PSICOLOGIA DA GESTALT EPSICOLOGIA DA GESTALT E GESTALT TERAPIAGESTALT TERAPIA Na gestalt terapia, o terapeuta deve estar ciente de que nem ele, nem o cliente se dão conta de tudo que constitui o fundo das situações problemas que emergem. Além disso, podemos perceber que aquele problema que parecia ser a questão central, a figura, na verdade é o fundo. A psicologia da gestalt é uma das teorias que fundamenta a gestalt terapia. O principio básico desta teoria é o de que percebemos totalidades, a gestalt, ou seja, a configuração que surge a partir da relação entre todos os elementos. Assim, a gestalt não é a simples soma dos elementos, mas a configuração que surge a partir da relação entre eles. Dessa forma, nossa experiência consciente está sempre em busca da totalidade da experiência. A percepção visual se organiza em figura e fundo, ou seja, percebemos totalidades, mas algo sempre se destacada (a figura) e o resto fica em segundo plano (o fundo). Entretanto essa relação não é fixa e pode se inverter. Trata-se de um processo contínuo de formação e destruição da Gestalten. Não é a figura nem o fundo em si mesmos que determinam o significado, e sim a relação figura e fundo: é a relação entre eles que dá sentido à figura. A lei da pregnância diz que nossa experiência psicológica sempre será tão boa quanto as circunstâncias o permitirem. O principio da pregnância pode ser identificado também na noção de ajustamento criativo que se refere a capacidade do sujeito em ajustar-se ao ambiente considerando, simultaneamente, nossas possibilidades e as possibilidades deste. Assim, o ser humano busca estar ajustado tanto quanto possível ao seu entorno físico e social. O efeito Zeigranik postula que ações ou situações incompletas são fortemente registradas e carregadas de tensão, e assim que houver uma oportunidade o indivíduo buscará aliviá-la. Afirma também que as situações inacabadas (Gestalten aberta) serão mais facilmente lembradas que as acabadas. Por sua vez, o princípio do fechamento se refere ao fato de que figuras completas são mais facilmente percebidas, razão pela qual tendemos a fechar as figuras. Aquelas Gestalten que não podem se fechar por algum motivo, se mantém abertas e pertubam a fluidez do processo de destruição da figura/fundo. A autoregulação organísmica se refere a forma do organismo interagir com o mundo, segundo a qual o pode se atualizar, respeitando a sua natureza do melhor modo possível. Assim, a autorregulação está presente diariamente na vida do sujeito, sendo que é uma forma criativa, onde o sujeito utiliza como maneira de se ajustar ao meio em que vive diante de situações difíceis. Para que a auto –regulação aconteça, é fundamental que o organismo possa ter respostas novas para as situações pelas quais ele passa na sua permanente interação com o meio ambiente. O instrumento de manutenção da vida é a autorregulação do organismo no mundo e a partir dele. A autorregulação pode se apresentar de duas formas: saudável e n ão saudável. Assim, o organismo está em equilíbrio ou desiquilíbrio. No entanto, ele sempre trabalha para o equilíbrio, para a saúde do indivíduo. Por vezes o sujeito irá tentar se equilibrar seguindo a linha da autorregulação “não saudável”, como por exemplo: a enfermidade.