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A ORIGEM DA VIDA
CINCO PERGUNTAS QUE MERECEM RESPOSTA
Watchtower Bible and Tract Society
of New York, Inc.
Wallkill, New York, U.S.A.
AssociaçãoTorre de Vigia de Bı́blias
eTratados
Cesário Lange, São Paulo, Brasil
Todos os direitos reservados
Made in Brazil
Impresso no Brasil
A ORIGEM DA VIDA
CINCO PERGUNTAS QUE MERECEM RESPOSTA
PERGUNTA 1 Como a vida começou? P ´AGINA 4
PERGUNTA 2 Existem formas de vida realmente simples? P ´AGINA 8
PERGUNTA 3 De onde vieram as instruções? P ´AGINA 13
PERGUNTA 4 Será que toda vida tem um ancestral em comum? P ´AGINA 22
PERGUNTA 5 Faz sentido acreditar na Bı́blia? P ´AGINA 30
Bibliografia P
´
AGINA 31
Esta publicação não é vendida. Ela faz
parte de uma obra educativa bı́blica,
mundial, mantida por donativos.
Para fazer um donativo, acesse
www.jw.org.
A menos que haja outra indicação,
os textos bı́blicos citados são da
Tradução do Novo Mundo das
Escrituras Sagradas com Referências.
The Origin of Life
—Five Questions Worth Asking
Edição de 2010
Portuguese (Brazilian Edition) (lf-T)
� 2010
WATCH TOWER BIBLE AND TRACT
SOCIETYOF PENNSYLVANIA
ASSOCIAÇ
˜
AO TORRE DE VIGIA DE
B
´
IBLIAS E TRATADOS
Editoras
Capa: Representação de uma molécula de DNA
Nota: Todos os modelos tridimensionais
de moléculas e estruturas moleculares são
representações simplificadas e não estão em
escala.
Créditos: página 4: � Petit Format/Photo
Researchers, Inc.; página 5: � SPL/Photo
Researchers, Inc.; página 22, árvore da vida:
cortesia da Biodiversity Heritage Library;
página 27, crânio: � Photolibrary/age fotostock;
Ida: � Martin Shields/Alamy; página 28, crânios:
� Medical-on-Line/Alamy; página 29,
reconstrução do Homem de Java: � The Print
Collector/Alamy
O DILEMA DE UM ALUNO 3
Todos os anos, situações assim ocor-
rem em milhares de salas de aula no
mundo inteiro. Como Pedro e outros alu-
nos na mesma situação deveriam reagir?
Não concorda que eles têm de chegar
às suas próprias conclusões sobre esse
assunto? Eles precisam examinar os ar-
gumentos que apoiam a evolução e os
que apoiam a criação e compará-los com
o que as evidências realmente indicam
para decidir no que acreditar.
A Bı́blia alerta contra acreditar cega-
mente no que outros ensinam. “Qualquer
inexperiente põe fé em cada palavra”,
diz um escritor bı́blico, “mas o argucio-
so considera os seus passos”. (Provérbios
14:15) Ela incentiva os cristãos a usar
sua “faculdade de raciocı́nio” e provar
para si mesmos se o que outros lhes ensi-
nam é verdade. — Romanos 12:1, 2.
Esta brochura não foi elaborada para
apoiar grupos religiosos que desejam que
a doutrina da criação seja ensinada nas
escolas. Seu objetivo é examinar o que di-
zem aqueles que ensinam que a vida sur-
giu de forma espontânea e afirmam que
o relato bı́blico da criação é um mito.
Concentraremos nossa atenção na cé-
lula, a unidade básica da vida. Você terá a
oportunidade de analisar fatos surpreen-
dentes sobre a estrutura das células e será
convidado a analisar as hipóteses que
constituem a base da teoria da evolução.
Cedo ou tarde, todos nós nos confron-
tamos com a seguinte pergunta: A vida
foi criada ou é produto da evolução?´
E provável que você já tenha pensado
sobre esse assunto. Esta brochura apre-
sentará algumas evidências que levaram
muitos a acreditar que a vida foi criada.
O DILEMA DE UM ALUNO
Pedro está inquieto em sua cadeira e sente um frio na barriga. Sua professora, por
quem ele tem muito respeito, acaba de explicar como Charles Darwin e sua teoria
da evolução enriqueceram o conhecimento cientı́fico e libertaram a humanidade de
crenças supersticiosas. Ela pede que os alunos deem sua opinião sobre o assunto.
Pedro está diante de um dilema. Seus pais lhe ensinaram que Deus criou a Terra
e toda a vida nela. Eles dizem que o relato bı́blico da criação é confiável e que a
evolução não passa de uma simples teoria, ou seja, não se baseia em evidências.
A professora e os pais de Pedro só querem o melhor para ele. Mas em quem Pedro
deve acreditar?
4 A ORIGEM DA VIDA
O que muitos cientistas afirmam? Muitos
cientistas que acreditam na evolução dizem
que a vida começou nas margens de águas
estagnadas ou nas profundezas dos oceanos
há bilhões de anos. Supõem que substâncias
quı́micas se uniram espontaneamente nes-
sas águas, formando estruturas semelhan-
tes a bolhas, que por sua vez formaram mo-
léculas complexas e passaram a se replicar
(duplicar). Eles acreditam que toda a vida
na Terra se originou por acaso de uma ou
mais dessas primeiras células “simples”.
Mas outros cientistas respeitados que
também acreditam na evolução não concor-
dam com isso. Supõem que as primeiras cé-
lulas, ou pelo menos seus principais compo-
nentes, vieram do espaço. Por que pensam
dessa forma? Porque, apesar de grandes es-
forços, até agora os cientistas não consegui-
ram provar sua tese de que a vida pode ter
surgido de moléculas sem vida. Em 2008,
o professor de biologia Alexandre Meinesz
trouxe à atenção esse dilema. Ele declarou
1
COMO A VIDA COMEÇOU?
Quando você era criança, é provável que tenha deixado seus pais surpresos com a
pergunta: “De onde vêm os bebês?” O que eles responderam? Dependendo da
sua idade e da personalidade deles, ou seus pais ignoraram sua pergunta ou
então ficaram sem jeito e lhe deram uma resposta breve. Pode ser que eles lhe
tenham contado uma história fantasiosa, que mais tarde você descobriu ser
mentira.
´
E claro que, para uma criança se preparar para a vida adulta e o
casamento, em determinado momento ela terá de aprender sobre as maravilhas
da reprodução humana.
Assim como muitos pais relutam em falar de onde vêm os bebês, alguns cientistas
relutam em considerar uma pergunta ainda mais importante: De onde se originou
a vida? Uma resposta confiável a essa pergunta pode afetar profundamente o
modo como uma pessoa encara a vida. Então, como a vida começou?
´
Ovulo humano fecundado, ampliado
cerca de 800 vezes
que ao longo dos últimos 50 anos não se
encontrou “nenhuma evidência que apoie a
hipótese do surgimento espontâneo de vida
na Terra a partir de uma sopa molecular, e
que nenhum avanço significativo no conhe-
cimento cientı́fico leva nessa direção”.1
O que as evidências indicam? A respos-
ta à pergunta “De onde vêm os bebês?” é
fato comprovado e indiscutı́vel. Seres vi-
vos surgem somente de outros seres vivos.
Mas será que em algum momento no pas-
sado distante essa lei fundamental foi vio-
lada? A vida poderia ter realmente surgi-
do por acaso de substâncias quı́micas sem
vida? Quais são as chances de algo assim ter
acontecido?
Pesquisadores concluı́ram que, para uma
célula sobreviver, pelo menos três tipos de
moléculas complexas precisam funcionar
em conjunto: DNA (ácido desoxirribonu-
cleico), RNA (ácido ribonucleico) e proteı́-
nas. Hoje, poucos cientistas afirmariam que
uma célula viva completa se formou repen-
tina e espontaneamente de uma mistura de
substâncias quı́micas sem vida. Então, qual
é a probabilidade de o RNA e as proteı́nas
terem se formado por acaso?�
Muitos cientistas acreditam que a vida
pode ter surgido espontaneamente por cau-
sa de um experimento realizado pela primei-
ra vez em 1953. Naquele ano, Stanley Miller
conseguiu produzir alguns aminoácidos (os
componentes quı́micos essenciais das proteı́-
nas) aplicando descargas elétricas em uma
mistura de gases que se acreditava represen-
tar a atmosfera primitiva da Terra. Além dis-
so, aminoácidos também foram encontrados
em um meteorito. Será que essas descobertas
indicam que todos os aminoácidos poderiam
facilmente ter surgido por acaso?
“Alguns autores”, diz Robert Shapiro, pro-
fessor emérito de quı́mica da Universidade
de Nova York, “presumiram que todos os blo-
cos de construção da vida [aminoácidos] po-
� A probabilidade de o DNA ter se formado por
acaso será analisada na seção 3, “De onde vieram as
instruções?”.
deriam ser formados com facilidadeem
experiências como a de Miller e estavam pre-
sentes em meteoritos. Mas não é o caso”.2�
Analisemos a molécula de RNA. Ela é
constituı́da de moléculas menores chama-
das nucleotı́deos. Um nucleotı́deo é uma
molécula diferente de um aminoácido e é
apenas um pouco mais complexa. Shapiro
diz que “nenhum nucleotı́deo de qualquer
[tipo] foi apontado como produto das ex-
periências com descarga elétrica ou em es-
tudos de meteoritos”.3 Ele ainda acrescen-
ta que a probabilidade de uma molécula de
RNA autorreplicadora se formar a partir da
união aleatória de elementos quı́micos bási-
cos “é tão diminuta que, se ocorresse mes-
mo uma única vez em qualquer ponto do
Universo visı́vel, representaria um exemplo
de sorte excepcional”.4
Que dizer das moléculas de proteı́na?
Elas podem ser formadas de apenas 50 a
até milhares de aminoácidos unidos
numa sequência especı́fica. Em uma célula
“simples”, uma proteı́na funcional comum
� O professor Robert Shapiro não acredita que a
vida foi criada. Ele crê que a vida surgiu por aca-
so de algum modo ainda não entendido plenamente.
Em 2009, cientistas da Universidade de Manchester,
Inglaterra, declararam ter conseguido produzir alguns
nucleotı́deos em laboratório. No entanto, Shapiro afir-
mou: “Do meu ponto de vista, [esse estudo] definitiva-
mente não encontrou o caminho para o mundo do
RNA.”
STANLEY MILLER, 1953
1 COMO A VIDA COMEÇOU? 5
contém 200 aminoácidos. Mesmo nessas
células, há milhares de tipos de proteı́-
nas. A probabilidade de uma única proteı́-
na composta de apenas 100 aminoácidos se
formar por acaso na Terra foi calculada em
cerca de uma em 1 quatrilhão.
O pesquisador Hubert Yockey, que apoia
a teoria da evolução, vai além. Ele diz:
“
´
E impossı́vel que a vida tenha se origina-
do apenas das proteı́nas.”5 O RNA é ne-
cessário para a fabricação de proteı́nas.
Mas as proteı́nas também estão envolvi-
das na produção de RNA. Digamos que
tanto as proteı́nas como as moléculas de
RNA tivessem aparecido por acaso no mes-
mo lugar e ao mesmo tempo, apesar de isso
ser extremamente improvável. Qual seria a
probabilidade de elas interagirem para for-
mar um tipo de vida autorreplicante e au-
tossustentável? “A probabilidade de isso
acontecer por acaso (presumindo que hou-
vesse uma mistura aleatória de proteı́nas e
RNA) parece extremamente pequena”, diz
a Dra. Carol Cleland,� membro do Instituto
de Astrobiologia da Nasa (Administração
� A Dra. Carol Cleland não é criacionista. Ela crê
que a vida surgiu por acaso de algum modo ainda não
entendido plenamente.
Nacional de Aeronáutica e Espaço). “Mes-
mo assim”, continua ela, “a maioria dos pes-
quisadores supõe que, visto que conseguem
compreender a questão da produção inde-
pendente de proteı́nas e RNA sob condi-
ções naturais primitivas, a questão da intera-
ção desses elementos se resolverá de algum
modo”. Em relação às atuais teorias sobre
o surgimento espontâneo desses componen-
tes básicos da vida, ela diz: “Ninguém con-
seguiu dar uma explicação satisfatória de
como isso ocorreu.”6
Por que esses fatos são relevantes? Pen-
se no desafio que enfrentam os pesquisado-
res que acreditam que a vida surgiu por aca-
so. Eles descobriram alguns aminoácidos
que também estão presentes nas células vi-
vas e, em seus laboratórios, produziram ou-
tras moléculas mais complexas por meio de
experiências bem planejadas e controladas.
Com o tempo, eles esperam produzir todas
as partes necessárias para formar uma célu-
la “simples”. A situação deles pode ser com-
parada à de um cientista que reúne alguns
elementos naturais, transforma-os em ferro,
plástico, silicone e fios de metal e, por fim,
constrói um robô. Daı́ o robô é programa-
do para produzir cópias de si mesmo. Com
isso, o que o cientista conseguiria provar?
Na melhor das hipóteses, que um ser inte-
ligente pode criar uma máquina impressio-
nante.
De modo similar, se os cientistas conse-
guissem produzir uma célula, isso seria
Se a criação de moléculas complexas em
laboratório exige a participação de um
cientista experiente, será que as moléculas
muito mais complexas de uma célula
surgiram por acaso?
1
2
3
O RNA – é necessário para a produção
de proteı́nas —, mas as proteı́nas estão
envolvidas na produção de RNA. Como
poderia qualquer um deles ter surgido por
acaso? E que dizer dos dois ao mesmo
tempo? Falaremos sobre os ribossomos ˜
na seção 2.
6 A ORIGEM DA VIDA
1 COMO A VIDA COMEÇOU? 7
˛ Fato: Todas as pesquisas cientı́ficas indicam
que vida não pode surgir de matéria inanimada.
Pense no seguinte: Que base cientı́fica existe
para a teoria de que a primeira célula surgiu de
substâncias quı́micas sem vida?
˛ Fato: Pesquisadores recriaram em laboratório
as condições ambientais que, segundo eles,
existiam na Terra primitiva. Nessas experiências,
alguns cientistas conseguiram produzir certas
moléculas encontradas em seres vivos.
Pense no seguinte: Se as substâncias quı́micas
usadas nas experiências representam o ambien-
te primitivo da Terra, e se as moléculas produzi-
das representam os elementos básicos da vida,
quem ou o que representa o cientista que reali-
zou a experiência? Será que ele representa o
acaso ou um ser inteligente?
˛ Fato: As proteı́nas e as moléculas de RNA pre-
cisam trabalhar em conjunto para que uma célu-
la possa sobreviver. Os cientistas admitem que é
muito improvável que o RNA tenha se formado
por acaso e que é ainda mais improvável que
isso tenha acontecido sequer com uma única
proteı́na.
´
E praticamente impossı́vel que o RNA e
as proteı́nas tenham sido capazes de se formar
por acaso no mesmo lugar e ao mesmo tempo
e daı́ terem interagido.
Pense no seguinte: O que exige mais fé: acredi-
tar que os milhões de partes complexas e organi-
zadas de uma célula surgiram por acaso ou que
a célula é produto de uma mente inteligente?
ANALISE OS FATOS
algo realmente fenomenal, mas provaria
que uma célula pode surgir por acaso? No
máximo, os cientistas conseguiriam provar
o contrário, não concorda?
O que você acha? Todas as evidências
cientı́ficas existentes indicam que seres vi-
vos surgem somente de outros seres vivos.
Acreditar que mesmo uma célula “simples”
possa ter surgido por acaso de substâncias
quı́micas sem vida exige uma enorme dose
de fé.
Diante dos fatos, acha que faz sentido
acreditar nessa teoria? Antes de responder,
analisemos a estrutura de uma célula. Isso o
ajudará a avaliar se as teorias sobre a origem
da vida propostas por alguns cientistas são
razoáveis ou se não passam de histórias fan-
tasiosas, como as que alguns pais contam
para explicar de onde vêm os bebês.
Se é preciso um ser inteligente para criar e
programar um robô sem vida, o que seria
necessário para criar uma célula viva?
E que dizer de criar um ser humano?
8 A ORIGEM DA VIDA
O que muitos cientistas afirmam? Todas
as células vivas podem ser classificadas em
duas categorias principais: aquelas que pos-
suem núcleo e aquelas que não possuem.
Células humanas, animais e vegetais pos-
suem núcleo. Células bacterianas, não. As
células que possuem núcleo são chamadas
eucarióticas e aquelas que não possuem são
conhecidas como procarióticas. Visto que
as células procarióticas são relativamente
menos complexas que as células eucarió-
ticas, muitos acreditam que as células ani-
2
EXISTEM FORMAS DE
VIDA REALMENTE
SIMPLES?
Seu corpo é uma das estruturas mais com-
plexas do Universo. Ele é constituı́do de
cerca de 100 trilhões de minúsculas célu-
las: células ósseas, sanguı́neas, cerebrais,
e muitas outras.7 Na verdade, há mais de
200 tipos de células em seu corpo.8
Apesar da impressionante diversidade de
formas e funções, suas células constituem
uma rede complexa e integrada. Compa-
rada a essa rede, a internet, com seus
milhões de computadores e cabos de
transmissão de dados em alta velocidade,
é lenta e ineficiente. Nenhuma invenção
humanasequer se aproxima da excelência
técnica mesmo da célula mais simples.
Como as células do corpo humano
vieram a existir?
C
´
ELULA CEREBRAL
C
´
ELULAS DO OLHO
C
´
ELULA
´
OSSEA
C
´
ELULAS MUSCULARES
GL
´
OBULOS VERMELHOS
Será que os mais de 200 tipos de
células do corpo humano poderiam
realmente ter surgido por acaso?
2 EXISTEM FORMAS DE VIDA REALMENTE SIMPLES? 9
mais e vegetais devem ter evoluı́do de célu-
las bacterianas.
Na verdade, muitos ensinam que durante
milhões de anos algumas células procarióti-
cas “simples” engoliram outras células, mas
não as digeriram. Daı́, segundo essa teoria,
a “natureza” encontrou um meio não ape-
nas de mudar radicalmente as funções das
células ingeridas, mas também de mantê-las
dentro da célula “hospedeira” quando esta
se replicava.9�
O que a Bı́blia diz? A Bı́blia diz que a vida
na Terra é produto de uma mente inteligen-
te. Observe como a lógica da Bı́blia é clara:
“Cada casa, naturalmente, é construı́da por
alguém, mas quem construiu todas as coi-
sas é Deus.” (Hebreus 3:4) Outra passagem
bı́blica diz: “Quantos são os teus trabalhos,
ó Jeová! A todos eles fizeste em sabedoria.
A terra está cheia das tuas produções. . . .
Há ali inúmeras coisas que se movem, cria-
turas viventes, tanto pequenas como gran-
des.” — Salmo 104:24, 25.
O que as evidências indicam? Avanços
na microbiologia tornaram possı́vel obser-
var em detalhes o impressionante interior
das mais simples células procarióticas co-
nhecidas. Cientistas evolucionistas afir-
mam que as primeiras células vivas talvez
fossem parecidas com essas células proca-
rióticas.10
Se a teoria da evolução for verdade, ela
certamente deve ter uma explicação razoá-
vel sobre o surgimento espontâneo da pri-
meira célula “simples”. Por outro lado, se
a vida foi criada, deve haver evidências de
que até mesmo a menor das criaturas é re-
sultado de um projeto inteligente. Que tal
conhecer o interior de uma célula procarió-
� Nenhuma experiência provou que isso é possı́vel.
tica? Ao fazer isso, pergunte a si mesmo se
ela realmente poderia ter surgido por acaso.
O “MURO” PROTETOR DA C
´
ELULA
Para viajar por uma célula procariótica,
você teria de encolher até ficar centenas de
vezes menor que o ponto final desta frase.
Uma membrana resistente e flexı́vel, com-
parável ao muro de uma fábrica, impede
que você entre na célula. Seriam necessá-
rias cerca de 10 mil camadas dessa mem-
brana para atingir a espessura de uma folha
de papel. Mas a membrana de uma célu-
la é muito mais complexa que um simples
muro. Como assim?
Da mesma forma que o muro de uma fá-
brica, a membrana de uma célula protege
seu interior contra um ambiente potencial-
mente perigoso. No entanto, a membrana
não é sólida; ela permite que a célula “respi-
re”, possibilitando que moléculas pequenas,
como oxigênio, entrem e saiam dela. Mas
a membrana impede que moléculas mais
complexas e que podem prejudicar a célula
entrem sem permissão. Ela também impede
que moléculas úteis saiam. Como a mem-
brana consegue fazer tudo isso?
Voltemos ao exemplo da fábrica. Ela tal-
vez tenha seguranças que monitoram a en-
trada e saı́da de produtos pelos portões de
seu muro. De modo similar, a membrana
Será que mesmo uma célula “simples”
poderia realmente surgir de substâncias
quı́micas sem vida?
10 A ORIGEM DA VIDA
celular possui moléculas proteicas especiais
que agem como os portões e os seguranças
da fábrica.
Algumas dessas proteı́nas (1) possuem
um orifı́cio que permite a entrada e saı́da de
tipos especı́ficos de moléculas. Outras são
abertas em um lado da membrana (2) e fe-
chadas na outra extremidade. Elas têm uma
abertura (3) projetada para uma substância
especı́fica. Quando essa substância chega, a
outra extremidade da proteı́na se abre e per-
mite a passagem da substância através da
membrana (4). Toda essa atividade aconte-
ce na superfı́cie até das células mais sim-
ples.
DENTRO DA F
´
ABRICA
Suponha que você tenha recebido per-
missão para passar pelos “seguranças” e
agora está dentro da célula. O interior de
uma célula procariótica está cheio de um lı́-
quido rico em nutrientes, sais e outras subs-
tâncias. A célula utiliza esses ingredientes
básicos para fabricar os produtos de que ne-
cessita. Mas esse processo não acontece de
qualquer jeito. Assim como uma fábrica efi-
ciente, a célula programa milhares de rea-
ções quı́micas, que ocorrem numa ordem
especı́fica e no momento certo.
Uma célula passa grande parte de seu
tempo fabricando proteı́nas. Como? Pri-
meiro, a célula fabrica cerca de 20 com-
ponentes básicos chamados aminoácidos.
Esses componentes são entregues aos ri-
bossomos (5), que podem ser compara-
dos a máquinas automatizadas que unem
os aminoácidos em uma sequência precisa
a fim de formar uma proteı́na especı́fica.
As operações de uma fábrica talvez sejam
controladas por um computador central.
Do mesmo modo, muitas das funções de
uma célula são controladas por um “pro-
grama de computador”, ou código, conheci-
do como DNA (6). O ribossomo recebe do
DNA uma cópia das instruções detalhadas
sobre a fabricação de uma proteı́na especı́-
fica (7).
O que acontece à medida que a proteı́na
é fabricada é impressionante! Cada proteı́-
na é dobrada num formato tridimensional
especı́fico (8). ´E esse formato que determi-
na a função de cada proteı́na.� Imagine a li-
nha de produção de peças de um motor.
� As enzimas são um exemplo de proteı́nas fabrica-
das pelas células. Cada enzima é dobrada em um for-
mato especial para acelerar uma reação quı́mica espe-
cı́fica. Centenas de enzimas agem em conjunto a fim
de regular as atividades da célula.
A membrana celular possui
“seguranças” que permitem
a entrada e saı́da apenas de
substâncias especı́ficas
1
2
3
4
5
6
7
8
Cada peça tem de ser fabricada com preci-
são para que o motor funcione. De modo
similar, se uma proteı́na não for fabricada
com precisão e dobrada no formato corre-
to, ela não será capaz de cumprir sua fun-
ção e pode até danificar a célula.
Como a proteı́na sabe para onde deve
ir? Cada proteı́na contém uma “etiqueta de
endereço” que garante sua entrega no lo-
cal onde ela é necessária. Embora milhares
de proteı́nas sejam fabricados e entregues a
cada minuto, todas as proteı́nas chegam ao
destino correto.
Por que esses fatos são relevantes? As
moléculas complexas nas mais simples for-
mas de vida não são capazes de se reprodu-
zir sozinhas. Fora da célula, elas se desin-
tegram. Dentro da célula, elas não podem
se reproduzir sem a ajuda de outras molé-
culas complexas. Por exemplo, as enzimas
são necessárias para produzir o trifosfato
de adenosina (ATP), uma molécula espe-
cial que armazena energia. Mas a energia
do ATP é necessária para produzir enzi-
mas. De modo similar, o DNA, que analisa-
remos na seção 3, é necessário para fabricar
enzimas. Mas as enzimas são necessárias
para fabricar o DNA. Além disso, outras
a “fábrica”
Como as proteı́nas são fabricadas
Assim como uma fábrica automatizada,
a célula é cheia de máquinas que produzem
e despacham produtos complexos
Algumas bactérias podem fazer réplicas de
si mesmas em 20 minutos. Cada célula bacte-
riana faz uma cópia completa do “programa
de computador” que a controla e daı́ se divide.
Se tivesse uma fonte inesgotável de nutrientes,
uma única célula bacteriana continuaria a se
multiplicar exponencialmente e, nesse ritmo,
em apenas dois dias produziria um aglomerado
de células com mais de 2.500 vezes o peso do
planeta Terra.15 Células mais complexas tam-
bém se replicam rapidamente. Por exemplo,
quando você estava se desenvolvendo no úte-
ro de sua mãe, novas células cerebrais se for-
mavam à incrı́vel velocidade de 250 mil células
por minuto!16
Em geral, fabricantes têm de abrir mão da qua-
lidade de seus produtos a fim de produzi-los
com rapidez. Se as células realmente surgiram
por acaso,como é possı́vel que se reproduzam
tão rápido e com tanta eficiência?
R
´
APIDAS E EFICIENTES
12 A ORIGEM DA VIDA
˛ Fato: As extraordinariamente complexas
moléculas que formam uma célula (DNA, RNA e
proteı́nas) parecem ter sido projetadas para
trabalhar juntas.
Pense no seguinte: O que lhe parece mais
provável? Que uma evolução irracional formou as
complexas estruturas mostradas na página 10, ou
que elas são obra de uma mente inteligente?
˛ Fato: Alguns cientistas respeitados dizem que
até mesmo uma célula “simples” é complexa
demais para ter surgido na Terra por acaso.
Pense no seguinte: Se alguns cientistas
presumem que a vida veio de uma fonte não
terrena, que motivo haveria para excluir Deus
como essa Fonte?
ANALISE OS FATOS
proteı́nas só podem ser feitas pela célula,
mas a célula só pode ser feita com proteı́-
nas.�
O microbiologista Radu Popa não con-
� Algumas células do corpo humano são feitas de
cerca de 10 bilhões de moléculas proteicas11 de cente-
nas de milhares de tipos.12
corda com o relato bı́blico da criação. Ain-
da assim, em 2004, ele perguntou: “Como a
natureza pode criar vida se nós falhamos
em todos os experimentos realizados sob
condições controladas?”13 Ele também dis-
se: “A complexidade dos mecanismos exigi-
dos para o funcionamento de uma célula
viva é tão grande que parece impossı́vel que
eles tenham surgido simultaneamente e por
acaso.”14
O que você acha? A teoria da evolução
tenta explicar que a vida na Terra surgiu
sem a necessidade de intervenção divina.
No entanto, quanto mais os cientistas estu-
dam a vida, mais fica evidente que ela não
poderia ter surgido por acaso. Para evitar
esse dilema, alguns cientistas evolucionistas
tratam a teoria da evolução e a questão da
origem da vida como duas coisas distintas.
Isso parece razoável para você?
A teoria da evolução se baseia na ideia de
que uma longa série de felizes coincidên-
cias produziu a vida. Daı́ propõe que ou-
tra série de incidentes aleatórios produziu
a espantosa diversidade e complexidade de
seres vivos. Mas, se a teoria não tiver um
alicerce firme, o que acontecerá com as ou-
tras teorias que se baseiam nela? Um arra-
nha-céu construı́do sem um firme alicerce
não consegue se manter de pé. O mesmo
acontece com uma teoria sobre a evolução
incapaz de explicar a origem da vida.
Depois de analisar brevemente a estrutu-
ra e o funcionamento de uma célula “sim-
ples”, a que conclusão você chegou? A vida
surgiu por acaso ou é resultado de um pro-
jeto inteligente? Se ainda tem dúvidas, o
que acha de examinar o “programa central”
que controla o funcionamento de todas as
células?
Por causa de seu alicerce frágil, este arranha-céu está
condenado. Será que o mesmo não se dá com a teoria
da evolução já que ela não explica a origem da vida?
3 DE ONDE VIERAM AS INSTRUÇ
˜
OES? 13
O que muitos cientistas afirmam? Mui-
tos biólogos e outros cientistas acham que
o DNA e suas instruções codificadas surgi-
ram de eventos aleatórios que ocorreram
ao longo de milhões de anos. Afirmam que
não há evidência de projeto na estrutura
dessa molécula, nas informações que ela
carrega e transmite ou no modo como fun-
ciona.17
O que a Bı́blia diz? A Bı́blia indica que a
formação das diferentes partes do corpo,
bem como o momento de sua formação,
estão como que registradas em um “livro”
de Deus. Veja como o Rei Davi foi inspira-
do a falar sobre isso, dizendo a respeito de
Deus: “Teus olhos viram até mesmo meu
embrião, e todas as suas partes estavam as-
sentadas por escrito no teu livro, referen-
te aos dias em que foram formadas, e ain-
da não havia nem sequer uma entre elas.”
— Salmo 139:16.
O que as evidências indicam? Se a evo-
lução for verdade, o DNA deve pelo me-
nos conter evidências de que surgiu por
acaso. Por outro lado, se a Bı́blia estiver
certa, então o DNA deve ter provas con-
cretas de que foi criado por alguém organi-
zado e inteligente.
Quando se fala do DNA em termos sim-
ples, o assunto fica fácil de entender, além
de ser fascinante. Então, façamos outra
viagem pelo interior de uma célula. Des-
sa vez, porém, visitaremos uma célula hu-
mana. Imagine que está indo a um museu
3
DE ONDE VIERAM
AS INSTRUÇ
˜
OES?
O que determina sua aparência? E a cor de seus olhos, de seu
cabelo e de sua pele? E que dizer de sua altura, constituição fı́si-
ca ou semelhança com seus pais? O que diz às pontas de seus
dedos que elas devem ser macias de um lado e ter unhas rı́gidas
e protetoras do outro?
Nos dias de Charles Darwin, as respostas a perguntas como es-
sas estavam rodeadas de mistério. O próprio Darwin ficava fasci-
nado pelo modo como as caracterı́sticas fı́sicas são transmitidas
de uma geração a outra, apesar de saber pouco a respeito das
leis da genética e menos ainda sobre os mecanismos celulares
que controlam a hereditariedade. No entanto, há décadas os bió-
logos vêm estudando a genética humana e as instruções detalha-
das contidas na impressionante molécula de DNA (ácido desoxirri-
bonucleico). Mas a questão é: De onde vieram essas instruções?
14 A ORIGEM DA VIDA
projetado para ensinar sobre o funciona-
mento desse tipo de célula. Todo o museu
é uma réplica de uma célula humana, po-
rém 13 milhões de vezes maior. Ele é do
tamanho de um enorme estádio com capa-
cidade para 70 mil pessoas.
Você entra no museu e fica maravilha-
do: esse lugar impressionante é cheio de
formas e estruturas estranhas. Próximo ao
centro da célula está o núcleo, uma esfe-
ra da altura de um prédio de 20 andares.
Você vai até lá.
Você passa por uma porta na membra-
na do núcleo e olha ao seu redor. Ali, se
depara com 46 cromossomos, organizados
em pares idênticos. Eles variam em altura;
o par mais próximo de você tem a altura de
um prédio de 12 andares (1). Cada cro-
mossomo parece ter um estreitamento em
seu meio, dando-lhe a aparência de duas
linguiças unidas por uma das extremida-
des. Ao mesmo tempo, eles são tão grossos
quanto um tronco de árvore. Você vê o que
parecem ser cordas em toda a extensão
dos cromossomos. Ao se aproximar, nota
que cada corda horizontal é dividida por
linhas verticais. Entre essas linhas há ou-
tras linhas horizontais menores (2). Será
que são pilhas de livros? Não; são alças
colocadas uma em cima da outra forman-
do colunas. Você puxa uma dessas alças e
ela se desprende com facilidade. Você fica
impressionado ao ver que ela é composta
de pequenas espirais (3) muito bem orga-
nizadas. Entre essas espirais está a princi-
pal peça de toda a estrutura, algo pareci-
do a uma fita muito comprida. De que se
trata?
A ESTRUTURA DE UMA
INCR
´
IVEL MOL
´
ECULA
Vamos simplesmente chamar essa par-
te do cromossomo de fita. Ela tem quase
3 centı́metros de espessura. Essa fita está
bem enrolada em carretéis (4), formando
espirais dentro de espirais. Essas espirais
estão presas a um tipo de armação que as
mantém no lugar. Uma placa no museu
diz que a fita está muito bem acondiciona-
da. Nessa escala, se você esticasse a fita
de cada cromossomo, ela daria quase meia
volta na Terra!�
Um livro de ciências diz que esse efi-
ciente sistema de acondicionamento é
“uma extraordinária façanha de engenha-
ria”.18 A ideia de que não houve nenhum
engenheiro por trás dessa façanha lhe pa-
rece razoável? Se esse museu possuı́sse
uma enorme loja com milhões de itens à
venda, dispostos de tal forma que qualquer
item pudesse ser facilmente localizado,
concluiria que ninguém organizou o lugar?´
E claro que não. E, comparado ao que a cé-
� O livro Biologia Molecular da Célula usa uma esca-
la diferente. O livro diz que armazenar essas longas
fitas no núcleo de uma célula seria como tentar colo-
car 40 quilômetros de uma linha muito fina dentro de
uma bola de tênis, porém de maneira tão organizada
que qualquer trecho dela pudesse ser facilmente en-
contrado.
1
1
lula faz, organizar essa loja seria algo mui-
tosimples.
Outra placa o convida a pegar um tre-
cho da fita e examiná-lo mais de perto (5).
Ao passar a fita entre os dedos, você nota
que não se trata de uma fita comum. Ela é
composta de dois filamentos entrelaçados
e ligados por minúsculas barras que têm o
mesmo espaço entre si. A fita lembra uma
escada torcida, parecida a uma escada ca-
racol (6). Então você se dá conta de que
está segurando um modelo da molécula de
DNA, um dos grandes mistérios da vida!
Uma única molécula de DNA bem
acondicionada, com seus carretéis e arma-
ções, forma um cromossomo. Os degraus
da escada são conhecidos como pares de
bases (7). O que eles fazem? Para que ser-
ve tudo isso? Outra placa dá uma explica-
ção simples.
O MAIS AVANÇADO SISTEMA DE
ARMAZENAMENTO DE DADOS
O segredo do DNA, diz a placa, está em
seus degraus, as barras que conectam as
duas laterais da escada. Pense nessa escada
dividida verticalmente ao meio. Cada lado
possui metades de degraus. Existem ape-
nas quatro tipos dessas metades. Os cien-
tistas as denominaram A, T, G e C. Eles
ficaram maravilhados ao descobrir que a
ordem dessas letras transmite informações
em uma espécie de código.
2
3
4
5
6
7
uma “façanha de
engenharia”
Como o DNA é armazenado
Armazenar o DNA no núcleo é uma
incrı́vel façanha de engenharia.
´
E como
colocar 40 quilômetros de uma linha
muito fina dentro de uma bola de tênis
16 A ORIGEM DA VIDA
Você talvez saiba que o código Morse
foi inventado no século 19 para que as pes-
soas pudessem se comunicar por meio do
telégrafo. Esse código tinha apenas duas
“letras”: um ponto e um traço. Ainda as-
sim, podia ser usado para formar inúmeras
palavras ou frases. O DNA, por sua vez,
possui um código de quatro letras. A or-
dem em que as letras A, T, G e C aparecem
forma “palavras”, que chamamos de có-
dons. Os códons são organizados em “his-
tórias” chamadas genes. Cada gene con-
tém em média 27 mil letras. Esses genes
e os longos espaços entre eles são orga-
nizados em “capı́tulos”, os cromossomos.
São necessários 23 cromossomos para for-
mar o “livro” completo, ou seja, o genoma
— toda a informação genética de um orga-
nismo.�
O genoma pode ser comparado a um
enorme livro. Quanta informação esse “li-
vro” pode armazenar? Ao todo, o genoma
humano é formado por cerca de 3 bilhões
de pares de bases, ou degraus, na esca-
da de DNA.19 Imagine uma enciclopédia
em que cada volume tem mais de mil pági-
nas. O genoma preencheria as páginas de
428 desses volumes. Visto que cada célula
possui duas cópias do genoma, seriam ne-
cessários 856 volumes da enciclopédia. Se
você fosse digitar todo o genoma sozinho,
teria de trabalhar por perı́odo integral du-
rante 80 anos, sem tirar férias!´
E claro que no final das contas todo esse
trabalho de digitação seria inútil para seu
corpo. Como você faria caber centenas de
livros tão grandes em cada uma de seus
100 trilhões de microscópicas células?
Comprimir assim tanta informação é algo
que está além da nossa capacidade.
Um professor de biologia molecular e
ciência da computação disse: “Um grama
de DNA, que se fosse desidratado ocupa-
ria um espaço de aproximadamente um
� As células contêm duas cópias completas do ge-
noma, totalizando 46 cromossomos.
centı́metro cúbico, pode armazenar tanta
informação quanto cerca de 1 trilhão de
CDs.”20 O que isso significa? Lembre-se de
que o DNA contém os genes, ou seja, as
instruções para a formação de um corpo
humano. Cada célula possui um conjunto
completo de instruções. O DNA armazena
tanta informação que uma única colher de
chá de DNA conteria instruções para for-
mar cerca de 350 vezes o número de se-
res humanos vivos hoje! O DNA dos 7 bi-
lhões de pessoas vivas atualmente na Terra
mal formaria uma fina pelı́cula na superfı́-
cie dessa colher de chá.21
UM LIVRO SEM AUTOR?
Apesar dos avanços na fabricação de
aparelhos cada vez menores, nenhum apa-
relho de armazenamento de dados feito
pelo homem sequer chega perto da capa-
cidade do DNA. De qualquer modo, po-
demos compará-lo a um CD. Pense: um
CD talvez nos impressione com seu forma-
to simétrico, sua superfı́cie brilhante e seu
design eficiente.
´
E evidente que pessoas
replicação
Como o DNA é copiado
– Esta parte da máquina de enzimas
divide o DNA em dois filamentos
— Esta parte da máquina usa um único
filamento do DNA como molde para
criar um filamento duplo
˜ Um cursor em forma de anel guia e
estabiliza a máquina de enzimas
™ Dois filamentos completos de DNA
são formados
inteligentes o projetaram. Se gravássemos
instruções úteis, coerentes e detalhadas
no CD para a fabricação, a manutenção
e o conserto de uma máquina complexa,
isso não alteraria perceptivelmente o peso
ou o tamanho do disco. Ainda assim, as
instruções seriam a parte mais importante
dele. Você não ficaria convencido de que
houve uma mente inteligente por trás de-
las? Não seria necessário que alguém crias-
se essas instruções?
Não é um absurdo comparar o DNA a
um CD ou a um livro. Na verdade, um li-
vro sobre o genoma diz: “Comparar o ge-
noma a um livro não é necessariamente
uma metáfora.
´
E a mais pura realidade.
Um livro contém informações codifica-
das . . . O genoma também.” O autor acres-
centa: “O genoma é um livro inteligente,
porque sob condições ideais ele pode co-
piar e ler a si mesmo.”22 Isso nos faz pensar
sobre outro aspecto importante do DNA.
M
´
AQUINAS EM FUNCIONAMENTO
Enquanto está nesse ambiente silencio-
so, você se pergunta se o núcleo é realmen-
te tão estático como um museu. Daı́, você
vê outro objeto. Acima de um mostruário
de vidro contendo um modelo de DNA há
uma placa que diz: “Aperte o botão para
ver a demonstração.” Você aperta o bo-
tão, e uma voz diz: “O DNA realiza pelo
menos dois trabalhos muito importantes.
O primeiro é chamado replicação. O DNA
tem de ser copiado para que cada nova cé-
lula tenha as mesmas informações genéti-
cas. Veja a simulação a seguir.”
Uma máquina complexa passa por uma
das aberturas do mostruário. Trata-se na
verdade de vários robôs conectados um ao
outro. A máquina se prende ao DNA e co-
meça a se movimentar ao longo dele como
um trem sobre trilhos. Ela se movimen-
ta rápido demais para que você veja exa-
tamente o que ela está fazendo, mas você
1
2
2
3
3
3
4
4
Se o DNA fosse do tamanho dos
trilhos de uma ferrovia, a máquina
de enzimas se locomoveria a cerca
de 80 quilômetros por hora
17
observa que atrás dela saem duas molécu-
las completas de DNA em vez de uma.
A voz explica: “Você está vendo uma
versão bem simplificada do que acontece
durante a replicação do DNA. Um grupo
de estruturas moleculares chamadas enzi-
mas percorre a extensão do DNA dividin-
do-o em dois, e depois usa cada filamento
como base para fabricar um novo filamen-
to complementar. Não podemos mostrar
todas as partes envolvidas na replicação
do DNA como, por exemplo, o minúscu-
lo mecanismo que vai à frente da máquina
de replicação e divide o DNA de tal modo
que ambos os lados possam ser espiralados
livremente, mas não a ponto de ficarem
muito enrolados. Também não podemos
mostrar como o DNA é ‘revisado’ várias
vezes. Erros são detectados e corrigidos
com impressionante exatidão.” — Veja o
diagrama nas páginas 16 e 17.
A voz continua: “O que podemos mos-
trar claramente é a velocidade em que
tudo ocorre. Você viu o robô se movimen-
tar em alta velocidade, certo? Na verda-
de, a máquina de enzimas se movimenta
ao longo dos ‘trilhos’ do DNA à velocida-
de de cerca de 100 degraus, ou pares de
bases, por segundo.23 Se esses ‘trilhos’ fos-
sem do tamanho dos trilhos de uma ferro-
via, essa ‘máquina’ se locomoveria a cerca
de 80 quilômetros por hora. Nas bacté-
rias, essas pequenas máquinas de replica-
ção podem se mover dez vezes mais rápido
do que isso! Na célula humana, um exérci-
to de centenas dessas máquinas de replica-
çãotrabalha em diferentes pontos do ‘tri-
lho’ de DNA. Elas copiam todo o genoma
em apenas oito horas.”24 — Veja o quadro
“Uma molécula que pode ser lida e copia-
da”, na página 20.
“LEITURA” DO DNA
Os robôs replicadores do DNA saem de
cena e, então, surge outra máquina. Ela
também se move ao longo de um trecho do
DNA, só que mais devagar. Você vê a fita
do DNA entrando por uma extremidade
dessa máquina e saindo pela outra, sem ne-
nhuma alteração. Mas um filamento total-
mente novo sai por outra abertura da má-
quina, como se fosse uma cauda. O que
está acontecendo?
A voz passa a explicar: “O segundo tra-
balho do DNA é chamado transcrição.
O DNA nunca sai de seu abrigo seguro, o
núcleo. Então como é que os genes, as re-
ceitas para a fabricação de todas as proteı́-
nas que compõem seu corpo, são lidos e
usados? Bem, essa máquina de enzimas en-
contra um ponto no DNA onde um gene
foi ativado por sinais quı́micos vindos de
fora do núcleo da célula. Daı́, essa máqui-
na usa uma molécula chamada RNA (áci-
do ribonucleico) para fazer uma cópia des-
3
Um grama de DNA armazena tanta
informação quanto 1 trilhão de CDs
18
se gene. O RNA se parece muito com um
único filamento do DNA, mas não é exa-
tamente igual. Seu trabalho é apanhar in-
formações codificadas nos genes. O RNA
adquire essa informação enquanto está
dentro da máquina de enzimas, depois sai
do núcleo e vai em direção a um dos ribos-
somos, onde a informação será usada para
formar uma proteı́na.”
Enquanto assiste à demonstração, você
fica impressionado com esse museu e com
a engenhosidade daqueles que projetaram
e construı́ram essas máquinas. Mas e se
todos os objetos do museu passassem a
se movimentar, demonstrando os milhares
de tarefas executadas ao mesmo tempo em
uma célula humana? Que espetáculo de ti-
rar o fôlego isso seria!
Então você se dá conta de que todo esse
trabalho executado por máquinas minús-
culas e complexas está sendo realizado
neste exato momento em seus 100 trilhões
de células! Seu DNA é lido, fornecendo
instruções para a fabricação das centenas
de milhares de diferentes proteı́nas que
constituem seu corpo, com suas enzimas,
tecidos, órgãos e assim por diante. Nes-
te instante seu DNA está sendo copiado e
transcrição
Como o DNA é “lido”
– Aqui o DNA é desenrolado. Um filamento exposto
transmite informações para o RNA
— O RNA “lê” o DNA, apanhando o código em
um gene. O código do DNA diz à máquina de
transcrição onde começar e onde parar
˜ Carregado de informações, o RNA deixa o núcleo da
célula e se dirige a um ribossomo, onde transmitirá
as instruções para a fabricação de uma proteı́na
complexa
™ Máquina de transcrição
1
2
4
19
revisado para que um novo conjunto de instruções
fique pronto para ser lido em cada célula nova.
POR QUE ESSES FATOS S
˜
AO RELEVANTES?
Voltemos à pergunta inicial: ‘De onde vieram es-
sas instruções?’ A Bı́blia indica que esse “livro” e
seu conteúdo se originam de um Autor sobre-huma-
no. Será que essa conclusão está desatualizada ou
não é cientı́fica?
Pense no seguinte: Será que os humanos conse-
guiriam construir um museu como o que acabamos
de descrever? Se tentassem, certamente encontra-
riam muitas dificuldades. Até hoje, pouco se sabe
sobre o genoma humano e seu funcionamento. Os
cientistas ainda estão tentando descobrir onde es-
tão todos os genes e quais são suas funções, embo-
ra os genes constituam apenas uma pequena par-
te do DNA. Que dizer dos longos trechos que não
contêm genes? Os cientistas costumavam chamar
esses trechos de “DNA inútil”, mas recentemente
G C
A T
C G
A T
G C
Como o DNA pode ser lido e copiado com tanta exatidão? As
quatro bases quı́micas usadas na escada de DNA (A, T, G e C)
formam cada degrau sempre usando os mesmos pares: A com
T, e G com C. Se um dos lados do degrau for A, o outro sempre
será T; G sempre faz par com C. Assim, tendo um dos lados da
escada, é possı́vel saber o outro. Por exemplo, se em um dos
lados a sequência de degraus for GTCA, a do outro lado será
CAGT. O comprimento de cada base é diferente, mas quando
se juntam com seus complementos, formam degraus comple-
tos de comprimento uniforme.
Saber isso levou os cientistas a outra descoberta: o DNA foi
perfeitamente projetado para ser copiado várias e várias ve-
zes. A máquina de enzimas que replica o DNA capta unidades
desses quatro elementos quı́micos que estão livres no núcleo
da célula. Daı́, usa essas unidades para completar cada de-
grau do DNA dividido.
Assim, a molécula de DNA é realmente como um livro que é
lido e copiado vez após vez. Na duração média de uma vida
humana, o DNA é copiado cerca de 10 quatrilhões de vezes,
com incrı́vel exatidão.28
UMA MOL
´
ECULA QUE PODE SER LIDA E COPIADA
21
˛ Fato: O DNA está armazenado nos cromosso-
mos de maneira tão eficiente que isso tem sido
chamado de uma “façanha de engenharia”.
Pense no seguinte: Como algo tão organizado
assim poderia surgir por acaso?
˛ Fato: Mesmo na atual era da informática, nada
se compara à capacidade de armazenamento de
dados do DNA.
Pense no seguinte: Se os técnicos em computa-
ção não conseguem criar nada com essa capaci-
dade, como é que matéria sem vida conseguiria?
˛ Fato: O DNA contém todas as instruções neces-
sárias para a formação do corpo humano e para
fazer sua manutenção por toda a vida.
Pense no seguinte: Como essas instruções po-
deriam ter surgido sem um autor, ou essa progra-
mação sem um programador?
˛ Fato: Para que o DNA possa funcionar, ele tem
de ser copiado, lido e verificado por várias estrutu-
ras moleculares complexas chamadas enzimas,
que precisam trabalhar juntas de forma precisa e
numa fração de segundos.
Pense no seguinte: Você acha que máquinas
complexas e extremamente confiáveis poderiam
surgir por acaso? Sem provas concretas, acredi-
tar nisso não seria pura credulidade?
ANALISE OS FATOS
têm mudado de opinião sobre isso. Esses
trechos talvez controlem como e até que
ponto os genes são usados. E, mesmo que
os cientistas conseguissem reproduzir um
DNA completo e as máquinas que o co-
piam e revisam, será que conseguiriam fazê-
lo funcionar como um DNA de verdade?
O famoso cientista Richard Feynman
escreveu uma pequena frase num quadro-
negro pouco antes de sua morte: “O que
eu não posso criar, eu não compreendo.”25
Sua sincera humildade é incomum, e o que
ele disse é um fato no caso do DNA. Os
cientistas são incapazes de criar o DNA
com todo o seu sistema de replicação e
transcrição, e não conseguem compreen-
dê-lo plenamente. Mesmo assim, alguns
têm certeza de que tudo isso surgiu por aca-
so. Será que as evidências que considera-
mos realmente apoiam essa conclusão?
Alguns estudiosos chegaram à conclu-
são de que as evidências apontam em
outra direção. Por exemplo, Francis Crick,
cientista que ajudou a descobrir a estrutu-
ra de dupla-hélice do DNA, concluiu que
essa molécula é organizada demais para
ter surgido por acaso. Ele propôs que seres
extraterrestres inteligentes talvez tenham
enviado o DNA à Terra para dar inı́cio à
vida em nosso planeta.26
Mais recentemente, o famoso filósofo
Antony Flew, que defendeu o ateı́smo por
50 anos, mudou completamente de opi-
nião. Aos 81 anos, ele passou a expressar
a crença de que alguém inteligente deve ter
estado envolvido na criação da vida. Por
que essa mudança de opinião? Ele estudou
o DNA. Quando se perguntou a ele se sua
nova linha de pensamento não seria impo-
pular entre os cientistas, Flew respondeu:
“
´
E uma pena. Minha vida inteira tem sido
guiada pelo princı́pio: seguir as evidências,
não importa aonde elas o levem.”27
O que você acha? O que as evidências
mostram? Imagine que você encontrasse
uma sala de computadores no interior de
uma fábrica. Um dos computadores está
executando um programa que controla to-
das as operações da fábrica. Além disso,
o programa envia constantementeinstru-
ções de como fabricar e fazer a manuten-
ção de cada máquina. Também faz cópias
de si mesmo e as verifica. A que conclusão
você chegaria? Que o computador e seu
programa fabricaram a si mesmos ou que
foram produzidos por mentes inteligentes
e organizadas? Sem dúvida, as evidências
falam por si mesmas.
O que muitos cientistas afirmam? Mui-
tos dão a entender que o registro fóssil
apoia a teoria de que todas as formas de
vida tiveram uma origem em comum. Tam-
bém afirmam que todos os seres vivos de-
vem ter evoluı́do de um ancestral em co-
mum, visto que possuem uma “linguagem
de programação” parecida, o DNA.
O que a Bı́blia diz? O relato de Gênesis
diz que as plantas, as criaturas marinhas, os
animais terrestres e as aves foram criados
“segundo as suas espécies”. (Gênesis 1:12,
20-25) Essa descrição permite uma varia-
ção dentro de uma ‘espécie’, mas também
indica que há limites fixos que separam as
diferentes espécies. O relato bı́blico sobre a
criação também indica que novas criaturas
apareceriam no registro fóssil de modo sú-
bito e plenamente formadas.
O que as evidências indicam? Será que
as evidências apoiam a descrição bı́blica
sobre a origem da vida ou Darwin estava
certo? O que as descobertas dos últimos
150 anos revelam?
A
´
ARVORE DE DARWIN
´
E DERRUBADA
Em anos recentes, cientistas consegui-
ram comparar os códigos genéticos de de-
zenas de organismos unicelulares e os de
plantas e animais. Eles achavam que essas
comparações confirmariam a teoria da “ár-
vore da vida” proposta por Darwin. Mas
não foi o que aconteceu.
O que as pesquisas revelaram? Em 1999,
o biólogo Malcolm Gordon escreveu: “Pa-
rece que a vida teve muitas origens. A árvo-
re da vida universal não parece ter tido uma
única raiz.” Será que há evidências de que
os principais galhos da vida nasceram de
um único tronco, conforme Darwin acre-
ditava? Gordon continua: “A teoria tradi-
cional da descendência comum parece não
4
SER
´
A QUE TODA VIDA TEM
UM ANCESTRAL EM COMUM?
Darwin achava que todas as formas de vida possuem um
ancestral em comum. Ele imaginava a história da vida na Ter-
ra como uma grande árvore. Mais tarde, outros passaram a
acreditar que essa “árvore da vida” começou como um único
“tronco”, ou seja, as primeiras células simples. Novas espé-
cies brotaram do tronco e continuaram a se dividir em galhos
(famı́lias de plantas e animais) e depois em ramos (todas as
espécies dentro das famı́lias de plantas e animais existentes
hoje). Foi isso o que realmente aconteceu?
IN
´
ICIO DA HIST
´
ORIA DA TERRA TEMPO
122
se aplicar aos reinos atualmente reconheci-
dos. Provavelmente não se aplica a muitos
filos, se é que a algum, e possivelmente não
se aplica a muitas classes nos filos.”29�
Pesquisas recentes contradizem a teoria
de Darwin de um ancestral em comum. Por
exemplo, em 2009, um artigo da revista
New Scientist citou as palavras do cientis-
ta evolucionista Eric Bapteste: “Não temos
nenhuma evidência de que a árvore da vida
seja uma realidade.”30 O mesmo artigo cita
o biólogo evolucionista Michael Rose: “To-
dos sabemos que a teoria da árvore da vida
está sendo aos poucos descartada. Mas a
ideia de que todo nosso ponto de vista so-
bre a biologia precisa mudar não é tão bem
aceita.”31�
O QUE O REGISTRO F
´
OSSIL INDICA?
Muitos cientistas dizem que o registro
fóssil apoia a teoria de que a vida teve
uma origem em comum. Argumentam, por
exemplo, que há evidências no registro fós-
sil de que peixes se tornaram anfı́bios e de
que répteis se tornaram mamı́feros. Mas o
que o registro fóssil realmente indica?
“Em vez de encontrarem evidências do
desenvolvimento gradual da vida”, diz o pa-
leontólogo evolucionista David Raup, “o
que os geólogos dos dias de Darwin e os
geólogos atuais na verdade descobriram foi
� O termo biológico filo se refere a uma grande ca-
tegoria de animais com as mesmas caracterı́sticas fı́si-
cas. Um modo de os cientistas classificarem todas as
coisas vivas é por meio de um sistema de sete grupos,
cada um mais especı́fico que o anterior. O primeiro
grupo é o reino, a categoria mais abrangente. A seguir
vêm as categorias filo, classe, ordem, famı́lia, gênero e
espécie. Por exemplo, o cavalo é classificado da se-
guinte maneira: reino: Animalia; filo: Chordata; classe:
Mammalia; ordem: Perissodactyla; famı́lia: Equidae; gê-
nero: Equus; espécie: caballus.
� Nem o artigo da revista New Scientist nem Bap-
teste ou Rose sugerem que a teoria da evolução esteja
errada. Antes, seu argumento é de que não há provas
que apoiem a teoria da suposta árvore da vida, um dos
alicerces da teoria de Darwin. Esses cientistas ainda
buscam outras explicações para a evolução.
um registro incompleto e irregular, ou seja,
espécies surgem de repente na sequência
dos fósseis, apresentam pouca ou nenhuma
mudança durante sua existência no registro
e, então, desaparecem abruptamente.”32
Na realidade, a grande maioria dos fós-
seis demonstra que as espécies perma-
neceram estáveis durante perı́odos muito
longos. Os indı́cios não mostram que as es-
pécies evoluı́ram de uma para outra. Novas
formas de vida e caracterı́sticas fı́sicas dis-
tintas apareceram de repente. Por exemplo,
morcegos com sonar e sistemas de ecoloca-
lização surgiram sem nenhuma ligação ób-
via com um ancestral mais primitivo.
De fato, mais da metade dos principais
ramos da vida animal parece ter surgido
num perı́odo relativamente curto. Visto
que muitas formas de vida distintas surgi-
ram tão repentinamente no registro fóssil,
os paleontólogos se referem a esse perı́o-
do como “a explosão cambriana”. Quando
ocorreu o perı́odo cambriano?
Suponhamos que as estimativas dos pes-
quisadores estejam corretas. Nesse caso, a
história da Terra poderia ser representada
por uma linha do tempo do tamanho de um
campo de futebol (1). Nessa escala, você te-
ria de caminhar a distância equivalente a
sete oitavos desse campo para chegar no
ponto que os paleontólogos chamam de pe-
rı́odo cambriano (2). Num pequeno trecho
desse perı́odo, os principais ramos da vida
animal aparecem no registro fóssil. Quanto
tempo leva para eles surgirem?
`
A medida
que caminha pelo campo, toda a vida ani-
mal surge antes de você completar sequer
um passo.
O surgimento relativamente instantâneo
das diversas formas de vida levou alguns
pesquisadores evolucionistas a questionar
a versão tradicional da teoria de Darwin.
Por exemplo, numa entrevista em 2008, o
biólogo evolucionista Stuart Newman falou
“EXPLOS
˜
AO CAMBRIANA” HOJE
2
23
sobre a necessidade de uma nova teoria da evolu-
ção que explicasse o aparecimento súbito de no-
vas formas de vida. Ele disse: “Acredito que a
teoria de Darwin usada para explicar todas as mu-
danças evolucionárias se tornará apenas mais uma
de muitas teorias — talvez não necessariamente a
mais importante quando se trata de compreender
a macroevolução, ou seja, a evolução das princi-
pais transições fı́sicas.”33
PROBLEMAS COM AS “PROVAS”
Mas e quanto aos fósseis usados para mostrar
que os peixes se transformaram em anfı́bios e os
répteis em mamı́feros? Será que fornecem provas
concretas do processo da evolução? Analisando
melhor, vários problemas ficam evidentes.
Primeiro, a proporção de tamanho das criaturas
na sequência réptil—mamı́fero é às vezes mal repre-
sentada. Nos livros, essas criaturas são apresenta-
das como se tivessem tamanho similar, quando, na
realidade, algumas criaturas são bem maiores que
outras.
Um segundo e mais sério desafio é a falta de evi-
dências de que essas criaturas sejam aparentadas
de alguma maneira. Espécimes colocados na se-
quência muitas vezes estão separados uns dos
outros por milhões de anos, segundo esti-
mativas dos pesquisadores. Com relação
aos perı́odos que separam muitos desses
fósseis, o zoólogo Henry Gee diz: “Os in-
tervalos de tempo que separam os fós-
seis são tão grandes que não podemos
afirmar nadasobre uma possı́vel liga-
ção entre eles.”34�
Falando sobre os fósseis de peixes e
anfı́bios, o biólogo Malcolm Gordon afir-
ma que os fósseis encontrados represen-
tam apenas uma pequena, “possivelmente ı́n-
fima, amostra da biodiversidade existente nesses
grupos naquelas épocas”. Ele diz ainda: “Não há
� Henry Gee não sugere que a teoria da evolução esteja erra-
da. Seus comentários mostram que há limites quanto ao que
podemos aprender do registro fóssil.
CONFORME
ALGUNS LIVROS
MOSTRAM
PROPORÇ
˜
AO REAL Por que alguns livros mudam a escala de tamanho dos
fósseis, apresentando-os em uma suposta sequência?
4 SER
´
A QUE TODA VIDA TEM UM ANCESTRAL EM COMUM? 25
como saber, se é que isso é possı́vel, até que
ponto esses organismos especı́ficos foram
relevantes para desenvolvimentos posterio-
res, ou qual talvez tenha sido seu parentes-
co.”35�
O QUE O “FILME” REALMENTE
MOSTRA?
Um artigo publicado na revista National
Geographic de 2004 compara o registro fós-
sil a “um filme da evolução, no qual 999 de
cada mil fotogramas desaparecem”.36 Con-
sidere as implicações dessa ilustração.
Imagine que você encontrou 100 foto-
gramas (quadros) de um filme que original-
mente possuı́a 100 mil fotogramas. Como
você saberia o enredo do filme? Você talvez
tenha uma ideia. Mas e se apenas 5 dos 100
fotogramas pudessem ser organizados de
acordo com o que você imaginou, enquan-
to os outros 95 contassem uma história
bem diferente? Seria razoável afirmar que
sua ideia original estava certa baseando-se
apenas naqueles 5 fotogramas? Seria o caso
de você ter colocado aqueles 5 fotogramas
numa determinada ordem só porque era a
que melhor se encaixava na sua teoria? Não
� Malcolm Gordon apoia a teoria da evolução.
seria mais razoável permitir que os outros
95 fotogramas influenciassem sua opinião?
Como essa ilustração se relaciona com
o conceito dos evolucionistas sobre o re-
gistro fóssil? Durante anos, pesquisadores
se recusaram a admitir que a grande maio-
ria dos fósseis, os 95 fotogramas do filme,
mostra que as espécies mudam muito pou-
co com o passar do tempo. Por que esse
silêncio sobre uma evidência tão impor-
tante? O escritor Richard Morris diz: “Apa-
rentemente, os paleontólogos adotaram o
conceito ortodoxo de mudança evolucio-
nária gradual e se apegaram a ele, mesmo
“Afirmar que uma sequência de fósseis re-
presenta uma linhagem não é uma hipótese
cientı́fica que pode ser comprovada, mas
uma afirmação que tem o mesmo valor de
uma história de ninar — incrı́vel, talvez até
instrutiva, mas não cientı́fica.” — In Search
of Deep Time—Beyond the Fossil Record to a
New History of Life (Em Busca de um Tempo
Distante — Além do Registro Fóssil Rumo a
uma Nova História da Vida), de Henry Gee,
páginas 116-117
As linhas pontilhadas mostram um
suposto parentesco
Pe
ixe
ss
em
ma
nd
ı́bu
la
Pe
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sc
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An
fı́b
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Ré
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is
Av
es
Ma
m ı́
fer
os
Os indı́cios fósseis existentes mostram
que não há parentesco entre eles
26 A ORIGEM DA VIDA
˛ Fato: Dois conceitos fundamentais da evo-
lução — o de que a vida teve uma origem em co-
mum e o de que as principais estruturas fı́sicas
surgiram em resultado do lento acúmulo de pe-
quenas mudanças — têm sido desafiados por
pesquisadores que não apoiam o relato bı́blico
da criação.
Pense no seguinte: Visto que os conceitos fun-
damentais da teoria de Darwin causam contro-
vérsia, será que a versão dele sobre a evolução
pode ser honestamente considerada um fato
cientı́fico?
˛ Fato: Todos os organismos vivos possuem pro-
jetos similares de DNA, a “linguagem de progra-
mação”, ou código, que determina a forma e as
funções de sua célula ou células.
Pense no seguinte: Será que essa similaridade
existe, não porque esses organismos tiveram
um ancestral em comum, mas porque tiveram o
mesmo Projetista?
ANALISE OS FATOS
quando descobriram evidências do contrá-
rio. Eles tentaram interpretar os indı́cios
fósseis com base em ideias evolucionistas
aceitas.”37
Que dizer dos evolucionistas hoje? Será
que eles continuam a colocar os fósseis
em uma determinada sequência, não por-
que ela encontra apoio na maioria das evi-
dências fósseis e genéticas, mas sim porque
fazer isso está de acordo com as ideias evo-
lucionistas aceitas no momento?�
� Veja, por exemplo, o quadro “Que dizer da evolu-
ção humana?”.
O que você acha? Que conclusão se har-
moniza mais com as evidências? Analise os
fatos que consideramos até agora.
˛ A primeira forma de vida na Terra não
era “simples”.
˛
´
E extremamente improvável que até mes-
mo os componentes de uma célula tenham
surgido por acaso.
˛ O DNA, “programa de computador”, ou
código, que faz a célula funcionar, é incri-
velmente complexo e evidencia uma enge-
nhosidade que ultrapassa qualquer progra-
ma ou sistema de armazenamento de dados
produzido por humanos.
˛ Pesquisas genéticas mostram que a vida
não se originou de um único ancestral.
Além disso, os principais grupos de ani-
mais aparecem abruptamente no registro
fóssil.`
A luz desses fatos, você acha razoável
concluir que essas evidências estão em har-
monia com a explicação bı́blica sobre a ori-
gem da vida? Muitas pessoas, porém, afir-
mam que a ciência contradiz muito do que
a Bı́blia diz sobre a criação. Será que isso é
verdade? O que a Bı́blia realmente diz?
Se “95 fotogramas” do registro fóssil mostram
que os animais não evoluı́ram de uma espécie
para outra, por que os paleontólogos organizam
os “5 fotogramas” restantes de modo a parecer
que foi isso o que aconteceu?
Pesquise o assunto da evolução humana em
livros e enciclopédias e encontrará um desenho
com várias criaturas em sequência, representando
a evolução do homem. A primeira é uma criatura
simiesca encurvada, seguida por outras com pos-
tura progressivamente mais ereta e com caixa cra-
niana maior. No final da sequência, você pode ver
o homem moderno. Essas representações, acom-
panhadas de reportagens sensacionalistas sobre
a descoberta de supostos elos perdidos, dão a im-
pressão de que há muitas provas de que o homem
evoluiu de criaturas simiescas. Será que essas ale-
gações se baseiam em provas concretas? Veja o
que pesquisadores evolucionistas dizem sobre os
assuntos a seguir.�
O QUE OS IND
´
ICIOS F
´
OSSEIS
REALMENTE MOSTRAM
˛ Fato: No inı́cio do século 20, todos os fósseis
usados para apoiar a ideia de que humanos e ma-
cacos evoluı́ram de um ancestral em comum ca-
biam em uma mesa de bilhar. Desde então, a
quantidade desses fósseis aumentou. Hoje se diz
que eles encheriam um vagão de carga.38 No en-
tanto, a grande maioria deles consiste de apenas
alguns ossos e dentes. Crânios completos, sem
falar de esqueletos completos, são raros.39
Pergunta: Será que a maior quantidade de fósseis
associados à “árvore genealógica” do homem re-
solveu a questão entre os evolucionistas sobre
quando e como o homem evoluiu de criaturas
simiescas?
Resposta: Não. Na verdade, ocorreu o contrário.
Referindo-se à classificação desses fósseis, Robin
Derricourt, da Universidade de Nova Gales do Sul,
Austrália, escreveu em 2009: “Talvez o único con-
senso a que chegamos até agora seja o de que
não há nenhum consenso.”40 Em 2007, a revista
Nature publicou um artigo escrito pelos descobri-
� Nota: Nenhum dos pesquisadores citados neste
quadro acredita no ensino bı́blico da criação. Todos
acreditam na evolução.
dores de outro suposto
elo perdido da árvore evo-
lucionária, dizendo que
nada se sabe sobre quan-
do ou como a linhagem hu-
mana surgiu da linhagem
dos macacos.41 Gyula Gyenis,
pesquisador do Departamentode Antropologia
Biológica, da Universidade Eötvös Loránd, Hungria,
escreveu em 2002: “A classificação e localização
evolucionária dos fósseis de hominı́deos são cons-
tantemente debatidas.”� Ele também diz que os
indı́cios fósseis colhidos até agora não nos permi-
tem saber exatamente quando, onde ou como o
homem evoluiu de criaturas simiescas.42
AN
´
UNCIOS DE “ELOS PERDIDOS”
˛ Fato: Com frequência a mı́dia anuncia a des-
coberta de um novo “elo perdido”. Por exemplo,
em 2009, um fóssil que foi chamado de Ida rece-
beu atenção digna de uma “estrela do rock”, de
acordo com certa revista.43 A publicidade incluı́a
esta manchete do jornal britânico The Guardian:
“Fóssil Ida: descoberta extraordinária de um ‘elo
perdido’ da evolução humana”.44 No entanto, ape-
nas alguns dias depois, a revista cientı́fica britâni-
ca New Scientist disse: “Ida não é um ‘elo perdido’
da evolução humana.”45
Pergunta: Por que cada nova descoberta de um
“elo perdido” recebe ampla atenção da mı́dia, ao
passo que quando esse fóssil é removido da “árvo-
re genealógica” isso raramente é mencionado?
Resposta: Falando a respeito dos que fazem es-
sas descobertas, Robin Derricourt, mencionado
� O termo “hominı́deo” é usado para descrever a
espécie que, segundo os pesquisadores evolucionistas,
deu origem à famı́lia humana e às espécies pré-históricas
semelhantes a humanos.
Que dizer da
evolução humana?
28 A ORIGEM DA VIDA
antes, diz: “O chefe de uma equipe de pesqui-
sas talvez precise dar muita ênfase à singula-
ridade e ao drama de uma ‘descoberta’ para
atrair fundos de outras fontes fora do cı́rculo
acadêmico, e os pesquisadores são estimula-
dos pela mı́dia eletrônica e impressa, que por
sua vez está em busca de uma história dra-
mática.”46
GRAVURAS E MODELOS DO
HOMEM-MACACO
˛ Fato: Gravuras em livros e museus com fre-
quência apresentam os supostos ancestrais
dos humanos com feições, cor de pele e
quantidade de pelos caracterı́sticas. Essas
gravuras em geral mostram os “ancestrais”
mais antigos com caracterı́sticas semelhan-
tes às do macaco, e os supostamente mais
próximos do homem com feições, cor de pele
e pelo mais parecidos aos dos humanos.
Pergunta: Os cientistas podem realmente re-
produzir essas caracterı́sticas baseando-se
nos restos fossilizados que encontram?
Resposta: Não. Em 2003, o especialista
forense Carl Stephan, que trabalha no Depar-
tamento de Ciências Anatômicas da Universi-
dade de Adelaide, Austrália, escreveu: “As
faces de primitivos ancestrais do homem não
podem ser reproduzidas ou avaliadas com
exatidão.” Ele disse que as tentativas de fa-
zer isso baseando-se nos macacos atuais
“provavelmente serão tendenciosas, grossei-
ramente inexatas e inválidas”. O que ele con-
cluiu? “Quaisquer ‘reconstruções’ faciais dos
primitivos hominı́deos têm grande probabili-
dade de estar equivocadas.”47
INTELIG
ˆ
ENCIA E TAMANHO
DO C
´
EREBRO
˛ Fato: O tamanho do cérebro de um suposto
ancestral dos humanos é uma das principais
maneiras de os evolucionistas determinarem
se o suposto parentesco entre esse ancestral
e os humanos é distante ou próximo.
Pergunta: O tamanho do cérebro é um indi-
cador confiável de inteligência?
Resposta: Não. Um grupo de pesquisadores
que usou o tamanho do cérebro como base
para determinar quais criaturas extintas eram
parentes mais próximos do homem admitiu
que ao fazer isso eles “se sentiram como se
estivessem pisando em um solo instável”.48
Por quê? Veja o que a revista Scientific Ameri-
can Mind disse em 2008: “Os cientistas não
conseguiram encontrar uma correlação entre
o tamanho relativo e absoluto do cérebro e a
inteligência de humanos e de outras espécies
animais. Também não foram capazes de en-
contrar um paralelo entre inteligência e o ta-
manho de regiões especı́ficas do cérebro
nem a existência delas. A exceção talvez seja
a área de Broca, que comanda a fala nos se-
res humanos.”49
O que você acha? Por que os cientistas ali-
nham os fósseis usados na sequência maca-
co—homem de acordo com o tamanho do
cérebro quando se sabe que isso não é um
indicador confiável de inteligência? Será que
eles estão tentando fazer com que as provas
se encaixem em sua teoria? E por que os pes-
quisadores constantemente debatem sobre
quais fósseis devem ser incluı́dos na “árvore
genealógica” humana? Não seria o caso de
esses fósseis estudados serem apenas o que
parecem realmente ser, ou seja, espécies ex-
tintas de macacos?
O que dizer, porém, do homem de Nean-
dertal, fóssil semelhante aos seres humanos,
frequentemente apresentado como prova de
que uma espécie de homem-macaco existiu?
Os pesquisadores estão começando a mudar
seu ponto de vista sobre o que o homem de
Neandertal realmente era. Em 2009, Milford
Wolpoff escreveu na revista American Journal
of Physical Anthropology que “o homem de
Neandertal deve ter sido uma autêntica raça
de seres humanos.”50
Observadores sinceros reconhecem que o or-
gulho, o dinheiro e a necessidade de atenção
da mı́dia influenciam o modo como as “pro-
vas” da evolução humana são apresentadas.
Você está disposto a depositar sua confiança
nessas “provas”?
4 SER
´
A QUE TODA VIDA TEM UM ANCESTRAL EM COMUM? 29
O QUE H
´
A DE
ERRADO NESTA
GRAVURA?
˛ Gravuras como esta são baseadas em
ideias pré-concebidas e suposições de
pesquisadores e artistas, não em fatos.51
˛ A maioria desses desenhos se baseia
em crânios incompletos e alguns dentes.
Crânios completos, sem falar de
esqueletos completos, são raros.
˛ Não há consenso entre os pesquisadores
sobre como os fósseis de várias criaturas
devem ser classificados.
˛ Os artistas não podem reproduzir com exatidão
feições, cor de pele e pelos dessas criaturas
extintas.
˛ Cada criatura é colocada numa determinada posição
na linha que leva ao homem moderno de acordo
principalmente com o tamanho da caixa craniana. Isso
é feito apesar da evidência de que o tamanho do cérebro
não é um indicador confiável de inteligência.
30 A ORIGEM DA VIDA
Ao ler esta brochura, ficou surpreso ao
ver que o que a Bı́blia diz é cientifica-
mente exato? Muitas pessoas ficam. Elas
também se surpreendem ao aprender que
a Bı́blia não diz algumas das coisas que
muitas religiões atribuem a ela. Algumas
religiões afirmam, por exemplo, que a Bı́-
blia ensina que Deus fez o Universo e
toda a vida nele em apenas seis dias de
24 horas. Mas, na verdade, não há nada
na Bı́blia que contradiga as diferentes es-
timativas dos cientistas sobre a idade do
Universo ou da Terra.�
Além disso, o breve relato bı́blico so-
bre como Deus criou a vida neste plane-
ta dá ampla margem para teorias e pes-
quisas cientı́ficas. A Bı́blia diz que Deus
criou toda a vida, e que as coisas vivas
foram feitas “segundo as suas espécies”.
(Gênesis 1:11, 21, 24) Essas afirmações
� Para mais informações, veja a brochura A Vida
— Teve um Criador?, publicada pelas Testemunhas de
Jeová.
talvez estejam em conflito com certas
teorias cientı́ficas, mas concordam com
fatos cientı́ficos já comprovados. A histó-
ria da ciência mostra que as teorias vão e
vêm, mas os fatos permanecem.
Há muitas pessoas, porém, que deixam
de pesquisar a Bı́blia porque estão de-
cepcionadas com a religião. Elas olham
para as religiões e veem hipocrisia, cor-
rupção e envolvimento nas guerras. Mas
seria justo julgar a Bı́blia pelo compor-
tamento de alguns que afirmam segui-la?
Muitos cientistas sinceros e de bom cora-
ção ficam horrorizados pelo modo como
pessoas violentas usam a teoria da evolu-
ção para justificar suas ideias racistas. Se-
ria justo julgar a teoria da evolução ba-
seando-se nisso? Com certeza é melhor
investigar o que a teoria afirma e compa-
rar com a evidência disponı́vel.
Incentivamos você a fazer o mesmo
com a Bı́blia. Talvez fique surpreso ao
aprender que os ensinos da Bı́blia são
5
FAZ SENTIDO
ACREDITAR NA B
´
IBLIA?
Você já se enganou a respeito de uma pessoa? Talveztenha ouvido outros falarem
a respeito dela. Pode ser que você tenha ficado com má impressão dela, mas ao
conhecê-la pessoalmente descobriu que os outros estavam equivocados. De modo
similar, muitos têm se equivocado a respeito da Bı́blia.
Muitas pessoas cultas menosprezam a Bı́blia. Sabe por quê? Com frequência, esse
livro é apresentado ou citado de uma maneira que o faz parecer ilógico, não cientı́-
fico ou simplesmente equivocado. Seria o caso de as pessoas estarem enganadas
a respeito da Bı́blia?
1. Como a vida começou?
1. How Life Began—Evolution’s Three
Geneses, de Alexandre Meinesz, traduzi-
do para o inglês, por Daniel Simberloff,
2008, pp. 30-33, 45.
a. Life Itself—Its Origin and Nature, de
Francis Crick, 1981, pp. 15-16, 141-153.
2. Scientific American, “Uma origem mais
simples da vida”, de Robert Shapiro,
junho de 2007, p. 48.
a. The New York Times, “A Leading
Mystery of Life’s Origins Is Seemingly
Solved”, de Nicholas Wade, 14 de maio
de 2009, p. A23.
3. Scientific American, junho de 2007,
p. 48.
4. Scientific American, junho de 2007,
pp. 47, 49-50.
5. Information Theory, Evolution, and the
Origin of Life, de Hubert P. Yockey,
2005, p. 182.
6. NASA’s Astrobiology Magazine,
“Life’s Working Definition—Does
It Work?” (http://www.nasa.gov/
vision/universe/starsgalaxies/
life’s�working�definition.html),
acessado em 17/3/2009.
2. Existem formas de vida
realmente simples?
7. Princeton Weekly Bulletin, “Nuts, Bolts
of Who We Are”, de Steven Schultz,
1.° de maio de 2000, (http://www.prince-
ton.edu/pr/pwb/00/0501/
p/brain.shtml), acessado em 27/3/2009.
a. “The Nobel Prize in Physiology or
Medicine 2002”, Press Release, 7 de ou-
tubro de 2002, (http://nobelprize.org/
nobel�prizes/medicine/laureates/2002/
press.html), acessado em 27/3/2009.
8. “The Nobel Prize in Physiology or
Medicine 2002,” 7 de outubro de 2002.
9. Encyclopædia Britannica, CD 2003,
“Cell”, “The Mitochondrion and the
Chloroplast”, subtı́tulo, “The Endosym-
biont Hypothesis.”
10. How Life Began—Evolution’s Three
Geneses, p. 32.
11. Molecular Biology of the Cell, segunda
edição, de Bruce Alberts et al, 1989,
p. 405.
12. Molecular Human Reproduction,
“The Role of Proteomics in Defining the
Human Embryonic Secretome”, de
M. G. Katz-Jaffe, S. McReynolds, D. K.
Gardner e W. B. Schoolcraft, 2009,
p. 271.
13. Between Necessity and Probability:
Searching for the Definition and Origin
of Life, de Radu Popa, 2004, p. 129.
14. Between Necessity and Probability:
Searching for the Definition and Origin
of Life, pp. 126-127.
BIBLIOGRAFIA
bem diferentes dos da maioria das reli-
giões. Longe de promover a guerra e a
violência étnica, a Bı́blia ensina que os
servos de Deus devem rejeitar a guerra e
até mesmo o ódio que gera esse tipo de
violência. (Isaı́as 2:2-4; Mateus 5:43, 44;
26:52) Longe de promover o fanatismo e
a credulidade, a Bı́blia ensina que a ver-
dadeira fé é baseada em provas e que a
faculdade de raciocı́nio é essencial para
servir a Deus. (Romanos 12:1; Hebreus
11:1) Longe de desestimular a curiosida-
de, a Bı́blia nos incentiva a investigar as
questões mais fascinantes que têm desa-
fiado a humanidade.
Por exemplo, já se perguntou: ‘Se Deus
existe, por que ele permite a perversida-
de?’ A Bı́blia responde a essa e a muitas
outras perguntas de modo satisfatório.�
Incentivamos você a continuar na sua bus-
ca pela verdade. Poderá encontrar respos-
tas emocionantes e razoáveis, baseadas
em provas convincentes. E com certeza
isso não será mero acaso.
� Veja o capı́tulo 11 do livro O Que a Bı́blia Real-
mente Ensina?, publicado pelas Testemunhas de Jeová.
lf-
T
1
7
0
6
1
4
Para mais informações, acesse www.jw.org ou contate as Testemunhas de Jeová.
s
(Quadro) Rápidas e eficientes
15. Origin of Mitochondria and Hydro-
genosomes, de William F. Martin e
Miklós Müller, 2007, p. 21.
16. Brain Matters—Translating Research
Into Classroom Practice, de Pat Wolfe,
2001, p. 16.
3. De onde vieram as instruções?
17. Research News Berkeley Lab,
(http://www.lbl.gov/Science-Articles/
Archive/LSD-molecular-DNA.html),
artigo: “Molecular DNA Switch Found
to Be the Same for All Life”, contato:
Lynn Yarris, p. 1 de 4; acessado em
10/2/2009.
18. Life Script, de Nicholas Wade, 2001,
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19. Bioinformatics Methods in Clinical Re-
search, editado por Rune Matthiesen,
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20. Scientific American, “Computing
With DNA”, de Leonard M. Adleman,
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21. Nano Letters, “Enumeration of DNA
Molecules Bound to a Nanomechanical
Oscillator”, de B. Ilic, Y. Yang, K. Au-
bin, R. Reichenbach, S. Krylov e H. G.
Craighead, Vol. 5, n.° 5, 2005, pp. 925,
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22. Genome—The Autobiography of a
Species in 23 Chapters, de Matt Ridley,
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23. Essential Cell Biology, segunda edi-
ção, de Bruce Alberts, Dennis Bray,
Karen Hopkin, Alexander Johnson,
Julian Lewis, Martin Raff, Keith Roberts
e Peter Walter, 2004, p. 201.
24. Molecular Biology of the Cell, quarta
edição, de Bruce Alberts et al, 2002,
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25. No Ordinary Genius—The Illustrated
Richard Feynman, editado por Christo-
pher Sykes, 1994, foto sem número de
página fornecido; veja legenda.
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but Not As We Know It”, de Bob
Holmes, 11 de março de 2009,
(http://www.newscientist.com/article/
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11/3/2009.
26. The Search for Extraterrestrial Intel-
ligence—A Philosophical Inquiry, de David
Lamb, 2001, p. 83.
27. Associated Press Newswires, “Fa-
mous Atheist Now Believes in God”, de
Richard N. Ostling, 9 de dezembro de
2004.
(Quadro) Uma molécula que pode
ser lida e copiada
28. Intelligent Life in the Universe, segun-
da edição, de Peter Ulmschneider, 2006,
p. 125.
4. Será que toda vida tem um
ancestral em comum?
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