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PROJETO DE ENSINO - Assistência Social em contexto de pandemia - 54/2022 Período:16/11/2022 08:00 a 02/12/2022 23:59 (Horário de Brasília) Status:ABERTO Gabarito:Gabarito será liberado no dia 03/12/2022 00:00 (Horário de Brasília) 1ª QUESTÃO A imposição do isolamento social como medida sanitária para reduzir o contágio pelo novo coronavírus trouxe à tona um problema social recorrente em grandes cidades, porém por vezes minorizado diante de questões como a violência urbana e a drogadição. Trata-se das condições de vida nas favelas, sobre as quais Fernandes (2020) problematiza em torno da precariedade das moradias, de serviços básicos como água tratada e esgoto, ao que podemos somar o distanciamento mínimo entre as moradias e as dificuldades para acesso às informações, aquisição de itens para higienização e atendimento e acompanhamento pelo poder público. FERNANDES, Lenise Lima. Considerações preliminares sobre a visibilidade das favelas no contexto de pandemia do Covid-19 no Rio de Janeiro. In: MOREIRA, Elaine et al (Orgs.). Em tempos de pandemia: propostas para a defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020. p. 97-102. Considerando a visibilidade das favelas nesse momento de pandemia, com foco na análise da autora mencionada para o Rio de Janeiro, analise as afirmações a seguir: I – As ações voluntárias são relevantes, porém devem ser acompanhadas de efetiva conscientização social. II – A empatia da sociedade na pandemia parece esquecer do genocídio negro nas favelas em confrontos policiais. III – Falta atenção do poder público às condições de acesso das crianças em favelas à educação a distância. IV – Mais do que pedir doações, as lideranças de favelas têm utilizado os espaços de voz para denunciar a exclusão social. É correto apenas o que se afirma em: ALTERNATIVAS I e III. II e III. I, II, e III. I, II e IV. II,III e IV. 2ª QUESTÃO A pandemia do novo coronavírus trouxe visibilidade pública às condições de vulnerabilidade social de parcela expressiva da população brasileira: pequenas moradias, com poucas janelas e sem condições adequadas de água e esgoto, com baixa renda e desenvolvendo atividades laborais precárias, parte deles dependentes de esmolas. Diante desse diagnóstico social, já existente porém potencializado pela pandemia, “ . . . foi apresentado pelo Ministério da Cidadania o Auxílio emergencial de R$ 600,00 oferecido por três meses aos trabalhadores informais ou desempregados”. Tratava-se de uma análise acerca do primeiro momento de implementação do auxílio emergencial (ALVES; SIQUEIRA, 2020, p. 77). ALVES, Gláucia Leils; SIQUEIRA, Luana de Sousa. Projeto neoliberal, coronavírus e Auxílio Emergencial: o desmonte da assistência social. In: MOREIRA, Elaine et al (Orgs.). Em tempos de pandemia: propostas para a defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020. p. 75-82. Com relação ao exposto, analise as afirmações a seguir, bem com a relação proposta entre elas: I – O auxílio emergencial é uma política de assistência social que remete à ampliação da ação estatal e, portanto, contraria a perspectiva neoliberal de atuação do poder público. PORQUE II – Trata-se de instituição de renda básica emergencial para atendimento de cadastrados no Programa Bolsa Família e no Cadastro Único, em contexto de epidemia ou pandemia. É correto afirmar que: ALTERNATIVAS As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições falsas. 3ª QUESTÃO A determinação do distanciamento social implicou um conjunto amplo de mudanças e necessidades de novas interpretações para expressões da questão social que passaram a se colocar de modo mais expressivo com a sociabilidade sendo praticamente restrita ao ambiente doméstico. De modo específico, Borges e Silva (2020) apontaram efeitos negativos dessa condição, como o aumento da violência doméstica e a desigual divisão do trabalho como potenciais causadores de problemas de saúde às mulheres. BORGES, Rosimar Souza dos Santos; SILVA, Adriana Santos da. Distanciamento social e sobrecarga de trabalho: impactos na saúde da mulher. In: MOREIRA, Elaine et al (Orgs.). Em tempos de pandemia: propostas para a defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020. p. 148-153. Sobre tal tema, analise as afirmações a seguir, bem como a relação proposta entre elas: I – Com a expansão dos espaços ocupados por mulheres no mercado de trabalho, tem-se uma nova configuração das relações de trabalho, sendo possível constatar efeitos homogêneos da prática laboral às vivências e experiências femininas. PORQUE II – O trabalho remunerado de mulheres no sistema capitalista não deve ser interpretado como emancipador e libertador, já que soma-se às atribuições domésticas predominantemente desempenhadas pelas mulheres. É correto afirmar que: ALTERNATIVAS As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições falsas. 4ª QUESTÃO O crescimento da população de idosos no Brasil é um dos grandes diagnósticos demográficos construídos e reforçados a cada onda do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tanto que a preocupação com a qualidade de vida desses cidadãos ganha espaço em discussões e na formação profissional para diversas áreas, com destaque à saúde e assistência social, onde a Gerontologia tem se consolidado como componente curricular relevante. Conforme destaca Alves (2020, p. 128), “ainda somos um país relativamente jovem do ponto de vista demográfico, embora com crescimento constante do grupo etário com mais de 60”. ALVES, Andrea Moraes. A velhice (ainda) é somente uma palavra: Covid-19 e o envelhecimento no Brasil. In: MOREIRA, Elaine et al (Orgs.). Em tempos de pandemia: propostas para a defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020. p. 126-130. Em se tratando das considerações sobre os idosos no contexto pandêmico, analise as afirmações a seguir, bem como a relação proposta entre elas: I – Os dados epidemiológicos dos casos e mortes por Covid-19 no Brasil são genéricos com relação aos idosos, de modo que não permitem compreendermos com maior detalhamento ou exatidão quem, de fato, são essas pessoas. PORQUE II – É salutar aos profissionais do Serviço Social considerarem que não devemos generalizar idosos como categoria homogênea, já que a estratificação social com relação a marcadores demográficos impacta as condições de vida dessas pessoas. É correto afirmar que: ALTERNATIVAS As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições falsas. 5ª QUESTÃO Dentre as diversas ações adotadas pelos Estados nacionais para buscar conter ou reduzir os índices de contaminação pelo novo coronavírus no mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou a redução da população prisional, ao que atenderam países como Turquia, Irã e Portugale também alguns estados dos Estados Unidos, onde parte significativa a legislação é definida pelos próprios estados. Diante desse contexto, Kilduff (2020, p. 104) afirma que “contrariamente às recomendações das autoridades sanitárias, o Brasil mantém o superencarceramento como política de Estado, apesar do grave risco para a vida e a saúde das pessoas privadas de liberdade”. KILDUFF, Fernanda. Sistema prisional brasileiro em contexto da pandemia da Covid-19. In: MOREIRA, Elaine et al (Orgs.). Em tempos de pandemia: propostas para a defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020. p. 103-110. Diante de tal afirmação e da argumentação da referida autora, analise as afirmações a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F): I – O Brasil é um dos países com maior população penitenciária do mundo, majoritariamente composta por negros. II – Como a maioria dos presos é de homens, existe estabilidade do número de mulheres encarceradas no Brasil. III – A ideia de que a prisão é o castigo pelo crime deve ser ponderada por atravessamentos sociais e raciais. IV – A despeito da existência de direitos sociais garantidos aos presos, há prática de tortura e precárias condições de saúde nos presídios. Assinale a alternativa que apresenta ordenação correta das afirmações: ALTERNATIVAS V-V-F-F F-V-V-V V-F-V-V F-V-F-V V-F-F-V 6ª QUESTÃO A pandemia do novo coronavírus gerou um cenário mundial de emergência pública, o qual desencadeou, no Brasil, decretação do estado de calamidade pública, determinação de medidas de isolamento social e paralização de muitos serviços considerados como não essenciais. Por outro lado, a assistência social foi reconhecida como atividade essencial por conta do atendimento à população com vulnerabilidades. Nesse sentido, destaca Silva (2020, p. 61) que “a própria Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, aprovada em 2009, já determinava que os serviços da Proteção Social Especial, sobretudo de alta complexidade, seriam considerados essenciais em contextos de calamidade pública e emergência”. SILVA, Mossicleia Mendes da. Sistema Único de Assistência Social: entre o desmonte e a condição de serviço essencial no contexto da pandemia. In: MOREIRA, Elaine et al (Orgs.). Em tempos de pandemia: propostas para a defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020. p. 60-67. Diante do debate em torno da importância do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no contexto de pandemia, analise as afirmações a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F): I – O SUAS foi fortalecido por legislações que propõem a expansão de suas atividades e qualidade do atendimento no governo Temer. II – A continuidade da realização de atendimentos do SUAS em pequenos municípios está em risco desde antes do início da pandemia. III – Os profissionais do Serviço Social têm atuado na linha de frente nos municípios em condições de trabalho e cuidado precárias. IV – O desmantelamento do SUAS é um dos reflexos da política ultraneoliberal que visa a exploração contínua e crescente dos trabalhadores. As asserções I, II, III e IV são, respectivamente: ALTERNATIVAS V-V-F-F F-V-V-V V-F-V-V F-V-F-V V-F-F-V 7ª QUESTÃO A pandemia do Covid-19 fez emergir um contexto social, político e econômico no qual se tornou evidente a relevância do Estado para a manutenção de condições e garantias mínimas à população diante de crises. Conforme afirma Guianze (2020, p. 35), “o neoliberalismo e os adoradores do Estado Mínimo derreteram diante da crua realidade. Ficou claro que os países precisam sim de um Estado forte, que intervenha na economia e na sociedade para definir os rumos a tomar”. GUIANZE, Rivera L. O mundo pós-covid será o mesmo? In: MOREIRA, Elaine et al (Orgs.). Em tempos de pandemia: propostas para a defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020. p. 35-39. Considerando os efeitos da pandemia sobre a vida dos indivíduos e os impactos nas políticas sociais, assinale a alternativa correta: ALTERNATIVAS Na educação pré-escolar, a principal preocupação é com a primeira formação de crianças. No campo do trabalho, houve alteração na maneira como as reuniões são realizadas, agora virtuais. A tentativa de manutenção de aulas presenciais no Ensino Superior privado foca na qualidade do ensino. O distanciamento social provocou o afastamento dos indivíduos de modo geral, independente de vínculos. As aulas para o Ensino Fundamental e Médio dispõem de mais recursos e qualidade no contexto pandêmico. 8ª QUESTÃO Os impactos da crise sanitária mundial do Covid-19 foram sentidos muito rapidamente no Brasil e, diante de ações contraditórias e contestadas de governos, contribuíram, em alguma medida, para o avanço da doença que atingiu números alarmantes de casos e mortes logo nos primeiros meses da pandemia, o que se mantém até meados de 2021. Contudo, para além da questão diretamente relacionada à saúde, Campos (2020, p. 68-69) destaca um conjunto amplo de ações relacionadas à proteção social, bem como afirma que “não podemos esquecer que as consequências da Covid-19 são agravadas de acordo com a renda, a localização, o gênero e a raça/cor das pessoas”. CAMPOS, Daniel de Souza. O Cadastro Único na pandemia do coronavírus: panorama da (des)proteção social. In: MOREIRA, Elaine et al (Orgs.). Em tempos de pandemia: propostas para a defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020. p. 68-74. Diante de tal contexto, analise as afirmações a seguir: I – O Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais de âmbito federal foi implementado em 2001. II – Por buscar a redução de desigualdades sociais, todos os objetivos do CadÚnico são de curto prazo. III - O CadÚnico é destacado pelos governos como instrumento para identificar famílias vulneráveis socialmente. IV – Uma crítica ao auxílio emergencial é a demora para que os beneficiários tenham acesso ao benefício. É correto apenas o que se afirma em: ALTERNATIVAS I e II. II e IV. III e IV. I, II e III. I, III e IV. 9ª QUESTÃO A pandemia acentuou as condições precárias em que grupos socialmente vulneráveis vivenciam cotidianamente, em que devemos incluir os negros, historicamente excluídos ou segregados no Brasil. O impactante trecho de música eternizado na voz de Elza Soares que afirma que “a carne mais barata do mercado é a carne negra” é título do texto de Passos (2020), em que a autora expõe as condições de saúde da população negra brasileira no contexto pandêmico e vocaliza demandas e pontos de atenção levantados por um conjunto de mais de 150 coletivos e instituições sociais denominado “Coalização Negra por Direitos”. PASSOS, Rachel Gouveia. “A carne mais barata do mercado é a carne negra”: saúde da população negra em tempos de Covid-19. In: MOREIRA, Elaine et al (Orgs.). Em tempos de pandemia: propostas para a defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020. p. 90-96. Considerando as medidas propostas pela “Coalização Negra por Direitos”, analise as afirmações a seguir: I – Exigiu, dentre outros serviços, educação de qualidade e o fornecimento de água potável às populações vulneráveis. II – Destaca a necessidade de atenção à população em situação de rua, especialmente com espaços para higiene. III – Para além do cuidado com os infectados, destaca a importância de apoiar prioritariamente familiares de vítimas. IV – Solicita atenção à saúde de populações quilombolas, de comunidades tradicionais e aos povos indigenas. É correto o que se afirma em: ALTERNATIVAS I e III, apenas. II e III, apenas. I, II e IV, apenas. II,III e IV, apenas. I, II, III e IV. 10ª QUESTÃO O isolamento social implicou, especialmente no anode 2020, antes do início da vacinação da população brasileira, em longos períodos de manutenção da população em seus lares, dos quais deveriam ausentar-se apenas por conta de atividades laborais ou cotidianas imprescindíveis. Com a vida praticamente restrita ao espaço doméstico, adaptações ocorreram com relação às condições para o desenvolvimento do trabalho (home office) e também a socialização e cuidado entre os entes da casa e as tarefas rotineiras. Com seu olhar holístico decorrente da formação em Serviço Social, Garcia (2020) escreveu sobre experiências de lares com crianças, adotando como aspectos relevantes a divisão do cuidado, as aulas remotas e a ambiguidade de sentimentos presentes no dia-a-dia do lar. GARCIA, Joana. Experiências com crianças na quarentena. In: MOREIRA, Elaine et al (Orgs.). Em tempos de pandemia: propostas para a defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2020. p. 131-141. Diante desse contexto, analise as afirmações a seguir: I – É reconhecido que família e escola são instituições responsáveis pela socialização de crianças. II – Tem se aproximado da igualdade o tempo dedicado por mulheres e homens a tarefas domésticas. III – Com relação às aulas remotas, as diferenças entre as classes sociais devem ser consideradas. IV – Por estarem em casa homens e mulheres, há distribuição de atividades na tarefa do cuidado. V – Papeis sociais e atribuições no cuidado com os filhos têm relação com as expressões da questão social. É correto apenas o que se afirma em: ALTERNATIVAS I, II e IV. I, III e V. II, IV e V. II, III e V. I, II, III e IV.
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