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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CITOPATOLOGIA E CITOLOGIA CLÍNICA CURSO: BIOMEDICINA DISCIPLINA: CITOPATOLOGIA E CITOLOGIA CLÍNICA NOME DO ALUNO: GIOVANNA MORETI VIEIRA R.A: 0401834 POLO: BAURU 2 1. INTRODUÇÃO A citopatologia é a ciência que estuda as doenças através das modificações celulares, considerando as suas características citoplasmáticas e nucleares. Essa ciência desenvolveu-se através da aquisição de inúmeros conhecimentos científicos e à introdução de novas tecnologias, desde a invenção do microscópio óptico convencional às técnicas de processamento e coloração dos espécimes, propiciando melhor detalhamento e estudo das estruturas celulares. Atualmente outras técnicas complementares, tais como métodos de análise celular automatizada, técnicas de biologia molecular e sistemas computacionais, são aplicadas ao exame citológico tradicional, ampliando as suas indicações e confiabilidade diagnóstica. O sucesso do teste de Papanicolaou se deve fundamentalmente a seu baixo custo, sua simplicidade técnica e eficácia diagnóstica, sendo introduzido numa época em que o câncer de colo uterino representava a principal causa de morte relacionada ao câncer em mulheres nos Estados Unidos. A prática da citologia gerou um grande impacto, modificando o perfil dessa situação. Já na década de 1970, a incidência e a mortalidade por câncer de colo no Estados Unidos diminuiu para quase metade dos casos em relação às taxas de 1930. Apesar do grande sucesso do teste de Papanicolaou nesse e em outros países ricos, infelizmente o procedimento ainda não é aplicado rotineiramente, de forma sistemática, em muitos países em desenvolvimento. No Brasil, no ano de 2010, a incidência de câncer de colo foi de 49.240, e a mortalidade chegou a 18.430 casos. Já nos Estados Unidos, em 2010 a incidência de câncer de colo foi de 12.200, e a mortalidade de 4.210 casos. Esses dados comprovam que o exame de Papanicolaou ainda é a estratégia mais eficaz na detecção de câncer e dos seus precursores, não existindo na atualidade nenhum teste superior na erradicação do câncer cervical. A citopatologia foi incorporada à prática médica da contemporaneidade no diagnóstico de doenças em vários órgãos e sistemas, sendo uma disciplina bem estabelecida. Existem outros métodos que também têm como objetivo a confecção de preparados citológicos em base líquida através do uso de centrífugas, pipetas e lâminas de vidro convencionais. Porém há a necessidade de estudos mais detalhados para estabelecer a sua viabilidade na prática da citologia. Apesar da introdução de diferentes tecnologias com propostas inovadoras visando à melhoria na rotina do diagnóstico citológico, o teste de Papanicolaou convencional ainda é um 3 método de excelência, fato esse demonstrado em inúmeros trabalhos comparativos com a citologia em base líquida. Além da efetividade diagnóstica, pesa muito a favor da citologia convencional o seu baixo custo, propiciando a sua aplicação em larga escala nos programas de saúde pública nos países em desenvolvimento onde ocorrem as maiores taxas de câncer do colo uterino. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). 2. AULA 1 2.1 Roteiro 1- Coloração de Papanicolau Objetivo: Apresentação do protocolo para coloração e amostras citológicas pelo método de Papanicolau. Procedimentos: Um aluno colheu uma amostra da cavidade oral, raspando a mucosa com uma haste de madeira. A amostra foi transferida para uma lâmina de vidro para iniciar o protocolo de coloração. Protocolo de coloração pelo método de Papanicolau: • Primeiro a lâmina foi lavada em álcool em concentrações decrescentes de 95, 80, 70 e 60% para fixação do material, mergulhando a lâmina por 10 vezes em cada recipiente; • Foi mergulhada mais 10 vezes em água destilada; • A lâmina foi submersa no corante Hematoxilina de Harris por 1 minuto, sendo banhada em água destilada por 10 segundos para retirada do excesso do corante; • Para preparar a lâmina para o próximo corante, a mesma foi mergulhada por 10 vezes em álcool em concentrações crescentes de 60 a 95% para desidratação; • A lâmina foi submersa no corante Orange G por 1 minuto, sendo banhada em álcool absoluto por 10 segundos logo após; • A próxima etapa foi mergulhar a lâmina por 3 minutos em Corante citoplasmático e lavar novamente em álcool absoluto; • Para iniciar a montagem da lâmina, a mesma foi mergulhada em Xilol para o processo de clarificação; • Aplicação de uma gota de resina (Bálsamo do Canadá); 4 • Cobertura da lâmina com uma lamínula, após pronta foi observada em microscópio eletrônico. Resultados: Após a coloração observamos as ações dos corantes, a Hematoxilina com afinidade pelo núcleo das células. Orange G com citoplasma das células queratinizadas. EA que oferece tonalidades de cores diferentes no citoplasma das células. Lâmina 1- Método de coloração Fonte: Própria 2.2 Roteiro 2- Colpocitologia Normal. Objetivo: Identificação e observação da morfologia normal das células do epitélio pavimentoso estratificado, epitélio colunar simples e epitélio metaplásico. Procedimentos: Ao microscópio óptico, foram observadas lâminas já prontas e coloridas pelo método de Papanicolau de colpocitologia, identificando as camadas do epitélio que revestem a cavidade vaginal e região endo e ectocervical. Resultados: Observamos a presença das células escamosas intermediárias. Lâmina 2- Colpocitologia Normal Fonte: Própria 5 2.3 Roteiro 3- Citologia Hormonal. Objetivo: Identificação e observação de alterações morfológicas das células do epitélio estratificado vaginal frente às oscilações hormonais do ciclo menstrual. Procedimentos: Foram observadas ao microscópio óptico amostras de citologia vaginal colhidas em diferentes momentos do ciclo menstrual (7º dia, 14º dia, 21º dia e 28º dia), identificando elementos da microbiota vaginal normal. Resultados: Observamos que durante ou após a menstruação, sempre descamam em grupos. Citoplasma com bordas celulares bem definidos, núcleos pequenos e ovais com bordas finas, cromatina condensada e nucléolos discretos. Lâmina 3- Células endometriais Fonte: Pro-Célula Exames Citológicos 3. Aula 2 3.1 Roteiro 1 – Alterações benignas. Objetivo: Identificação e observação de alterações morfológicas das células do epitélio estratificado frente a processos benignos como inflamação, radiação, reparo tecidual. Procedimentos: Foram observadas ao microscópio óptico amostrasde e colpocitologia com presença de células escamosas morfologicamente alteradas por processo inflamatório. Resultados: Identificamos os seguintes fragmentos na lâmina de reparação. Células metaplásicas, células com citoplasma abundante, cromatina granulas e núcleos aumentados. 6 Lâmina 4- Reparação Fonte: Própria 3.2 Roteiro 2 – Infecções genitais. Objetivo: Identificação de possíveis infecções genitais vaginais por microrganismos não carcinogênicos identificáveis em exames de colpocitologia através da morfologia dos microrganismos ou de seu efeito citopático nas células do epitélio pavimentoso estratificado. Procedimentos: Foram observadas ao microscópio óptico amostras de colpocitologia, para a identificação morfológica de microrganismos patogênicos que podem estar presentes em amostras de colpocitologia: Candida sp, Trichomonas vaginalis Chlamydia sp. Resultados: Na lâmina de Cândida identificamos fungos Gram positivos, Blastoconídeo e pseudohifas como forma de invasão. Trichomonas observamos organismo cianofílico em formato de pera, núcleo pálido e excentricamente localizados e grânulos citoplasmáticos eosinofílicos. Na de Chlamydia não foi possível identificar pelas características citológicas porque não são específicas. 7 Lâmina 5- Cândida Fonte: Própria Lâmina 6- Trichomonas Fonte: Própria Lâmina 7- Chlamydia Fonte: Atlas Digital 8 3.3 Roteiro 3 – Lesões HPV – induzidas. Objetivo: Observação e identificação de atipias presentes em células do epitélio pavimentoso estratificado (escamoso) infectadas pelo Papilomavírus Humano (HPV). Procedimentos: Foram observadas ao microscópio óptico, amostras de colpocitologia identificando alterações morfológicas sugestivas da presença do HPV: cariomegalia, hipercromasia nuclear, cromatina granulosa, irregularidades de membrana nuclear, bi ou multinucleação, coilocitose. Resultados: Identificamos que na lâmina de lesão baixo grau o citoplasma estava bem reservado, aumento de tamanho e formato do núcleo e nucléolos não proeminentes. Na lâmina de lesão alto grau observamos células menores e isoladas em grupos, tamanho celular global variável e cromatina fina com distribuição irregular. Lâmina 8- Lesão de baixo grau Fonte: Própria Lâmina 9- Lesão de alto grau Fonte: Própria 9 4. Aula 3 4.1 Roteiro 1 – Carcinoma Epidermoide. Objetivo: Observação e identificação de atipias presentes em células do epitélio pavimentoso estratificado (escamoso) infectadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) com características malignas. Procedimentos: Foram observadas ao microscópio óptico amostras de colpocitologia identificando alterações morfológicas em células escamosas que sugerem malignidade. Resultados: Identificamos que na lâmina de carcinoma os núcleos são hipercromáticos com cromatina grosseira, nucléolos proeminentes e diátese tumoral. Lâmina 10- Carcinoma Fonte: Própria 4.2 Roteiro 2 – Nomenclatura Brasileira para laudos citopatológicos cervicais. Objetivo: Apresentação do laudo padrão elaborado pelo Ministério da Saúde, baseado na Nomenclatura Brasileira para laudos citopatológicos cervicais Procedimentos: Foram observadas ao microscópio óptico amostras de colpocitologia visando a identificação de alterações morfológicas sugestivas da presença do HPV. Resultados: Identificamos epitélio escamoso e metaplásico na lâmina, inflamações, estava dentro dos limites da normalidade, alterações celulares benignas e reparativas. Na questão de adequabilidade do material, estava satisfatório. Lesão 10 intraepitelial de baixo grau. Células epiteliais escamosas provavelmente não neoplásicas. 4.3 Roteiro 3 – Citologia da mama. Objetivo: Observação e identificação da morfologia normal das células do epitélio da mama e as possíveis atipias que indicam processo neoplásico. Procedimentos: Foram observadas no microscópio óptico amostras de citologia da mama colhidas por punção aspirativa, identificando células epiteliais/luminais, células mioepiteliais e células apócrinas. Procurando por alterações morfológicas que sugerem malignidade. Resultados: Identificamos Pleomorfismo celular, hipercromatismo, mitoses frequentes e pouca diferenciação. 5. Aula 4 5.1 Roteiro 1 – Citologia Pulmonar Objetivo: Observação e identificação da morfologia normal das células do epitélio respiratório e as possíveis atipias que indicam processo neoplásico. Procedimentos: Foram observadas ao microscópio óptico amostras de citologia pulmonar, identificando células ciliadas, células caliciformes e macrófagos alveolares. Procurando por alterações morfológicas que sugerem malignidade. Resultados: Identificamos características neoplásicas nas células dessa lâmina, como, pouca diferenciação, hipercromatismo e nucléolos proeminentes. 5.2 Roteiro 2 – Citologia Oncótica da Urina. Objetivo: Observação e identificação da morfologia normal das células do trato urinário e as possíveis atipias que indicam processo neoplásico. Procedimentos: Foram observadas ao microscópio óptico lâminas normais do epitélio de bexiga e comparando com lâminas de neoplasia de bexiga, observando as alterações típicas do processo. Resultados: Identificamos cromatina mais densa, a células começam a ter menos diferenciação e maior desorganização. 11 7. REFERÊNCIAS SOUZA, André Luiz; DE OLIVEIRA LIMA, Daisy Nunes; DANTAS AZEVEDO, Michelle; OLIVEIRA, Micheline Lucena. Citopatologia Ginecológica. Brasília: Ministério da Saúde; Rio de Janeiro: CEPESC, 2012. L. Frappart, B. Fontanière, E. Lucas e R. Sankaranaraynan. Histopatologia e citologia do colo uterino- Atlas digital, 2004.
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