é que através da estruturação pedagógica de atividades físicas, obtém-se o desenvolvimento global do indivíduo; ou seja, uma prática baseada no modelo desenvolvimentista. Tal modelo deação pedagógica que objetiva proporcionar às crianças oportunidades que as permitem um amplo desenvolvimento no que se refere ao aspecto motor, de forma que mais ou menos aos 12 anos seja possível apreender uma gama diversificada das habilidades físicas básicas. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 29 Nos estudos de Darido (2008), torna-se depreender em relação à abordagem desenvolvimentista, a seguinte concepção: Para a abordagem desenvolvimentista, a Educação Física deve proporcionar ao aluno condições para que seu comportamento motor seja desenvolvido através da interação entre o aumento da diversificação e a complexidade dos movimentos. Assim, o principal objetivo da Educação Física é oferecer experiências de movimento adequadas ao nível de crescimento e desenvolvimento do indivíduo, a fim de que a aprendizagem das habilidades motoras seja alcançada. A criança deve aprender a se movimentar para se adaptar às demandas e exigências do cotidiano em termos de desafios motores (Disponível em http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/41548/1/01d19t02.p df) Nessa perspectiva, tal modelo sugere a aquisição de habilidades motoras e, consequente aprimoramento das mesmas; além, obviamente do bem-estar promovido pela conquista da aptidão física. Todo esse conjunto de aprendizagens possibilita aos praticantes mudanças de comportamento configurado por meio de atitudes positivas no cotidiano de todos. Ademais, os benefícios promovidos pela Educação Física são abrangentes e alcançam outras dimensões do desenvolvimento humano. Tal característica própria ora apresentada dessa área do conhecimento requer uma formação criteriosa dos seus profissionais, os quais têm a opção dos cursos de Bacharelado, Licenciatura ou ambos, conforme a área de atuação. Dessa maneira, o licenciado poderá atuar somente como professor no ensino fundamental e médio, conforme regulamentação encontrada na Lei nº 9.394/96; ou realizar pesquisas na área científica. Para tanto, o aluno da licenciatura deve se situar durante a graduação como funcionam as práticas escolares. Já o bacharel tem um campo de atuação mais diversificado, possuindo a regulamentação também legitimada em lei já descrita anteriormente, para atuar em clubes, academias, centros de treinamentos com as mais variadas modalidades esportivas, ginásticas, rítmicas, entre outras. Essa possibilidade distinta de formação acadêmica permitida surgiu para ampliar o entendimento das questões inerentes da Educação Física, bem como do seu principal objeto de estudo: o corpo. Nesse sentido, essa área do conhecimento deve ocupar lugar de destaque nos diversos meios específicos de atuação, a fim de Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 30 eliminar efetivamente conceitos simplistas e contrários que acreditam ser responsabilidade da Educação Física apenas a dimensão física dos alunos. O entendimento de movimento vai muito mais além do deslocamento de ossos e músculos em determinado espaço. Ele significa e ressignifica o ser e estar do sujeito no mundo. Desvenda a identidade, a cultura, as emoções e pensamentos vivenciados pelo indivíduo. Em relação à corporeidade, é importante destacar que esse termo, segundo a maioria dos autores, constitui um dos componentes fundamentais na relação do corpo com as emoções, sentimentos, desejos, manifestados nas mais diversificadas formas de movimentos e expressões. A expressão cultura corporal de movimentos, muito em destaque no momento, abarca todas as formas de movimento humano sob a responsabilidade de execução da Educação Física Escolar implementada através de uma ação pedagógica, tendo como principal instrumento de trabalho, o corpo, suas relações motoras esportivas, lúdicas, ginásticas, rítmicas, entre outros. É considerada atividade física a grande maioria das ações musculares realizadas na direção de um objetivo, ou não, e que exigem gasto energético. Obviamente, há uma diferença entre essas e aquelas que interessam o universo da prática da Educação Física. No que diz respeito aos exercícios físicos, resta claro, relacioná-los às sequências previamente planejadas, de forma sistemática, com fins de melhoria da aptidão física e do rendimento. Faz-se necessário também atentar para o termo comumente utilizado no campo da Educação Física que é qualidade física ou capacidade física. A literatura específica adota ora um, ora outro, conforme diferentes concepções. Porém, ambos relacionam-se como características de um organismo, possíveis de serem treinadas e capazes de sofrerem adaptações conforme o estímulo permitido pelo exercício físico. O termo esporte alcançou evidência na metade do século XX quando o termo esportivização foi incorporado pela Educação Física. É sabido que constitui um conjunto de atividades físicas que exige qualidades físicas específicas, como: força, ritmo, velocidade, destreza, precisão, entre outras. Com o propósito de se alcançar um objetivo específico. Os esportes são regidos por um conjunto de regras Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 31 definidas, podendo ser competitivos ou não. Na prática de todo e qualquer esporte, o treinamento é realizado para favorecer o uso do corpo como um todo, de forma mais habilidosa possível. No caso das competições oficiais, as regras são estabelecidas por órgãos de natureza esportiva, locais, nacionais e internacionais, sendo os últimos responsáveis por atualizá-las e/ou adaptá-las conforme a necessidade técnica, social, política, dentre outras. São devidamente registrados também em competições oficiais, os recordes coletivos e individuais, a título de arquivos históricos. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 32 UNIDADE 8 – JOGOS OLÍMPICOS DA ERA MODERNA: INFORMAÇÕES BÁSICAS Conforme já apontado anteriormente, respaldado nos autores citados, a história dos Jogos Olímpicos é oriunda de muitos séculos antes de Cristo e foram idealizados pelos gregos da Grécia Antiga. Todavia, os Jogos Olímpicos da Era Moderna foram resgatados por um francês denominado Charles Pierre de Fredy, considerado idealizador da Olimpíada Moderna. De acordo com registros históricos, tal situação foi suscitada pelo ideal de educação através do esporte propagado por Coubertin, com o objetivo de aproximar os povos e disseminar a paz. Assim, em 6 de abril de 1896, iniciava em Atenas, na Grécia, após longo período de interrupção depois de serem proibidos pelo Imperador Teodósio I e considerados como festas pagãs, a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. Desde essa primeira edição, usa-se a tradicional frase: “Declaro abertoos Jogos Olimpícos de....”, e competiram aí 285 atletas de 13 países, nas provas de atletismo, ciclismo, luta, esgrima, ginástica, halterofilismo, natação e tênis. Daí em diante, essa competição evoluiu consideravelmente e é realizada de 4 em 4 anos, tornando-se o grande ícone esportivo do planeta. Reúne atletas em competições de verão e de inverno (alternando de 2 em 2 anos), nas quais milhares de atletas participam de várias disputas. Também são realizados os Jogos Paralímpicos, destinados a atletas portadores de alguns tipos de deficiências. Atualmente, os Jogos Olímpicos são regidos pela Carta Olímpica, a qual constitui um conjunto de códigos e princípios fundamentais que orientam a realização dos mesmos. De natureza dinâmica, contêm protocolos, anuários, regras, entre outros, incorporando, sempre que, necessário, alterações e correções com o fito de estabelecer as condições ideais para a realização desse grande evento. Configura-se, nesse sentido, o Movimento Olímpico, atualmente composto por federações esportivas, comitês olímpicos nacionais e demais comissões organizadoras. Todos orientados pelo COI – Comitê Olímpico Internacional –, órgão de função normativa e deliberativa responsável, dentre outros, por escolher a cidade anfitriã de cada edição. Em função das adequações permitidas pelo COI, a fim de atender as crescentes mudanças econômicas, políticas e realidades tecnológicas do século XX, Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 33 os Jogos Olímpicos se distanciaram do verdadeiro amadorismo, da forma como idealizado por Coubertin, para possibilitar o envolvimento de atletas profissionais. A grande influência dos meios de comunicação devido aos interesses econômicos gerou a questão do patrocínio corporativo e a comercialização dos Jogos. Constitui também tarefa do COI, a definição do programa olímpico, ou seja, as modalidades esportivas a serem disputadas a cada edição dos jogos. A celebração dessa competição que envolve atualmente mais de 13 mil atletas em dezenas de modalidades esportivas, é regida por símbolos que perpetuam ao longo dos tempos, como destacados a seguir: Bandeira Olímpica – idealizada por Courbertin em 1914, possui um fundo branco com cinco anéis entrelaçados e coloridos (azul, preto, vermelho, amarelo e verde), representando a união dos povos dos cinco continentes em torno do ideal olímpico. Tocha Olímpica: representa o ponto de ligação entre os Jogos Olímpicos da Antiguidade e os Jogos da Era Moderna. Nesse sentido, o fogo de natureza sagrada traz o significado de purificação convocando os países do mundo inteiro a celebrá- los em paz. Desde 1936, existe o revezamento que consiste em levar a tocha olímpica de Atenas até a sede dos Jogos, iniciando sempre com um corredor grego. Sempre que possível, o percurso deve ser feito por terra com a participação de corredores dos países pelos quais a tocha vai sendo passada, de mão em mão. O último é o que acende a pira olímpica no momento da cerimônia de abertura, deve ser um atleta do país organizador. A tocha olímpica permanece acesa em uma pira, no Estádio Olímpico, durante toda competição e é apagada ao final da cerimônia de encerramento. Em cada edição de uma Olimpíada, a cidade-sede cria desenhos e formas para a sua própria tocha, considerada as suas características culturais. O Lema Olímpico: consiste em uma frase latina, criada pelo padre Henri Martin, grande amigo de Pierre de Fredy, contendo as seguintes expressões gregas: “Citius, Altius, Fortius”, as quais significam: “O Mais Rápido, O Mais Alto, O Mais Forte”. Tais expressões foram utilizadas desde sempre para qualificar os atributos atléticos. Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 34 A Mascote Olímpica: representa elemento figurativo utilizado como embaixador e mensageiro da amizade. Foi adotada pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1968, em Grenoble, na França e personificam as características culturais, históricas, ambientais, entre outras, da cidade-sede. A cada edição de uma Olimpíada é criada sempre muitas expectativas a despeito da nova mascote. Existem outros símbolos olímpicos, como a leitura do Juramento Olímpico desde os Jogos da Antuérpia, em 1920, e o Hino idealizado na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna e adotado pelo COI, em 1958. Tal hino é executado durante o hasteamento da Bandeira Olímpica. Todas as delegações inscritas nos Jogos Olímpicos são obrigadas a participar do desfile de abertura e ter pelo menos um representante na cerimônia de encerramento. A primeira delegação a desfilar é sempre a da Grécia, seguindo-se a do país-sede e as demais, por ordem alfabética. Atualmente, os números de participantes direta e indiretamente dos jogos olímpicos tem crescido consideravelmente. E igualmente a isso, os desafios estruturais, políticos e sociais para a realização, são cada vez maiores. A cada edição desse grandioso evento esportivo, crescem as chances de inúmeros atletas conquistarem fama internacional, por meio de resultados e/ou recordes olímpicos. Os Jogos Olímpicos configuram possibilidades valiosas para a cidade e o país que sediam mostrarem-se para o mundo. Os Jogos Paralímpicos inicialmente foram realizados através de festivais esportivos anuais com fins terapêuticos, sendo o ano de 1948, o marco desse evento, com o objetivo de promover a reabilitação dos soldados após a Segunda Guerra Mundial. Mantiveram esse formato até 1960, quando nos Jogos Olímpicos de Roma 400 atletas participaram de uma competição paralela, ficando conhecida como a I Paralimpíada. Desde então, passaram ser realizados a cada ano olímpico. Ficou acordado em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seul, na Coreia do Sul, que a cidade-sede de uma Olimpíada também seria responsável pela realização imediata, das Paralimpíadas. A primeira participação do Brasil em Jogos aconteceu em 1920, nos Jogos Olímpicos da Antuérpia, na Bélgica. Devido à crise econômica que atravessa, o Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 35 Brasil não dispôs de recursos para custear as despesas de uma delegação que pudesse representá-lo nos Jogos Olímpicos de 1928 em Amsterdã, na Holanda, sendo a única vez que esteve ausente de uma olimpíada. Desde então, esteve presente em todas as outras edições dos Jogos Olímpicos de Verão. No que se refere aos Jogos Olímpicos de Inverno, o Brasil estreou em 1992, em Albertville, na França. Em suma, podem-se totalizar as participações do Brasil em Jogos Olímpicos em 30 edições no transcurso de sua história. Nesse sentido, são as seguintes: - 22 participações nos Jogos Olímpicos de Verão; - 06 participações nos Jogos Olímpicos de Inverno; - 01 participação nos Jogos Olímpicos da Juventude de Verão; - 01 participação nos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno. A primeira medalha de ouro conquistada por um atleta brasileiro coincidiu exatamente com a primeira participação do Brasil em
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