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UNISULMA ALUNA: Yanna Vitória Moraes Tavares Lima. 4º Período/Direito. Princípio da Insignificância no Processo Crime O valor de ausência de regra definindo o que seja “valor insignificante” se aplica o Art. 335 do Código de Processo Civil, segundo o qual “em falta de normas jurídicas particulares ,o juíz aplicará as regras de experiência comum”. O princípio decorre do entendimento de que o direito penal não deve se preocupar com condutas em que o resultado não é suficientemente grave a ponto de não haver necessidade de punir o agente nem de se recorrer aos meios judiciais, por exemplo, no caso de um leve beliscão, uma palmada, ou furto de pequeno valor. Para que possa ser utilizado, o princípio deverá ser verificado em cada caso concreto, de acordo com as suas peculiaridades, sendo obrigatória a presença dos referidos requisitos. O STF considera como crimes incompatíveis com o Princípio da Insignificância os crimes mediante violência ou grave ameaça à pessoa; tráfico de drogas; e crimes de falsificação. Reconhecida a insignificância o fato é atípico. Diferentemente no caso de reconhecimento de furto de bem de pequeno valor. Nas palavras do Ministro Carlos Alves Brito, relator do HC 92411, "não se pode confundir bem de pequeno valor com de valor insignificante. Este, necessariamente, exclui o crime em face da ausência de ofensa ao bem jurídico tutelado, aplicando-lhe o princípio da insignificância". Aquele, eventualmente, pode caracterizar o privilégio insculpido no § 2º do art. 155 do CP, já prevendo a Lei Penal a possibilidade de pena mais branda, compatível com a pequena gravidade da conduta...". O princípio da insignificância tem sua origem estreitamente relacionada ao Princípio da legalidade - nullum crimen nulla poena sine Iege – sofrendo, com o tempo, transformações que delinearam seu conteúdo no sentido de limitar-se ao desígnios criminalizados. O Princípio em pauta se trata de um instrumento de interpretação restritiva do tipo penal e, consequentemente, de descriminalização judicial. A incriminação não se pode buscar fatos apresentados exclusivamente na esfera da ordem moral, assim como situações que, embora ilícitas, não atinjam significativamente a ordem extrema. Somente se justificando quando estiver em jogo um bem ou um valor social importante. Assim, essa "nova política criminal" requer rigoroso exame dos casos no sentido material para a aplicação das penas. com uma racional eleição dos bens jurídicos a serem tutelados, evitando- se uma hipertrofia de tipos penais; na proporcionalidade da pena, que deve ajustar-se às funções retributiva e preventiva da resposta penal; e na dignidade da pessoa humana.
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