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Hipertermoterapia • Todos os aparelhos abordados nesse momento serão de calor superficial; • Sempre fazer teste de sensibilidade tátil, térmica e dolorosa. Técnicas • Forno de Bier: recurso muito antigo; • Parafina: usada para extremidades; • Modalidades de compressa quente: toalha quente, bolsa térmica, rolo aquecido, etc.; • Banho de contraste: associa frio e calor; • Infravermelho: é o mais utilizado em relação a aplicação de calor superficial. Usa radiação eletromagnética; Calor • ↑ Metabolismo: As reações químicas, metabólicas e celulares do local ficam muito ativadas, tendo maior necessidade de O2 e nutrientes; • Aquecimento: transferência de calor. Para isso um objeto deve possuir temperatura maior do que o outro; o Quanto mais a diferença de temperatura entre o recurso e o local, maior a intensidade de aquecimento. • Condutividade: o aumento da temperatura nas diferentes camadas se dá por condutividade; o Quando maior a resistência do tecido, aumenta a produção de calor. • Tempo de exposição: quanto maior o tempo de aplicação, maior a quantidade de calor produzido. o Lei de Joule: Q. i². t Absorção e dispersão • Só conseguimos efeito se ocorre a absorção do calor; • Pode ocorrer dispersão para os tecidos adjacentes, por causa da condutibilidade; • Quando utiliza o recurso de alta temperatura → estimula o termorreceptores, que possui rápida condução; • Ocorre vasodilatação que tem função de dissipar calor; • CUIDADO: Não aplicar o calor onde a circulação está comprometida, pois não terá dissipação de calor, podendo ter queimadura; • Termorreceptores → centros reguladores → controle da temperatura → proteção → vasodilatação → calor dissipado. A cada grau que ↑: • 13% da atividade metabólica é aumentada: o efeito metabólico é muito significativo; • Desnaturação proteica: não pode utilizar recurso acima de 45ºC, pois tem propensão a desnaturação proteica. Existem substâncias/enzimas (ex.: colagenase sinovial que destrói a cartilagem), que quando a temperatura muito alta, degrada o tecido; • Toda atividade celular é aumentada/ acelerada: fagocitose, crescimento celular, etc. Calor X inflamação • Se for utilizado em momento AGUDO, piora a inflamação e hemorragia; • Momento certo: avalia o paciente, vê que a dor diminui, o inchaço diminuiu, verifica a temperatura do local; o Quando notar que tudo regrediu, pode entrar com o calor. Efeitos do calor no organismo 1. Dinâmica do sangue e dos fluídos • ↑ da vasodilatação e permeabilidade capilar: dessa forma, aumenta o edema, porém a capacidade de reabsorção e dissolução de hematomas também é aumentada; • ↑ permeabilidade vascular, que facilita a entrada e saída de células dos vasos. o Para a drenagem ser eficiente, precisa estimular o sistema linfático e circulatório. 2. Espasmo muscular e elasticidade tissular • ↓ Sensibilidade primária do fuso muscular ao estiramento: reduz a elasticidade; • Calor tende a relaxar o músculo, aumentar a elasticidade e reduzir a rigidez articular; • Recurso superficial não chega no músculo, tem que ser profundo para mexer na propriedade de viscosidade; • Calor influencia na dor, ativando termorreceptores. 3. Extensibilidade aumentada • Na cicatrização ou regeneração o calor não influencia na produção de fibras colágenas, mas promove o alinhamento das fibras, tem que estar associado a movimentos. 4. Controle da dor • Química: o Vasodilatação: Retira metabólitos; o Traz O2 e nutrientes; o Reduz a isquemia causada pelo espasmo muscular. • Mecânica: o Edema: compressão de vasos e nervos; ▪ O recurso quente drena o edema, diminuindo a compressão vascular e nervosa, reduzindo a dor. o Atua no espasmo: ao reduzir o espasmo, reduz a dor; o Influencia os termorreceptores; o Tanto o frio quanto o calor podem gerar sedação; ▪ Alterações nos padrões de excitabilidade da terminação nervosa → dificulta a despolarização → diminui as informações nociceptivas no SNC → SEDAÇÃO. Resumindo: • Aumento da extensibilidade dos tecidos moles; • Relaxamento muscular; • Analgesia; • Redução da rigidez articular; • Aceleração de processos metabólicos; • Resolução de hematomas. Benefícios: • Recursos térmicos: diminui o uso de medicamentos →diminuição do efeito colateral → tratamento localizado → melhora a função. Classificação por profundidade • Superficial: inferir a 2 cm. Exemplos: o Banho de parafina: é uma cuba com parafina aquecida, que varia de 50 até 60ºC. O paciente imerge e retira a mão, formando uma luva de parafina aquecida. Mecanismo de transferência: condução; • Profundo: de 2 a 5 cm; o Ondas curtas: possui uma profundidade de penetração maior utilizando ondas eletromagnéticas. Avaliação cuidadosa • De forma individualizada, precisa e criteriosa: avaliar o local, se há inflamação, etc. Levar em consideração: • Temperatura inicial da doente de calor e local da aplicação: o Geralmente, usa-se o recurso entre 40 e 45ºC, pois sabe-se que terá feito; o Áreas que deve-se tomar cuidado, por causa da proeminência óssea: maléolo, calcâneo, trocanter, sacro, cotovelo, isquio, ombro, escápula, occipital e joelho. • Fonte de calor: o Colocar uma fraldinha (toalha) entre a bolsa térmica e a pele; o Depois de 10 – 15 minutos o gradiente de temperatura do corpo começa a se igualar com o calor recebido, nesse momento, o paciente pode relatar que “esfriou”, ou seja, o corpo se adaptou. o Realizar trocas constantes para manter a temperatura, pois tende a esfriar depois de 10 – 15 min. Ex.: bolsa térmica o Independente do recurso, a temperatura tem que ficar entre 40 – 45ºC; • Duração de exposição e condutividade da fonte de calor; o Geralmente, aplica-se por 20-30 min: é o tempo que leva para aquecer aproximadamente 1ºC da musculatura superficial, e isso significa que o metabolismo aumentou em torno de 13%. • CUIDADO: o EFEITO REBOTE: ▪ Após 20 minutos de exposição pode haver o efeito vasocontrição rebote que é um mecanismo de proteção. ▪ Ocorre com temperaturas muito altas constantes, visto que a vasodilatação máxima é atingida. Então, gera-se um efeito protetivo para conter a vasodilatação excessiva (efeito rebote), tendo uma vasoconstrição, interrompendo abruptamente a circulação; ▪ Sinal: efeito mosqueado – manchas vermelho beterraba e brancas → parar imediatamente e movimentar o local, para voltar a circulação; o Barreiras de aquecimento: toalha, gordura subcutânea. o Deve-se usar toalha grossa entre a pele e o recurso, podendo colocar até 2, dependendo da temperatura; o Usar toalha úmida; o Tamanho da área a ser aquecida: ▪ Pode ser aplicado de forma localizada ou no corpo como um todo. o Exame se sensação térmica ANTES e DURANTE todo o tratamento: ▪ Calor: 40 a 45ºC ▪ Frio: 5 a 15ºC ▪ Acima ou abaixo disso ativam receptores de dor. Contraindicações • Fase aguda de processos inflamatórios, traumáticos ou hemorrágicos; • Trombose e distúrbios circulatórios; • Suprimento vascular inadequado: prejudica a dissipação do calor; • Redução do nível de consciência (paciente inconsciente); • Testículos (área genital); • Intolerância ao calor; • Perda ou alterações de sensibilidade tátil, térmica, dolorosa e alérgica; • Estados febris; • Tumor: o Em fases terminais, paliativas, até pode ser aplicado para amenizar e melhorar a qualidade de vida; o Na fase inicial, em que há metástase na circulação, não pode. • Próximo ao útero gravídico: evitar região lombar e abdominal; • Partes metálicas externas. Indicações • Quadros inflamatórios subagudos e crônicos; • Redução da dor subaguda; • Espasmo muscular subagudo e crônico; • Redução da amplitude de movimento; • Resolução de hematomas; • Redução de contraturas articulares.
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