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Profa. Dra. Maria Teresa
UNIDADE II
Métodos Alternativos e 
Resolução de Conflitos: 
Negociação e Mediação
 Conciliação: “um processo técnico (não intuitivo), desenvolvido pelo método consensual, na 
forma autocompositiva, destinado a casos em que não houver relacionamento anterior entre 
as partes, em que terceiro imparcial, após ouvir seus argumentos, as orienta, auxilia, com 
perguntas, propostas e sugestões a encontrar soluções (a partir da lide) que possam 
atender aos seus interesses e as materializa em um acordo que conduz à extinção 
do processo judicial”
(BACELLAR, BACELLAR, Roberto Portugal. Mediação e Arbitragem. 2. ed. 
São Paulo: Saraiva, 2016, p. 84-85).
Exemplo de caso em que ocorre a conciliação: 
 Acidente de trânsito, em que as partes envolvidas não se 
conheciam, inexistia vínculo anterior, e após a sessão 
conciliatória deixará de existir o vínculo quando solucionado 
o conflito.
Conciliação – Conceito
 Mediação: “um mecanismo para a obtenção da autocomposição caracterizado pela 
participação de um terceiro imparcial que auxilia, facilita e incentiva os envolvidos à 
realização de um acordo”
(CALMON, Petronio. Fundamentos da Mediação e da Conciliação. 3. ed. Brasília: Gazeta Jurídica, 2015, p. 111).
Exemplos de casos em que ocorre a mediação:
 Caso de direito de família, que envolve pessoas que tiveram um relacionamento anterior, 
como cônjuges, companheiros e parentes, e após solucionado o conflito, o vínculo entre as 
pessoas persiste. 
 Caso de litígio entre vizinhos.
Mediação – Conceito
 Diferença entre mediação e conciliação: “a mediação é adequada para vínculos de caráter 
mais permanente ou ao menos mais prolongado, e a conciliação para vínculos que decorrem 
do litígio propriamente, e não tem caráter de permanência”
(GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito Processual Civil Esquematizado. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p. 304).
 Diferença entre conciliação ou mediação e negociação: presença de terceiro que atua na 
intermediação entre as partes, como o conciliador ou mediador. 
Diferenças entre conciliação e mediação e negociação 
Conciliadores e mediadores judiciais são considerados Auxiliares da Justiça pelo CPC, e 
quanto à atuação dispõe o seguinte: 
 CPC, art. 165, § 2º. “O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não 
houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo 
vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que 
as partes conciliem”.
 CPC, art. 165, § 3º. “O mediador, que atuará preferencialmente 
nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, 
auxiliará aos interessados a compreender as questões e os 
interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo 
restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, 
soluções consensuais que gerem benefícios mútuos”.
Atuação do conciliador e mediador
 Pessoa física, maior e capaz.
 Graduação há mais de 2 anos em curso de ensino superior (Lei n. 13.140/2015, art. 11).
 Certificado de capacitação de curso autorizado pela Escola Nacional de Formação e 
Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) ou pelos tribunais. O curso de capacitação de 
conciliadores e mediadores está dividido em 2 etapas, teórica e prática, e compreende 
exercícios simulados e estágio supervisionado.
 Inscrição de conciliadores e mediadores no cadastro nacional e no cadastro do Tribunal de 
Justiça ou do Tribunal Regional Federal ou por concurso público.
 Cadastro no Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de 
Solução de Conflitos (Nupemec) (Enunciado 57 da Enfam).
Requisitos para atuação como conciliador e mediador judiciais que atuam 
no Cejusc
 Exercício da função com lisura e respeito aos princípios e regras, assinar o termo de 
compromisso e submeter-se às orientações do Juiz Coordenador do Cejusc a que 
estiver vinculado.
 Observância às hipóteses de impedimento e suspeição cabíveis aos juízes, devendo 
informar aos envolvidos tão logo constatados os motivos, com a interrupção da sessão e sua 
substituição (CPC, arts. 144, 145 e 170 e §§).
 Informação prévia do responsável em caso de impossibilidade temporária do exercício da 
função, para que seja substituído na condução da sessão.
Responsabilidades e sanções do conciliador e do mediador (1/2)
Impedimentos: 
 Se advogado, impedido de advogar nos juízos em que desempenha suas funções, 
aplicando-se à sociedade de advogados da qual participa (CPC, art. 167, § 5º; Enunciado 60 
da Enfam). 
 Conciliador ou mediador está impedido de prestar serviços profissionais, de qualquer 
natureza, aos envolvidos durante o processo de conciliação/mediação sob sua condução 
(Res. n. 125/2010 do CNJ, Anexo III, art. 7º). 
 Impedido de prestar serviços profissionais de qualquer natureza por 1 ano aos conflitantes
em que atuou, contado do término da última sessão de conciliação/mediação. 
 Restrição se estende à sociedade de advogados (CPC, art. 
172; Lei n. 13.140/2015, art. 6º).
 Impedido de atuar como árbitro, testemunha ou perito em 
processos judiciais ou arbitrais pertinentes a conflito que atuou 
como conciliador/mediador (Lei n. 13.140/2015, art. 7º).
Responsabilidades e sanções do conciliador e do mediador (2/2)
Conciliador Mediador
Atuação nos casos em que não houver 
vínculo anterior entre as partes.
Atuação nos casos em que houver 
vínculo anterior entre as partes.
Pode formular propostas, sugestões e 
tecer opinião às partes para fins de 
acordo.
Incentiva e estimula as tratativas e 
favorece a convergência entre as 
partes. 
Atuação mais ativa e direta quanto ao 
direito envolvido.
Auxilia a compreensão das questões 
pelas partes, para que elas próprias 
cheguem a uma solução consensual 
de benefícios mútuos.
Atuação menos intensa, eis que se dá 
com intuito de facilitar a conciliação 
entre as partes. 
Atuação mais intensa, eis que é 
necessária a participação de todos os 
envolvidos na construção da 
conciliação. 
Normalmente, se restringe a uma 
reunião com as partes conflitantes.
Pode ser realizada mais de uma 
reunião.
Objetiva o acordo.
Objetiva a satisfação harmônica dos 
interessados e manutenção do 
vínculo entre as partes. 
Procedimento mais rápido. Procedimento mais demorado.
Quadro de diferenças entre a atuação do conciliador e do mediador
 “Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da 
imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da 
informalidade e da decisão informada.
 § 1º A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do 
procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por 
expressa deliberação das partes.
 § 2º Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, 
assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou 
elementos oriundos da conciliação ou da mediação.
 § 3º Admite-se a aplicação de técnicas negociais, com o 
objetivo de proporcionar ambiente favorável à autocomposição.
 § 4º A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre 
autonomia dos interessados, inclusive no que diz respeito à 
definição das regras procedimentais”. (grifei)
Princípios que regulam a Conciliação e Mediação (CPC, art. 166 e §§)
 Confidencialidade: dever de manter sigilo sobre todas as informações obtidas na sessão, 
salvo autorização expressa das partes, violação à ordem pública ou às leis vigentes, não 
podendo ser testemunha do caso, nem atuar como advogado dos envolvidos, 
em qualquer hipótese.
 Enunciado n. 56 da Enfam: “Nas atas das sessões de conciliação e mediação, somente 
serão registradas as informações expressamente autorizadas por todas as partes”.
 Decisão informada: dever de manter o jurisdicionado plenamente informado quanto aos seus 
direitos e ao contexto fático no qual está inserido. Competência: dever de possuir qualificação que o habilite à 
atuação judicial, com capacitação na forma desta Resolução, 
observada a reciclagem periódica obrigatória para 
formação continuada.
 Imparcialidade: dever de agir com ausência de favoritismo, 
preferência ou preconceito, assegurando que valores e 
conceitos pessoais não interfiram no resultado do trabalho, 
compreendendo a realidade dos envolvidos no conflito e jamais 
aceitando qualquer espécie de favor ou presente.
Princípios fundamentais que regem a atuação dos Conciliadores e 
Mediadores judiciais – Código de Ética (Res.125/2010 CNJ, Anexo III, art.1º) (1/2)
 Independência e autonomia: dever de atuar com liberdade, sem sofrer qualquer pressão 
interna ou externa, sendo permitido recusar, suspender ou interromper a sessão se ausentes 
as condições necessárias para seu bom desenvolvimento, e redigir acordo ilegal ou 
inexequível.
 Respeito à ordem pública e às leis vigentes: dever de velar para que eventual acordo entre 
os envolvidos não viole a ordem pública, nem contrarie as leis vigentes.
 Empoderamento: dever de estimular os interessados a 
aprenderem, e a melhor resolverem seus conflitos futuros, em 
função da experiência de justiça vivenciada na 
autocomposição.
 Validação: dever de estimular os interessados a perceberem-se 
reciprocamente como seres humanos merecedores de atenção 
e respeito.
Princípios fundamentais que regulam a atuação dos Conciliadores e 
Mediadores judiciais – Código de Ética (Res.125/2010 CNJ, Anexo III, art.1º)(2/2)
 Informação: dever de esclarecer os envolvidos sobre o método de trabalho a ser empregado, 
apresentando-o de forma completa, clara e precisa, informando sobre os princípios 
deontológicos referentes às Políticas Públicas de tratamento adequado aos Conflitos de 
Interesses, às regras de conduta e às etapas do processo.
 Autonomia da vontade: dever de respeitar os diferentes pontos de vista dos envolvidos, 
assegurando-lhes que cheguem a uma decisão voluntária e não coercitiva, com liberdade 
para tomar as próprias decisões durante ou ao final do processo e de interrompê-lo a 
qualquer momento.
 Ausência de obrigação de resultado: dever de não forçar um 
acordo e de não tomar decisões pelos envolvidos, podendo, 
quando muito, no caso da conciliação, criar opções, que podem 
ou não ser acolhidas por eles.
Regras que regem o procedimento da Conciliação e a Mediação 
(Resolução n. 125/2010 CNJ, Anexo III, art. 2º) (1/2)
 Desvinculação da profissão de origem: dever de esclarecer aos envolvidos que atuam 
desvinculados de sua profissão de origem, informando que, caso seja necessária orientação 
ou aconselhamento afetos a qualquer área do conhecimento, poderá ser convocado para a 
sessão o profissional respectivo, desde que com o consentimento de todos.
 Compreensão quanto à conciliação e à mediação: dever de assegurar que os envolvidos, ao 
chegarem a um acordo, compreendam perfeitamente suas disposições, que devem ser 
exequíveis, gerando o comprometimento com seu cumprimento.
Regras que regem o procedimento da Conciliação e a Mediação (Resolução 
n. 125/2010 CNJ, Anexo III, art. 2º) (2/2)
Quais são os princípios fundamentais que regem a atuação dos conciliadores e mediadores? 
a) Acesso à Justiça, dignidade da pessoa humana e duração razoável do processo.
b) Imparcialidade, devido processo legal, autonomia de vontade, contraditório 
e igualdade das partes.
c) Tribunal de exceção, autonomia de vontade, imparcialidade e livre 
convencimento do mediador.
d) Confidencialidade, decisão informada, competência, imparcialidade, independência e 
autonomia, respeito à ordem pública e às leis, empoderamento e validação.
e) Informação, confidencialidade, devido processo legal, 
contraditório e livre convencimento do mediador.
Interatividade
Quais são os princípios fundamentais que regem a atuação dos conciliadores e mediadores? 
a) Acesso à Justiça, dignidade da pessoa humana e duração razoável do processo.
b) Imparcialidade, devido processo legal, autonomia de vontade, contraditório 
e igualdade das partes.
c) Tribunal de exceção, autonomia de vontade, imparcialidade e livre 
convencimento do mediador.
d) Confidencialidade, decisão informada, competência, imparcialidade, independência e 
autonomia, respeito à ordem pública e às leis, empoderamento e validação.
e) Informação, confidencialidade, devido processo legal, 
contraditório e livre convencimento do mediador.
Resposta
 Mediação é um meio facultativo de autocomposição de solução de controvérsias entre 
particulares que têm um vínculo anterior. 
 Exemplos: conflitos nas áreas da família, escolar, empresarial, social, societária etc.
 A Lei de Mediação (Lei n. 13.140/2015) dispõe sobre a mediação como meio de solução de 
controvérsias entre particulares e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da 
administração pública. 
 Lei n. 13.140/2015, no art. 1º, § único, define mediação: “atividade técnica exercida por 
terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e 
estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia”.
 As partes podem se comprometer em contrato, por meio da 
cláusula de mediação, a dirimir eventual conflito deste 
decorrente pela via da mediação (Lei n. 13.140/2015, 
art. 2º, § 1º).
 Critérios para a contratação de cláusula de mediação,
previstos na Lei n. 13.140/2015, arts. 22 e 23.
Mediação – Conceito, definição e contratação
 Objetivo da mediação é a solução de conflito sobre direitos disponíveis ou indisponíveis que 
admitam transação (Lei n. 13.140/2015, art. 3º). 
 Direitos disponíveis: direitos patrimoniais sobre os quais as pessoas podem dispor, total 
ou parcialmente.
 Direitos indisponíveis: “são aqueles sobre os quais o titular não pode dispor, em razão do 
interesse ou da finalidade pública, tais como a dignidade da pessoa humana, o direito à vida, 
o direito à liberdade, entre outros”.
(NUNES, Antonio Carlos Ozório. Manual de Mediação: guia prático da autocomposição. São Paulo: Revista doa Tribunais, 2016, p. 67).
 O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas 
transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do 
Ministério Público (Lei n. 13.140/2015, art. 3º, § 2º).
 Exemplo: valor da pensão alimentícia, guarda de filho, 
regulamentação de visita etc.
 A mediação pode ser judicial ou extrajudicial
(Lei n. 13.140/2015, arts. 9 e 11).
Mediação – Objeto (Lei n. 13.140/2015)
 Imparcialidade do mediador: atuação neutra e isenta de preconceitos, para auxiliar as partes 
no diálogo e clarificação dos fatos/problemas, ajudando a criar opções em busca de um 
acordo.
 Não pode atuar nos casos de impedimento e suspeição (Lei n. 13.140/2015, art. 5º).
 Isonomia entre as partes: tratamento igualitário das partes.
 Oralidade: inexistência de documentos, provas escritas, prevalência do diálogo, conversa.
 Informalidade: processo informal e flexível, não havendo padrões definidos para transcorrer 
a sessão ou audiência de mediação.
 Autonomia da vontade das partes: consagração do livre-arbítrio 
das partes na condução da sessão e na celebração do acordo. 
 Busca do consenso: solução consensual das partes por meio 
de acordo. 
 Confidencialidade: sigilo nos fatos, interesses e questões 
conversadas na sessão de mediação.
 Boa-fé: exposição dos fatos, interesses e celebração de acordo 
com legítima intenção de cumprimento.
Princípios orientadores da mediação (Lei n. 13.140/2015, art. 2º)
 A confidencialidade é um dos princípios orientadores da mediação. Pode-se dizer que 
é a base da mediação, vez que as partes confidenciam seus sentimentos e interesses 
ao mediador. 
 A Lei n. 13.140/2015, nos arts. 30 e § 1º, e 31, dispõem sobre a confidencialidade e quanto à 
sua abrangência e extensão às partes, procuradores e demais participantes da mediação, 
bem como a procedimentos,a seguir:
“Art. 30. Toda e qualquer informação relativa ao procedimento 
de mediação será confidencial em relação a terceiros, não 
podendo ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial, 
salvo se as partes expressamente decidirem de forma diversa 
ou quando sua divulgação for exigida por lei ou necessária 
para cumprimento de acordo obtido pela mediação”.
Confidencialidade da mediação (1/2)
§ 1º O dever de confidencialidade aplica-se ao mediador, às partes, a seus prepostos, 
advogados, assessores técnicos e a outras pessoas de sua confiança que tenham, direta ou 
indiretamente, participado do procedimento de mediação, alcançando: 
I. declaração, opinião, sugestão, promessa ou proposta formulada por uma parte à outra na 
busca de entendimento para o conflito; 
II. reconhecimento de fato por qualquer das partes no curso do procedimento de mediação; 
III. manifestação de aceitação de proposta de acordo apresentada pelo mediador; 
IV. documento preparado unicamente para os fins do procedimento de mediação.
 Art. 31. Será confidencial a informação prestada por uma 
parte em sessão privada, não podendo o mediador revelá-la 
às demais, exceto se expressamente autorizado”. (grifei)
 Exceção à confidencialidade: “Não está abrigada pela regra de 
confidencialidade a informação relativa à ocorrência de crime 
de ação pública” (Lei n. 13.140/2015, art. 30, § 3º).
Confidencialidade da mediação (2/2)
 Pode atuar como mediador extrajudicial qualquer pessoa física e capaz que tenha a 
confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar 
qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se (art. 9º). 
 As partes podem estar ou não assistidas por advogados ou defensores públicos (art. 10). 
 Comparecendo apenas uma das partes acompanhada de advogado ou defensor público, o 
mediador suspenderá o procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas (art. 
10, § único).
 Pode decorrer de previsão contratual de mediação, 
denominada cláusula de mediação (art. 22).
 Critérios para a contratação de cláusula de mediação estão 
previstos nos arts. 22 e 23.
 Pode atuar em Câmaras Privadas de Mediação.
Mediador extrajudicial (Lei n. 13.140/2015, arts. 9º, 10º e 22)
 Pode atuar como mediador judicial, pessoa física e capaz, com graduação em curso de 
ensino superior há pelo menos 2 anos, com capacitação em escola ou instituição de 
formação de mediadores, reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento 
de Magistrados (Enfam) (art. 11).
 Cadastrado no Tribunal, em que constar sua disponibilidade no cadastro de mediadores 
habilitados e autorizados a atuar em mediação judicial, observada a jurisdição na área em 
que pretenda exercer a mediação (art. 12). 
 Atuação perante os Cejuscs.
Mediador judicial (Lei n. 13.140/2015, arts. 11 a 13)
Pré-início dos trabalhos: 
 Atividades preliminares e acolhimento dos mediandos (partes conflitantes). 
 Conhecimento do caso.
 Preparação do local.
 Acolhimento dos mediandos.
Início dos trabalhos: 
 Informação sobre a dinâmica da sessão e regras de confidencialidade aplicáveis 
ao procedimento.
 Enquanto transcorrer o procedimento de mediação, fica suspenso o prazo prescricional
(Lei n. 13.140/2015, art. 17, § único).
Formas de realização da sessão de mediação:
 A mediação poderá ser feita pela internet ou por outro meio de 
comunicação que permita a transação à distância, desde que 
as partes estejam de acordo (Lei n. 13.140/2015, art. 46).
Procedimento da mediação (Lei n. 13.140/2015, arts. 14 a 20) (1/3)
Narrativa: 
 As partes narram suas histórias e expõem seus interesses.
 O mediador pode reunir-se com as partes, em conjunto ou separadamente, bem como 
solicitar das partes as informações que entender necessárias para facilitar o entendimento 
entre aquelas (Lei n. 13.140/2015, art. 19).
Identificação de opções: 
 Identificação de posições de interesse das partes, para avaliação e escolha da melhor opção.
Negociação: 
 Escolha da opção mais adequada pelos mediandos, com ou sem apoio de advogados.
Celebração do acordo: 
 Consenso entre as partes.
Encerramento: 
 Redação do acordo e assinatura ou a lavratura do termo final, 
quando não houve acordo.
Procedimento da mediação (Lei n. 13.140/2015, arts. 14 a 20) (2/3)
 Início: convite de uma parte à outra, por qualquer meio de comunicação, constando o escopo 
da negociação, data e o local da primeira reunião (art. 21). 
 Resposta ao convite: prazo de até 30 dias da data do recebimento, sob pena de considerar 
rejeitado (art. 21, § único).
 Previsão contratual de mediação deve conter, no mínimo, 
 Prazo mínimo e máximo para 1ª reunião, a contar do recebimento do convite;
 Local da 1ª reunião de mediação;
 Critérios de escolha do mediador/equipe de mediadores; e
 Penalidade em caso de não comparecimento da parte convidada à 1ª reunião (art. 22).
Procedimentos da Mediação Extrajudicial (Lei n. 13.140/2015, arts. 21 a 23) 
(1/2)
Não havendo previsão contratual completa de mediação, deve-se observar os seguintes 
critérios (art. 22, § 2º): 
 Prazo mínimo de 10 dias úteis e prazo máximo de 3 meses, a contar do recebimento
do convite, para 1ª reunião.
 Local adequado à realização da reunião, que possa envolver informações confidenciais.
 Lista com 5 mediadores capacitados para a escolha pela parte convidada. 
 Caso a parte convidada não se manifeste, considera-se aceito o 1º mediador da lista.
 O não comparecimento da parte convidada à 1ª reunião, 
caberá à parte arcar com 50% das custas e honorários 
sucumbenciais, caso vencedora em procedimento arbitral 
ou judicial posterior.
Procedimentos da Mediação Extrajudicial (Lei n. 13.140/2015, arts. 21 a 23) 
(1/2)
 Realizada nos Cejuscs: setores de solução de conflitos pré-processual e processual, bem 
como pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a 
autocomposição (art. 24).
 Mediadores não estão sujeitos à prévia aceitação das partes.
 Assistência: as partes deverão ser assistidas por advogados ou defensores públicos (art. 26).
 Insuficiência de recursos: assistência das partes pela defensoria pública pela concessão de 
benefício às partes que comprovarem carência econômica.
 Requisitos essenciais: recebida a petição inicial, juiz designa audiência de mediação 
(art. 27).
 Conclusão do procedimento de mediação: até 60 dias contados 
da 1ª sessão, salvo se as partes de comum acordo requererem 
sua prorrogação (art. 28).
 Acordo: homologação judicial ou lavrado termo final de acordo 
frustrado e arquivamento do processo. 
 Custas judiciais finais: solucionado o conflito pela mediação 
antes da citação do réu, não são devidas custas judiciais finais.
Procedimento da Mediação Judicial (Lei n. 13.140/2015, arts. 24 a 29)
 Mediação familiar: consiste na intervenção orientada na assistência de famílias, na 
reorganização das relações familiares, como por exemplo: divórcio, partilha de bens, 
alimentos, guarda e regulamentação de visita de filho(a).
 Mediação social: envolve questões comunitárias, relação de vizinhança e relação entre 
pessoas em geral.
 Mediação escolar: envolve questões no ambiente escolar entre jovens, como regras de 
convivência, construção de relacionamentos, estabelecer diálogo, situações cooperativas e 
não violentas.
 Mediação empresarial: envolvimento entre empresas, 
consistente na solução de conflitos e na manutenção da 
relação empresarial, como fornecimento, prestação de 
serviços, financiamento etc.
 Mediação societária: envolve a relação entre sócios de uma 
sociedade empresarial.
Mediação em diversas áreas de conflito
A União, Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarão câmaras de mediação e 
conciliação, com atribuições relacionadas à solução consensual de conflitos no âmbito 
administrativo, como:
 Dirimir conflitos envolvendo órgãose entidades da administração pública.
 Avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução de conflitos, por meio de conciliação, no 
âmbito da administração pública.
 Promover a celebração de termo de ajustamento de conduta, quando couber.
 Composição e funcionamento das câmaras previsto em regulamento de cada ente federado.
 Submissão do conflito às câmaras é facultativa e cabível conforme previsto em regulamento.
 Acordo, reduzido a termo, constituirá título 
executivo extrajudicial.
 Suspensão da prescrição: a instauração de procedimento 
administrativo para resolução consensual de conflito no âmbito 
da Administração Pública, por meio de emissão de juízo de 
admissibilidade, suspende a prescrição, que retroage à data da 
formalização do pedido.
Câmaras de mediação e conciliação para a solução consensual de conflitos 
no âmbito administrativo (Lei n. 13.140/2015, arts. 32 a 34)
Transação por adesão: controvérsias jurídicas que envolvam a Administração Pública Federal 
direta, suas autarquias e fundações, poderão ser objeto de transação com fundamento em:
 Autorização do advogado-geral da União, com base na jurisprudência pacífica do STF 
ou de Tribunais Superiores;
 Parecer do advogado-geral da União, aprovado pelo Presidente da República. 
 Resolução administrativa: definição dos requisitos e das condições da transação por adesão.
 Pedido de adesão: formulado pelo interessado, que deve juntar prova de atendimento aos 
requisitos e às condições dispostas na resolução administrativa.
 Efeitos da adesão: renúncia do interessado ao direito sobre 
o qual se fundamenta a ação ou o recurso, eventualmente 
pendentes, de natureza administrativa ou judicial, quanto 
aos objetos da resolução administrativa.
Conflitos envolvendo a Administração Pública Federal direta e suas 
autarquias e fundações (Lei n. 13.140/2015, arts. 35 a 40)
Qual é o mecanismo alternativo de solução de conflitos mais adequado na tentativa 
autocompositiva, em caso de divergências familiares, como por exemplo divórcio e partilha de 
bens, pensão alimentícia, guarda e regulamentação de visitas de filho menor? 
a) Conciliação.
b) Mediação.
c) Jurisdição.
d) Negociação.
e) Arbitragem.
Interatividade 
Qual é o mecanismo alternativo de solução de conflitos mais adequado na tentativa 
autocompositiva, em caso de divergências familiares, como por exemplo divórcio e partilha de 
bens, pensão alimentícia, guarda e regulamentação de visitas de filho menor? 
a) Conciliação.
b) Mediação.
c) Jurisdição.
d) Negociação.
e) Arbitragem.
Resposta
BACELLAR, BACELLAR, Roberto Portugal. Mediação e Arbitragem. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 
2016.
CALMON, Petronio. Fundamentos da Mediação e da Conciliação. 3. ed. Brasília: Gazeta 
Jurídica, 2015.
CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido 
Rangel. Teoria Geral do Processo. 28. ed. São Paulo: Malheiros, 2012.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução n. 125 do CNJ. Disponível em: 
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/156. Acesso em: 03 maio 2022.
GONÇALVES, Marcus Vinicius R. Esquematizado – Direito 
Processual Civil. Disponível em: Minha Biblioteca, (13. ed.). São 
Paulo: Editora Saraiva, 2022.
NUNES, Antonio Carlos Ozório. Manual de Mediação: 
guia prático da autocomposição. São Paulo: Revista 
dos Tribunais, 2016.
Referências
PINHO, Humberto Dalla Bernardina, D. e Marcelo Mazzola. Manual de Mediação e Arbitragem. 
Disponível em: Minha Biblioteca, (3. ed.). São Paulo: Editora Saraiva, 2021.
SALLES, Carlos Alberto, D. et al. Negociação, Mediação, Conciliação e Arbitragem. Disponível 
em: Minha Biblioteca, (4. ed.) São Paulo: Grupo GEN, 2021.
TARTUCE, Fernanda. Mediação nos Conflitos Civis. Disponível em: Minha Biblioteca, (6. ed.). 
Grupo GEN, 2020.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Vol. 1. Disponível em: 
Minha Biblioteca, (62. ed.). São Paulo: Grupo GEN, 2021.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO. Núcleo de 
Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos. 
Centros Judiciários de Solução de Conflitos. Apostila de 
Procedimentos e Sistema SAJ. Disponível em 
http://www.tjsp.jus.br/Download/Conciliacao/Nucleo/ApostilaCEJU
SC-NPMCSC.pdf. Acesso em: 5 maio 2022.
Referências
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