Prévia do material em texto
A ORIGEM DA VIDA CINCO PERGUNTAS QUE MERECEM RESPOSTA Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc. Wallkill, New York, U.S.A. AssociaçãoTorre de Vigia de Bı́blias eTratados Cesário Lange, São Paulo, Brasil Todos os direitos reservados Made in Brazil Impresso no Brasil A ORIGEM DA VIDA CINCO PERGUNTAS QUE MERECEM RESPOSTA PERGUNTA 1 Como a vida começou? P ´AGINA 4 PERGUNTA 2 Existem formas de vida realmente simples? P ´AGINA 8 PERGUNTA 3 De onde vieram as instruções? P ´AGINA 13 PERGUNTA 4 Será que toda vida tem um ancestral em comum? P ´AGINA 22 PERGUNTA 5 Faz sentido acreditar na Bı́blia? P ´AGINA 30 Bibliografia P ´ AGINA 31 Esta publicação não é vendida. Ela faz parte de uma obra educativa bı́blica, mundial, mantida por donativos. Para fazer um donativo, acesse www.jw.org. A menos que haja outra indicação, os textos bı́blicos citados são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências. The Origin of Life —Five Questions Worth Asking Edição de 2010 Portuguese (Brazilian Edition) (lf-T) � 2010 WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETYOF PENNSYLVANIA ASSOCIAÇ ˜ AO TORRE DE VIGIA DE B ´ IBLIAS E TRATADOS Editoras Capa: Representação de uma molécula de DNA Nota: Todos os modelos tridimensionais de moléculas e estruturas moleculares são representações simplificadas e não estão em escala. Créditos: página 4: � Petit Format/Photo Researchers, Inc.; página 5: � SPL/Photo Researchers, Inc.; página 22, árvore da vida: cortesia da Biodiversity Heritage Library; página 27, crânio: � Photolibrary/age fotostock; Ida: � Martin Shields/Alamy; página 28, crânios: � Medical-on-Line/Alamy; página 29, reconstrução do Homem de Java: � The Print Collector/Alamy O DILEMA DE UM ALUNO 3 Todos os anos, situações assim ocor- rem em milhares de salas de aula no mundo inteiro. Como Pedro e outros alu- nos na mesma situação deveriam reagir? Não concorda que eles têm de chegar às suas próprias conclusões sobre esse assunto? Eles precisam examinar os ar- gumentos que apoiam a evolução e os que apoiam a criação e compará-los com o que as evidências realmente indicam para decidir no que acreditar. A Bı́blia alerta contra acreditar cega- mente no que outros ensinam. “Qualquer inexperiente põe fé em cada palavra”, diz um escritor bı́blico, “mas o argucio- so considera os seus passos”. (Provérbios 14:15) Ela incentiva os cristãos a usar sua “faculdade de raciocı́nio” e provar para si mesmos se o que outros lhes ensi- nam é verdade. — Romanos 12:1, 2. Esta brochura não foi elaborada para apoiar grupos religiosos que desejam que a doutrina da criação seja ensinada nas escolas. Seu objetivo é examinar o que di- zem aqueles que ensinam que a vida sur- giu de forma espontânea e afirmam que o relato bı́blico da criação é um mito. Concentraremos nossa atenção na cé- lula, a unidade básica da vida. Você terá a oportunidade de analisar fatos surpreen- dentes sobre a estrutura das células e será convidado a analisar as hipóteses que constituem a base da teoria da evolução. Cedo ou tarde, todos nós nos confron- tamos com a seguinte pergunta: A vida foi criada ou é produto da evolução?´ E provável que você já tenha pensado sobre esse assunto. Esta brochura apre- sentará algumas evidências que levaram muitos a acreditar que a vida foi criada. O DILEMA DE UM ALUNO Pedro está inquieto em sua cadeira e sente um frio na barriga. Sua professora, por quem ele tem muito respeito, acaba de explicar como Charles Darwin e sua teoria da evolução enriqueceram o conhecimento cientı́fico e libertaram a humanidade de crenças supersticiosas. Ela pede que os alunos deem sua opinião sobre o assunto. Pedro está diante de um dilema. Seus pais lhe ensinaram que Deus criou a Terra e toda a vida nela. Eles dizem que o relato bı́blico da criação é confiável e que a evolução não passa de uma simples teoria, ou seja, não se baseia em evidências. A professora e os pais de Pedro só querem o melhor para ele. Mas em quem Pedro deve acreditar? 4 A ORIGEM DA VIDA O que muitos cientistas afirmam? Muitos cientistas que acreditam na evolução dizem que a vida começou nas margens de águas estagnadas ou nas profundezas dos oceanos há bilhões de anos. Supõem que substâncias quı́micas se uniram espontaneamente nes- sas águas, formando estruturas semelhan- tes a bolhas, que por sua vez formaram mo- léculas complexas e passaram a se replicar (duplicar). Eles acreditam que toda a vida na Terra se originou por acaso de uma ou mais dessas primeiras células “simples”. Mas outros cientistas respeitados que também acreditam na evolução não concor- dam com isso. Supõem que as primeiras cé- lulas, ou pelo menos seus principais compo- nentes, vieram do espaço. Por que pensam dessa forma? Porque, apesar de grandes es- forços, até agora os cientistas não consegui- ram provar sua tese de que a vida pode ter surgido de moléculas sem vida. Em 2008, o professor de biologia Alexandre Meinesz trouxe à atenção esse dilema. Ele declarou 1 COMO A VIDA COMEÇOU? Quando você era criança, é provável que tenha deixado seus pais surpresos com a pergunta: “De onde vêm os bebês?” O que eles responderam? Dependendo da sua idade e da personalidade deles, ou seus pais ignoraram sua pergunta ou então ficaram sem jeito e lhe deram uma resposta breve. Pode ser que eles lhe tenham contado uma história fantasiosa, que mais tarde você descobriu ser mentira. ´ E claro que, para uma criança se preparar para a vida adulta e o casamento, em determinado momento ela terá de aprender sobre as maravilhas da reprodução humana. Assim como muitos pais relutam em falar de onde vêm os bebês, alguns cientistas relutam em considerar uma pergunta ainda mais importante: De onde se originou a vida? Uma resposta confiável a essa pergunta pode afetar profundamente o modo como uma pessoa encara a vida. Então, como a vida começou? ´ Ovulo humano fecundado, ampliado cerca de 800 vezes que ao longo dos últimos 50 anos não se encontrou “nenhuma evidência que apoie a hipótese do surgimento espontâneo de vida na Terra a partir de uma sopa molecular, e que nenhum avanço significativo no conhe- cimento cientı́fico leva nessa direção”.1 O que as evidências indicam? A respos- ta à pergunta “De onde vêm os bebês?” é fato comprovado e indiscutı́vel. Seres vi- vos surgem somente de outros seres vivos. Mas será que em algum momento no pas- sado distante essa lei fundamental foi vio- lada? A vida poderia ter realmente surgi- do por acaso de substâncias quı́micas sem vida? Quais são as chances de algo assim ter acontecido? Pesquisadores concluı́ram que, para uma célula sobreviver, pelo menos três tipos de moléculas complexas precisam funcionar em conjunto: DNA (ácido desoxirribonu- cleico), RNA (ácido ribonucleico) e proteı́- nas. Hoje, poucos cientistas afirmariam que uma célula viva completa se formou repen- tina e espontaneamente de uma mistura de substâncias quı́micas sem vida. Então, qual é a probabilidade de o RNA e as proteı́nas terem se formado por acaso?� Muitos cientistas acreditam que a vida pode ter surgido espontaneamente por cau- sa de um experimento realizado pela primei- ra vez em 1953. Naquele ano, Stanley Miller conseguiu produzir alguns aminoácidos (os componentes quı́micos essenciais das proteı́- nas) aplicando descargas elétricas em uma mistura de gases que se acreditava represen- tar a atmosfera primitiva da Terra. Além dis- so, aminoácidos também foram encontrados em um meteorito. Será que essas descobertas indicam que todos os aminoácidos poderiam facilmente ter surgido por acaso? “Alguns autores”, diz Robert Shapiro, pro- fessor emérito de quı́mica da Universidade de Nova York, “presumiram que todos os blo- cos de construção da vida [aminoácidos] po- � A probabilidade de o DNA ter se formado por acaso será analisada na seção 3, “De onde vieram as instruções?”. deriam ser formados com facilidadeem experiências como a de Miller e estavam pre- sentes em meteoritos. Mas não é o caso”.2� Analisemos a molécula de RNA. Ela é constituı́da de moléculas menores chama- das nucleotı́deos. Um nucleotı́deo é uma molécula diferente de um aminoácido e é apenas um pouco mais complexa. Shapiro diz que “nenhum nucleotı́deo de qualquer [tipo] foi apontado como produto das ex- periências com descarga elétrica ou em es- tudos de meteoritos”.3 Ele ainda acrescen- ta que a probabilidade de uma molécula de RNA autorreplicadora se formar a partir da união aleatória de elementos quı́micos bási- cos “é tão diminuta que, se ocorresse mes- mo uma única vez em qualquer ponto do Universo visı́vel, representaria um exemplo de sorte excepcional”.4 Que dizer das moléculas de proteı́na? Elas podem ser formadas de apenas 50 a até milhares de aminoácidos unidos numa sequência especı́fica. Em uma célula “simples”, uma proteı́na funcional comum � O professor Robert Shapiro não acredita que a vida foi criada. Ele crê que a vida surgiu por aca- so de algum modo ainda não entendido plenamente. Em 2009, cientistas da Universidade de Manchester, Inglaterra, declararam ter conseguido produzir alguns nucleotı́deos em laboratório. No entanto, Shapiro afir- mou: “Do meu ponto de vista, [esse estudo] definitiva- mente não encontrou o caminho para o mundo do RNA.” STANLEY MILLER, 1953 1 COMO A VIDA COMEÇOU? 5 contém 200 aminoácidos. Mesmo nessas células, há milhares de tipos de proteı́- nas. A probabilidade de uma única proteı́- na composta de apenas 100 aminoácidos se formar por acaso na Terra foi calculada em cerca de uma em 1 quatrilhão. O pesquisador Hubert Yockey, que apoia a teoria da evolução, vai além. Ele diz: “ ´ E impossı́vel que a vida tenha se origina- do apenas das proteı́nas.”5 O RNA é ne- cessário para a fabricação de proteı́nas. Mas as proteı́nas também estão envolvi- das na produção de RNA. Digamos que tanto as proteı́nas como as moléculas de RNA tivessem aparecido por acaso no mes- mo lugar e ao mesmo tempo, apesar de isso ser extremamente improvável. Qual seria a probabilidade de elas interagirem para for- mar um tipo de vida autorreplicante e au- tossustentável? “A probabilidade de isso acontecer por acaso (presumindo que hou- vesse uma mistura aleatória de proteı́nas e RNA) parece extremamente pequena”, diz a Dra. Carol Cleland,� membro do Instituto de Astrobiologia da Nasa (Administração � A Dra. Carol Cleland não é criacionista. Ela crê que a vida surgiu por acaso de algum modo ainda não entendido plenamente. Nacional de Aeronáutica e Espaço). “Mes- mo assim”, continua ela, “a maioria dos pes- quisadores supõe que, visto que conseguem compreender a questão da produção inde- pendente de proteı́nas e RNA sob condi- ções naturais primitivas, a questão da intera- ção desses elementos se resolverá de algum modo”. Em relação às atuais teorias sobre o surgimento espontâneo desses componen- tes básicos da vida, ela diz: “Ninguém con- seguiu dar uma explicação satisfatória de como isso ocorreu.”6 Por que esses fatos são relevantes? Pen- se no desafio que enfrentam os pesquisado- res que acreditam que a vida surgiu por aca- so. Eles descobriram alguns aminoácidos que também estão presentes nas células vi- vas e, em seus laboratórios, produziram ou- tras moléculas mais complexas por meio de experiências bem planejadas e controladas. Com o tempo, eles esperam produzir todas as partes necessárias para formar uma célu- la “simples”. A situação deles pode ser com- parada à de um cientista que reúne alguns elementos naturais, transforma-os em ferro, plástico, silicone e fios de metal e, por fim, constrói um robô. Daı́ o robô é programa- do para produzir cópias de si mesmo. Com isso, o que o cientista conseguiria provar? Na melhor das hipóteses, que um ser inte- ligente pode criar uma máquina impressio- nante. De modo similar, se os cientistas conse- guissem produzir uma célula, isso seria Se a criação de moléculas complexas em laboratório exige a participação de um cientista experiente, será que as moléculas muito mais complexas de uma célula surgiram por acaso? 1 2 3 O RNA – é necessário para a produção de proteı́nas —, mas as proteı́nas estão envolvidas na produção de RNA. Como poderia qualquer um deles ter surgido por acaso? E que dizer dos dois ao mesmo tempo? Falaremos sobre os ribossomos ˜ na seção 2. 6 A ORIGEM DA VIDA 1 COMO A VIDA COMEÇOU? 7 ˛ Fato: Todas as pesquisas cientı́ficas indicam que vida não pode surgir de matéria inanimada. Pense no seguinte: Que base cientı́fica existe para a teoria de que a primeira célula surgiu de substâncias quı́micas sem vida? ˛ Fato: Pesquisadores recriaram em laboratório as condições ambientais que, segundo eles, existiam na Terra primitiva. Nessas experiências, alguns cientistas conseguiram produzir certas moléculas encontradas em seres vivos. Pense no seguinte: Se as substâncias quı́micas usadas nas experiências representam o ambien- te primitivo da Terra, e se as moléculas produzi- das representam os elementos básicos da vida, quem ou o que representa o cientista que reali- zou a experiência? Será que ele representa o acaso ou um ser inteligente? ˛ Fato: As proteı́nas e as moléculas de RNA pre- cisam trabalhar em conjunto para que uma célu- la possa sobreviver. Os cientistas admitem que é muito improvável que o RNA tenha se formado por acaso e que é ainda mais improvável que isso tenha acontecido sequer com uma única proteı́na. ´ E praticamente impossı́vel que o RNA e as proteı́nas tenham sido capazes de se formar por acaso no mesmo lugar e ao mesmo tempo e daı́ terem interagido. Pense no seguinte: O que exige mais fé: acredi- tar que os milhões de partes complexas e organi- zadas de uma célula surgiram por acaso ou que a célula é produto de uma mente inteligente? ANALISE OS FATOS algo realmente fenomenal, mas provaria que uma célula pode surgir por acaso? No máximo, os cientistas conseguiriam provar o contrário, não concorda? O que você acha? Todas as evidências cientı́ficas existentes indicam que seres vi- vos surgem somente de outros seres vivos. Acreditar que mesmo uma célula “simples” possa ter surgido por acaso de substâncias quı́micas sem vida exige uma enorme dose de fé. Diante dos fatos, acha que faz sentido acreditar nessa teoria? Antes de responder, analisemos a estrutura de uma célula. Isso o ajudará a avaliar se as teorias sobre a origem da vida propostas por alguns cientistas são razoáveis ou se não passam de histórias fan- tasiosas, como as que alguns pais contam para explicar de onde vêm os bebês. Se é preciso um ser inteligente para criar e programar um robô sem vida, o que seria necessário para criar uma célula viva? E que dizer de criar um ser humano? 8 A ORIGEM DA VIDA O que muitos cientistas afirmam? Todas as células vivas podem ser classificadas em duas categorias principais: aquelas que pos- suem núcleo e aquelas que não possuem. Células humanas, animais e vegetais pos- suem núcleo. Células bacterianas, não. As células que possuem núcleo são chamadas eucarióticas e aquelas que não possuem são conhecidas como procarióticas. Visto que as células procarióticas são relativamente menos complexas que as células eucarió- ticas, muitos acreditam que as células ani- 2 EXISTEM FORMAS DE VIDA REALMENTE SIMPLES? Seu corpo é uma das estruturas mais com- plexas do Universo. Ele é constituı́do de cerca de 100 trilhões de minúsculas célu- las: células ósseas, sanguı́neas, cerebrais, e muitas outras.7 Na verdade, há mais de 200 tipos de células em seu corpo.8 Apesar da impressionante diversidade de formas e funções, suas células constituem uma rede complexa e integrada. Compa- rada a essa rede, a internet, com seus milhões de computadores e cabos de transmissão de dados em alta velocidade, é lenta e ineficiente. Nenhuma invenção humanasequer se aproxima da excelência técnica mesmo da célula mais simples. Como as células do corpo humano vieram a existir? C ´ ELULA CEREBRAL C ´ ELULAS DO OLHO C ´ ELULA ´ OSSEA C ´ ELULAS MUSCULARES GL ´ OBULOS VERMELHOS Será que os mais de 200 tipos de células do corpo humano poderiam realmente ter surgido por acaso? 2 EXISTEM FORMAS DE VIDA REALMENTE SIMPLES? 9 mais e vegetais devem ter evoluı́do de célu- las bacterianas. Na verdade, muitos ensinam que durante milhões de anos algumas células procarióti- cas “simples” engoliram outras células, mas não as digeriram. Daı́, segundo essa teoria, a “natureza” encontrou um meio não ape- nas de mudar radicalmente as funções das células ingeridas, mas também de mantê-las dentro da célula “hospedeira” quando esta se replicava.9� O que a Bı́blia diz? A Bı́blia diz que a vida na Terra é produto de uma mente inteligen- te. Observe como a lógica da Bı́blia é clara: “Cada casa, naturalmente, é construı́da por alguém, mas quem construiu todas as coi- sas é Deus.” (Hebreus 3:4) Outra passagem bı́blica diz: “Quantos são os teus trabalhos, ó Jeová! A todos eles fizeste em sabedoria. A terra está cheia das tuas produções. . . . Há ali inúmeras coisas que se movem, cria- turas viventes, tanto pequenas como gran- des.” — Salmo 104:24, 25. O que as evidências indicam? Avanços na microbiologia tornaram possı́vel obser- var em detalhes o impressionante interior das mais simples células procarióticas co- nhecidas. Cientistas evolucionistas afir- mam que as primeiras células vivas talvez fossem parecidas com essas células proca- rióticas.10 Se a teoria da evolução for verdade, ela certamente deve ter uma explicação razoá- vel sobre o surgimento espontâneo da pri- meira célula “simples”. Por outro lado, se a vida foi criada, deve haver evidências de que até mesmo a menor das criaturas é re- sultado de um projeto inteligente. Que tal conhecer o interior de uma célula procarió- � Nenhuma experiência provou que isso é possı́vel. tica? Ao fazer isso, pergunte a si mesmo se ela realmente poderia ter surgido por acaso. O “MURO” PROTETOR DA C ´ ELULA Para viajar por uma célula procariótica, você teria de encolher até ficar centenas de vezes menor que o ponto final desta frase. Uma membrana resistente e flexı́vel, com- parável ao muro de uma fábrica, impede que você entre na célula. Seriam necessá- rias cerca de 10 mil camadas dessa mem- brana para atingir a espessura de uma folha de papel. Mas a membrana de uma célu- la é muito mais complexa que um simples muro. Como assim? Da mesma forma que o muro de uma fá- brica, a membrana de uma célula protege seu interior contra um ambiente potencial- mente perigoso. No entanto, a membrana não é sólida; ela permite que a célula “respi- re”, possibilitando que moléculas pequenas, como oxigênio, entrem e saiam dela. Mas a membrana impede que moléculas mais complexas e que podem prejudicar a célula entrem sem permissão. Ela também impede que moléculas úteis saiam. Como a mem- brana consegue fazer tudo isso? Voltemos ao exemplo da fábrica. Ela tal- vez tenha seguranças que monitoram a en- trada e saı́da de produtos pelos portões de seu muro. De modo similar, a membrana Será que mesmo uma célula “simples” poderia realmente surgir de substâncias quı́micas sem vida? 10 A ORIGEM DA VIDA celular possui moléculas proteicas especiais que agem como os portões e os seguranças da fábrica. Algumas dessas proteı́nas (1) possuem um orifı́cio que permite a entrada e saı́da de tipos especı́ficos de moléculas. Outras são abertas em um lado da membrana (2) e fe- chadas na outra extremidade. Elas têm uma abertura (3) projetada para uma substância especı́fica. Quando essa substância chega, a outra extremidade da proteı́na se abre e per- mite a passagem da substância através da membrana (4). Toda essa atividade aconte- ce na superfı́cie até das células mais sim- ples. DENTRO DA F ´ ABRICA Suponha que você tenha recebido per- missão para passar pelos “seguranças” e agora está dentro da célula. O interior de uma célula procariótica está cheio de um lı́- quido rico em nutrientes, sais e outras subs- tâncias. A célula utiliza esses ingredientes básicos para fabricar os produtos de que ne- cessita. Mas esse processo não acontece de qualquer jeito. Assim como uma fábrica efi- ciente, a célula programa milhares de rea- ções quı́micas, que ocorrem numa ordem especı́fica e no momento certo. Uma célula passa grande parte de seu tempo fabricando proteı́nas. Como? Pri- meiro, a célula fabrica cerca de 20 com- ponentes básicos chamados aminoácidos. Esses componentes são entregues aos ri- bossomos (5), que podem ser compara- dos a máquinas automatizadas que unem os aminoácidos em uma sequência precisa a fim de formar uma proteı́na especı́fica. As operações de uma fábrica talvez sejam controladas por um computador central. Do mesmo modo, muitas das funções de uma célula são controladas por um “pro- grama de computador”, ou código, conheci- do como DNA (6). O ribossomo recebe do DNA uma cópia das instruções detalhadas sobre a fabricação de uma proteı́na especı́- fica (7). O que acontece à medida que a proteı́na é fabricada é impressionante! Cada proteı́- na é dobrada num formato tridimensional especı́fico (8). ´E esse formato que determi- na a função de cada proteı́na.� Imagine a li- nha de produção de peças de um motor. � As enzimas são um exemplo de proteı́nas fabrica- das pelas células. Cada enzima é dobrada em um for- mato especial para acelerar uma reação quı́mica espe- cı́fica. Centenas de enzimas agem em conjunto a fim de regular as atividades da célula. A membrana celular possui “seguranças” que permitem a entrada e saı́da apenas de substâncias especı́ficas 1 2 3 4 5 6 7 8 Cada peça tem de ser fabricada com preci- são para que o motor funcione. De modo similar, se uma proteı́na não for fabricada com precisão e dobrada no formato corre- to, ela não será capaz de cumprir sua fun- ção e pode até danificar a célula. Como a proteı́na sabe para onde deve ir? Cada proteı́na contém uma “etiqueta de endereço” que garante sua entrega no lo- cal onde ela é necessária. Embora milhares de proteı́nas sejam fabricados e entregues a cada minuto, todas as proteı́nas chegam ao destino correto. Por que esses fatos são relevantes? As moléculas complexas nas mais simples for- mas de vida não são capazes de se reprodu- zir sozinhas. Fora da célula, elas se desin- tegram. Dentro da célula, elas não podem se reproduzir sem a ajuda de outras molé- culas complexas. Por exemplo, as enzimas são necessárias para produzir o trifosfato de adenosina (ATP), uma molécula espe- cial que armazena energia. Mas a energia do ATP é necessária para produzir enzi- mas. De modo similar, o DNA, que analisa- remos na seção 3, é necessário para fabricar enzimas. Mas as enzimas são necessárias para fabricar o DNA. Além disso, outras a “fábrica” Como as proteı́nas são fabricadas Assim como uma fábrica automatizada, a célula é cheia de máquinas que produzem e despacham produtos complexos Algumas bactérias podem fazer réplicas de si mesmas em 20 minutos. Cada célula bacte- riana faz uma cópia completa do “programa de computador” que a controla e daı́ se divide. Se tivesse uma fonte inesgotável de nutrientes, uma única célula bacteriana continuaria a se multiplicar exponencialmente e, nesse ritmo, em apenas dois dias produziria um aglomerado de células com mais de 2.500 vezes o peso do planeta Terra.15 Células mais complexas tam- bém se replicam rapidamente. Por exemplo, quando você estava se desenvolvendo no úte- ro de sua mãe, novas células cerebrais se for- mavam à incrı́vel velocidade de 250 mil células por minuto!16 Em geral, fabricantes têm de abrir mão da qua- lidade de seus produtos a fim de produzi-los com rapidez. Se as células realmente surgiram por acaso,como é possı́vel que se reproduzam tão rápido e com tanta eficiência? R ´ APIDAS E EFICIENTES 12 A ORIGEM DA VIDA ˛ Fato: As extraordinariamente complexas moléculas que formam uma célula (DNA, RNA e proteı́nas) parecem ter sido projetadas para trabalhar juntas. Pense no seguinte: O que lhe parece mais provável? Que uma evolução irracional formou as complexas estruturas mostradas na página 10, ou que elas são obra de uma mente inteligente? ˛ Fato: Alguns cientistas respeitados dizem que até mesmo uma célula “simples” é complexa demais para ter surgido na Terra por acaso. Pense no seguinte: Se alguns cientistas presumem que a vida veio de uma fonte não terrena, que motivo haveria para excluir Deus como essa Fonte? ANALISE OS FATOS proteı́nas só podem ser feitas pela célula, mas a célula só pode ser feita com proteı́- nas.� O microbiologista Radu Popa não con- � Algumas células do corpo humano são feitas de cerca de 10 bilhões de moléculas proteicas11 de cente- nas de milhares de tipos.12 corda com o relato bı́blico da criação. Ain- da assim, em 2004, ele perguntou: “Como a natureza pode criar vida se nós falhamos em todos os experimentos realizados sob condições controladas?”13 Ele também dis- se: “A complexidade dos mecanismos exigi- dos para o funcionamento de uma célula viva é tão grande que parece impossı́vel que eles tenham surgido simultaneamente e por acaso.”14 O que você acha? A teoria da evolução tenta explicar que a vida na Terra surgiu sem a necessidade de intervenção divina. No entanto, quanto mais os cientistas estu- dam a vida, mais fica evidente que ela não poderia ter surgido por acaso. Para evitar esse dilema, alguns cientistas evolucionistas tratam a teoria da evolução e a questão da origem da vida como duas coisas distintas. Isso parece razoável para você? A teoria da evolução se baseia na ideia de que uma longa série de felizes coincidên- cias produziu a vida. Daı́ propõe que ou- tra série de incidentes aleatórios produziu a espantosa diversidade e complexidade de seres vivos. Mas, se a teoria não tiver um alicerce firme, o que acontecerá com as ou- tras teorias que se baseiam nela? Um arra- nha-céu construı́do sem um firme alicerce não consegue se manter de pé. O mesmo acontece com uma teoria sobre a evolução incapaz de explicar a origem da vida. Depois de analisar brevemente a estrutu- ra e o funcionamento de uma célula “sim- ples”, a que conclusão você chegou? A vida surgiu por acaso ou é resultado de um pro- jeto inteligente? Se ainda tem dúvidas, o que acha de examinar o “programa central” que controla o funcionamento de todas as células? Por causa de seu alicerce frágil, este arranha-céu está condenado. Será que o mesmo não se dá com a teoria da evolução já que ela não explica a origem da vida? 3 DE ONDE VIERAM AS INSTRUÇ ˜ OES? 13 O que muitos cientistas afirmam? Mui- tos biólogos e outros cientistas acham que o DNA e suas instruções codificadas surgi- ram de eventos aleatórios que ocorreram ao longo de milhões de anos. Afirmam que não há evidência de projeto na estrutura dessa molécula, nas informações que ela carrega e transmite ou no modo como fun- ciona.17 O que a Bı́blia diz? A Bı́blia indica que a formação das diferentes partes do corpo, bem como o momento de sua formação, estão como que registradas em um “livro” de Deus. Veja como o Rei Davi foi inspira- do a falar sobre isso, dizendo a respeito de Deus: “Teus olhos viram até mesmo meu embrião, e todas as suas partes estavam as- sentadas por escrito no teu livro, referen- te aos dias em que foram formadas, e ain- da não havia nem sequer uma entre elas.” — Salmo 139:16. O que as evidências indicam? Se a evo- lução for verdade, o DNA deve pelo me- nos conter evidências de que surgiu por acaso. Por outro lado, se a Bı́blia estiver certa, então o DNA deve ter provas con- cretas de que foi criado por alguém organi- zado e inteligente. Quando se fala do DNA em termos sim- ples, o assunto fica fácil de entender, além de ser fascinante. Então, façamos outra viagem pelo interior de uma célula. Des- sa vez, porém, visitaremos uma célula hu- mana. Imagine que está indo a um museu 3 DE ONDE VIERAM AS INSTRUÇ ˜ OES? O que determina sua aparência? E a cor de seus olhos, de seu cabelo e de sua pele? E que dizer de sua altura, constituição fı́si- ca ou semelhança com seus pais? O que diz às pontas de seus dedos que elas devem ser macias de um lado e ter unhas rı́gidas e protetoras do outro? Nos dias de Charles Darwin, as respostas a perguntas como es- sas estavam rodeadas de mistério. O próprio Darwin ficava fasci- nado pelo modo como as caracterı́sticas fı́sicas são transmitidas de uma geração a outra, apesar de saber pouco a respeito das leis da genética e menos ainda sobre os mecanismos celulares que controlam a hereditariedade. No entanto, há décadas os bió- logos vêm estudando a genética humana e as instruções detalha- das contidas na impressionante molécula de DNA (ácido desoxirri- bonucleico). Mas a questão é: De onde vieram essas instruções? 14 A ORIGEM DA VIDA projetado para ensinar sobre o funciona- mento desse tipo de célula. Todo o museu é uma réplica de uma célula humana, po- rém 13 milhões de vezes maior. Ele é do tamanho de um enorme estádio com capa- cidade para 70 mil pessoas. Você entra no museu e fica maravilha- do: esse lugar impressionante é cheio de formas e estruturas estranhas. Próximo ao centro da célula está o núcleo, uma esfe- ra da altura de um prédio de 20 andares. Você vai até lá. Você passa por uma porta na membra- na do núcleo e olha ao seu redor. Ali, se depara com 46 cromossomos, organizados em pares idênticos. Eles variam em altura; o par mais próximo de você tem a altura de um prédio de 12 andares (1). Cada cro- mossomo parece ter um estreitamento em seu meio, dando-lhe a aparência de duas linguiças unidas por uma das extremida- des. Ao mesmo tempo, eles são tão grossos quanto um tronco de árvore. Você vê o que parecem ser cordas em toda a extensão dos cromossomos. Ao se aproximar, nota que cada corda horizontal é dividida por linhas verticais. Entre essas linhas há ou- tras linhas horizontais menores (2). Será que são pilhas de livros? Não; são alças colocadas uma em cima da outra forman- do colunas. Você puxa uma dessas alças e ela se desprende com facilidade. Você fica impressionado ao ver que ela é composta de pequenas espirais (3) muito bem orga- nizadas. Entre essas espirais está a princi- pal peça de toda a estrutura, algo pareci- do a uma fita muito comprida. De que se trata? A ESTRUTURA DE UMA INCR ´ IVEL MOL ´ ECULA Vamos simplesmente chamar essa par- te do cromossomo de fita. Ela tem quase 3 centı́metros de espessura. Essa fita está bem enrolada em carretéis (4), formando espirais dentro de espirais. Essas espirais estão presas a um tipo de armação que as mantém no lugar. Uma placa no museu diz que a fita está muito bem acondiciona- da. Nessa escala, se você esticasse a fita de cada cromossomo, ela daria quase meia volta na Terra!� Um livro de ciências diz que esse efi- ciente sistema de acondicionamento é “uma extraordinária façanha de engenha- ria”.18 A ideia de que não houve nenhum engenheiro por trás dessa façanha lhe pa- rece razoável? Se esse museu possuı́sse uma enorme loja com milhões de itens à venda, dispostos de tal forma que qualquer item pudesse ser facilmente localizado, concluiria que ninguém organizou o lugar?´ E claro que não. E, comparado ao que a cé- � O livro Biologia Molecular da Célula usa uma esca- la diferente. O livro diz que armazenar essas longas fitas no núcleo de uma célula seria como tentar colo- car 40 quilômetros de uma linha muito fina dentro de uma bola de tênis, porém de maneira tão organizada que qualquer trecho dela pudesse ser facilmente en- contrado. 1 1 lula faz, organizar essa loja seria algo mui- tosimples. Outra placa o convida a pegar um tre- cho da fita e examiná-lo mais de perto (5). Ao passar a fita entre os dedos, você nota que não se trata de uma fita comum. Ela é composta de dois filamentos entrelaçados e ligados por minúsculas barras que têm o mesmo espaço entre si. A fita lembra uma escada torcida, parecida a uma escada ca- racol (6). Então você se dá conta de que está segurando um modelo da molécula de DNA, um dos grandes mistérios da vida! Uma única molécula de DNA bem acondicionada, com seus carretéis e arma- ções, forma um cromossomo. Os degraus da escada são conhecidos como pares de bases (7). O que eles fazem? Para que ser- ve tudo isso? Outra placa dá uma explica- ção simples. O MAIS AVANÇADO SISTEMA DE ARMAZENAMENTO DE DADOS O segredo do DNA, diz a placa, está em seus degraus, as barras que conectam as duas laterais da escada. Pense nessa escada dividida verticalmente ao meio. Cada lado possui metades de degraus. Existem ape- nas quatro tipos dessas metades. Os cien- tistas as denominaram A, T, G e C. Eles ficaram maravilhados ao descobrir que a ordem dessas letras transmite informações em uma espécie de código. 2 3 4 5 6 7 uma “façanha de engenharia” Como o DNA é armazenado Armazenar o DNA no núcleo é uma incrı́vel façanha de engenharia. ´ E como colocar 40 quilômetros de uma linha muito fina dentro de uma bola de tênis 16 A ORIGEM DA VIDA Você talvez saiba que o código Morse foi inventado no século 19 para que as pes- soas pudessem se comunicar por meio do telégrafo. Esse código tinha apenas duas “letras”: um ponto e um traço. Ainda as- sim, podia ser usado para formar inúmeras palavras ou frases. O DNA, por sua vez, possui um código de quatro letras. A or- dem em que as letras A, T, G e C aparecem forma “palavras”, que chamamos de có- dons. Os códons são organizados em “his- tórias” chamadas genes. Cada gene con- tém em média 27 mil letras. Esses genes e os longos espaços entre eles são orga- nizados em “capı́tulos”, os cromossomos. São necessários 23 cromossomos para for- mar o “livro” completo, ou seja, o genoma — toda a informação genética de um orga- nismo.� O genoma pode ser comparado a um enorme livro. Quanta informação esse “li- vro” pode armazenar? Ao todo, o genoma humano é formado por cerca de 3 bilhões de pares de bases, ou degraus, na esca- da de DNA.19 Imagine uma enciclopédia em que cada volume tem mais de mil pági- nas. O genoma preencheria as páginas de 428 desses volumes. Visto que cada célula possui duas cópias do genoma, seriam ne- cessários 856 volumes da enciclopédia. Se você fosse digitar todo o genoma sozinho, teria de trabalhar por perı́odo integral du- rante 80 anos, sem tirar férias!´ E claro que no final das contas todo esse trabalho de digitação seria inútil para seu corpo. Como você faria caber centenas de livros tão grandes em cada uma de seus 100 trilhões de microscópicas células? Comprimir assim tanta informação é algo que está além da nossa capacidade. Um professor de biologia molecular e ciência da computação disse: “Um grama de DNA, que se fosse desidratado ocupa- ria um espaço de aproximadamente um � As células contêm duas cópias completas do ge- noma, totalizando 46 cromossomos. centı́metro cúbico, pode armazenar tanta informação quanto cerca de 1 trilhão de CDs.”20 O que isso significa? Lembre-se de que o DNA contém os genes, ou seja, as instruções para a formação de um corpo humano. Cada célula possui um conjunto completo de instruções. O DNA armazena tanta informação que uma única colher de chá de DNA conteria instruções para for- mar cerca de 350 vezes o número de se- res humanos vivos hoje! O DNA dos 7 bi- lhões de pessoas vivas atualmente na Terra mal formaria uma fina pelı́cula na superfı́- cie dessa colher de chá.21 UM LIVRO SEM AUTOR? Apesar dos avanços na fabricação de aparelhos cada vez menores, nenhum apa- relho de armazenamento de dados feito pelo homem sequer chega perto da capa- cidade do DNA. De qualquer modo, po- demos compará-lo a um CD. Pense: um CD talvez nos impressione com seu forma- to simétrico, sua superfı́cie brilhante e seu design eficiente. ´ E evidente que pessoas replicação Como o DNA é copiado – Esta parte da máquina de enzimas divide o DNA em dois filamentos — Esta parte da máquina usa um único filamento do DNA como molde para criar um filamento duplo ˜ Um cursor em forma de anel guia e estabiliza a máquina de enzimas ™ Dois filamentos completos de DNA são formados inteligentes o projetaram. Se gravássemos instruções úteis, coerentes e detalhadas no CD para a fabricação, a manutenção e o conserto de uma máquina complexa, isso não alteraria perceptivelmente o peso ou o tamanho do disco. Ainda assim, as instruções seriam a parte mais importante dele. Você não ficaria convencido de que houve uma mente inteligente por trás de- las? Não seria necessário que alguém crias- se essas instruções? Não é um absurdo comparar o DNA a um CD ou a um livro. Na verdade, um li- vro sobre o genoma diz: “Comparar o ge- noma a um livro não é necessariamente uma metáfora. ´ E a mais pura realidade. Um livro contém informações codifica- das . . . O genoma também.” O autor acres- centa: “O genoma é um livro inteligente, porque sob condições ideais ele pode co- piar e ler a si mesmo.”22 Isso nos faz pensar sobre outro aspecto importante do DNA. M ´ AQUINAS EM FUNCIONAMENTO Enquanto está nesse ambiente silencio- so, você se pergunta se o núcleo é realmen- te tão estático como um museu. Daı́, você vê outro objeto. Acima de um mostruário de vidro contendo um modelo de DNA há uma placa que diz: “Aperte o botão para ver a demonstração.” Você aperta o bo- tão, e uma voz diz: “O DNA realiza pelo menos dois trabalhos muito importantes. O primeiro é chamado replicação. O DNA tem de ser copiado para que cada nova cé- lula tenha as mesmas informações genéti- cas. Veja a simulação a seguir.” Uma máquina complexa passa por uma das aberturas do mostruário. Trata-se na verdade de vários robôs conectados um ao outro. A máquina se prende ao DNA e co- meça a se movimentar ao longo dele como um trem sobre trilhos. Ela se movimen- ta rápido demais para que você veja exa- tamente o que ela está fazendo, mas você 1 2 2 3 3 3 4 4 Se o DNA fosse do tamanho dos trilhos de uma ferrovia, a máquina de enzimas se locomoveria a cerca de 80 quilômetros por hora 17 observa que atrás dela saem duas molécu- las completas de DNA em vez de uma. A voz explica: “Você está vendo uma versão bem simplificada do que acontece durante a replicação do DNA. Um grupo de estruturas moleculares chamadas enzi- mas percorre a extensão do DNA dividin- do-o em dois, e depois usa cada filamento como base para fabricar um novo filamen- to complementar. Não podemos mostrar todas as partes envolvidas na replicação do DNA como, por exemplo, o minúscu- lo mecanismo que vai à frente da máquina de replicação e divide o DNA de tal modo que ambos os lados possam ser espiralados livremente, mas não a ponto de ficarem muito enrolados. Também não podemos mostrar como o DNA é ‘revisado’ várias vezes. Erros são detectados e corrigidos com impressionante exatidão.” — Veja o diagrama nas páginas 16 e 17. A voz continua: “O que podemos mos- trar claramente é a velocidade em que tudo ocorre. Você viu o robô se movimen- tar em alta velocidade, certo? Na verda- de, a máquina de enzimas se movimenta ao longo dos ‘trilhos’ do DNA à velocida- de de cerca de 100 degraus, ou pares de bases, por segundo.23 Se esses ‘trilhos’ fos- sem do tamanho dos trilhos de uma ferro- via, essa ‘máquina’ se locomoveria a cerca de 80 quilômetros por hora. Nas bacté- rias, essas pequenas máquinas de replica- ção podem se mover dez vezes mais rápido do que isso! Na célula humana, um exérci- to de centenas dessas máquinas de replica- çãotrabalha em diferentes pontos do ‘tri- lho’ de DNA. Elas copiam todo o genoma em apenas oito horas.”24 — Veja o quadro “Uma molécula que pode ser lida e copia- da”, na página 20. “LEITURA” DO DNA Os robôs replicadores do DNA saem de cena e, então, surge outra máquina. Ela também se move ao longo de um trecho do DNA, só que mais devagar. Você vê a fita do DNA entrando por uma extremidade dessa máquina e saindo pela outra, sem ne- nhuma alteração. Mas um filamento total- mente novo sai por outra abertura da má- quina, como se fosse uma cauda. O que está acontecendo? A voz passa a explicar: “O segundo tra- balho do DNA é chamado transcrição. O DNA nunca sai de seu abrigo seguro, o núcleo. Então como é que os genes, as re- ceitas para a fabricação de todas as proteı́- nas que compõem seu corpo, são lidos e usados? Bem, essa máquina de enzimas en- contra um ponto no DNA onde um gene foi ativado por sinais quı́micos vindos de fora do núcleo da célula. Daı́, essa máqui- na usa uma molécula chamada RNA (áci- do ribonucleico) para fazer uma cópia des- 3 Um grama de DNA armazena tanta informação quanto 1 trilhão de CDs 18 se gene. O RNA se parece muito com um único filamento do DNA, mas não é exa- tamente igual. Seu trabalho é apanhar in- formações codificadas nos genes. O RNA adquire essa informação enquanto está dentro da máquina de enzimas, depois sai do núcleo e vai em direção a um dos ribos- somos, onde a informação será usada para formar uma proteı́na.” Enquanto assiste à demonstração, você fica impressionado com esse museu e com a engenhosidade daqueles que projetaram e construı́ram essas máquinas. Mas e se todos os objetos do museu passassem a se movimentar, demonstrando os milhares de tarefas executadas ao mesmo tempo em uma célula humana? Que espetáculo de ti- rar o fôlego isso seria! Então você se dá conta de que todo esse trabalho executado por máquinas minús- culas e complexas está sendo realizado neste exato momento em seus 100 trilhões de células! Seu DNA é lido, fornecendo instruções para a fabricação das centenas de milhares de diferentes proteı́nas que constituem seu corpo, com suas enzimas, tecidos, órgãos e assim por diante. Nes- te instante seu DNA está sendo copiado e transcrição Como o DNA é “lido” – Aqui o DNA é desenrolado. Um filamento exposto transmite informações para o RNA — O RNA “lê” o DNA, apanhando o código em um gene. O código do DNA diz à máquina de transcrição onde começar e onde parar ˜ Carregado de informações, o RNA deixa o núcleo da célula e se dirige a um ribossomo, onde transmitirá as instruções para a fabricação de uma proteı́na complexa ™ Máquina de transcrição 1 2 4 19 revisado para que um novo conjunto de instruções fique pronto para ser lido em cada célula nova. POR QUE ESSES FATOS S ˜ AO RELEVANTES? Voltemos à pergunta inicial: ‘De onde vieram es- sas instruções?’ A Bı́blia indica que esse “livro” e seu conteúdo se originam de um Autor sobre-huma- no. Será que essa conclusão está desatualizada ou não é cientı́fica? Pense no seguinte: Será que os humanos conse- guiriam construir um museu como o que acabamos de descrever? Se tentassem, certamente encontra- riam muitas dificuldades. Até hoje, pouco se sabe sobre o genoma humano e seu funcionamento. Os cientistas ainda estão tentando descobrir onde es- tão todos os genes e quais são suas funções, embo- ra os genes constituam apenas uma pequena par- te do DNA. Que dizer dos longos trechos que não contêm genes? Os cientistas costumavam chamar esses trechos de “DNA inútil”, mas recentemente G C A T C G A T G C Como o DNA pode ser lido e copiado com tanta exatidão? As quatro bases quı́micas usadas na escada de DNA (A, T, G e C) formam cada degrau sempre usando os mesmos pares: A com T, e G com C. Se um dos lados do degrau for A, o outro sempre será T; G sempre faz par com C. Assim, tendo um dos lados da escada, é possı́vel saber o outro. Por exemplo, se em um dos lados a sequência de degraus for GTCA, a do outro lado será CAGT. O comprimento de cada base é diferente, mas quando se juntam com seus complementos, formam degraus comple- tos de comprimento uniforme. Saber isso levou os cientistas a outra descoberta: o DNA foi perfeitamente projetado para ser copiado várias e várias ve- zes. A máquina de enzimas que replica o DNA capta unidades desses quatro elementos quı́micos que estão livres no núcleo da célula. Daı́, usa essas unidades para completar cada de- grau do DNA dividido. Assim, a molécula de DNA é realmente como um livro que é lido e copiado vez após vez. Na duração média de uma vida humana, o DNA é copiado cerca de 10 quatrilhões de vezes, com incrı́vel exatidão.28 UMA MOL ´ ECULA QUE PODE SER LIDA E COPIADA 21 ˛ Fato: O DNA está armazenado nos cromosso- mos de maneira tão eficiente que isso tem sido chamado de uma “façanha de engenharia”. Pense no seguinte: Como algo tão organizado assim poderia surgir por acaso? ˛ Fato: Mesmo na atual era da informática, nada se compara à capacidade de armazenamento de dados do DNA. Pense no seguinte: Se os técnicos em computa- ção não conseguem criar nada com essa capaci- dade, como é que matéria sem vida conseguiria? ˛ Fato: O DNA contém todas as instruções neces- sárias para a formação do corpo humano e para fazer sua manutenção por toda a vida. Pense no seguinte: Como essas instruções po- deriam ter surgido sem um autor, ou essa progra- mação sem um programador? ˛ Fato: Para que o DNA possa funcionar, ele tem de ser copiado, lido e verificado por várias estrutu- ras moleculares complexas chamadas enzimas, que precisam trabalhar juntas de forma precisa e numa fração de segundos. Pense no seguinte: Você acha que máquinas complexas e extremamente confiáveis poderiam surgir por acaso? Sem provas concretas, acredi- tar nisso não seria pura credulidade? ANALISE OS FATOS têm mudado de opinião sobre isso. Esses trechos talvez controlem como e até que ponto os genes são usados. E, mesmo que os cientistas conseguissem reproduzir um DNA completo e as máquinas que o co- piam e revisam, será que conseguiriam fazê- lo funcionar como um DNA de verdade? O famoso cientista Richard Feynman escreveu uma pequena frase num quadro- negro pouco antes de sua morte: “O que eu não posso criar, eu não compreendo.”25 Sua sincera humildade é incomum, e o que ele disse é um fato no caso do DNA. Os cientistas são incapazes de criar o DNA com todo o seu sistema de replicação e transcrição, e não conseguem compreen- dê-lo plenamente. Mesmo assim, alguns têm certeza de que tudo isso surgiu por aca- so. Será que as evidências que considera- mos realmente apoiam essa conclusão? Alguns estudiosos chegaram à conclu- são de que as evidências apontam em outra direção. Por exemplo, Francis Crick, cientista que ajudou a descobrir a estrutu- ra de dupla-hélice do DNA, concluiu que essa molécula é organizada demais para ter surgido por acaso. Ele propôs que seres extraterrestres inteligentes talvez tenham enviado o DNA à Terra para dar inı́cio à vida em nosso planeta.26 Mais recentemente, o famoso filósofo Antony Flew, que defendeu o ateı́smo por 50 anos, mudou completamente de opi- nião. Aos 81 anos, ele passou a expressar a crença de que alguém inteligente deve ter estado envolvido na criação da vida. Por que essa mudança de opinião? Ele estudou o DNA. Quando se perguntou a ele se sua nova linha de pensamento não seria impo- pular entre os cientistas, Flew respondeu: “ ´ E uma pena. Minha vida inteira tem sido guiada pelo princı́pio: seguir as evidências, não importa aonde elas o levem.”27 O que você acha? O que as evidências mostram? Imagine que você encontrasse uma sala de computadores no interior de uma fábrica. Um dos computadores está executando um programa que controla to- das as operações da fábrica. Além disso, o programa envia constantementeinstru- ções de como fabricar e fazer a manuten- ção de cada máquina. Também faz cópias de si mesmo e as verifica. A que conclusão você chegaria? Que o computador e seu programa fabricaram a si mesmos ou que foram produzidos por mentes inteligentes e organizadas? Sem dúvida, as evidências falam por si mesmas. O que muitos cientistas afirmam? Mui- tos dão a entender que o registro fóssil apoia a teoria de que todas as formas de vida tiveram uma origem em comum. Tam- bém afirmam que todos os seres vivos de- vem ter evoluı́do de um ancestral em co- mum, visto que possuem uma “linguagem de programação” parecida, o DNA. O que a Bı́blia diz? O relato de Gênesis diz que as plantas, as criaturas marinhas, os animais terrestres e as aves foram criados “segundo as suas espécies”. (Gênesis 1:12, 20-25) Essa descrição permite uma varia- ção dentro de uma ‘espécie’, mas também indica que há limites fixos que separam as diferentes espécies. O relato bı́blico sobre a criação também indica que novas criaturas apareceriam no registro fóssil de modo sú- bito e plenamente formadas. O que as evidências indicam? Será que as evidências apoiam a descrição bı́blica sobre a origem da vida ou Darwin estava certo? O que as descobertas dos últimos 150 anos revelam? A ´ ARVORE DE DARWIN ´ E DERRUBADA Em anos recentes, cientistas consegui- ram comparar os códigos genéticos de de- zenas de organismos unicelulares e os de plantas e animais. Eles achavam que essas comparações confirmariam a teoria da “ár- vore da vida” proposta por Darwin. Mas não foi o que aconteceu. O que as pesquisas revelaram? Em 1999, o biólogo Malcolm Gordon escreveu: “Pa- rece que a vida teve muitas origens. A árvo- re da vida universal não parece ter tido uma única raiz.” Será que há evidências de que os principais galhos da vida nasceram de um único tronco, conforme Darwin acre- ditava? Gordon continua: “A teoria tradi- cional da descendência comum parece não 4 SER ´ A QUE TODA VIDA TEM UM ANCESTRAL EM COMUM? Darwin achava que todas as formas de vida possuem um ancestral em comum. Ele imaginava a história da vida na Ter- ra como uma grande árvore. Mais tarde, outros passaram a acreditar que essa “árvore da vida” começou como um único “tronco”, ou seja, as primeiras células simples. Novas espé- cies brotaram do tronco e continuaram a se dividir em galhos (famı́lias de plantas e animais) e depois em ramos (todas as espécies dentro das famı́lias de plantas e animais existentes hoje). Foi isso o que realmente aconteceu? IN ´ ICIO DA HIST ´ ORIA DA TERRA TEMPO 122 se aplicar aos reinos atualmente reconheci- dos. Provavelmente não se aplica a muitos filos, se é que a algum, e possivelmente não se aplica a muitas classes nos filos.”29� Pesquisas recentes contradizem a teoria de Darwin de um ancestral em comum. Por exemplo, em 2009, um artigo da revista New Scientist citou as palavras do cientis- ta evolucionista Eric Bapteste: “Não temos nenhuma evidência de que a árvore da vida seja uma realidade.”30 O mesmo artigo cita o biólogo evolucionista Michael Rose: “To- dos sabemos que a teoria da árvore da vida está sendo aos poucos descartada. Mas a ideia de que todo nosso ponto de vista so- bre a biologia precisa mudar não é tão bem aceita.”31� O QUE O REGISTRO F ´ OSSIL INDICA? Muitos cientistas dizem que o registro fóssil apoia a teoria de que a vida teve uma origem em comum. Argumentam, por exemplo, que há evidências no registro fós- sil de que peixes se tornaram anfı́bios e de que répteis se tornaram mamı́feros. Mas o que o registro fóssil realmente indica? “Em vez de encontrarem evidências do desenvolvimento gradual da vida”, diz o pa- leontólogo evolucionista David Raup, “o que os geólogos dos dias de Darwin e os geólogos atuais na verdade descobriram foi � O termo biológico filo se refere a uma grande ca- tegoria de animais com as mesmas caracterı́sticas fı́si- cas. Um modo de os cientistas classificarem todas as coisas vivas é por meio de um sistema de sete grupos, cada um mais especı́fico que o anterior. O primeiro grupo é o reino, a categoria mais abrangente. A seguir vêm as categorias filo, classe, ordem, famı́lia, gênero e espécie. Por exemplo, o cavalo é classificado da se- guinte maneira: reino: Animalia; filo: Chordata; classe: Mammalia; ordem: Perissodactyla; famı́lia: Equidae; gê- nero: Equus; espécie: caballus. � Nem o artigo da revista New Scientist nem Bap- teste ou Rose sugerem que a teoria da evolução esteja errada. Antes, seu argumento é de que não há provas que apoiem a teoria da suposta árvore da vida, um dos alicerces da teoria de Darwin. Esses cientistas ainda buscam outras explicações para a evolução. um registro incompleto e irregular, ou seja, espécies surgem de repente na sequência dos fósseis, apresentam pouca ou nenhuma mudança durante sua existência no registro e, então, desaparecem abruptamente.”32 Na realidade, a grande maioria dos fós- seis demonstra que as espécies perma- neceram estáveis durante perı́odos muito longos. Os indı́cios não mostram que as es- pécies evoluı́ram de uma para outra. Novas formas de vida e caracterı́sticas fı́sicas dis- tintas apareceram de repente. Por exemplo, morcegos com sonar e sistemas de ecoloca- lização surgiram sem nenhuma ligação ób- via com um ancestral mais primitivo. De fato, mais da metade dos principais ramos da vida animal parece ter surgido num perı́odo relativamente curto. Visto que muitas formas de vida distintas surgi- ram tão repentinamente no registro fóssil, os paleontólogos se referem a esse perı́o- do como “a explosão cambriana”. Quando ocorreu o perı́odo cambriano? Suponhamos que as estimativas dos pes- quisadores estejam corretas. Nesse caso, a história da Terra poderia ser representada por uma linha do tempo do tamanho de um campo de futebol (1). Nessa escala, você te- ria de caminhar a distância equivalente a sete oitavos desse campo para chegar no ponto que os paleontólogos chamam de pe- rı́odo cambriano (2). Num pequeno trecho desse perı́odo, os principais ramos da vida animal aparecem no registro fóssil. Quanto tempo leva para eles surgirem? ` A medida que caminha pelo campo, toda a vida ani- mal surge antes de você completar sequer um passo. O surgimento relativamente instantâneo das diversas formas de vida levou alguns pesquisadores evolucionistas a questionar a versão tradicional da teoria de Darwin. Por exemplo, numa entrevista em 2008, o biólogo evolucionista Stuart Newman falou “EXPLOS ˜ AO CAMBRIANA” HOJE 2 23 sobre a necessidade de uma nova teoria da evolu- ção que explicasse o aparecimento súbito de no- vas formas de vida. Ele disse: “Acredito que a teoria de Darwin usada para explicar todas as mu- danças evolucionárias se tornará apenas mais uma de muitas teorias — talvez não necessariamente a mais importante quando se trata de compreender a macroevolução, ou seja, a evolução das princi- pais transições fı́sicas.”33 PROBLEMAS COM AS “PROVAS” Mas e quanto aos fósseis usados para mostrar que os peixes se transformaram em anfı́bios e os répteis em mamı́feros? Será que fornecem provas concretas do processo da evolução? Analisando melhor, vários problemas ficam evidentes. Primeiro, a proporção de tamanho das criaturas na sequência réptil—mamı́fero é às vezes mal repre- sentada. Nos livros, essas criaturas são apresenta- das como se tivessem tamanho similar, quando, na realidade, algumas criaturas são bem maiores que outras. Um segundo e mais sério desafio é a falta de evi- dências de que essas criaturas sejam aparentadas de alguma maneira. Espécimes colocados na se- quência muitas vezes estão separados uns dos outros por milhões de anos, segundo esti- mativas dos pesquisadores. Com relação aos perı́odos que separam muitos desses fósseis, o zoólogo Henry Gee diz: “Os in- tervalos de tempo que separam os fós- seis são tão grandes que não podemos afirmar nadasobre uma possı́vel liga- ção entre eles.”34� Falando sobre os fósseis de peixes e anfı́bios, o biólogo Malcolm Gordon afir- ma que os fósseis encontrados represen- tam apenas uma pequena, “possivelmente ı́n- fima, amostra da biodiversidade existente nesses grupos naquelas épocas”. Ele diz ainda: “Não há � Henry Gee não sugere que a teoria da evolução esteja erra- da. Seus comentários mostram que há limites quanto ao que podemos aprender do registro fóssil. CONFORME ALGUNS LIVROS MOSTRAM PROPORÇ ˜ AO REAL Por que alguns livros mudam a escala de tamanho dos fósseis, apresentando-os em uma suposta sequência? 4 SER ´ A QUE TODA VIDA TEM UM ANCESTRAL EM COMUM? 25 como saber, se é que isso é possı́vel, até que ponto esses organismos especı́ficos foram relevantes para desenvolvimentos posterio- res, ou qual talvez tenha sido seu parentes- co.”35� O QUE O “FILME” REALMENTE MOSTRA? Um artigo publicado na revista National Geographic de 2004 compara o registro fós- sil a “um filme da evolução, no qual 999 de cada mil fotogramas desaparecem”.36 Con- sidere as implicações dessa ilustração. Imagine que você encontrou 100 foto- gramas (quadros) de um filme que original- mente possuı́a 100 mil fotogramas. Como você saberia o enredo do filme? Você talvez tenha uma ideia. Mas e se apenas 5 dos 100 fotogramas pudessem ser organizados de acordo com o que você imaginou, enquan- to os outros 95 contassem uma história bem diferente? Seria razoável afirmar que sua ideia original estava certa baseando-se apenas naqueles 5 fotogramas? Seria o caso de você ter colocado aqueles 5 fotogramas numa determinada ordem só porque era a que melhor se encaixava na sua teoria? Não � Malcolm Gordon apoia a teoria da evolução. seria mais razoável permitir que os outros 95 fotogramas influenciassem sua opinião? Como essa ilustração se relaciona com o conceito dos evolucionistas sobre o re- gistro fóssil? Durante anos, pesquisadores se recusaram a admitir que a grande maio- ria dos fósseis, os 95 fotogramas do filme, mostra que as espécies mudam muito pou- co com o passar do tempo. Por que esse silêncio sobre uma evidência tão impor- tante? O escritor Richard Morris diz: “Apa- rentemente, os paleontólogos adotaram o conceito ortodoxo de mudança evolucio- nária gradual e se apegaram a ele, mesmo “Afirmar que uma sequência de fósseis re- presenta uma linhagem não é uma hipótese cientı́fica que pode ser comprovada, mas uma afirmação que tem o mesmo valor de uma história de ninar — incrı́vel, talvez até instrutiva, mas não cientı́fica.” — In Search of Deep Time—Beyond the Fossil Record to a New History of Life (Em Busca de um Tempo Distante — Além do Registro Fóssil Rumo a uma Nova História da Vida), de Henry Gee, páginas 116-117 As linhas pontilhadas mostram um suposto parentesco Pe ixe ss em ma nd ı́bu la Pe ixe sc om ca rap a ç ae ma nd ı́bu la (ex tin tos ) Pe ixe sc art ila gin os os Pe ixe só sse os An fı́b ios Ré pte is Av es Ma mı́ fer os PE RÍ OD OS GE OL ÓG IC OS ª Pe ixe ss em ma nd ı́bu la Pe ixe sc om ca rap aç ae ma nd ı́bu la (ex tin tos ) Pe ixe sc art ila gin os os Pe ixe só sse os An fı́b ios Ré pte is Av es Ma m ı́ fer os Os indı́cios fósseis existentes mostram que não há parentesco entre eles 26 A ORIGEM DA VIDA ˛ Fato: Dois conceitos fundamentais da evo- lução — o de que a vida teve uma origem em co- mum e o de que as principais estruturas fı́sicas surgiram em resultado do lento acúmulo de pe- quenas mudanças — têm sido desafiados por pesquisadores que não apoiam o relato bı́blico da criação. Pense no seguinte: Visto que os conceitos fun- damentais da teoria de Darwin causam contro- vérsia, será que a versão dele sobre a evolução pode ser honestamente considerada um fato cientı́fico? ˛ Fato: Todos os organismos vivos possuem pro- jetos similares de DNA, a “linguagem de progra- mação”, ou código, que determina a forma e as funções de sua célula ou células. Pense no seguinte: Será que essa similaridade existe, não porque esses organismos tiveram um ancestral em comum, mas porque tiveram o mesmo Projetista? ANALISE OS FATOS quando descobriram evidências do contrá- rio. Eles tentaram interpretar os indı́cios fósseis com base em ideias evolucionistas aceitas.”37 Que dizer dos evolucionistas hoje? Será que eles continuam a colocar os fósseis em uma determinada sequência, não por- que ela encontra apoio na maioria das evi- dências fósseis e genéticas, mas sim porque fazer isso está de acordo com as ideias evo- lucionistas aceitas no momento?� � Veja, por exemplo, o quadro “Que dizer da evolu- ção humana?”. O que você acha? Que conclusão se har- moniza mais com as evidências? Analise os fatos que consideramos até agora. ˛ A primeira forma de vida na Terra não era “simples”. ˛ ´ E extremamente improvável que até mes- mo os componentes de uma célula tenham surgido por acaso. ˛ O DNA, “programa de computador”, ou código, que faz a célula funcionar, é incri- velmente complexo e evidencia uma enge- nhosidade que ultrapassa qualquer progra- ma ou sistema de armazenamento de dados produzido por humanos. ˛ Pesquisas genéticas mostram que a vida não se originou de um único ancestral. Além disso, os principais grupos de ani- mais aparecem abruptamente no registro fóssil.` A luz desses fatos, você acha razoável concluir que essas evidências estão em har- monia com a explicação bı́blica sobre a ori- gem da vida? Muitas pessoas, porém, afir- mam que a ciência contradiz muito do que a Bı́blia diz sobre a criação. Será que isso é verdade? O que a Bı́blia realmente diz? Se “95 fotogramas” do registro fóssil mostram que os animais não evoluı́ram de uma espécie para outra, por que os paleontólogos organizam os “5 fotogramas” restantes de modo a parecer que foi isso o que aconteceu? Pesquise o assunto da evolução humana em livros e enciclopédias e encontrará um desenho com várias criaturas em sequência, representando a evolução do homem. A primeira é uma criatura simiesca encurvada, seguida por outras com pos- tura progressivamente mais ereta e com caixa cra- niana maior. No final da sequência, você pode ver o homem moderno. Essas representações, acom- panhadas de reportagens sensacionalistas sobre a descoberta de supostos elos perdidos, dão a im- pressão de que há muitas provas de que o homem evoluiu de criaturas simiescas. Será que essas ale- gações se baseiam em provas concretas? Veja o que pesquisadores evolucionistas dizem sobre os assuntos a seguir.� O QUE OS IND ´ ICIOS F ´ OSSEIS REALMENTE MOSTRAM ˛ Fato: No inı́cio do século 20, todos os fósseis usados para apoiar a ideia de que humanos e ma- cacos evoluı́ram de um ancestral em comum ca- biam em uma mesa de bilhar. Desde então, a quantidade desses fósseis aumentou. Hoje se diz que eles encheriam um vagão de carga.38 No en- tanto, a grande maioria deles consiste de apenas alguns ossos e dentes. Crânios completos, sem falar de esqueletos completos, são raros.39 Pergunta: Será que a maior quantidade de fósseis associados à “árvore genealógica” do homem re- solveu a questão entre os evolucionistas sobre quando e como o homem evoluiu de criaturas simiescas? Resposta: Não. Na verdade, ocorreu o contrário. Referindo-se à classificação desses fósseis, Robin Derricourt, da Universidade de Nova Gales do Sul, Austrália, escreveu em 2009: “Talvez o único con- senso a que chegamos até agora seja o de que não há nenhum consenso.”40 Em 2007, a revista Nature publicou um artigo escrito pelos descobri- � Nota: Nenhum dos pesquisadores citados neste quadro acredita no ensino bı́blico da criação. Todos acreditam na evolução. dores de outro suposto elo perdido da árvore evo- lucionária, dizendo que nada se sabe sobre quan- do ou como a linhagem hu- mana surgiu da linhagem dos macacos.41 Gyula Gyenis, pesquisador do Departamentode Antropologia Biológica, da Universidade Eötvös Loránd, Hungria, escreveu em 2002: “A classificação e localização evolucionária dos fósseis de hominı́deos são cons- tantemente debatidas.”� Ele também diz que os indı́cios fósseis colhidos até agora não nos permi- tem saber exatamente quando, onde ou como o homem evoluiu de criaturas simiescas.42 AN ´ UNCIOS DE “ELOS PERDIDOS” ˛ Fato: Com frequência a mı́dia anuncia a des- coberta de um novo “elo perdido”. Por exemplo, em 2009, um fóssil que foi chamado de Ida rece- beu atenção digna de uma “estrela do rock”, de acordo com certa revista.43 A publicidade incluı́a esta manchete do jornal britânico The Guardian: “Fóssil Ida: descoberta extraordinária de um ‘elo perdido’ da evolução humana”.44 No entanto, ape- nas alguns dias depois, a revista cientı́fica britâni- ca New Scientist disse: “Ida não é um ‘elo perdido’ da evolução humana.”45 Pergunta: Por que cada nova descoberta de um “elo perdido” recebe ampla atenção da mı́dia, ao passo que quando esse fóssil é removido da “árvo- re genealógica” isso raramente é mencionado? Resposta: Falando a respeito dos que fazem es- sas descobertas, Robin Derricourt, mencionado � O termo “hominı́deo” é usado para descrever a espécie que, segundo os pesquisadores evolucionistas, deu origem à famı́lia humana e às espécies pré-históricas semelhantes a humanos. Que dizer da evolução humana? 28 A ORIGEM DA VIDA antes, diz: “O chefe de uma equipe de pesqui- sas talvez precise dar muita ênfase à singula- ridade e ao drama de uma ‘descoberta’ para atrair fundos de outras fontes fora do cı́rculo acadêmico, e os pesquisadores são estimula- dos pela mı́dia eletrônica e impressa, que por sua vez está em busca de uma história dra- mática.”46 GRAVURAS E MODELOS DO HOMEM-MACACO ˛ Fato: Gravuras em livros e museus com fre- quência apresentam os supostos ancestrais dos humanos com feições, cor de pele e quantidade de pelos caracterı́sticas. Essas gravuras em geral mostram os “ancestrais” mais antigos com caracterı́sticas semelhan- tes às do macaco, e os supostamente mais próximos do homem com feições, cor de pele e pelo mais parecidos aos dos humanos. Pergunta: Os cientistas podem realmente re- produzir essas caracterı́sticas baseando-se nos restos fossilizados que encontram? Resposta: Não. Em 2003, o especialista forense Carl Stephan, que trabalha no Depar- tamento de Ciências Anatômicas da Universi- dade de Adelaide, Austrália, escreveu: “As faces de primitivos ancestrais do homem não podem ser reproduzidas ou avaliadas com exatidão.” Ele disse que as tentativas de fa- zer isso baseando-se nos macacos atuais “provavelmente serão tendenciosas, grossei- ramente inexatas e inválidas”. O que ele con- cluiu? “Quaisquer ‘reconstruções’ faciais dos primitivos hominı́deos têm grande probabili- dade de estar equivocadas.”47 INTELIG ˆ ENCIA E TAMANHO DO C ´ EREBRO ˛ Fato: O tamanho do cérebro de um suposto ancestral dos humanos é uma das principais maneiras de os evolucionistas determinarem se o suposto parentesco entre esse ancestral e os humanos é distante ou próximo. Pergunta: O tamanho do cérebro é um indi- cador confiável de inteligência? Resposta: Não. Um grupo de pesquisadores que usou o tamanho do cérebro como base para determinar quais criaturas extintas eram parentes mais próximos do homem admitiu que ao fazer isso eles “se sentiram como se estivessem pisando em um solo instável”.48 Por quê? Veja o que a revista Scientific Ameri- can Mind disse em 2008: “Os cientistas não conseguiram encontrar uma correlação entre o tamanho relativo e absoluto do cérebro e a inteligência de humanos e de outras espécies animais. Também não foram capazes de en- contrar um paralelo entre inteligência e o ta- manho de regiões especı́ficas do cérebro nem a existência delas. A exceção talvez seja a área de Broca, que comanda a fala nos se- res humanos.”49 O que você acha? Por que os cientistas ali- nham os fósseis usados na sequência maca- co—homem de acordo com o tamanho do cérebro quando se sabe que isso não é um indicador confiável de inteligência? Será que eles estão tentando fazer com que as provas se encaixem em sua teoria? E por que os pes- quisadores constantemente debatem sobre quais fósseis devem ser incluı́dos na “árvore genealógica” humana? Não seria o caso de esses fósseis estudados serem apenas o que parecem realmente ser, ou seja, espécies ex- tintas de macacos? O que dizer, porém, do homem de Nean- dertal, fóssil semelhante aos seres humanos, frequentemente apresentado como prova de que uma espécie de homem-macaco existiu? Os pesquisadores estão começando a mudar seu ponto de vista sobre o que o homem de Neandertal realmente era. Em 2009, Milford Wolpoff escreveu na revista American Journal of Physical Anthropology que “o homem de Neandertal deve ter sido uma autêntica raça de seres humanos.”50 Observadores sinceros reconhecem que o or- gulho, o dinheiro e a necessidade de atenção da mı́dia influenciam o modo como as “pro- vas” da evolução humana são apresentadas. Você está disposto a depositar sua confiança nessas “provas”? 4 SER ´ A QUE TODA VIDA TEM UM ANCESTRAL EM COMUM? 29 O QUE H ´ A DE ERRADO NESTA GRAVURA? ˛ Gravuras como esta são baseadas em ideias pré-concebidas e suposições de pesquisadores e artistas, não em fatos.51 ˛ A maioria desses desenhos se baseia em crânios incompletos e alguns dentes. Crânios completos, sem falar de esqueletos completos, são raros. ˛ Não há consenso entre os pesquisadores sobre como os fósseis de várias criaturas devem ser classificados. ˛ Os artistas não podem reproduzir com exatidão feições, cor de pele e pelos dessas criaturas extintas. ˛ Cada criatura é colocada numa determinada posição na linha que leva ao homem moderno de acordo principalmente com o tamanho da caixa craniana. Isso é feito apesar da evidência de que o tamanho do cérebro não é um indicador confiável de inteligência. 30 A ORIGEM DA VIDA Ao ler esta brochura, ficou surpreso ao ver que o que a Bı́blia diz é cientifica- mente exato? Muitas pessoas ficam. Elas também se surpreendem ao aprender que a Bı́blia não diz algumas das coisas que muitas religiões atribuem a ela. Algumas religiões afirmam, por exemplo, que a Bı́- blia ensina que Deus fez o Universo e toda a vida nele em apenas seis dias de 24 horas. Mas, na verdade, não há nada na Bı́blia que contradiga as diferentes es- timativas dos cientistas sobre a idade do Universo ou da Terra.� Além disso, o breve relato bı́blico so- bre como Deus criou a vida neste plane- ta dá ampla margem para teorias e pes- quisas cientı́ficas. A Bı́blia diz que Deus criou toda a vida, e que as coisas vivas foram feitas “segundo as suas espécies”. (Gênesis 1:11, 21, 24) Essas afirmações � Para mais informações, veja a brochura A Vida — Teve um Criador?, publicada pelas Testemunhas de Jeová. talvez estejam em conflito com certas teorias cientı́ficas, mas concordam com fatos cientı́ficos já comprovados. A histó- ria da ciência mostra que as teorias vão e vêm, mas os fatos permanecem. Há muitas pessoas, porém, que deixam de pesquisar a Bı́blia porque estão de- cepcionadas com a religião. Elas olham para as religiões e veem hipocrisia, cor- rupção e envolvimento nas guerras. Mas seria justo julgar a Bı́blia pelo compor- tamento de alguns que afirmam segui-la? Muitos cientistas sinceros e de bom cora- ção ficam horrorizados pelo modo como pessoas violentas usam a teoria da evolu- ção para justificar suas ideias racistas. Se- ria justo julgar a teoria da evolução ba- seando-se nisso? Com certeza é melhor investigar o que a teoria afirma e compa- rar com a evidência disponı́vel. Incentivamos você a fazer o mesmo com a Bı́blia. Talvez fique surpreso ao aprender que os ensinos da Bı́blia são 5 FAZ SENTIDO ACREDITAR NA B ´ IBLIA? Você já se enganou a respeito de uma pessoa? Talveztenha ouvido outros falarem a respeito dela. Pode ser que você tenha ficado com má impressão dela, mas ao conhecê-la pessoalmente descobriu que os outros estavam equivocados. De modo similar, muitos têm se equivocado a respeito da Bı́blia. Muitas pessoas cultas menosprezam a Bı́blia. Sabe por quê? Com frequência, esse livro é apresentado ou citado de uma maneira que o faz parecer ilógico, não cientı́- fico ou simplesmente equivocado. Seria o caso de as pessoas estarem enganadas a respeito da Bı́blia? 1. Como a vida começou? 1. How Life Began—Evolution’s Three Geneses, de Alexandre Meinesz, traduzi- do para o inglês, por Daniel Simberloff, 2008, pp. 30-33, 45. a. Life Itself—Its Origin and Nature, de Francis Crick, 1981, pp. 15-16, 141-153. 2. Scientific American, “Uma origem mais simples da vida”, de Robert Shapiro, junho de 2007, p. 48. a. The New York Times, “A Leading Mystery of Life’s Origins Is Seemingly Solved”, de Nicholas Wade, 14 de maio de 2009, p. A23. 3. Scientific American, junho de 2007, p. 48. 4. Scientific American, junho de 2007, pp. 47, 49-50. 5. Information Theory, Evolution, and the Origin of Life, de Hubert P. Yockey, 2005, p. 182. 6. NASA’s Astrobiology Magazine, “Life’s Working Definition—Does It Work?” (http://www.nasa.gov/ vision/universe/starsgalaxies/ life’s�working�definition.html), acessado em 17/3/2009. 2. Existem formas de vida realmente simples? 7. Princeton Weekly Bulletin, “Nuts, Bolts of Who We Are”, de Steven Schultz, 1.° de maio de 2000, (http://www.prince- ton.edu/pr/pwb/00/0501/ p/brain.shtml), acessado em 27/3/2009. a. “The Nobel Prize in Physiology or Medicine 2002”, Press Release, 7 de ou- tubro de 2002, (http://nobelprize.org/ nobel�prizes/medicine/laureates/2002/ press.html), acessado em 27/3/2009. 8. “The Nobel Prize in Physiology or Medicine 2002,” 7 de outubro de 2002. 9. Encyclopædia Britannica, CD 2003, “Cell”, “The Mitochondrion and the Chloroplast”, subtı́tulo, “The Endosym- biont Hypothesis.” 10. How Life Began—Evolution’s Three Geneses, p. 32. 11. Molecular Biology of the Cell, segunda edição, de Bruce Alberts et al, 1989, p. 405. 12. Molecular Human Reproduction, “The Role of Proteomics in Defining the Human Embryonic Secretome”, de M. G. Katz-Jaffe, S. McReynolds, D. K. Gardner e W. B. Schoolcraft, 2009, p. 271. 13. Between Necessity and Probability: Searching for the Definition and Origin of Life, de Radu Popa, 2004, p. 129. 14. Between Necessity and Probability: Searching for the Definition and Origin of Life, pp. 126-127. BIBLIOGRAFIA bem diferentes dos da maioria das reli- giões. Longe de promover a guerra e a violência étnica, a Bı́blia ensina que os servos de Deus devem rejeitar a guerra e até mesmo o ódio que gera esse tipo de violência. (Isaı́as 2:2-4; Mateus 5:43, 44; 26:52) Longe de promover o fanatismo e a credulidade, a Bı́blia ensina que a ver- dadeira fé é baseada em provas e que a faculdade de raciocı́nio é essencial para servir a Deus. (Romanos 12:1; Hebreus 11:1) Longe de desestimular a curiosida- de, a Bı́blia nos incentiva a investigar as questões mais fascinantes que têm desa- fiado a humanidade. Por exemplo, já se perguntou: ‘Se Deus existe, por que ele permite a perversida- de?’ A Bı́blia responde a essa e a muitas outras perguntas de modo satisfatório.� Incentivamos você a continuar na sua bus- ca pela verdade. Poderá encontrar respos- tas emocionantes e razoáveis, baseadas em provas convincentes. E com certeza isso não será mero acaso. � Veja o capı́tulo 11 do livro O Que a Bı́blia Real- mente Ensina?, publicado pelas Testemunhas de Jeová. lf- T 1 7 0 6 1 4 Para mais informações, acesse www.jw.org ou contate as Testemunhas de Jeová. s (Quadro) Rápidas e eficientes 15. Origin of Mitochondria and Hydro- genosomes, de William F. Martin e Miklós Müller, 2007, p. 21. 16. Brain Matters—Translating Research Into Classroom Practice, de Pat Wolfe, 2001, p. 16. 3. De onde vieram as instruções? 17. Research News Berkeley Lab, (http://www.lbl.gov/Science-Articles/ Archive/LSD-molecular-DNA.html), artigo: “Molecular DNA Switch Found to Be the Same for All Life”, contato: Lynn Yarris, p. 1 de 4; acessado em 10/2/2009. 18. Life Script, de Nicholas Wade, 2001, p. 79. 19. Bioinformatics Methods in Clinical Re- search, editado por Rune Matthiesen, 2010, p. 49. 20. Scientific American, “Computing With DNA”, de Leonard M. Adleman, agosto de 1998, p. 61. 21. Nano Letters, “Enumeration of DNA Molecules Bound to a Nanomechanical Oscillator”, de B. Ilic, Y. Yang, K. Au- bin, R. Reichenbach, S. Krylov e H. G. Craighead, Vol. 5, n.° 5, 2005, pp. 925, 929. 22. Genome—The Autobiography of a Species in 23 Chapters, de Matt Ridley, 1999, pp. 7-8. 23. Essential Cell Biology, segunda edi- ção, de Bruce Alberts, Dennis Bray, Karen Hopkin, Alexander Johnson, Julian Lewis, Martin Raff, Keith Roberts e Peter Walter, 2004, p. 201. 24. Molecular Biology of the Cell, quarta edição, de Bruce Alberts et al, 2002, p. 258. 25. No Ordinary Genius—The Illustrated Richard Feynman, editado por Christo- pher Sykes, 1994, foto sem número de página fornecido; veja legenda. a. New Scientist, “Second Genesis—Life, but Not As We Know It”, de Bob Holmes, 11 de março de 2009, (http://www.newscientist.com/article/ mg20126990.100) acessado em 11/3/2009. 26. The Search for Extraterrestrial Intel- ligence—A Philosophical Inquiry, de David Lamb, 2001, p. 83. 27. Associated Press Newswires, “Fa- mous Atheist Now Believes in God”, de Richard N. Ostling, 9 de dezembro de 2004. (Quadro) Uma molécula que pode ser lida e copiada 28. Intelligent Life in the Universe, segun- da edição, de Peter Ulmschneider, 2006, p. 125. 4. Será que toda vida tem um ancestral em comum? 29. Biology and Philosophy, “The Con- cept of Monophyly: A Speculative Es- say”, de Malcolm S. Gordon, 1999, p. 335. 30. New Scientist, “Uprooting Darwin’s Tree”, de Graham Lawton, 24 de janeiro de 2009, p. 34. 31. New Scientist, 24 de janeiro de 2009, pp. 37, 39. 32. Field Museum of Natural History Bul- letin, “Conflicts Between Darwin and Paleontology”, de David M. Raup, janei- ro de 1979, p. 23. 33. Archaeology, “The Origin of Form Was Abrupt Not Gradual”, de Suzan Mazur, 11 de outubro de 2008, (www.archaeology.org/online/ interviews/newman.html), acessado em 23/2/2009. 34. In Search of Deep Time—Beyond the Fossil Record to a New History of Life, de Henry Gee, 1999, p. 23. 35. Biology and Philosophy, p. 340. 36. National Geographic, “Indı́cios fós- seis”, novembro de 2004, p. 61. 37. The Evolutionists—The Struggle for Darwin’s Soul, de Richard Morris, 2001, pp. 104-105. (Quadro) Que dizer da evolução humana? 38. The Human Lineage, de Matt Cartmill e Fred H. Smith, 2009, prefá- cio, p. xi. 39. Fossils, Teeth and Sex—New Perspec- tives on Human Evolution, de Charles E. Oxnard, 1987, prefácio, pp. xi, xii. a. From Lucy to Language, de Donald Johanson e Blake Edgar, 1996, p. 22. b. Anthropologie, XLII/1, “Palaeodemog- raphy and Dental Microwear of Homo Habilis From East Africa”, de Laura M. Martı́nez, Jordi Galbany e Alejandro Pérez-Pérez, 2004, p. 53. c. In Search of Deep Time—Beyond the Fossil Record to a New History of Life, p. 22. 40. Critique of Anthropology, Volu- me 29(2), “Patenting Hominins—Taxo- nomies, Fossils and Egos”, de Robin Derricourt, 2009, pp. 195-196, 198. 41. Nature, “A New Species of Great Ape From the Late Miocene Epoch in Ethiopia”, de Gen Suwa, Reiko T. Kono, Shigehiro Katoh, Berhane Asfaw e Yo- nas Beyene, 23 de agosto de 2007, p. 921. 42. Acta Biologica Szegediensis, Volu- me 46(1-2), “New Findings—New Pro- blems in Classification of Hominids,” de Gyula Gyenis, 2002, pp. 57, 59. 43. New Scientist, “A Fine Fossil—But a Missing Link She’s Not”, de Chris Bead, 30 de maio de 2009, p. 18. 44. The Guardian, London, “Fossil Ida: Extraordinary Find Is ‘Missing Link’ in Human Evolution”, de James Rander- son, 19 de maio de 2009, (http://www.- guardian.co.uk/science/2009/may/19/ ida-fossil-missing-link), acessado em 25/8/2009.45. New Scientist, 30 de maio de 2009, pp. 18-19. 46. Critique of Anthropology, Volu- me 29(2), p. 202. 47. Science and Justice, Vol. 43, n.° 4, (2003) seção, Forensic Anthropology, “Anthropological Facial ‘Reconstruc- tion’—Recognizing the Fallacies, ‘Unem- bracing’ the Errors e Realizing Method Limits”, de C. N. Stephan, p. 195. 48. The Human Fossil Record—Volume Three, de Ralph L. Holloway, Douglas C. Broadfield e Michael S. Yuan, 2004, prefácio xvi. 49. Scientific American Mind, “Intelli- gence Evolved”, de Ursula Dicke e Ger- hard Roth, agosto/setembro de 2008, p. 72. 50. American Journal of Physical Anthro- pology, “How Neandertals Inform Hu- man Variation”, de Milford H. Wolpoff, 2009, p. 91. 51. Conceptual Issues in Human Modern Origins Research, editores G. A. Clark e C. M. Willermet, 1997, pp. 5, 60. a. Wonderful Life—The Burgess Shale and the Nature of History, de Stephen Jay Gould, 1989, p. 28. http://www.jw.org/finder?wtlocale=T&srcid=pdf