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Impactos em Ambiente Aquático Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Victor Carrozza Barcellini Revisão Textual: Profa. Dra. Silvia Albert Poluição das Águas • Poluição das Águas • Impurezas encontradas na Água • Principais Poluentes da Água e suas Consequências · Compreender o que é poluição e seus efeitos nos ambientes aquáti- cos. Ao final desta unidade, espera-se que o aluno seja capaz de en- tender as definições de poluição, suas consequências, relacioná-las com os conceitos vistos nas unidades anteriores e, principalmente, apreender quais são os ciclos e ecossistemas afetados pela poluição. OBJETIVO DE APRENDIZADO Poluição das Águas Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Poluição das Águas Poluição das Águas Entende-se por poluição das águas a adição de substâncias ou de formas de energia que, direta ou indiretamente, alterem a natureza do corpo d’água de uma maneira tal que prejudique os legítimos usos que dele são feitos (VON SPERLING, 2005). A definição acima é essencialmente prática e, em decorrência, potencialmente polêmica, pelo fato de associar a poluição ao conceito de prejuízo e aos usos do corpo d’água, conceitos esses atribuídos pelo próprio homem. No entanto, essa divisão prática é importante, principalmente ao se analisar as medidas de controle para a redução da poluição. Muitos processos diferentes e diversos materiais podem poluir águas superficiais e subterrâneas. Todos os setores da so- ciedade (urbano, rural, industrial, agrícola e militar) podem contribuir para o pro- blema da poluição da água (CETESB, 2016). Grande parte dessa poluição é re- sultado de escoamentos superficiais (ur- bano, agropecuário, industrial e militar), vazamentos e derramamentos acidentais, infiltrações de poluentes nas águas su- perficiais e subterrâneas, carreamento de resíduos sólidos ou sedimentação do ar, quando os poluentes são transportados pelo ar e depositados em corpos d’água (BOTKIN;KELLER, 2011; FIGURA 1). O aumento populacional frequen- temente resulta na introdução de mais poluentes no meio ambiente (FIGURA 2), bem como na demanda por recur- sos finitos (ARBUCKLE; DOWNING, 2001; ARIAS et al., 2007; HACKBART, 2012). Como resultado vislumbra-se que várias fontes de água potável em diferen- tes lugares serão degradas em um futuro próximo (GLEICK, 1993). Figura 1 – Vista aérea do rio Tietê com a Marginal Tietê Fonte: Wikimedia Commons 8 9 Figura 2 – Poluição hídrica de um córrego em uma das favelas indianas Fonte: Wikimedia Commons Impurezas encontradas na Água Características das impurezas A poluição da água se refere à degradação da qualidade da água (BOTKIN; KELLER, 2011). Os diversos componentes presentes na água, e que, alteram o seu grau de pureza, podem ser retratados, de uma maneira ampla e simplificada, em termos das suas características físicas, químicas e biológicas (VON SPERLING, 2005). Estas características podem ser traduzidas na forma de parâmetros de qualidade da água, os quais serão abordados mais à frente nesta unidade. As principais características da água podem ser expressas como: • Características físicas: As impurezas enfocadas do ponto de vista físico estão associadas, em sua maior parte, aos sólidos presentes na água. Estes sólidos po- dem ser em suspensão, coloidais ou dissolvidos, dependendo do seu tamanho. • Características químicas: As características químicas de uma água podem ser interpretadas através de uma das duas classificações: matéria orgânica ou inorgânica. • Características biológicas: Os seres presentes na água podem ser vivos ou mortos. Dentre os seres vivos, têm-se os pertencentes aos reinos animal e vegetal, além dos protistas. 9 UNIDADE Poluição das Águas A Figura 3, a seguir, apresenta de forma diagramática estas interrelações. Impurezas Características Químicas Orgânicos Ser Vivo Inorgânicos Características Biológicas Características Físicas GasesSólidos Suspensos Colóides Dissolvidos Animais Vegetais Protistas Matéria em Decomposição Figura 3 – Impurezas contidas na água Fonte: VON SPERLING, 2005 Parâmetros de Qualidade da Água A qualidade da água pode ser representada através de diversos parâmetros, que traduzem as suas principais características físicas, químicas e biológicas. Assim, ao se solicitar uma análise de água, deve-se selecionar os parâmetros a serem investigados pela análise. No Quadro 1, a seguir, são apresentados os principais parâmetros físicos, químicos e biológicos: Quadro 1 – Principais parâmetros físicos, químicos e biológicos Parâmetros Exemplo de Indicadores Parâmetros físicos Temperatura, turbidez, cor, sabor e odor; Parâmetros químicos pH, alcalinidade, acidez, dureza, oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO), carbono orgânico total (COT), metais totais e dissolvidos, cloretos, série nitrogenada, fósforo e micropoluentes orgânicos e inorgânicos; Parâmetros biológicos bactérias, algas, fungos, protozoários, vírus e helmintos Importante! Os microorganismos desempenham diversas funções de fundamental importância, principalmente as relacionadas com as transformações da matéria dentro dos ciclos biogeoquímicos. A microbiologia é o ramo da biologia que trata dos microorganismos. Em termos da avaliação da qualidade da água, os microorganismos assumem um papel de maior importância dentro dos seres vivos, devido à sua grande predominância em determinados ambientes (indicadores), à sua atuação nos processos de depuração dos despejos ou à sua associação com as doenças ligadas à água. Você Sabia? 10 11 Requisitos, Condições e Padrões de Qualidade Os requisitos de qualidade da água são determinados em função de seus usos previstos (VON SPERLING, 2005). Os principais usos d’água, na atualidade, se vinculam ao abastecimento doméstico e industrial, irrigação, dessedentação animal, geração de energia, transporte, recreação e lazer e preservação da flora e da fauna. No geral, a água para esses usos deve ser isenta de substâncias químicas e orga- nismos prejudiciais à saúde, salinidade não excessiva, baixos teores de sólidos em suspensão e óleos & graxas e esteticamente agradável(aparência, sabor e odor). Além dos requisitos de qualidade, que traduzem de uma forma generalizada e conceitual a qualidade desejada para a água, há a necessidade de se estabelecer também condições e padrões de qualidade, embasados por um suporte legal. As condições e padrões devem ser cumpridos, por força da le gislação, pelas entidades envolvidas com a água a ser utilizada. Da mesma forma que os requisitos, também as condições e padrões são determinados pela função do uso previsto para a água. Legislações Ambientais - recursos hídricos superficiais e subsuperficiais Desde 1934, quando foi criado o Código de Águas pelo Decreto Federal n° 24.643, até a Constituição Federal, as águas superficiais e subterrâneas foram consideradas bens imóveis, associados à propriedade da terra, limitando-se o direito à sua exploração. A Constituição, por intermédio de seu artigo 26, alterou esse status, considerando-as de propriedade dos Estados e Distrito Federal, sendo as águas minerais de competência da União. A Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988, no seu Artigo 21, inciso XIX, preconiza que “compete à União instituir o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso”. O Decreto nº 41.258, de 31 de outubro de 1996, estabeleceu as outorgas de direito de uso das águas superficiais e subterrâneas, classificando-as como de Autorização, Licença de Execução e Concessão. Essa efetivação ocorreu com a sanção da Lei Federal nº. 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, objetivando a utilização racional e integrada dos recursos hídricos de forma a assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos. Nessa política, estão previstos os usos múltiplos das águas, como um dos principais fundamentos de sua gestão. Constitui-se, então, como um dos principais instrumentos dessa política, o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água. Além de instituir, como um de seus instrumentos, a outorga de direito de uso de recursos hídricos, o qual tem por objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e efetivo exercício dos direitos de acesso à água. 11 UNIDADE Poluição das Águas A Lei Federal nº 9.984, de 17 de julho de 2000, criou a Agência Nacional de Águas (ANA), a qual passou a ser a autoridade outorgante e implementou a Política Nacional de Recursos Hídricos. Juntamente com o Sistema Nacional de Gerencia- mento dos Recursos Hídricos, que dá competência ao Conselho Nacional de Re- cursos Hídricos (CNRH), nos termos da Lei nº 9.433, para tratar do planejamento da utilização desses recursos. A integração das águas subterrâneas e superficiais, no âmbito da Política Nacional de Recursos Hídricos, foi implementada pela Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CTAS) através da Resolução nº 15, publicada em 12 de janeiro de 2001, que estabelece as diretrizes para a gestão integrada das águas. O Decreto nº 4613, de 11 de março de 2003, regulamentou o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). Esse Conselho promulgou a Resolução nº 30, de 11 dezembro de 2002, que adota a codificação das bacias hidrográficas no âmbito nacional, considerando a necessidade de se adotar uma metodologia de referência, que permita procedimentos padronizados de subdivisões e agrupamen- tos de bacias hidrográficas. Assim, considerando a importância de se estabelecer uma base organizacional que contemple as bacias hidrográficas como unidade de gerenciamento de recursos hídricos, e considerando a necessidade de se imple- mentar uma base de dados referenciadas por bacia, em âmbito nacional, o CNRH promulgou a Resolução nº 32, de 15 de outubro de 2003, na qual fica estabeleci- do como região hidrográfica o espaço territorial brasileiro compreendido por uma bacia, grupo de bacias ou sub-bacias contíguas com características naturais, sociais e econômicas homogêneas ou similares, com vista a orientar o planejamento e o gerenciamento dos recursos hídricos. Considerando que a saúde e o bem-estar humano, bem como o equilíbrio eco- lógico aquático, não devem ser afetados pela deterioração da qualidade das águas; que a classificação das águas doces, salobras e salinas é essencial à defesa de seus níveis de qualidade, sendo estes avaliados por condições e padrões específicos, de modo a assegurar seus usos preponderantes, foi promulgada, em 17 de março de 2005, a Resolução CONAMA nº 357/05. Essa Resolução dispõe não apenas sobre a classificação dos corpos d’água e as diretrizes ambientais para o seu enqua- dramento, como também estabelece as condições e padrões de qualidade de águas doces, salinas e salobras. Posteriormente, a Resolução CONAMA 430/2011 alterou e complementou a resolução acima citada, fixando condições e padrões de emissão para o lançamento de efluentes em corpos d’água receptores. Importante! Assim, estabeleceu-se que para cada classe de qualidade, são associados usos pre- ponderantes atuais ou futuros, fixando-se ou adotando-se padrões de qualidade, sendo os valores limite dos parâmetros de qualidade estabelecidos em legislação. Dessa forma, os resultados obtidos no monitoramento de águas doces, salobras e salinas são comparados com os respectivos padrões de qualidade das classes de en- quadramento, de cada corpo d’água. Importante! 12 13 Em relação à água subterrânea a Resolução CONAMA nº 396, de 3 de abril de 2008, trata da classificação e diretrizes ambientais no enquadramento das águas subterrâneas e de outras providências. Ainda em relação à qualidade das águas subterrâneas, a Portaria nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde, trata do controle e da vigilância da qualidade da água para o consumo humano, estabelecendo padrões de potabilidade. Principais Poluentes da Água e suas Consequências O foco nas próximas seções serão os diversos poluentes da água, para enfatizar os principais problemas que se aplicam aos poluentes em geral. Em uma visão de saúde pública ou ecológica, poluentes são substâncias biológicas, físicas ou químicas, que, identificadamente em excesso, são conhecidas por serem prejudiciais aos outros organismos vivos (BOTKIN; KELLER, 2011). O Quadro 2, a seguir, apresenta as principais categorias e exemplos de poluentes da água. Quadro 2 – Categoria de Poluentes da Água Categorias de Poluentes Exemplos de Fontes Comentários Matéria orgânica Efluentes domésticos e industriais, lixo urbano. Aumenta a demanda bioquímica de oxigênio e causa doenças. Nutrientes Fósforo e nitrogênio (fertilizantes) e águas residuárias do tratamento de esgoto. Principal causa da eutrofização artificial. Podem causar poluição e danos ao ecossistema e às pessoas. Patógenos Excremento e urina humana e animal. Surtos de doenças, como a cólera. Químicos orgânicos Uso agrícola de pesticidas e herbicidas; processos industriais. Risco potencial ecológico significativo e problemas para a saúde humana. Muitos destes produtos químicos geram problemas de resíduos perigosos. Remédios Águas residuárias urbanas, analgésicos, pílulas anticoncepcionais, antidepressivos, antibióticos. Produtos farmacêuticos liberados de estações de tratamento de esgoto estão contaminando rios e; águas subterrâneas. Resíduos de hormônios ou imitadores hormonais estão causando problemas genéticos em animais aquáticos. Metais pesados Uso agrícola, urbano e industrial do mercúrio, chumbo, selênio, cádmio entre outros. Exemplo: o mercúrio no processo industrial que é descarregado na água. Metais pesados podem causar danos significativos para o ecossistema e problemas à saúde humana. Ácidos Ácido sulfúrico (H2SO4) a partir do carvão ou de alguma mina de metal; processo industrial que dispõe ácidos impropriamente. A drenagem ácida deminas é um grande problema de poluição da água em muitas áreas de mineração, prejudicando os ecossistemas e provocando a deterioração dos recursos hídricos. Calor (poluição térmica) Aquecimento da água em usinas de energia e outras atividades industriais. Provoca rupturas e alterações no ecossistema. Radioatividade Contaminação por usinas nucleares, militares e fontes naturais. Normalmente relacionada com resíduos radioativos. Os efeitos para a saúde são vigorosamente debatidos. 13 UNIDADE Poluição das Águas Antes de continuar a discussão a respeito de poluentes, se faz necessário consi- derar o oxigênio dissolvido (OD) e a demanda bioquímica de oxigênio (DBO). O OD não é um poluente, e, sim, bastante necessário para a saúde do ecossiste- ma aquático. No entanto, os materiais orgânicos mortos decaem nos rios e são con- sumidos ou decompostos. As bactérias, que conduzem tal decomposição, utilizam o oxigênio neste processo de autodepuração dos rios. Sendo assim, se há bastante ati- vidade bacteriana, o oxigênio disponível na água pode ser reduzido a níveis tão bai- xos que pode provocar a morte de peixes e outros organismos (BOTKIN;KELLER, 2011). Em termos ecológicos, a repercussão mais nociva da poluição de um corpo d’água por matéria orgânica é a queda nos níveis de OD e seu impacto é estendido a toda a comunidade aquática. Destaca-se, no entanto, que cada redução nos teores de oxigênio dissolvido é seletiva para determinadas espécies. Naturalmente as águas constituem ambientes bastante pobres em oxigênio, em virtude de sua baixa solubilidade. Enquanto no ar a sua concentração é da ordem de 270 mg/L, na água, em condições normais de temperatura e pressão, a sua concentração se reduz aproximadamente a 9 mg/L (VON SPERLING, 2005). Dessa forma, qualquer consumo em maior quantidade traz sensíveis repercussões quanto ao teor de OD na massa líquida. Na Resolução CONAMA 357/05, está definido que o limite para o alerta da poluição da água ocorre quando a concentração de OD for menor que 5,0 mg/L. Será que esse valor é o mais adequado para todas as espécies que vivem no ambiente aquático? O que você acha? Procure saber mais sobre a distribuição de organismos marinhos de acordo com as temperaturas, profundidades, concentrações de OD e nutrientes. Ex pl or Há também a quantidade de oxigênio requisitada por processos de decomposi- ção bioquímica, chamada de Demanda Bioquímica do Oxigênio (DBO). A DBO é comumente utilizada na gestão da qualidade da água. Ela mensura a quantidade de oxigênio consumido por microorganismos no processo de decomposição do ma- terial orgânico em pequenas amostras de água, que são analisadas em laboratório. A DBO é rotineiramente mensurada como parte dos testes de qualidade de água; particularmente é medida nos pontos de despejos nos rios e nas estações de trata- mento das águas residuárias. Nas estações de tratamento, a DBO das águas residu- árias é medida na entrada das linhas de esgoto, como também a água a jusante e a montante da estação. Essa prática permite comparações da DBO da água antes da estação, ou DBO natural (ou controle), com a DBO que é desejada pela estação de tratamento (BOTKIN;KELLER, 2011). O material orgânico morto (que produz a DBO) é adicionado aos corpos d’água a partir de fontes naturais (como folhas mortas), bem como os resíduos agrícolas e efluentes domésticos e industriais. Assim, quando a DBO é alta, a concentração de oxigênio dissolvido da água pode tornar-se baixa demais para dar suporte à vida na água. 14 15 Ressalta-se que todo rio tem alguma capacidade de degradar resíduos orgânicos e se autodepurar. Os problemas resultam de quando o corpo d’água é sobrecarregado com demanda bioquímica de oxigênio de resíduos, ultrapassando os limites naturais de autodepuração do rio. Doenças Transmitidas pela Água Conforme mencionado anteriormente, o problema primário da poluição da água no mundo, hoje, é a falta de água limpa, potável e livre de possíveis doenças de veiculação hídrica (BOTKIN;KELLER, 2011). Segundo esses autores, a cada ano, particularmente em países pouco desenvolvidos, bilhões de pessoas são expostas às doenças transmitidas pela água, cujos efeitos variam em gravidade, desde uma simples indisposição gástrica até a morte. No início da década de 1990, epidemias de cólera, uma grave doença transmitida pela água, provocou sofrimento generali- zado e mortes na América do Sul. Por causa da dificuldade em monitorar diretamente os organismos que carregam doenças, utiliza-se a contagem das bactérias coliformes fecais como um padrão para mensurar e indicar o potencial de doenças. A presença de coliformes fecais na água indica que o material fecal de mamíferos ou pássaros está presente, logo, organismos que produzem doenças trazidas pela água também podem estar presentes. Coliformes fecais são geralmente (mas não sempre) bactérias inofensivas, constituintes normais dos intestinos humanos e de animais. Além de presentes em fezes humanas e de animais podem, também, ser encontradas em solos, plantas ou quaisquer efluentes contendo matéria orgânica (BRASIL, 2000). A Resolução CONAMA nº 274/2000, a qual define os critérios de balneabilidade em águas brasileiras, estabelece em seu artigo 2º, § 1º, que: As águas consideradas próprias poderão ser subdivididas nas seguintes categorias: a) Excelente: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no máximo, 250 coliformes fecais (termotolerantes) ou 200 Escherichia coli ou 25 enterococos por l00 mililitros; b) Muito Boa: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no máximo, 500 coliformes fecais (termotolerantes) ou 400 Escherichia coli ou 50 enterococos por 100 mililitros; c) Satisfatória: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no máximo 1.000 coliformes fecais (termotolerantes) ou 800 Escherichia coli ou 100 enterococos por 100 mililitros. 15 UNIDADE Poluição das Águas Nutrientes em Excesso na Água A principal causa de degradação das águas no espaço urbano é o lançamento de efluentes domésticos sem o tratamento adequado, os quais são ricos em matéria orgânica e nutrientes (THOMAS; CALLAN, 2015). Além disso, o excessivo aporte de nutrientes nos ecossistemas aquáticos é fortemente correlacionado com a ocupação humana (ARBUCKLE; DOWNING, 2001; ARIAS et al., 2007; HACKBART, 2012). Dois importantes nutrientes que provocam problemas de poluição na água são o fósforo e o nitrogênio, ambos liberados por fontes relacionadas ao uso da terra. As florestas têm concentrações baixas de fósforo e nitrogênio em seus corpos d’água. Nos rios urbanos, as concentrações desses nutrientes são grandes devido ao uso de fertilizantes, detergentes e esgotos domésticos e industriais, levando a eutrofização dos corpos d’água. Importante! O termo trófico tem sua origem no grego antigo e é relativo à alimentação ou nutrição. Este termo, assim como o conceito que o acompanha (nutrição, alimento, comida), é de importância central na ciência ecológica, no seio da qual podemos citar as “cadeias tróficas”, ou “redes tróficas”, que são tidas como cadeias, ou “redes alimentares”. O termo adjetivo “eutrófico” é uma variação do original “trófico” acrescido do prefixo “eu”, que significa “muito”, em contraposição ao prefixo “oligo”, que significa pouco. De forma geral, podemos definir “eutrofização” como o aumento da concentração de nutrientes (especialmente fósforo e nitrogênio) em um dado ecossistema aquático, que tem como consequência o aumento da produtividade de diversos de seus compartimentos e alterações diversas sobre seu funcionamento. Como decorrência desses processos, o ecossistema aquático passa da condição de oligotrófico ou mesotrófico para eutrófico ou mesmo hipereutrófico(ESTEVES, 2011). Você Sabia? Assim, a Eutrofização é o processo através do qual um corpo d’água desenvolve alta concentração de nutrientes. Esses nutrientes provocam o aumento do crescimento de plantas aquáticas em geral, bem como a produção de fotossíntese das bactérias azuis-esverdeadas (cianobactérias) e algas. As algas podem formar tapetes superficiais (FIGURA 4), sombreando a água e diminuindo a luminosidade para as algas abaixo da superfície e, portanto, reduzindo em muito a fotossíntese. As bactérias e algas morrem e à medida que se decompõem, a DBO aumenta, o oxigênio da água é consumido, e a concentração de OD se reduz. Se o nível de oxigênio for insuficiente, outros organismos, como os peixes, também morrerão (BOTKIN;KELLER, 2011). 16 17 Figura 4 – Eutrofi zação aparente pelo aumento de turbidez na parte norte do mar Cáspio Fonte: Wikimedia Commons Segundo Esteves (2011), a eutrofização pode ser natural ou artificial. Quando natural, é um processo lento e contínuo que resulta do aporte de nutrientes trazidos pelas chuvas e pelas águas superficiais que erodem e lavam a superfície terrestre. A eutrofização natural corresponde ao que poderia ser chamado de “envelhecimento natural” do lago. Quando ocorre artificialmente, ou seja, quando é induzida pelo homem, a eutrofização é denominada de artificial, cultural ou antrópica. Nesse caso, os nutrientes podem ter diferentes origens, como: esgotos domésticos, efluentes industriais e/ou atividades agrícolas, entre outros. Este tipo de eutrofização é responsável pelo “envelhecimento precoce” de ecossistemas aquáticos. Sedimentos Os sedimentos consistem em fragmentos de rochas e de minerais, que vão desde partículas de areia grossa e cascalho superiores a 2mm de diâmetro até partículas finas de areia, silte, argila e partículas coloidais, ainda mais finas. Eles podem gerar um problema de poluição por sedimentos. Na verdade, pelo volume e massa, os sedimentos são os maiores poluentes da água. Em muitas áreas, bloqueiam córregos, preenchem lagos, reservatórios, lagoas, canais, valas de drenagem e portos; soterram vegetações; e, geralmente, criam um transtorno devido à dificuldade para sua remoção. A poluição por sedimentos é problemática: ela resulta da erosão que esgota os recursos do terreno (solo), em seu local de origem, e reduz a qualidade das fontes de água, nas quais se deposita. Muitas atividades humanas afetam os padrões, quantidades e intensidades do escoamento superficial da água, da erosão e da sedimentação. Rios em florestas arborizadas podem ser quase estabilizados; isto é, há relativamente poucos processos erosivos e de sedimentação. Entretanto, a conversão de terras com cobertura florestal em áreas agrícolas geralmente aumenta a produção de sedimentos ou a erosão do solo. A aplicação dos procedimentos de conservação do solo em área agrícola pode minimizar, mas não eliminar, a perda do solo. 17 UNIDADE Poluição das Águas Atividades de Dragagem No Brasil, investimentos recentes em projetos de dragagem têm visado à am- pliação da eficiência logística dos portos, incluindo obras de dragagem de aprofun- damento, recuperação e melhoramento de vias de acesso, sendo imprescindível considerar os impactos positivos e negativos da atividade sobre o meio ambiente (CASTRO; ALMEIDA, 2012; FIGURA 5). Figura 5 – Atividade de dragagem Fonte: Wikimedia Commons A dragagem, realizada para a limpeza, desobstrução, remoção, derrocamento ou escavação de material do fundo de rios, lagos, mares, baías e canais, removendo rochas e sedimentos, para lançamento em local de despejo (MARINHA DO BRASIL, 1998; BRASIL, 2007), é uma necessidade não somente para implantação, aprofundamento ou manutenção, mas também para a remediação, que tem como propósito limpar e recuperar áreas com sedimentos contaminados (GOES FILHO, 2004). No entanto, podem constituir impactos ambientais negativos, por conta da operação de dragagem, com efeito direto ou indireto sobre o meio ambiente (OECD, 1993; LEAL NETO, 2000; PORTO; TEIXEIRA, 2002; TORRES, 2000): 1. alteração das condições hidráulicas e sedimentológicas do escoamento, com possível alteração dos padrões de circulação e mistura da água, salinidade e turbidez; 2. alteração das condições do local de lançamento do material dragado; 3. poluição por substâncias tóxicas existentes no material de dragagem, sua suspensão e movimentação durante a atividade, com alteração da qualidade da água (turbidez); e 4. impactos diretos sobre habitats da fauna e flora aquática, associada ao sedimento marinho e águas interiores. A ação das dragas e a sucção do material geram impactos negativos de efeito direto sobre organismos e 18 19 habitats. O efeito indireto ocorre com a movimentação de contaminantes e nutrientes durante a suspensão do sedimento, podendo haver alteração da qualidade da água e a química global do estuário (TORRES, 2000). Legislação específica: Segundo texto da Resolução CONAMA 454/2012, de 01 de novembro de 2012: Considerando a necessidade da realização de atividades de dragagem para garantir a implantação e a operação de portos e terminais portuários, a navegabilidade das águas sob jurisdição nacional, as condições de operação de obras hidráulicas e o controle de eventos hidrológicos críticos, trazendo benefícios sociais, econômicos e de segurança para a sociedade; Considerando que o material removido durante as atividades de dragagem demanda destinação, seja para uso benéfico, disposição em solo ou em águas sob jurisdição nacional; Considerando que grande parte do material dragado não apresenta polui- ção significativa e que são necessárias medidas adequadas para proteger o meio ambiente, na proporção dos riscos decorrentes da dragagem; Esta Resolução estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos refe- renciais para o gerenciamento do material a ser dragado em águas sob jurisdição nacional e a sua disposição final, aplicando-se para fins de implantação, aprofundamento, manutenção ou ampliação de canais hi- droviários, da infraestrutura aquaviária dos portos, terminais e outras ins- talações portuárias, públicos e privados, civis e militares, bem como às dragagens para outros fins. Para saber mais sobre a Dragagem no Porto de Santos (maior da América Latina): https://goo.gl/EmDUjxEx pl or Atividades Específi cas Existem hoje, diversas outras atividades humanas com potenciais impactos ao meio ambiente, especialmente aos ecossistemas aquáticos, como: • Atividades da cadeia produtiva do petróleo, nas quais a descarga de petróleo na superfície da água (geralmente no oceano, mas também em terras e rios) tem causado sérios problemas de poluição (FIGURA 6). Vários grandes derramamentos de óleo, no processo de perfuração submarina de petróleo, ocorreram nos últimos anos, e os impactos cumulativos desses derramamentos não são bem conhecidos; 19 UNIDADE Poluição das Águas Figura 6 – Explosão da plataforma Deepwater Horizon Fonte: Wikimedia Commons • Atividades urbanas e rurais, como: a geração de resíduos sólidos (lixo), a eliminação de resíduos de forma inadequada (FIGURA 7), o despejo de produtos químicos, a poluição atmosférica, que também acarreta problemas ao ambiente aquático, os bombeamentos excessivos de aquíferos próximos às zonas costeiras e que pode trazer a água salgada, localizada abaixo da água doce, mais para a superfície, contaminando as fontes de água por um processo denominado intrusão de água salgada, entre outras inúmeras atividades. Figura 7 – Resíduos no ambiente marinho arremessados pela maré em uma praia do Havaí Fonte: Wikimedia Commons 20 21 • Atividades Industriais, como os diversos segmentos da indústria: farmacêuti- cas, máquinas e equipamentos, siderúrgicas, petroquímicas, nucleares, auto- mobilísticas de fertilizantes, minerações, entre outras; (FIGURA 8). Figura 8 – Precipitado de hidróxido de ferro num regato, recebendo águas ácidas de uma mina de carvão (Missouri, Estados Unidos)Fonte: Wikimedia Commons Poluição das Águas Subterrâneas A poluição das águas subterrâneas está diretamente vinculada aos processos de contaminação dos solos. Uma área contaminada pode ser considerada como local ou terreno onde há comprovadamente poluição ou contaminação, causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural. Os poluentes ou contaminantes podem se concentrar em subsuperfície nos diferentes compartimentos do ambiente, sendo eles: solo, sedimentos, rochas e águas subterrâneas, alterando suas características naturais ou qualidades e determinando impactos negativos e/ou riscos sobre os bens a proteger, localizados na própria área ou em seus arredores. A poluição da água subterrânea difere em muito da poluição da água superficial. Na água subterrânea muitas vezes falta oxigênio, situação que mata muitos tipos de microrganismos aeróbios (que necessitam de ambientes ricos em oxigênio), 21 UNIDADE Poluição das Águas mas pode oferecer ótimas condições para variedades anaeróbias (que vivem em ambientes com deficiência de oxigênio, ou ausência). Além do mais, os canais através dos quais a água subterrânea se desloca são muito pequenos e variáveis. Então, a taxa de movimento em muitos casos é baixa, e a oportunidade de dispersão e diluição de poluentes é limitada (BOTKIN; KELLER, 2011). No Brasil, o controle da poluição da água subterrânea é abordado em leis, como a que instituiu a Política Nacional ou Estadual de Meio Ambiente, e em diretrizes e normas infralegais para o controle de poluição, preservação ou recuperação da qualidade ambiental. Como vimos até aqui, nesta unidade, a água é um recurso natural abundante, e ao mesmo tempo o recurso menos disponível para uso humano. Cerca de um terço da humanidade não dispõe de água de boa qualidade em volume necessário para uma vida digna. Nas regiões de maior densidade demográfica, além de a água ser um bem escasso, a maior parte disponível encontra-se poluída e precisa de tratamento antes de ser disponibilizada para o público. O grande problema não está em utilizar a água e os serviços que ela pode prestar, o problema está em poluir suas fontes, uma vez que, como vimos, a água doce não é tão disponível quanto se imagina. Ainda nesta disciplina, falaremos sobre impactos ambientais que esse tipo de po- luição e outras ações não pensadas podem causar ao meio ambiente. Bons Estudos! 22 23 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Impactos Ambientais Ligados aos Recursos Hídricos https://youtu.be/2_oNVVpIUJA Dragagem Porto de Santos https://youtu.be/3A1frkHh50I Doenças Veiculadas pela Água https://youtu.be/USu2rWUnoXw Estação de Tratamento de Esgoto – Como funciona? https://youtu.be/f61JxBM8wrY Leitura Águas Residuais são o Novo Ouro Negro? https://goo.gl/wRmL77 Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos https://goo.gl/zx7fw5 23 UNIDADE Poluição das Águas Referências ARBUCKLE K. E.; DOWNING, J. A. The influence of watershed land use on lake N: P in a predominantly agricultural landscape. Limnology and Oceanography, Nova York, v. 46, n. 4, p. 970-975, jun. 2001. 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Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/port/conama/ res/res05/res35705.pdf>. Acesso em: abr. 2017. ________. Lei Nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007. Institui o Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária. Disponível em: <http://www. planalto. gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11610. htm>. Acesso em: mai. 2011. ________. Resolução CONAMA nº 454, de 01 de novembro de 2012. Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos referenciais para o gerenciamento do material a ser dragado em águas sob jurisdição nacional. Disponível em : < http://www. mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=693> Acesso em: abr.2017. CASTRO, S.M; ALMEIDA, J.R. Dragagem e conflitos ambientais em portos clássicos e modernos: uma revisão. Soc. & Nat., Uberlândia, ano 24 n. 3, 519- 534, set/dez. 2012. 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