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Citologia Inflamatória ● Introdução O objetivo primordial da citologia cervicovaginal é a detecção de lesões pré-cancerosas do colo uterino, embora o método possibilite o reconhecimento e a intensidade dos processos inflamatórios. Lembrando, que a presença de microrganismos no esfregaço não sinaliza para infecção, pois na vagina são comuns bactérias como lactobacillus, Staphylococcus epidermidis, Streptococcus viridans, sem provocar doença. Até mesmo a Gardnerella vaginalis, que habitualmente provoca sintomatologia, pode eventualmente não despertar nenhuma reação. ● Características Citológicas Gerais ➢ Exsudato leucocitário É representado por leucócitos polimorfonucleares (neutrófilos) e piócitos nos processos inflamatórios agudos. Um exsudato linfocitário é característico da cervicite crônica folicular. Muito raramente pode se desenvolver uma reação inflamatória crônica granulomatosa, caracterizada por histiócitos epitelióides e células gigantes multinucleadas em resposta à tuberculose e a corpos estranhos como fios de sutura. E nem sempre processos inflamatórios são associados a um exsudato. Assim, como encontro de neutrófilos e piócitos (mesmo numerosos) não indicam necessariamente inflamação. É o que acontece na fase progestacional do ciclo menstrual, onde, mesmo em condições normais, o esfregaço contém inúmeros neutrófilos. ➢ Hemácias As hemácias bem e mal conservadas às vezes são encontradas nos esfregaços, pode-se associar a infecções severas, particularmente nas infecções por Trichomonas vaginalis. As pacientes idosas são mais suscetíveis a sangramento devido à atrofia do epitélio. ➢ Alterações no padrão citológico Consiste na mudança do tipo celular predominante no esfregaço, esperado para a idade da paciente. Assim, o encontro de numerosas células parabasais/profundas em mulheres na idade reprodutiva é anormal, podendo ser resultante de erosão ou ulceração do epitélio devido a processos inflamatórios severos. A presença inesperada de numerosas células escamosas superficiais em mulheres pós-menopausadas sem reposição hormonal pode ocorrer devido a um aumento da vascularização, geralmente nas infecções por Trichomonas. ➢ Resposta celular às agressões: alterações degenerativas e alterações reativas Os processos regressivos (retroplasia): - Caracterizados pela redução das atividades metabólica e funcional das células. - Associado ao envelhecimento fisiológico das células. - Surgirem como resposta às agressões, como: ❖ Traumas, substâncias tóxicas, diminuição do fluxo sanguíneo, agentes físicos (calor e irradiação) e patógenos. - O efeito desse processo pode ocorrer no… ❖ Citoplasma. ❖ Núcleo. 1. Citoplasmáticas/celulares - Vacuolização do citoplasma. ❖ Devido ao comprometimento das trocas de água, há um acúmulo no interior da célula. - Anfofilia/metacromasia. ❖ 2 ou 1 cor diferente. Ex: Intermediária e Profunda rosa. - Pseudoeosinofilia. ❖ Devido a alterações estruturais proteicas, o citoplasma pode perder a sua basofilia, aparecendo cinza ou avermelhado. - Halo perinuclear. - Palidez citoplasmática. ❖ Menor concentração de proteínas com uma maior diluição na água. - Bordas citoplasmáticas mal definidas. Citologia Inflamatória ❖ Por apagamento ou dobramento das bordas. - Citólise ❖ Rompimento da membrana celular e perda de conteúdo citoplasmático. - Esgarçamento citoplasmático. - Queratinização irregular. ❖ Só tem importância quando é muita. - Grânulos citoplasmáticos. 2. Nucleares - Núcleos desnudos. ❖ Decorrente da lise citoplasmática completa. - Pregueamento da borda nuclear. ❖ Pela perda de água, em que há diminuição do volume e enrugamento da membrana nuclear. - Hipercromasia ou Hipocromasia. ❖ Desnaturação de proteínas nucleares que alteram a afinidade com o corante. - Edema nuclear ❖ Aumento no tamanho nuclear sem aumento da cromatina. - Tumefação ou retração. - Cromatina com grânulos redondos e limites mal-definidos/borrados. Alterações celulares degenerativas. a - Leve pregueamento da borda nuclear devido ao enrugamento da membrana nuclear. b - Grumos de cromatina de forma arredondada. c - Aumento da relação nucleocitoplasmática, cromatina mal definida com aspecto “borrado” e borda nuclear lisa. As manifestações celulares que indicam necrose ou morte celular são: - Picnose (cromatina condensada). - Cariorrexe (fragmentação do núcleo). - Cariólise (dissolução nuclear). Processos Progressivos (Proplásicos): - Citoplasma ❖ Pérola ❖ Queratinoze ❖ Fagocitose ❖ Coilocitose (específico do HPV). - Núcleo ❖ Cariomegalia (aumento do núcleo). ❖ Hipercromasia (cromatina mais escura). ❖ Multinucleação. ❖ Irregularidade do contorno nuclear. - Célula ➢ Alterações Reativas - Hipercromasia. - Espessamento uniforme da borda nuclear. - Cromatina com granulação mais grossa. - Nucléolo às vezes proeminente especialmente nas células endocervicais. - Bi ou multinucleação, também mais comuns nas células endocervicais. Alterações inflamatórias nos esfregaços citológicos cervicovaginais. a - Fundo purulento. Papanicolaou, 400x. Numerosos neutrófilos são comuns nos processos inflamatórios agudos. Quando se sobrepõem às células epiteliais em mais de 75% do esfregaço, a amostra é considerada insatisfatória para a avaliação. b - Cervicite crônica folicular. Papanicolaou, 400x. Numerosos linfócitos em diferentes estágios de maturação. c - Vacuolização citoplasmática. Papanicolaou, 400x. Célula parabasal com vacúolos citoplasmáticos, Citologia Inflamatória provavelmente pelo acúmulo anormal de água. Trata-se de alteração degenerativa que pode se associar a processos inflamatórios. d - Anfofilia e pseudoeosinofilia citoplasmática. Papanicolaou, 400x. O citoplasma das células se apresenta corado em duas cores (anfofilia) ou assumindo cor rósea intensa (pseudoeosinofilia) devido a alterações na estrutura proteica nos processos inflamatórios. e - Halos perinucleares e cariólise. Papanicolaou, 400x. Na cariólise (seta), há a dissolução nuclear, restando uma área clara em substituição do núcleo. f - Núcleos tumefeitos com pregueamento das bordas nucleares (setas). Papanicolaou, 400x. A tumefação nuclear se deve ao acúmulo de água nos núcleos. Nesta figura também se observa hipocromasia nuclear devido à desnaturação das proteínas nucleares, alterando a sua afinidade pela hematoxilina. g - Cariorrexe. Papanicolaou, 400x. Na cariorrexe há a fragmentação dos núcleos (setas), indicando morte celular. h - Alterações reativas e degenerativas. Papanicolaou, 400x. A célula assinalada exibe núcleo volumoso com cromocentros e borda nuclear espessa, representando alterações reativas. As outras células na vizinhança mostram alterações degenerativas (cariólise, halos perinucleares). i - Células endocervicais com aumento nuclear e binucleação. Papanicolaou, 400x. Essas alterações reativas são associadas às vezes a processos inflamatórios. ● Infecções Bacterianas ➢ Lactobacillus vaginalis (bacilos de Doderlein) Correspondem a bacilos gram-positivos que fazem parte da flora vaginal normal. As enzimas desses microrganismos induzem à citólise das células epiteliais escamosas intermediárias que contêm glicogênio. O glicogênio citoplasmático é então metabolizado em ácido lático, que mantém o pH vaginal entre 3 a 4.2, atuando como um mecanismo de defesa. A citólise é reconhecida nos esfregaços pela: - presença de restos citoplasmáticos; e - núcleos desnudos de células intermediárias tendo na vizinhança numerosos bacilos. O predomínio de lactobacilos acontece na fase luteínica do ciclo menstrual, na gravidez, na menopausa precoce e durante a administração de hormônios, especialmente progestágenos. ➢ Bactérias Mistas Compreendem uma mistura de bacilos e cocos, que só podem ser identificados pela cultura microbiológica. Em mulheres adultas assintomáticas, essas bactérias são consideradas um achado normal. ➢ Gardnerella vaginalis/ Mobiluncus Correspondem a cocobacilos gram-negativos ou gram-variáveis. Cerca de 40 a 50% das mulheres que a apresentam são assintomáticas. São bacilossupra citoplasmático. Quando o pH vaginal é maior que 4.5, a Gardnerella pode se associar a outras bactérias, e essa infecção é definida como vaginose bacteriana. Clinicamente a condição é associada a corrimento vaginal branco-acinzentado ou amarelado, fluido, homogêneo, com odor de peixe estragado, às vezes com aspecto bolhoso. Assoc. a melhor ambiente para o HPV. No esfregaço citológico, a Gardnerella vaginalis tem a propriedade de aderir ao citoplasma das células Citologia Inflamatória escamosas superficiais e intermediárias conferindo-lhes uma aparência granular (células guia ou “Clue cells”). E possui bacilos curvos. É também característico o aspecto nublado, turvo, do fundo, especialmente na proximidade das células, devido a uma maior concentração de bactérias. Habitualmente há discretas alterações celulares degenerativas, e os neutrófilos são raros. Em raras ocasiões, bacilos ou cocos se sobrepõem às células escamosas, dando a falsa impressão de células-guia. Porém, nesse caso, o fundo não tem a aparência turva associada à infecção por Gardnerella. ➢ Cocos As bactérias cocóides presentes nos esfregaços podem ser gram-positivas ou diplococos gram- -negativos. Os estreptococos representam mais de 30% desse grupo, desenvolvem-se em pH alcalino e frequentemente se associam a Trichomonas vaginalis. Em esfregaços atróficos, como na infância e na menopausa, elas são mais comuns. ➢ Actinomyces É comum da cavidade oral e do TGI. É uma bactéria gram-positiva, anaeróbia, que ocorre sob a forma filamentosa. No trato genital feminino, o Actinomyces é relacionado ao uso de dispositivo intrauterino (DIU), cerca de 5-10% dos casos, especialmente por tempo prolongado. Em raros casos a bactéria pode ascender e se disseminar, ocasionando abscesso tubo-ovariano e até mesmo doença inflamatória pélvica. Nos esfregaços citológicos, aparece como estruturas filamentosas não septadas, em forma de aranha ou ouriço-do-mar, forma de tufo. Os filamentos se irradiam a partir de um centro denso e escuro, formando “bola de algodão”. Às vezes envolvidos por células inflamatórias. É tão rara a ocorrência de complicações associadas ao Actinomyces que a sua identificação no esfregaço citológico não é indicação de remoção do DIU ou de tratamento da paciente se a mesma for assintomática. ➢ Chlamydia trachomatis É uma bactéria gram-negativa, intracelular obrigatória que depende para o seu metabolismo dos nutrientes e energia da célula hospedeira. Mesmo que em muitos casos a infecção seja assintomática, pode determinar processos inflamatórios na vulva, vagina, no colo, endométrio e nas trompas. Insidiosa, está associada a DIP, cervicite e infertilidade por obstrução das trompas. A infecção por Chlamydia aumenta o risco de aborto espontâneo e morte fetal e pode disseminar ao neonato durante o parto, provocando conjuntivite de inclusão e pneumonia. Em homens, é causa comum de uretrite não gonocócica e epididimite. Citologia Inflamatória Alguns autores acreditam que ela se apresenta nos esfregaços cervicovaginais sob a forma de inclusões citoplasmáticas de diferentes tipos, dependendo do seu estágio de desenvolvimento.Os três tipos de inclusões: - Corpos elementares. ❖ Grânulos cocoides finos, eosinofílicos ou basofílicos. ❖ Eles são difusamente distribuídos no citoplasma finamente poroso ou são localizados na zona perinuclear. - Corpos reticulares. ❖ Condensação e transformação dessas partículas em inclusões maiores circundadas por vacúolos de paredes finas (inclusões em alvo). ❖ Tendem a ser cianofílicas e maiores que os corpos elementares. ❖ Essas inclusões clamídias geralmente revelam tamanho uniforme e distribuição perinuclear. - Corpos agregados. ❖ Grandes conjuntos de partículas finamente granulares eosinofílicas ou cianofílicas, dentro de grandes vacúolos citoplasmáticos. ❖ Esses vacúolos, que podem ocupar a maior parte do citoplasma, têm bordas distintas e se amoldam contra o núcleo. As inclusões correspondem geralmente a depósitos de muco, restos celulares e outras bactérias. Inclusões citoplasmáticas eosinofílicas, normalmente glandulares endocervicais. A citologia é um método pouco preciso, com baixa sensibilidade e especificidade na detecção de Chlamydia. A adaptação nacional do Sistema Bethesda (Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas, 2006) ainda mantém a expressão sugestivo de Chlamydia no setor de Microbiologia. Dada a imprecisão no reconhecimento dela no esfregaço citológico, questiona-se a sua inclusão no laudo diagnóstico. Por outro lado, a cervicite crônica folicular é atribuída formalmente à infecção por Chlamydia em quase 50% dos casos. Nos esfregaços cervicais, a condição é representada por numerosos linfócitos em diferentes estágios de maturação, predominantemente inativados (pequenos). Podem ser vistos mitoses e raros capilares. A chave para o diagnóstico é a presença de macrófagos de corpos tingíveis (macrófagos fagocitando linfócitos degenerados). A frequente associação desse tipo de cervicite com Chlamydia autoriza o citopatologista a sugerir a realização dos exames de Biologia Molecular, imunofluorescência e cultura para a investigação. ● Infecções micóticas - Candida sp. As infecções micóticas representam a causa mais comum de vaginite nas regiões tropicais, sendo que em 85% a 90% dos casos é de Candida albicans. Ocorre mais frequentemente na gravidez. A infecção geralmente envolve a vulva, a vagina e algumas vezes o colo uterino. As portadoras de Candida sp. são assintomáticas ou referem secreção vaginal espessa, branca, com prurido e ardor. Citologia Inflamatória No esfregaço vaginal se identificam hifas, pseudo-hifas e esporos redondos ou ovais com 3 a 7 micrômetros de diâmetro. Essas estruturas coram habitualmente em vermelho ou marrom. Nas hifas verdadeiras o protoplasma é contínuo entre o eixo principal e as ramificações. Em um grande número de amostras citológicas, evidenciam-se halos perinucleares, vacuolização citoplasmática e cromatina agrupada. É frequente o encontro de neutrófilos degenerados. Em algumas ocasiões o aumento nuclear é significativo e, quando associado à pseudoesoniofilia e halos perinucleares, pode ser difícil a diferenciação com alterações citopáticas pelo HPV, mas a infecção micótica as alterações são difusas. O exame das extremidades do esfregaço pode ser útil, pois a leve dessecação comum nessas áreas facilita o reconhecimento especialmente dos esporos que são maiores que aqueles presentes nos setores bem fixados da amostra. Não é possível a diferenciação citológica confiável entre as espécies de Candida albicans e Candida glabrata (não há pseudo-hifas). Esta última se apresenta exclusivamente sob a forma de esporos pequenos, menores que aqueles da Candida albicans, com tendência a se agrupar. ● Protozoários - Trichomonas vaginalis Corresponde a um protozoário flagelado, transmitido sexualmente, metade dos casos assintomáticos. Contudo, podem se associar a corrimento vaginal abundante de cor verde-amarelada e odor desagradável. Nos esfregaços citológicos, devido à degeneração, raramente se identificam os flagelos do parasita. Trichomonas é oval, varia de tamanho, sendo menor nos casos agudos e maior nos crônicos, e são piriformes, com limites mal definidos, às vezes contendo grânulos castanho-avermelhados indicando uma leve capacidade fagocitária. O seu núcleo é pequeno, excêntrico e hipocorado, redondo, levemente basofílico, de difícil identificação. Para a diferenciação com restos citoplasmáticos, a visualização do núcleo do parasita é essencial. Apenas o núcleo e, raramente, o axostilo são vistos no esfregaço cervicovaginal corado pela técnica de Papanicolaou. Citologia Inflamatória Na infecção por Trichomonas vaginalis, o fundo dos esfregaços geralmente é purulento, às vezes sob a forma de acúmulos focais de neutrófi los, que são conhecidos como balas de canhão. Há pseudoeosinofilia citoplasmática (frequentemente cianofílica) pronunciada, e são comuns os halos perinucleares. Os núcleos podemser volumosos, e pode haver cariólise e cariorrexe. É frequente a associação de Trichomonas com Leptothrix vaginalis. ● Infecções virais - Herpes vírus O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível causada pelos vírus Herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSC-2), este mais comum. Corresponde a um DNA-vírus de transmissão sexual. A infecção se manifesta clinicamente por febre, indisposição, mialgia e vesículas na pele ou mucosas da região genital. Essas lesões se rompem na sua evolução com o aparecimento de úlceras rasas que curam espontaneamente dentro de duas a quatro semanas. É comum a recorrência da infecção depois de um período de latência onde o vírus permanece inativo nas raízes dos nervos dorsais da medula espinhal. Os fatores responsáveis pela reativação do vírus são pouco conhecidos, atribuindo-se o estresse e a consequente queda do estado imunitário, um papel importante. Características citológicas: as alterações desencadeadas pelo vírus afetam as células escamosas parabasais, metaplásticas imaturas e endocervicais. Inicialmente se evidenciam citomegalia e cariomegalia. A seguir, devido à degeneração, a cromatina se torna rarefeita e os núcleos assumem um aspecto fosco, homogêneo. E o núcleo tem uma aparência “vitral”. Simultaneamente, restos persistentes de cromatina se depositam contra o folheto interno da membrana nuclear, resultando na aparência de borda nuclear espessada. É frequente a multinucleação onde os núcleos se amoldam uns aos outros. Em alguns casos, inclusões intranucleares grandes eosinofílicas rodeadas de halo claro podem ser observadas, não devendo ser confundidas com nucléolos, estes últimos geralmente menores e esféricos. O citoplasma das células acometidas é denso, opaco, devido a alterações da estrutura do citoesqueleto e à necrose por coagulação das proteínas. ● HPV - Papilomavírus Humano - DST mais isolada no mundo. - Frequência de 500.000 por ano, 18 a cada 100 mil mulheres têm o vírus. - 75 a 80% dos casos é durante um período na sua vida. - Se houver persistência, o risco é 14 vezes maior. - Vírus de DNA, com 8000 pares de bases. - Gene E6 e E7 são oncoproteínas que atuam sobre as proteínas p53 e retinoblastoma (Rb), induzindo a divisão celular e evitando a apoptose. - HPV tem atração pelo estrogênio. ➢ Alteração do epitélio escamoso Principal divisão dos tipos de HPV: Citologia Inflamatória - Alto risco oncogênico. ❖ Os tipos 16, 18, 31 e 45 que contribuem para mais de 80% dos cânceres cervicais. - Baixo risco oncogênico (relacionados a condilomas) ❖ Tipo 6 e 11. ➢ Variantes da infecção por HPV 1. Epissomal não replicante: - Vírus como partícula inativa extra-cromossômica (epissomal) que é detectada apenas por teste de DNA. - Esse tipo de infecção (latente) é extremamente comum, ocorrendo em até 50% das mulheres jovens sexualmente ativas. 2. Epissomal replicante: - O DNA viral é transcrito. - Este tipo de infecção resulta em uma lesão clinicamente ou subclininicamente detectavél. - Coilócito é específico para o HPV. 3. Integrada: - O DNA viral transforma o DNA do hospedeiro. - Cofatores, HPV de alto risco e co-mutágenos parecem necessários. ➢ HPV associado ao câncer Principais fatores determinantes: - Tipo de HPV; - Genética; - Imunidade. ➢ HPV na Adolescência - Exposição da junção escamocolunar do colo. - Metaplasia imatura. - Infecções latentes e subclínicas. ● Diagnóstico/Características citológicas É característico da infecção por HPV: - Coilocitose. ❖ Ocorre em células escamosas superficiais e intermediárias que exibem cavitação perinuclear bem demarcada e condensação periférica do citoplasma, com aumento do tamanho e hipercromasia nuclear, às vezes bi ou multinucleação, além de cromatina com grânulos. - Disqueratose. - Macrócitos. Os exames mais sensíveis e específicos na detecção do HPV são os testes moleculares, como: southern blot, dot blot, hibridização in situ, PCR e “captura híbrida”.