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Slides Direito Economico

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Prévia do material em texto

1 Slides Direito Econômico 
Ordem econômica na Constituição 
Constituição de 1988 NORMAS 1) REGRAS 2) PRINCÍPIOS 2.a) EXPLÍCITOS 2.b) IMPLÍCITOS 
Título VII (arts. 170 a 192). E dispositivos esparsos Art.1º e Art.5º. 
 
Princípios da Ordem Econômica 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores 
sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) V - o pluralismo político. 
1) Dignidade da Pessoa Humana 
• CR: art. 1º, III (Princípio basilar da República (fundamento), e art. 170, caput (Norma-objetivo 
da ordem econômica) 
• Núcleos dos direitos fundamentais ▫ Direito à vida ▫ Dignidade da pessoa humana 
• Origem: Emmanuel Kant 
2) Da valorização do Trabalho Humano 
• CR: art. 1º, IV, e art. 170, caput 
• Faz “par” com a livre iniciativa 
 • Conciliação entre capital e trabalho 
• Conteúdo normativo: ▫ Tratamento peculiar diferenciado 
• Aplicação: ▫ Direitos trabalhista previstos pela CR ▫ Lei de PLR (Lei n.º 10.101/2000) 
▫ Art. 5º, XIII, CR (- é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer - Liberdade de ofício: liberdade de trabalho 
ou livre iniciativa?) 
3) Liberdade de iniciativa 
• CR: art. 1º, IV, e art. 170, caput 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: (...) IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existências dignas, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios: 
• Princípio basilar do sistema de autonomia 
DIREITO DE PROPRIEDADE (art. 5º, XXII, e art. 170, II); LIVRE CONCORRÊNCIA (art. 170, IV, e 
art. 173, § 4º); LIBERDADE CONTRATUAL (art. 5º, II); LIBERDADE DE OFÍCIO (art. 5º, XIII). 
2 
• Conteúdo: 
1) Liberdade de iniciativa econômica 
1.a) LIBERDADE DE “COMÉRCIO E INDÚSTRIA” -> Faculdade criar e explorar atividade 
econômica; não sujeição a restrições discricionárias, 
1.b) LIBERDADE DE CONCORRÊNCIA -> Dir. de conquistar clientela; Proibição de formas de 
atuação; 
Cervejas 
PDV – DISTRIBUIDORA – INDÚSTRIA 
 \|/ 
Atravessador 
 e Neutralidade do Estado. 
4) Livre Concorrência 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios: (...) IV - livre concorrência; 
Art 173. Ressavaldos os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária. 
• Conteúdo: 
Livre jogo das forças (efetivas e potenciais – “entrantes”) do mercado na disputa por 
clientela 
• Proteção: 
▫ Repressiva:  Controle de estrutura  Controle de conduta  Concorrência desleal é 
diferente de dever de não restabelecimento CC:1.147 (As duas primeiras sobre direito 
concorrencial e a última se refere a direito industrial) 
Institui o Código Civil. Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do 
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes 
à transferência. 
▫ Pró-ativa:  Política de concorrência (advocacia da concorrência)  Legislação sobre 
contratação com o Poder Público  Legislação tributária  Barreiras à entrada (fitosanitária, 
regulatória etc.)  Igualdade material 
• Objetivos: 
▫ Competitividade entre os agentes econômicos = Quanto mais concorrência, mais eficiência 
alocativa. 
▫ Proteção ao consumidor 
▫ Maior e mais eficiente geração de riquezas (para toda sociedade) 
• Poder econômico 
Art. 173, § 4º LIVRE CONCORRÊNCIA § 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que 
vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos 
lucros. Reconhecido como legítimo e Repressão ao abuso 
 
5) PROPRIEDADE PRIVADA 
• Art. 5º, caput, XXII e XXIII; art. 170, II e III. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 |____ Direito à patrimonialidade (direito à apropriação) de propriedade 
XXII - é garantido o direito de propriedade = Propriedade privada dos meios de produção 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios: II - propriedade privada; III - função social da 
propriedade; 
• Classificação teleológica 
BENS DE CONSUMO = O uso regular conduz à retirada do mercado (Artº5 caput) 
BENS DE PRODUÇÃO Art. 5º, XXII + Art. 170, II = Geração de bens de consumo 
• Decomposição da propriedade: 
PROPRIEDADE é diferente de CONTROLE, o primeiro é título jurídico e o segundo é a efetiva 
gestão/efetivo governo. 
• Propriedade para a empresa: 
PROPRIEDADE ESTÁTICA = Art.1.228 CC. 1.228 do Código Civil : Art. 1.228. O proprietário 
tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem 
quer que injustamente a possua ou detenha. 
é diferente de 
PROPRIEDADE DINÂMICA (PROPRIEDADE PERTINÊNCIA) = Exploração a qualquer título, -
Alienação fiduciária em garantia; -Arrendamento mercantil; -Comodato etc. 
• Evolução histórica da Propriedade Privada como função social: 
Direito subjetivo é diferente de poder funcional, mas os dois geram a funcionalização do 
direito subjetivo. 
O direito subjetivo = • Alemanha, século XIX (Savigny, Windscheid, Jhering) • Posição jurídica 
complexa • Persecução pelo titular do próprio interesse. 
O poder funcional = •Posição jurídica complexa •Persecução pelo titular de interesse alheio 
•Ex.: administrador público, tutor, curador, administrador de sociedade anônima. 
A funcionalização do direito subjetivo = •Século XX → reconhecimento das “externalidades” 
(positivas e negativas) geradas pelo exercício do direito subjetivo •Inserção de uma posição 
jurídica simples negativa (dever) na posição jurídica complexa DIREITO SUBJETIVO OBRIGA 
SEU TITULAR. Assim, o titular continua perseguindo o próprio interesse, mas deve conciliar 
com a função 
• Função social da propriedade 
Função social da propriedade pública, existe? (tema discutido) 
- Privada 
Meios de produção 
são diferentes de 
bens de consumo, esses podem ser DURÁVEIS (Coibição de abusos) ou NÃO DURÁVEIS 
(esgota-se economicamente). 
• Função social da propriedade dos MEIOS DE PRODUÇÃO 
▫ Atos positivos ▫ Atos negativos 
• Aplicação na legislação infraconstitucional 
▫ Art. 116 (caput e p. único), 117 (§ 1º), LSA (Lei das sociedades por ações) 
A Lei das Sociedades Anônimas, mais conhecida como Lei das 
SA, regula as sociedades anônimas, que podem ser conceituadas como pessoas jurídicas 
de direito privado, de natureza mercantil, em que o seu capital social é dividido em ações, 
onde os acionistas têm responsabilidade limitada. 
Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de 
pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: 
a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos 
nas deliberações da assembléia-geral e o poder de eleger a maioriados administradores da 
companhia; e 
b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento 
dos órgãos da companhia. 
Parágrafo único. O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia 
realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades para com 
os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que 
atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender. 
 
Art. 117. O acionista controlador responde pelos danos causados por atos praticados com 
abuso de poder. 
§ 1º São modalidades de exercício abusivo de poder: 
a) orientar a companhia para fim estranho ao objeto social ou lesivo ao interesse nacional, 
ou levá-la a favorecer outra sociedade, brasileira ou estrangeira, em prejuízo da participação 
dos acionistas minoritários nos lucros ou no acervo da companhia, ou da economia nacional; 
b) promover a liquidação de companhia próspera, ou a transformação, incorporação, fusão 
ou cisão da companhia, com o fim de obter, para si ou para outrem, vantagem indevida, em 
prejuízo dos demais acionistas, dos que trabalham na empresa ou dos investidores em 
valores mobiliários emitidos pela companhia; 
c) promover alteração estatutária, emissão de valores mobiliários ou adoção de políticas ou 
decisões que não tenham por fim o interesse da companhia e visem a causar prejuízo a 
acionistas minoritários, aos que trabalham na empresa ou aos investidores em valores 
mobiliários emitidos pela companhia; 
d) eleger administrador ou fiscal que sabe inapto, moral ou tecnicamente; 
e) induzir, ou tentar induzir, administrador ou fiscal a praticar ato ilegal, ou, descumprindo 
seus deveres definidos nesta Lei e no estatuto, promover, contra o interesse da companhia, 
sua ratificação pela assembléia-geral; 
f) contratar com a companhia, diretamente ou através de outrem, ou de sociedade na qual 
tenha interesse, em condições de favorecimento ou não equitativas; 
g) aprovar ou fazer aprovar contas irregulares de administradores, por favorecimento 
pessoal, ou deixar de apurar denúncia que saiba ou devesse saber procedente, ou que 
justifique fundada suspeita de irregularidade. 
h) subscrever ações, para os fins do disposto no art. 170, com a realização em bens estranhos 
ao objeto social da companhia. (Incluída dada pela Lei nº 9.457, de 1997) 
 
▫ Princípio da preservação da empresa (LREF) 
O princípio da preservação da empresa protege o núcleo da atividade econômica e, 
portanto, da fonte produtora de serviços ou mercadorias, da sociedade empresária, 
refletindo diretamente em seu objeto social e direcionando-a, sempre, na busca do lucro. 
(Anotação minha) 
▫ Função parafiscal dos tributos 
 
6) LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO 
• Art. 5º, XVII, XVIII, XIX e XX; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
art. 8º; 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
art. 174, § 2º 
§ 2º - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo. 
• Fenômeno associativo – Wiedemann (Alemanha) 
Esse fenômeno é diferente de reunião é uma 
1. associação (CIVIL) – tipo geral (art. 44, § 2º, CC) – Inclui os sindicatos. 
Institui o Código Civil. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; (Incluído 
pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 
22.12.2003). 
§ 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das 
organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro 
dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 
22.12.2003) 
§ 2º As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades 
que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 
22.12.2003). (Está no slide). 
 
2. Entidades religiosas 
3. Partidos políticos 
4. Sociedades 
 
• Elementos: 
 
VOLUNTARIEDADE: LIBERDADE DE INGRESSAR, LIBERDADE DE PERMANECER, LIBERDADE DE SE 
RETIRAR, LIBERDADE DE CRIAR e LIBERDADE DE DISSOLVER (SÓ DECISÃO JUDICIAL). 
PERMANÊNCIA: Não é direito de reunião 
FIM LÍCITO 
 
7) SOCIEDADE LIVRE, JUSTA E SOLIDÁRIA 
 
• Art. 3º, inc. I 7 SOCIEDADE LIVRE, JUSTA E SOLIDÁRIA Art. 3º Constituem objetivos 
fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e 
solidária; (...) 
 
8) GARANTIA DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL 
9) ERRADICAÇÃO DA POBREZA E REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS 
10) REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES REGIONAIS 
11) DIREITO DE GREVE 
12) JUSTIÇA SOCIAL 
13) SOBERANIA NACIONAL 
14) DEFESA DO CONSUMIDOR 
15) DEFESA DO MEIO AMBIENTE e BUSCA DO PLENO DO EMPREGO 
16) TRATAMENTO FAVORECIDO PARA AS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE 
17) INTEGRAÇÃO DO MERCADO NACIONAL AO PATRIMÔNIO NACIONAL 
 
SEGUNDO ARQUIVO DE SLIDE 
 
• Concorrência 
▫ “Denomina-se ‘concorrência’ qualquer situação ou configuração de mercado em que é 
maximizada a quantidade ofertada, os preços são iguais ou muito próximos aos custos 
marginais, e os consumidores ou clientes têm liberdade para tomar suas decisões de consumo 
baseados em suas próprias preferências” ▫ (Gaban-Domingues, D. Antitruste, 2012, p. 62). 
• Terminologia: ▫ Direito da Concorrência/Concorrencial ▫ Direito de Defesa da Concorrência ▫ 
Direito Antitruste. 
O objetivo da lei antitruste, segundo Margarido: 
“[…] consiste em garantir e/ou estimular ambientes econômicos competitivos, visando dessa 
forma à maior eficiência econômica seja no âmbito da produção quanto do próprio consumidor” 
Sendo assim, as leis antitrustes tem como objetivo preservar o mercado competitivo para que 
os consumidores e as empresas menores não sejam prejudicadas. Acredita-se que a elevação da 
concentração de empresas possa aumentar a ameaça ao caráter competitivo de um mercado 
(Margarido, 2004), podendo diminuir, por exemplo, a oferta de determinado produto, 
consequentemente aumentando o preço dos produtos, maximizando os lucros das empresas 
ofertantes e diminuindo o poder de compra do consumidor, criando, assim, inúmeras situações 
indesejáveis ao comprador. 
Por outro lado, vale dizer que os trustes podem ter também a capacidade de diminuir os preços 
dos produtos com o objetivo de “esmagar” a concorrência, ou seja, eles podem cobrar preços 
muito baixos para o mercado de forma que seus concorrentes não tenham condições de ofertar 
o mesmo produto àquele preço para se manter. No Brasil, essa prática é considerada uma 
infração do princípio da livre concorrência, previsto no art. 170 da Constituição Federal. 
Um mercado considerado competitivo é quando há tantos compradores quanto vendedores, de 
modo que cada um deles, individualmente, tenha impacto insignificante sobre o preço de 
mercado. Resumidamente, é quando a quantidade de compradores e vendedores são quase 
iguais, ou seja, quando a oferta e a demanda tendem ao equilíbrio. Quando a oferta e a demanda 
se encontram nessa situação, os preços tendem a se estabilizar, criando um mercado onde tanto 
comprador quanto vendedor se beneficiam. 
De acordo com Margarido, doutor em Economia pela USP, alguns dos benefícios de um mercado 
competitivo perfeito seriam: 
1) grande número de vendedores e compradores de um produto em todos os mercados; 
2) os produtos são homogêneos (idênticos), pois a tecnologia de produção é a mesma paratodos 
os produtos; 
3) livre entrada e saída em cada mercado, ou seja, não há custos que tornem difícil para uma 
empresa ingressar em (ou abandonar) determinado setor; e 
4) não há assimetria de informação, tanto pelo lado da produção quanto pelo lado da demanda, 
uma vez que, nesse último caso, os consumidores conhecem os preços e as qualidades técnicas 
de todos os produtos que estão disponíveis no mercado 
Portanto, um mercado competitivo, teoricamente, só traria benefícios, tanto para os 
consumidores quanto para os compradores. 
O debate dentro desse tema é complexo, pois alguns economistas argumentam que essa lei 
nada mais é do que uma ferramenta legítima do Estado que tem como intuito beneficiar 
empresas, de algum modo filadas ao governo, afirmando que é o próprio Estado que cria um 
https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_170_.asp
tipo de monopólio. O Instituto Mises Brasil, uma organização liberal, por exemplo, explica que 
a legislação antitruste é um instrumento utilizado para que os “concorrentes menos 
eficientes” utilizem o poder do estado para prejudicar as empresas mais satisfatórias para os 
consumidores. 
Enquanto isso, outros defendem que a autorregulação do mercado é falha, por isso é necessário 
que o Estado interfira para que esse caráter competitivo possa ser conservado. Um exemplo 
disso pode ser explicada pelo professor da Faculdade de Direito da USP, Calixto Salomão Filho, 
em seu texto opinativo sobre concorrência e intervenção na Economia. 
Para ele, a época mais pulsante de crescimento econômico, por exemplo, nos Estados 
Unidos foi quando houve a aplicação acompanhada da lei da concorrência americana que desfez 
grandes monopólios e combateu os quartéis. Esse mesmo fenômeno, segundo ele, pode ser 
observado nas economias europeias durante o período de considerável crescimento 
econômico. Ele complementa também em outra parte do texto que, no caso do Brasil, o golpe 
militar de 1964 apoiou-se fortemente em uma ideologia sólida sobre a manutenção das grandes 
concentrações econômicas. 
O cartel é a associação entre empresas do mesmo ramo de produção com o objetivo de dominar 
o mercado, disciplinar a concorrência e maximizar seus lucros. 
Formação de cartel é crime. O cartel é um acordo de cooperação entre empresas que buscam 
controlar um mercado, determinando os preços e limitando a 
A lei 8137/90 considera como crime contra a ordem econômica o acordo entre empresas com 
objetivo de fixar artificialmente os preços ou quantidades dos produtos e serviços, de controlar 
um mercado, limitando a concorrência. Prevê, para a prática, pena de dois a cinco anos de 
reclusão e multa. 
Além de crime, o cartel também possui proibição administrativa, a lei nº 12.529/11, que trata 
da estrutura do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência e dispõe sobre a prevenção, 
repressão às infrações contra a ordem econômica e descreve em seu texto todos os atos que 
implicam na formação de cartel. Nela, há previsão de penas administrativas para a prática. 
(TEXTO INTERNET). 
Origens e evolução 
▫ Art. 1º: “Todo contrato, combinação na forma de truste ou outra forma, ou conspiração, 
restritiva do tráfico ou comércio entre os vários Estados, ou com nações estrangeiras, deve 
ser declarada ilegal.” 
APLICA-SE ÀS FUSÕES Northern Securities Co. vs. US (1904) 
REGRA “ILICITUDE PER SE” Sem exceção legitimadora (sem estudo de estrutura de 
mercado ou poder econômico) 
CASO “STANDARD OIL CO. vs. US” (1911) Regra da razão (rule of reason) Atos de 
concentração podem ser admitidos se gerarem “eficiência”(s). 
• 1914 – EUA: ▫ Federal Trade Commission Act:  Cria o FTC para proteção dos 
consumidores e das práticas desleais e restritivas ▫ Clayton Act:  Práticas desleais 
https://www.politize.com.br/monopolio-o-que-e/
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/04/1438954-calixto-salomao-filho-concorrencia-e-intervencao-na-economia.shtml
https://www.politize.com.br/ditadura-militar-no-brasil/#:~:text=A%20ditadura%20militar%20no%20Brasil%20durou%2021%20anos%2C%20teve%205,opositores%20do%20regime%20e%20censura.
https://www.politize.com.br/ditadura-militar-no-brasil/#:~:text=A%20ditadura%20militar%20no%20Brasil%20durou%2021%20anos%2C%20teve%205,opositores%20do%20regime%20e%20censura.
• 1936-1972: preponderância da Escola de Harvard ▫ Grande ativismo antitruste 
Poder econômico = efeitos anticompetitivos. 
• 1973-1991: predominância da Escola de Chicago ▫ Eficiência produtiva: valor a ser 
perseguido ▫ Perda de competitividade americana (Ex.: automóveis japoneses) 
• Pós II Guerra Mundial – Europa: ▫ Formação da União Europeia:  1951 – CECA; 1957 
– CEE (T. de Roma); 1993 – UE (T. de Maastricht) ▫ TFUE:  Art. 101: cartéis;  Art. 
102: monopólios; ▫ Regulamento CE 139/2004: reg. das concentrações 
Evolução no Brasil 
• 1808: abertura dos portos e liberação da manufatura • 1824: Constituição do Império ▫ 
Proibição de corporações de mercadores • 1891: Constituição republicana ▫ Liberal 
• 1934: Constituição democrática ▫ Pós-crise de 1929 ▫ Intervenção estatal e restrições 
para a liberdade de iniciativa (art. 115: “justiça” e “necessidades da vida nacional” para 
possibilitar a todos existência digna) • 1937: Constituição “Polaca” ▫ Art. 14: Art 141 - A 
lei fomentará a economia popular, assegurando-lhe garantias especiais. Os crimes contra 
a economia popular são equiparados aos crimes contra o Estado, devendo a lei cominar-
lhes penas graves e prescrever-lhes processos e julgamentos adequados à sua pronta e 
segura punição. ▫ Decreto 869/38: 1º diploma antitruste brasileiro (Proibição de 
manipulação de oferta e demanda, de fixação de acordo entre empresas, venda abaixo do 
preço de custo etc). 
• 1945: Lei Malaia (Dec-Lei 7.666/22.6.1945) ▫ Pós II Guerra e o caso do Estado Novo 
varguista 
▫ Agamenon Magalhães: proteção do mercado nacional -> contra concentração, 
especialmente por capital estrangeiro ≠ do direito americano: proteção ao consumidor 
▫ Cria a CADE ▫ Revogada em novembro de 1945 (Dec. 8.162/9.11.1945 - Pres. interino 
José Linhares, presidente do STF). 
• 1946: Constituição democrática ▫ Primeira a tratar expressamente Da repressão ao 
“abuso do poder econômico” 
Art 148 - A lei reprimirá toda e qualquer forma de abuso do poder econômico, inclusive 
as uniões ou agrupamentos de empresas individuais ou sociais, seja qual for a sua 
natureza, que tenham por fim dominar os mercados nacionais, eliminar a concorrência e 
aumentar arbitrariamente os lucros. 
• 1951: Lei 1.521 ▫ Crimes contra a economia popular 
• 1962: Lei n. 4.137 ▫ Autor do PL: Dep. Agamemon Magalhães ▫ Cria o CADE ▫ 
Características:  Sem definição de abuso de poder econômico  Caracterização do ilícito 
pelos efeitos ou objetivos  Possibilidade de autorização de práticas restritivas 
• 1962: Lei n. 4.137 ▫ Sem efetividade  Contradição com as políticas públicas 
concentracionistas (“a grande empresa nacional”)  Salvo “surtos de vigência” - P. A. 
Forgioni 
• 1967: Constituição 14 Art 157 - A ordem econômica tem por fim realizar a justiça social, 
com base nos seguintes princípios: (...) VI - repressão ao abuso do poder econômico, 
caracterizado pelo domínio dos mercados, a eliminação da concorrência e o aumento 
arbitrário dos lucros. 
• 1969: Constituição (EC n.º 01/1969) 15 Art. 160. A ordem econômica e social tem por 
fim realizar o desenvolvimento nacional e a justiça social, com base nos seguintes 
princípios: (...) V - repressão ao abuso do poder econômico, caracterizado pelo domínio 
dos mercados, a eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros; e 
• 1988: Constituição ▫ Ordem econômica ▫ Art. 173, § 4º 16 A lei reprimirá o abuso do 
poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao 
aumento arbitrário dos lucros. 
• 1991: Lei 8.158 ▫ Contexto:  Queda do Muro de Berlin, Consenso de Washington e 
globalização  Governo Collor: democratização,desestatização, abertura ao comércio 
internacional etc. ▫ Conteúdo:  Cria a SNDE/MJ (depois SDE) ▫ Uso político:  
Retaliação do governo contra a determinados setores ou agentes que auferissem “lucros 
abusivos” 
• 1994: Lei n. 8.884 (Lei Antitruste) ▫ Governo Itamar Franco ▫ Inserção do Brasil na 
economia mundial globalizada ▫ Avanços institucionais:  Plano Real;  Lei de Registro 
Público das Empresas Mercantis (1994)  Lei de Franquia (1994)  Lei de Direitos 
Autorais, Lei de Software e Lei de Propriedade Industrial (1996) 
1994: Lei n. 8.884 (Lei Antitruste) 
▫ Consolidação do Direito Concorrencial no País 
▫ Estrutura: CADE: autarquia vinculada ao MJ; SDE/MJ: DPDE; SEAE/MF; Ainda: MPF 
e ProCADE ▫ Caso Colgate-Kolynos 
• Efetividade: ▫ Caso Cartel do Aço (conduta); ▫ Caso Philip Morris (conduta); ▫ Caso 
Nestlé-Garoto (concentração); ▫ Caso AmBev (fusão); ▫ Caso Shopping Iguatemi 
(cláusula de raio) 
• Problemas da lei ▫ Complexidade da estrutura: Pouca eficiência operativa e, por 
consequência, baixa quantidade de julgamentos (esp. condutas); 
▫ Análise ex post dos ACs (15 dias após o primeiro ato vinculativo): Dificuldade 
conceitual e irreversibilidade fática; 
▫ Submissão obrigatória de muitos ACs desnecessários (R$400 milhões de faturamento); 
▫ Estudos da OCDE 2005-2010 - Necessidade de evolução 
• Tentativas de revogação/alteração da Lei 8.884/94: ▫ Agência Nacional de Concorrência 
▫ Etc. 
• Governo Lula (2003): ▫ Macroeconomia vs. microeconomia ▫ PL sobre recuperação de 
empresas/falências ▫ PL sobre agências reguladoras e sobre revogação da Lei 8.884/94 
• Lei n.º 12.529/30.11.2011 
▫ Entrada em vigor: 30/maio/2012 
▫ CADE: 
Tribunal Administrativo; 
Superintendência Geral: Desfaz-se o DPDE/SDE/MJ 
Departamento de Estudos Econômicos: Redução do papel da SEAE/MF (advocacia da 
concorrência) 
▫ Disciplina processual (administrativa): Alterações substanciais (reflexo das alterações 
institucionais) e Pormenorizada, dividida em procedimentos 
▫ Controle de conduta: Alterações pontuais 
▫ Controle de ACs: Apresentação prévia (controle ex ante); Prazo p/ encerramento do 
processo (240+60/90d) e Alteração dos critérios (R$400mi e R$60mi) 
Lei 12.529/11: aspectos gerais 
• Objeto da lei: 
Art. 1o Esta Lei estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência - SBDC e 
dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica, orientada 
pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social 
da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico. 
Titularidade dos direitos 
• Art. 1º, parágrafo único: Parágrafo único. A coletividade é a titular dos bens jurídicos 
protegidos por esta Lei. 
Art. 47. Os prejudicados, por si ou pelos legitimados referidos no art. 82 da Lei n o 8.078, 
de 11 de setembro de 1990, poderão ingressar em juízo para, em defesa de seus interesses 
individuais ou individuais homogêneos, obter a cessação de práticas que constituam 
infração da ordem econômica, bem como o recebimento de indenização por perdas e 
danos sofridos, independentemente do inquérito ou processo administrativo, que não será 
suspenso em virtude do ajuizamento de ação. 
Legitimados para a “defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas 
poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo 
▫ Art. 1º da Lei 8.884/94 ▫ Art. 219 da CR = Art. 219. O mercado interno integra o 
patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e 
sócio-econômico. 
Territorialidade 
• Art. 2o Aplica-se esta Lei, sem prejuízo de convenções e tratados de que seja signatário 
o Brasil, às práticas cometidas no todo ou em parte no território nacional ouque nele 
produzam ou possam produzir efeitos. 
§ 1 o Reputa-se domiciliada no território nacional a empresa estrangeira que opere ou 
tenha no Brasil filial, agência, sucursal, escritório, estabelecimento, agente ou 
representante. § 2 o A empresa estrangeira será notificada e intimada de todos os atos 
processuais previstos nesta Lei, independentemente de procuração ou de disposição 
contratual ou estatutária, na pessoa do agente ou representante ou pessoa responsável por 
sua filial, agência, sucursal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil. 
• Ainda: ▫ Filiais etc. são domiciliadas no Brasil ▫ Representação ex lege 
Estrutura do SBDC: 
MINISTÉRIO DA FAZENDA: Com a SEAE* (Sec.Acompanhamento Econômico) 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Com o CADE (Cons. Adm. de Defesa Econômica), que 
dentro dele tem: 1) Tribunal Administrativo; 2) Superintendência Geral; 3)Dep. de 
Estudos Econômicos. 
Do Tribunal Administrativo que está dentro do CADE: 
• Órgão judicante 
• Membros: 6 Conselheiros (Em caso de vacância, nomeação para cumprir mandato) e 1 
Presidente (Na ausência, substituição pelo mais velho; Em caso de vacância, nova 
nomeação). 
 (Ambos são escolhidos pelo Presidente após aprovação pelo Senado: -Cidadãos com 
mais de 30 anos; - Notório saber jurídico ou econômico; -Reputação ilibada OBS.: 
dedicação exclusiva). 
• Mandatos: ▫ 4 anos não coincidentes; ▫ Vedada recondução 
A Perda do Mandato: Perda: -Decisão do Senado Federal por provocação do Presidente 
da República; -Condenação por crime doloso; -Processo disciplinar. 
Competência do pleno 
• Advocacia da concorrência; • Firmar convênio; • Decidir: AC e conduta • Recurso • 
Instrução: requisição e exame • Execução judicial 
Superintendência-Geral 
• Superintendente-Geral ▫ Nomeação e requisitos: como dos conselheiros do tribunal 
▫ Mandato: 2 anos + 1 recondução (permitida) 
• 2 Superintendentes-Adjuntos ▫ Nomeados pelo SG ▫ Substituem o SG na vacância 
(escolha do Presidente) 
• Atribuições: ▫ Investigativa, condução dos processos administrativos 
Outros órgãos 
• ProCADE ▫ Procuradoria Federal Especializada (AGU) 
• Departamento de Estudos Econômicos 
▫ Atribuições: “elaborar estudos e pareceres econômicos, de ofício ou por solicitação do 
Plenário, do Presidente, do Conselheiro-Relator ou do Superintendente-Geral, zelando 
pelo rigor e atualização técnica e científica das decisões do órgão. 
▫ Economista-Chefe: nomeação conjunta pelo Presidente e pelo SG 
• MPF perante o CADE 
• SEAE/MF 
▫ Extinta pelo art. 5º do Dec. 9.266/2018 (CR: art. 94, VI, “a”) = “Sucedida” pela 
SEPRAC – Secretaria de Promoção e Advocacia da Concorrência e pela SEFEL – 
Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria 
Estruturas de mercado: concorrência perfeita 
• Características: ▫ Grande número de compradores e vendedores ▫ Nenhum agente 
econômico é suficientemente importante (Mercado atomizado) 
▫ Homogeneidade dos produtos (procura perfeita) ▫ Plena mobilidade dos fatores de 
produção ▫ Pleno acesso a todas as informações relevantes ▫ Ausência de economia de 
escala obs: economia de escala ≠ economia de escopo. Na economia de escala: custo 
médio reduz com o volume de produção na economia de escopo: custo médio reduz com 
a variedade de bens produzidos na mesma empresa (= mais barato produzir dois produtos 
juntos que separados). 
• Preço: ▫ Surge “naturalmente” ▫ Os agentes são tomadores de preço (não formadores de 
preço mas sim TOMADORES) ▫ “consumidor rei” 
• Lucro tende a zero ▫ Oferta até preço = custo marginal 
• Ex.: feira livre, mercado internacional de produtos primários etc 
 
Estruturas de mercado: concorrência imperfeita 
• Características: ▫ Número grande compradores e vendedores ▫ Não há as demais 
características, logo, existe diferenciação dos produtos (“afeição comercial” -> 
COMPARTIMENTAÇÃO RELATIVA DE MERCADO e PROCURA “VISCOSA”) 
• Ex.: maioria dos mercados (maior ou menor grau) 
Estruturas de mercado: oligopólio 
• Características: 
▫ Baixo número de vendedores, ou seja, pode haver maior número, mas pouco relevantes 
▫ Agentes tendem a agir “em bloco” (comportamento parelho): Por outro lado:volatilidade, logo, “guerra comercial” (e teoria dos jogos), Ex.: segredos comerciais, 
contrafação de marcas etc. 
• Ex: mercado automobilístico 
 
 
Estruturas de mercado: monopólio 
• Características: ▫ Único vendedor ▫ Poder econômico em plenitude ▫ Formador de preço, 
ou seja, Escassez “artificial” ▫ Lucros maximizados 
• monopólio “natural” ≠ monopólio legal 
Ex de monopólios legais: Correios, petróleo (EC de 1995) , resseguro (até) etc. 
• monopólio ≠ monopsônio: Monopsônio que é: ÚNICO COMPRADOR, ou seja uma 
Reação: “cooperativa” de vendedores. 
O monopsônio é a estrutura oposta ao monopólio, em que há apenas um vendedor para 
diversos compradores. Como é o caso do monopólio dos correios e de serviços de água e luz. 
https://www.suno.com.br/artigos/monopolio/
Existem poucos exemplos de monopsônios puros. No Brasil, um deles é a Petrobras no mercado 
de gás natural. A Petrobras é a única empresa que pode comprar o gás natural do gasoduto 
Brasil-Bolívia e revender no Brasil. 
O mais comum é uma estrutura de oligopsônio. Ou seja, há poucos compradores e inúmeros 
vendedores no mercado. De forma que um grupo pequeno de empresas, chamados de 
oligopsonistas, possuem poder de mercado. 
 
Processo de concentração 
 
• Concorrência é questão de grau ▫ Número de “centros decisórios” (agentes econômicos 
≠ PJs) 
• Cadeia produtiva: ▫ Do estágio montante (upstream) para o estágio jusante 
(downstream) 
• Assim: ▫ fazenda de eucalipto →fábrica de celulose → fábrica de papelão ondulado → 
fábrica de embalagens → indústria, atacado etc. 
▫ Poço de petróleo → extração → transporte refino → distribuição → revenda 
 
• Formas de concentração: ▫ Aquisição de ativos, aquisição de quotas/ações (participação 
relevante e controle), operações societárias (fusão e incorporação), joint venture, 
interlocked directors , trusts, etc. 
 
• Tipos de concentração: ▫ Concentração horizontal ▫ Concentração vertical 
 
• Motivação: ▫ Economia de escala ou de escopo; ▫ Progresso tecnológico (aquisição de 
planta industrial estratégica, know how etc.) ▫ Aquisição de market share ▫ Expansão 
vertical (fornecimento a baixo custo, rede de distribuição etc. – redução custos de 
transação). 
A diferença entre economia de escopo e economia de escala está na produção dos produtos. 
Enquanto a primeira concentra-se em uma variedade de produtos, a econômica de escala 
produz somente um produto. Um exemplo desse tipo de economia está na indústria da moda, 
a rede fast fashion (moda rápida): são lojas do setor de moda que precisam constantemente de 
estoque com a tendência de grifes famosas e dos desfiles. Este é modelo baseado na produção 
rápida e tempo de comercio dos produtos. 
 
• Justificativa econômica: “aquisição” deve ser mais barata que conquista “orgânica” 
 
Mercado relevante 
 
• Noção instrumental 
 
• Delimitação do mercado sob influência/atuação do agente econômico ▫ Corte 
epistemológico para identificar o conjunto de agentes econômicos (consumidores e 
fornecedores) que efetivamente limitam as decisões de preço e quantidade da empresa 
que (a) resulta do ato de concentração [controle de estrutura] ou (b) que está envolvida 
em conduta anticoncorrencial [controle de conduta]. 
 
• Definição: 
▫ Menor espaço econômico no qual seja factível a uma empresa, atuando de forma isolada 
(ou a um grupo de empresas, agindo de forma coordenada = centro decisório), exercer o 
poder de mercado. 
 
▫ Menor grupo de produtos ou serviços (MERCADO RELEVANTE PRODUTO) 
produzidos/oferecidos ou vendidos na menor área geográfica (MERCADO 
RELEVANTE GEOGRÁFICO) na qual o monopolista (Teste do monopolista 
hipotético) hipotético, poderia impor um pequeno, mas significativo e não transitório, 
aumento de preços. 
 
Mercado relevante: teste do monopolista hipotético 
 
1. Ponto de partida: Todos os produtos e todas as áreas em que as empresas atuam 
2. Aumenta-se o preço de forma significativa e não transitória: Se não for rentável, 
acrescentam-se regiões ou produtos 
 
Faz-se sucessivamente até encontrar situação rentável - > Reação dos consumidores pode 
ser: Migração para outro produto sucedâneo ou migração para outra região. 
Participação no mercado relevante 
• Market share (participação % no MR) 
• Mediante dados dos próprios agentes econômicos, de pesquisas, órgãos etc. encontrase 
a participação percentual 
Poder de mercado 
• É um fato (potestas) 
• Posição dominante 
• Paula Fogioni: “Posição dominante é decorrência e, ao mesmo tempo, se identifica com 
o poder detido pelo agente no mercado que lhe assegura a possibilidade de atuar com 
comportamento independente e indiferente em relação a outros agentes, impermeável às 
leis de mercado” 
• Guia de Análise Econômica de Atos de Concentração Horizontal: ▫ N. 13: O exercício 
do poder de mercado consiste no ato de uma empresa unilateralmente, ou de um grupo de 
empresas coordenadamente, aumentar os preços (ou reduzir quantidades), diminuir a 
qualidade ou a variedade dos produtos ou serviços, ou ainda, reduzir o ritmo de inovações 
com relação aos níveis que vigorariam sob condições de concorrência irrestrita, por um 
período razoável de tempo, com a finalidade de aumentar seus lucros. 
• poder de mercado ≠ participação no mercado (market share) 
• Participação: 
▫ Colheita de dados - > enganosidade * Enganosidade. Art. 91. A aprovação de que trata 
o art. 88 desta Lei poderá ser revista pelo Tribunal, de ofício ou mediante provocação da 
Superintendência-Geral, se a decisão for baseada em informações falsas ou enganosas 
prestadas pelo interessado, se ocorrer o descumprimento de quaisquer das obrigações 
assumidas ou não forem alcançados os benefícios visados. Parágrafo único. Na hipótese 
referida no caput deste artigo, a falsidade ou enganosidade será punida com multa 
pecuniária, de valor não inferior a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) nem superior a R$ 
6.000.000,00 (seis milhões de reais), a ser aplicada na forma das normas do Cade, sem 
prejuízo da abertura de processo administrativo, nos termos do art. 67 desta Lei, e da 
adoção das demais medidas cabíveis. 
▫ Teste: Se C4 < 75% + agente ≥ 20% Tem poder de mercado 
 Se C4 ≥ 75% + agente 10% ≥ Tem poder de mercado 
OBS.: Guia da SDE/SEAE 
Controle de estrutura 
Controle do AC pelo CADE 
Processo administrativo no controle de atos de concentração econômica 
Processo de análise do AC 
Controle do AC pelo CADE 
• Obrigatoriedade de apresentação prévia 
• O que é AC? 
I - 2 (duas) ou mais empresas anteriormente independentes se fundem; II - 1 (uma) ou 
mais empresas adquirem, direta ou indiretamente, por compra ou permuta de ações, 
quotas, títulos ou valores mobiliários conversíveis em ações, ou ativos, tangíveis ou 
intangíveis, por via contratual ou por qualquer outro meio ou forma, o controle ou partes 
de uma ou outras empresas; III - 1 (uma) ou mais empresas incorporam outra ou outras 
empresas; ou IV - 2 (duas) ou mais empresas celebram contrato associativo, consórcio ou 
joint venture. Parágrafo único. Não serão considerados atos de concentração, para os 
efeitos do disposto no art. 88 desta Lei, os descritos no inciso IV do caput, quando 
destinados às licitações promovidas pela administração pública direta e indireta e aos 
contratos delas decorrentes. 
• Quais ACs devem ser apresentados? 
Art. 88. Serão submetidos ao Cade pelas partes envolvidas na operação os atos de 
concentração econômica em que, cumulativamente: I - pelo menos um dos grupos 
envolvidos na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto anual ou 
volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a 
R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais); e II - pelo menos um outro grupo 
envolvido na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto anual ou 
volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superiora 
R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais). § 1 o Os valores mencionados nos incisos I e 
II do caput deste artigo poderão ser adequados, simultânea ou independentemente, por 
indicação do Plenário do Cade, por portaria interministerial dos Ministros de Estado da 
Fazenda e da Justiça. § 2 o O controle dos atos de concentração de que trata o caput deste 
artigo será prévio e realizado em, no máximo, 240 (duzentos e quarenta) dias, a contar do 
protocolo de petição ou de sua emenda. 
 
• Se não forem apresentados? 
§ 3 o Os atos que se subsumirem ao disposto no caput deste artigo não podem ser 
consumados antes de apreciados, nos termos deste artigo e do procedimento previsto no 
Capítulo II do Título VI desta Lei, sob pena de nulidade, sendo ainda imposta multa 
pecuniária, de valor não inferior a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) nem superior a R$ 
60.000.000,00 (sessenta milhões de reais), a ser aplicada nos termos da regulamentação, 
sem prejuízo da abertura de processo administrativo, nos termos do art. 69 desta Lei. 
• Durante a tramitação, as condições de concorrência devem ser mantidas: 
§ 4 o Até a decisão final sobre a operação, deverão ser preservadas as condições de 
concorrência entre as empresas envolvidas, sob pena de aplicação das sanções previstas 
no § 3 o deste artigo. 
• Além disso, obrigatoriedade de informação da CVM: 
§ 8 o As mudanças de controle acionário de companhias abertas e os registros de fusão, 
sem prejuízo da obrigação das partes envolvidas, devem ser comunicados ao Cade pela 
Comissão de Valores Mobiliários - CVM e pelo Departamento Nacional do Registro do 
Comércio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 
respectivamente, no prazo de 5 (cinco) dias úteis para, se for o caso, ser examinados. 
• Casos não subsumidos à hipótese do art. 88: 
§ 7 o É facultado ao Cade, no prazo de 1 (um) ano a contar da respectiva data de 
consumação, requerer a submissão dos atos de concentração que não se enquadrem no 
disposto neste artigo. 
• Critério de aprovação: 
§ 5 o Serão proibidos os atos de concentração que impliquem eliminação da concorrência 
em parte substancial de mercado relevante, que possam criar ou reforçar uma posição 
dominante ou que possam resultar na dominação de mercado relevante de bens ou 
serviços, ressalvado o disposto no § 6 o deste artigo. 
• Todavia, poderá ser aprovado excepcionalmente nos seguintes casos: (REGRA DA 
RAZÃO) 
§ 6 o Os atos a que se refere o § 5 o deste artigo poderão ser autorizados, desde que sejam 
observados os limites estritamente necessários para atingir os seguintes objetivos: I - 
cumulada ou alternativamente: a) aumentar a produtividade ou a competitividade; b) 
melhorar a qualidade de bens ou serviços; ou c) propiciar a eficiência e o desenvolvimento 
tecnológico ou econômico; e II - sejam repassados aos consumidores parte relevante dos 
benefícios decorrentes. 
Processo administrativo no controle de atos de concentração econômica 
• Lei 12.529/11: arts. 53 a 65 
• Tramitação 
SUPERINTENDÊNCIAGERAL - > TRIBUNAL ADMINISTRATIVO: Há 3 
possibilidades: Aprovação sem restrições que gera arquivamento, aprovação com 
restrições e rejeição 
Guia para análise de AC horizontal 
• Cf. documento em .pdf 
 
SLIDE ARQUIVO 3 
Controle de conduta 
• Ênfase a partir da década de 1980 nos EUA 
• Organização industrial x comportamentos 
• Pós-Chicago: ▫ Teoria dos mercados contestáveis; ▫ Teoria dos jogos -> Equilíbrio de 
Nash ▫ A nova economia industrial: K. Arrow, North, Williamson, Hayek e O direito (as 
“instituições”) 
Lei 12529/11 
• Foco no controle de conduta 
• Título V: Das Infrações da Ordem Econômica ▫ Cap. I – Disposições Gerais (arts. 31 – 
35) ▫ Cap. II – Das Infrações (art. 36) ▫ Cap. III – Das Penas (arts. 37-45) ▫ Cap. IV – Da 
Prescrição (art. 46) ▫ Cap. V – Do Direito de Ação (art. 47) 
• Processo: ▫ Inquérito administrativo (66-68), processo administrativo (69-83), medida 
administrativa (84), compromisso de cessação (85), leniência (86-87). 
Sujeitos ativo da infrações 
Art. 31. Esta Lei aplica-se às pessoas físicas ou jurídicas de direito público (O Estado 
pode ser sujeito ativo das infrações?) ou privado, bem como a quaisquer associações de 
entidades ou pessoas, constituídas de fato (Associação de fato?) ou de direito, ainda que 
temporariamente, com ou sem personalidade jurídica, mesmo que exerçam atividade sob 
regime de monopólio legal (Estrutura). 
• Responsabilidade dos administradores 
Art. 32. As diversas formas de infração da ordem econômica implicam a responsabilidade 
da empresa e a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores, 
solidariamente. 
• Responsabilidade dos “grupos econômicos” 
Art. 33. Serão solidariamente responsáveis as empresas ou entidades integrantes de grupo 
econômico, de fato ou de direito, quando pelo menos uma delas praticar infração à ordem 
econômica. 
Sujeitos às infrações 
• Desconsideração da personalidade jurídica 
Art. 34. A personalidade jurídica do responsável por infração da ordem econômica poderá 
ser desconsiderada (Administrativa? (Cf. contraste com art. 50 CC)) quando houver da 
parte deste abuso de direito, excesso de poder, infração da lei (Não são todos os casos 
desta Lei?), fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. Parágrafo 
único. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de 
insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má 
administração (Modalidade culposa?). 
Infração contra ordem econômica 
Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa (lícito 
“objetivo” responsabilidade objetiva), os atos sob qualquer forma manifestados, que 
tenham por objeto (Conteúdo do ato realizado) ou possam produzir (Potencial lesivo 
(análise em tese)) os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados: 
I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre 
iniciativa; (2 princípios tutelados) 
 II - dominar mercado relevante de bens ou serviços; (§ 1 o A conquista de mercado 
resultante de processo natural fundado na maior eficiência de agente econômico em 
relação a seus competidores não caracteriza o ilícito previsto no inciso II do caput deste 
artigo.) 
III - aumentar arbitrariamente os lucros; (A modalidade mais discutível) e 
IV - exercer de forma abusiva posição dominante. (§ 2 o Presume-se posição dominante 
sempre que uma empresa ou grupo de empresas for capaz de alterar unilateral ou 
coordenadamente as condições de mercado ou quando controlar 20% (vinte por cento) ou 
mais do mercado relevante, podendo este percentual ser alterado pelo Cade para setores 
específicos da economia). 
(“Válvulas de escape”? todos esses incisos) 
• Constituição 
§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à 
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. 
• Lei 8884/94 
Art. 20. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos 
sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes 
efeitos, ainda que não sejam alcançados: I - limitar, falsear ou de qualquer forma 
prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; II - dominar mercado relevante de 
bens ou serviços; III - aumentar arbitrariamente os lucros; IV - exercer de forma abusiva 
posição dominante. 
Condutas em espécie 
§ 3 o As seguintes condutas, além de outras (Rol exemplificativo), na medida em que 
configurem hipótese prevista no caput deste artigo e seus incisos (A caracterização do 
ilícito dáse pelo caput (e não pelo § 3º), caracterizam infração da ordem econômica: 
I - acordar, combinar, manipular ou ajustar com concorrente, sob qualquer forma: a) os 
preços de bens ou serviços ofertados individualmente; b) a produção ou a comercialização 
de uma quantidade restrita ou limitadade bens ou a prestação de um número, volume ou 
frequência restrita ou limitada de serviços; c) a divisão de partes ou segmentos de um 
mercado atual ou potencial de bens ou serviços, mediante, dentre outros, a distribuição 
de clientes, fornecedores, regiões ou períodos; d) preços, condições, vantagens ou 
abstenção em licitação pública; II - promover, obter ou influenciar a adoção de conduta 
comercial uniforme ou concertada entre concorrentes; III - limitar ou impedir o acesso de 
novas empresas ao mercado; IV - criar dificuldades à constituição, ao funcionamento ou 
ao desenvolvimento de empresa concorrente ou de fornecedor, adquirente ou financiador 
de bens ou serviços; V - impedir o acesso de concorrente às fontes de insumo, matérias-
primas, equipamentos ou tecnologia, bem como aos canais de distribuição; VI - exigir ou 
conceder exclusividade para divulgação de publicidade nos meios de comunicação de 
massa; VII - utilizar meios enganosos para provocar a oscilação de preços de terceiros; 
VIII - regular mercados de bens ou serviços, estabelecendo acordos para limitar ou 
controlar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, a produção de bens ou prestação 
de serviços, ou para dificultar investimentos destinados à produção de bens ou serviços 
ou à sua distribuição; IX - impor, no comércio de bens ou serviços, a distribuidores, 
varejistas e representantes preços de revenda, descontos, condições de pagamento, 
quantidades mínimas ou máximas, margem de lucro ou quaisquer outras condições de 
comercialização relativos a negócios destes com terceiros; X - discriminar adquirentes ou 
fornecedores de bens ou serviços por meio da fixação diferenciada de preços, ou de 
condições operacionais de venda ou prestação de serviços; XI - recusar a venda de bens 
ou a prestação de serviços, dentro das condições de pagamento normais aos usos e 
costumes comerciais; XII - dificultar ou romper a continuidade ou desenvolvimento de 
relações comerciais de prazo indeterminado em razão de recusa da outra parte em 
submeter-se a cláusulas e condições comerciais injustificáveis ou anticoncorrenciais; XIII 
- destruir, inutilizar ou açambarcar matérias-primas, produtos intermediários ou acabados, 
assim como destruir, inutilizar ou dificultar a operação de equipamentos destinados a 
produzi-los, distribuí-los ou transportá-los; XIV - açambarcar ou impedir a exploração de 
direitos de propriedade industrial ou intelectual ou de tecnologia; XV - vender mercadoria 
ou prestar serviços injustificadamente abaixo do preço de custo; XVI - reter bens de 
produção ou de consumo, exceto para garantir a cobertura dos custos de produção; XVII 
- cessar parcial ou totalmente as atividades da empresa sem justa causa comprovada; 
XVIII - subordinar a venda de um bem à aquisição de outro ou à utilização de um serviço, 
ou subordinar a prestação de um serviço à utilização de outro ou à aquisição de um bem; 
e XIX - exercer ou explorar abusivamente direitos de propriedade industrial, intelectual, 
tecnologia ou marca. 
• As condutas podem ser 
▫ Colusão de concorrentes: 
-Colusão vertical, 
- Colusão horizontal (uniformização de preços e condições) 
▫ Exclusão de concorrentes: 
- Predação (preço, tecnologia etc.) 
- Negociação compulsória (venda casada, recusa em contratar, cláusula de exclusividade) 
Penas 
• Para PJs com faturamento: 
I - no caso de empresa, multa de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do 
valor do faturamento bruto da empresa, grupo ou conglomerado obtido, no último 
exercício anterior à instauração do processo administrativo, no ramo de atividade 
empresarial em que ocorreu a infração, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, 
quando for possível sua estimação; 
• Para PFs e PJs sem faturamento: 
II - no caso das demais pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, bem 
como quaisquer associações de entidades ou pessoas constituídas de fato ou de direito, 
ainda que temporariamente, com ou sem personalidade jurídica, que não exerçam 
atividade empresarial, não sendo possível utilizar-se o critério do valor do faturamento 
bruto, a multa será entre R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e R$ 2.000.000.000,00 (dois 
bilhões de reais); 
• Para administradores: 
III - no caso de administrador, direta ou indiretamente responsável pela infração 
cometida, quando comprovada a sua culpa ou dolo, multa de 1% (um por cento) a 20% 
(vinte por cento) daquela aplicada à empresa, no caso previsto no inciso I do caput deste 
artigo, ou às pessoas jurídicas ou entidades, nos casos previstos no inciso II do caput deste 
artigo. 
Penas suplementares 
• Penas suplementares 
• Critério: ▫ Gravidade dos fatos ▫ Interesse público geral 
Art. 38. Sem prejuízo das penas cominadas no art. 37 desta Lei, quando assim exigir a 
gravidade dos fatos ou o interesse público geral, poderão ser impostas as seguintes penas, 
isolada ou cumulativamente: 
I - a publicação, em meia página e a expensas do infrator, em jornal indicado na decisão, 
de extrato da decisão condenatória, por 2 (dois) dias seguidos, de 1 (uma) a 3 (três) 
semanas consecutivas; II - a proibição de contratar com instituições financeiras oficiais e 
participar de licitação tendo por objeto aquisições, alienações, realização de obras e 
serviços, concessão de serviços públicos, na administração pública federal, estadual, 
municipal e do Distrito Federal, bem como em entidades da administração indireta, por 
prazo não inferior a 5 (cinco) anos; III - a inscrição do infrator no Cadastro Nacional de 
Defesa do Consumidor; IV - a recomendação aos órgãos públicos competentes para que: 
a) seja concedida licença compulsória de direito de propriedade intelectual de titularidade 
do infrator, quando a infração estiver relacionada ao uso desse direito; b) não seja 
concedido ao infrator parcelamento de tributos federais por ele devidos ou para que sejam 
cancelados, no todo ou em parte, incentivos fiscais ou subsídios públicos; V - a cisão de 
sociedade, transferência de controle societário, venda de ativos ou cessação parcial de 
atividade; VI - a proibição de exercer o comércio em nome próprio ou como representante 
de pessoa jurídica, pelo prazo de até 5 (cinco) anos; e VII - qualquer outro ato ou 
providência necessários para a eliminação dos efeitos nocivos à ordem econômica. 
Critérios para a fixação das penas 
Art. 45. Na aplicação das penas estabelecidas nesta Lei, levar-se-á em consideração: I - a 
gravidade da infração; II - a boa-fé do infrator; III - a vantagem auferida ou pretendida 
pelo infrator; IV - a consumação ou não da infração; V - o grau de lesão, ou perigo de 
lesão, à livre concorrência, à economia nacional, aos consumidores, ou a terceiros; VI - 
os efeitos econômicos negativos produzidos no mercado; VII - a situação econômica do 
infrator; e VIII - a reincidência. 
Prescrição 
Prazo e critério 
Art. 46. Prescrevem em 5 (cinco) anos as ações punitivas da administração pública 
federal, direta e indireta, objetivando apurar infrações da ordem econômica, contados da 
data da prática do ilícito ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em 
que tiver cessada a prática do ilícito. 
Interrupção da prescrição: 
§ 1 o Interrompe a prescrição qualquer ato administrativo ou judicial que tenha por objeto 
a apuração da infração contra a ordem econômica mencionada no caput deste artigo, bem 
como a notificação ou a intimação da investigada. 
Suspensão da prescrição: 
§ 2 o Suspende-se a prescrição durante a vigência do compromisso de cessação ou do 
acordo em controle de concentrações. 
Prescrição intercorrente: 
§ 3 o Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de 3 (três) 
anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou 
mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da 
responsabilidade funcional decorrente daparalisação, se for o caso. 
Prescrição penal aplicável à penalidade administrativa: 
§ 4 o Quando o fato objeto da ação punitiva da administração também constituir crime, a 
prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal. 
Direito de ação 
Art. 47. Os prejudicados, por si ou pelos legitimados referidos no art. 82 da Lei no 8.078, 
de 11 de setembro de 1990, poderão ingressar em juízo para, em defesa de seus interesses 
individuais ou individuais homogêneos, obter a cessação de práticas que constituam 
infração da ordem econômica, bem como o recebimento de indenização por perdas e 
danos sofridos, independentemente do inquérito ou processo administrativo, que não será 
suspenso em virtude do ajuizamento de ação. 
Representação do art 66 – Inquérito – instrução – encerramento, a partir daqui ou arquiva 
ou instaura PA 
 
Processo administrativo (tribunal) 
ProCADE – Diligências SG(76) – Alegações finais – “À mesa” – esclarecimentos orais 
(78) – decisão (79) e não cabe liminar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recurso/averbação 
Arquivamente – avocação ao tribunal (67) ou recurso (66) depois decisão ou confirma 
decisão ou transfere IA em PA

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