DESORDENS METABÓLICAS DIRETRIZ DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes/ 2022. Disponível em:< https://diretriz.diabetes.org.br/>. 2 TÓPICOS DA AULA CONCEITO FATORES DE RISCO EPIDEMIOLOGIA RESISTÊNCIA À INSULINA FISIOPATOLOGIA QUADRO CLÍNICO CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DIAGNÓSTICO COMPLICAÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS TRATAMENTO PROPOSTA DA AULA Explanação do conteúdo (Aula expositiva); AULA PRÁTICA: Avaliação clínica do Pé diabético Dividir a turma em 05 grupos para realizar pesquisa e trazer na próxima aula, temas: Diabetes Gestacional; Diabetes Insípidus; Neuropatia diabética; Pé diabético/ Plano de cuidado de Enfermagem Plano de cuidado de Enfermagem para o paciente com DM/ Diagnóstico de enfermagem/ resultados esperados/ intervenções; Vídeo/TEXTO DIRETRIZ 2019-2020/ Estudo dirigido (na pasta de Saúde do Adulto I) E RECAPITULANDO OS TEMAS APRESENTADOS. O diabetes mellitus é hoje um dos maiores problemas de saúde em todo o mundo. Estima-se que a população mundial com diabetes deverá atingir 471 milhões em 2035. O Brasil ocupa a 4ª posição entre os países com maior prevalência de diabetes: são 18 milhões de pessoas2, e muitas ainda nem foram diagnosticadas. É a 6° causa de internação e a 1ª causa de DRC. (SBD, 2019) DIABETES MELLITUS PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA Grande prevalência (epidemia) Considerável morbidade - freqüentes complicações agudas e crônicas Altos custos - controle metabólico - tratamento das complicações Incapacitações e encurtamento de vida útil - cegueira, amputações, IRC Mortalidade prematura 6 Algumas das razões pelas quais o DM é um problema de saúde pública estão enumeradas. MELLITUS= DOCE COMO MEL 7 A palavra diabete, de origem grega, é um substantivo de dois gêneros, apresentando a mesma forma, quer no gênero feminino, quer no gênero masculino. 8 ENDÓCRINA, METABÓLICA, CRÔNICA, MULTFATORIAL FATORES DE RISCO PARA O DM Rastrear a cada 1 a 3 anos com Glicemia de jejum Idade > 45 anos História familiar de DM (pai, filhos, irmãos). Sedentarismo e excesso de peso. Cintura abdominal para mulheres(> 88cm) e para homens (>102 com) HDL baixo e Testes Glicêmicos elevados. Hipertensão Arterial ( 50% dos DM tipo 2). Diabetes gestacional prévio. Uso de drogas hiperglicemiantes (corticóide, tiazídicos, betabloqueadores). 9 DIABETES INSÍPIDUS ??? VAMOS PENSAR UM POUCO... QUAL A NOSSA 1º FONTE DE ENERGIA? O QUE ACONTENCE NA AUSÊNCIA DA GLICOSE NA CORRENTE SANGUÍNEA OU QUANDO A CÉLULA NÃO CONSEGUE USAR A GLICOSE COMO 1° FONTE DE ENERGIA? METABOLISMO DA GLICOSE Hiperglicemia X Hipoglicemia GLUCAGON X INSULINA GLICOSE PIRUVATO = GLICÓLISE (ATP) GLICOSE GLICOGÊNIO = GLICOGENOGÊNESE GLICOGÊNIO GLICOSE = GLICOGENÓLISE (ATÉ 8 HORAS) GLICEROL E AMINOÁCIDOS GLICOSE = GLICONEOGÊNESE GLICOSE DISPONÍVEL/ AÇÃO DA INSULINA DIMINUIÇÃO DA GLICOSE/ AÇÃO DO GLUCAGON RESISTÊNCIA À INSULINA Fator comum ligado à hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, obesidade; Acontece quando as células do nosso corpo passam a precisar de cada vez mais insulina para absorverem a glicose do sangue; Resistência à insulina leva a uma disfunção do endotélio da artéria; O endotélio é um órgão endócrino em potencial; FISIOPATOLOGIA Diferente capacidade para produzir insulina. Menor quantidade de insulina efetivamente circulante. Diminuição da capacidade do fígado, músculo e outros tecidos para utilizar carboidratos e como para depositá-los. HIPERGLICEMIA HIPEGLICEMIA GLICOSÚRIA POLIÚRIA SÍDROME DOS 4Ps: POLIDPSIA- a necessidade de água no organismo se manifesta pelo impulso vital de ingerir água; PERDA DE PESO – Organismo mobiliza proteínas e gorduras para formar glicose (gliconeogênese), a mobilização das proteínas ocasiona balanço negativo de nitrogênio; POLIFAGIA – “Glicose efetiva diminui”. Esta diferença se manifesta pelo aumento do apetite; POLIÚRIA . QUADRO CLÍNICO 19 DM tipo 1: - Tipo 1A: deficiência de insulina por destruição autoimune das células β comprovada por exames laboratoriais; - Tipo 1B: deficiência de insulina de natureza idiopática. DM gestacional: hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio DM tipo 2: perda progressiva de secreção insulínica combinada com resistência à insulina/ SÍNDROME DO ORVÁRIO POLICÍSTICO (SOP) OUTROS TIPOS DE DIABETES OUTROS TIPOS DE DIABETES: Monogênicos (MODY); Diabetes neonatal; Secundário à endocrinopatia; Secundário às doenças do pâncreas exócrino; Secundário à infecção; Secundário a medicamentos. 22 23 Estas drogas não causa diabetes por si só precipitam quadro hiperglicêmico sobretudo em portadores de resistência à insulina Vacor ( veneno de rato) e pentamidina são toxinas podem destruir a célula beta permanentemente. Interferon desenvolvem anticorpos contra a célula beta. DIABETES MELLITUS GESTACIONAL DIABETES MELLITUS GESTACIONAL DEFINIÇÃO: Intolerância à glicose de graus variáveis com início ou diagnóstico na gravidez, se manifestando geralmente a partir da 24 semana da gestação. FISIOPATOLOGIA: Elevação dos hormônios antagonistas da insulina (progesterona, cortisol, prolactina, lactogênio placentário) - reduz eficácia da insulina. Elevação dos níveis séricos de glicocorticoídes (estímulo a gliconeogênese). Diabetes gestacional prévio e diabetes gestacional clássico 25 CONCEITOS Diretrizes da SBD 2019/ 2020 Diabetes gestacional prévio X Diabetes gestacional clássico (durante a gravidez) VALORES: Glicemia em Jejum ≥ 92 mg/dl e < 126 mg/dl Manual de Diretrizes 2019/ 2020 Em casos de gestantes com Glicemia em Jejum < 92 mg/dl, solicitar entre a 24 a 28 semana o TOTG. Resultado do TOTG: Glicemia em Jejum ≥ 92 mg/dl 1 h ≥ 180 mg/dl; 2 h ≥ 153 mg/dl 26 GESTACÃO REPERCUSSÕES DO DG: COMPLICAÇÕES MATERNAS: abortamento, toxemia gravídica (síndromes hipertensivas), polidrâmnios. COMPLICAÇÕES FETAIS: macrossomia, anomalias congênitas, síndrome da angústia respiratória, hipoglicemia, hipóxia, mortalidade perinatal. ASSISTÊNCIA À GESTANTE DIABÉTICA Monitorar o ganho de peso Avaliar criteriosamente a dieta habitual e atividade física moderada Insulinoterapia Glicemia capilar TIPOS PRINCIPAIS DO DIABETES MELLITUS: TIPO I E II RECAPITULANDO... DIABETES MELLITUS TIPO I APRESENTA RESISTÊNCIA À INSULINA??? TIPOS PRINCIPAIS DO DM Tipo 1 (DM1- 5 a 10% dos diabéticos) : Destruição da célula beta, geralmente ocasionando deficiência absoluta de insulina, de natureza autoimune ou idiopática. Geralmente acomete crianças e adolescente (início precoce) e 10% dos adultos, início tardio. Tipo 2 (DM2- 90 a 95 % dos diabéticos): Varia de uma predominância de resistência insulínica a um defeito secretório. Obesidade e resistência estão presentes em 85 a 90% dos casos. Acomete geralmente adultos. O DM1 é bem mais frequente na infância e na adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos, que podem desenvolver uma forma lentamente progressiva da doença, denominada latent autoimmune diabetes in adults (LADA). 31 ATENÇÃO: Na DM1 a complicação aguda grave mais comum é a Cetoacidose e na DM2 é a Síndrome Hiperosmolar. 32 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO DM1 EVOLUÇÃO RÁPIDA INSULINOPENIA ABSOLUTA HIPERGLICEMIA SEVERA – CETOSE GJJ > 300 mg|dl SINTOMATOLOGIA GRAVE INSULINOTERAPIA 33 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO DM2 EVOLUÇÃO LENTA Perda da fase rápida da secreção de insulina INSULINOPENIA RELATIVA Resistência