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Relatório social

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UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA - UNIME FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DA SAÚDE - FAS
Estágio em Nutrição e Saúde Coletiva
Docente: Maria Lúcia Nogueira
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO E SAÚDE COLETIVA:
Faculdade Unime de Ciências Agrárias e da Saúde
FABIO SCARPINI
LAURO DE FREITAS - BAHIA – BRASIL
2022
FABIO SCARPINI
ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NAS AÇÕES SOCIAIS:
ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR NUTRICIONAL EM ESPAÇOS DE SAÚDE
Relatório final de Estágio Curricular de Saúde Coletiva apresentado à Instituição Unime – Faculdade de Ciência agrárias e da Saúde, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em NUTRIÇÃO.
Orientador: Luciana Nunes de Castro
LAURO DE FREITAS - BAHIA – BRASIL
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	4
2 OBJETIVOS	5
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO	5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS	5
3 JUSTIFICATIVA	6
4 METODOLOGIA	10
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES	11
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS	12
REFERÊNCIAS
ANEXOS E APÊNDICES
1. INTRODUÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nutrição social é a área onde se presta assistência e educação nutricional a indivíduos sadios ou enfermos por meio de ações, programas, eventos, buscando a prevenção de doenças, promoção, manutenção e recuperação da saúde. O nutricionista dessa área pode atuar em consultórios, instituições públicas e privadas.
A falta de informação têm sido uma das causas do declínio da saúde, a desinformação leva a atitudes equivocadas sobre alimentação e consequentemente ao desenvolvimento de hábitos não saudáveis. Na atenção básica é comum ver pacientes chegando já em um estágio que necessita de níveis de atenção secundários ou terciários, ou seja, pacientes com um diagnóstico de uma doença ou que já apresentem comorbidades clínicas decorrentes da patologia. Devido a isso, os profissionais da nutrição buscam empregar a EAN por meio de estratégias com as quais possam ser transmitidos conhecimentos sobre alimentação saudável.
Durante o estágio é de responsabilidade do estagiário receber pacientes para a primeira consulta, entrega da dieta e reavaliação. Na primeira consulta é realizada uma anamnese nutricional e entregue uma orientação nutricional de acordo com a patologia e/ou o estado nutricional do paciente. A prescrição dietoterápica é entregue ao paciente após a avaliação e liberação do nutricionista responsável oito dias após o atendimento. O nutricionista acompanha a evolução do paciente através da análise do prontuário, avaliação nutricional incluindo anamnese alimentar, avaliação antropométrica, análise dos resultados dos exames laboratoriais para estabelecer um quadro nutricional, com a finalidade de contribuir para a recuperação do paciente.
A atuação do nutricionista no SUS acaba apresentando duas dimensões sendo elas o processo de gestão das políticas e dimensão da assistência relacionada aos componentes da promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento e reabilitação em saúde. Portanto o profissional poderá atuar juntamente ao indivíduo, famílias e comunidade, participar de ações de educação continuada de profissionais de saúde e articular estratégias de ação com os equipamentos sociais de seu território, em prol da promoção da alimentação saudável, do direito humano a alimentação adequada e da SAN.
O presente trabalho irá abordar estratégias de ação social para promoção da educação alimentar nutricional que foram utilizadas no campo de estágio curricular de nutrição coletiva realizado na Faculdade Unime de Ciências Agrárias e da Saúde localizada na cidade de Lauro de Freitas, Bahia.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Relatar as atividades desenvolvidas durante um estágio em nutrição social, bem como apresentar a importância do estágio para a formação profissional do estudante de nutrição.
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS 
● Desenvolver capacidades de relacionamento interpessoal através do trabalho com 
a equipe do local de estágio; 
● Aprender e executar as atividades diárias com preceptor; 
● Aumentar a capacidade de adaptação a novas situações; 
● Aplicar métodos de trabalho com bases científicas; 
● Desenvolver capacidades de iniciativa, exposição e argumentação
3. JUSTIFICATIVA
O presente trabalho buscou demonstrar estratégias que promovessem a educação alimentar e nutricional estimulando a população a ter um pouco mais de independência para o seu autocuidado. A desinformação de dados desta área da saúde tem acarretado no aumento do aparecimento de pacientes já com diagnósticos de patologias ou problemas decorrentes desta que poderiam ter sido prevenidos caso estas pessoas tivessem passado por nível de atenção primário. Sabendo disso é necessário a busca e emprego de estratégias que envolvam a EAN para prevenção de patologias e promoção da saúde.
METODOLOGIA
Este trabalho foi iniciado a partir do dia 31 de março de 2021 onde foram executadas ações de promoção e educação alimentar com pacientes da clínica de fisioterapia e pacientes do SUS na Faculdade Unime de Ciências Agrárias e da Saúde localizada na cidade de Lauro de Freitas, totalizando 4 ações. As ações consistiram na abordagem de temas importantes para a educação nutricional, tais como alimentação saudável e hortaliças, leitura de rótulos, aplicação de questionários alimentares e mitos e verdades da alimentação.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
APÊNDICE A – PLANO DE AÇÃO – ESTÁGIO SOCIAL
1. TEMA: Alimentação saudável.
2. PÚBLICO ALVO: 
 Funcionários da instituição e possíveis pacientes circulantes no local.
3. OBJETIVOS: 
· Conhecer o hábito alimentar dos indivíduos entrevistados;
· Identificar os pontos fortes e fracos dentro do questionário;
· Orientar os indivíduos em relação a alimentação adequada, visando a promoção da qualidade de vida.
4. CONTEÚDO:
· Alimentação saudável e sua importância;
· Conhecimento e inclusão da ora-pro-nóbis na alimentação;
· Orientações nutricionais de acordo com a realidade de cada indivíduo.
5. DESCRIÇÃO DA AÇÃO:
Trata-se de uma atividade, efetuada na instituição UNIME, campus Lauro de Freitas, na qual será produzido um questionário voltado à alimentação, por meio de perguntas objetivas, onde os entrevistados darão como resposta Sim ou Não. Diante disso, receberão orientação quanto à alimentação saudável e orientações nutricionais de acordo com a individualidade de cada ser. Além disso, terão conhecimento sobre a ora-pro-nóbis, suas propriedades e formas de consumo para inclusão na alimentação.
A atividade sugerida terá auxílio de informações sobre alimentação saudável e banner informativo sobre a ora-pro-nóbis, ampliando o processo de conscientização dos indivíduos.
6. RECURSOS E MATERIAIS:
· Acesso ao Microsoft Word para elaboração de questionário;
· Papel ofício;
· Caneta;
· Impressão.
APÊNDICE B – PLANO DE AÇÃO – ESTÁGIO SOCIAL
1. TEMA: Leitura de rótulos 
2. PÚBLICO ALVO: 
 Funcionários da instituição e possíveis pacientes circulantes no local.
3. OBJETIVOS: 
· Ensinar os aspectos importantes a serem checados em um rótulo;
· Descrever ou definir substâncias presentes no rótulo pouco conhecidas pela população;
· Orientar os indivíduos em relação a escolha dos alimentos na hora da compra.
4. CONTEÚDO:
· Estrutura do rótulo;
· Elementos presentes no rótulo que devem ser observados antes de sua compra;
· Orientações nutricionais para incentivar uma melhor escolha de compra de alimentos.
5. DESCRIÇÃO DA AÇÃO:
Trata-se de uma atividade, efetuada na instituição UNIME, campus Lauro de Freitas, na qual será executada uma ação educativa sobre a leitura de rótulos de produtos presentes no mercado. A atividade será feita por meio de um cartaz ilustrativo de um rótulo de Nescau, por meio deste será explicada a ordem de concentração dos ingredientes, os açúcares e seus sinônimos presentes além das demais substâncias, tais como edulcorantes, emulsificantes etc. Durante a atividade será fornecido um folheto impresso a cada paciente ou funcionário presente pelo qual poderãoobservar o formato do rótulo durante a explicação e obter, no verso, informações básicas para entendimento dos rótulos.
A atividade sugerida terá auxílio de informações sobre rotulagem e cartaz ilustrativo sobre rótulos, ampliando o processo de conscientização dos indivíduos.
6. RECURSOS E MATERIAIS:
· Acesso ao site Canvas e Google para elaboração de folheto;
· Papel ofício;
· Papel A3;
· Impressão.
· Lápis de cor;
· Lápis preto;
· Régua.
APÊNDICE C – AÇÃO SOCIAL – ESTÁGIO SOCIAL
1. TEMA:
Embalagens de alimentos industrializados, identificação e compreensão e de todas as informações contidas nos rótulos
2. PÚBLICO ALVO
Funcionários e pacientes assistidos pelas clínicas da Faculdade
3. OBJETIVOS
3.1 Geral:
· Desenvolver o hábito de leitura dos rótulos das embalagens dos alimentos.
3.2 Específicos: 
· Identificar informações contidas nos rótulos das embalagens de alimentos, relacionadas à saúde, bem como a composição dos alimentos;
· Expor de forma clara, simples e de fácil entendimento ao público alvo, o significado dos rótulos das embalagens;
· Alertar o referido público alvo sobre o uso do sódio, quantidade recomendada se ingerir diariamente, bem como a quantidade contida em alguns alimentos industrializados 
4. CONTEÚDO:
· Leitura e interpretação dos rótulos de alguns alimentos industrializados
· Demonstração de alguns rótulos, tais como, Nescau, miojo, salientando para ingredientes nocivos à saúde contidos nestes alimentos.
· Orientações à leitura dos rótulos, bem como trocas inteligentes e mais saudáveis.
5. DESCRIÇÃO DA AÇÃO:
Atividade será realizada no campus da própria instituição, Unime - Centro Universitário de Ciências Agrárias e da Saúde – UNIFAS. Serão trabalhados alguns rótulos de algumas embalagens, através de cartaz durante a dinâmica, de forma a interpretar nutrientes, ingredientes nocivos à saúde, quantidade de sódio, lipídio, gorduras, carboidratos. Alertando-os, dos riscos para a saúde do consumo excessivo de sódio e açúcar para diabéticos e hipertensos.
Haverá orientações e comentários a respeito de todos os rótulos apresentados. 
6. RECURSOS MATERIAIS: 
· Acesso a Google;
· Algumas embalagens de alimentos industrializados;
· Impressão de rótulos
· Cartaz explicativo
· Papel A3;
· Lápis;
· Réguas; 
· Canetas;
APÊNDICE D – AÇÃO SOCIAL – ESTÁGIO SOCIAL
Título do trabalho:
· Mitos e Verdades na alimentação 
Introdução 
A nossa sociedade vive em buscas de formular milagrosas para obter o peso desejado, para alcançar padrões de beleza ou para se sentir mais saudável, e em face dessa busca incessante, se deixam levar por mitos ou verdades que muitas vezes os afastam do alcance de tais objetivos, pois nem tudo o que se ouve é verdade ou mentira. 
Projeto educativo:
· Promoção de hábitos alimentares saudáveis e aquisição de novas experiências culinárias.
· Mudança de hábitos alimentares com base na desmitificação de mitos.
· Desconstrução de falsas verdades que interferem na qualidade da alimentação.
· Agregação de conhecimento aos participantes. 
Justificativa:
Proporcionar através da Ação a ampliação do conhecimento para maior consciência e melhores escolhas alimentares, contribuindo para uma vida mais saudável.
Objetivos
Geral: Desconstruir mitos e ressaltar verdades na alimentação. 
Específico: Conscientizar o grupo quanto a importância da alimentação e quanto os mitos e as verdades podem interferir de forma negativa na nossa saúde, proporcionar maior autonomia para futuras escolhas alimentares de forma mais consciente.
Conteúdo programático:
· Tapioca é mais saudável ou engorda menos que pão?
· Margarina é mais saudável por ser vegetal?
· Comer grandes quantidades de alimentos à noite engorda?
· Alimentos integrais não engordam?
· Ficar sem comer emagrece?
· Uma taça de vinho ao dia faz bem?
· Água com limão pela manhã emagrece?
· Ovo tem muito colesterol?
População alvo:
· Grupo composto por funcionários e pacientes presentes na recepção/ sala de espera da clínica escola da Unime Lauro de Freitas. 
Metodologia:
A ação será realizada no dia 15 de abril de 2021, das 08 às 14h na Clínica Escola da Faculdade Unime em Lauro de Freitas- BA. O evento será ministrado por 5 estudantes de nutrição, tendo como público funcionários da clínica e pacientes que estejam na recepção aguardando atendimento.
Iniciaremos as atividades com a apresentação de mitos alimentares, também serão passadas orientações sobre os alimentos que são tidos como saudáveis, no entanto, não trazem tantos benefícios a saúde, bem como serão realizadas comparações entre alimentos, sempre com o intuito de desmistificar algo e trazer segurança alimentar. 
Durante a ação será proporcionada a participação e interação dos participantes.
Recursos
· Humanos: Grupo de 5 estudantes de Nutrição que ficarão responsáveis pela elaboração instruções e informações, sejam passadas de forma prática.
· Materiais: Papel A3, canetas, lápis, livros (material para estudo).
· Financeiros: Não foi necessário.
APÊNDICE E – SINTESE REFLEXIVA DE CURSO DA AVASUS
A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA NAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SÁUDE
A seguinte síntese tem como base o curso disponibilizado pela plataforma AVASUS, sobre a importância do nutricionista nas políticas públicas de saúde onde foram utilizados 3 materiais, sendo eles uma web aula, e dois arquivos anexados a plataforma.
Segundo tais fontes apontou-se que foi em 1970 que as ações de alimentação e nutrição nos serviços da saúde pública responsáveis pelo desenvolvimento de ações na atenção básica foram institucionalizadas, através de programas de suplementação alimentar destinados ao público materno- infantil, portanto, foi nesse período que começou a se observar a inserção da atuação do profissional de nutrição.
As dimensões da nutrição tanto no SUS quanto fora deste compreende desde a assistência nutricional até ações de promoção de alimentação saudável onde a atenção nutricional é responsável pelos cuidados de alimentação e nutrição para proteção e promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de agravos sendo estas sempre associadas as demais ações do SUS e oferecidas para todos da comunidade contribuindo para a formação de uma rede integrada e resolutiva.
Segundo pesquisa apresentada em 2014 apontou que 22,6% das famílias brasileiras vivem em graus diferenciados de insegurança alimentar, sendo 14,8% com insegurança alimentar leve, 4,6% moderada e 3,2% grave. A insegurança alimentar pode ser percebida pela expressão de doenças carências, desnutrição, sobrepeso e obesidade.
As políticas de nutrição desenvolvidas pelo estado brasileiro têm como objetivo envolver as dimensões da alimentação e nutrição e tiveram seu direcionamento a partir da criação da Lei Orgânica de Segurança Alimentar Nutricional (LOSAN) – nº 11.346, de 15 de setembro de 2006 onde dizia-se que é obrigação do estado a garantia do direito humano à alimentação adequada, incluindo todas as pessoas do país brasileiro, a partir disso a LOSAN criou o Sistema Nacional de Segurança Alimentar (SISAN). 
O direito humano a alimentação adequada é garantida a população a partir do momento que se permite o acesso físico das pessoas ao alimento e pela promoção, e facilitação desse acesso a famílias e comunidades, além da transmissão de conhecimentos e cuidados sobre alimentação saudável, possibilitando a estas pessoas a adquirir autonomia para gerir sua própria nutrição e consequentemente sua saúde. 
Com a expansão do SISAN para favorecer o planejamento de ações a nível local a PNAN foi efetivada e tornou-se um elo entre o SUS e o SISVAN projetando um novo modelo de segurança alimentar e nutricional fundamentado no direito humano a alimentação destacando a alimentação e nutrição como requisitos de promoção e proteção à saúde. 
O SISAN tem como base de informação a rotina da atenção básica de saúde principalmente as equipes de saúde da família sendo atualmente usado para medir os resultados alcançados pelos gestores tanto na esfera estadualquanto na municipal no cumprimento das metas de alimentação e nutrição assumidos pelo pacto nacional de saúde, portanto esses dados acabam por informar o estado nutricional de uma parte geográfica da população se tornando um sistema de informação de base local para a segurança alimentar e nutricional.
A PNAN acaba assumindo a responsabilidade de garantir a qualidade dos alimentos consumidos no país, promover práticas alimentares saudáveis, além de prevenir e controlar distúrbios nutricionais. A PNAN possui 7 diretrizes, que orientam a apresentação e implementação dos programas em alimentação e nutrição, sendo elas:
· Estimulo as ações intersetoriais visando acesso universal aos alimentos;
· Garantia de segurança e qualidade dos alimentos e da prestação de serviços;
· Monitoramento da situação nutricional e alimentar;
· Promoção de práticas alimentares e estilo de vida saudáveis;
· Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e de doenças associadas a alimentação e nutrição;
· Promoção do desenvolvimento de linhas de investigação;
· Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.
De acordo com o conceito adotado pela associação brasileira a SAN (Segurança Alimentar e Nutricional) consiste no direito de todos ao acesso regular e continuo a alimentos de qualidade e em quantidades suficientes sem comprometer o acesso ao uso de necessidade essenciais tendo como base as práticas alimentares com respeito a adversidade cultural e ambiental, econômica e socialmente sustentáveis.
 A partir da SAN e das políticas públicas de saúde observa-se a existência do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica e a importância do nutricionista no Programa Saúde na Escola. A implementação da NASF na atenção básica reflete uma ação de promoção na abordagem da SAN em função da inserção do profissional de nutrição, além de comtemplar o interesse despertado na comunidade escolar sobre alimentação saudável com a implementação do PSE (Programa de Saúde na Escola) e constitui uma iniciativa do ministério da saúde e da educação.
Fortalecer e qualificar o cuidado nutricional no âmbito da atenção primária gera um processo mais econômico, ágil, sustentável e eficiente na prevenção e ocorrência de casos de obesidade e doenças associadas a má alimentação comparando isso a quando este processo não é realizado e acaba tendo de referenciar atendimentos para hospitais em decorrência das complicações e doenças já instaladas pela falta desse cuidado nutricional desde o início.
Portanto com base em experiências prévias e estudos a implementação das ações de alimentação e nutrição na atenção primária em saúde devem considerar para as unidades básicas convencionais a existência de níveis de atenção e intervenção, gestão das ações de alimentação e nutrição com relação ao cuidado nutricional pensando nas ações de diagnóstico, promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento, cuidado e assistência pensando sempre no sujeito da ação, família e comunidade, constituindo o caráter das ações que sejam universais e garantia da SAN e promoção de alimentação saudável e especificas atendendo a todas as fases da vida.
Algumas das ações de alimentação e nutrição no âmbito municipal já fazem parte da agenda programática da atenção básica em saúde, embora estas sejam implementadas de maneira fragmentada e não universal. Dentre essas ações desenvolvidas na atenção básica pode se incluir:
· O incentivo, apoio e proteção do aleitamento materno e a vigilância alimentar e nutricional;
· Programas de suplementação medicamentosa de nutrientes (ferro, ácido fólico e vitamina A);
· Cuidado nutricional em programas de saúde para grupos populacionais específicos (RN, HAS e diabéticos);
· Acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família.
Todas as ações citadas já são implementadas na atenção básica. Diante disso, destacam-se determinadas ações que podem ser executadas por nutricionistas, tais como: 
· Realizar o diagnóstico da situação alimentar e nutricional da população com a identificação de área geográfica, segmentos de maior risco nutricional, observação de globos em estado de segurança alimentar e nutricional observando o inquérito nutricional e fontes de informações considerando sua multi causalidade 
· Auxiliar na identificação de características que orientem a detecção de dificuldades que possam afetar o EN e a SAN; 
· Avaliar junto com as ESF e os CS desenvolvimento e implantação de ações de saúde, alimentação e nutrição e seu impacto na população; 
· Desenvolver ações para promoção de práticas alimentares saudáveis e para os transtornos e distúrbios alimentares;
· Socializar o conhecimento sobre alimentos e processo de alimentação, desenvolver resgate de hábitos e práticas alimentares regionais relacionadas ao consumo de alimentos saudáveis;
· Elaborar em conjunto com a equipe de saúde rotinas de atenção nutricional e atendimento para doenças relacionadas à alimentação e à nutrição;
· Atuar na formação e na educação das equipes de saúde e participar de ações vinculadas aos programas de controle e prevenção dos distúrbios nutricionais;
· Elaborar planos terapêuticos que permitam a realização de ações multiprofissionais e interdisciplinares desenvolvendo a responsabilidade compartilhada
· Desenvolver ações que se integrem as políticas sociais.
Apesar de ser essencial a presença do profissional de nutrição na UBS ainda é escassa devido a caracterização do local pela grande existência de uma população carente e que necessita da atenção na alimentação que, por sua vez, pode estar ligada a diversos problemas fisiopatológicos;
Em 2006 o Ministério da Saúde aprovou a política nacional de atenção básica em saúde e o Pacto pela vida. No entanto, não foi verificado nesses documentos determinações explicitas e objetivas para efetividade de ações de alimentação e nutrição nos programas de atenção primária em saúde, tal lacuna foi preenchida com a criação da Portaria Ministerial Nº 154, de 24 de janeiro de 2008: que determinou a criação dos NAFs. O nutricionista na NASF deve:
· Ajudar a qualificar a atenção a saúde e melhorar sua resolubilidade;
· Atuar sobre os determinantes de agravos e dos distúrbios alimentares e nutricionais contribuindo para a SAN;
· Prestar cuidado nutricional no curso da vida;
· Oferecer respostas as principais demandas;
· Criar planos terapêuticos nas doenças crônicas;
· Conhecer e estimular a produção e consumo de alimentos saudáveis;
· Viabilizar hortas comunitárias;
· Organizar a referência e contrarreferência do atendimento.

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