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3 1 - Gestão e monitoramento de resíduos

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Gestão e monitoramento de resíduos 
APRESENTAÇÃO
Nos últimos anos, tem aumentado a conscientização da necessidade de se reduzir ao máximo o 
volume de lixo e separar corretamente os resíduos para a coleta seletiva. A coleta seletiva é o 
processo de separação e coleta dos resíduos conforme sua constituição ou natureza: seco 
reciclável e úmido não reciclável. Junto com a logística reversa, esses processos ajudam a 
reduzir o acúmulo de lixo, amenizando a situação dos aterros sanitários. Vale destacar que 
a reciclagem é um trabalho conjunto do poder público e da sociedade.
O monitoramento e a fiscalização ambientais, e algumas vezes a auditoria dos resíduos sólidos, 
são importantes medidas ambientais. Um plano de gerenciamento de resíduos sólidos bem 
elaborado pode trazer resultados imediatos. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender a identificar os diferentes tipos de resíduos, 
o seu correto descarte, reciclagem e monitoramento, além de entender como o analista ambiental 
pode ter papel diferencial para a aplicação de medidas que venham a melhorar o gerenciamento 
de resíduos no Brasil.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever os principais tipos de resíduos e seu correto descarte.•
Reconhecer as estratégias para redução, reciclagem e renovação de resíduos.•
Identificar o papel do analista ambiental no monitoramento de resíduos.•
DESAFIO
As Unidades de Conservação (UC) são áreas de preservação ambiental protegidas pelo poder 
público que têm papel central no gerenciamento de resíduos dentro da UC e nos Municípios 
fronteiros. A partir das boas práticas de gerenciamento de resíduos em uma UC, pode-se 
melhorar a conscientização populacional sobre a geração e a destinação do lixo.
Ciente disso, na qualidade de analista ambiental, imagine o seguinte cenário:
Com base no problema exposto, responda:
a) Como você atuaria no gerenciamento desses resíduos? Há como reduzi-los?
b) De que forma o seu monitoramento poderia também servir como método de conscientização 
da população?
c) Quais são os impactos desse gerenciamento de resíduos, tanto positivos, por estar sendo 
desenvolvido, quanto negativos, se não fosse executado?
INFOGRÁFICO
O volume de lixo produzido causa preocupações em razão do impacto ambiental. Com o 
aumento do consumo, aumentou também a quantidade de resíduos gerados pelos seres humanos. 
Esses resíduos são de diferentes tipos e podem fazer parte do grupo de resíduos perigosos, os 
quais, quando descartados incorretamente, geram danos ao meio ambiente e/ou, direta ou 
indiretamente, à saúde humana, portanto, entram para a logística reversa. Essa medida tem, 
como primeiro passo, a separação do resíduo na origem. Já para reduzir a quantidade de resíduos 
sólidos, a reciclagem tem sido grande aliada. 
Acesse o Infográfico para conhecer a classificação dos diferentes tipos de resíduos sólidos.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
CONTEÚDO DO LIVRO
Com a urbanização, houve aumento de consumo e, consequentemente, aumento de produção e 
de resíduos sólidos. Atualmente, o excesso de resíduos é um problema governamental, 
ambiental e de saúde pública. Na tentativa de resolver a situação, mudanças na legislação foram 
necessárias. O trabalho conjunto da população e do poder público é necessário para colocar em 
prática os três Rs da sustentabilidade (Reduzir, Reutilizar e Reciclar).
A coleta seletiva é uma medida que auxilia na redução de resíduos sólidos com a reciclagem do 
lixo, evitando que este tenha como destino final os aterros sanitários. Outra medida é a logística 
reversa, que, quando realizada, auxilia na conscientização da sociedade. Nesse cenário, o 
analista ambiental exerce uma importante função para determinar a disposição final dos 
resíduos, que é a análise do tipo de resíduo, da quantidade, da origem, das propriedades e da 
periculosidade.
No capítulo Gestão e monitoramento de resíduos, da obra Ecologia e análises ambientais, base 
teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os diferentes tipos de resíduos, suas 
classificações e seu correto descarte. Também vai compreender a reciclagem e o monitoramento 
desses resíduos, bem como a esterilização dos resíduos biológicos e o correto manejo dos 
resíduos perigosos.
Boa leitura.
ECOLOGIA E 
ANÁLISES AMBIENTAIS 
Alana Maria Cerqueira de Oliveira
Gestão e monitoramento 
de resíduos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever os principais tipos de resíduos e seu correto descarte.
  Reconhecer as estratégias para redução, reciclagem e renovação de 
resíduos.
  Identificar o papel do analista ambiental no monitoramento de 
resíduos.
Introdução
Milhares de toneladas de resíduos sólidos são produzidas nas cidades e 
seu gerenciamento exige a implantação de medidas mais eficazes. Os 
aterros sanitários estão sobrecarregados. Cada vez mais tem aumentado 
a preocupação com o descarte inadequado de resíduos sólidos e sua 
consequência ambiental a curto e longo prazos. Assim, é importante a 
conscientização da necessidade de reduzir ao máximo o volume de lixo 
produzido. Medidas de preservação do meio ambiente, como redução 
de resíduos sólidos, devem partir tanto do poder público quanto da 
própria sociedade. 
A coleta seletiva e a logística reversa são medidas que, quando soma-
das a campanhas de conscientização para a colaboração da sociedade, 
geram resultados práticos. Afinal, o descarte irregular de lixo tem conse-
quências diretas e indiretas à saúde humana e à preservação ambiental. 
Neste capítulo, você vai identificar os diferentes tipos de resíduos e 
como proceder com seu correto descarte, ou, preferencialmente, sua 
reciclagem. Também entenderá o papel do analista ambiental no mo-
nitoramento desses resíduos e como esse profissional pode contribuir 
ativamente para um melhor gerenciamento desses dejetos.
1 Resíduos e seu correto descarte
O descarte incorreto de resíduos leva a danos muitas vezes imensuráveis ao 
meio ambiente e direta ou indiretamente à saúde humana. A análise do tipo 
de resíduo, quantidade, origem, propriedades e periculosidade é importante 
para determinar qual deve ser seu descarte fi nal. 
Todo material sólido ou semissólido indesejável que precisa ser descartado 
por não ter mais utilidade para quem o utilizou pode ser denominado de lixo. 
Esses resíduos são ainda classificados em dois grandes grupos: resíduos sólidos e 
líquidos. Os resíduos líquidos, tanto aqueles provenientes de processos industriais 
quanto das atividades humanas domésticas, são chamados de esgotos sanitários 
(IBRAHIN, 2015). A água e os efluentes contendo resíduos líquidos requerem 
tratamento adequado, estando esse processo regulado pela NBR 9648/86 da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Já os resíduos sólidos 
devem ser descartados de acordo com as diretrizes da NBR 10004 da ABNT:
Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de 
origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de 
varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas 
de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de 
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularida-
des tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos 
de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis 
em face à melhor tecnologia disponível (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2004, p. 1).
Tipos de resíduos sólidos
Ainda de acordo com a NBR 10004 da ABNT, os resíduos sólidos são classi-
fi cados de duas formas: pela origem e/ou natureza e pela sua peculiaridade. 
Por origem ou natureza, suas subdivisões são as seguintes. 
Domiciliares
Correspondem aos resíduos residenciais ou domésticos que são gerados pelas 
atividades cotidianas nas residênciasparticulares urbanas (casas, apartamentos, 
condomínios e demais edifi cações residenciais). Podem ser secos, incluindo 
papeis, plásticos, enlatados e embalagens de produtos, ou úmidos, incluindo 
produtos deteriorados, sobras de alimentos (industrializados ou não) e resíduos 
orgânicos no geral.
Gestão e monitoramento de resíduos2
O descarte do lixo domiciliar deve ser realizado dividindo-se esses dejetos 
em três grupos: orgânico, reciclável e não reciclável. A coleta de resíduos 
domésticos é realizada pelos órgãos públicos, havendo algumas variações 
conforme o município. O acondicionamento desses resíduos em sacolas plásticas 
é regulado pela NBR 9190 da ABNT. Qualquer cidadão deve estar atento ao 
correto acondicionamento de seus resíduos domiciliares, uma vez que materiais 
como vidros, latas e outros pontiagudos ou cortantes podem apresentar risco 
à saúde dos funcionários coletam, manuseiam, transportam e descartam esses 
resíduos. Outros materiais apresentam um risco à fauna, tais como chicletes. 
Pássaros e mamíferos são atraídos pelo cheiro adocicado e pela curiosidade e 
muitos acabam morrendo asfixiados. O descarte incorreto do plástico também 
gera uma série de incidentes ambientais (Figura 1), apesar desse material poder 
ser reciclado e reutilizado. Outro material cujo descarte incorreto pode levar a 
uma série de problemas ambientais é o óleo de cozinha. Esse resíduo deve ser 
coado, acondicionado em recipiente fechado e entregue em pontos de coleta. 
Uma alternativa é a reciclagem para produção de sabão ou doação para quem faz 
sabão caseiro (INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICI-
PAL, 2001; BIBLIOTECA VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2016). 
Figura 1. Fotos de uma campanha da organização não governamental Sea Shepherd, 
mostrando imagens de animais sendo asfixiados devido ao descarte incorreto de resíduos 
sólidos, cujos dizeres são traduzidos como “O plástico que você usa apenas uma vez tortura 
os oceanos para sempre”. 
Fonte: Oliveira (2019, documento on-line).
3Gestão e monitoramento de resíduos
A pandemia de Covid-19 trouxe a necessidade de uso de máscaras descartáveis pela 
população comum, o que acabou se tornando, portanto, mais um resíduo domiciliar. 
A fim de sanar eventuais dúvidas sobre o descarte de máscaras por pessoas com ou 
sem Covid-19, além de outros resíduos domiciliares de pessoas infectadas, a Associação 
Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental criou uma cartilha com as principais 
informações, que podem ser aplicadas a outras doenças infecciosas transmissíveis a 
partir de gotículas e fluidos biológicos (ABES, 2020).
Domiciliar especial
Apesar da maior parte dos resíduos domiciliares se encaixar na categoria 
anterior, alguns dejetos não devem ter o mesmo destino que a coleta domiciliar 
comum, como caliça e resíduos com logística reversa obrigatória. O entulho 
de obras não está incluso na coleta domiciliar convencional, portanto todo 
material reaproveitável deve ser reutilizado na própria obra ou descartado de 
acordo com o tipo de resíduo (BRASIL, 2010). É importante ressaltar que o 
responsável pelo resíduo de caliça é o próprio gerador, inclusive passível de 
multa se descartar em local inapropriado. 
Boa parte dos descartes domiciliares especiais fazem parte do grupo de resí-
duos perigosos que geram danos ao meio ambiente e/ou direta ou indiretamente 
à saúde humana. Portanto, entram para a logística reversa. São eles: resíduos 
químicos, como medicamentos, eletroeletrônicos, pilhas, baterias, lâmpadas 
fluorescentes e pneus (BRASIL, 2010; 2020). Em resumo, a política de logística 
reversa implica que todo o setor empresarial responsável pela comercialização 
do produto (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes) tem a 
responsabilidade de dar o devido direcionamento do recolhimento, descarte 
final e/ou reutilização na linha de produção, independentemente do sistema 
público. Esses produtos devem ser descartados nos pontos de coleta adequados 
para esses resíduos. 
Gestão e monitoramento de resíduos4
Algumas pessoas precisam utilizar medicação injetável rotineiramente (como os 
insulinodependentes). As seringas são resíduos infectantes e devem ser descartadas 
em coletores de materiais perfurocortantes (Figura 2). Cidadãos com esse tipo de 
resíduo domiciliar devem procurar a unidade básica de saúde mais próxima para 
orientações quanto a esse descarte.
Figura 2. Exemplo de recipiente para coleta de resíduo de serviço de saúde e material 
perfurocortante.
Fonte: Suprevida (2020, documento on-line).
Limpeza urbana
Essa classe de resíduos compreende aqueles provenientes das atividades de 
saneamento básico e outros, como varrição de vias públicas, limpeza de 
ambientes e patrimônios públicos. Os resíduos públicos acondicionados em 
sacos podem ser removidos por caminhões coletores. A responsabilidade do 
descarte e direcionamento correto é de cada prefeitura. Muitos desses resíduos 
são compostáveis ou recicláveis em outras atividades (UNIVERSIDADE 
ESTADUAL DE MARINGÁ, 2012). 
Construç ã o civil e demolição
São resíduos gerados a partir das atividades de construção ou demolição, 
reformas, reparos e escavação de terrenos. São subdivididos em: Classe A 
(reutilizáveis e recicláveis), Classe B (recicláveis), Classe C (não recicláveis), 
5Gestão e monitoramento de resíduos
Classe D (perigosos). Esses resíduos não devem ser misturados, e especialmente 
os resíduos de classe D exigem um plano de remoção e uma série de cuidados 
em seu descarte, incluindo o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) 
pelos responsáveis pela coleta e manuseio (BRASIL, 2002). 
Serviç os de saúde
Os resíduos de saúde são gerados por qualquer atividade de natureza médico-
-assistencial humana ou animal, incluindo todas instituições destinadas à 
preservação da saúde. São exemplos produtos biológicos e infectantes, peç as 
anatô micas, rejeitos radioativos, materiais perfurocortantes (agulhas, ampolas 
de vidro), fi ltros de ar, bolsas transfusionais, placas e lâminas de laboratório, 
reagentes de laboratório, etc. (BRASIL, 2004). São divididos em cinco grupos: 
  grupo A (possível presença de agentes biológicos);
  grupo B (contêm substâncias químicas);
  grupo C (contêm radionuclídeos);
  grupo D (não apresentam risco, podendo ser equiparados aos resíduos 
domiciliares); 
  grupo E (materiais perfurocortantes).
O grupo A se subdivide em outras cinco classificações. Antes do descarte, 
os resíduos do grupo A1 e A2 devem receber tratamento em equipamento 
para a redução ou inativação de carga microbiana, tendo como destino final o 
aterro sanitário licenciado; no caso de animal, é realizado o sepultamento em 
cemitério de animais. Para resíduos do grupo A3, é realizado sepultamento 
em cemitério ou tratamento térmico (incineração ou cremação). Os resíduos 
do grupo A4 dispensam o tratamento prévio. Os resíduos do grupo A5 são 
tratados de acordo com as normas da Anvisa e tendo como destino final a 
incineração.
Para descarte de resíduos do grupo B, deve-se respeitar a legislação estadual 
que dispõe sobre os limites permitidos. Após tratamento, podem ser descarta-
dos na rede de esgoto. Os resíduos inorgânicos insolúveis em água com risco 
de impacto ambiental devem ser coletados por serviço contratado, estando 
corretamente identificados. Todos os resíduos devem ser acondicionados em 
recipientes, de acordo com as especificações químicas. Também se recomenda 
a avaliação da Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos 
(FISPQ) de cada um desses resíduos, para evitar acidentes que ocasionem 
risco ao ambiente ou aos profissionais de saúde.
Gestão e monitoramento de resíduos6
Os resíduos radioativos do grupo C devem passar por segregação consi-
derando a natureza tanto do material quanto do radionuclídeo presente. O 
processo de identificação, acondicionamento e tratamento desses resíduos 
segue a RDC 306/2004 da Anvisa, mas a eliminação deve ser realizada de 
acordo com a Comissão Nacionalde Energia Nuclear (CNEN). Devem ser 
armazenados com a devida proteção: lixeira de acrílico para os de emissão 
beta e de chumbo para aqueles de emissão gama, por um período igual a duas 
vezes o respectivo tempo de decaimento do radioisótopo. Para descarte de 
resíduos do grupo C, deve-se observar sua atividade total (FONSECA, 2009). 
Se inferior ao limite e for solvente aquoso, poderá ir para a rede de esgoto, 
caso contrário deve ser encaminhado para o local de armazenamento.
Por sua vez, os resíduos do grupo D são descartados no lixo comum ou 
por coleta seletiva para reciclagem. Já os resíduos do grupo E devem ser 
descartados em recipiente rígido (Figura 2) até o preenchimento atingir dois 
terços de sua capacidade, após o que devem ser identificados e obedecer aos 
mesmos procedimentos que o grupo A.
Industriais
São provenientes das atividades industriais e processos produtivos, sendo 
disciplinados pela Resolução Conama nº. 313/2002. São exemplos: produção 
de álcool, refi no de petróleo, metalurgia básica, elaboração de combustíveis 
nucleares e fabricação de produtos químicos, veículos automotores, equi-
pamentos de transporte, máquinas e equipamentos, reboques e carrocerias, 
máquinas para escritório e equipamentos de informática, produtos de metal 
e artefatos de couro. O tipo de resíduo gerado depende do tipo de atividade 
da indústria. Muitos resíduos das indústrias alimentícias são reciclados como 
ração animal (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, 2012).
Agrossilvopastoris (orgâ nicos e inorgâ nicos)
Sã o provenientes de atividades ligadas à agricultura e à pecuá ria e dividem-
-se em resíduos orgâ nicos e inorgâ nicos. Exemplos de orgâ nicos: culturas 
perenes (café, banana, laranja, coco), resíduos de plantaç õ es e temporárias 
(cana, soja, milho, mandioca, feijão), abate em criaç õ es de animais (bovinos, 
aves, equinos, suí nos , caprinos, ovinos), resí duos gerados nos abatedouros, 
nas pastagens, atividades agroindustriais e atividades fl orestais. Exemplos 
de inorgâ nicos: agrotó xicos, fertilizantes, produtos farmacê uticos e diversas 
formas de embalagens. Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos 
7Gestão e monitoramento de resíduos
(Lei 12.305/2010, artigo 20º, Inciso V), é obrigatória a elaboração de um plano 
de gerenciamento de resíduos sólidos (BRASIL, 2013) pelos agricultores. O 
descarte deve ser realizado de acordo com o tipo de resíduo, sua capacidade 
de reutilização e seu caráter compostável (destinação fi nal como adubo orgâ-
nico) ou não. As embalagens de agrotóxicos fazem parte da logística reversa, 
tendo o agricultor a obrigação legal de efetuar a lavagem das embalagens ( 
tríplice lavagem ou a lavagem sob pressão) e realizar a devolução no prazo de 
um ano após a compra ou seis meses após o vencimento da data de validade 
do produto. Embalagens não lavadas são classifi cadas como resíduos sólidos 
perigosos, exigindo procedimentos especiais para as etapas de manuseio e 
destinação adequada. 
Resíduos de serviços terrestres
Sã o gerados em atividades de transporte rodoviá rio, aquaviário, ferroviá rio, 
aé reo e també m por instalaç õ es de trâ nsito de usuá rios, como rodoviá rias, 
portos, aeroportos e passagens de fronteiras. Exemplos: material de escritório, 
resíduos contaminados de óleo, de atividades de manutenção dos meios de 
transporte, sucatas, resíduos orgânicos provenientes de cozinhas, resíduos 
infectantes, pilhas e baterias , embalagens em geral, resíduos de refeitórios e 
serviços de bordo, cargas em perdimento, resíduos químicos, cargas apreen-
didas ou mal acondicionadas e lâmpadas. Devem ser descartados de acordo 
com a política de logística reversa, ou realizada a coleta seletiva, no caso dos 
materiais recicláveis.
Resíduos de mineraç ã o
São específi cos de algumas regiões brasileiras e provenientes do benefi cia-
mento, da pesquisa e da extraç ã o de miné rios (ferro, ouro, titânio, fosfato, 
entre outros), inclusive das atividades de suporte, como desmonte de rochas, 
manutenç ã o de equipamentos e veí culos pesados e atividades administrativas. 
Seu descarte forma barragens de contenção e uma reserva de água para reuso 
na própria mina, com o objetivo de reduzir gastos na extração mineral, sendo, 
para isso, realizados alteamentos sucessivos (nova camada de resíduo). São 
três os tipos de barragens: de alteamento a montante da linha de simetria, de 
alteamento a jusante do dique de partida ou por linha de centro (Figura 3). As 
barragens a montante iniciam com a construção de um dique de partida em que 
são dispostos resíduos até atingir a cota fi nal prevista no projeto (INSTITUTO 
BRASILEIRO DE MINERAÇÃO, 2016).
Gestão e monitoramento de resíduos8
Figura 3. Métodos de alteamento em barragens.
Fonte: Adaptada de Instituto Brasileiro de Mineração (2016).
O tempo de decomposição de certos materiais na natureza é extremante longo. 
Vejamos alguns exemplos (BRASIL, 2009).
  papel — 3 a 6 meses; 
  panos — de 6 meses a 1 ano;
  filtro de cigarro — mais de 5 anos;
  madeira pintada — mais de 13 anos;
  náilon — mais de 20 anos;
  metal — mais de 100 anos;
  alumínio — mais de 200 anos;
  plástico — mais de 400 anos;
  vidro — mais de 1.000 anos;
  borracha — indeterminado.
Resíduos líquidos
De acordo com a NBR 9648/86 da ABNT, o esgoto sanitário refere-se ao esgoto 
doméstico, industrial e pluvial. Possui contribuição parasitária, sendo águas 
alteradas com ampla capacidade de poluição. Doenças como febre tifoide, 
esquistossomose, cólera e hepatite A são exemplos de patologias associadas ao 
descarte incorreto de resíduos líquidos ou lançamento inadequado do esgoto. 
9Gestão e monitoramento de resíduos
Portanto, estações de tratamento especializadas devem receber esse esgoto e 
tratá-lo, a fi m de garantir a máxima segurança para o meio-ambiente e para a 
saúde pública, conforme a Resolução 430/2011 do Conama (BRASIL, 2011).
Classificação quanto à periculosidade
Toda a classifi cação anterior refere-se aos critérios de origem ou natureza dos 
resíduos. Em relação à periculosidade, a NBR 1004/2004 da ABNT separa os 
resíduos em classe I (perigosos), classe II (não perigosos e não inertes) e classe 
III (não perigosos e inertes). Um resíduo pode ser perigoso em virtude de sua 
infl amabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade. De 
acordo com a periculosidade de cada resíduo, seu respectivo acondicionamento 
e tratamento será estipulado (IBRAHIN, 2015).
2 Redução, reciclagem e renovação de resíduos
A gestão de resíduos sólidos é embasada na Lei nº. 12.305, de 2 de agosto 
de 2010, e a Agenda 21 Global estabeleceu o princípio dos três Rs.: reduzir, 
reutilizar, reciclar. Na Figura 4, pode ser observada a pirâmide de prioridade 
da gestão de resíduos. Antes de mais nada, fi ca claro que causa menor impacto 
ambiental evitar a geração de resíduos sólidos do que reciclar. 
Figura 4. Pirâmide de prioridade na gestão de resíduos.
Fonte: FIESP (2020, documento on-line).
Gestão e monitoramento de resíduos10
A Agenda 21 Global é um programa que visa promover o desenvolvimento sustentável. 
Foi assinado por 179 países na Conferência Rio 92, realizada pela Organização das 
Nações Unidas (ONU) em prol do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.
Redução
O primeiro R é o mais importante, mas também o mais complexo e mais difícil 
de cumprir, exigindo conscientização pública e mudanças de comportamento 
e pensamento. Tem como objetivo reduzir a geração de resíduos. Para isso, é 
necessário reduzir o consumo de produtos e o desperdício, além de priorizar 
produtos com menor potencial de geração de resíduos e maior durabilidade. 
Tem como princípio: gerar menos lixo, evitar o desperdício, evitar descartáveis, 
optar por produtos mais duráveis. 
Reutilização
O segundo R preconiza a redução de resíduos sólidos fi nais pelo reaproveita-
mento nas mesmas fi nalidades ou por recolocação no mercado. A reutilização 
prolonga a vida do material e adia sua transformação emlixo, valorizando 
materiais usados. Reutilizar é um desafi o à criatividade, além de desafi o à 
quebra de paradigma em relação a produtos velhos ou usados. Tem como 
princípio: reformar, compartilhar, doar.
Reciclagem
Refere-se à utilização do resíduo como matéria-prima para um novo produto. 
A separação dos materiais recicláveis e compostáveis deve ter participação 
comunitária. Reciclar é produzir um novo produto a partir de outro já utilizado, 
em que resíduo sólido retorna ao ciclo produtivo como matéria-prima. Contudo, 
o terceiro R não deve ser justifi cativa para desperdício; ele é necessário, mas 
infelizmente não é sufi ciente. Sua logística envolve separação, comercialização 
e transporte de material adequado para as indústrias de reciclagem. A política 
de logística reversa é um passo importante para a reciclagem de uma série de 
produtos industriais.
11Gestão e monitoramento de resíduos
Assim, é importante separar corretamente os resíduos para a coleta seletiva, 
segundo o processo de separação dos resíduos conforme sua constituição ou 
natureza: seco reciclável e úmido não reciclável. Na coleta seletiva solidária, 
a separação dos resíduos sólidos é realizada pelos órgãos públicos na fonte 
geradora, sendo então encaminhados para cooperativas de catadores de 
materiais recicláveis. A coleta pode ser do tipo ponto a ponto, em que são 
colocados coletores em locais fixos para a entrega voluntária, do tipo porta 
a porta, em que o material separado é coletado defronte à residência ou co-
mércio, ou do tipo misto. Todo o material separado deve ser acondicionado 
adequadamente. Na Figura 5, pode ser observada a diferenciação dos reci-
pientes para o descarte de lixo por cor. A reciclagem resulta em benefícios 
econômicos, sociais e ambientais. 
Figura 5. Separação de resíduos por cor.
Fonte: Mercedes-Benz (2018, documento on-line).
Gestão e monitoramento de resíduos12
Para a reciclagem de resíduos orgânicos sólidos, eles devem ser separados 
na fonte, sendo reciclados como adubo e fertilizante. A reciclagem pode se 
dar em pequenas quantidades, para uso doméstico ou comunitário, ou em 
grandes quantidades, para utilização em plantas industriais. Os processos 
de degradação dos resíduos orgânicos costumam ocorrer de duas formas: a 
compostagem (com presença de oxigênio) e a biodigestão (isenta de oxigênio). 
A reciclagem do metal faz parte da coleta seletiva e é vantajosa economi-
camente, por reduzir o consumo de energia, minérios e água. Para o correto 
descarte, o material deve ser lavado e amassado sempre que possível. Já a 
importância da reciclagem do papel é equivalente à de sua fabricação. Sua 
reciclagem evita a derrubada de novas árvores como matéria-prima. Além 
disso, seu processo de reciclagem utiliza menor quantidade de água e energia, 
além de reduzir os resíduos que iriam para o aterro, o que preserva a natureza. 
O papel deve ser descartado separadamente do lixo orgânico. 
Apesar do vidro ser totalmente reciclável, neste caso é bem melhor reutilizar 
do que reciclar. No processo de reciclagem, o vidro é derretido e refeito, po-
dendo em certos casos ser infinitamente reciclado. Já a reciclagem do isopor é 
onerosa, mas há empresas que o reaproveitam como matéria-prima para blocos 
de construção civil (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, 2012).
Que tal expandir o princípio dos três Rs para cinco Rs? Repensar e recusar podem 
ser atitudes importantes na preservação ambiental. Repense seus hábitos ao praticar 
a coleta seletiva e recuse sacolas plásticas ou canudos sempre que possível.
Quando a reciclagem não é uma opção
Infelizmente, muitos resíduos não podem ser reciclados. Eles compreendem 
os resíduos infectantes, perfurocortantes, tóxicos ou simplesmente perigosos. 
No entanto, diversos tipos de tratamento podem ser aplicados para dar um 
destino correto a esses resíduos.
13Gestão e monitoramento de resíduos
No tratamento por processo térmico, o resíduo submetido a altas tempera-
turas para seu processamento, mas sem ocorrer a combustão na maior parte 
desse processo. Eis algumas modalidade de tratamento por processo térmico.
  Incineração: queima em fornos ou estufas. Em virtude da emissão de 
gases tóxicos, devem ser instalados filtros nas saídas de ar.
  Coprocessamento: importante no reaproveitamento de resíduos do 
processo de fabricação de cimento. Tem baixo custo, mas requer controle 
rígido, pois pode gerar material particulado poluente.
  Pirólise: degradação térmica de materiais orgânicos sem a presença 
de um agente oxidante. Quando utilizada na biomassa, é uma fonte 
importante de energia renovável.
  Plasma: quando o gás é ionizado a temperaturas em torno de 1.000°C, 
ocorre a fusão e a vitrificação de materiais inorgânicos, mas é um 
processo custoso.
Além dos processos térmicos, processos físicos também podem ser apli-
cados (IBRAHIM, 2015).
  Centrifugação: reduz o volume dos resíduos de permite separação de 
água, que pode ser enviada para estações de tratamento.
  Separação gravitacional: também utilizada para remover a água, mas 
nesse caso em materiais graxos e petróleo.
  Redução de partículas: método de peneiração, reduzindo o tamanho 
das partículas do resíduo. Pode ser utilizada no reaproveitamento da 
madeira.
Os resíduos produzidos por locais de atendimento de saúde devem rece-
ber tratamento baseado na esterilização. Além da incineração e da pirólise, 
recém-descritos, são tratamentos desses resíduos (VIEIRA; CORRÊA, L.; 
CORRÊA, É., 2013):
  autoclavagem — baseada na utilização de calor úmido sob pressão, 
com temperatura entre 105 e 150°C;
  micro-ondas — os resíduos triturados são umedecidos e recebem 
radiação de micro-ondas;
  radiação ionizante — os resíduos recebem raios gama de fonte de 
cobalto 60;
Gestão e monitoramento de resíduos14
  desativação eletrotérmica — os resíduos recebem dupla tritura-
ção e são colocados em um campo elétrico de alta potência decor-
rente de ondas eletromagnéticas de baixa frequência, atingindo 
95–98°C;
  tratamento químico — após serem triturados, os resíduos são tratados 
por contato direto com desinfetantes (hipoclorito de sódio, dióxido de 
cloro ou gás formaldeído). 
Os três Rs e o descarte final dos resíduos
Uma vez que a reciclagem não é sempre possível, muitos resíduos devem ter 
uma destinação e um descarte fi nal. Porém, existem formas de aplicar conceitos 
ambientalmente adequados nesses processos. A destinação de um resíduo 
pode contemplar sua reutilização, seu reaproveitamento e seu descarte fi nal. 
Acondicionar esses resíduos em um aterro, e não em um lixão, é uma forma 
de contribuir com os três Rs e com os princípios da Agenda 21.
O aterro contempla uma série de normas que garantem proteção à saúde 
pública e ao meio ambiente. Podem ser sanitários ou industriais, sendo o 
primeiro referente aos resíduos urbanos e domésticos (Figura 6) e o segundo, 
aos resíduos industriais (IBRAHIM, 2015).
Figura 6. Corte da secção de um aterro sanitário.
Fonte: Adaptada de Bahia (2010, documento on-line).
15Gestão e monitoramento de resíduos
Os resíduos de serviços de saúde também têm uma destinação final estrita. 
Porém, antes disso devem passar por uma série de tratamentos. O descarte 
final da maioria dos resíduos de classe A é realizada no solo, em aterros 
específicos para esse tipo de resíduo, seguindo as normas ambientalmente 
adequadas. Excepcionalmente, peças anatômicas podem ser cremadas ou 
incineradas (BRASIL, 2018).
3 Monitoramento de resíduos
O monitoramento e fi scalização ambiental e algumas vezes a auditoria dos 
resíduos sólidos são importantes em qualquer tempo e cenário. Para isso, é 
necessário um plano de gerenciamento de resíduos sólidos, em que devem 
constar a descrição da atividade, o diagnóstico do resíduo e a destinação fi nal. 
O plano de gerenciamento de resíduos sólidos é elaborado, implementado, 
operacionalizado e monitorado por um responsável técnico devidamente 
habilitado, em conformidade com a Lei nº. 12.305,de 2 de agosto de 2010. 
Para a composição do laudo de classificação de resíduos utiliza-se os anexos A 
ou B da NBR 10.004/04. Devem constar o laudo de análises laboratoriais (se existir), 
a descrição do critério utilizados a origem do resíduo e o processo de segregação.
As análises laboratoriais, quando necessárias, requerem o uso de técnicas 
analíticas, que muitas vezes são de elevado custo, devido à necessidade de 
equipamentos específicos, como a técnica de espectrometria de massa e cro-
matografia líquida. Para análise de resíduos como metais, pode ser realizada 
a análise laboratorial por espectrometria de emissão óptica com plasma (ICP 
OES), que é um método analítico no qual a ionização é realizada pelo plasma 
indutivo de argônio. Atualmente existem aparelhos portáteis que permitem a 
identificação de alguns resíduos, o que facilita a detecção in loco e também 
pode servir de indícios para análises mais apuradas. A escolha do método 
deve ser cogitada caso a caso. 
O monitoramento depende do tipo de resíduo que será monitorado ou 
gerenciado, como resíduos marinhos, resíduos de serviços de saúde, aterro 
sanitário, esgotos sanitários, entre outros.
Monitoramento de resíduos marinhos
Um exemplo de monitoramento de resíduos é o Programa de Monitoramento 
dos Resíduos Sólidos do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, criado em 
2017. Programas de monitoramento de lixo marinho são necessários para 
Gestão e monitoramento de resíduos16
identifi car e quantifi car o descarte do lixo, permitindo localizar as prováveis 
fontes, propondo soluções para a problemática.
Monitoramento de resíduos de serviços de saúde
Os geradores de resíduos sólidos de saúde devem obrigatoriamente elaborar 
e implantar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde 
(PGRSS), preparado por profi ssionais qualifi cados do serviço de saúde ou por 
serviços terceirizados contratados. Como os geradores são corresponsáveis 
pelas infrações, devem verifi car se a atuação está de acordo com a legislação 
vigente. O responsável pelo PGRSS deve ter habilitação e registro ativo no 
respectivo conselho de classe. As medidas são divididas em gerenciamento 
intraestabelecimento (segregação, acondicionamento, identifi cação, coleta e 
armazenagem) e gerenciamento extraestabelecimento (transporte, tratamento 
e descarte fi nal).
No gerenciamento intraestabelecimento, segregação de resíduos de 
serviço de saúde (RSS) refere-se à fase de separação dos resíduos, que é 
importante principalmente para reduzir o volume final, evitando que resíduos 
comuns tenham que ser tratados como infectantes.
O acondicionamento deve se dar no momento da geração e deve isolar e 
identificar os resíduos conforme suas características. A coleta e o transporte 
internos correspondem à transferência dos resíduos do local onde foram gerados 
para um armazenamento temporário ou externo, realizado em carros de coleta 
apropriados e identificados, com o profissional responsável utilizando os 
devidos EPIs. Para rejeitos radioativos, os recipientes devem conter sistemas 
de blindagem. A localização final deve ser distante do acesso ao público e 
deve facilitar a retirada. 
Já o gerenciamento extraestabelecimento de RSS corresponde às eta-
pas externas ao local da geração dos resíduos. Como já mencionado, para o 
tratamento de RSS podem ser aplicados os métodos de incineração, pirólise, 
autoclavagem, micro-ondas, radiação ionizante, desativação eletrotérmica e 
tratamento químico. O descarte final do RSS depende da etapa de segregação 
e da classificação.
Monitoramento de aterro sanitário 
O monitoramento de aterro sanitário é necessário para evitar impactos ambien-
tais e deve ser mantido por alguns anos após o fechamento do local. A vida 
útil de um aterro deve ser maior que 10 anos. O despejo de certos resíduos não 
17Gestão e monitoramento de resíduos
é permitido em aterros sanitários: resíduos de construção civil e demolição, 
resíduos de podas de árvores, resíduos de serviços de saúde, resíduos indus-
triais e outros resíduos perigosos, havendo aterros específi cos para esses fi ns. 
No monitoramento, avalia-se a eficiência operacional e ambiental do aterro, 
incluindo monitoramento de águas superficiais, monitoramento do lençol 
freático, monitoramento da qualidade do chorume e do efluente tratado, mo-
nitoramento dos resíduos que adentram no aterro, monitoramento do maciço 
e do sistema de drenagem superficial, monitoramento do sistema de exaustão 
e drenagem dos gases, monitoramento da vazão de chorume e monitoramento 
de marcos superficiais, piezômetros e pluviômetro. 
Monitoramento de esgotos sanitários
Para o monitoramento de estações de tratamento de efl uentes, deve-se seguir 
a Resolução Conama nº. 430/2011 para sistemas de tratamento de esgotos 
sanitários que recebam lixiviados de aterros sanitários. O monitoramento do 
esgoto pode ser uma ferramenta epidemiológica relevante. Segundo Soares 
et al. (2020), o monitoramento de esgotos sanitários tem importante papel 
para verifi cação de impactos ambientais e à saúde pública. Os pesquisadores 
relataram a importância desse monitoramento para alertas de surtos de vírus 
como o da hepatite A, poliovírus e norovírus. A técnica também pode auxiliar 
no monitoramento do uso de drogas ilícitas. Em estudo de Wurtzer et al. (2020), 
demonstrou-se relação entre o aumento de mortes na pandemia de Covid-19 
com maior quantidade de genoma do SARS-COV-2 no esgoto bruto em Paris, 
enfatizando a necessidade de monitoramento da rede de esgoto.
ABES. Recomendações para a gestão de resíduos em situação de pandemia por Corona-
vírus (COVID-19). [S. l.: s. n.], 2020. Disponível em: http://abes-dn.org.br/wp-content/
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-RES%C3%8DDUOS-EM-SITUA%C3%87%C3%83O -DE-PANDEMIA-POR-
-CORONAV%C3%8DRUS-COVID-19-4.pdf. Acesso em: 1 ago. 2020.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9648:1986: estudo de 
concepção de sistemas de esgoto sanitário: procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1986. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10004:2004: resíduos 
sólidos: classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 
Gestão e monitoramento de resíduos18
BAHIA. Manual de operação de aterros sanitários. Salvador: [s. n.], 2010. Disponível em: 
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BIBLIOTECA VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Reciclagem: óleo de cozinha. São Paulo, 
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2011. Brasília: CONAMA, 2011. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/
legiabre.cfm?codlegi=646. Acesso em: 1 ago. 2020.
BRASIL. Decreto nº 10.388, de 5 de junho de 2020. Regulamenta o § 1º do caput do art. 
33 da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, e institui o sistema de logística reversa de 
medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, de uso humano, industrializados e 
manipulados, e de suas embalagens após o descarte pelos consumidores. Brasília: Pla-
nalto, 2020. Disponívelem: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/
Decreto/D10388.htm. Acesso em: 1 ago. 2020.
BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. 
Brasília: Planalto, 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
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urbanos%3A%20correspondem%20aos,outros%20servi%C3%A7os%20de%20lim-
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19Gestão e monitoramento de resíduos
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Leituras recomendadas
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Acesso em: 1 ago. 2020.
Gestão e monitoramento de resíduos20
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cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
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local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Programa de 
Monitoramento dos Resíduos Sólidos do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Caravelas: 
[s. n.], 2018. Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/parnaabrolhos/images/stories/
pesquisa_monitoramento/Monitoramento_lixo/programa_de_monitoramento_dos_
residuos_solidos_no_pnma.pdf. Acesso em: 1 ago. 2020.
MICARONI, R. C. da C. M.; BUENO, M. I. M. S.; JARDIM, W. de F. Compostos de mercúrio: 
revisão de métodos de determinação, tratamento e descarte. Química Nova, v. 23, n. 
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Manual de 
orientação para elaboração e aplicação do PGRSS em seu local de trabalho. Ribeirão Preto, SP: 
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Manual-de-Orienta%C3%A7%C3%A3o-Para-Elabora%C3%A7%C3%A3o-e-
-Aplica%C3%A7%C3%A3o-do-PGRSS-1.pdf. Acesso em: 1 ago. 2020.
21Gestão e monitoramento de resíduos
DICA DO PROFESSOR
Muitas políticas públicas têm-se voltado para o gerenciamento dos resíduos sólidos. Porém, 
outro aspecto importante a ser compreendido é o descarte de resíduos líquidos nos esgotos. Para 
o tratamento dos esgotos, é necessária uma série de produtos químicos; no entanto, estratégias 
mais ecológicas podem ser uma alternativa no futuro.
Além de avaliar a regulamentação ambiental aplicada ao tratamento e à reutilização dos resíduos 
líquidos, o monitoramento dos esgotos tem-se tornado uma estratégia para avaliação 
epidemiológica no âmbito da saúde pública, sendo mais uma função do analista ambiental.
Assista à Dica do Professor e entenda como o descarte de resíduos líquidos é tratado e 
monitorado no Brasil.
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EXERCÍCIOS
1) Os resíduos de serviços de saúde (RSS) geram preocupação não só pela imensa 
quantidade gerada, mas também pelo risco à saúde. O lixo hospitalar é dividido em 
cinco grupos: grupo A, grupo B, grupo C, grupo D e grupo E, sendo o grupo A 
subdividido.
Dos resíduos elencados a seguir, qual pertence ao grupo A1?
A) Vacinas de microrganismos vivos ou atenuados.
B) Peças anatômicas (membros) do ser humano.
C) Kits de linhas arteriais e endovenosas.
D) Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos.
E) Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada.
2) Alguns descartes domiciliares fazem parte do grupo de resíduos perigosos que geram 
danos ao meio ambiente e/ou, direta ou indiretamente, à saúde humana, portanto, 
entram para a logística reversa. Esses resíduos sólidos devem ser descartados em 
pontos de coleta adequados.
Dos produtos elencados a seguir, qual faz parte da logística reversa?
A) Vidro.
B) Luva.
C) Medicamento.
D) Máscara.
E) Óleo de cozinha.
3) A gestão de resíduos sólidos é embasada na Lei nº 12.305, e a Agenda 21 estabeleceu o 
princípio dos 3 Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
É uma medida para o primeiro R:
A) evitar produtos que gerem impacto ambiental.
B) consumir qualquer produto desde que o resíduo vá para reciclagem.
C) reutilizar potes de sorvete.
D) reutilizar garrafas de vidro.
E) reciclar material de construção.
4) O monitoramento de resíduos sólidos é importante paraa redução do impacto 
ambiental. Para a realização desse monitoramento, é necessário um Plano de 
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, no qual devem constar desde a descrição da 
atividade até a destinação final do resíduo.
Sobre o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS), avalie, a 
seguir, os processos inclusos e numere-os em sua ordem de ocorrência, de I a V, sendo 
I o primeiro e V o último:
( ) Coleta 
( ) Segregação 
( ) Identificação 
( ) Tratamento 
( ) Acondicionamento
A alternativa que preenche corretamente as lacunas, de cima para baixo, é:
A) IV – I – III – V – II.
B) IV – II – I – III – V.
C) II – III – V – I – IV.
D) I – II – III – IV – V.
E) V – II – I – III – IV.
Um dos profissionais responsáveis pelo monitoramento de resíduos sólidos é o 
analista ambiental. A Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, institui a Política 
Nacional de Resíduos Sólidos, pontuando o conteúdo mínimo obrigatório do Plano de 
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), em que alguns pontos são obrigatórios e 
outros não.
5) 
Das práticas elencadas a seguir, qual faz parte dos requisitos mínimos do PGRS, mas 
que não é obrigatória?
A) Diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados.
B) Descrição da atividade realizada.
C) Destinação final dos resíduos sólidos.
D) Processo de segregação utilizado.
E) Laudo de análises laboratoriais.
NA PRÁTICA
O lixo hospitalar é de grande preocupação devido à quantidade gerada, ao elevado custo de 
descarte para a instituição e ao elevado risco à saúde. Dessa forma, é de vital importância a 
segregação dos resíduos do setor de saúde na fonte, objetivando evitar que resíduos comuns 
sejam contaminados, aumentando, assim, o resíduo infectante.
O correto gerenciamento desses resíduos é garantido pelo Plano de Gerenciamento de Resíduos 
de Serviços de Saúde (PGRSS), um documento obrigatório que estabelece ações para o manejo 
adequado dos resíduos e que, sendo bem elaborado e executado, traz benefícios para os 
profissionais, para a instituição e para os pacientes.
Neste Na Prática, veja como um analista ambiental atuou no gerenciamento de resíduos em 
uma Unidade Básica de Saúde que apresentava uma série de problemas.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Concentração de metais na água e nos sedimentos superficiais costeiros no entorno do 
Complexo Industrial do Superporto do Açu
Este estudo teve como objetivo avaliar a distribuição de metais na zona costeira da área de 
implementação do Complexo Industrial do Porto do Açu, visando a estabelecer as 
concentrações, a biodisponibilidade e a variabilidade espacial e temporal encontradas no início 
da operação do empreendimento. Aproveite a leitura.
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Lixo: um grave problema no mundo moderno
Esta cartilha do Ministério do Meio Ambiente vai auxiliar você no esclarecimento de dúvidas 
sobre o correto descarte de resíduos sólidos.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

Outros materiais