Buscar

Recurso Especial em Ação de Reparação de Danos Morais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Autos nº 156612.16.2021.0.5415
LUCIANO ALMEIDA FONTES, já qualificado na petição inicial, nos autos da APELAÇÃO CÍVEL em que contende com SERASA S.A., também já qualificado (na contestação), não se conformando, data vênia, com o V. Acórdão de fls., vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-assinado, interpor, no prazo legal previsto, o presente RECURSO ESPECIAL, com fundamento no artigo 105, inciso III, letra “a”, “b” e “c” da Constituição Federal, e de acordo com artigo 1029 e seguintes do Código de Processo Civil e artigo 255 do Regimento Interno do STJ, pelos fatos e direito a seguir aduzidos, requerendo, desde logo, seu recebimento, acolhimento e regular processamento, com posterior remessa ao Superior Tribunal de Justiça.
Requer a juntada da guia comprobatória do recolhimento das custas processuais (preparo).
Termos em que, pede deferimento.
São Paulo, 14 de novembro de 2022.
Geovanna Gabriella de Souza
OAB/SP 123.456
RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL
 
RECORRENTE: LUCIANO ALMEIDA FONTES
RECORRIDO: SERASA S.A.
 
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
I) Considerações do processado (CPC, ART. 1.029, I)
                                               A Recorrente ajuizou ação de reparação de danos morais, sob o fundamento de inserção indevida do nome da mesma junto aos órgãos de restrições. Sobreveio sentença, a qual determinou o pagamento de indenização no montante de cinco salários-mínimos, totalizando o montante de R$ 6.060,00 acrescido o importe de 10% a título de honorários advocatícios e custas processuais.
                                               Em face disso, a Recorrida interpusera recurso de apelação. Argumentou que a condenação fora exacerbada, tendo em vista que enviou a carta-comunicado ao endereço que tinha constante em seus cadastros em nome do Autor-Apelado e que lhe fora fornecido pela credora. 
                                               O Tribunal de piso, por sua 5ª Câmara, em decisão unânime acompanhando o voto do Relator Des. Plinio Cunha da Silva, acatou o recurso interposto. Proveu-o e reformou integralmente a r. sentença, julgando improcedente a pretensão indenizatória inicial, corrigido na forma das Súmulas 54 e 362, do STJ. Impusera, igualmente, honorários de 20% sobre o valor da causa de R$10.000,00 (dez mil reais).
                                               Todavia, a redução do valor condenatório tornou-o ínfimo. Nesse passo, mostra-se destoado do princípio da razoabilidade. Até mesmo ofusca o padrão condenatório referendado por esta Corte.
 
                                               Desse modo, interpõe-se este recurso de maneira a elevar o valor da condenação.
 
II) Cabimento do Recurso Especial (CPC, ART. 1.029, INC. II) CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART. 105, INC. III, “A” 
                                              
                                               Lado outro, disciplina o artigo 105, inc. III, “a”, da Constituição Federal, que é da competência, exclusiva, do Superior Tribunal de Justiça, apreciar Recurso Especial, fundado em decisão proferida em última ou única instância, quando ela contrariar lei federal ou negar-lhe vigência.           
 
                                               A hipótese se ajusta aos ditames supra, e, nessa esteira, converge ao exame deste Recurso Especial.
 
i. Requisitos de admissibilidade
 
                                               Com respeito aos requisitos de admissibilidade, vale verificar que este é (a) tempestivo, vez que interposto dentro do respectivo prazo (novo CPC, art. 1.003, § 5º), (b) o Recorrente tem legitimidade para recorrer e, mais, (c) há regularidade formal.
 
                                               De mais a mais, a decisão hostilizada foi proferida em “última instância” (STF, Súmula 281).
 
                                               Não se pode olvidar que a questão federal foi devida pre-questionada. Afinal, o tema foi tratado expressamente ventilado, enfrentado e dirimido no Tribunal de origem (STF, Súmulas 282 e 356; STJ, Súmula 211).
                                              
                                               Convém notar igualmente que todos os fundamentos, dispersos no acórdão guerreado, estão, aqui, devidamente infirmados. Destarte, não incide no que dispõe a Súmula 283, do STF.
 
                                               Além do mais, importa ponderar que este debate não realça reexame de provas ou fatos. Ao contrário, revela, unicamente, matéria de direito. Não ofende, pois, à regra da Súmula 07 desta Egrégia Corte.
 
3.1. Violação de norma federal
                                    Art. 186 e 944, ambos do CC                                              
3.1.1. Prévias considerações
 
                                                Impende asseverar o objetivo do recurso se enquadra nas exceções de interferência desta Corte. É que, como afirmado, o valor condenatório, à guisa de danos morais, definido no tribunal turmário, fora irrisório. Decerto, então, inexistir o óbice contido na Súmula nº. 7 do STJ. Acrescente-se que a decisão guerreada, como dito, contrariou os princípios da proporcionalidade e razoabilidade.
 
                                               Esta Corte da Cidadania, em louváveis posicionamentos, fixou orientação no sentido de:
 
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
1. Intempestividade do recurso afastada. Reconsideração da decisão agravada. 2. Natureza desconstitutiva e declaratória da demanda. Ausência de condenação. Fixação dos honorários advocatícios com base no art. 20, § 4º, do CPC/1973. Valor fixado pelo acórdão a quo em patamares irrisórios. Majoração. Necessidade. 3. Agravo conhecido, mediante juízo de reconsideração, para dar provimento ao recurso especial [...]
 
PROCESSUAL CIVIL. CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. VALOR DA INDENIZAÇÃO. PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. DIVERGÊNCIA NÃO DEMONSTRADA. SÚMULA N. 7/STJ. DECISÃO MANTIDA.
O Recurso Especial não comporta o exame de questões que impliquem revolvimento do contexto fático-probatório dos autos (súmula n. 7 do STJ). 2. Somente em hipóteses excepcionais, quando irrisório ou exorbitante o valor da indenização por danos morais arbitrado na origem, a jurisprudência desta corte permite o afastamento do referido óbice, para possibilitar a revisão. No caso, o valor estabelecido pelo tribunal de origem não se mostra desproporcional, a justificar sua reavaliação em Recurso Especial. 3. O STJ firmou entendimento de ser incabível o reexame do valor fixado a título de danos morais com base em divergência jurisprudencial, pois, ainda que haja semelhança de algumas características nos acórdãos confrontados, cada qual possui peculiaridades subjetivas e contornos fáticos próprios, o que justifica a fixação do quantum indenizatório distinto. 4. Agravo interno a que nega provimento [...]
3.1.2. No âmago 
 
                                               A indevida negativação motivou a ação de reparação de danos. Nesse ponto, dúvida não há quanto aos apontamentos. 
 
                                               Apesar disso, não se levou em conta que esse quadro trouxe angústia, preocupação, incômodo e constrangimento. Demais, o simples fato da descabia cobrança, per se, trouxe sensação de impotência, acentuada alteração de ânimo. Deveriam ser consideradas, para efeitos de estipulação do valor indenizatório. É presumível, até bastante verossímil, o alegado desconforto e abalo sofrido pela Recorrente. 
                                               Negar essa possibilidade seria amesquinhar o disposto no Código Civil, máxime do que rege o artigo 944. A norma é clara: aquele que for condenado a reparar um dano, deverá fazê-lo de sorte que a situação patrimonial, e pessoal, do lesado sejam recompostas ao estado anterior. Logo,o montante da indenização não pode ser inferior ao prejuízo.  
 
                                               Desse modo, avulta afirmar, como conclusão lógica e inarredável, que o valor condenatório é ínfimo. Como resultado, deve ser revisto e majorado ao montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
III) Do Pedido
Diante ao exposto, requer que seja conhecido e provido o presente recurso inominado, reformando a decisão do Juízo a quo, nos limites acima pretendidos, para reformar a sentença e majorar a condenação sofrida em face dos danos morais causados à Recorrente, para R$10.000,00 (dez mil reais), levando-se em consideração a gravidade do dano e a condição socioeconômica das partes.
Termos em que, pede deferimento.
São Paulo, 14 de outubro de 2022.
Livia Aparecida Neves De Paula Eduardo
OAB/SP 198.820
1

Continue navegando