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Obstrução das vias aéreas

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Emergências Médicas I 
14/09 
Maria Luiza G. Ferreira
Corpos estranhos 
Durante o atendimento odontológico, é 
grande o risco de objetos caírem na porção 
posterior da cavidade oral ou na faringe, 
podendo levar à ingestão ou aspiração. 
Em situações em que é possível visualizar o 
objeto na orofaringe de um paciente, a 
cadeira deve ser colocada em uma posição 
reclinada  ação da gravidade facilita na 
remoção do corpo estranho 
Ao cair na parte posterior da cavidade oral, 
o corpo estranho tem dois caminhos a seguir: 
 Sintomas de quando o corpo estranho 
foi para o sistema digestório- 
Hiperssalivação e náusea. 
Normalmente tendem a ser expelidos 
junto as fezes (exceto quanto são 
objetos perfurocortantes) 
 Sintomas de quando o corpo estranho 
foi para o sistema respiratório- falta 
de ar, eventual asfixia, cianose. 
Podem produzir abcesso pulmonar, 
pneumonia e atelectasia (contração e 
ausência da aeração de parte ou de 
todo o pulmão) 
Nas duas situações, há necessidade de 
exame radiológico e avaliação médica pois 
não é possível a visualização do objeto na 
cavidade. 
 
 
 
Pacientes de maior risco 
 Bebes, crianças 
A maioria das causas de parada em crianças 
não são relacionadas a alterações 
cardiovasculares, mas relacionadas a uma 
deterioração do sistema respiratório, inclusive 
obstrução das vias aéreas. 
Quanto menor a criança for, menor é a sua 
orofaringe, a criança rapidamente se torna 
cianótica (alteração de cor devido à má 
circulação) e tem uma parada 
cardiorrespiratória. 
 Idosos 
 Obesos e gestantes (aumento da 
pressão intra-abdominal) 
 Indivíduos sedados (reflexo de tosse 
diminuído) 
 Etilistas ou dependentes de outras 
drogas depressoras do SNC 
 Portadores de desordens convulsivas 
ou doença de Parkinson. 
 Psicóticos 
 Deficientes mentais 
 Indivíduos com limitação de abertura 
bucal ou macroglossia 
Prevenção 
1. Identifique pacientes de risco 
2. Use lençol de borracha em endos e 
restaurações 
3. Coloque uma gaze como anteparo - 
presa a um fio dental – para proteção 
da orofaringe, especialmente em 
pacientes sedados 
Emergências Médicas I 
14/09 
Maria Luiza G. Ferreira
4. Amarre um fio dental a pequenos 
objetos como roletes de algodão, 
limas, grampos de isolamento 
5. Coloque a cadeira na posição 
reclinada ao atender pacientes de 
risco. 
6. Use sugador de alta potência. 
Manejo de desobstrução 
O manejo irá variar de acordo com o grau 
de obstrução e da eficácia do reflexo da 
tosse do socorrido  são preferíveis sempre 
manobras manuais às manobras cirúrgicas 
(cricotireotomia) 
Obstrução parcial das vias aéreas 
Se o socorrido é capaz de tossir de modo 
forçado e se respira adequadamente, ele 
deve ser instruído a tentar resolver o problema 
sozinho, induzindo a tosse, pois ela é muito 
efetiva. 
Obstrução total das vias aéreas 
Requer medida imediatas de auxílio pois a 
vítima é incapaz de falar, emitir algum som, 
respirar ou tossir  se o paciente ainda 
mantém a consciência a obstrução total 
aguda é normalmente dividida em três fases: 
1. 1 a 3 minutos após a obstrução, 
mantém a consciência, respira com 
dificuldade, não emite som e 
apresenta aumento da PA e dos bpm 
2. 2 a 5 minutos após a obstrução, 
paciente perde a consciência e não 
respira mais  ainda apresenta PA e 
pulso 
3. 4 a 5 minutos após a obstrução, 
ocorre queda da PA e perda de 
pulso. 
Procedimentos manuais indicados 
 Golpes nas costas 
 Inspeção com os dedos 
 Compressões manuais (manobra de 
Heimlich e compressões torácicas) 
Golpes nas costas 
 Recomendado apenas para 
desobstrução de vias aéreas em 
bebês. 
Coloca a criança em uma posição com a 
cabeça para baixo, dando o golpe com o 
calcanhar da mão (em crianças e adultos 
avita essa manobra pois tem chance do 
corpo estranho se deslocar da epiglote para 
um ponto mais inferior das vias aéreas  
agrava o quadro). 
 
Inspeção com os dedos 
Manobra recomendada quando os corpos 
estranhos estão localizados acima da 
epiglote em vítimas inconscientes  quase 
impossível a execução em pacientes 
conscientes. 
Quando há perda de consciência, os 
músculos relaxam, facilitando o procedimento 
Emergências Médicas I 
14/09 
Maria Luiza G. Ferreira
de colocar os dedos na cavidade oral para 
procurar e remover os corpos estranhos 
(contraindicadas em bebes e crianças 
pequenas  risco dos corpos estranhos 
serem forçados para regiões mais profundas) 
Compressões manuais 
Série de 5 a 10 compressões na parte 
superior do abdome ou da parte inferior do 
tórax  aumenta pressão intra-abdominal, 
produzindo uma tosse artificial que pode 
deslocar o corpo estranho. 
Indicação 
 Gravidas no final do período 
 Obesidade 
 Bebes de até um ano de idade (risco 
potenciais das compressões 
abdominais causarem lesão de órgãos 
como fígado, estomago ou baço) 
Manobra de Heimlich 
Paciente consciente 
1. Fique por trás do socorrido, posicione 
as pernas e coloque seus braços ao 
redor da cintura e sob os braços dele 
2. Feche uma das mãos, com o polegar 
posicionado contra o abdome da 
vítima e posicione-a na linha média do 
socorrido, levemente acima do umbigo 
e um pouco abaixo da extremidade 
do processo xifoide 
3. Coloque a outra mão por cima, de tal 
forma que permaneçam juntas 
4. Faça algumas compressões, com 
decisão para dentro e para cima, em 
formato de letra J, até o socorrido 
expelir o objeto estranho ou perder a 
consciência. 
 
Paciente inconsciente 
1. Coloque- o na posição supina, 
preferencialmente em uma superfície 
rígida, como o chão 
2. Proporcione a abertura das vias 
aéreas (cabeça e queixo levantados), 
colocando a cabeça do socorrido 
em posição neutra 
3. Sente-se com as pernas abertas sobre 
as pernas ou coxas do socorrido 
4. Coloque a porção tenar de uma das 
mãos contra o abdome do socorrido, 
na linha média um pouco acima do 
umbigo 
5. Coloque a outra mão diretamente em 
cima da primeira mão, entrelaçando os 
dedos 
6. Pressione o abdome do socorrido, 
fazendo força para a frente e para 
cima, evitando direcionar essa pressão 
no sentido lateral 
7. 6 a 10 compressões abdominais 
8. Abra a boca do individuo e faça 
inspeção com os dedos 
Emergências Médicas I 
14/09 
Maria Luiza G. Ferreira
9. Repita os passos 2 e 8 até que o 
corpo estranho possa ser removido. 
 
Protocolos para remoção 
 Adultos e crianças conscientes 
Identificar a obstrução e perguntar se o 
paciente está engasgado – ele não irá 
conseguir responder. Aplicar a manobra de 
Heimlich até que o objeto seja expelido- se 
ficar inconsciente deve interromper. 
Após recuperação- aguardar 10 minutos e 
liberar, encaminhando para avaliação 
médica. 
 Adultos e crianças inconscientes 
Chamar o SAMU, realizar o posicionamento 
do socorrido, abrir a boca do socorrido, 
segure a língua e o mento e incline a cabeça 
pra trás  remover o objeto, fazer 2 
ventilações artificiais e se n tiver sucesso, de 5 
a 10 compressões até que seja efetiva 
enquanto aguarda o socorro. 
 Bebes conscientes 
Se é capaz de tossir ou chorar, o ar está 
passando pela traqueia e não significa 
completa obstrução  realizar a manobra 
de golpe nas costas 
Segura a mandíbula do bebe, gira o corpo 
para baixo e com a cabeça mais baixa que 
o tronco- com a palma que está livre, aplica 
5 golpes nas costas, entre as escapulas, que 
pode ajudar a expelis o corpo estranho  
se não der certo, o bebe deve ser virado e 
as compressões devem ser feitas torácicas (5) 
no terço médio do osso esterno, com auxilio 
de 2 dedos. 
 Bebes inconscientes 
Chamar pronto socorro no local, posicionar o 
bebe de costas, com o polegar sobre a 
língua do bebe, puxe e eleve a mandíbula 
para tentar visualizar o corpo estranho; se for 
visível, remova- o cuidadosamente, de 
preferencia com uma pinça de ponta romba. 
Após a desobstrução, avalie a respiração e 
o pulso braquial.

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