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Caderno Cosmovisão cristã

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2022
Curitiba
VIII - COSMOVISÃO
CRISTÃ
COMITÊ EDITORIAL
Celi Varga
Daniel Schmitt
Elke Fernandes
Fernanda Lundgren
Martha Morais
Paschoal Piragine Jr
Sheila Torres
FUNDAMENTAÇÃO TEOLÓGICA
Paschoal Piragine Júnior
ESCRITORES
Celi Varga (Semana 5, dias 1 a 3)
Daniel Schmitt (Semana 1)
Elke Fernandes (Semana 4)
Ester Fameli (Semana 3)
Fernanda Lundgren (Semana 6)
Martha Morais (Semana 2)
Saulo Navarro (Semana 5, dias 4 e 5) 
Sheila Torres (Semana 7)
REDAÇÃO FINAL
Sheila Torres
DIAGRAMAÇÃO
Bianca Vasconcelos Zilli Lima
CAPA
Bianca Vasconcelos Zilli Lima
REVISÃO FINAL
Carlos Gustavo Cecyn Lundgren 
Elly Claire Janson Lopes
Liliane Castro
Rita Leite
Paschoal Piragine Júnior
Pastor Titular e Presidente da Primeira Igreja Batista de Curitiba
Área Ministerial de Educação Cristã
Discipulado III - Avançado
Caderno VIII - Cosmovisão Cristã
Curitiba – 2022
1ª edição 
Tiragem: 400 exemplares
PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE CURITIBA 
 R: Bento Viana, 1.200, Batel - 80240-110 - CURITIBA - PR
 Telefone: (41) 3091-4347
E-mail: edcrista@pibcuritiba.org.br
FICHA CATALOGRÁFICA
5
Dia 1 Sumário
07 Introdução
 Semana 1 - Cosmovisão cristã bíblica
11 1. Cosmovisão: conceito
15 2. A verdade
19 3. Raciocínio em esferas 
23 4. A força da cultura
27 5. Olhos bons e olhos maus
 Semana 2 - Cultura, princípios e valores
33 1. A cultura brasileira e a cultura do Reino
37 2. Valores e princípios bíblicos na vida do cristão
41 3. O cristianismo e a contracultura
44 4. Cidadania
51 5. Aculturamento: conceito
 Semana 3 - Identidade
57 1. Quem sou eu?
61	 2.	Quem	me	define?
65 3. Para que fui criado?
69 4. Indivíduos, não rebanhos
73 5. Lidando com as falhas
 Semana 4 - Postura do cristão
79	 1.	Alicerces	da	edificação
83 2. Ética ensinada por Jesus
87 3. Um olhar para o coração
91 4. A transformação operada por Deus
6
95 5. Mordomia
 Semana 5 - Masculinidade e feminilidade (o design bíblico)
101 1. Homem e mulher: feitura de Deus
109 2. Machismo e feminismo
114 3. O ensino de Jesus: um novo conceito sobre o valor da mulher
119 4. Sexualidade sadia 
122 5. A Bíblia e as questões da imoralidade sexual
 Semana 6 - Família
129 1. Uma só carne
134 2. Autoridade e submissão
139 3. Amor e respeito na família
143	 4.	Os	filhos	e	a	honra	aos	pais	
148 5. Solteiros e viúvos
 Semana 7 - A igreja e seu impacto da sociedade
155 1. Origem da igreja 
160 2. A igreja primitiva
165	 3.	A	igreja	oficial
169	 4.	A	Reforma	e	sua	influência	no	mundo	
177	 5.	A	igreja	e	os	desafios	atuais
185 Referências bibliográficas
Dia 1 Sumário
Dia 1 Introdução
7
Cosmovisão bíblica
Somos influenciados diariamente por tudo o que está a nossa volta, 
mesmo sem perceber. A cultura que nos cerca influencia na maneira 
de ser, fazer e até mesmo de pensar. Algumas vezes, não sabemos, nem 
paramos para analisar as origens ou o motivo de agir como agimos, ou 
pensar como pensamos, apenas reproduzimos, pois é como a sociedade 
tem nos ensinado a crer, o chamado “senso comum”. 
O que cremos determina como vivemos, por isso a cosmovisão vai muito 
além de uma teoria ou modo de pensar. A cosmovisão é a lente pela qual 
enxergamos o mundo. 
No tempo de Moisés, após a libertação da escravidão do Egito, o povo de 
Israel precisou ficar separado de outros povos e suas culturas estrangeiras 
para receber as leis de Deus e assim alcançar a terra prometida. Foi 
necessário esse tempo para orientar o povo quanto à nova maneira de 
viver, pois haviam vivido pelo menos 400 anos em uma cultura que não 
agradava a Deus. Era preciso alinhar a cosmovisão do povo. Ainda hoje 
precisamos alinhar nossa visão.
Por isso, eu quero desafiá-lo a alinhar sua cosmovisão à cosmovisão bíblica 
cristã, ou seja, ver o mundo e viver a vida sendo guiado pelos ensinamentos 
bíblicos dados por Deus para nós e por Jesus Cristo. Nada melhor do que 
a Palavra de Deus para nos ajudar a compreendê-la.
“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus 
os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. 
Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, 
perfeito e agradável a ele.” (Romanos 12.2.)
Carlos Lundgren
Pastor da área ministerial de Educação Cristã
e Coordenador da plataforma de ensino A Jornada.
Conheça mais sobre o ministério 
da Educação Cristã
Introdução
8
Como utilizar os qr-code’s?
Se você tem um smartphone iOS:
1 - Abra a câmera do celular;
2 - Aponte a câmera para o qr-code;
3 - Acesse o link;
4 - Logue na sua conta da A Jornada ou cadastre-se;
5 - Tenha acesso ao material complementar! :)
Se você tem um smartphone Android:
1 - Baixe um aplicativo que faça leitura de qr-code’s na Play Store; 
2 - Abra o app;
3 - Aponte a câmera para o qr-code;
4 - Acesse o link;
5 - Logue na sua conta da A Jornada ou cadastre-se;
6 - Tenha acesso ao material complementar! :)
Cosmovisão cristã bíblica
Semana 1
“Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nossos 
corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.”
2 Coríntios 4.6
Dia: Cosmovisão cristã bíblica Aula 1
11
“Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nossos 
corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.”
2 Coríntios 4.6
“Desde que Deus criou o mundo, as suas 
qualidades invisíveis, isto é, o seu poder 
eterno e a sua natureza divina, têm sido vistas 
claramente. Os seres humanos podem ver tudo 
isso nas coisas que Deus tem feito e, portanto, eles 
não têm desculpa nenhuma. Eles sabem quem 
Deus é, mas não lhe dão a glória que ele merece e não lhe são agradecidos. 
Pelo contrário, os seus pensamentos se tornaram tolos, e a sua mente vazia 
está coberta de escuridão. Eles dizem que são sábios, mas são tolos. Em vez de 
adorarem ao Deus imortal, adoram ídolos que se parecem com seres humanos, 
ou com pássaros, ou com animais de quatro patas, ou com animais que se 
arrastam pelo chão.” (Romanos 1.20-23.)
Cosmovisão. Você já ouviu essa palavra? O que você acha que significa?
Cosmovisão é um conjunto ordenado de valores, crenças, impressões, 
sentimentos e concepções de natureza intuitiva, anteriores à reflexão, a 
respeito da época ou do mundo em que se vive.1 Em outras palavras, 
é a maneira como se percebe o mundo. Ao descrever tudo a sua volta, 
interpretando e interagindo com o mundo, cada pessoa ou cultura utiliza 
um referencial de ideais e crenças. 
De maneira bem generalista, existe uma imensa diferença entre a forma como 
um indivíduo ocidental e um oriental enxergam o mundo. Por exemplo, 
enquanto no Oriente predomina a crença dentro da cultura de que tudo na 
história se repete em um ciclo eterno baseado no equilíbrio, no Ocidente 
Cosmovisão: conceito 
Base bíblica:
Romanos 1.20-23; 
2 Coríntios 4.6; 
Romanos 12.2
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblicaAula 1
“Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nossos 
corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.”
2 Coríntios 4.6
12
se tem uma visão linear de início e fim para todas as coisas. Além disso, a 
respeito de Deus, enquanto um acredita predominantemente que Deus é 
uma força presente em tudo o que se vê, o outro crê que Deus é único e 
pessoal.
Vejamos o caso dos kamikazes na Segunda Guerra Mundial, por exemplo. 
Os “deuses do vento”, ou “vento divino”, eram pilotos de aviões japoneses 
que levantavam voo com o objetivo de realizar ataques suicidas contra os 
navios americanos e britânicos. Ao ler esse tipo de relato, nós ocidentais, 
não conseguimos entender por que alguém faria algo desse tipo. A questão 
novamente reside na diferença entre cosmovisões. 
Na época, de acordo com a tradição do Japão, em momentos como esse, 
o suicídio era visto como demonstração de honra. O que movia esses 
soldados eram as próprias convicções religiosas. Antes de irem para a 
missão, os aviadores carregavam uma espada samurai, símboloda bravura 
japonesa, e embarcavam rumo à morte.2
Aquilo que cremos determina a forma como agimos.3 Portanto, a 
cosmovisão vai muito além de mero conceito ou termo. A forma como 
enxergamos o mundo tem influência direta em nossas ações. Todos nós 
carregamos perguntas relativas a nós mesmos ou ao mundo a nossa volta. 
Como o mundo foi criado? O que é o certo e o errado? O que é a vida e como 
ela surgiu? Qual o propósito da humanidade? Por que eu existo? Existe algo 
maior do que nós? Existe algo depois da morte? O conjunto de respostas a 
perguntas filosóficas desse tipo cria a forma como vemos o mundo. 
Nós, cristãos, possuímos uma cosmovisão teísta bíblica, ou seja, vemos 
o mundo e vivemos nossas vidas orientados pelos ensinamentos bíblicos 
dados por Deus para nós e por Jesus Cristo. Já outros, que possuem 
uma cosmovisão secularista, enxergam a humanidade como fruto do 
acaso, e existem ainda aqueles que possuem uma cosmovisão animista, 
exaltando o místico, desprezando totalmente o físico e o material.
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblica Aula 1
13
“Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nossos 
corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.”
2 Coríntios 4.6
De acordo com Christian M. De Britto4 
A cosmovisão determina o que vemos, não o que há para ser visto. 
Segundo Anaïs Nin, “não vemos as coisas como elas são, as vemos 
como nós somos”. Darrow Miller, afirma que a Cosmovisão pode ser 
comparada a um par de óculos da nossa mente, cujas lentes foram 
fabricadas pela cultura de cada um, e isto pode ser percebido de 
forma consciente ou inconsciente. 
Não nos encontramos em meio a uma guerra que visa livrar o 
mundo do terrorismo, nem mesmo uma guerra religiosa ou contra 
o tráfico de drogas ou de órgãos humanos, mas sim em uma guerra 
de ideias, de valores, de cosmovisões. Se não compreendermos isto, 
continuaremos a jogar fora os frutos podres de uma árvore sem 
reparar a causa primeira, que é cuidar de suas raízes. Continuaremos 
gastando milhões de dólares na construção de muros que nos 
mantenham ilusoriamente seguros da cosmovisão vizinha, sem 
excluir a possibilidade de sermos nós ou nossos filhos os próximos a 
perder a vida.
Quando nos convertemos, nossa cosmovisão é transformada. Em 
Romanos 12.2, o apóstolo Paulo nos orienta: “Não vivam como vivem 
as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio 
de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a 
vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele”. Que 
nessa nova fase de aprendizado você possa ter seu jeito de pensar e sentir 
transformado pelo poder do Espírito Santo.
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblicaAula 1
“Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nossos 
corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.”
2 Coríntios 4.6
14
Você já esteve diante de um choque de cosmovisões?
Cite duas situações em que se observa diferença na cosmovisão de 
um cristão e de alguém que não crê em Jesus.
Quando nos convertemos, nossa cosmovisão é transformada.
Para refletir
Dia:
15
“Pois Deus que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nossos 
corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.”
2 Coríntios 4.6
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblica Aula 2
Agora que você já sabe um pouco do que 
é cosmovisão, está na hora de darmos mais 
um passo. Talvez você tenha pensado: então 
no mundo existem diversas maneiras 
de entender o certo e o errado. Para os 
kamikazes, por exemplo, se aquilo que eles 
estavam fazendo era um ato honroso e correto, se era a verdade para 
eles, então estava certo, não é mesmo?
Na realidade, não. Uma das maiores mentiras que Satanás tem semeado 
no mundo de hoje é que a verdade não existe, dizendo que temos apenas 
certezas que mudam de acordo com cada cosmovisão. Certezas relativas, 
subjetivas e de maneira alguma absolutas. 
Porém, a palavra que Deus nos deu é clara. Em João 14.6, Jesus respondeu: 
—Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não 
ser por mim. Jesus é o único caminho, a única verdade e a única vida.
Mesmo que existam diversas cosmovisões existe apenas uma realidade. 
Christian Britto5 continua: “A cosmovisão é um chamado para examinarmos 
nossas vidas. Afinal, quais são as respostas que temos dado às nossas perguntas, 
ou até mesmo, quais são as perguntas? Precisamos examinar a nossa maneira 
de ver o mundo e a nós mesmos e verificar quais são as verdades e as mentiras 
que fazem parte da nossa vida, família, povo, cultura... Já dizia o filósofo 
grego Platão: ‘Uma vida que não é examinada não vale a pena ser vivida!’.” 
A verdade
Base bíblica:
João 14.6; 2 Coríntios 
13.5; Romanos 2.14-15; 
Isaías 45.6; João 17.17; 
Marcos 9.24
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblicaAula 2
“Jesus respondeu: — Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até 
o Pai a não ser por mim.”
João 14.6
16
2 Coríntios 13.5 diz: “examinem-se para descobrir se vocês estão firmes na fé”. 
O ponto central é a existência de uma verdade absoluta, impregnada na 
vida de todos nós. Em Romanos 2.15, está escrito: “Eles mostram, pela sua 
maneira de agir, que têm a lei escrita no seu coração. A própria consciência 
deles mostra que isso é verdade, e os seus pensamentos, que às vezes os acusam 
e às vezes os defendem, também mostram isso”. Deus entalhou no coração 
humano a Sua verdade e as Suas vontades.
Não existe a possibilidade de o cristianismo estar certo e outra religião 
também, quanto mais pensar que todas as religiões e filosofias estão certas. 
É simplesmente um fato lógico que exige honestidade. Se a Bíblia diz que 
o nosso Deus é o único Deus, como, ao final, pode coexistir com Shiva, 
Olorum, Zeus ou qualquer outra entidade? Se a Bíblia diz que após a 
morte existe somente o céu e inferno, como pode coexistir com o Umbral 
ou qualquer outra dimensão? “Faço isso para que, de leste a oeste, o mundo 
inteiro saiba que além de mim não existe outro deus. Eu, e somente eu, sou o 
Senhor”, diz Isaías 45.6. O nosso Deus é exclusivo e toda a glória é dEle.
Além disso, dizer que não existe uma verdade é, por si só, uma contradição, 
já que na mentalidade de quem afirma isso existe absoluta certeza em sua 
afirmação. Quando tentamos fugir da verdade, caímos em um abismo de 
ceticismo mortal e depressivo. Sem a verdade, o ser humano está em trevas 
e perdição.
A única maneira de conhecer a verdade, a única resposta que descarta 
todas as outras e as revela como engano, é conhecida através da Bíblia. 
Deus, o nosso criador, sabia bem que a vontade do diabo era cegar o 
entendimento dos homens e os fazer se perder. Sendo assim, o próprio Pai
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblica Aula 2
17
“Jesus respondeu: — Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até 
o Pai a não ser por mim.”
João 14.6
se preocupou em revelar-se através da sua Palavra, tirando o homem das 
trevas e trazendo-o para a luz: “Que eles sejam teus por meio da verdade; a 
tua mensagem é a verdade” (João 17.17).
Através do Espírito Santo, o nosso Deus todo-poderoso ilumina o 
entendimento dos homens para que compreendam a verdade. À nossa 
volta, milhares de pessoas continuarão cegas por causa do pecado que 
nos desconectou da verdade. Cabe a nós, pessoas que foram tiradas das 
trevas, testemunhar. Convidar os outros a experimentar e dar um voto de 
confiança, um passo de fé (Marcos 9.24). Nós devemos testemunhar que 
encontramos a verdade que a humanidade sempre buscou. Não achamos 
porque buscamos com esforço, ou porque somos melhores ou qualquer 
outro argumento que esteja errado. Mas simplesmente porque o próprio 
Deus nos amou, buscou e encontrou.
O cristianismo não é uma opção. Ele não é uma das maneiras de ver 
o mundo. Nós não estamos oferecendo alternativas. O cristianismo é a 
verdade! Jesus é a realidade. Devemos ser canal de luz para o entendimentodaqueles que estão nas trevas. Essa obra somente o Espírito Santo fará, e 
revelará a verdade a todos aqueles que Ele quiser, no tempo e lugar em 
que Ele desejar.
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblicaAula 2
“Jesus respondeu: — Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até 
o Pai a não ser por mim.”
João 14.6
18
Se a verdade existe, como é que alguém pode conhecê-la?
O que nós podemos fazer para que outros sejam iluminados por esse 
conhecimento?
Jesus é o único caminho, a única verdade e a única vida.
Para refletir
Dia:
19
“Portanto, por meio do Filho, Deus resolveu trazer o Universo de volta para si mesmo. 
Ele trouxe a paz por meio da morte do seu Filho na cruz e assim trouxe de volta para 
si mesmo todas as coisas, tanto na terra como no céu.” 
Colossenses 1.20
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblica Aula 3
Mesmo que saibamos e creiamos na verdade 
revelada por Deus para nós, ainda assim 
carregamos uma herança conceitual que 
influencia nossa maneira de pensar e viver. 
Em João 3.3, “Jesus respondeu: — Eu afirmo 
ao senhor que isto é verdade: ninguém pode ver 
o Reino de Deus se não nascer de novo”. A nova vida em Cristo é marcada 
por mudanças. Após o novo nascimento, crescemos e amadurecemos. No 
início, assim como as crianças, não conseguimos entender a essência por 
trás das regras. Mas, quando ficamos mais velhos, geralmente entendemos 
os ensinamentos e os valores transmitidos pelas leis.
O mesmo ocorre na vida espiritual. Idealmente, com o passar do tempo, 
pela graça de Deus, à medida que nos relacionamos com Ele e nos 
aprofundamos em intimidade na Sua presença através da oração, leitura 
da Bíblia e outras disciplinas espirituais, vamos nos desapegando da lei 
isolada e nos apegando aos ensinamentos de Jesus para nossas vidas.
É durante essa caminhada que nos deparamos com o raciocínio em esferas. 
Com o choque do novo estilo de vida cristão incorporado em nossas 
vidas, imediata e inconscientemente, fazemos a separação entre o que eu 
fazia e era antes, com o que eu devo fazer e ser agora. Esse pensamento 
é muito correto tendo em vista que, como cristãos, estamos buscando 
cada vez ser mais parecidos com Cristo e menos com a carne. Estamos
Raciocínio em esferas
Base bíblica:
Colossenses 1.20; 
2 Timóteo 3.16-17; 
Filipenses 4.8; 1 Coríntios 
10.31; João 3.3; 
1 Coríntios 8; Gálatas 5.1
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblicaAula 3
“Portanto, por meio do Filho, Deus resolveu trazer o Universo de volta para si mesmo. 
Ele trouxe a paz por meio da morte do seu Filho na cruz e assim trouxe de volta para 
si mesmo todas as coisas, tanto na terra como no céu.” 
Colossenses 1.2020
diante de um processo maravilhoso de santificação que é um verdadeiro 
milagre. Contudo, na nossa inocência inicial, mais apegada à lei do que ao 
princípio, separamos tudo o que fazíamos antes na velha vida e apontamos 
como pecado. É mundo, carne e diabo. Acontece que Satanás nosso 
adversário, o enganador, sempre procura nos entortar e empurrar para o 
lado mais fácil de cair.
Como herança dos gregos6, separamos a realidade em esfera espiritual e 
esfera física. Uma categoria celestial sagrada e a outra secular profana, sem 
meios termos. É perceptível nesse embate a existência de uma “luta” entre 
essas esferas. O sobrenatural e o natural, a fé e a razão, sempre opostos e 
inimigos um do outro7. Porém, a perspectiva da redenção nos revela que 
Cristo é o Senhor de todas as esferas.
A graça também restaura a natureza caída. A luz e as trevas não estão em 
uma queda de braço. Colossenses 1.20 diz: “portanto, por meio do Filho, 
Deus resolveu trazer o Universo de volta para si mesmo. Ele trouxe a paz por 
meio da morte do seu Filho na cruz e assim trouxe de volta para si mesmo 
todas as coisas, tanto na terra como no céu”. Se Deus resolve fazer algo, isso 
acontece. O plano de remissão dEle é tão imenso que visa a restauração de 
toda a criação, seja ela natural, sobrenatural, secular ou sagrada. Aos olhos 
de Deus existem apenas aqueles que o amam e os que não o amam. 
Todas as coisas se encontram sob o domínio de Deus, não importa em 
qual esfera estejam dentro de nossas mentes.
Leia com atenção o capítulo 8 de 1 Coríntios. Como falávamos no 
início deste capítulo, com nosso crescimento espiritual deveria vir a 
maturidade. Nesse trecho da carta, o apóstolo Paulo trata de um problema 
com alimentos oferecidos aos ídolos, ou seja, alimentos dedicados aos 
demônios. Para Paulo, um crente maduro e consciente de sua fé, não havia
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblica Aula 3
21
“Portanto, por meio do Filho, Deus resolveu trazer o Universo de volta para si mesmo. 
Ele trouxe a paz por meio da morte do seu Filho na cruz e assim trouxe de volta para 
si mesmo todas as coisas, tanto na terra como no céu.” 
Colossenses 1.20
problema em comer dessa carne. Segundo o comentarista bíblico Russel 
Champlin, ele:
Sentia-se a vontade ao comprar e consumir tais alimentos; e isso 
porque esses crentes mais maduros não tinham escrúpulos a 
respeito, sabendo que o ídolo nada é. No entanto, os crentes mais 
escrupulosos e fracos na fé, por causa de sua conexão com a idolatria, 
até bem recentemente, se revoltavam contra isso, sentindo que tais 
alimentos estavam contaminados por costumes satânicos.8
Da mesma maneira, hoje, dentro da igreja de Cristo, existem muitos 
cristãos novos e antigos que carecem de maturidade espiritual. Sejam 
eles frequentadores ou líderes, todos precisam amadurecer. Assim como 
ocorria na igreja primitiva, precisamos ter ciência de que nenhuma ação 
satânica pode abalar os pés firmados na rocha. Isso significa que se alguém 
está em Cristo não precisa ter medo de macumba, de superstições, de 
visitar familiares ou amigos que tenham em suas casas elementos usados 
pelo mal.
Como cristãos maduros, não devemos estar apegados à regra pura e ao 
método cru, se oramos de sapatos ou não, se nos ajoelhamos ou se temos 
um cabelo azul.
Como Spurgeon9 escreveu:
Eu acredito que cada partícula de poeira que dança em um raio de 
sol não move um átomo a mais ou a menos do que Deus determina; 
que cada partícula dos espirros de água que batem contra o barco a 
vapor tem a sua órbita, assim como o sol no céu; que a palha que sai 
da moenda é dirigida como as estrelas em seus cursos. O rastejar de 
um pulgão sobre o botão de uma rosa está tão determinado como a
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblicaAula 3
22
“Portanto, por meio do Filho, Deus resolveu trazer o Universo de volta para si mesmo. 
Ele trouxe a paz por meio da morte do seu Filho na cruz e assim trouxe de volta para 
si mesmo todas as coisas, tanto na terra como no céu.” 
Colossenses 1.20
marcha devastadora da pestilência; a queda das folhas secas de um 
álamo está tão absolutamente determinada como a queda de uma 
avalanche.
Devemos entender que todo o universo se encontra debaixo do domínio e 
da mão poderosa do Senhor e que tudo está em uma sinfonia harmoniosa 
de acordo com a vontade e regência de Deus. “Cristo nos libertou para que 
nós sejamos realmente livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e 
não se tornem escravos novamente.” (Galátas 5.1.)
Você consegue identificar algo dentro da chamada cultura “secular” 
que possua traços de inspiração divina?
É possível que algo dentro da “esfera secular” seja agradável a Deus?
A perspectiva da redenção nos revela que Cristo é o Senhor de todas as 
esferas.
Para refletir
Dia:
23
“Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo 
para a glória de Deus.” 
1 Coríntios 10.31
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblica Aula 4
Na maravilhosa criação relatada no livro de 
Gênesis no capítulo 1, versículos 27 e 28, está 
escrito: “Assim Deus criou os seres humanos; ele 
os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem 
e mulher e os abençoou, dizendo: —Tenham 
muitos e muitos filhos; espalhem-se por toda a terra e a dominem. E 
tenham poder sobre os peixes do mar, sobre as aves que voam no ar e 
sobre os animais que se arrastam pelochão”. Nesse trecho das Escrituras 
encontramos o que chamamos de mandato cultural. 
Deus ordenou à humanidade que cuidasse de sua criação e a expandisse.
Ordenou que povoasse a terra e a dominasse. Quando Deus pede para 
que Adão dê nome aos animais, Ele está pedindo que Adão participe do 
processo de criação com Ele. O poder e a autoridade sobre a natureza 
foram concedidos ao homem para que fosse pastor e enriquecedor de 
todas as coisas criadas.
Cuidar da criação e ampliá-la envolve desenvolver ciência e cultura. Não 
se planta nem se cultiva de qualquer maneira. Para cuidar e prosperar é 
necessário técnica e estudo. Da mesma maneira, não se expande a espécie 
humana sem organizar sociedade. 
Segundo Abraham Kuyper, se não houvesse o pecado, diversas estruturas 
sociais e filosóficas deixariam de existir, “todavia, teríamos a ciência. Nessa 
medida, a ciência se encontra na mesma categoria que o casamento e a 
A força da cultura
Base bíblica:
Gênesis 1.27-28; 
1 Coríntios 10.31
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblicaAula 4
“Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo 
para a glória de Deus.” 
1 Coríntios 10.31
24
família, ambos os quais igualmente sofreram deformações monstruosas como 
resultado do pecado”. 10 
Podemos perceber que desde o princípio estava nos planos de Deus que 
o homem fizesse ciência. A capacidade para criar instrumentos que o 
ajudassem a cuidar do jardim tem relação direta com o desenvolvimento 
de tecnologia para atender às expectativas de Deus.
Conforme aprendemos a respeito do raciocínio em esferas, a ciência não 
deve ser vista como inimiga da fé. Pelo contrário. A ciência faz parte do 
que Deus planejou para Seus filhos. Segundo Darrow Miller, “assim como 
ideias têm consequências, nossa adoração também. O culto leva à cultura. 
Esta, por sua vez, determina o tipo de sociedades que iremos construir”.11
Tudo que fizermos como sociedade e o que formos como cultura, deve 
manifestar nossa fé. Nossas leis, políticas públicas, instituições, formas de 
governo, entre centenas de outros aspectos, devem refletir Cristo.
Questionando a relevância da igreja, Christian Britto aponta:
Se hoje nos fossem entregues as chaves da cidade, se como cristãos 
recebêssemos “passe livre” para oferecer soluções para problemas 
governamentais e públicos, que diferença faríamos com relação 
aos não cristãos? Se não aprendermos a pensar a partir da palavra 
de Deus sobre estas questões certamente não faremos diferença. 
Segundo Oswald Chambers, “muitos cristãos realmente amam a 
Deus e querem servi-lo fervorosamente, mas pensam como pagãos, 
não possuem a mente de Cristo”. Se como igreja quisermos ser 
relevantes e influenciarmos nossa sociedade, precisamos aprender a 
língua da ciência.12
25
“Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo 
para a glória de Deus.” 
1 Coríntios 10.31
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblica Aula 4
Como cristãos genuínos, além da nossa espiritualidade, devemos nos 
preocupar com o conhecimento científico sabendo que não se trata de um 
fim em si mesmo, mas que busca e propõe respostas para os problemas da 
humanidade, com interesse e responsabilidade.
Quando estudamos nossas searas de trabalho, estudamos a criação e nos 
aproximamos do Criador. “Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou 
fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 
10.31.)
Deus derrama Sua graça sobre os justos e injustos. Ele nos concede o 
conhecimento necessário, a capacidade criativa e tecnológica para que 
possamos amenizar as mazelas e o sofrimento de toda a Sua criação.
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblicaAula 4
“Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo 
para a glória de Deus.” 
1 Coríntios 10.31
26
De que maneira a igreja de Cristo pode se espalhar e fazer a diferença 
fora de suas paredes? 
Como, na prática, podemos fazer todas as coisas para a glória de Deus?
Tudo que fizermos como sociedade e o que formos como cultura, deve 
manifestar nossa fé em Cristo Jesus, o nosso Senhor.
Para refletir
Dia:
27
“Os olhos são como uma luz para o corpo: quando os olhos de vocês são bons, todo o 
seu corpo fica cheio de luz.” 
Mateus 6.22
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblica Aula 5
Chegamos ao último dia da semana 01. 
Alguns afirmam que Leonardo da Vinci 
disse a famosa frase: “os olhos são a janela 
da alma”. A Bíblia nos diz algo parecido, 
afirmando que “os olhos são como uma luz 
para o corpo: quando os olhos de vocês são 
bons, todo o seu corpo fica cheio de luz” (Mateus 6.22).
Durante toda esta semana nos dedicamos a entender cosmovisão, a 
maneira de perceber o mundo. De nada nos será útil apenas entender 
alguns conceitos, saber outros termos, ouvir a Palavra e não ser praticantes 
(Tiago 1.22). Se cosmovisão tem a ver com enxergar, precisamos treinar 
nosso olhar para que ele seja bom. Se nosso olhar for bom, todo nosso 
interior, e até o exterior, será iluminado e por consequência iluminará. 
“Porém, se os seus olhos forem maus, o seu corpo ficará cheio de escuridão. 
Assim, se a luz que está em você virar escuridão, como será terrível essa 
escuridão!” (Mateus 6.23.)
Como pensar biblicamente? Filipenses 4.8 diz: “Por último, meus irmãos, 
encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo 
o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente”. O princípio 
revelado nesse texto nos ensina com o que devemos ocupar nossa mente 
e que tipo de pensamentos nutrir. Tudo o que tiver sua origem no 
orgulho, no egoísmo, na murmuração, na sensualidade, na difamação, 
nos ciúmes, no desejo de poder e nas diversas obras da carne, não deve, 
sob hipótese alguma, permear o nosso interior. Também não devemos
Olhos bons e olhos maus
Base bíblica:
Mateus 6.22-23; Tiago 1.22; 
1 João 3.13; Romanos 12.2; 
Filipenses 2.13-16; Filipenses 
4.8; João 16.33; 1 João 4
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblicaAula 5
“Os olhos são como uma luz para o corpo: quando os olhos de vocês são bons, todo o 
seu corpo fica cheio de luz.” 
Mateus 6.22
28
ser pessoas que não pensam em nada, sempre cheias de vento e falsa paz. 
Como se diz na sabedoria popular, a mente vazia é a oficina do diabo.
O interior de cada cristão deve ser cheio de um pensamento vitorioso e 
livre. Por mais que passemos por lutas e aflições neste mundo, estamos 
ancorados na vitória de Cristo sobre o mal e a morte (João 16.33). Em 1 
João 3.13 está escrito: “Meus irmãos, não se admirem se o mundo os odeia”. 
Dentro de nós não há mais espaço para o medo, para a ansiedade e a 
vergonha. Devemos ser pessoas que sempre veem o que há de melhor 
no outro e no mundo. Satanás deseja que cada palavra, cada olhar, cada 
jeito com que fomos ou não fomos tratados coloquem nosso interior em 
chamas. O diabo deseja que o nosso senso de justiça próprio e a nossa 
própria cosmovisão ditem as normas.
Jesus veio nos trazer a cosmovisão do céu. 1 João 4.8 é direto e claro: 
“Quem não ama não o conhece, pois Deus é amor”. Da mesma maneira 
o apóstolo diz: Se alguém diz: ‘Eu amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é 
mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu 
irmão, a quem vê” (1 João 4.20).
O pensamento bíblico nos faz viver de maneira santa e irrepreensível. 
Devemos permanecer firmes e inculpáveis em meio a uma geração 
corrompida. 
“Pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo 
com a boa vontade dele. Façam tudo sem queixas nem discussões, para que 
venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis 
no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês 
brilham como estrelas no universo, retendo firmemente a palavra da 
vida.” (Filipenses 2.13-16.)
29
“Os olhos são como uma luz para o corpo: quando os olhos de vocês são bons, todo o 
seu corpo fica cheio de luz.” 
Mateus 6.22
Dia 1 Cosmovisão cristã bíblica Aula 5
Como podemos passar a pensar biblicamente? 
Qual a relevânciade aprender a respeito do conceito de cosmovisão 
cristã bíblica na nossa vida pessoal e no mundo ao nosso redor?
Se nossas “lentes” que enxergam o mundo forem boas, todo nosso interior e 
até o exterior serão iluminados e, por consequência, iluminarão.
Para refletir
Cultura, princípios e valores
Semana 2
“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme 
por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a 
vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” 
Romanos 12.2
Dia:
33
“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme 
por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a 
vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” 
Romanos 12.2
Dia 1 Aula 1Cultura, princípios e valores
Como vimos na semana anterior, a 
cosmovisão é um ponto de vista no qual nos 
posicionamos para compreender a realidade. 
Quando Cristo entra em nossa vida, o prisma 
pelo qual entendemos a realidade começa a se alterar e uma nova forma 
de pensar, agir e ser se instala em nós. No entanto, isso não acontece 
imediatamente: é um processo. Quanto mais mergulhamos em Cristo, 
mais os valores que estavam impregnados em nossa mente vão sendo 
revistos e abandonados. A nova mentalidade em Cristo vai se formando 
na medida de nosso relacionamento com Ele. Paulo afirma exatamente 
isso em Filipenses 1.6: “Pois eu estou certo de que Deus, que começou esse 
bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que ele esteja completo no 
Dia de Cristo Jesus”.
Como isso é possível? A conversão representa voltar nossos olhos para Deus 
e para tudo o que Ele tem para nós. Isso nos modifica completamente. 
Como foi quando você se converteu? O que os amigos e parentes 
começaram a observar, falar e até mesmo criticar? O que aconteceu foi 
que você mudou. A nova vida em Cristo nos dá um novo olhar sobre tudo 
ao redor. Para o cristão, é a Palavra de Deus que determina sua maneira 
de compreender o mundo e não mais a cultura de seu povo. Por meio 
dos ensinamentos de Jesus, é preciso fazer uma releitura da cultura em 
que estamos inseridos, pois naturalmente ela influi diretamente no nosso 
modo de ser e fazer.
A cultura brasileira e a cultura 
do Reino 
Base bíblica:
Romanos 12.2; Tito 
2.7-8
“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme 
por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a 
vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” 
Romanos 12.234
Dia 1 Cultura, princípios e valoresAula 1
Vamos pensar um pouco sobre como a cultura de um povo influi 
diretamente em seus princípios e valores. A cultura é a marca de um 
povo. Tudo o que fazemos é reflexo dessa cultura: os gostos, as escolhas, as 
manifestações artísticas...
Quando nascemos, já estamos completamente inseridos na cultura 
de nossos pais e isso nos direciona por toda a vida. Somos brasileiros 
e, portanto, a cultura do nosso povo é a nossa também. Uma cultura 
impregnada de múltiplas influências, pois somos um país formado por 
povos indígenas, africanos, portugueses, espanhóis, italianos, japoneses, 
alemães, entre tantos outros. Essa miscigenação é acentuada em nossa 
religiosidade, caracterizada pelo sincretismo religioso, uma mistura de 
crenças oriundas especialmente das religiões indígenas, cristãs e africanas.
Se colocarmos o nosso olhar observador um pouco mais longe, poderemos 
ver que é uma cultura do “tudo pode”, do “viver para o meu prazer” e do 
“todo caminho leva a Deus”. Kathryn Butler afirma que “hoje em dia, nossa 
cultura tem maior estima pela realização de desejos individuais do que 
pelo evangelho da graça”.13 Uma cultura predominantemente hedonista, 
centrada no “eu” e na busca pelo prazer. Uma cultura globalizada, na qual 
as mídias sociais influenciam sobremaneira a vida de cada um e nos nivela 
em nossas crenças e valores.
Consequentemente, essa forma de enxergar o mundo nos afeta 
profundamente, pois é a própria forma de ser e fazer do povo brasileiro. 
Esse jeito cultural de ser pode nos induzir a flexibilizar os valores e a achar 
tudo normal: o conceito de família, o aborto, a ideologia de gênero, a 
pornografia, a pedofilia, a forma de fazer política e tantos outros temas 
que têm permeado o que vemos e ouvimos, principalmente por meio das 
mídias sociais. Isso é estar imerso na cultura, tão mergulhado que parece 
mesmo que tudo é normal, que não há outra forma de compreender e agir
35
“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme 
por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a 
vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” 
Romanos 12.2
Dia 1 Aula 1Cultura, princípios e valores
sobre a realidade. É como a história do sapo que vai se cozinhando aos 
poucos na água até que morre sem perceber.
Como cristãos, precisamos aceitar passivamente preceitos que são 
contrários a Palavra de Deus? Claro que não! Nossa cosmovisão cristã julga 
a cultura e a reinterpreta sob o prisma da justiça de Deus. Paulo afirma 
isso claramente em Romanos 12.2: não podemos nos conformar com o 
mundo. Portanto, não podemos estar numa forma que não se representa 
mais naquilo que nos tornamos a partir do momento que temos uma 
nova vida em Cristo. Por isso, precisamos buscar a cultura do Reino. Que 
Reino é esse? Aquele que Jesus implantou ao desvestir-se da Sua glória 
e tornar-se homem para que toda a humanidade fosse salva. Esse Reino 
possui preceitos bem claros que estão expressos na Sua Palavra. Quer saber 
como viver de acordo com essa cultura, que deve caracterizar todo cristão? 
Busque seus fundamentos na Bíblia.
A Cultura do Reino então pode ser definida como o conjunto de 
conhecimentos, artes, crenças, leis, moral e costumes ensinados por Cristo 
a seus seguidores, exclusivamente através da Bíblia.
Diferente da cultura secular, onde qualquer item deste conjunto pode 
ser sobreposto, substituído por um novo com o passar dos anos e 
amadurecimento do povo, dentro da Cultura do Reino existem alguns 
conhecimentos, crenças, leis, moral, hábitos e costumes que são imutáveis. 
O que Jesus definiu como certo ou errado há mais de 2 mil anos continuará 
certo ou errado hoje e sempre.14
“Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme 
por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a 
vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” 
Romanos 12.236
Dia 1 Cultura, princípios e valoresAula 1
Como você se percebe e se posiciona estando inserido numa cultura 
cujos valores são a negação da cultura do Reino?
Que atitudes práticas você pode incorporar ao seu dia para fazer 
diferença, brilhar a luz de Cristo e trazer pessoas de seu relacionamento 
para perto dele?
A Cultura do Reino transforma o meu caráter e as minhas obras.
Para refletir
Dia:
37
“Jesus respondeu: —‘Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e 
com toda a mente.’ Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais 
importante é parecido com o primeiro: ‘Ame os outros como você ama a você mesmo’.” 
Mateus 22.37-39
Dia 1 Aula 2Cultura, princípios e valores
Hoje vamos conversar sobre princípios e 
valores do Reino de Deus. À primeira vista, 
pode parecer que são sinônimos. Embora 
princípios e valores estejam intimamente 
relacionados, são distintos entre si, pois 
enquanto os princípios “dão a base para a formação dos valores”15, estes 
são sua aplicação prática, ou seja, são as “regras individuais que orientam, 
como bússolas internas as relações, as decisões e as ações”.16 No entanto, são 
profundamente influenciados pela cultura, pois as decisões individuais são 
também reflexo de uma mentalidade coletiva, impregnada de princípios 
que regem nosso grupo social. 
Um exemplo: o princípio diz que precisamos buscaro bem comum, 
mas a cultura nos insta a entender o aborto como uma possibilidade e, 
consequentemente, podemos ter como valor que a mulher pode escolher 
interromper uma gravidez indesejada, pois, afinal, o corpo é dela. Se 
pensarmos a partir dos princípios e valores do Reino, vamos buscar o 
bem comum (princípio), afirmando que na concepção já existe vida 
e, portanto, o aborto é um ato que não podemos aceitar (valor).17
Um mestre da lei perguntou a Jesus qual era o maior mandamento. 
Ele respondeu e nos deu a diretriz que deve balizar toda a nossa vida: 
amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos 
(Mateus 22.36-40). Nessa diretriz, encontra-se o fundamento para 
que possamos viver os princípios e valores do Reino, pois amar de 
forma incondicional a Deus e as pessoas implica buscar a integridade. 
Valores e princípios bíblicos na 
vida do cristão
Base bíblica:
Mateus 22.35-40; 
Filipenses 1.9-11
38
“Jesus respondeu: —‘Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e 
com toda a mente.’ Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais 
importante é parecido com o primeiro: ‘Ame os outros como você ama a você mesmo’.” 
Mateus 22.37-39
Dia 1 Cultura, princípios e valoresAula 2
Segundo Jack Welch18, “pessoas com integridade dizem a verdade, 
mantêm sua palavra, assumem responsabilidade por suas ações, admitem 
erros e os consertam”. Portanto, integridade é uma condição que deve 
definir aquele que tem o padrão de Cristo como propósito de vida. 
E o que significa ser íntegro segundo os padrões do Reino? Ser seguidor 
de Cristo, ou seja, ser cristão, implica optar por buscar insistentemente 
a Sua vontade, aplicando de maneira prática os princípios e valores do 
Reino em nosso cotidiano, nas circunstâncias em que vivemos. Qual a 
consequência dessa opção? A transformação radical da forma como nos 
relacionamos com as coisas do mundo e com as pessoas. Você pode dizer 
que isso é impossível. Realmente, se nos firmarmos em nossa própria força 
não vamos conseguir, pois somos humanos e falhos. O apóstolo Paulo 
confessou isso quando disse que não conseguia fazer o bem que ele queria:
“Sabemos que a lei é divina; mas eu sou humano e fraco e fui vendido ao 
pecado para ser seu escravo. Eu não entendo o que faço, pois não faço o que 
gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio. Se faço o 
que não quero, isso prova que reconheço que a lei diz o que é certo. E isso 
mostra que, de fato, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em 
mim é que faz. Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na 
minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade 
de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo. Pois não faço o bem que quero, mas 
justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. Mas, se faço o que não 
quero, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz. 
Assim eu sei que o que acontece comigo é isto: quando quero fazer o que é 
bom, só consigo fazer o que é mau. Dentro de mim eu sei que gosto da lei de 
Deus. Mas vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço, uma lei que luta 
contra aquela que a minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro da lei 
do pecado que age no meu corpo. Como sou infeliz! Quem me livrará deste 
corpo que me leva para a morte? Que Deus seja louvado, pois ele fará isso 
39
“Jesus respondeu: —‘Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e 
com toda a mente.’ Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais 
importante é parecido com o primeiro: ‘Ame os outros como você ama a você mesmo’.” 
Mateus 22.37-39
Dia 1 Aula 2Cultura, princípios e valores
por meio do nosso Senhor Jesus Cristo! Portanto, esta é a minha situação: 
no meu pensamento eu sirvo à lei de Deus, mas na prática sirvo à lei do 
pecado.” (Romanos 7.14-25.)
Como faremos então? Buscar a graça de Deus diariamente, pois é Ele 
quem nos direciona e capacita para escolher fazer o certo segundo os Seus 
padrões. Já temos a dica de Jesus: amar incondicionalmente.
O apóstolo Paulo, em Gálatas 5.13, afirma: “porém, vocês, irmãos, foram 
chamados para serem livres. Mas não deixem que essa liberdade se torne 
uma desculpa para permitir que a natureza humana domine vocês. Pelo 
contrário, que o amor faça com que vocês sirvam uns aos outros”. Sim, 
somos livres para decidir o que podemos fazer, mas não podemos deixar 
que aquilo que parece ser certo do ponto de vista cultural nos afaste do 
elevado padrão que a Bíblia, nossa regra de fé e conduta, apresenta.
A ordem de Cristo é que não devemos fazer para as pessoas, aquilo que não 
queremos que elas façam para nós (Mateus 7.12) e até mesmo devemos 
deixar de fazer qualquer coisa que possa aborrecer nosso próximo (Romanos 
14.21). Jesus ainda alerta que tudo o que fizermos para os outros pode 
voltar para nós mesmos (Mateus 7.1-2). Sendo assim, a Ética Cristã coloca 
o “outro” antes do “eu”. Já os valores do mundo ensinam que a vontade 
deve estar em primeiro lugar.19
Um dia, Jesus entrou em sua vida para fazer uma revolução: mudou 
completamente sua direção e mostrou um novo caminho, bem estreito, 
íngreme, com vários obstáculos pela frente. Esses percalços forjam 
diariamente o seu caráter de nova criatura em Cristo e o direciona para 
também ser revolucionário, questionando a sociedade e os valores culturais 
pré-estabelecidos.
40
“Jesus respondeu: —‘Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e 
com toda a mente.’ Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais 
importante é parecido com o primeiro: ‘Ame os outros como você ama a você mesmo’.” 
Mateus 22.37-39
Dia 1 Cultura, princípios e valoresAula 2
Você tem buscado ser um referencial do padrão bíblico? 
Quais as áreas da sua vida que ainda precisam ser revolucionadas?
O cidadão do Reino inspira pessoas a buscarem a Deus.
Para refletir
Dia:
41
“Não sigam os costumes do povo do Egito, onde vocês moravam, nem os costumes 
do povo de Canaã, a terra para onde eu os estou levando. Não vivam de acordo com 
as leis desses povos. Pelo contrário, obedeçam às minhas leis e guardem os meus 
mandamentos. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” Levítico 18.3-4
Dia 1 Aula 3Cultura, princípios e valores
A Bíblia narra como Israel, embora sendo 
o povo escolhido por Deus, em diversos 
momentos abriu mão de sua singularidade. 
Adoraram outros deuses (Números 25.1,2; 
2 Reis 17.7-9), pediram um rei para servir e 
ser igual às outras nações (1 Samuel 8.19-20), seguiram os costumes de 
outras culturas (Ezequiel 5.7), revoltaram-se contra Deus (Ezequiel 20.7-
8). Também Jesus encontrou um povo conformado, adaptado à cultura de 
sua época, hipócrita e legalista. Alguma semelhança com o que vivemos 
hoje?
John Stott20, no prefácio do livro Contracultura Cristã, afirma:
Urge que não somente vejamos, mas também sintamos, a grandeza dessa 
tragédia, pois, na medida em que uma igreja se conforme com o mundo, 
e as duas comunidades pareçam ser meramente duas versões da mesma 
coisa, essa igreja está contradizendo a sua verdadeira identidade. Nenhum 
comentário poderia ser mais prejudicial para o cristão do que as palavras: 
“Mas você não é diferente das outras pessoas!”
Seguir a Cristo com inteireza de coração significa fazer parte de um 
movimento de contracultura. Um movimento que questiona os padrões 
pré-estabelecidos e que proclama a volta de Jesus e o arrependimento 
como fundamentais para o redirecionamento da vida. Um movimento 
que entende que temos uma missão enquanto vivermos nesta terra: fazer 
Jesus conhecido de todos os povos.
O cristianismo e a contracultura
Base bíblica:
Levítico 18.3-4
“Não sigam os costumes do povo do Egito, onde vocês moravam, nem os costumes 
do povo de Canaã, a terra para onde eu os estou levando. Não vivam de acordo com 
as leis desses povos. Pelo contrário, obedeçam às minhas leis e guardem os meus 
mandamentos. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” Levítico 18.3-442
Dia 1 Cultura, princípiose valoresAula 3
O tema essencial de toda a Bíblia, desde o começo até o fim, é que o 
propósito histórico de Deus é chamar um povo para si mesmo; que este 
povo é um povo “santo”, separado do mundo para lhe pertencer e obedecer; 
e que a sua vocação é permanecer fiel à sua identidade, isto é, ser “santo” ou 
“diferente” em todo o seu pensamento e em todo o seu comportamento.21
Portanto, viver na contracultura significa abandonar uma atitude alienada, 
conformista ou passiva. Os bem-aventurados, aqueles que tiveram 
um encontro genuíno com Jesus e desejam seguir seus mandamentos, 
entendem que não são do mundo, mas estão no mundo para fazer 
diferença. E essa diferença significa questionar a cosmovisão secular, 
apresentando de forma consistente a cosmovisão do Reino. Significa 
buscar a justiça social, assumindo nossa responsabilidade social cristã em 
todas as esferas da sociedade. 
Somos cidadãos do Reino de Deus. Por isso, nosso primeiro objetivo é 
buscar o Seu Reino e a Sua justiça. A Palavra de Deus nos assegura que 
todas as demais coisas nos serão acrescentadas (Mateus 6.33). Por isso, 
fazemos diferente e fazemos diferença por onde passamos. Ao buscar o 
Reino, enxergamos claramente que precisamos confrontar os valores da 
cultura que afrontam os princípios de Deus.
Assim, os discípulos de Jesus têm de ser diferentes: tanto da igreja nominal, 
como do mundo secular; tanto dos religiosos, como dos irreligiosos. O 
Sermão do Monte é o esboço mais completo, em todo o Novo Testamento, 
da contracultura cristã. Eis aí um sistema de valores cristãos, um 
padrão ético, uma devoção religiosa, uma atitude para com o dinheiro, 
uma ambição, um estilo de vida e uma teia de relacionamentos: tudo 
completamente diferente do mundo que não é cristão. E esta contracultura 
cristã é a vida do reino de Deus, uma vida humana realmente plena, mas 
vivida sob o governo divino.22
43
“Não sigam os costumes do povo do Egito, onde vocês moravam, nem os costumes 
do povo de Canaã, a terra para onde eu os estou levando. Não vivam de acordo com 
as leis desses povos. Pelo contrário, obedeçam às minhas leis e guardem os meus 
mandamentos. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” Levítico 18.3-4
Dia 1 Aula 3Cultura, princípios e valores
Como você pode ser agente da cultura do Reino e fazer diferença 
nesta terra? 
Que atitudes práticas demonstram que você pode ser as mãos de 
Jesus na promoção da justiça social?
O cidadão do Reino busca a justiça de Deus.
Para refletir
Dia:Dia 1 Cultura, princípios e valoresAula 4
“Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas 
que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.” 
Mateus 5.16
44
Ontem, vimos que o seguidor de Jesus deve 
observar os princípios e valores defendidos 
nas Escrituras: justiça, verdade, obediência, 
honestidade, lealdade, gratidão.
Como cidadãos do Reino, temos uma responsabilidade dada por Deus 
de fazer diferença nesta terra, exercendo nossa cidadania, composta por 
direitos e deveres. Isso significa que vivemos uma batalha espiritual, pois 
nossa luta é contra as forças do mal que estão impregnadas em todas as 
estruturas sociais. Paschoal Piragine afirma:
Quando uma igreja se lança na missão de levar o evangelho a uma cidade, 
ela não lida apenas com as questões de foro íntimo de cada homem, mas 
ela se defronta com um mal sistêmico e materializado em instituições de 
poder, em formas de cultura e comunicação controladas por principados e 
potestades espirituais. A missão no contexto social é mais do que transmitir 
virtudes, é confrontar estes poderes malignos instituídos e materializados 
na cidade. Não somente os sistemas de poder podem estar sob o controle 
de Satanás, mas também aspectos preponderantes da cultura de um povo, 
como afirma Paulo em Efésios 2.1-2: “Vocês estavam mortos em suas 
transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a 
presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que 
agora está atuando nos que vivem na desobediência”. Nesta perspectiva, 
a missão no contexto social é um confronto contra Satanás, que não está 
somente agindo, ou guerreando com anjos nos lugares celestiais, mas que 
trava a sua batalha de modo concreto e personificado nas instituições e
Cidadania
Base bíblica:
Mateus 5.13-16
45
“Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas 
que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.” 
Mateus 5.16
Dia 1 Cultura, princípios e valores Aula 4
em aspectos da cultura que ditam a maneira de viver e os valores de um 
povo. Por isso, para Lithincum, a cidade é o principal campo de batalha 
entre Deus e Satanás. É bom observar que os autores que defendem esta 
ideia nunca deixam de afirmar que apesar da batalha e da sedução, o homem 
continua sendo responsável por seus atos e o cenário não é desculpa para as 
decisões que tomamos diante de Deus e dos homens.23
Em 1974, num congresso em Lausanne, na Suíça, milhares de 
evangélicos, representando 150 países, se reuniram para pensar estratégias 
de evangelização do mundo. Nesse encontro foi elaborado o pacto de 
Lausanne, cujo objetivo era reafirmar o propósito da igreja e unir os 
cristãos de diferentes denominações no desafio de orar, planejar e trabalhar 
para fazer Jesus conhecido de todos os povos. O ponto 5 desse documento 
refere-se à responsabilidade social da igreja.24
Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, 
devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a 
sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. 
Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção 
de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma 
dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não 
explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos 
algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente 
exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação 
com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política 
salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são 
ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões 
de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso 
próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação 
implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, 
de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar
Dia 1 Cultura, princípios e valoresAula 4
“Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas 
que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.” 
Mateus 5.16
46
o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem 
Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar, 
mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A 
salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade 
de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.25
Somos responsáveis pela sociedade que estamos construindo. Existem 
áreas de influência que permeiam a sociedade, nas quais devemos estar 
engajados para contribuir e apresentar posicionamentos bíblicos para a 
resolução dos problemas. Quais são essas áreas? Família, igreja, educação, 
governo, mídia, artes e entretenimento e negócios. A mudança social só será 
possível quando líderes dessas diferentes áreas convergirem em unidade de 
pensamento e propósito. Por isso, é tão importante que tenhamos líderes 
comprometidos com a visão do Reino, de forma que possam influenciar 
as políticas que são estabelecidas nas diferentes escalas sociais. Participar 
de conselhos municipais, associações, comitês, entre outros, garante que 
os temas abordados também sejam explicitados sob a ótica cristã, pautada 
estritamente nos princípios bíblicos.
Torna-se cada vezmais imprescindível que se forme uma liderança forte, 
composta por influenciadores maduros que são respeitados e ouvidos 
nas diferentes instâncias sociais. Todos nós, em nossa área de influência, 
podemos pautar as ações por aquilo que cremos. Este é nosso grande 
desafio: apresentar a cosmovisão bíblica ao mundo.
Nossa missão de fazer discípulos extrapola os muros da igreja e nos direciona 
a ir para o mundo com uma mensagem de esperança. Como fazer isso? 
Encontre em sua comunidade áreas nas quais você possa contribuir de forma 
efetiva: associações de bairro, conselhos comunitários, conselhos escolares, 
conselhos municipais, câmara municipal, entre outros. Além disso, 
precisamos também estar preparados como profissionais, buscar agir
47
“Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas 
que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.” 
Mateus 5.16
Dia 1 Cultura, princípios e valores Aula 4
com excelência e ser agentes de transformação onde Deus nos colocou. 
Como igreja de Jesus, queremos formar líderes influenciadores 
que possam ocupar todos os espaços em todas as esferas da nossa 
sociedade. Prepare-se para liderar participando dos cursos e outras formas 
de capacitação desenvolvidos pela área Ministerial de Educação Cristã da 
PIB Curitiba.
Qual sua área de influência? 
Como você tem usado os recursos (profissão, recursos materiais, dons 
e talentos) que Deus lhe deu para influenciar pessoas?
Somos responsáveis por impactar o contexto social com os valores do 
Reino.
Para refletir
Dia 1 Cultura, princípios e valoresAula 4
“Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas 
que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.” 
Mateus 5.16
48
Para saber mais
Como alcançar as 7 áreas de influência?
Loren Cunningham apresenta alguns exemplos de como podemos ser 
influenciadores. Leia, refletindo sobre como você pode ser um deles. 
Alcançando as 7 áreas de influência.
• Família
Discipule sua família, buscando um relacionamento intenso com Deus e 
educado por meio dos princípios bíblicos. 
• Religião
Jesus ordenou aos Seus discípulos que discipulassem as nações. Fazemos 
isso saindo pelo mundo. Igreja é o lugar onde nos alimentamos para que 
possamos levar o reino de Deus por toda a terra.
• Educação 
A próxima geração é influenciada diariamente em nossas escolas e 
universidades. Cristãos devem se envolver escrevendo currículos, 
ensinando, administrando e participando em associações de pais e mestres 
e como membros de conselhos escolares.
• Artes (celebração, entretenimento, esportes e cultura)
Deus é o criador das artes. Qualquer território que abandonamos, 
Satanás preenche. Nós devemos recapturar para Jesus cada forma de 
entretenimento, buscando-o para darmos formas criativas de mostrar ao 
mundo o autor do drama, espetáculo, beleza, cor, vida, emoção e alegria. 
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“Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas 
que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.” 
Mateus 5.16
Dia 1 Cultura, princípios e valores Aula 4
• Mídia
A mídia possui um papel crucial no modelar da sociedade. Precisamos de 
cristãos para trazer a verdade para essa esfera.
• Governo 
Deus levantou líderes piedosos no Egito antigo e na Babilônia, e Ele pode 
fazer o mesmo hoje. Precisamos de cristãos preparados para servir em 
todas as esferas de governo. É preciso dizer que eles terão de enfrentar 
uma cova de leões moderna. Deus usará isso para purificá-los e edificar seu 
caráter, produzindo líderes servos.
• Economia
Jesus sabia que é difícil servir a Deus quando somos abençoados 
materialmente. Mas Deus quer que seu povo seja bem-sucedido no 
mundo dos negócios e use seus recursos para propagar a mensagem de 
Cristo. O problema não é o dinheiro, mas se este é mais importante para 
nós do que Deus (veja Lucas 18.18-25). Deus nos testará nisso, e poderá 
pedir para darmos tudo o que temos. 
De igual modo, precisamos de cristãos chamados à ciência e à tecnologia 
como seus campos missionários. Nunca como hoje uma sociedade pode 
fazer tantos milagres tecnológicos e mesmo assim estar tão incerta de suas 
amarras morais.
Há dois reinos – luz e trevas – e eles estão em guerra. Precisamos vencer para 
o reino da luz e o fazemos à medida que nos movemos para dentro de cada 
uma dessas sete áreas de influência no espírito oposto ao que Satanás está
Dia 1 Cultura, princípios e valoresAula 4
“Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas 
que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.” 
Mateus 5.16
50
trabalhando. Onde ele espalha ódio, nós devemos mostrar amor; onde 
a ganância prevalece, devemos dar mais do que qualquer outro. Onde a 
intolerância está ganhando, devemos mostrar lealdade e perdão.
Precisamos orar: venha a nós o Teu reino, seja feita a Tua vontade em 
qualquer que seja a área de influência para qual Deus nos chamou.
À medida que discipularmos as nações, ouvindo o Mestre e obedecendo, 
Ele nos usará para dar ao mundo sistemas econômicos piedosos, formas 
de governo baseadas na Bíblia, a educação ancorada na Palavra de Deus, 
famílias que tenham Jesus como cabeça, entretenimento que mostra Deus 
em sua variedade e animação, mídia baseada em comunicar a verdade em 
amor, e igrejas que enviam missionários para todas as áreas da sociedade. 
Dessa forma, veremos a grande comissão sendo completada e milhões 
entrando no Reino de Deus.
Adaptado de: https://jocum.org.br/as-7-areas-de-influencia/
Dia:
51
“Daniel resolveu que não iria ficar impuro por comer a comida e beber o vinho que o 
rei dava; por isso, foi pedir a Aspenaz que o ajudasse a cumprir o que havia resolvido.” 
Daniel 1.8
Dia 1 Cultura, princípios e valores Aula 5
Várias questões foram levantadas 
nesta semana, incentivando a que nos 
enxerguemos como cidadãos do Reino, 
com responsabilidade de fazer diferença 
nesta terra em todas as áreas de influência 
nas quais estamos inseridos. Qual o objetivo principal de tudo isso? Trazer 
Cristo para perto das pessoas, ensiná-las a adorar o Deus verdadeiro e a 
construir sua vida alicerçadas nas promessas e no ensino da Palavra de 
Deus. Vejamos, ainda, o que diz o Pacto de Lausanne sobre isso, quando 
se refere à evangelização e à cultura26:
O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer 
metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o 
surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente 
relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e 
provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua 
cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, 
toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. 
O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, 
mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e 
insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As 
missões, muitas vezes, têm exportado, juntamente com o evangelho, uma 
cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames 
de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de 
Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua
Aculturamento: conceito
Base bíblica:
Daniel 1.8 e 1 Pedro 1.16
Dia 1 Cultura, princípios e valoresAula 5
“Daniel resolveu que não iria ficar impuro por comer a comida e beber o vinho que o 
rei dava; por isso, foi pedir a Aspenaz que o ajudasse a cumprir o que havia resolvido.” 
Daniel 1.8
52
autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm 
de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.
Precisamos estar atentos para que, efetivamente, não fiquemos submissos 
aos ditames da nossa cultura. Que estratégias podem ajudar para que 
estejamos atentos para cumprir nossa missão parao Reino de Deus? 
Como ser um discipulador que está atento às mudanças do seu tempo, 
mas consegue manter-se firme nos princípios da Palavra de Deus?
Já não é mais possível crer que a única missão da igreja é salvar o pobre 
pecador perdido. Antes de tudo, a igreja existe para glorificar a Deus, pois 
não fomos criados para a queda, mas para a Sua glória. É a missão da igreja 
para com Deus. Com a contingência da entrada do pecado no mundo, Deus 
proveu a nossa restauração através de seu filho. Assim, é acrescida à missão 
da igreja uma preocupação com o mundo: proclamação do evangelho aos 
pecadores perdidos. É a missão da Igreja para com o mundo. Mas a igreja 
deve prover meios para a manutenção espiritual do cristão, para que ele 
consiga viver para a glória de Deus. É a missão da igreja consigo mesma. 
À visão integral da missão da igreja temos de acrescentar a sua tarefa de 
socorrer o pobre e necessitado, seja cristão ou não. É a responsabilidade 
social da igreja. Como cristãos, devemos ser sal da terra e luz do mundo 
(Mt 5.13-16).27
Nossa igreja tem uma estratégia que chamamos de Movimento Discipular. 
Por meio dessa ação, você pode ser um influenciador de vidas, exercitando 
o BOM: Bíblia, Oração e Missão.28
O Movimento Discipular tem a missão de proclamar o evangelho e levar 
cada crente à maturidade cristã, pelo poder do Espírito Santo, no amor de 
Cristo para a glória de Deus, por meio da Bíblia, da oração e do engajamento 
na missão de Jesus Cristo. Nossa visão é inspirar e capacitar cada cristão 
a ser um discípulo que multiplica discípulo. Cinco valores embasam esse
53
“Daniel resolveu que não iria ficar impuro por comer a comida e beber o vinho que o 
rei dava; por isso, foi pedir a Aspenaz que o ajudasse a cumprir o que havia resolvido.” 
Daniel 1.8
Dia 1 Cultura, princípios e valores Aula 5
movimento: intimidade com Deus, relacionamentos transformadores, 
intencionalidade no ensino, discipulado integral, imitar Jesus. Ser como 
Jesus e fazer o que ele fazia.29
Essa estratégia está ligada à missão da igreja: ter um relacionamento 
intenso com Deus, amar e servir ao próximo e fazer Jesus conhecido de 
todos os povos, no poder do Espírito Santo.
Para estar firme, é preciso fazer parte de uma comunidade. Pesquisas 
mostram que quem está inserido em um grupo tem mais probabilidade 
de manter-se fiel. Somos relacionais e precisamos uns dos outros. Por 
isso, não deixe de envolver-se nas células, de ser voluntário em algum 
ministério e de participar das celebrações da igreja. Seu engajamento o 
ajudará a manter-se fiel e não se deixar corromper por valores contrários 
à Palavra de Deus. 
“O que eu peço a Deus é que o amor de vocês cresça cada vez mais e que tenham 
sabedoria e um entendimento completo, a fim de que saibam escolher o melhor. 
Assim, no dia da vinda de Cristo, vocês estarão livres de toda impureza e de 
qualquer culpa. A vida de vocês estará cheia das boas qualidades que só Jesus 
Cristo pode produzir, para a glória e o louvor de Deus.” (Filipenses 1.9-11.)
Dia 1 Cultura, princípios e valoresAula 5
“Daniel resolveu que não iria ficar impuro por comer a comida e beber o vinho que o 
rei dava; por isso, foi pedir a Aspenaz que o ajudasse a cumprir o que havia resolvido.” 
Daniel 1.8
54
Que conclusões você tira do estudo desta semana? 
Como você pode manter-se firme nos seus princípios e valores?
Que atitudes práticas você pode fazer para ser um influenciador 
cristão?
Devemos viver de maneira correta e buscar agir conforme aquilo que o 
Senhor espera de nós.
Para refletir
Identidade
Semana 3
“O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.”
Romanos 8.16
Dia:
57
“O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.”
Romanos 8.16
Dia 1 Aula 1Identidade
A cosmovisão cristã é a lente pela qual vemos 
o mundo, mas ela também determina a 
forma como enxergamos a nós mesmos. 
Durante esta semana, iremos explorar o tema 
“Identidade” para poder compreender, de 
fato, quem o Senhor nos criou para ser.
Ao longo da sua vida, você será definido de várias formas diferentes. Cada 
pessoa com quem você tiver contato o identificará por um aspecto distinto, 
e são vários os títulos que recairão sobre você. Seus pais o chamarão de 
filho, seu chefe de empregado e alguns outros de amigo. Haverá também 
aqueles que o encorajarão a encontrar em si mesmo, baseado na sua 
história, nas suas características e nos seus desejos, a sua melhor definição. 
Mas, em meio a tantas possibilidades, como encontrar a sua verdadeira 
identidade?
Durante a história, muitas pessoas tentaram responder a essa pergunta. 
Apocalipse fala sobre uma igreja que havia tentado firmar sua identidade 
nas coisas terrenas. Essa era a igreja de Laodiceia, que dizia: “Somos ricos, 
estamos bem de vida e temos tudo o que precisamos” (Apocalipse 3.17).
A cidade de Laodiceia como um todo se orgulhava por não depender 
financeiramente do tesouro imperial30. Eles tinham muito mais riquezas 
do que as cidades ao seu redor, e sua sensação de autossuficiência no aspecto 
financeiro se estendeu também para o aspecto emocional e espiritual 
de suas vidas. Ao olhar para si mesmos, se encontraram completos, 
Quem sou eu?
Base bíblica:
1 Pedro 2.9; 
Romanos 8.16
“O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.”
Romanos 8.16
58
Dia 1 IdentidadeAula 1
e pensavam não precisar de mais nada. Porém, Deus via algo muito 
diferente. Sobre os cristãos de Laodiceia, Ele disse: “Vocês não sabem que 
são miseráveis, infelizes, pobres, nus e cegos” (Apocalipse 3.17).
Quando comparamos a visão dos cristãos de Laodiceia acerca de si 
mesmos com a forma como Deus os via, é fácil notar que eles estavam 
cegos. Eles pensavam estar bem, mas Deus via neles miséria. Aquela igreja 
não foi capaz de encontrar sua verdadeira identidade, pois tentou firmá-la 
no ouro e na prata, nas riquezas passageiras e terrenas.
Na Bíblia, vemos também aqueles que tentaram encontrar sua identidade 
não nas coisas do mundo, mas em si mesmos. Um deles foi Salomão, 
que, apesar de ter recebido de Deus sabedoria maior do que a de qualquer 
outro homem, se perdeu ao procurar em seu próprio espírito as respostas 
para suas perguntas. No livro de Eclesiastes, ele escreveu:
“E pensei assim: ‘Eu me tornei um grande homem, muito mais sábio do 
que todos os que governaram Jerusalém antes de mim. Eu realmente sei o 
que é a sabedoria e o que é o conhecimento.’ Assim, procurei descobrir o 
que é o conhecimento e a sabedoria, o que é a tolice e a falta de juízo. Mas 
descobri que isso é o mesmo que correr atrás do vento. Quanto mais sábia é 
uma pessoa, mais aborrecimentos ela tem; e, quanto mais sabe, mais sofre.” 
(Eclesiastes 1.16-18.)
Salomão foi um dos maiores reis de Israel, mas não foi capaz de responder 
às perguntas mais elementares sobre seu próprio propósito e existência. 
Convencido de sua própria sabedoria, concluiu que tudo o que havia 
debaixo do céu era inútil, e se perdeu nos seus próprios pensamentos. 
Buscou em si mesmo as respostas para seus questionamentos e não chegou 
a lugar algum. Assim, fica claro que a nossa identidade também não pode 
ser encontrada em nós mesmos. Onde, então, poderemos descobrir quem 
realmente somos?
59
“O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.”
Romanos 8.16
Dia 1 Aula 1Identidade
“O Espírito de Deus se une ao nosso espírito para afirmar que somos filhos de 
Deus.” (Romanos 8.16.) De todas as designações que podemos receber, 
esta é a que mais tem valor: somos filhos de Deus. É aí que está a perfeita 
manifestação de quem você foi criado para ser: um filho amado que se 
relaciona intimamente com seu Pai. Fomos criados à imagem e semelhança 
dEle (Gênesis 1.27), e fomos escolhidos por Ele para fazer parte do seu povo 
(1 Pedro 2.9). Ele nos adotou e nos deu novos propósitos, novas direções 
e, principalmente, nova vida. A partir disso, recebemos nossa verdadeira 
identidade, quenão está no mundo, tampouco em nós mesmos — ela está 
nEle. Que durante esta semana você possa mergulhar nessa verdade e se 
surpreender com a beleza do plano de Deus para cada um de nós. 
“O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.”
Romanos 8.16
60
Dia 1 IdentidadeAula 1
Quais são os aspectos e áreas da sua vida nos quais você costuma 
firmar sua identidade?
Se sua identidade estivesse completamente firmada em Deus, o que 
mudaria?
Quem eu sou está no Eu Sou.
Para refletir
Dia:
61
“Eu, Paulo, servo de Cristo Jesus, escrevo esta carta. Deus me chamou e me separou 
para ser seu apóstolo, a fim de que eu anuncie a boa notícia do evangelho de Deus.” 
Romanos 1.1
Dia 1 Identidade Aula 2
Quando alguém decide entregar sua vida 
para Jesus, muitas coisas mudam. O modo de 
falar, a forma de se vestir, as pessoas com que 
se relacionar — tudo é impactado por essa 
decisão. Mas, se a mudança se restringir às características externas, ela será 
muito rasa. Se existe algo que de fato precisa mudar, é a compreensão de 
si. Ontem, falamos sobre como nossa identidade não pode se firmar nas 
coisas terrenas ou no nosso próprio coração, e hoje iremos nos aprofundar 
nesse tema para compreendermos melhor quem é Aquele que firma e 
sustenta nossa identidade.
Mesmo antes de sua conversão, o apóstolo Paulo já era um homem muito 
influente. Nas suas próprias palavras:
“Fui circuncidado quando tinha oito dias de vida. Sou israelita de 
nascimento, da tribo de Benjamim, de sangue hebreu. Quanto à prática 
da lei, eu era fariseu. E era tão fanático, que persegui a Igreja. Quanto ao 
cumprimento da vontade de Deus por meio da obediência à lei, ninguém 
podia me acusar de nada.” (Filipenses 3.5-6.)
O currículo de Paulo era ótimo, e ele com certeza tinha muito do que se vangloriar. 
Cidadão romano por nascimento, ele tinha privilégios especiais e era visto como 
alguém relevante na sociedade. Sendo um fariseu, ele era um homem considerado 
irrepreensível perante os judeus. Mas, a partir do seu encontro com Jesus, tudo 
isso caiu por terra. Depois de encontrar seu Salvador, Paulo ficou cego, mas foi 
esse o evento que fez com que ele enxergasse o mundo e a si mesmo de uma forma
Quem me define?
Base bíblica:
Romanos 1.1 
Dia 1 IdentidadeAula 2
“Eu, Paulo, servo de Cristo Jesus, escrevo esta carta. Deus me chamou e me separou 
para ser seu apóstolo, a fim de que eu anuncie a boa notícia do evangelho de Deus.” 
Romanos 1.1
62
completamente diferente. Nas suas epístolas, Paulo se apresentou como 
apóstolo chamado pela vontade de Deus (1 Coríntios 1.1), enviado para 
anunciar vida (2 Timóteo 1.1) e escravo de Cristo (Romanos 1.1). Ele 
tinha muito para falar sobre o seu próprio mérito, mas ainda assim decidiu 
se identificar usando aquilo que Deus dizia dEle.
Paulo compreendeu que todas as suas antigas designações não tinham 
mais valor, quando comparadas ao entendimento de quem ele era em 
Deus. Ser fariseu ou cidadão romano se tornou muito menos importante 
do que ser escravo de Cristo. A sua trajetória de vida e suas “credenciais” 
civis e religiosas eram invejadas por muitas pessoas de sua época, mas ele 
entendeu que sua única fonte verdadeira de valor era Deus.
Da mesma forma, todos nós podemos nos enxergar sob perspectivas 
diferentes. Há aqueles que, ao olharem para si mesmos, veem apenas o seu 
pecado. Essa visão vem permeada do sentimento de culpa e de impureza, 
e nos afasta mais do que nos aproxima de Deus. A Bíblia nos exorta 
a lutar diariamente contra o pecado, mas não a nos definir por ele — 
Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres (Gálatas 5.1). 
Sob outra perspectiva, também não é bíblico apoiar sua autoimagem em 
uma santidade “conquistada” ou em realizações ministeriais. É impossível 
gerar dentro de si uma justiça perfeitamente aceitável a Deus, uma vez 
que “todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus” (Romanos 
3.23). Os mestres da lei estavam completamente atentos aos registros de 
Moisés, mas se encontravam afastados de Deus a ponto de não serem 
capazes de reconhecer o Messias mesmo ao conversarem com Ele (Marcos 
3.22). Enxergar-se a partir do pecado não é a solução, mas viver a partir 
de uma autojustificação também não é.
Deus é a rocha perfeita na qual nossa autoestima deve estar fundada. Através 
da sua Palavra, o Senhor deixa claro que não somos filhos perfeitos, mas
Dia 1 Identidade Aula 2
63
“Eu, Paulo, servo de Cristo Jesus, escrevo esta carta. Deus me chamou e me separou 
para ser seu apóstolo, a fim de que eu anuncie a boa notícia do evangelho de Deus.” 
Romanos 1.1
ainda assim Ele nos ama e nos quer para si. Através da renovação da mente 
(Romanos 12.2), podemos chegar cada vez mais perto de quem Ele nos 
criou para ser, e do propósito que Ele havia dado a cada um de Seus filhos 
mesmo antes da criação do mundo. Uma identidade fundada no Deus 
imutável é inabalável, e foi essa a fundação que levou Paulo a evangelizar 
milhares de pessoas. Que, assim como Paulo, você escolha se apresentar 
com base naquilo que Deus diz sobre você, não nas suas conquistas e 
méritos terrenos. Somos pecadores, mas também somos filhos e fomos 
chamados viver a partir da visão que nosso Pai tem de nós.
Dia 1 IdentidadeAula 2
“Eu, Paulo, servo de Cristo Jesus, escrevo esta carta. Deus me chamou e me separou 
para ser seu apóstolo, a fim de que eu anuncie a boa notícia do evangelho de Deus.” 
Romanos 1.1
64
Qual é a importância de ter uma identidade firmada em Deus?
Como seu engajamento em uma igreja local pode facilitar o processo 
de compreensão da identidade dada por Deus para você?
Uma identidade fundada no Deus imutável é inabalável.
Para refletir
Dia:
65
“Todos eles são o meu próprio povo; eu os criei e lhes dei vida a fim de que mostrem a 
minha grandeza.”
Isaías 43.7
Dia 1 Identidade Aula 3
Parte do processo de compreender sua 
verdadeira identidade é compreender o 
seu propósito. Essa questão levanta muitos 
questionamentos, e muitas vezes eles são 
deixados sem resposta. Por que Deus criou 
a humanidade? O que devo fazer com a minha vida? Qual é a minha 
missão? Felizmente, todas essas perguntas são respondidas na Palavra de 
Deus.
Antes da criação do mundo, Deus já era completo e autossuficiente. Ele 
nunca precisou da humanidade, mas, em todo Seu poder, desejou criá-la. 
Ele já era adorado incessantemente pelos anjos, mas, como uma expansão 
do Seu amor, decidiu criar o homem e a mulher. Criou também todo o 
universo, e a sua grandeza é percebida nas Suas obras:
“Desde que Deus criou o mundo, as suas qualidades invisíveis, isto é, 
o seu poder eterno e a sua natureza divina, têm sido vistas claramente. 
Os seres humanos podem ver tudo isso nas coisas que Deus tem 
feito e, portanto, eles não têm desculpa nenhuma.” (Romanos 1.20.)
O mundo, e tudo que nele há, foi criado para anunciar a grandeza de Deus. 
O Sol e as estrelas, a terra e o oceano, as flores e os animais, tudo foi criado 
por Ele e para Ele. Mas a criação só foi completa depois que Deus formou 
Adão e Eva. Eles também foram criados especialmente para engrandecer o 
nome de Deus, mas de forma ainda mais singular: “E disse Deus: Façamos 
o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1.26).
Para que fui criado?
Base bíblica:
Isaías 43.7; 
Gênesis 1.26
Dia 1 IdentidadeAula 3
“Todos eles são o meu próprio povo; eu os criei e lhes dei vida a fim de que mostrem a 
minha grandeza.”
Isaías 43.7
66
Adão e Eva foram criados de forma distinta, com uma característica 
especial: eles (e depois, toda sua descendência) eram semelhantes a Deus. 
Deus já se manifestava nas coisas criadas, mas apenas o homem e a mulher 
foram feitos à sua imagem. E qual é a função de uma imagem, senão 
apontar para o original? Adão e Eva, nas suas singularidades masculinas e 
femininas, revelavam as características de Deus e refletiam a Sua natureza, 
ainda que de forma defasada. A importância de voltarmos ao relato 
da criação

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