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Direitos Penal Constitucional Avaliação

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Direitos Penal Constitucional – Avaliação
1. Sobre direito penal, é entendido como a parte do direito a qual disciplina o poder punitivo do Estado, regulando as infrações e suas penas com base nos valores fundamentais para convivência e paz social. Assinale a afirmativa correta:
a. Cuida-se do ramo do Direito Público, que se ocupa de estudar os valores fundamentais sobre os quais não se assentam as bases da convivência e da paz social, os fatos que os violam e o conjunto de normas jurídicas (princípios e regras) destinadas a proteger tais valores, mediante a imposição de penas e medidas de segurança.
b. Não só o direito penal pode privar o indivíduo de um de seus mais preciosos bens: a liberdade de locomoção ou deambulação (direito de ir vir e ficar). Não se ignora que o Direito Civil também possui a excepcional medida coercitiva da prisão do devedor de pensão alimentícia, e depositário infiel autorizada pela Constituição Federal.
c. Direito penal constitucional é o conjunto de normas jurídicas voltado à fixação dos limites do poder punitivo do Estado, instituindo infrações penais e as sanções correspondentes, bem como regras atinentes à sua aplicação. Embora a sua definição se concentre nos limites do poder punitivo, significando um enfoque voltado ao Direito Penal Democrático, não se há de olvidar constituir o ramo mais rígido do Direito, prevendo-se as mais graves sanções viáveis para o ser humano, como é o caso da privação da liberdade.
d. O ordenamento jurídico-penal é regido por uma norma independente a qual não se sujeita aos princípios constitucionais, principalmente o da legalidade, nos seus aspectos amplo (ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, art. 5.º, II, CF) e estrito (não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem lei anterior que a comine, art. 5.º, XXXIX, CF).
2. O direito penal constitucional antes de ser consolidado percorreu um longo caminho histórico, com base em seu histórico analise as afirmativas:
I –   A tomada da Bastilha, prisão política francesa, ocorrida em 14 de julho de 1789, fez eclodir uma revolução que alterou os rumos políticos, sociais e jurídicos do Mundo Ocidental. Representou a síntese dos anseios da ascendente burguesia por liberdade, igualdade e fraternidade, além de uma resposta contundente para pôr fim aos abusos da monarquia absolutista. No cenário do Direito, coube à Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, também de 1789, inspirada na Revolução Americana de 1776 e nas ideias filosóficas do Iluminismo, condensar, em seus preceitos, os princípios acima referidos.
II – Via-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, enquanto instrumento democrático, a realização do ideal iluminista da razão e o meio capaz de produzir segurança nas relações jurídicas e livrar os cidadãos do arbítrio dos monarcas. Qualquer um poderia a ela se sobrepor.
III –   Havia espaço para o Judiciário negar sua aplicação, mesmo quando confrontasse com o sentimento social de Justiça ou não se harmonizasse com preceitos constitucionais. Pode-se denominar esse momento histórico de período legislativo, em que reinava o princípio da onipotência do legislador.
IV – O declínio do “estado legalista” não tardou a ocorrer. A razão era a seguinte: O Mundo Ocidental havia substituído o despotismo absolutista pela tirania do parlamento; era preciso, agora, contê-lo, impondo-lhe arestas, de modo que não desviasse sua atuação dos verdadeiros e legítimos anseios sociais.
Assinale a afirmativa correta:
a. Estão incorretas as afirmativas II e III
b. Estão incorretas as afirmativas I e IV
c. Estão corretas as afirmativas II e IV.
d. Estão corretas as afirmativas III e IV
3. As penas também são regidas por meio de princípios constitucionais, com base nos princípios a seguir assinale a opção incorreta:
a. O princípio da legalidade, ou da reserva legal, é o que exige a tipificação das infrações penais em uma lei aprovada pelo Congresso Nacional, de acordo com as formalidades constitucionais, e sancionada pelo Presidente da República. Um ilícito penal não pode ser criado por meio de decreto, resolução, medida provisória etc.
b. O princípio da anterioridade exige que lei que incrimina certa conduta seja anterior ao fato delituoso que se pretende punir. Assim, é inaceitável que, após a prática de certo fato não considerado criminoso, aprove-se uma lei para punir o autor daquele fato pretérito. Igualmente não se pode aumentar a pena prevista para um delito e pretender que sua aplicação incida em relação a fatos já ocorridos.
c. O princípio da humanização veda as penas cruéis, de morte, de trabalhos forçados, de banimento ou perpétuas.
d. O princípio da pessoalidade, a pena pode passar da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, de acordo com este princípio a pena aplicada pode ser cumprida pelo réu condenado, podendo ser transferida a um sucessor ou coautor do delito.
4. Sobre as penas em espécie assinale a afirmativa correta:
a. As penas privativas de liberdade no Direito brasileiro são a reclusão, a detenção e a prisão simples – esta última aplicável apenas para as contravenções penais. A duração máxima do cumprimento da pena em privação de liberdade, independentemente do quantum determinado em sentença penal condenatória, é atualmente de trinta anos.
b. Regulamentada pelo Código Penal e pela reforma promovida pela Lei 9.714/1998, a perda de bens e valores constitui a supressão do patrimônio individual do condenado a uma pena privativa de liberdade que é substituída por restritiva de direitos. O pagamento destina-se ao Fundo Penitenciário Nacional, salvo disposição diversa em legislação especial, e é estabelecida proporcionalmente ao montante do prejuízo causado pelo delito ou do provento obtido pelo autor do delito ou terceiro (o quantum maior).
c. A multa penal é uma das espécies de sanção jurídica de caráter pecuniário, calculada de acordo com o sistema de dias-multa, que consiste na fixação de um número de unidades artificiais (os “dias-multa”) consoante a gravidade do delito perpetrado e a determinação de um valor em moeda nacional ou internacional, ajustado conforme a capacidade econômica do réu.
d. As penas de interdição temporária de direitos não são restrições políticas ou civis, mas profissionais que limitam a capacidade do apenado de participar livremente de determinados aspectos da vida social. A interdição temporária de direitos recai sobre bens jurídicos da liberdade ambulatória e do patrimônio.
5. É previsto na Constituição Federal, a aplicação imediata as normas que definem os direitos e garantias fundamentais, garantindo aos direitos e garantias fundamentais a aptidão para a produzir efeitos jurídicos, assinale a afirmativa correta com base nos direitos e garantias fundamentais e sua aplicação:
a. Obviamente, o comando constitucional significa que todos os direitos fundamentais são aplicáveis e concretizáveis imediatamente em sua plenitude, a Constituição é condicionada e expressa pela realidade histórica concreta do seu tempo e a pretensão de eficácia deve levar isso em conta.F
b. O propósito de considerar tratados e convenções de direitos humanos como normas materialmente constitucionais está conectado à determinação expressa de legalização da norma supralegal para a entrada desses diplomas na ordem constitucional como emendas constitucionais.F
c. Os tratados internacionais sobre direitos humanos que não observarem o art. 5.º, § 3.º, da CF prevalecerão sobre a legislação interna (supralegalidade), mas não integrarão o bloco de constitucionalidade, por se situarem em patamar hierárquico inferior ao da Constituição.
d. Os tratados internacionais sobre direitos humanos que observarem o art. 5.º, § 3.º, da CF prevalecerão sobre a legislação interna (supralegalidade), mas não integrarão o bloco de constitucionalidade, por se situarem em patamar hierárquico inferior ao da Constituição.6. O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. Essa é a redação dada pelo artigo 5º parágrafo 4º da Constituição Federal de 1988, sobre o tribunal internacional penal analise as afirmativas a seguir:
I – O Estatuto de Roma foi assinado pelo Brasil em 7 de fevereiro de 2000, ratificado por meio do Decreto Legislativo n. 112, de 6 de junho de 2002, e, finalmente, promulgado no Brasil por meio do Decreto do Executivo n. 4.388, de 25 de setembro de 2002. A integração do Estatuto de Roma ao nosso ordenamento jurídico encontra amparo no § 4º do art. 5º da Constituição Federal, que reconhece o caráter supranacional do Tribunal Penal Internacional.V
II – Será submetido ao exercício da jurisdição da Corte Supranacional concorrentemente com o Estado quando houver a investigação e a persecução em qualquer dos crimes praticados internacionalmente.F
III –  O STF reconhece expressamente a respeito da jurisdição do Tribunal Internacional é adicional e complementar à do Estado, ficando, pois, condicionada à incapacidade ou à omissão do sistema judicial interno.V
IV – A competência do Tribunal Penal Internacional é restrita aos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional globalmente, em razão de atrocidades inimagináveis e inaceitáveis que podem atingir o ser humano e impactar profundamente sua consciência, constituindo ameaça à paz, à segurança e ao bem-estar da humanidade.V
Assinale a afirmativa correta:
a. Estão corretas as afirmativas de II a IV.
b. Estão corretas as afirmativas de I a IV.
c. Estão corretas as afirmativas de I a III.
d. Está incorreta a afirmativa II.
7. São considerados crimes hediondos, exceto:
a. A extorsão qualificada pela morte.
b. A lesão corporal leve.
c. O latrocínio.
d. O sequestro relâmpago qualificado pela morte.
8. Sobre o remédio constitucional previsto no Artigo 5º, LXVIII conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; ”. É correto afirmar que:
a. O habeas corpus é uma das mais preciosas e eficazes garantias de proteção de direito líquido e certo. O habeas corpus é um recurso extraordinário, instituído para garantir determinado direito.
b. O que caracteriza o Habeas corpus é o seu objeto e fim, que é a proteção e defesa da liberdade, não há outras instituições que têm idêntica missão.
c. O que particularmente distingue e caracteriza o habeas corpus são a prontidão e a celeridade com que ele restitui a liberdade àquele que é vítima da prisão ou constrangimento ilegal. O habeas corpus é uma ação constitucional de natureza penal destinada especificamente à proteção da liberdade de locomoção quando ameaçada ou violada por ilegalidade ou abuso de poder.
d. A Constituição Federal de 1988 prevê o habeas corpus como garantia fundamental, de cognição ilimitada, afirmando que será ele concedido “sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em seus atos da vida civil”.
9. Devido os mandatos expressos de criminalização surge a obrigatoriedade do seu cumprimento pelo legislador, com base nessa obrigatoriedade do legislador assinale a afirmativa incorreta:
a. A aproximação do Direito Penal com a Constituição, está no fato de que o legislador penal se encontra materialmente vinculado à Constituição. Essa vinculação decorre diretamente do princípio da exclusiva proteção do bem jurídico, visto que, em termos de bem jurídico, há que se considerar que o seu conceito material reside na realidade social, sobre a qual incidem juízos de valor, primeiro do constituinte, depois do legislador ordinário.
b. Entre a base material e a liberdade do legislador, há que se voltar o olhar e se questionar sobre qual a sua dimensão de atuação, sempre considerando-se que os princípios constitucionais penais são fronteiras inderrogáveis limitando a atividade penal do Estado no sentido de garantia e inviolabilidade do direito à liberdade e outras prerrogativas individuais.
c. As indicações constitucionais de criminalização ocasionam e contrariam os princípios penais do Direito Penal mínimo ou o engessamento ao legislador infraconstitucional da proteção penal determinada, porque retira deste a liberdade seletiva quanto à necessidade de criminalização, principalmente quanto à definição das condutas puníveis e as correspondentes sanções penais.
d. Como ponderado, ao legislador é concedida a liberdade dentro do quadro constitucional, tanto para criminalizar como para descriminalizar condutas. Essa análise deve partir sempre da dimensão sociocultural do bem jurídico, e esse processo de criminalização/descriminalização subordina-se às regras axiológicas imperantes em cada momento histórico, estando a idoneidade do bem jurídico vinculada à realidade existencial e comprometida com o mundo externo do ser. Ao descriminalizar, o legislador somente retira a obrigatoriedade da conduta, mas a esfera da legitimação de proteção continua.
10. Acerca da proteção penal do ambiente analise as afirmativas a seguir:
I – Na sociedade moderna, a pessoa jurídica adquiriu uma importância ímpar para a ordem econômica e financeira dos países. Em contrapartida, também se tornou uma das principais causadoras de atentados contra os recursos naturais no mundo. Esse paradoxo conduziu a comunidade jurídica internacional e nacional a discutir se o ente coletivo deveria ser responsabilizado não apenas na esfera administrativa, civil, mas também na penal.V
II – A postura atual dos tribunais superiores é a de que a empresa pode ser responsabilizada sozinha em crimes ambientais, independentemente da punição da pessoa. O argumento para mudança de decisão tanto do STF como do STJ, que se considerasse a persecução penal dos entes coletivos apenas quando ocorresse com a imputação da pessoa física, afrontaria o art. 225, § 3.º, da Constituição Federal, pois estaria subordinando a “responsabilização jurídico-criminal do ente moral à efetiva condenação da pessoa física”. Ademais, restringir a dupla imputação seria restringir a norma constitucional, expressa a intenção do constituinte originário não apenas de ampliar o alcance das sanções penais, mas também de evitar a impunidade pelos crimes ambientais frente às imensas dificuldades de individualização dos responsáveis internamente às corporações.F?
III – A decisão dos órgãos julgadores estabelece um critério uno de responsabilidade penal da pessoa jurídica: de maneira direta (autorresponsabilidade = responsabilidade por conduta própria – defeito organizacional da própria pessoa jurídica).F
IV – Entretanto, incumbe à Constituição prever o sistema de imputação penal à pessoa jurídica, não à lei ordinária, infraconstitucional. E se pela decisão do STF a norma infraconstitucional afronta a Constituição Federal, ao impor a dupla imputação, então ela é constitucional e por conseguinte pode ser aplicada no ordenamento jurídico brasileiro.F
V – A responsabilidade consagrada como sendo de ordem penal, seja aqui, seja alhures [em outros países], não passa na verdade de responsabilidade de outro cunho, repressiva pode ser, mas não essencialmente penal. Tem-se, então, uma responsabilidade jurídica diversa – administrativa, civil –, travestida de penal.V
É correto afirmar que:
a. Estão corretas as afirmativas I, II e V.
b. Estão corretas as afirmativas II, III e IV.
c. Estão corretas as afirmativas IV e V.
d. Estão corretas as afirmativas V e I.

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