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Flor, frutos e semente
APRESENTAÇÃO
Você verá, nesta Unidade de Aprendizagem, os aspectos envolvidos na reprodução sexuada das 
plantas. Com papel destacado neste processo, as flores notabilizam-se pela sua exuberância no 
processo de atração aos agentes polinizadores, permitindo, assim, a sequência nos processos de 
formação dos frutos e semente.
Veja, agora, algumas características deste processo. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Caracterizar macroscopicamente a flor, o fruto e a semente.•
Relacionar as partes que compõem cada estrutura.•
Destacar a importância do processo de polinização nas etapas de reprodução vegetal.•
DESAFIO
No processo de polinização há o carreamento de pólen por eventos abióticos como o vento e a 
água. Nestes processos, uma série de grãos de pólen podem atingir a espécie errada.
Como é feito o processo de controle para que este alvo errático não seja fecundado?
INFOGRÁFICO
A flor é a estrutura reprodutiva das plantas fanerógamas. Acompanhe o infográfico que 
apresenta as partes estudadas nesta Unidade de Aprendizagem.
CONTEÚDO DO LIVRO
As plantas possuem flores, frutos e sementes cujo propósito é sua reprodução, portanto 
aprofunde seu conhecimento a respeito dessas estruturas especializadas através da leitura do 
capítulo Flor, Frutos e Semente, pertencente a obra Farmacobotânica. 
Boa leitura.
FARMACOBOTÂNICA
Raquel Finkler
Flor, fruto e semente
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Caracterizar macroscopicamente a flor, o fruto e a semente.
  Relacionar as partes que compõem cada estrutura.
  Destacar a importância do processo de polinização nas etapas de 
reprodução vegetal.
Introdução
As flores, os frutos e as sementes são estruturas especializadas relacio-
nadas ao sistema reprodutivo vegetal. O conhecimento sobre as partes 
que compõem essas estruturas permite o uso de tecnologias para a 
implementação e a otimização de culturas de interesse agronômico.
Assim, neste capítulo, você vai estudar quais são as principais funções 
das flores, dos frutos e das sementes, suas classificações e as partes que as 
compõem. Você também vai verificar a importância do processo de polini-
zação das plantas para a condução de culturas e o equilíbrio do ecossistema.
Estruturas da flor, do fruto e da semente
A fl or, o fruto e a semente são elementos importantes tanto para a classifi cação 
como para a sobrevivência das plantas. Desse modo, neste item, vamos estudar 
as estruturas desses elementos.
Flor
De acordo com Aguiar (2018, p. 105), a fl or consiste em um “[...] ramo curto 
de crescimento determinado (braquiblasto), com entrenós muito curtos e 
folhas profundamente modifi cadas (metamorfoseadas), onde se consuma a 
reprodução sexuada nas angiospérmicas”. As fl ores completas apresentam 
as estruturas apresentadas no Quadro 1.
 Fonte: Adaptado de Santos (2011); Evert e Eichhorn (2016). 
Parte da flor Descrição Representação
Gineceu Parte feminina, composta 
de ovário, estilete e estigma.
ANDROCEU
GINECEU
COROLAPétala
Nectário
Antera
Filete
Estigma
Estilete
Ovário
Óvulo
(rudimento seminal)
Placenta
Pedicelo
ReceptáculoSépala(K)CÁLICE
Estigma Estrutura receptora 
de pólen.
Estilete Refere-se a um tubo 
de ligação entre 
ovário e estigma.
Ovário Estrutura localizada na 
base do carpelo, onde são 
gerados e desenvolvidos 
os gametas femininos.
Óvulo Estrutura pluricelular que 
contém no seu interior a 
oosfera (gameta feminino).
Androceu Parte masculina, refere-se 
ao conjunto de estames.
Estame Estrutura masculina onde se 
localizam o filete e a antera.
Antera Estrutura que contém dois 
pares de saco polínicos.
Filete Estrutura na forma de haste.
Pétala Folha modificada e colorida, 
tendo a função de atrair 
polinizadores; o conjunto 
de pétalas constitui a corola.
Sépala Estrutura localizada logo 
abaixo das pétalas com 
coloração verde, de forma 
geral; o conjunto de 
sépalas forma o cálice.
Receptáculo Estrutura em formato de 
disco localizada acima 
do pedúnculo floral.
 Quadro 1. Partes da flor 
Flor, fruto e semente2
As flores podem apresentar diferentes classificações de acordo com sua 
estrutura. Assim, as flores podem ser classificadas quanto aos verticilos 
florais como:
  completas — com cálice, corola, androceu e gineceu; e
  incompletas — com a ausência de um dos verticilos florais.
Segundo Aguiar (2018), a flor incompleta pode ser classificada em:
  flor nua — sem perianto;
  flor estéril — não funcional;
  flor apétala — sem pétalas; e
  flor séssil — não possui pedúnculo.
As imagens de cada tipo de flor constam na Figura 1.
Figura 1. Tipos de flores, considerando os verticilos florais: a) completa (pessegueiro); b) 
incompleta nua (salgueiro); c) incompleta apétala (freixo); d) incompleta estéril (couve-flor); 
e) incompleta séssil (jabuticaba).
Fonte: FabrikaSimf; Kuttelvaserova Stuchelova; Martin Fowler; Claire Lucia; NANCY AYUMI KUNIHIRO/
Shutterstock.com
(a) (d)
(e)
(b)
(c)
3Flor, fruto e semente
As flores também podem ser perfeitas, quando apresentam dois verticilos 
(androceu e gineceu), ou imperfeitas, com apenas um verticilo (pistilada com 
androceu e estaminada com androceu). Exemplos de flores perfeitas são a flor 
de soja e a rosa; já exemplos de flores imperfeitas são a begônia e a violeta.
Ainda, a classificação das flores pode considerar as peças florais, sendo:
  trímeras — peças em número de três ou múltiplos;
  tetrâmeras — com quatro peças ou seus múltiplos; e
  pentâmeras — com cinco peças ou seus múltiplos.
A exemplificação de cada tipo de flor considerando as peças consta na 
Figura 2.
Figura 2. Tipos de flores considerando as peças florais: a) trímera (lírio); b) tetrâmera (hor-
tênsia); c) pentâmera (laranjeira).
Fonte: Pelevina Ksinia; Maja Cvetojevic; ANCH/Shutterstock.com.
(a)
(b)
(c)
Flor, fruto e semente4
Fruto
Os frutos são órgãos presentes exclusivamente nas plantas angiospermas. Após 
a polinização, o grão de pólen é germinado dentro do carpelo e forma um tubo 
polínico, que chega ao ovário para que ocorra a fecundação. Na sequência, o 
óvulo vai formar uma semente, e o ovário vai crescer e formar o fruto. Dessa 
forma, a principal função do fruto é proteger a semente, podendo também 
contribuir para a sua dispersão.
A estrutura dos frutos é geralmente constituída por semente e pericarpo. 
O pericarpo é uma estrutura formada por três camadas: epicarpo, mesocarpo 
e endocarpo. No Quadro 2 é apresentada cada uma dessas partes do pericarpo 
e seu significado.
 Fonte: Adaptado de Sentido Global (2017).
Parte do fruto Descrição Representação
Epicarpo Corresponde à casca 
do fruto, originada a 
partir da epiderme 
externa do ovário.
Mesocarpo Formado a partir do 
tecido médio do ovário, 
com um grande 
acúmulo de substâncias 
nutritivas, sendo 
geralmente a parte 
comestível de um fruto.
Endocarpo É originado da epiderme 
interna do ovário e 
envolve a semente.
 Quadro 2. Partes do fruto 
5Flor, fruto e semente
Semente
A semente consiste em um óvulo modifi cado e desenvolvido, o qual possui um 
envoltório de células mortas, parcialmente rígido, com a função de proteção, 
denominado testa ou capa da semente. Além disso, possui um embrião inativo e 
uma reserva alimentar, denominada endosperma ou albúmen. Segundo Taiz et 
al. (2017), em algumas situações, a testa pode estar fusionada com o pericarpo 
ou parede do fruto, sendo a semente desse fato um fruto. Ainda conforme Taiz 
et al. (2017), a estrutura do embrião é relativamente simples e é formada por 
um eixo embrionário e um ou dois cotilédones. O eixo embrionário é composto 
pela radícula ou raiz embrionária, pelo hipocótilo, no qual os cotilédones estão 
aderidos, e pelo eixo caulinar, portando o primeiro primó rdio foliar (TAIZ 
et al., 2017). Ainda, ressalta-se a grande variedade de sementes conforme os 
diferentes grupos de plantas,variando de formas e tamanhos. 
Características macroscópicas da flor, do fruto e 
da semente
Flor, fruto e semente são órgãos importantes não só para a botânica, mas 
também para a sociedade, em especial para a economia (agricultura) e a subsis-
tência (alimentação). Assim, compreender suas características macroscópicas 
permitirá aplicar tais conhecimentos no desenvolvimento de culturas.
Flor
Cutler, Botha e Stevenson (2011) explicam que as fl ores têm valor ornamental 
e hortícola, mas também desempenham um papel nos estudos taxonômicos. 
Ainda, muitos estudos botânicos enfatizam a função das fl ores na reprodução 
dos vegetais.
As flores são responsáveis pela reprodução das plantas, uma vez que são 
os órgãos reprodutores das angiospermas. Segundo Appezzato-da-Glória e 
Carmello-Guerreiro (2006, p. 331), “[...] a flor é um ramo altamente modifi-
cado, apresentando apêndices especializados (folhas metamorfoseadas)”. Nas 
flores ocorre a produção de gametas (masculinos e femininos), que, quando 
fecundados, originam o fruto e a semente.
Flor, fruto e semente6
As flores podem apresentar-se nos vegetais em diferentes quantidades e 
arranjos, sendo que essas características determinam sua aparência. Appezzato-
-da-Glória e Carmello-Guerreiro (2006) comentam que as flores, apesar de 
sua importância sistemática, possuem menor variabilidade de caracteres 
morfológicos quando comparadas às folhas.
A forma como as flores se dispõem no caule das plantas é denominada 
inflorescência, sendo que esta é observada somente em angiospermas. Pode-
-se verificar, nas plantas, inflorescências solitárias (flores isoladas, como é 
o caso da tulipa e da violeta) ou inflorescências grupadas (flores agrupadas, 
como arroz e aveia). 
As inflorescências podem ser definidas por diferentes critérios. Quanto 
à ramificação, são classificadas como inflorescência simples (flores sésseis 
ou pediceladas inseridas em um eixo não ramificado) ou inflorescência com-
posta (ramificada com eixos secundários). Outro critério a ser utilizado é a 
posição da flor no caule. Assim, tem-se a inflorescência axilar (localizada 
em posição lateral, na axila da folha) e a inflorescência terminal (localizada 
na extremidade do caule). 
Conforme Aguiar (2018), a inflorescência determinada (eixo culminado 
por uma flor) subdivide-se em:
  unípara — uma flor inserida sob a flor terminal;
  bípara — duas flores sob a flor terminal; e
  multípara — mais de duas flores sob a flor terminal.
Ainda segundo Aguiar (2018), a inflorescência também pode ser classificada 
como indeterminada (eixo com crescimento indeterminado), subdividindo-se 
em:
  cacho — flores pediceladas em um eixo;
  espiga — flores sésseis em um eixo;
  corimbo — cachos com flores dispostas em plano perpendicular ao eixo;
  capítulo — formato achatado, côncavo ou convexo, com flores geral-
mente sésseis; e
  umbela — pedicelo de flores em um mesmo ponto.
A Figura 3 apresenta exemplos das inflorescências determinadas e 
indeterminadas.
7Flor, fruto e semente
Figura 3. Tipos de inflorescências: a) unípora (lírio da paz); b) bípara (cravo); c) multípora 
(coroa-de-cristo); d) cacho (bolsa-de-pastor); e) espiga (milho); f) corimbo (bisnagueira); g) 
capítulo (dente-de-leão); h) umbela (alho-poró).
Fonte: armifello; Krzysztof Dac; antoni halim; Emilio100/Shutterstock.com; Chen (2009, documento 
on-line); Luisa N. (2011, documento on-line); html; Cyrustr/Shutterstock.com; Sítio da Mata (2019, do-
cumento on-line).
(a)
(c)
(b)
(d)
(f )
(e)
(g)
(h)
Flor, fruto e semente8
Segundo Gurevitch, Scheiner e Fox (2009), a estrutura da inflorescência 
tem importância na ecologia da polinização, uma vez que pode aumentar o 
atrativo do vegetal, sem alteração das flores, bem como afetar o comportamento 
de agentes polinizadores. 
Fruto
Appezzato-da-Glória e Carmello-Guerreiro (2006) explicam que o fruto tem 
origem no ovário da fl or. Taiz et al. (2017) indicam que os frutos verdadeiros 
podem ser encontrados nas angiospermas. Os frutos podem ser classifi ca-
dos conforme apresentado no Quadro 3. Eles podem ser frutos secos, com 
pericarpo delgado e mesocarpo com pequena quantidade de água, ou frutos 
carnudos, com pericarpo espesso e mesocarpo com água. Pode-se observar 
ainda a existência de pseudofrutos, ou seja, falsos frutos. Essas estruturas têm 
origem no tecido de uma planta e não têm relação com o ovário da planta. 
Como exemplo, tem-se o morango e a amora. 
Os frutos podem ser classificados quanto à deiscência como:
  deiscentes — quando o fruto se fende para a liberação das sementes; e
  indeiscentes — quando as sementes estão dispersas inclusas no fruto.
Os frutos possuem grande representatividade no ciclo reprodutivo, visto 
que sua estrutura tem a função de proteger a semente, bem como contribuir 
para a sua disseminação. Aguiar (2018) comenta que o fruto é de importância 
para a sobrevivência e a germinação das sementes, tendo como funções:
  proteção contra parasitas e predadores;
  dispersão da semente;
  atuação no enterramento das sementes;
  disponibilização de nutrientes para o desenvolvimento da semente.
9Flor, fruto e semente
Fruto simples seco Representação
Aquênio Apresenta um carpelo e uma semente 
não aderente ao fruto (indeiscente). 
Fruto frequente na natureza. Exemplos: 
picão-grande e caju (em destaque).
Folículo Origina-se do gineceu; o apocarpo 
pode apresentar uma ou várias 
sementes (deiscente). Exemplos: 
chicha (em destaque) e esporinha.
Cápsula Formada por diversos carpelos 
(deiscente). Exemplos: frutos da 
paineira e jequitibá (em destaque).
Vagem Constituída por um carpelo e 
várias sementes (deiscente). 
Sementes dispostas em uma 
única série. Exemplos: feijão 
e ervilha (em destaque).
Síliqua Apresenta dois carpelos com sementes 
separadas por septo. Sementes 
dispostas em duas séries, sendo que 
cada uma está em uma sutura carpelar. 
Exemplos: ipê (em destaque) e agrião.
Fruto simples carnudo Representação
Baga Apresenta as sementes embebidas em 
massa carnosa, contendo uma ou várias 
sementes (deiscentes ou indeiscentes). 
Exemplos: uva (em destaque) e laranja.
 Quadro 3. Tipos de frutos 
(Continua)
Flor, fruto e semente10
Você sabia que o amadurecimento dos frutos está relacionado à mudança de cor? 
Segundo Taiz et al. (2017), os pigmentos envolvidos na mudança de cor afetam o sabor 
e o aroma. Frutos verdes estão relacionados aos pigmentos da clorofila; amarelos, 
laranjas e vermelhos têm relação com os carotenoides; vermelhos, azuis e violetas, 
com as antocianinas; e amarelos, com os flavonoides. Os frutos verdes possuem na sua 
composição taninos que, misturados a proteínas da saliva, resultam em um sabor ads-
tringente na boca. À medida que o fruto amadurece, a quantidade de taninos diminui.
Semente
Kerbauy (2017) comenta que a semente contribui para a sobrevivência das 
espécies, sendo um estágio fundamental do ciclo de vida das plantas. De acordo 
 Fonte: Taiz et al. (2017); Aguiar (2018); Appezzato-da-Glória e Carmello-Guerreiro (2006). Fonte: Taiz et 
al. (2017); Aguiar (2018); Appezzato-da-Glória e Carmello-Guerreiro (2006). 
Fonte das imagens: thanin kliangsa-ard/Shutterstock.com; Coutinho (2015, documento on-line); Rosa 
(2014, documento on-line); Zakhar Mar/Shutterstock.com; Marques (2017, documento on-line); Andrew 
Hagen; LukeLuke; topseller/Shutterstock.com.
Fruto simples seco Representação
Drupa Constituída por sementes envolvidas 
por endocarpo duro. Exemplos: 
pêssego e azeitona (em destaque).
Pomo Possui o tecido comestível 
originado de estruturas acessórias, 
tal como partes florais. Exemplos: 
maçã (em destaque) e pera.
 Quadro 3. Tipos de frutos 
(Continuação)
11Flor, fruto e semente
com Aguiar (2018, p. 134), a semente “é um primórdio seminal maduro, por 
regra, fecundado”. A semente consiste em um conjunto de esporófi to jovem 
(embrião em desenvolvimento), tecido de reserva (endosperma) e envoltório 
protetor. Ela é a unidade reprodutiva deespermatófi tas (gimnospermas e 
angiospermas), estando relacionada à sobrevivência das espécies, conforme 
lecionam Appezzato-da-Glória e Carmello-Guerreiro (2006). Aguiar (2018) 
explica que há dois tecidos de reserva nas sementes: 
  endosperma — composto por tecidos de células vivas; e
  perisperma — tecido de origem maternal.
Aguiar (2018) afirma que os conceitos botânico e agronômico de sementes 
diferem. Na agricultura, a semente engloba todas as estruturas resultantes do 
desenvolvimento da flor. Exemplificando, sementes são castanha-do-pará, 
mamona, algodoeiro, ervilha, pepino, abóbora e tomateiro; enquanto frutos são 
trigo-mourisco, cereais, avelã, nogueira, alface e girassol, conforme apontam 
Taiz et al. (2017).
De acordo com Gurevitch, Scheiner e Fox (2009), os ecólogos consideram 
o nascimento quando a semente está madura ou quando a planta-mãe des-
prende a semente. A germinação não é considerada como nascimento, uma 
vez que as sementes são novos indivíduos antes da germinação. Também, as 
sementes podem permanecer no solo por um longo período de tempo antes 
da germinação.
A polinização e o processo de reprodução 
vegetal
O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (2017, p. 22) defi ne polinização 
como sendo “[...] a transferência do pólen entre as partes masculina e feminina 
da flor que permite a fertilização e a reprodução”. Aguiar (2018) afi rma que 
essa transferência pode ocorrer entre antera e estigma (angiospermas) ou entre 
saco polínico e abertura micropilar (gimnospermas).
Nascimento et al. (2012) afirmam que a polinização é fator essencial para 
a condução de culturas, contribuindo, nesse sentido, para o aumento no pega-
mento e a melhoria da qualidade dos frutos, diminuindo índices de malforma-
ção, aumentando o teor de óleos e demais substâncias extraídas das plantas, 
uniformizando o amadurecimento de frutos e diminuindo perdas de colheitas. 
Flor, fruto e semente12
Rech et al. (2014) complementam, afirmando que a polinização está relacio-
nada a um serviço ecossistêmico, envolvendo o controle biológico, a ciclagem 
de nutrientes e a conservação da vida, entre outros aspectos. Ainda, os autores 
comentam que, em virtude dos impactos ambientais, nos últimos anos, ocorreu 
um decréscimo de populações de polinizadores, o que tornou o assunto de 
importância tanto para o meio acadêmico como para o meio econômico.
Aguiar (2018), Nascimento et al. (2012) e o Centro de Gestão e Estudos 
Estratégicos (2017) afirmam que a polinização pode ocorrer de duas formas 
básicas:
  polinização direta (autopolinização) — quando ocorre na mesma flor 
ou em outra flor da mesma planta, por meio da transferência do pólen;
  polinização cruzada — transferência de pólen entre plantas distintas.
Em plantas cultivadas, a polinização cruzada está associada à transferência 
de pólen de uma flor à outra da mesma espécie. Quando o agente polinizador é 
o vento, a polinização é denominada anemofilia. A polinização realizada pela 
água é denominada hidrofilia. As plantas zoófilas são aquelas cujos agentes 
polinizadores são animais, sendo que essa classe se divide em:
  entomófila — a polinização ocorre por meio de insetos;
  ornitófila — a polinização ocorre por meio de aves; e
  quiropterófilas — a polinização é realizada por morcegos.
Ainda, pode-se considerar como polinização artificial aquela realizada 
pelo homem.
A polinização é um processo fundamental para a sobrevivência das plantas, 
podendo ser influenciada pelas características das estruturas relacionadas ao 
ciclo reprodutivo vegetal: flores, frutos e sementes. 
13Flor, fruto e semente
AGUIAR, C. Manual de botânica – Vol I: estrutura e reprodução. Bragança: Instituto 
Politécnico, 2018.
APPEZZATO-DA-GLÓRIA, B.; CARMELLO-GUERREIRO, S.M. (ed.) Anatomia vegetal. 2. 
ed. Viçosa: Editora UFV, 2006.
CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS. Importância dos polinizadores na 
produção de alimentos e na segurança alimentar global. Brasília: CGEE, 2017.
CHEN, C.-P. Uma flor de milho. Dreamstime, 5 dez. 2009. Disponível em: <https://
pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-uma-flor-do-milho-image12182772>. Acesso 
em: 22 jan. 2019.
COUTINHO, C. A. Chichá (Sterculia striata). G1 Terra da gente, 16 fev. 2015. Disponível 
em: <http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/flora/noticia/2015/02/
chicha.html>. Acesso em: 22 jan. 2019.
CUTLER, D. F.; BOTHA, T.; STEVENSON, D. W. Anatomia vegetal: uma abordagem apli-
cada. Porto Alegre: Artmed, 2011.
EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
GUREVITCH, J.; SCHEINER, S. M.; FOX, G. A. Ecologia vegetal. Porto Alegre: Artmed, 2009.
KERBAUY, G. B. Fisiologia vegetal. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
LUISA N. Via Verde: Tulipa-africana, Bisnagueira ou Xixi-de-macaco. Multivias, 14 
fev. 2011. Disponível em: <http://multivias.blogspot.com/2011/02/via-verde-tulipa-
-africana-bisnaqueira.html>. Acesso em: 22 jan. 2019.
MARQUES, S. Ipê-branco –- árvore ornamental. Vida Selvagem e Urbana, 19 fev. 2017. 
Disponível em: <https://mundoanimalevidaselvagem.blogspot.com/2017/02/ipe-
-branco-arvore-ornamental.html>. Acesso em: 22 jan. 2019.
NASCIMENTO, W. N. et al. Utilização de agentes polinizadores na produção de se-
mentes de cenoura e pimento doce em cultivo protegido. Horticultura brasileira, v. 
30, p. 494–498, 2012.
RECH, A. R.; et al. (Org.) Biologia da polinização. Rio de Janeiro: Projeto Cultural, 2014.
ROSA, M. Os 6 frutos mais curiosos da Mata Atlântica. Ciclo Vivo, 21 ago. 2014. Disponível 
em: <https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/os-6-frutos-mais-curiosos-da-
-mata-atlantica>. Acesso em: 22 jan. 2019.
SANTOS, R. P. Síntese da morfologia da flor. In: SANTOS, R. P. Embriologia vegetal: espo-
rogênese e gametogênese nas plantas com flores. Porto Alegre: UFRGS, 2011. Disponível 
em: <https://lume-re-demonstracao.ufrgs.br/embriologia-vegetal-esporogenese/
flor1.php>. Acesso em: 19 jan. 2019.
Flor, fruto e semente14
SENTIDO GLOBAL. Frutos. 13 ago. 2017. Disponível em: <https://sentidoglobal.com/
frutos/>. Acesso em: 22 jan. 2019.
SÍTIO DA MATA. Alho Poró (Allium porrum). 2019. Disponível em: <https://www.sitio-
damata.com.br/especies-de-plantas/temperos/alho-poro-allium-porrum>. Acesso 
em: 22 jan. 2019.
TAIZ, L. et al. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
Leitura recomendada
ALMEIDA, D. et al. Plantas visitadas por abelhas e polinização. Piracicaba: ESALQ, 2003.
15Flor, fruto e semente
DICA DO PROFESSOR
A flor é a estrutura responsável pela reprodução sexuada das plantas. Para que ocorra a 
fecundação, as flores assumem cores intensas e odores marcantes, tudo isso com o único 
objetivo de atrair a atenção dos agentes polinizadores. Acompanhe alguns tópicos relevantes a 
respeito do assunto.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) A parede do fruto, denominada pericarpo é dividida em qual (is) região (ões): 
A) Exocarpo.
B) Exocarpo e mesocarpo.
C) Mesocarpo e endocarpo.
D) Exocarpo, mesocarpo e endocarpo.
E) Endocarpo.
2) Em geral, o envoltório das sementes maduras dividem-se em qual (is) região (ões)? 
A) Exocarpo.
B) Mesotesta.
C) Dotesta.
D) Pepônio. 
E) Exotesta, mesotesta e endotesta.
3) Como se chama o fruto alado, com expansões da parede do pericarpo em forma de 
asas? 
A) Pepônio.
B) Drupa.
C) Sâmara.
D) Baga.
E) Hesperídio.
4) Como se chama a estrutura de reprodução masculina onde são produzidos e 
armazenados os grãos de pólen? 
A) Pistilos.
B) Antera.
C) Carpelos.
D) Corola.
E) Cálice.
5) É uma parte constituinte da flor, situada no seu verticilo protetor mais interno. São 
estruturas normalmente membranáceas, amplas, coloridas e têm muitas funções, 
entre as quais a atração de polinizadores. Esta frase se refere a que estrutura da flor? 
 
A) Sépala.
B) Pétala.
C) Estames.
D) Carpelos.
E) Inflorescências.
NA PRÁTICA
Evolutivamente as flores desempenhamum papel primordial na natureza. Plantas 
contendo flores são muito antigas, estimativas dão conta que as primeiras flores surgiram 
na Terra há mais de 120 milhões de anos.
Tal adaptação proporcionou uma co-evolução onde ambos beneficiaram-se, resultando numa 
fonte acessível de alimento para os insetos e pássaros e ao mesmo tempo, gerando frutos com 
maior diversidade genética.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Guia de plantas visitadas por abelhas na caatinga
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Os órgãos vegetais reprodutivos: Flor, Fruto e Semente
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