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Slides de Aula I

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Profa. Dra. Maria Teresa
UNIDADE I
Métodos Alternativos e 
Resolução de Conflitos: 
Negociação e Mediação
Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos (Marc) são meios complementares à jurisdição 
exercida pelo Poder Judiciário. São eles: 
 Negociação, 
 Conciliação, 
 Mediação e 
 Arbitragem. 
 Mecanismos alternativos e consensuais de conflitos têm como 
objetivo ser instrumentos efetivos de pacificação social, solução 
e prevenção de litígios, para fins de reduzir a excessiva 
judicialização dos conflitos de interesses, a quantidade de 
recursos e de execução de sentenças.
Teoria geral do conflito – Introdução
 Conselho Nacional de Justiça (CNJ) delibera, por meio de seu Pleno, a Resolução n. 125, de 
29 de novembro de 2010, precursora da cultura de pacificação social, que dispõe sobre a 
Política Judiciária de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder 
Judiciário, por meio do oferecimento de mecanismos de solução de controvérsias, pela via 
consensual, como a mediação e a conciliação, bem como a prestação de atendimento e 
orientação ao cidadão (art. 1º e § único).
 Além da jurisdição, cabe ao Estado promover e difundir outras formas de solução dos 
conflitos, como os métodos de solução consensuais de conciliação e mediação e a solução 
por arbitragem (CPC, art. 3º, §§ 1º, 2º e 3º).
 Conselho Nacional de Justiça tem por função o controle da 
atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário;
 eficiência operacional, como o acesso ao sistema de Justiça e 
a responsabilidade social;
 zelar pela observância dos princípios relacionados à 
administração pública, como os da legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência (CF, art. 37).
Teoria geral do conflito – Cultura da pacificação e princípios (1/2)
Essa política pública de tratamento adequado à natureza e à peculiaridade dos conflitos está 
fundamentada nos seguintes princípios constitucionais:
 Princípio do acesso à Justiça e pacificação social (CF, art. 5º, XXXV).
 Princípio da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III).
Respeito ao direito de acesso à Justiça implica (CF, art. 5º, XXXV):
 no acesso à ordem jurídica justa e 
 em soluções efetivas de conflitos com duração razoável do processo que tramita 
no Poder Judiciário.
Teoria geral do conflito – Cultura da pacificação e princípios (2/2)
 Resolução n. 125/2010 do CNJ prevê a instalação dos Centros Judiciários de Solução de 
Conflitos e Cidadania (Cejuscs), onde se realizam as sessões de conciliação e mediação, a cargo 
de conciliadores e mediadores capacitados, bem como atendimento e orientação ao cidadão. 
Desde então vem sofrendo alterações e atualizações.
 Código de Processo Civil (CPC) internaliza a “justiça consensual” na jurisdição e no processo 
judicial cível, introduzindo uma nova concepção de participação cooperativa entre os sujeitos 
processuais na condução do processo, o que inclui formas autocompositivas de conciliação e 
mediação, e confere maior ênfase à arbitragem (art. 3º e §§).
 CPC elevou a solução consensual de conflitos a um efetivo mecanismo de que pode se valer as 
partes, ao considerar os mediadores e conciliares como auxiliares da justiça (art. 165 e 
seguintes).
 Lei de Mediação (Lei n. 13.140, de 26 de junho de 2015), 
denominado Marco Legal da Mediação, regulamenta a mediação 
judicial e extrajudicial para a solução de conflitos entre particulares
e entre particulares e a administração pública. 
 Os sujeitos envolvidos na mediação podem ser pessoas físicas e 
jurídicas, públicas e privadas.
Teoria geral do conflito – Legislação
 Conflito de interesses “quando a intensidade do interesse de uma pessoa por determinado bem 
se opõe à intensidade do interesse de outra pessoa pelo mesmo bem, donde a atitude de uma 
tende à exclusão de outra quanto a este”.
(SANTOS, Moacir Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. Volume 1. 29. ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 26).
 Os conflitos dão origem a litígios, que são caracterizados “por serem um conflito de interesses em 
que a pretensão de um dos sujeitos se opõe à resistência do outro”.
(SANTOS, Moacir Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. Volume 1. 29. ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 31).
 Litígios de diversas áreas do direito: direito de família, direito do trabalho, direito civil, direito 
consumerista, direito penal e outros.
 Qual é a causa do conflito? A mudança.
 Mudança de uma situação já existente que provoca algum tipo de 
transformação, modificação ou extinção do que existia antes, 
diante de aspirações e percepções divergentes e resistidas entre 
dois ou mais sujeitos.
 Exemplos de mudanças: casamento, divórcio, fusão de empresas, 
troca de chefia, falecimento, consumo, prestação de serviços, 
nova etapa de vida etc.
Conflitos de Interesses: conceitos
Métodos de Resolução de Conflitos
Sistema de 
composição de 
conflitos
Autotutela ou 
autodefesa
Autocomposição
Autocomposição 
unilateral
Autocomposição 
bilateral
Negociação Conciliação Mediação
Heterocomposição
Jurisdição Arbitragem
 Autocomposição consiste na solução direta entre os litigantes por meio de acordo firmado 
entre eles, isto é, o conflito é solucionado por ato das próprias partes, com ou sem a 
intervenção de um terceiro, mediante ajuste de vontades. 
 Classificação da autocomposição em unilateral e bilateral. 
Exemplo de autocomposição unilateral: 
 Renúncia ao direito em favor de outra.
 Desistência da ação após o ajuizamento da causa.
 Reconhecimento jurídico do pedido pelo réu, admitindo a procedência da pretensão 
deduzida pelo autor.
Espécies de autocomposição bilateral:
 Negociação, conciliação e mediação.
Exemplo de autocomposição bilateral: 
 Transação: as partes fazem concessões recíprocas.
Autocomposição
Diferenças entre os métodos de resolução de conflitos (1/2)
Autotutela ou autodefesa Autocomposição Heterocomposição
As partes solucionam o conflito 
sem a intervenção de terceiro.
As partes consensualmente solucionam
o conflito sem ou com a intervenção de 
terceiro, conciliador ou mediador.
Terceiro impõe a solução dos conflitos 
às partes, de observância obrigatória 
e definitiva.
A parte mais forte impõe a 
solução à parte mais fraca. Não 
há ajuste de vontades.
Solução direta entre os conflitantes 
através de acordo firmado entre eles, 
mediante ajuste de vontades.
Solução do conflito por uma pessoa 
ou órgão acima das partes, que 
decide com força obrigatória e 
definitiva sobre os litigantes, que são 
submetidos à decisão.
Diferenças entre os métodos de resolução de conflitos (2/2)
Autotutela ou autodefesa Autocomposição Heterocomposição
Mecanismo de solução de
conflitos vedado por lei.
Métodos utilizados são negociação, 
conciliação e mediação.
Métodos utilizados são jurisdição e 
arbitragem.
Não há participação de terceiro.
Pode haver a intervenção de terceiro, 
conciliador ou mediador.
Há obrigatoriamente a atuação de 
terceiro, juiz ou árbitro, que impõe a 
solução por meio do proferimento de 
decisão, definitiva e obrigatória.
Exceções: legítima defesa, 
estado de necessidade e estrito 
cumprimento de dever legal ou 
no exercício regular, greve.
Exemplo: acordo firmado pelo ajuste de 
vontades das partes conflitantes.
Exemplos: sentença judicial ou 
sentença arbitral.
 Resolução n. 125/2010 do CNJ, marco legal de Política Judiciária Nacional de tratamento 
adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário, com base na qual a 
resolução consensual dos conflitos deve ser organizada e disseminada na sociedade civil a 
partir do próprio Poder Judiciário, permitindo a instalação de setores de conciliação e 
mediação junto aos Fóruns, denominados Centros Judiciários de Solução de Conflitos e 
Cidadania (Cejuscs).
 A implementação e o funcionamento dos Cejuscs estão inseridos na Res. n. 125/2010 do 
CNJ, no CPC e na Lei de Mediação. Incumbe aos tribunais criar os Cejuscs, com observância às 
normas do CNJ, sem exclusão de outras formas de conciliação 
e mediação extrajudiciais vinculadas a órgãos institucionais ou 
realizadas por intermédio de profissionais independentes, que 
poderão ser regulamentadas por lei específica.
 Cejuscs são instalados nos locais onde exista mais de um 
Juízo, Juizado ou Vara com competência para realizar 
audiências nas áreas cíveis e de família (CPC, art. 334).
Resolução n. 125 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
 Cejuscs são unidades do Poder Judiciário responsáveis pela realização das sessões de 
conciliação e mediação pré-processuais e processuais, que estejam a cargo de conciliadores 
e mediadores e pelo atendimento e orientação ao cidadão (art. 8º). 
 Acordos firmados no Cejusc devem ser submetidos à homologação judicial do Juiz 
Coordenador, com natureza jurídica de título executivo judicial, podendo fundamentar 
a execução em caso de descumprimento.
 São transacionáveis direitos disponíveis. 
 Remuneração prevista em tabela fixada pelo tribunal, conforme 
parâmetros estabelecidos pelo CNJ, exceto para aqueles que 
se engajaram por concurso público (CPC, art. 169, § 1º).
Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania 
(Centros ou Cejuscs) (Res. n. 125/2010 do CNJ)
Administração e supervisão dos serviços de conciliadores e mediadores 
(Res. n. 125/2010, art. 9º)
 Um juiz coordenador.
 Um juiz adjunto, se necessário.
 Servidor(es).
Sessão de conciliação e mediação:
 Conciliadores.
 Mediadores.
 Outros órgãos e instituições: Ministério Público, Defensoria Pública e OAB, por meio de seus 
procuradores e/ou advogados.
Setores de solução de conflitos (Res. n. 125/2010, art. 10):
 Setor pré-processual: não há ação judicial.
 Setor processual: há ação judicial em andamento.
 Setor de serviços de cidadania: orientação jurídica e sobre 
conciliação, emissão de documentos, assistência social e 
psicológica etc.
Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs) –
Estrutura, atuação e setores de solução de conflitos
Fluxograma de tramitação da reclamação no setor pré-processual no Cejusc
Fonte: Adaptado de: (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO. Núcleo de Permanente de Métodos Consensuais de Solução de 
Conflitos. Centros Judiciários de Solução de Conflitos. Apostila de Procedimentos e Sistema SAJ. Disponível em 
<http://www.tjsp.jus.br/Download/Conciliacao/Nucleo/ApostilaCEJUSC-NPMCSC.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2019)
Fluxograma – Fluxo Pré-Processual Cejusc
Interessado
Cejusc
Audiência
Comparece 
pessoalmente 
ao Cejusc
Expede o 
Termo de 
Ajuizamento
Agenda a 
audiência de 
conciliação
Visita ao 
Ministério 
Público
Audiência não realizada
Audiência de 
uma das partes 
ou de ambas
Audiência 
realizada
Presença 
das partes
Solicita agendamento de audiência 
para tentativa de acordo
Expede Carta Convite para
cientificar a outra parte
Houve 
acordo?
Há 
menores/idosos 
envolvidos?
Sentença homologatória
Reclamação arquivada
NÃO
NÃO
SIMSIM
 Solução de conflito com processo judicial em andamento. 
 Distribuída a ação judicial, o juiz recebe a inicial.
 Designada a audiência de tentativa de conciliação ou mediação com antecedência mínima 
de 30 dias. 
 Expedida a citação do réu, a qual deverá ser cumprida 20 dias antes da data da audiência 
(CPC, art. 334). 
 Processo é encaminhado ao Cejusc, com a indicação do método de solução de conflitos a 
ser seguido, sendo o Setor o responsável pelo agendamento da audiência e sua realização.
 As partes são intimadas da data, hora e local da audiência de 
conciliação ou mediação pelo DJE, providência esta do Cartório 
da Vara de origem do processo judicial.
 Não será realizada conciliação ou mediação (CPC, art. 334, 
§§ 4º e 6º) se ambas as partes manifestarem, expressamente, 
desinteresse na composição consensual, bem como de todos 
os litisconsortes, e se não admitir a autocomposição.
Cejusc – Setor de solução de conflitos processual (1/2)
 Obrigatória a presença de advogados e/ou defensores públicos.
 O não comparecimento injustificado das partes (autor ou réu) à audiência de conciliação é 
considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será imposta multa de até 2% da 
vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do 
Estado (CPC, art. 334, § 8º).
 Acordo firmado submetido à homologação judicial pelo Juiz Coordenador.
 Frustrado o acordo, dá-se o prosseguimento dos trâmites processuais normais.
 Poderá ocorrer mais de uma sessão de conciliação ou mediação, não podendo exceder a 2 
meses da data da realização da primeira sessão (CPC, art. 334, § 2º).
 Após a realização da audiência, seja qual for o seu resultado, 
obtido ou não o acordo, o processo deve retornar à Vara de 
origem para deliberações.
Cejusc – Setor de solução de conflitos processual (2/2)
Fluxograma de tramitação da ação judicial no setor processual no Cejusc
Fonte: Adaptado de: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO. Núcleo de Permanente de Métodos Consensuais de 
Solução de Conflitos. Centros Judiciários de Solução de Conflitos. Apostila de Procedimentos e Sistema SAJ. Disponível 
em: http://www.tjsp.jus.br/Download/Conciliacao/Nucleo/ApostilaCEJUSC-NPMCSC.pdf. Acesso em: 5 mar. 2019.
Fluxograma – Fluxo Processual Cejusc
Cartório CartórioCejusc Cejusc
Pedido de 
conciliação
Agenda a 
audiência de 
conciliação
Realiza a 
audiência de 
conciliação
Devolve o
processo ao 
Cartório COM 
ou SEM acordo
Intima as partes 
por meio do 
Diário da Justiça 
Eletrônico - DJE
Encaminha o 
processo ao 
Cejusc com 
antecedência de 2 
dias da audiência
Devolve o processo 
ao Cartório para 
intimação das partes
Encaminha o 
processo ao 
Cejusc para a 
realização de 
audiência de 
conciliação
No tocante aos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs), assinale a 
alternativa correta abaixo: 
a) Os acordos firmados no setor de solução de conflitos pré-processual são homologados 
judicialmente e considerados títulos executivos judiciais.
b) Os acordos firmados no setor de solução de conflitos processual são homologados 
judicialmente, considerados títulos executivos judiciais e imediatamente executados neste 
mesmo setor em caso de descumprimento.
c) O setor de cidadania apenas presta serviços de assistência social e psicológica.
d) Os Cejuscs são constituídos pelos setores de solução de 
conflitos pré-processual, de conflito processual e da 
cidadania, bem como do Juizado Especial, para o caso de 
não resultar acordo.
e) Os acordos firmados no setor de solução de conflitos pré-
processual são homologados judicialmente e considerados 
títulos executivos extrajudiciais.
Interatividade
No tocante aos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs), assinale a 
alternativa correta abaixo: 
a) Os acordos firmados no setor de solução de conflitos pré-processual são homologados 
judicialmente e considerados títulos executivos judiciais.
b) Os acordos firmados no setor de solução de conflitos processual são homologados 
judicialmente, considerados títulos executivos judiciais e imediatamente executados neste 
mesmo setor em caso de descumprimento.
c) O setor de cidadania apenas presta serviços de assistência social e psicológica.
d) Os Cejuscs são constituídos pelos setores de solução de 
conflitos pré-processual, de conflito processual e da 
cidadania, bem como do Juizado Especial, para o caso de 
não resultar acordo.
e) Os acordos firmados no setor de solução de conflitos pré-
processual são homologados judicialmente e considerados 
títulos executivos extrajudiciais.
Resposta
 Negociação existe desde os tempos em que o homem passou a viver em sociedade e ocorre 
em todos os momentos de nossas vidas, fazendo parte da maioria de nossas decisões.
 Negociação “é o mecanismo de solução de conflitos com vistasà obtenção da 
autocomposição caracterizado pela conversa direta entre os envolvidos sem qualquer 
intervenção de terceiro como auxiliar ou facilitador. É uma atividade inerente à condição 
humana, pois o homem tem por hábito apresentar-se diante da outra pessoa envolvida 
sempre que possui interesse a ela ligado”
(CALMON, Petrônio. Fundamentos da Mediação e da Conciliação. 3. ed. Brasília: Gazeta Jurídica, 2015, p. 105).
 A negociação é um processo bilateral e direto de resolução de 
impasses ou de controvérsias, no qual existe o objetivo de 
alcançar um acordo conjunto, através de concessões mútuas. 
Envolve a comunicação, o processo de tomada de decisão e a 
resolução extrajudicial de uma controvérsia.
Negociação – Conceito
Qual a semelhança entre a negociação e a conciliação/mediação?
 Método autocompositivo de solução de conflitos.
Quais as diferenças entre a negociação e a conciliação/mediação? 
 Conciliação e mediação são formas de autocomposição assistidas por um terceiro.
 Negociação é forma de autocomposição direta entre as partes.
Características da negociação:
 Não há opositores ou adversários, e sim participantes. 
 Negociar não é discutir, mas sim conversar objetivando a 
solução de um conflito.
 Procedimento bilateral, involuntário e informal.
 Capítulo introdutório ao estudo de qualquer outro mecanismo 
de solução de conflitos, pois as suas ferramentas e técnicas 
podem ser usadas por outras formas consensuais e 
adjudicatórias de solução de conflitos.
 Objetiva um acordo “ganha versus ganha”.
Semelhança e diferenças entre negociação e conciliação/mediação e 
características da negociação
Universidade de Harvard (EUA) foi a pioneira no desenvolvimento do método de negociação, 
por Roger Fisher, William Ury e Bruce Patton, e que tem como base quatro premissas: 
 Pessoas 
 Interesses 
 Opções 
 Critérios
Método da Negociação
Pessoas – Separar as pessoas envolvidas do problema: 
 Separar as pessoas de suas emoções, que dificultam a comunicação com objetividade. 
Interesses – A comunicação deve se ater nos interesses das pessoas e não nas suas 
posições, indagando: 
 Como chegar aos interesses? 
 Técnica básica consistente em se colocar no lugar do outro e 
pensar em sua escolha (pergunte “por quê?”; “por que não?”) 
para reconhecer os interesses do outro como parte do 
problema, olhando para frente (futuro), e não somente para trás 
(passado).
Método de Negociação de Harvard – Premissas (1/2)
Opções – Criar várias possibilidades/várias alternativas para solução de conflito. Para criar 
opções criativas (brainstorming), é preciso: 
 Separar o ato de inventar opções do ato de julgá-las; 
 Ampliar as opções sobre a mesa, em vez de buscar uma resposta única; 
 Buscar benefícios mútuos; 
 Inventar meios de facilitar as decisões dos outros. 
(Coord. SALLES, Carlos Alberto de; LORENCINI, Marco Antônio Garcia Lopes; SILVA, Paulo Eduardo Alves da. Negociação, mediação, conciliação e 
arbitragem: curso de métodos adequados de solução de controvérsias. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020, p. 128).
Critérios – Insistir em critérios objetivos: 
 Debater sobre padrão razoável e critérios de solução objetiva, 
direta e racional, como o valor de mercado, a opinião 
especializada (técnica), os costumes, a lei, a eficiência, os 
custos, o precedente de um Tribunal, dentre outros.
Método de Negociação de Harvard – Premissas (2/2)
Quem pode negociar? 
 O titular do bem negociado ou o seu preposto ou representante, devidamente autorizado 
para tanto.
Abertura da negociação: 
 Corresponde ao primeiro valor apresentado por uma das partes, em uma negociação.
Valor limite: 
 Valor mínimo e valor máximo que devem ser observados para fins de negociação.
Posições: soluções pré-concebidas para se obter um determinado resultado, defendidas em 
uma negociação, como por exemplo: dinheiro, prazos, condições e garantias.
Alternativa de proposta: 
 Formular proposta nova (fora da mesa), caso a negociação 
entre em um impasse.
Concessão:
 Compreende no ato ou efeito de ceder algo de sua opinião ou 
direito à outra parte.
Negociação – Aspectos importantes
 Ser um bom ouvinte
 Escuta atenta e sem interrupções, facilita o entendimento da mensagem da outra pessoa e 
informações que poderão ser de valia no processo. 
 Desenvolver um espírito negocial
 O ambiente precisa ser declaradamente de negociação, respeitando o interesse das partes 
e o consenso no processo, para que se possa alcançar o objetivo planejado. 
 Planejamento
 Necessário dispender parte do tempo a estudar e entender as variáveis que possam vir a 
interferir na negociação, como recursos, prazos, metas, condições de pagamento etc.
 Almejar o melhor resultado
 Em busca de resultados com legitimidade, os objetivos 
deverão alcançar o ponto máximo de uma negociação. 
 Ser paciente
 O negociador deve ter paciência, eis que muitas vezes são 
necessárias várias rodadas de negociação para a obtenção 
de um bom acordo.
Técnicas de negociação: postura e habilidades do negociador (1/3)
 Visar à satisfação das partes
 A negociação deve resultar em um bom acordo para ambas as partes. 
 As partes devem estar comprometidas na busca de um resultado altamente satisfatório. 
 Ter cuidado com a primeira oferta
 Planejar bem as bases limites de uma negociação.
 Ser ético
 O negociador deve agir com correção e respeito, visando embates na certeza de lisura e 
resultados concretos.
 Trocar concessões
 Negociar é trocar concessões de um lado para o outro em 
busca de um acordo. 
 Ser empático
 “Rapport” significa o estabelecimento de confiança, empatia e 
cooperação em qualquer tipo de relação humana.
Técnicas de negociação: postura e habilidades do negociador (2/3)
 “Rapport”: palavra de origem francesa, que significa o estabelecimento de confiança, empatia 
e cooperação em qualquer tipo de relação humana.
 Técnica da programação neurolinguística (PNL) para obtenção da empatia e da confiança de 
alguém, sendo que também utiliza técnicas de espelhamento.
 Confiança se estabelece entre pessoas que se parecem.
 Na negociação, o negociador deve se fazer parecer com a outra pessoa, mostrando laços 
em comum, se colocando no lugar do outro.
 Qual é a razão da confiança? Empatia.
 “Rapport” utiliza técnica de espelhamento: busca obter empatia 
pela imitação física do comportamento do outro.
“Rapport” (1/2)
Elementos fundamentais para obtenção da empatia e confiança no “rapport”:
 Sorriso e otimismo.
 Chamar a pessoa pelo nome.
 Não interromper seu interlocutor, ouvindo com paciência e interesse.
 Não julgar e não falar mal de outros.
 Não fazer perguntas fechadas, com respostas “sim” ou “não”, mas perguntas abertas.
 Utilizar humor na hora e na medida certa.
 Tentar encontrar conexões e interesses comuns.
A imitação deve ser sutil, elegante e discreta, como:
 Expressões corporais: gestos e movimentos.
 Volume, espécie e ritmo das palavras.
 Expressões faciais: concordar com a cabeça enquanto a 
pessoa fala.
 Respiração.
“Rapport” (2/2)
Considerando a classificação do sistema de composição de conflitos, qual método de 
resolução de conflitos é um processo bilateral e direto de solução de impasses ou de 
controvérsias, no qual existe o objetivo de alcançar um acordo conjunto, por meio de 
concessões mútuas, sem intervenção de terceiro como auxiliar ou facilitador?
a) Autotutela ou autodefesa.
b) Autocomposição, mediação e conciliação.
c) Autocomposição, negociação.
d) Heterocomposição, jurisdição.
e) Heterocomposição, arbitragem.
Interatividade
Considerando a classificação do sistema de composição de conflitos, qual método de 
resolução de conflitos é um processo bilateral e direto de solução de impasses ou de 
controvérsias, no qual existe o objetivo de alcançar um acordo conjunto, por meio de 
concessões mútuas, sem intervenção de terceiro como auxiliarou facilitador?
a) Autotutela ou autodefesa.
b) Autocomposição, mediação e conciliação.
c) Autocomposição, negociação.
d) Heterocomposição, jurisdição.
e) Heterocomposição, arbitragem.
Resposta 
CALMON, Petronio. Fundamentos da Mediação e da Conciliação. 3. ed. Brasília: Gazeta 
Jurídica, 2015.
CARMONA, Carlos A. Arbitragem e processo: um comentário à Lei n. 9.307/96, 3. ed. 
Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2012.
CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido 
Rangel. Teoria Geral do Processo. 28. ed. São Paulo: Malheiros, 2012.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução n. 125 do CNJ. Disponível em: 
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/156. Acesso em: 03 maio 2022.
GRINOVER, Ada, P. et al. Mediação e gerenciamento do 
processo: revolução na prestação jurisdicional: guia prático para 
a instalação do setor de conciliação e mediação. Disponível em: 
Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2007.
Referências
PINHO, Humberto Dalla Bernardina, D. e Marcelo Mazzola. Manual de Mediação e Arbitragem. 
Disponível em: Minha Biblioteca, 3. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2021.
SALLES, Carlos Alberto, D. et al. Negociação, Mediação, Conciliação e Arbitragem. Disponível 
em: Minha Biblioteca, 4. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2021.
SANTOS, Moacir Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. Volume 1. 29. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2012.
SCAVONE JÚNIOR, Luiz Antonio. Arbitragem – Mediação, Conciliação e Negociação. 
Disponível em: Minha Biblioteca,10. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2020.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Vol. 1. Disponível em: 
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO. Núcleo de 
Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos. 
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Referências
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