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Eixo III - Módulo II - Peça 1

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Curso de Direito
Estágio Curricular Obrigatório
 Eixo III – Práticas Processuais
	
	DIREITO CIVIL
	Peça Prático-Profissional
	Enunciado
Miguel e Carlos se envolveram em um acidente automotivo enquanto ambos dirigiam seus veículos na Avenida Governador Valadare, na cidade de Betim, Minas Gerais, em uma madrugada de sábado.
Miguel dirigia com seu veículo tranquilamente pela faixa da esquerda, quando foi atingido na lateral direita pelo carro de Carlos, que também trafegava na via, no mesmo sentido, e se destraiu observando o celular.
Ambos pararam o carro e trocaram seus telefones para resolverem a situação na segunda-feira. Como estavam diante de um bar, Miguel teve o cuidado de pegar o contato de testemunhas que presenciaram o fato.
Na segunda-feira Miguel ficou surpreso ao perceber que o número que havia recebido não existia. Frustrato pela não localização de Carlos, contratou um advogado e ingressou com uma ação indenizatória, pelo procedimento comum, que tramitou na 2a Vara Cível de Betim, com o número 51478664-2021.8.1.0027, com o valor da causa de R$16.700,00 (dezesseis mil e setecentos reais), correspondentes ao valor do reparo do seu carro.
Uma dessas testemunhas se solidarizou comMiguel e compareceu com ele até o Cartório de Notas de Betim e produziu uma ata notarial, explicando a dinâmica do acidente, exatamente como ocorrera, imputando a culpa do acidente ao Carlos. Prova foi constituída antes do ajuizamento da demanda, e juntada aos autos na petição inicial.
No processo não foi realizado um acordo na audiência de conciliação e Carlos apresentou uma contestação, cumulada com reconvenção, alegando que Miguel o fecharra e abalrroara seu carro, por pura falta de atenção. Carlos fez um pedido indezatório de R$ 23.000,00 (vinte e três mil reais) em sede de reconvenção.
 
Ambas as partes requereram prova testemunha e depoimento pessoal da parte contrária para esclarecer a dinâmia do acidente.
Contudo, logo após a especificação de provas das partes o juiz sentenciou o processo, em sede de julgamento antecipado de mérito, baseado na ausência de comprovação do direito constitutivo pelo autor. Não foi mencionada a ata notarial juntada no processo. A sentença condenou Miguel a indenizar Carlos em R$ 23.000,00 (vinte e três mil reais), atribuindo-lhe a culpa pelo acidente, além de condená-lo a pagar verbas sucumbência na importância de 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.
Na condição de advogado de Miguel, apresente a peça processual cabível para defender seus interesses, indicando seus requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente. No caso não há interesse na apresentação de embargos e declaração por Miguel.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
MIGUEL, nacionalidade (...), estado civil (...), profissão (...), portador do RG sob o nº(...), inscrito no CPF sob o nº (...), residente e domiciliado no Endereço (...), CEP(...), vem, por seu advogado, nos autos da Ação Indenizatória em trâmite na 2a Vara Cível de Betim, com o número 51478664-2021.8.1.0027, que move em face de CARLOS... nacionalidade (...), estado civil (...), profissão (...), portador do RG sob o nº(...), inscrito no CPF sob o nº (...), residente e domiciliado no Endereço (...), CEP(...), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, não se conformando com a r. Decisão de fls (...) e com fundamento nos artigos 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015, interpor o
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – Do Preparo
Requer, com fulcro nos artigos 98 e 99 do CPC/2015, bem como no art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal/88, os benefícios da Justiça Gratuita por ser o agravante pobre na forma da lei, não podendo, portanto, arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.
II – Da Tempestividade
O presente Agravo de Instrumento é tempestivo, visto que a publicação de intimação ocorreu em …./…./.... . Assim o prazo de 15 dias úteis para interposição do recurso termina no dia …./…../.... .
Ante o exposto, requer digne-se Vossa Excelência, em receber as razões do presente Recurso de Agravo de Instrumento, bem como os documentos que o acompanham, encaminhá-lo à posterior apreciação desse Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais através de uma de suas Colendas Câmaras, a qual, por certo, fará a costumeira Justiça, dando provimento ao presente Recurso, reformando a respeitável decisão interlocutória proferida pelo MM. Juízo “a quo”.
Termos em que,
Pede deferimento.
Betim, data.
ADVOGADO
OAB/….
EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
Autos do processo nº: 51478664-2021.8.1.0027
Comarca de Betim – 2a Vara Cível 
Agravante: Miguel
Agravado: Carlos
RAZÕES DO RECURSO
COLENDA CÂMARA
EMÉRITOS JULGADORES
A Respeitável decisão interlocutória agravada merece ser reformada, visto que proferida em franco confronto com os interesses do Agravado, já que o mantém em situação de risco pela irresponsabilidade do Agravado.
I - SÍNTESE DOS FATOS
O Agravante e Agravado se envolveram em um acidente automotivo enquanto enquanto transitavam em uma avenida, na cidade de Betim, Minas Gerais, em uma madrugada de sábado.
O Agravante teve seu carro atingido pelo Agravado na lateral direita de seu carro, uma vez que ele se destraiu observando o celular. Trocaram contatos, no entanto, o Agravado foi surpreendido com a inexistência do número informado. Testemunha presente no local, se solidarizou com o agravante produzindo uma ata notarial em cartório, explicando toda dinâmica do acidente. 
O Agravante ingressou com uma ação indenizatória, pelo procedimento comum, que tramitou na 2a Vara Cível de Betim, com o número 51478664-2021.8.1.0027, com o valor da causa de R$16.700,00 (dezesseis mil e setecentos reais), correspondentes ao valor do reparo do seu carro, juntando aos autos a ato notarial, prova constituída antes do ajuizamento da ação.
Não houve acordo entre as partes em audiência de conciliação.
O Agravado apresentou uma contestação, cumulada com reconvenção, alegando que o Agravante o fechara e abarrolara seu carro, por pura falta de atenção pedindo indenização no valor de R$ 23.000,00 (vinte e três mil reais) em sede de reconvenção.
 	Ambas as partes requereram prova testemunha e depoimento pessoal da parte contrária para esclarecer a dinâmia do acidente.
	Contudo, logo após a especificação de provas das partes o juiz sentenciou o processo, em sede de julgamento antecipado de mérito, baseado na ausência de comprovação do direito constitutivo pelo autor. Não foi mencionada a ata notarial juntada no processo. A sentença condenou o Agravante a indenizar o Agravado em R$ 23.000,00 (vinte e três mil reais), atribuindo-lhe a culpa pelo acidente, além de condená-lo a pagar verbas sucumbência na importância de 10% (dez por cento) sobre o valor da causa.
II – DO MÉRITO
a) Decisão que não aprecia tese de defesa – julgamento “citra petita”
O Juiz “a quo” deixou de analisar todas as teses de defesas apresentadas pelo autor em sua exordial, resultando no que denomina-se julgamento “citra petita” , que é quando o magistrado deixa de analisar causa de pedir ou alegação de defesa do demandado ou que não julga a demanda em relação a todos os sujeitos processuais que dela fazem parte. Em brilhante definição, Didier Jr. (2010, p. 319) ensina que “se na decisão ultra petita o juiz exagera e, na extra petita, ele inventa, na decisão citra petita o magistrado se esquece de analisar algo que tenha sido pretendido pela parte ou tenha sido trazido como fundamento do seu pedido ou da sua defesa”.
No caso em tela, não foi observado pelo magistrado “a quo”, a ata notarial, prova constituída antes do ajuizamento da demanda, e juntada aos autos na petição inicial. 
Uma vez que, além de requerido na peça nascedoura, o magistrado também não deu a oportunidade do Agravante demonstrar a verdade dos fatos, violando o §1º, IV, do art. 489, da Lei Processual Civil que diz:
"São elementos essenciais da sentença: 
(...) § 1º - Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
IV – não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador". (grifos nossos)
	
Na mesma linha, decidiu o Tribunal de Justiça de Minas Gerais :
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE SENTENÇA - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA - AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO - ARTIGO 93, INCISO IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERA - HOMOLOGAÇÃO DE CÁLCULOS - IMPUGNAÇÕES NÃO APRECIADAS - DECISÃO QUE NÃO APRECIA AS TESES DE DEFESA - JULGAMENTO "CITRA PETITA" - NULIDADE - PRELIMINAR ACOLHILDA - RESTANTE DO RECURSO PREJUDICADO. - De acordo com o disposto no artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal, todas as decisões do Poder Judiciário deverão ser fundamentadas, sob pena de nulidade. A decisão 'citra petita' equivale à negativa de jurisdição, ensejando a nulidade da decisão agravada e, por conseguinte, a prolação de novo julgamento no primeiro grau.
(TJ-MG - AI: 10024095879953003 MG, Relator: Moreira Diniz, Data de Julgamento: 18/06/2020, Data de Publicação: 19/06/2020)
Assim, nos termos do art. 492 do Diploma Processualístico, caberia ao magistrado singular analisar todas as questões discutidas pelas partes, nos limites em que postas, incorrendo em vício citra petita a decisão que não examina pedido expressamente apresentado na inicial.
Dessa forma, requer o Agravado que seja provido as razões aqui postas, ante o cerceamento de defesa, devendo ser reconhecido a nulidade da r. sentença, determinando-se o retorno dos autos à origem, para a regular instrução processual através da prova constituída anexada aos autos.
IV- DO PEDIDO
	Por todo exposto:
a) Requer a Vossa Excelência, o recebimento do presente Agravo de Instrumento nos seus efeitos ativo e suspensivo, nos termos do parágrafo único do Art. 995 do CPC;
 b) Requer a intimação do agravado para querendo se manifestar;
 c) Requer seja dado provimento ao presente agravo para reformar a dexcisão proferida pelo juízo “a quo”, uma vez que a mesma é “citra petita”, violando o § 1º, IV, do art. 489 do CPC.
d) Requer a juntada dos documentos obrigatórios nos termos do art. 1017 do CPC.
 
Termos em que,
Pede deferimento.
Betim, data.
Advogado
OAB/…

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