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CEFALEIA 1 CEFALEIA No mundo 10% dos pacientes possui cefaleia secundária, enquanto no pronto socorro elas correspondem a 40% dos casos. Algumas das doenças que podem causar cefaleia secundária são: COVID, sinusite, TCE etc. Para diferenciar uma dor de cabeça primária de uma secundária é usado os Red Flags (Sinais de alarme). ANAMNESE CEFALEIA 2 Dados do exame físico que são sugestivo de cefaleia secundária? Exame geral: sinais de sepse e toxemia, emergências hipertensivas, síndrome consumptiva. Estado de consciência: rebaixamento do nível de consciência, agitação e estado confunsional. Alteração focais ao exame neurológico: assimetria de força, reflexos profundos, sensibilidade ou coordenação. Alteração do equilibrio ou marcha. Papiledema. Alterações visuais. Motricidade ocular alterada. Reflexos pupilares. Sintomas autonômicos (miose, ptose, lacrimejamento, hiperemia conjuntival e rinorreia unilateral). Sinais meningeos Inspeção e palpação da cabeça ( lesões de pele vesico-bolhosas; turgência, enrijecimento e dor a palpação temporal em paciente maiores de 50 anos, alodínea na emergência dos nervos occipitais maiores e menores), palpação da articulação temperomandibular. CEFALEIA 3 Ausculta (cervical, olho, cranio): presença de sopro CEFALEIA 4 Sinais de alarme Sintomas sistêmicos: febre, perda de peso, sintoma de via aérea superior, otalgia, etc. Neoplasia (pulmão, Mama, melanoma são as neoplasias que mais causam metástase cerebral ). Geralmente paciente com câncer ativo não tem apenas dor de cabeça isolada por mais 12 semanas, maioria das vezes possui outro sinal ou sintoma associado. N- deficit neurológico focal Onset→ Início súbito: começo e pico de intensidade < 1h. CEFALEIA 5 Older→ idade maior que 50 anos → Paciente não tinha dor de cabeça antes aparece uma cefaleia nova no idoso, é necessário pensar em causas secundarias. Em idosos pensar na possibilidade de arterite de células gigantes, cujo o principal achado é dor a palpação das artérias temporáis (ocorre em 80% do casos) Padrão Padrão agudo emergente: paciente começa a dor a poucos dias e esta vai piorando ao longo dos dias (causa secundária) Padrão agudo recorrente: crises de dor que passam e retornam ao longo dos anos (causa primária) Crônica progressivo: paciente que tem dor há mais de 3 meses, muito frequente a dor todos os dias ou mais de 15 dias do mês, a dor as vezes some e volta, de intensidade variada, mas analisando o padrão de dor ao longo dos meses você percebe uma piora da dor. (causa secundária) Crônico não progressivo: paciente que tem dor há mais de 3 meses, muito frequente a dor todos os dias ou mais de 15 dias do mês, a dor as vezes some e volta, de intensidade variada, mas analisando o padrão de dor ao longo dos meses é notável que não ocorre piora da dor. (causa primária) Posicional → Dor de cabeça que piora ao deitar fala a favor de uma hipertensão intracraniana. Dor de cabeça que piora ao levantar fala a favor de uma hipotensão intracraniana. Precipitada : dor de cabeça que ocorre após efetuar manobra de valsava. Ex: evacuar, tossir, atividade sexual, exercício físico. Se ocorre uma dor de cabeça nova que ocorre ao efetuar alguma dessas ações pensar em dor de cabeça secundária. Papiledema: CEFALEIA 6 Progressiva ou atípica → cefaleia com padrão crônico progressivo ou atípica ( dor de cabeça em que não se consegue classificar dentro da classificação de cefaleia primária) P- Gravidez ou puerpério → maioria das cefaleias primárias tendem a melhorar durante a partir do 2-3° semestre, porém deve se atentar a um dor de cabeça nova durante esse período. Painful eye and autonomic symptoms→ Dor de cabeça acompanhada de dor periobitária e sintoma trigemeo autonômicos (ex: Olhos vermelhos, doloridos, ptose palpebral, lacrimejamento, inchaço na palpebra) característico de causas secundárias, pensar em patologias oftalmológicas. Toda cefaleia trigemeoautonomica é investigada. Post traumatic onset → Cefaleia nova pós trauma = pensar em tudo relacionado ao trauma que pode dar cefaleia. Pathology of the imune system → paciente imunesuprimido Painkiller or new drug at onset →Cefaleia por uso excessivo de medicação, dor de cabeça que surge em pacientes que fazem uso de muitas drogas abortivas de dor de cabeça (medicação para crise- somatriptano, anti-inflamatório). Desenvolvida ao longo dos anos. Não é a procura principal do paciente ao PS. Lembrar que alguns medicamentos podem causar cefaleia: cefalosporina de 3° geração, anticoncepcional (pode piorar alguns quadros de enxaqueca- durante o período de pausa a queda de estrogênio pode modular enxaqueca), vasodilatadores (BCC, nipride, viagra, hidralazina), uso de hormônio tireoidiano para emagrecer. CEFALEIA 7 Investigação : Na presença de um desses sinais de alarmes é feito investigação, sendo o padrão ouro a RM. A TC é suficiente para excluir causas graves que precisam ser descartadas imediatamente. Sem sinais de alarme NÃO se deve fazer exame de imagem. Cefaleias secundárias Trombose venosa cerebral Trombose de seio dural ou veia cerebral. Mais frequente em mulher do que homem, idade acima de 39 anos. Fatores de risco: ▪Trombofilia ▪ Contraceptivo hormonal oral ▪ Gestação – puerpério ▪ Neoplasia ▪ Infecção de vias aéreas superiores ▪ Traumatismo craniano e cervical ▪ Infecção por SARS-CoV-2 ▪ 5 a 30 dias após vacina adenovírus- baseada para SARS-CoV-2 (AstraZeneca e Jansen) –VITT (Vaccine-induced thrombotic thrombocytopenia) Quadro clínico: cefaleia de padrão agudo emergente (começou a poucos dias e vai piorando ao longo do tempo). Porém pode acontecer com cefaleia subita também. Diagnóstico CEFALEIA 8 ▪ TC crânio — 30% dos casos é normal — Rápido e disponível Sem contraste se visualiza sinal do delta cheio ou o sinal da corda. Quando se tem contraste o achado que se procura o delta vazio. Possível visualizar complicações: ▪ AngioTC venosa intracraniana — S 95% e E 91%→ mais sensivel — Precisão ao menos semelhante à RM crânio —Contribui quando não se pode ou não quer administrar contraste, possivel visualizar trombose em T2*. Tc sem contraste se procura o Sinal do delta cheio. TC com contraste sinal do delta vazio. ▪ RM crânio com AngioRM venosa intracraniana — Classicamente considerado exame não invasivo de escolha — Pode ser realizada sem contraste CEFALEIA 9 Ajuda nas sistuações em que se tem uma dúvida do diagnóstico ou quando o paciente não pode utilizar contraste. ▪ Angiografia cerebral: gold standard Tratamento é feito com anticoagulação iniciada com por via parenteral (usado heparina de baixo peso molecular, se não tiver realiza com heparina não fracionada) e quando o paciente esta para ter alta é passado para via oral (varfarina) durante 3-6 meses. Se tiver sangramento ainda é feito anticoagulação com heparina não fracionada e faz monitorização, pois o sangramento decorre do congestionamento de sangue que faz com que ocorra um extravasamento de sangue, não tem rompimento claro de veia. Além disso é necessário investigar trombofilia e demais fatores de risco. Se o paciente apresentou crise realizar prescrição de farmacoantiepilético Complicações Hemorragia Intraparenquimatosa: mulher jovem com hematoma não profundo. CEFALEIA 10 Infarto venoso: pode gerar micro avc’s isquêmicos gerando um sangramento do AVCi arterial que é bem delimitado. Cefaleia em trovoada Quadro clínico: Dor de inicio súbito em que a progressão para o pico de dor ocorre em até 1 min. Causas causa mais frequente é enxaqueca, infecções HSA, TVC, RCVS-PRES, Dissecção vascular. Síndrome de Vasoconstrição Cerebral Reversível (RCVS-PRES) Doença de natureza habitualmente benigna, caracterizada pela ocorrência de múltiplos focos de vasoespasmo das artérias cerebrais, completamente reversíveis. Gera um padrão de “salsicha”. Ocorre em pacientes com predisposição genetica e exposição a alguns gatilhos (drogas adrenergicas, feocromocitoma,hipocalcemia, hipercalcemia; inibidores seletivos da recaptação de serotonina; relação sexual e gestação). Em geral é uma doença benigna. O sintoma mais importante é a cefaleia em trovoada recorrente, cuja a duração curta é (1-3h), recorrem cerca de 4 vezes ao longo de 1-4 semanas. Pode ocorre deficit neurológico focal e ocasionar epilepsia. Incidência estimada em 3 a cada 106 pessoas. 2-10 mulheres para cada 1 homem. Idade média 42-44 anos (4 meses a 65 anos). Complicações AVCi, HS de convexidade, Hemorragia lobar. Diagnóstico Cefaleia → realiza líquor (resultado normal)→ realizado um estudo de vasos (onde aparece os vasoespasmos)→ da alta ao paciente e encaminha para seguimento ambulatorial onde ele ira repetir o exame após duas semanas e os vasoespasmos terão desaparecido. Geralmente interna paciente e pede avaliação da neurologia. Tratamento CEFALEIA 11 Sempre descobre o gatilho e retira, realiza o tratamento da dor, caso paciente tenha tido crise epilética sintomática e aguda é prescrito antiepilético. Único tratamento direcionado é bloqueadores de canal de cálcio (nimodipina e verapamil) podem ser considerados → não alteram história natural porém reduzem a cefaleia. Não tem indicação de usar corticosteróides. Hipertensão intracraniana Sinais e sintomas clínicos Cefaleia→ piora a noite e ao despertar (pois é o momento que fica deitado que faz piorar a dor) , piora em grandes altitudes, possui padrão crônico progressivo, piora á manobra de valsalva; Obscurecimento visual transitório→ Embaçamento parcial ou completo da visão de um ou ambos os olhos com duração seg a poucos min. Surge tipicamente ao movimentar olhos ou se levantar após agachado; isso decorre do papiledema. Vômitos em Jato Explosivo ou projeto→ súbito, habitualmente não precedido por náuseas; com alta pressão Embaçamento visual, diploplia por Paresia do n. abducente; Papiledema→ papila optica é o ponto em que o nervo optico se insere na retina- a bainha que reveste o nervo é a continuação da meninge, assim o espaço liquorico se continua entre o nervo óptico e a bainha, por isso o aumento da pressão no espaço aracnoide causa aumento da pressão na bainha fazendo com que ela fique inchada (na oftalmoscópia: se perde a delimitação, vasos podem comprimir e causar embaçamento visual), zombido no ouvido como se fosse um coração pulsando. Causas CEFALEIA 12 lesão com efeito de massa, hematoma subdural, TVC, meningite, hidrocefalia, Hipertensão intracraniana idiopática Investigação RM de crânio, punção lombar com o paciente em decúbito lateral para aferição de pressão de abertura- níveis superiores 25 cmH2O deve indicar hipertensão intracraniana. Tratamento: Inicio Acetozolamida Topiramato, Derivação ventriculoperitonial, Fenestração de nervo óptico, Angioplastia com stent de seio venoso transveso, Cirurgia bariátrica) Hipotensão intracraniana Apresentação clínica Paciente apresenta cefaleia que piora ao longo do dia (melhora ao ficar em pé), devido posição ortostatica. Piora à Valsalva. Melhora em grandes altitudes Em geral subagudo, porém pode ter curso crônico. Causas Cotidiano→ pós procedimento → coleta de líquor, raquimedular. Tem inicio em geral até 72 horas (mas pode ser até 2 semanas após) do procedimento e resolve-se espontaneamente em até 7 dias. Geralmente ocorre dor occipital. CEFALEIA 13 Espontânea (raro – prevalência 0,05%) → Sexo feminino, hipermobilidade articular (Sd. de Ehlers Danlos, Sd. de Marfan)— Secundário a fístulas durais espontâneas ou comunicação entre veia e espaço (fístula venoliquórica) — Tratamento com blood patch epidural. Tratamento pós procedimento: Tratamento inicial é conservador. Repouso absoluto em decúbito dorsal horizontal por 24-48 hrs. Analgésico simples e AIN-H Cafeína 300mg 1xd. Casos persistentes ou incapacitantes são tratados com Blood patch (é coletado sangue do paciente e o joga no espaço peridural, gerando um processo inflamatório que leva a cicatrização). Em geral 1-2 blood patch, resolvem. Arterite de Células Gigantes Incidência Raro. Mais comum na população escandinavo. Mais frequente em mulher. Pessoas com mais de 70 anos, incomum antes dos 50 anos de idade. Definição Vasculite sistêmica idiopática mais comum. É caracterizado por uma arterite de células gigantes (células de langerhans), que acomete vasos de médio calibre e extracranianos (musculatura mastigatória, olho). Características clínicas Cefaleia, geralmente na região temporal e esta associada frequentemente ao espessamento das artérias temporais. Outros sintomas: sintomas visuais (Amaurose fugax→Perda completa ou parcial (em cortina), abrupta e transitória da visão (<1h e habitualmente segundos) de um olho). Diploplia e perda definitivamente de visão), Polimialgia reumática (Dor e rigidez em musculatura axial (cíngulos, pescoço e dorsal) pela manhã), Sintomas constitucionais (Febre baixa (20%), Fadiga, Perda ponderal, Anorexia, Sudorese noturna, Poliartralgia proximal, Poliartrite distal), Claudicação massetérica (Dor ou fadiga em musculatura mastigatória), AVCi, Claudicação de membro. Diagnostico: Quadro clínico + Biópsia de artéria temporal ( necessário saber a área que esta mais inflamada, pois há partes em que não tem inflamação, por isso a biopsia é guiada por CEFALEIA 14 ultrassom, em que ira ter o sinal do halo-pouco fluxo e a parede espessada) O PCR e/ou VHS elevados, o que contribui em caso de dúvida de diagnóstico —89% dos VHS > 50mm Tratamento ▪ Corticoterapia — Sem comprometimento visual: prednisona 1mg/kg VO — Com comprometimento visual: metilprednisolona 1g EV 1xd por 3 dias → prednisona 1mg/kg VO ENCAMINHAR PARA NEURO ▪ AAS: casos de risco de AVC ▪ Ao longo de seguimento,em pacientes mais idosos é feita a tentativa de troca de corticosteróide por outro imunomodulador: — Metotrexato — Tocilizumabe (anti-IL-6) Cefaleias primária Migrânea ou Enxaqueca Mulheres, geralmente de 20-40 anos de idade, dor de cabeça começa com prodromo (24-48 hrs antes da dor paciente começa a ter sensação de fadiga, fotofobia, incomodo com som, compulsão por doce, humor mais pra baixo), alguns podem ter áurea (fenômenos neurológicos positivos → pontos brilhantes na visão e parestesia que duram ate uma hora seguido por um fenomeno negativos (perda de sensibilidade)- , que costuma acontecer durante a crise de dor ou até uma hora antes, sendo transitória durante de minutos a no máximo 1 hora. A aurea mais tipica é a teicopisia (padrão em fortificação)→ Sensação visual de uma centelha em forma de ziguezague, deixando pra trás um embassamento. Crise→ 60% dos casos é hemicraniana, pulsátil. Paciente se isola de barrulho e luzes. Piora ou desconforto com esforço físico, luz, barulho. 1/3 dos pacientes podem ter naúseas e/ou vômito, 3/4 podem ter junto com a dor ou precedendo a dor uma dor no pescoço, 15% pode causar diarreia, 1/3 intolerância a cheiro. Pósdromo→ sintomas parecidos com o do podromo. CEFALEIA 15 Diagnóstico possui critérios: Migrânea sem aurea A. ≥ 5 crises B. Duração 4-72h se sem tratamento ou sem resposta terapêutica C. Características de dor ≥ 2: ‒ Unilateral ‒ Pulsátil ‒ Moderada a forte intensidade ‒ Piora com atividade física habitual D. Sintomas Associados ≥ 1: ‒ Náuseas E/OU vômitos ‒ Fotofobia E fonofobia E. Excluído demais causas Migrânea com aura A. ≥ 2 crises B. ≥ 1 dos sintomas completamente reversíveis: visual, somestésico, linguagem, motor C. ≥ 3 das seguintes características ‒ Desenvolve-se em ≥ 5min ‒ presença de ≥ 2 sintomas consecutivos ‒ Cada sintoma tem duração de 5-60min ‒ Ao menos 1 dos sintomas é unilateral ‒ Ao menos 1 dos sintomas é positivo ‒ Sintomas concomitantes ou seguidos de cefaleia em ≤ 60min D. Excluído demais causas Tratamento <72 hrs do inicio dos sintomas: Colocar paciente em um ambiente escuro e silencioso. Se paciente estiver desidratado faz reidratação, se estiver com naúseas administrar metoclopramida (plasil) oudimenidrato (dramin) 300 mg EV ou 500 mg IM, prescrever um analgésico simples (dipirona) 1g EV, mais AINE (cetroprofeno) 100 mg EV/IM. Se dentro de uma hora não melhorar administrar um triptano (somatriptano 6 mg SC ou intranasal) e aguardar 2 CEFALEIA 16 hrs, caso não melhore repetir o (somatriptano 6 mg SC), se não melhorar procurar um neurologista ou transferir para um serviço terciário. Na prática no SUS se não passar com a primeira parte do tratamento (até o triptano) se trata com dor de cabeça com mais de 72 hrs. Os triptanos são contraindicados para arteriopatas (coronopatia, AVCi prévio) >72 hrs do inicio dos sintomas: estatus migranosa (Mais dificil de tratar com alta taxa de recorrência. Os triptanos não funcionam mais. Colocar paciente em um ambiente escuro e silencioso, deixar o paciente em jejum e realizar um reidratação EV com 500 ml de SF 0,9%, administrar metoclopramida (plasil) ou dimenidrato (dramin) 300 mg EV ou 500 mg IM, prescrever um analgésico simples (dipirona) 1g EV, mais AINE (cetroprofeno) 100 mg EV/IM e corticoide (dexametasona 10-25 mg Ev, pois diminui o risco de recorrência precoce) após 1 hora se o paciente não melhorar realiza clorpromazina 0,1-0,25/kg IM, após 1 hora pode ser feita outra dose de clorpromazina 0,1-0,25/kg IM, e aguardar 1 hora, se paciente não melhora realiza a ultima dose de clorpromazina, caso ele não melhore paciente é transferido para neurologia para investigação. Clorpromazina é um antipsicótico de primeira geração, cujo os efeito colaterais são sonolência e hipotensão ortoestatica ( não dar alta automaticamente, pedir que ele não dirija- e sempre expandir o paciente com um pouco de soro devido a hipotensão). Cefaleia tipo tensão (tensional) Featruless, não tem muita especificação de quadro clínico, geralmente uma dor de cabeça em peso, que dura de minutos a dias, podendo ser de intensidade leve a moderada, bilateral ou holocraniana, não pulsátil, não costuma causar náuseas, pode ser acompanhada de fono ou fotofobia. Critérios diagnósticos Cefaleia tipo tensão episódica A. ≥ 10 crises que ocorrem < 15 d/mês (180 d/ano) B. Duração de 30min a 7 dias C. Características de dor ≥ 2: ‒ Bilateral ‒ Pressão ‒ Leve a moderada CEFALEIA 17 ‒ Não piora com atividade física habitual D. Presença de ambos: ‒ Sem Náuseas NEM vômitos ‒ Ausência fotofobia E fonofobia; ou presença de apenas 1 desses sintomas E. Excluído demais causas Cefaleia tipo tensão crônica A. ≥ 15 d/mês (180 d/ano) B. Duração horas a dias ou contínua C. Características de dor ≥ 2: ‒ Bilateral ‒ Pressão ‒ Leve a moderada ‒ Não piora com atividade física habitual D. Presença de ambos: ‒ Sem náuseas moderadas a intensas NEM vômitos ‒ Ausência ou presença de apenas 1: fotofobia, fonofobia, náuseas leves E. Excluído demais causas Tratamento: ▪ Analgésicos simples — Dipirona 500-1000mg 6/6h — Paracetamol 750-1000mg 6/6h ▪ Podem ser utilizadas associações com cafeína ou ▪ Anti-inflamatórios não estoidais — Ibuprofeno 400-800mg 6/6h — Diclofenaco de sódio 50mg 8/8h — Cetoprofeno 50mg 6/6h — Naproxeno 500mg ataque e após 250mg 6/6h Cefaleia em Salvas CEFALEIA 18 Esse grupo de Cefaleias trigêmino- autonômicas→ tem em comum o seguinte conjunto de sinais e sintomas: lacrimejamento, hiperemia ocular, miose, hiperemia da face, rinorreia, ptose palpebral ou edema de palpebra. As crises são recorrentes e se caracterizam por ciclo circadianos (com ataques predominando no período da noite) e circanuais. Predominante no sexo masculino. Sempre investiga, por isso se encaminha ao neurologista. Características clínicas Side-locked→ unilateral (raramente troca de lado, apenas 15% dos casos) Excrutiating→ dor excruciante de duração curta (dura m Autonomic & Agitated → sintomas trigemeo autonomico, mais comum lacrimejamento, mas 7% não tem fenomeno autonomico, porem tem agitação ( grita, levanta, anda de um lado pro outro, comportamento autoagressivo- risco de suicídio) Recurring → Padrão recorrente, acontece no começo da noite, padrão em salvas paciente passa de 4-8 semanas tendo dor de cabeça várias vezes ao dia, passando esse período paciente não apresenta mais os sintomas e estes sintomas voltam no outro ano ( geralmente em transição de época) Critérios de diagnóstico A. ≥ 5 crises que preencham os seguintes critérios: B. Dor unilateral orbitária, supraorbitária e/ou temporal, de intensidade forte ou muito forte, com duração de 15-180 min (se não tratada) C. Ao menos 1 dos seguintes: ‒ Ao meno 1 dos seguintes, ipsilateral a cefaleia: injeção conjuntival e/ou lacrimejamento, congestão nasal e/ou rinorreia, edema palpebral, sudorese de fronte e face, miose e/ou ptose ‒ Agitação ou sensação de inquietação D. Frequência de crises varia de 1 a cada dois dias a 8 por dia durante mais da metade do tempo da salva E. Excluído demais causas Tratamento CEFALEIA 19 Oxigenioterapia a 100%, ofertado em máscara não reinalante (caso não tenha realiza cepap, com baixa pressão), ofertar de 10-15 l/min por pelo menos 20 min, paciente sentado. Ofertar 20-30 min, se não melhorar para a oxigenioterapia. Alternativa: sumatriptano 6mg SC ▪ Analgésicos simples, AINH e opioides são ineficazes ▪ Orientar evitar desencadeantes durante o período de salvas ▪ Encaminhar para seguimento com neurologista
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