Buscar

matriz_conhec_pedag_romário_falci_sociologia_da_educacao

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Conhecimentos Pedagógicos 
Sociologia da Educação 
 
FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA 
Segundo Luckesi, ao longo da história a educação e a escola tem se constituído de 3 
funções sociais. 
 
Correntes sociológicas na educação 
Candido Alberto Gomes (A Educação em Novas Perspectivas Sociológicas ) 
Funcionalismo 
Emile Durkheim 
"a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E quanto mais 
eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a 
escola esteja inserida.” 
É ligada a sociedade capitalista e a tendência liberal. 
A sociedade e comparada a um organismo na qual busca sempre um equilíbrio 
(homeostase), que se exemplifica no consenso para a convivência harmoniosa. 
A estratitificação social é necessária para o bem social Mantendo o status Quo. 
Conhecimentos Pedagógicos 
 
PENSAMENTO POSITIVISTA 
Auguste Comte: Uma civilização pacífica, racional e científica. Seu objetivo era formar 
um sistema de pensamento racional que atuasse como uma “doutrina” para 
transformação evolutiva do ser humano. 
Essa evolução só irá ocorrer através de uma reorganização moral e política da 
sociedade. 
“Comte era contrário ao contratualismo e ao liberalismo econômico, para ele levariam 
a anarquia, por conceber a existência de indivíduos autônomos, dedicados 
exclusivamente à realização de seus objetivos egoístas.” ( Piletti 2010) 
 
Transformação evolutiva do ser humano 
“O Homem deveria, assim, elaborar suas ideias e organizar sua vida em sociedade 
apoiado em conhecimentos científicos, criados com base na observação pura e neutra 
da realidade, com objetividade e rigor, os quais por isso levariam a um consenso sobre 
a forma mais adequada de organizar a sociedade urbano industrial da época, 
possibilitando o planejamento racional de seu desenvolvimento.” (Piletti 2010). 
 
PENSAMENTO POSITIVISTA 
Durkheim ( A Sociologia e os fins da educação) 
Nasceu na França, de uma família de rabinos. É mais conhecido como sociólogo, mas 
também foi pedagogo e filósofo. 
Conhecimentos Pedagógicos 
Durkheim foi o sucessor de Comte na França. Pai do realismo sociológico, explica o 
social pelo social, como realidade autônoma. Tratou em especial dos problemas 
morais: o papel que desempenham, como se formam e se desenvolvem. Concluiu que 
a moral começa ao mesmo tempo que a vinculação com o grupo. Ele via a educação 
como um esforço contínuo para preparar as crianças para a vida em comum. Por 
isso, era necessário impor a elas maneiras adequadas de ver, sentir e agir, às quais elas 
não chegariam espontaneamente. 
 
“Durkheim incluiu na sua sociologia o que ele denominou de estudo dos Fatos 
Sociais, ou seja aquelas formas de agir e de pensar, passageiras ou duradouras, que 
podem influenciar as condutas individuais de forma coercitiva, impondo-se aos 
indivíduos muitas vezes sem que estes percebam as origens coletivas dessas 
concepções práticas ou costumes.” (Piletti 2010). 
“Fato Social, leva o ser social ao ser individual, ou o ser moral ao animal, levando 
indivíduos a desenvolver certas maneiras de pensar, de sentir ou de agir que não 
teriam se viessem em outros grupos humanos.” (Piletti 2010). 
Ficha 
Redenção + Funcionalismo + Positivismo 
 
Manter Status Quo 
 
Marxismo 
Prioriza a lutas de classe. 
A análise marxiana é de que na sociedade dividida em classes, a educação não é igual 
para todas as classes, visto que os interesses das mesmas são antagônicos. 
A educação reprodutora é a transmissora da ideologia capitalista que prioriza o saber 
fazer, a dominação e o controle dos modos de produção. 
Conhecimentos Pedagógicos 
PEDAGOGIA SOCIALISTA 
Pensamento de Karl Marx 
“Para Marx a Educação não é algo pronto, algo a ser imposto para as cabeças vazias 
das novas gerações. Assim ele é contrário ao pensamento positivista.” (Piletti 2010 ) 
“Assim, a perspectiva Marxiana considera a educação uma relação social que se 
estabelece entre sujeitos de uma sociedade. Como a sociedade é encarada como um 
processo social em mutação constante, a educação é um elemento que também deve 
ser considerado também em permanente transformação.” (Piletti 2010) 
“A ação Humana influencia os processos de Transformação da sociedade.” (Piletti 
2010) 
Surge aí o Materialismo Histórico Dialético 
 
Neomarxismo: 
Gramsci: mantém os mesmos conceitos do Marxismo com os valores ideológicos, 
porém começa a contestar os fatores materiais e seu pessimismo, ou seja, A pessoa 
pode reagir aos pensamentos da ideologia. 
Não são mais meros receptáculos. 
A transformação da sociedade irá acontecer a partir da divulgação de pensamentos 
contrários aos da burguesia, de intelectuais advindos da classe trabalhadora. 
 
Pedagogia Socialista de Gramsci 
“Seria possível dizer que todos os Homens são intelectuais, mas nem todos os Homens 
tem na sociedade a função intelectual”. ( Piletti 2010) 
“ Gramsci valorizava a escola humanista tradicional, mas ele também valorizava o 
ensino profissionalizante das escolas técnicas, propondo uma unificação entre elas”. ( 
Piletti 2010) 
• Classes dominantes x Subalternas , Educação, “ Guerra de posições” 
“Gramsci ,enfim, concebe uma educação escolar que não se transforma numa forma 
de domesticação da mão de obra para empresas capitalistas. A educação das novas 
gerações envolveria segundo seu entendimento, uma formação disciplinar, ao mesmo 
tempo técnica e voltada para o cultivo de valores do conhecimento mais amplo 
possível, difundindo uma cultura humanística. Para tanto seria necessária a formação 
Conhecimentos Pedagógicos 
pedagógica tanto dos alunos como dos próprios educadores para que tivessem uma 
preparação adequada a essa conexão entre educação e vida social” (Piletti 2010) 
 
Ficha 
Reprodução + Marxismo + Neomarxismo 
 
Começar a contestar a manutenção do status quo. 
 
Multiculturalismo 
Tem como princípios básicos a diversidade, o pluralismo, o respeito e igualdade social 
e formação de um cidadão crítico. 
Saviani e Paulo freire 
“De forma que a educação é um fenômeno relacional, não só porque o aprendizado 
se dá a partir da interação, mas porque esta deve dar condições ao homem para se 
relacionar consigo mesmo, com outros seres humanos e com a natureza. Portanto, a 
educação é parte integrante da práxis, já que tem por finalidade capacitar o homem 
para intervir e modificar o mundo.” 
Paulo Freire 
 
Concepções de Multiculturalismo na atualidade segundo Stuart Hall 
• Multiculturalismo Conservador: Os dominantes tentam assimilar as minorias 
diferentes às tradições e aos costumes da maioria. 
• Multiculturalismo Liberal: Os diferentes devem ser integrados como iguais na 
sociedade dominante. A cidadania deve ser universal e igualitária, mas no 
domínio privado os diferentes podem adotar práticas específicas. 
• Multiculturalismo Pluralista: Os diferentes grupos devem viver 
Conhecimentos Pedagógicos 
separadamente dentro de uma ordem política federativa. 
• Multiculturalismo Comercial: as diferenças entre os indivíduos e os grupos 
deve ser resolvidas nas relações de mercado e no consumo privado, sem que 
sejam questionados as desigualdades, poder e riqueza. 
• Multiculturalismo Corporativo (público ou privado): A diferença deve ser 
administrada, de modo que os interesses culturais e econômicos das minorias 
subalternas não incomodem os interesses dos dominantes . 
• Multiculturalismo Crítico: Questiona a origem das diferenças, criticando a 
exclusão social, a exclusão política, as formas de privilégio e hierarquia 
existentes nas sociedades contemporâneas. Apoia os movimentos de 
resistência e rebelião dos dominados. 
 
QUESTÕES RACIAIS E O EUROCENTRISMO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR 
O EUROCENTRISMO é um tipo de preconceito que suscita a tendência de avaliar a 
aparência física dos indivíduos, as ideias, os costumes, os comportamentos, as 
religiões e as formas de conhecimento de literatura, artes, filosofia e ciências, próprias 
das sociedades europeias comosuperiores em relação aos seres humanos, às culturas 
e às civilizações das outras regiões do mundo. 
“Para superar o eurocentrismo, de início, é necessário o estudo crítico dos problemas 
provocados pelos choques entre as diversas formas de vida coletivas e culturas dos 
grupos humanos da América, África e Ásia com os colonizadores europeus, uma vez 
que após tais choques ocorreram a destruição das condições materiais de vida dos 
primeiros, seu desenraizamento espacial e a mestiçagem cultural que acabaram por 
provocar sua marginalização e a dominação pelas potências coloniais”. ( Piletti 2010, 
pág 135). 
“As cotas são consideradas por seus defensores um instrumento a ser utilizado pela 
sociedade brasileira para compensar as deficiências de aprendizagens constatadas 
entre os alunos negros e acelerar o fim da barragem racista que sofrem. Para tanto o 
sistema universitário deve continuar a formular e a desenvolver políticas institucionais 
de investimento em recursos materiais e intelectuais que ataquem os problemas de 
formação decorrentes das condições socioeconômicas, educacionais e culturais dos 
alunos negros”. (Piletti, 2010 pág 146) 
 
 
Conhecimentos Pedagógicos 
Ficha 
Transformação + Multiculturalismo 
 
Romper com status quo. 
 
Paulo Freire 
Educador da tendência pedagógica libertadora. 
Foi um dos principais educadores que influenciaram a pedagogia crítica. 
A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o 
objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em 
contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o 
educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não 
seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o 
educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado. 
Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a 
escolarização como para a formação da consciência política. 
 
Método de Paulo Freire 
Consiste em 3 etapas 
Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas 
mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da 
comunidade onde ele vive. 
Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo, através da 
análise dos significados sociais dos temas e palavras. Codificação e decodificação da 
etapa anterior, Contextualizando-os. 
Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia o aluno por 
Conhecimentos Pedagógicos 
experiências concretas e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo, 
para uma postura conscientizada. 
 
Obs.: Importante 
O método nasceu em 1962 quando Freire era diretor do Departamento de Extensões 
Culturais da Universidade do Recife onde formou um grupo para testar o método na 
cidade de Angicos, RN onde alfabetizou 300 cortadores de cana em apenas 45 dias, 
isso porque o processo se deu em apenas 40 (quarenta) horas de aula e sem cartilha. 
Freire criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a cartilha como ferramenta 
central da didática para o ensino da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam pelo 
método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que 
comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo Eva viu a uva, o 
boi baba, a ave voa, dentre outros. 
Em Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire discorre sobre como os professores devem 
ensinar os alunos, criando uma ação transformadora. Para isso, explica sobre a ética 
crítica, a competência científica e a amorosidade autêntica, com base em engajamento 
político. Depois de ler o livro, você saberá sobre como deve ser a formação de um 
educador e como uma boa relação com o educando é importante. 
Freire acreditava que se os alunos forem orientados por meio de um diálogo político-
pedagógico, há uma possibilidade de aproximação crítica do conhecimento e sua 
recreação. 
 
O livro é divido em três partes. São elas: 
1. Prática docente: primeira reflexão 
2. Ensinar não é transferir conhecimento 
3. Ensinar é uma especificidade humana 
 
1. Ensinar exige rigorosidade metódica 
O escritor enfatiza que o professor não deve somente ensinar os conteúdos exigidos, 
mas também mostrar como pensar certo. Os educandos vão se transformando ao lado 
dos educadores, a partir de um pensamento crítico apresentado em sala de aula. 
2. Ensinar exige pesquisa 
Conhecimentos Pedagógicos 
Não existe ensino sem pesquisa ou pesquisa sem ensino. Por isso, um educador deve 
ter curiosidade para se aprofundar em assuntos diferentes, de forma que não eduque 
somente outras pessoas, mas também a si mesmo. 
3. Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos 
Neste capítulo, é recomendado que o professor e a escola respeitem os saberes e os 
conhecimentos do educandos, principalmente, de classes populares. É possível 
aproveitar a experiência de quem vive em áreas descuidadas pelo poder público para 
discutir os problemas enfrentados por lá. 
Para Freire, os assuntos abordados em sala não podem ser somente os saberes 
curriculares fundamentais, mas considerar também a experiência individual de cada 
aluno. 
4. Ensinar exige criticidade 
O autor acredita que entre a ingenuidade e a criticidade há uma superação. Por meio 
do exercício crítico da capacidade de aprender, a curiosidade para de ser ingênua e 
passa a ser epistemológica. 
5. Ensinar exige estética e ética 
A promoção da ingenuidade é necessária, mas não deve ser feita sem uma rigorosa 
formação ética e estética. Sendo assim, a estética da aprendizagem não pode ser 
deixada de lado e os educadores devem conhecer os recursos para estimular a 
criticidade e a curiosidade dos estudantes. 
6. Ensinar exige a corporificação das palavras pelo exemplo 
Sabe aquela frase “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”? Deixe-a de lado. 
Um educador precisa não só pensar certo, mas também fazer certo. Alunos não têm 
boa impressão de quem uma hora fala uma coisa e na outra, faz o oposto. 
 
Ensinar não é transferir conhecimento 
1. Ensinar exige consciência do inacabamento 
Um profissional precisa entender que o ser humano não é completo, é inacabado. Mas 
o inacabamento de um ser é próprio da experiência vital. 
De acordo com Freire, a invenção da existência a partir dos materiais que a vida 
oferecia levou as pessoas a criarem um espaço onde se prender afetivamente para 
resistir, chamado de suporte. E esse suporte faz os seres se tornarem conscientes, 
Conhecimentos Pedagógicos 
transformadores e não um “espaço vazio a ser preenchido por conteúdos”. 
2. Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado 
O autor explica que somos condicionados, mas nossa consciência sobre o 
inacabamento nos faz ir além. A construção de quem somos é feita a partir de 
genética, dos meios em que estamos inseridos e da história. 
3. Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando 
O respeito a autonomia e dignidade do outro é obrigatório. Quando acontece este 
tipo de desvio ético, há transgressão. Alguns exemplos disso são: 
Quando um professor ironiza um aluno mandando que ele “se ponha em seu lugar” 
Ou quando o professor desrespeita a curiosidade do aluno 
O professor não aceita o gosto estético ou linguagem 
Um professor autoritário acaba com a liberdade de um aluno, porque ele não pode 
ser curioso para aprender. E isso, quando acontece, não pode ser visto como uma 
virtude, mas como ruptura com a decência. 
4. Ensinar exige bom senso 
É preciso ter bom senso e ética a todo o momento. E isso deve ser levado em conta, 
principalmente, durante uma tomada de decisão, já que é preciso sempre respeitar a 
autonomia, dignidade e identidade do outro. 
Um exemplo usado foi em momento de apresentação de dissertação de mestrado ou 
tese de doutoramento. Caso algo seja criticado, a postura ética que deve ser tomada 
pelo orientador do trabalho é solidarizar-se com o acontecido e se responsabilizar-se 
pelo erroigualmente. 
5. Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos 
educadores 
Um professor precisa aprender a lidar com as diferenças, desenvolver amorosidade 
aos educandos e cultivar a humildade e a tolerância. Além disso, deve entender que a 
luta pelos seus direitos é um momento importante enquanto a prática ética. Não é 
algo de fora, é algo que faz parte. Não pode aceitar o discurso cansado de “não há o 
que fazer”. É preciso lutar por respeito e por melhores condições de trabalho. 
6. Ensinar exige apreensão da realidade 
Mulheres e homens são os únicos seres capazes de aprender. E isso os permite 
Conhecimentos Pedagógicos 
construir, reconstruir, constatar para mudar. A capacidade de aprender pode 
transformar a realidade. 
Segundo autor, toda a prática educativa demanda a existência de sujeitos, um que, 
ensinando, aprende outro que, aprendendo, ensina, daí o seu cunho gnosiológico; a 
existência de conteúdos a serem ensinados, envolve o uso de métodos e técnicas; 
implica objetivos, sonhos, utopias, ideia. A politicidade não pode ser neutra. Por isso, 
o professor precisa ter uma competência geral, de sua natureza e saberes especiais, 
ligados à atividade como docente. 
7. Ensinar exige alegria e esperança 
A esperança de que professores e alunos podem aprender, ensinar, produzir juntos e 
resistir de tudo que tente tirar a alegria. A esperança faz parte da natureza humana, é 
um condimento indispensável para a experiência histórica. Ou seja, sem ela não 
haveria história, porque seria puro determinismo. 
8. Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível 
O mundo não é, ele está sendo. Sendo assim, as pessoas não mais só constatam o que 
ocorre, elas também intervém como sujeito de ocorrências. Por exemplo, o 
conhecimento sobre os terremotos não foi o suficiente para “acabar com ele”, mas 
ajuda a amenizar as consequências. Somos capazes de intervir na realidade. 
9. Ensinar exige curiosidade 
Sem a curiosidade, um educador não pode aprender e nem ensinar. Por isso, é preciso 
estimular a pergunta, a reflexão crítica, pensar o que se pretende fazendo aquela 
pergunta, quais perguntas e respostas ainda não foram feitas. Os alunos e professores 
devem ter uma postura aberta, curiosa, indagadora e não apassivada. 
 
Pedagogia da Autonomia 
1. Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade 
A segurança de um docente se funda na sua competência profissional. Um professor 
que não se leva a sério, que não estuda e se esforça para estar a altura da tarefa que 
desempenha, não apresenta competências para coordenar as atividades exigidas em 
sala de aula. Incompetência profissional desqualifica a autoridade. 
O educador também não deve agir com mesquinhez, porque isso inferioriza a tarefa 
formadora de autoridade. Portanto, deve dar liberdade para os educandos, já que isso 
constrói o real clima de disciplina e estimula a curiosidade e o aprendizado. 
Conhecimentos Pedagógicos 
2. Ensinar exige comprometimento 
Não é possível exercer a atividade do magistério como se fosse algo sem importância. 
O professor precisa se por na frente dos alunos e revelar sua intencionalidade 
educativa. Isso criará nos alunos a afeição, o que é muito importante no desempenho 
profissional. 
A aproximação entre educador e educando deve ser uma das preocupações centrais, 
porém o docente não deve perguntar diretamente o que pensam de si, deve fazer 
uma leitura das atividades apresentadas em sala. 
3. Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no 
mundo 
A educação tem como objetivo formar pessoas capazes de atuar positivamente na 
mudança do mundo. A educação é uma forma de intervenção no mundo e o professor 
deve transferir o conhecimento da ideologia vigente, e desmascara-la, o educador 
precisa ter posição bem definida, pois a educação nunca foi neutra, e escola é sempre 
um palco de disputas políticas para modificação da sociedade. Porém acreditar que a 
educação é uma tarefa apenas reprodutora de ideologia dominante é errado, assim 
como defini-la como uma força de desocultação da realidade. Ter uma visão errada 
pode implicar diretamente nas visões defeituosas da História e da sua consciência. 
4. Ensinar exige liberdade e autoridade 
Há uma linha muito tênue que separa a liberdade saudável e a que viola a autoridade. 
Por isso, é preciso estabelecer um limite. Quanto mais criticamente a liberdade assuma 
o limite necessário, mais autoridade tem ela. Ou seja, a partir do momento que você 
tem uma convivência boa com seus alunos, dando liberdade para que eles opinem e 
se abram com você, desde que sem causar desconforto ou desrespeito, mais 
autoridade você terá. 
5. Ensinar exige tomada consciente de decisões 
Como dito anteriormente, a educação é um ato de intervenção no mundo. Essa 
intervenção é usada sem nenhuma restrição semântica. Por isso, deve ser vista como 
fator que propõe mudanças radicais na sociedade, na economia, nas relações 
humanas e de propriedade, do direito, do trabalho. 
A educação é política e quem pensa que isso acontece por causa de um ou outro 
educador, não pode esconder a forma depreciativa como vê a política. 
A única maneira da educação ser neutra é se parasse de haver discordância entre as 
Conhecimentos Pedagógicos 
pessoas com relação aos modos de vida social e individual, com relação ao estilo 
político a ser posto em prática, aos valores a serem encarnados. Portanto, o que deve-
se exigir do educador não é a neutralidade, mas o respeito. 
6. Ensinar exige saber escutar 
Somente quem escuta paciente e criticamente o outro, fala com ele. Mesmo que, em 
certas condições, precise falar a ele. É preciso aprender a escutar para falar. O 
educador que escuta transforma seu discurso. 
7. Ensinar exige reconhecer que a educação é uma ideologia 
A ideologia tem que ver com a ocultação da verdade dos fatos, com uso da linguagem 
para penumbrar ou “opacizar” a realidade, ao mesmo tempo que nos torna míopes. 
Essa miopia faz muitas pessoas aceitarem discursos cinicamente fatalistas neoliberais 
que proclama ser o desemprego no mundo um desgraça do fim do século. 
A ideologia pode nos fazer acreditar que a globalização da economia é uma invenção 
dela mesma ou de um destino que não pode ser evitado. Se a globalização implica a 
superação de fronteiras, a abertura sem restrições ao livre comércio, não seria 
realmente possível resistir. Não será indagado que antigamente, as sociedades eram 
radiciais quanto a abertura e hoje, veem como algo indispensável. 
8. Ensinar exige disponibilidade para diálogo 
Um professor não deve deixar de lado a oportunidade de testemunhar aos alunos a 
segurança com que se comporta ao discutir um tema, ao analisar um fato, ao expor a 
posição em face de uma decisão governamental. Testemunhar a abertura aos outros, 
a disponibilidade curiosa à vida, a seus desafios, são saberes necessários a prática 
educativa. 
9. Ensinar exige querer bem aos educandos 
É importante entender que querer bem aos educandos não significa gostar 
igualmente de todos. Na verdade, só quer dizer que um educando precisa estar aberto 
a afetividade. Entretanto, é preciso tomar cuidado para que esse carinho com os 
alunos não afete o cumprimento ético do saber. 
Mesmo agindo amorosamente, o professor deve continuar lutando politicamente para 
o respeito da dignidade das tarefas e pelos direitos, assim como ter zelo pelo espaço 
pedagógico em que atua com os alunos. 
 
 
Conhecimentos Pedagógicos 
PALAVRAS DE PAULO FREIRE (1921/1997) 
EDUCAÇÃO BANCÁRIA, OPRIMIDO, E OPRESSOR, 
POLITICIDADE, MUNDO VIVIDO, AUTONOMIA. DIÁLOGO, 
EXTRA ESCOLAR, DIALÉTICA, EJA, DEMOCRACIA, 
PALAVRAS GERADORAS, INVESTIGAÇÃO, TEMATIZAÇÃO , 
PROBLEMATIZAÇÃO, EMANCIPAÇÃO 
 
 
GESTÃO DEMOCRÁTICA E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
 
BASES LEGAIS 
• DIRETRIZ CURRICULAR NACIONAL DO ENSINO FUNDAMENTAL 
• LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO 
 
I - Em linhas gerais pode-se afirmarque a prática pedagógica na escola deve-se 
nortear por diretrizes que contemplem: 
• Os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e 
do respeito ao bem comum; 
• Os princípios dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade 
e do respeito à ordem democrática; 
• Os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de 
manifestações artísticas e culturais; 
II - Ao definir suas propostas pedagógicas, as escolas deverão explicitar o 
reconhecimento da identidade pessoal de alunos, professores e outros 
profissionais e a identidade de cada unidade escolar e de seus respectivos 
sistemas de ensino. 
V – As escolas deverão explicitar, em suas propostas curriculares, processos de ensino 
voltados para as relações com sua comunidade local, regional e planetária, visando à 
interação entre a Educação Fundamental e a Vida Cidadã; os alunos, ao aprender os 
conhecimentos e valores da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada, estarão 
também constituindo suas identidades como cidadãos em processo, capazes de ser 
Conhecimentos Pedagógicos 
protagonistas de ações responsáveis, solidárias e autônomas em relação a si próprios, 
às suas famílias e às comunidades 
 
ARTIGO 3 DA LDB 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o 
saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos 
sistemas de ensino; 
 
ARTIGO 14 DA LDB 
Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público 
na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes 
princípios: 
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; 
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. 
 
 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA 
Ilma Passos Alencastro Veiga 
 
O QUE É O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO??? 
O projeto político-pedagógico vai além de um simples agrupamento de planos de 
ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é construído e em seguida 
arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como prova do cumprimento 
de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado em todos os momentos, por 
todos os envolvidos com o processo educativo da escola. 
Desse modo, o projeto político-pedagógico tem a ver com a organização do trabalho 
pedagógico em dois níveis: como organização da escola como um todo e como 
organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imediato, 
procurando preservar a visão de totalidade. Assim como a autonomia da escola. 
Conhecimentos Pedagógicos 
PRINCIPIOS NORTEADORES DO PPP 
A) IGUALDADE DE CONDIÇÕES PARA ACESSO E PERMANÊNCIA NA ESCOLA 
B) QUALIDADE QUE NÃO PODE SER PRIVILÉGIO DE MINORIAS ECONÔMICAS 
SOCIAIS. 
(QUALIDADE TÉCNICA E POLÍTICA) 
C) GESTÃO DEMOCRÁTICA 
D) LIBERDADE 
E) VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO E SUA FORMAÇÃO CONTINUADA 
 
Como construir o PPP? 
• FINALIDADES: 
• ESTRUTURA ORGANIZACIONAL : (ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA) 
• CURRÍCULO: (FORMAL, OCULTO, EM AÇÃO) 
• TEMPO ESCOLAR 
• PROCESSO DE DECISÃO 
• RELAÇÕES DE TRABALHO 
• AVALIAÇÃO 
 
 
Conhecimentos Pedagógicos 
PPP (GADOTTI) 
A palavra projeto traz imiscuída a ideia de futuro, de vir a ser, que tem como ponto 
de partida o presente (daí a expressão “projetar o futuro”). É extensão, ampliação, 
recriação, inovação, do presente já construído e, sendo histórico, pode ser 
transformado: “um projeto necessita rever o instituído para, a partir dele, instituir 
outra coisa. Tornar-se instituinte”. 
Não se constrói um projeto sem objetivos, sem direção; é uma ação orientada pela 
intencionalidade, tem um sentido explícito, de um compromisso, e no caso da escola, 
de um compromisso coletivamente firmado. 
(GADOTTI, 2000). 
Compreender o caráter político e pedagógico do PPP nos leva a considerar dois outros 
aspectos: 
1) a função social da educação e da escola em uma sociedade cada vez mais 
excludente, compreendendo que a educação, como campo de mediações sociais, 
define-se sempre por seu caráter intencional e político. Pode, assim, 
contraditoriamente, tanto reforçar, manter, reproduzir formas de dominação e de 
exclusão como constituir-se em espaço emancipatório, de construção de um novo 
projeto social, que atenda às necessidades da grande maioria da população. 
2) a necessária organicidade entre o PPP e os anseios da comunidade escolar, 
implicando a efetiva participação de todos em todos os seus momentos (elaboração, 
implementação, acompanhamento, avaliação). Dessa perspectiva, o projeto se 
expressa como uma totalidade (presente-futuro), englobando todas as dimensões da 
vida escolar; não se reduz a uma somatória de planos ou de sugestões, não é 
transposição ou cópia de projetos elaborados em outras realidades escolares; não é 
documento “esquecido em gavetas”. 
É esse compromisso do PPP com os interesses reais e coletivos da escola que 
materializa seu caráter político e pedagógico, posto que essas duas dimensões são 
indissociáveis, como destaca Saviani (1983, p. 93), ao afirmar que a “dimensão política 
se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente 
pedagógica”. 
Assim, é na ação pedagógica da escola que se torna possível a efetivação de práticas 
sociais emancipatórias, da formação de um sujeito social crítico, solidário, 
compromissado, criativo, participativo. É nessa ação que se cumpre, se realiza, a 
intencionalidade orientadora do projeto construído. 
Conhecimentos Pedagógicos 
PPP (GADOTTI) 
PPP apoia-se 
- No desenvolvimento de uma consciência crítica e cidadã. 
- No envolvimento da comunidade 
- Na participação e cooperação das esferas de governo. 
- Na autonomia, responsabilidade e criatividade como processo e produto no projeto. 
 
Elementos facilitadores do PPP 
• Comunicação e adesão voluntária, 
• Ambiente favorável, 
• Suporte institucional e financeiro, 
• Acompanhamento e avaliação constante, 
• Credibilidade 
• Referencial teórico. 
 
Obstáculos do PPP 
Pouca experiência democrática. 
Governo que considera o povo incapaz de governar. 
As formas de liderança na estrutura do sistema educacional. 
 
COLEGIADO ESCOLAR 
É um espaço institucional para o diálogo e a troca de experiência entre o diretor e os 
representantes dos diferentes segmentos da comunidade escolar; 
Um órgão Deliberativo, Consultivo, Fiscalizador e Mobilizador das questões 
técnico-pedagógicas e administrativo-financeiras. Também resguarda os princípios 
legais e constitucionais; 
É o caminho para a construção de uma escola pública participativa e democrática; 
 
Conhecimentos Pedagógicos 
Função Mobilizadora 
Refere-se às ações que visam promover a mediação entre o poder público (escola e 
governo) com a sociedade em geral, de forma integrada, com vistas à ampliação dos 
horizontes da democracia representativa. 
Função Consultiva 
Diz respeito ao caráter de assessoramento, à medida que examina e avalia os 
problemas da escola, encaminhados pelos vários segmentos, além de interpretar a 
legislação e de apresentar sugestões para o encaminhamento das questões 
levantadas. 
Função Deliberativa 
Corresponde às decisões relativas às grandes linhas do projeto político pedagógico 
da escola, bem como à aprovação, à definição de normas internas e ao cumprimento 
destas mesmas normas e de outras no âmbito do sistema de ensino. 
Função Fiscalizadora 
Decorre do fato de ser revestido de competência legal para acompanhar e avaliar a 
execução das ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola, objetivando 
garantir a qualidade da educação oferecida à comunidade. 
É um órgão coletivode análise, que busca a solução dos problemas, superando 
práticas autoritárias e centralizadoras, possibilitando a gestão participativa da escola 
que contribuem para o aprimoramento do projeto pedagógico e a melhoria da 
qualidade da educação. 
 
	Sociologia da Educação
	Ficha
	Ficha

Continue navegando